ambiente
Publicação da Marelli
Ambientes Racionais
Ano 10 - nº 23
Dezembro 2014
Mônica
Waldvogel
Um olhar sobre o
Brasil e o mundo
contemporâneo
Destaque
Lançamento
Boas Práticas
Corporativas
Artigo Técnico
Desafios e conquistas
das mulheres no
mercado de trabalho
Novas abordagens
em Governança
Corporativa
Marelli apresenta
a nova linha de
cadeiras Pro-Fit
Entenda como o
ritmo biológico
pode interferir no
seu trabalho
ambiente
Guilherme Jordani
MELHOR E
AGORA MAIOR!
Para os que de alguma forma nos
conhecem, imagino que sempre
tenham ouvido falar da nossa Visão
Estratégica, na qual desde o início
da nossa atividade optamos por ser
a MELHOR, em detrimento de ser a
MAIOR. No nosso entendimento, de
nada vale ser a maior com o cliente insatisfeito, com nosso público
interno infeliz e com resultado ruim.
Sempre esteve claro entre nós que o
posto de liderança seria bem-vindo,
contanto que fosse pela consequência das coisas bem feitas que viéssemos a fazer.
Na nossa simples avaliação acho
que andamos bem nessa toada,
porque somos hoje uma empresa
reconhecida por sua relação custo
-benefício, pelo nosso padrão de
atendimento e pelo composto total
da nossa oferta. Crescemos acima do
que o mercado nos últimos 10 anos,
estamos entre o primeiro e segundo
em faturamento. Somos uma empresa que tem o homem à frente de tudo.
Um dos princípios que perseguimos
é o do resultado, que aproveito aqui
para dizer que nesses 31 anos, tendo
atravessado crises de todas as ordens,
mesmo assim nunca tivemos um ano
sequer sem que a nossa empresa não
tenha tido lucro. Somos uma organização que distribui, em média, seis salários extras por ano para cada funcionário, reconhecida há pelo menos 12
anos entre as pesquisas de Melhores
para Trabalhar no Brasil, somos certificados em processo, ambiente, social,
segurança, ABNT, FSC. Temos uma
cultura organizacional bem instalada,
um modelo de gestão moderno, diferente e vencedor.
Por tudo isso justifico humildemente que já há algum tempo somos a
MELHOR.
Me alegra muito estar escrevendo
este editorial e dizer, modestamente, que estamos prestes a atingir a
segunda dimensão: a MAIOR.
Nosso selamento de parceria com
a NEO Investimentos, anunciada
há poucos dias, carrega atributos e
forças que nos colocam num patamar superior e abre-se agora uma
oportunidade que jamais tivemos.
Não somente pelo aporte financeiro,
já que essa dimensão sempre esteve
bem resolvida no nosso negócio, mas
sim pelo composto de tudo o que
essa parceria irá trazer.
Destaco uma das principais, que é
a possibilidade de acelerarmos nosso
crescimento, através de uma oferta mais ampla, melhorias no nosso
canal, dentre tantas outras vias que
teremos. Possibilidade de aquisições,
governança, compliance e profissionalização também virão a contemplar
essa nova fase e farão o que era bom
ficar ainda melhor.
Enfim, temos todos os motivos
para estar orgulhosos por largar na
frente. O certo é que essa parceria
nos adiciona ainda mais corpo, que,
além da liderança agora, abrirá outras
fronteiras, e uma delas seria a de estar
abrindo as portas para uma consolidação no nosso setor.
Marelli S/A, de capital fechado, é
como estamos inseridos de agora
em diante. Atendendo a todas as
exigências da lei, com auditoria externa, balanços publicados, compliance,
enfim, uma empresa aberta para a
comunidade, para a sociedade e o
mundo.
Finalizo dizendo que, seja pelo
destino, seja pelas mãos competentes de tantos que estão ou passaram
por essa organização, essa marca foi
lapidada e, mesmo sem almejar a
liderança, nunca deixou de pensar e
querer ser grande.
Pela consequência de tudo o que
de bom foi feito e pelo que haveremos de fazer, agora essa marca pede
passagem porque se já era a MELHOR,
hoje ela também se torna a MAIOR.
Boa leitura a todos.
Muito obrigado.
Rudimar Borelli
Presidente
NEO Investimentos
consolida parceria
com a Marelli
Fundada em
2003, a NEO
Investimentos
é uma gestora
de recursos que
administra mais
de R$ 1,2 bilhão em diversas modalidades de fundos
de investimentos, incluindo multimercados, private
equity, imobiliário e ações. Entre os investimentos
da NEO estão a Livraria Cultura, a editora GEN,
GPS (terceirização de serviços), Aterpa (construção
pesada), Gafor (logística dedicada), Tangará Foods
(alimentação) e Bematech (tecnologia para o varejo). A filosofia de trabalho da NEO Investimentos se
apoia nos seguintes conceitos: uma clara política de
investimentos e um modelo robusto de atração e
retenção de talentos.
Formada pela união de profissionais com grande
experiência no mercado de administração de recursos, a NEO é uma gestora independente de investimentos alternativos que, desde a sua criação, vem
se destacando por oferecer produtos diferenciados
a seus clientes. São produtos que reúnem resultados consistentes e clareza nas informações, tanto
na alocação dos recursos, quanto no controle dos
riscos.
Com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro,
possui uma equipe eficiente e preparada para atender investidores exigentes que buscam num único
lugar o melhor de dois mundos: a agilidade de um
gestor independente e a estrutura de uma grande
administradora. Qualidades que fazem a diferença
na hora de investir e construir relações duradouras
e transparentes.
Diferenciais da NEO: a construção de
investimentos sólidos e duradouros.
• Sócios-fundadores trabalham juntos há mais de
18 anos.
• Equipe composta por profissionais com larga
experiência em gestão de recursos. Os principais
executivos da empresa possuem, em média, mais
de 20 anos de atuação no mercado financeiro.
• Independência e ausência de conflitos de interesse: por ser uma gestora de recursos independente,
não sendo coligada a nenhum conglomerado financeiro, a NEO não possui carteira proprietária, o que
possibilita total transparência nas suas atividades.
• Construção de relacionamentos sólidos e de longo
prazo com os clientes.
• Os sócios da NEO investem grande parte de seus
recursos próprios nos fundos da empresa: fato que
demonstra o comprometimento dos principais
executivos no sentido de concentrar esforços para
o sucesso do negócio.
• Cultura fundamentada em processos - grupo de
talentos e disciplina levam à consistência dos resultados.
• Modelo de partnership e de gestão meritocrática
que busca a atração e retenção dos talentos.
• Preservação de capital: a NEO Investimentos gere
fundos de investimento com históricos de performance consistente por 10 anos.
• Gerenciamento de risco é parte integrante do
processo de investimento.
Expediente
Sumário
06
12
28
34
38
44
Espaço Aberto
O olhar da jornalista Mônica
Waldvogel sobre o mundo
contemporâneo
Cases
Conheça os projetos instalados
pela Marelli nas empresas
Tupperware, Porto Seguro,
Cesar e TOTVS
Destaque
Mulheres representam
42,4% no mercado de
trabalho brasileiro
Lançamento: Pro-Fit
A nova linha de cadeiras
Marelli é traduzida pelo
conforto e versatilidade
Boas Práticas Corporativas
O ambiente das boas práticas
de Governança Corporativa
Artigo Técnico
Como a Cronobiologia pode
nos ajudar no trabalho
44
ambiente
A revista Ambiente é uma publicação da Marelli
Ambientes Racionais editada em português e
espanhol. Dirigida a arquitetos, especificadores,
clientes, fornecedores e entidades do segmento de
mobiliário corporativo e arquitetura no Brasil, Bolívia,
Paraguai, Chile e Uruguai.
Sede: BR 116, Km 142, nº 11.760
CEP 95059-520 – Caxias do Sul – RS
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Presidente: Rudimar Borelli
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Diretor Publisher: Augusto Bellini
Textos: Sheila da Rocha e Silvana Gonçalves
Jornalista Responsável: Silvana Gonçalves (MTb 9163)
Direção de arte: Mariana de Atayde
Arte-final: Anderson Fochesato
Revisão: Sheila da Rocha e Raísa Casagrande
Produção gráfica: Maria Carmen Costamilan
Impressão off-set: Gráfica Pallotti
Tiragem: 30.600 exemplares em português
e 1.500 exemplares em espanhol
Versão e revisão para o espanhol: Milton H. Bentancor
É permitida a reprodução
de artigos e matérias, desde que citada a fonte. Os
artigos assinados são de
responsabilidade de seus
autores, não refletindo, necessariamente, a opinião da
Marelli e da StudioDesign.
Espaço Aberto
Mônica Waldvogel
O olhar da jornalista sobre o
mundo contemporâneo
O olhar da jornalista Mônica
Waldvogel acompanhou a história da
política e da economia do Brasil nas
últimas quatro décadas. No cotidiano
do telejornalismo construiu a sua
carreira e a capacidade de analisar os
rumos do país. Estreou em 1983 na
extinta TV Manchete e três anos após,
no Brasil do Plano Cruzado, esclarecia
ao país sobre inflação e consumo, com
suas matérias.
Com o fascínio peculiar pelas histórias de reinvenção “das pessoas que
conseguem dar grandes guinadas
na vida e começar tudo novamente”,
Mônica, como ela descreve, “inventou
sua carreira” ao aceitar o desafio da TV
Globo, em 1987, para realizar a cobertura econômica, em Brasília. Nestes
mais de 30 anos de carreira, a jornalista
acompanhou o país na conquista pela
6
democracia, participou do nascimento da Constituição de 1988, procurou entender um Brasil destroçado
pelos altos índices inflacionários, e a
sucessão de pacotes econômicos do
governo Sarney. Presenciou as fervorosas Comissões Parlamentares de
Inquéritos (CPIs), resultando no impeachment do primeiro presidente eleito
pelo regime democrático. Entendeu o
Brasil, seus anseios e esperanças com
a estabilização da moeda que chegou
com o Plano Real.
Com a sensibilidade singular de
quem conheceu de perto o drama de
famílias que perderem tudo com o
confisco das poupanças e os fundos
financeiros superiores a 50 mil cruzados, moeda da época, Mônica Waldvogel, não apenas registrou a história,
mas aprendeu a falar ao ser humano
Revista Ambiente | Dezembro 2014
e, sobretudo, foi tocada pela angústia
de um povo.
Nascida em São Paulo, formada
pela Escola de Comunicação e Artes
da Universidade de São Paulo (USP),
a atual apresentadora do Programa
Entre Aspas, exibido na Globo News,
recebeu em sua casa a REVISTA
AMBIENTE. Nesta entrevista o leitor
vai conhecer para além da profissional
Mônica Waldvogel. À vontade, com a
serenidade dos que unem experiência
e conhecimento à sabedoria, ela nos
fala sobre a sua carreira, as mulheres
de sua geração, o seu trabalho como
mediadora do programa Entre Aspas.
Ela também interpreta o mundo
contemporâneo da informação rápida
e faz uma breve análise do atual cenário político e econômico do Brasil.
Boa leitura.
Fotos: Arquivo pessoal
REVISTA AMBIENTE: Em 1987 você foi
convidada pela Globo para cobrir a área
de economia em Brasília. Nesse período,
acompanhou a Comissão de Sistematização da Constituinte, o Ministério
da Fazenda e o Banco Central. Com a
crise do Plano Cruzado e a sucessão de
pacotes econômicos do governo Sarney,
se especializou em legislação econômica. Você construiu sua carreira em um
ambiente, até então, dito masculino.
Houve dificuldades?
MÔNICA WALDVOGEL: Sempre
me pergunto isso, pois é uma questão importante para as mulheres da
minha geração. Quanto eu tive que
lutar ou não para abrir o meu espaço, por ser uma profissão, na época,
eminentemente masculina? Não
consigo responder de um jeito em
que se possa dizer: tive uma bravura especial, um ato heroico. Porque,
primeiro, acredito que as mulheres da
minha geração chegaram juntas no
jornalismo. Fomos abrindo os espaços. Eu me sentia partilhando com
outras mulheres esses espaços, mais
do que, propriamente, enfrentando
um mundo masculino. Segundo: acho
que procurei, de fato, não dar muita
importância para isso. Não achar que
isso iria ser determinante. Era como se
eu intuísse que se observasse demais
essa questão, iria encontrar limites
onde não houvesse. Compraria brigas
desnecessárias. Ao chegar para fazer a
cobertura do Ministério da Fazenda, vi
que eram muitos jornalistas homens,
mas também havia muitas mulheres e
de muitas idades. Entre elas a Claudia
Safatle e a Maria Clara R. M. do Prado,
da Gazeta Mercantil, que estavam em
Brasília há muitos anos. Havia ainda a
Lilian Witte Fibe e a Miriam Leitão. E
havia várias meninas, bem jovens, que
cobriam para as rádios. Percebi, clara-
mente, muitas mulheres chegando ao
mesmo tempo para trabalhar e que
estávamos chegando para ficar. Eu
tive muito essa sensação de não estar
sozinha, pois erámos muitas mulheres, e o jornalismo e a comunicação
iriam ficar mais femininos, como é
hoje.
AMBIENTE: Qual foi o seu maior aprendizado neste período?
MÔNICA WALDVOGEL: Eu sempre
tive um fascínio pessoal pelas histórias de reinvenção, das pessoas que
conseguem dar grandes guinadas na
vida e começar tudo novamente, em
outros lugares. Eu não teria inventado
uma nova profissão, mas eu inventei
minha carreira, de fato, em Brasília. Até
então, eu trabalhava na TV Manchete,
uma emissora que rapidamente foi do
apogeu ao declínio. Não conseguiu se
firmar como projeto, nem administra-
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Espaço Aberto
7
tivo, nem jornalístico. Um pouco antes
do colapso da emissora, a rede Globo
me chamou, pois eu havia acumulado
uma experiência em economia no
início do Plano Cruzado. A perspectiva
de ir para Brasília e começar do zero,
em um novo emprego, em um lugar
sabia onde ficavam as coisas, como
o Ministério da Fazenda, o Banco
Central, a TV Globo, onde iria morar,
com quem iria passar os meus finais
de semana. Tudo era diferente, em
uma cidade construída de uma forma
diferente, sem as calçadas, sem a rua.
A cidade foi mais assustadora do que
eu imaginei, mas depois ficou muito
divertida. Era uma porção de gente
chegando, e estávamos na mesma
situação. Chegamos juntos e fizemos
grupos adoráveis de amigos. Mas lógico que junto havia o momento extraordinário do país. Estávamos reinaugurando e, até mesmo, inaugurando
para uma geração inteira, a democracia. A Constituição estava fazendo o
pacto de Brasil, de Estado e de Nação
– o que nos rege até os dias de hoje!
Tinha um país cheio de esperança,
parlamentares cheios de vontade de
acertar. Havia uma energia fortíssima,
ao mesmo tempo em que a economia
estava muito complicada, ninguém
acertava os rumos. O trabalho jornalístico era muito emocionante, tanto
desigualdades. E a gente ainda tem
tanta coisa para fazer...
AMBIENTE: Quando você foi trabalhar
na cobertura política, propriamente? Foi
uma escolha sua ou aconteceu?
MÔNICA WALDVOGEL: Retornei a
São Paulo em 1997, também a convite da rede Globo, para apresentar o
Jornal da Globo. Antes disso, estava
há seis anos na reportagem, quando recebi um convite do Boris Casoy
- que na época trabalhava no SBT.
Topei, mas com a condição de cobrir
política, pois já havia passado pela
cobertura da economia e queria ter
essa experiência. E dei a maior sorte
na reportagem! Comecei no SBT
justamente quando inaugurou a CPI
do PC Farias. Aquela que resultou
no impeachment do Collor! Cheguei
animada. Só peguei momentos agitados, tanto da economia como da
política! É importante estar no lugar
certo, na hora certa. Após esse período recebi o convite para assumir o
Jornal da Globo, como editora-chefe
“Só peguei momentos agitados, tanto da economia como da
política! É importante estar no lugar certo, na hora certa.”
que eu nunca tinha ido, sem conhecer
absolutamente ninguém, me atraiu.
Mas o mais atraente nisso tudo foi
justamente essa ideia de: “Agora vou
me inventar de novo. Vou começar
uma nova vida. Vai ser tudo diferente”.
Tinha um sabor grande de aventura,
tanto do ponto de vista pessoal como
profissional. Como eu gosto e tenho
esse drive do recomeço, aceitei. Você
pensa: como que você recomeça, se
reinventa? Como você vai aproveitar o
que você tem de bom e colocar tudo
em uma mala pequena, uma bagagem de ferramentas e sair para construir uma nova vida? Apesar disso, foi
bastante sofrido no começo, não é
apenas aventura, tudo tem dor. Havia
o sofrimento de chegar e ficar sozinha, não conhecer os lugares, tatear
no escuro, literalmente, porque não
8
na política quanto na economia, e no
ambiente que respirávamos naquela
época. Nos onze anos em que fiquei
na cobertura jornalística em Brasília,
o país saiu da hiperinflação para uma
estabilidade econômica, monetária.
Da ditadura para uma Constituição
moderna. Nesse período, tivemos a
primeira eleição direta para presidente, com a eleição do Fernando Collor,
e o impeachment dele. Peguei épocas
em que as CPIs (Comissão Parlamentares de Inquérito) do Congresso Nacional eram feitas às sérias, de verdade.
Não o que temos hoje, um espetáculo
burlesco. Foi um período muito intenso. Você conseguia apalpar a esperança do Brasil. Pensávamos: vamos construir um Estado moderno, acabar com
os arcaísmos, arrumar a economia, o
país vai se desenvolver e consertar as
Revista Ambiente | Dezembro 2014
e apresentadora. A Lilian Witte Fibe
havia assumido o Jornal Nacional.
Então voltei para São Paulo. Era uma
mudança também na minha carreira.
Estavam me confiando o comando
de um jornal e uma ancoragem. E
fiquei com vontade de aprender isso
também. Do Jornal da Globo migrei
para o Jornal Hoje, no Rio de Janeiro.
Lá ocupei a função de editora-chefe.
Ainda nessa época fiz reportagens
sobre política internacional para o
programa Sem Fronteiras, da Globo
News. Depois passei a apresentar o
Bom Dia Brasil, em São Paulo. Quando
acabou o contrato decidi não trabalhar mais naquele horário cruel da
madrugada. Sempre trabalhava em
horários alternativos: ou tarde demais,
ou cedo demais. Nesse tempo estava
com a ideia de fazer o programa Saia
Justa. Foi quando levei o projeto para
a GNT. Foi um projeto pessoal, mas
virou um projeto coletivo. Bati à porta
da GNT e propus fazer um programa
com quatro mulheres. Eles acharam
genial a ideia de um programa com
um olhar feminino sobre os fatos,
valores, comportamentos. Achei que
era uma ideia originalíssima, mas com
o tempo descobri que existia aquele formato de programa em várias
partes do mundo. É engraçado como
as ideias ficam no ar e as pessoas vão
pegando. A ideia de que as mulheres tinham uma fala, pensavam com
absoluta liberdade, sem o contraponto masculino, era uma ideia que havia
acontecido em vários lugares, inclusive em países árabes.
AMBIENTE: O Brasil reduziu a proporção de cidadãos que passam fome para
1,7% da população, ou 3,4 milhões de
habitantes em 2014. Com isso, o país
superou o problema da pobreza extrema - de acordo com os dados da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO). Em compensação, analistas
do mercado financeiro reduziram suas
expectativas para o crescimento da
economia neste ano. Na sua análise,
o que falta para o Brasil acertar essa
conta, garantir crescimento econômico,
com redução da pobreza e distribuição
de renda?
MÔNICA WALDVOGEL: Esse é o
drama de se ter um país emergente.
É adiada a questão da desigualdade
social. Passar por uma ditadura, uma
inibição do debate durante muito
tempo, é complicado. É muito recente
o combate à desigualdade. O marco
é a democratização, é a Constituição
Brasileira de 1988. Nela consta que
temos um Estado de bem-estar social.
A Constituição é o norte do país: o
Brasil deve garantir educação universal, gratuita e de qualidade, saúde
universal, gratuita, ter um projeto
para proteger os mais frágeis, com
uma distribuição de renda melhor. Só
que para chegar nisso, primeiro tivemos que arrumar a economia, com
aqueles altos índices inflacionários,
com aquela bagunça financeira. Foi
uma luta insana, de várias gestões e
governos, até chegar à estabilização
da moeda. O governo do Lula pegou
o melhor dos mundos, porque a
casa foi razoavelmente arrumada. Os
fundamentos estavam todos feitos,
por mais que ele tenha se deparado
com uma situação difícil, havia uma
moeda. No ano anterior à eleição, as
pessoas achavam que ele, o Lula, iria
destruir o país. Ele precisou chegar e
dizer que iria manter os fundamentos para o mercado acreditar que de
fato ele iria preservar o que já havia
sido construído. Ele ainda pegou a
bolada da China, que virou grande
cliente dos nossos produtos. Entrou
muito dinheiro no país e ficamos com
um bom estoque de dólar, com segurança, confiança no Brasil. De fato o
governo Lula adotou medidas políticas compensatórias, como o Bolsa
Família e todo um aparato de efeito
muito rápido. Teve aumento real do
salário mínimo, estímulos às empresas
e, assim, conseguiu melhorar a renda,
mas não conseguiu diminuir tanto a
desigualdade. Claro, está diminuindo
aos poucos e é inegável o bem-estar que as populações conseguiram
nesse período. Apesar de todos os
nossos problemas, da nossa crise,
das CPIs, da corrupção, o Congresso
e os Governos vêm adotando medidas que efetivamente foram a favor
da população. Essa melhoria poderia
ser mais rápida, mas, por outro lado,
o país poderia estar estagnado ou
andar para trás, a exemplo da Argentina. Porém, é preciso fazer correções
de rumo, pois o tempo todo o mundo
vai mudando e surgem novas carências. É muito interessante a história da
democratização brasileira. O dia em
que a gente tiver um distanciamento
maior, para além desse “Fla-Flu” eleitoral, dessas acusações, das coisas
que os políticos fazem uns contra
os outros, inventam, mentem para
conseguir mais poder, poderemos
fazer uma análise melhor. O dia em
que os nossos filhos e netos estudarem esse período, o que aconteceu
no Brasil democrático, teremos uma
boa história.
AMBIENTE: Desde março de 2006, você
integra a equipe de jornalismo da Globo
News, participou como comentarista e
repórter de vários programas do canal.
No mesmo ano, começou a apresentar
o Entre Aspas, onde recebe entrevistados de opiniões diferentes, que debatem
temas variados de áreas como política,
comportamento e cultura. Como foi
pensado o formato do programa? Qual
o seu papel na elaboração das pautas e
conteúdos?
MÔNICA WALDVOGEL: Comecei a
trabalhar na Globo News no Jornal
das Dez. Depois de um tempo cansei
de trabalhar nesses horários alternativos. Muito tarde ou muito cedo. No
entanto, era resultado das minhas
especializações. Quando você se
torna especialista nestes assuntos,
política e economia, você acaba
trabalhando nos horários dirigidos a
esses públicos, que estão localizados
na ponta da programação. Não ter
uma noite da semana livre é insuportável. A noite é um momento em que
os adultos devem ter disponível para
ir ao cinema, a
um concerto,
ler, enfim,
descansar e se
divertir.
Então
p e d i
p a r a
mudar
Revista Ambiente | Dezembro 2014
9
de programa e fui para o Entre Aspas.
Recebi o briefing do programa do
próprio diretor de jornalismo da Globo
na época, o Carlos Henrique Schroder.
A proposta era a de um programa de
debate ao vivo, sobre o assunto do
dia. O programa deveria ter um anta-
O leitor dos jornais está acostumado
com uma certa hierarquia dos temas.
Na internet, a notícia compete com o
tempo – porque ela abastece o internauta o tempo todo. Ela acaba com
essa hierarquia e com essa edição.
O poder de edição é do leitor. É ele
“Na internet, a notícia compete no tempo - porque ela abastece
o internauta o tempo todo. Ela acaba com essa hierarquia e
com essa edição. O poder de edição é do leitor.”
gonista, ou no mínimo dois olhares,
de disciplinas diferentes, sobre um
determinado fato. Um programa de
análise, com a figura de um moderador no debate. A exigência era: esse
programa tem que ser fechado no dia!
Hoje eu decido a pauta na manhã do
dia em que o programa vai ao ar. Faço
uma reunião telefônica com o meu
editor, por volta das nove horas da
manhã, após a leitura dos jornais e de
ter vasculhado a internet. Apostamos
em um assunto e mandamos ver. Daí
para a frente é sair desesperado para
produção e estudo do tema.
AMBIENTE: A Globo News, lançada em
1996, chegou com a proposta de jornalismo em tempo real. Atualmente, além
das emissoras, temos ainda a internet,
com os portais de notícias. Você, como
comunicadora, avalia que essa velocidade com que as informações chegam,
auxiliam o cidadão a formar seu juízo
e consolidar sua opinião, ou estamos
formando um sujeito ansioso, que não
sabe para que lado seguir?
MÔNICA WALDVOGEL: Tem muitos
estudiosos do tema que acham que
informação demais é igual a informação nenhuma. Quem estava acostumado à leitura dos jornais percebe,
claramente, a edição. Os fatos de
maior relevância estão na parte superior e os de menor ficam localizados
abaixo. As manchetes da capa são as
principais, e a reportagem de primeira
página tem maior relevância.
10
quem hierarquiza, que dá o peso
que acha para as suas escolhas. Não
tem um guia. O produto jornalístico
editado não deixa de ser uma indução à conclusão desse leitor sobre o
que é relevante. A internet e o tempo
real fazem exatamente o contrário.
Eles competem temporalmente, mas
não em ordem de importância. Às
vezes tenho a impressão de que é por
esse motivo que há tanta discussão
nas mídias sociais. É como se o leitor
quisesse situar a importância de uma
notícia que o impactou. A informação
chega às pessoas das mais variadas
formas. Mas somente com o tempo
saberemos até que ponto isso aumenta a capacidade de análise e discernimento. Ainda é um fenômeno recente
para tirar conclusões. Estamos no
meio do processo. Quanta informação
o indivíduo suporta consumir ou está
disposto a digerir? Tudo está ao acesso de qualquer pessoa, na língua mais
popular do mundo que é o inglês. É
absolutamente fascinante.
AMBIENTE: Para conquistar os espectadores é preciso, além de jornalistas
especializados, produtos de qualidade,
conteúdos atrativos. O ambiente onde
acontece o programa também compõe
essa gama de estímulos? No programa Saia Justa, que você apresentava,
era possível observar, de tempos em
tempos, uma mudança no cenário, no
mobiliário. Você tem essa preocupação
com o design?
Revista Ambiente | Dezembro 2014
MÔNICA WALDVOGEL: O que a
gente sempre costuma dizer quando
vem essa discussão de cenografia na
televisão é que: você tem que evitar
que os telespectadores tenham a
sensação de estar sempre diante
do mesmo programa. No programa
Saia Justa procurávamos mudar,
com frequência, os figurinos. Colorir
as cenas para que, pelo menos, por
meio do figurino, o telespectador
tivesse a sensação de que o programa
não era o mesmo da semana passada.
No Entre Aspas temos dois entrevistados, com uma moderadora na
frente. É possível identificar que não
se trata do mesmo programa, pois
é outro assunto. Mas, só o assunto é
insuficiente para dar essa sensação de
frescor, quando todo o resto é igual.
Há a preocupação em dar a impressão
de que você está sempre oferecendo
algo novo. A gente não quer que as
pessoas se habituem completamente,
mas queremos o hábito delas. Não
queremos que você tenha a sensação
de estar recebendo café requentado.
Claro, você é um convidado especial.
Renovamos a casa, porque você é
bem-vindo. O ambiente é fundamental e precisa ter uma funcionalidade.
Quando fui fazer o Entre Aspas, ele
era gravado no Rio de Janeiro. Ele
tinha outro perfil. Eu disse: eu quero
uma mesa. Acredito que as pessoas
ficam mais à vontade em uma mesa.
A gente conversa mais à vontade na
cozinha, tomando um café, após a
refeição. A mesa, em um programa de
entrevistas, de debates, causa conforto, relaxa as pessoas. Você não precisa
se preocupar com a postura, com a
perna, com o sapato, com a gravata.
Já a poltrona tem um distanciamento,
ao contrário da mesa que aproxima.
Há menos tensão. Eu pedi a mesa
pensando nisso. Cada programa tem a
sua característica e a gente tenta fazer
uma cenografia adequada.
“A mesa, em um programa
de entrevistas, de debates,
causa conforto, relaxa as
pessoas. Você não precisa
se preocupar com a postura,
com a perna, com o sapato,
com a gravata.”
Revista Ambiente | Dezembro 2014
EspaçoEspaço
AbertoAberto
11
Cases
Um ambiente visualmente
agradável, que possibilitou mais
produtividade e interação entre os
colaboradores.
ESPAÇO PARA A INOVAÇÃO
Solução
A equipe de arquitetos que trabalhou na ampliação do
C.E.S.A.R apostou na Marelli e garantiu que o resultado
da ampliação almejada pela instituição fosse o conforto
e a modernidade. A qualidade do produto, a assistência
técnica e o pós-venda foram os itens que orientaram a
escolha da Marelli pelo escritório de Juliano Debeux e
Arquitetos Associados. Para o C.E.S.A.R, um instituto de
inovação tecnológica, o ambiente precisava exatamente
isso: aliar bem-estar e praticidade e tornar cada espaço
ainda mais aberto à geração de novas ideias.
12
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Os espaços foram
modernizados e
otimizados, ampliando
a qualidade do
ambiente e o conforto
da equipe.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Cases
13
Projeto
2º Pavimento
1º Pavimento
Térreo
Mezanino
Cliente: C.E.S.A.R – Centro de Estudos e Sistemas
Avançados do Recife
Local: Recife - PE
Instalação do projeto: 05/2014
Área total: 1.700 m²
Postos de trabalho: 260 postos
Produtos utilizados: Open e Energy
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico:
Juliano Dubeux Arquitetos Associados
Equipe: Juliano Dubeux, Gabriela Matos, Luciana
Carvalho, Sílvia Pessôa, Paula Sotero, Guilherme
Cicerone e Pedro Selva
Loja responsável pela execução: Marelli Recife
Gestor: Bruno Cani
Fotos dos ambientes: Alexandre Albuquerque
As cores escolhidas para o projeto seguem a identidade
visual da empresa, selecionadas a partir da cartela de
cores da linha Open.
14
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Ficha Técnica
O projeto aproveitou ao máximo a luz natural, através do
pátio central que leva iluminação para os ambientes de
trabalho e áreas de convivência.
Situação
O C.E.S.A.R é um instituto de inovação
tecnológica fundado em 1996 que atua
nas áreas de Engenharia, Educação
e Empreendedorismo. Os produtos
e serviços desenvolvidos pelo
C.E.S.A.R cobrem todo o processo de
geração de inovação. São mais de 550
colaboradores focados na pesquisa e no
desenvolvimento de soluções baseadas
em tecnologia da informação.
O projeto de ampliação do C.E.S.A.R,
localizado em um armazém do início do
século XX, no Bairro do Recife, centro
histórico da capital de Pernambuco, impôs
desafios importantes para os arquitetos.
O espaço oferecia grande comprimento,
pouca largura, além de lotes vizinhos
colados ao prédio. O projeto precisou
conciliar a necessidade de modernização
das instalações com a otimização dos
espaços, sem perder a qualidade de vida e
o conforto dos colaboradores.
Fotos: Arquivo pessoal
O projeto foi concebido
a partir da necessidade
de conversão de um
imóvel histórico em um
escritório de uma empresa
de tecnologia voltada
para economia criativa.
O mobiliário Marelli
nos ajudou a conciliar a
preservação do patrimônio
com a modernidade.
Juliano Dubeux e Gabriela
Matos, arquitetos
Revista Ambiente | Dezembro 2014
15
Cases
Os conceitos de sustentabilidade
e integração da equipe marcam o
projeto da nova sede da empresa
em Montevidéu.
CRESCENDO DE FORMA SUSTENTÁVEL
Solução
Em plena expansão no mercado, a empresa planejou a
construção de sua nova sede com base nos princípios
fundamentais do negócio: a responsabilidade e a
sustentabilidade. Para atender a essa solicitação, o
edifício foi projetado com rigorosos conceitos de
sustentabilidade, o que envolveu um minucioso
trabalho para a incorporação desses cuidados com
o meio ambiente, que refletiram também na escolha
de equipamentos adequados e fornecedores que
atendessem a essa especificação. Os produtos Marelli
cumpriram essa exigência, pois são certificados pela
rotulagem ambiental da ABNT, assegurando a redução
de impactos ambientais.
16
Revista Ambiente | Dezembro 2014
1
2
A nova sede da Porto
Seguro é a primeira
edificação no Uruguai
com Certificação LEED
Silver, concedida para
construções sustentáveis
pela USGBC (U.S. Green
Building Council).
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Cases
17
Cliente: Porto Seguro Seguros Uruguay
Local: Montevidéu, Uruguai
Instalação do projeto: novembro/2013 a março/2014
Área total: 2.330 m2
Postos de trabalho: 150 postos de trabalho, salas de
reuniões, áreas comuns e auditório para
90 pessoas
Produtos utilizados: Open, Sistema Z, Division,
Reasons, Energy e Perfecta
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico:
Santiago Cagnoli, Estudio Cagnoli
Loja responsável pela execução: Marelli Uruguai
Gestores: Eduardo Grachot Casal e Pablo Ferreyra
Fotos dos ambientes: Diego Zalduondo &
Carlos Rosasco
Pequenas salas de reuniões, compostas pelas linhas Open
e Energy, foram separadas por vidro, promovendo a
conexão entre os vários departamentos.
18
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Ficha Técnica
Um controle de iluminação integrado à luz natural e ao
movimento no ambiente ajuda a economizar energia.
Situação
A Porto Seguro Companhia de Seguros
Gerais foi inaugurada em Porto Alegre,
em 1945. Expandindo sua abrangência
territorial, em 1995, nasce a Porto
Seguro - Seguros Uruguay, localizada
em Montevidéu, tornando-se a maior
seguradora privada do Uruguai no
segmento automotivo. As novas
instalações da empresa receberam o
mobiliário Marelli em todas as áreas,
incluindo os setores operacionais,
gerenciais, call center e sala de reuniões.
As estações operacionais foram
distribuídas em espaços abertos, com
estações para 2, 4 e 6 pessoas. O objetivo
foi estimular a colaboração e a integração
da equipe. A rapidez na entrega e a
ampla linha de produtos oferecida
pela Marelli também foram fatores
determinantes para a escolha da marca.
Arquivo pessoal
Encontramos na Marelli
uma proposta adequada
e equilibrada no conjunto
de todas as linhas, o que
nos permitiu estabelecer
os padrões do projeto
inteiro. Assim, foi possível
desenvolver um layout
com o máximo de
aproveitamento e boa
conectividade.
Santiago Cagnoli, Estudio Cagnoli
Projeto
Cases
Leveza, modernidade e eficiência
foram as aspirações do projeto, que
buscou traduzir a alma feminina nos
ambientes de trabalho.
A ALMA FEMININA COMO ESSÊNCIA
Solução
Em momento de grande expansão, a distribuidora de
produtos Tupperware para as regiões do Pará e Amapá,
inaugurou sua nova sede administrativa em 2013. Em
suas novas instalações, a empresa buscou alinhar a alma
feminina, essência da marca, a um ambiente confortável
e eficiente. Assim, optou por um projeto moderno, atual,
com foco em sustentabilidade, acessibilidade e conforto
para as pessoas. Essa essência também se refletiu na
escolha de móveis de qualidade, elegantes, com formas
suaves e cores leves. Tudo isso somado a um ambiente
altamente eficiente, que valoriza o bem-estar dos
funcionários. Foi com esse pensamento que a Tupperware
elegeu a Marelli para compor os ambientes da empresa.
As vantagens oferecidas pelo mobiliário foram o suporte
à tecnologia, a versatilidade nos layouts, a comunicação
mais interativa e a produtividade.
20
Revista Ambiente | Dezembro 2014
1
As cadeiras Link, escolhidas
para o auditório com
capacidade de 350 lugares,
oferecem conforto,
leveza e praticidade. São
empilháveis, permitem
vários tipos de montagem
e fácil manutenção.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Cases
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Projeto
Térreo
1º Pavimento
1º Pavimento
2º Pavimento
Cliente: Tupperware
Local: Belém - PA
Instalação do projeto: agosto de 2013
Área total: 3.000 m²
Postos de trabalho: 23 unidades, além da diretoria
e sala de reuniões
Produtos Utilizados: Open, One, Sistema Z,
Habitat, Link, Energy e Vegas
Arquiteto especificador e projeto
arquitetônico: Fátima Rego
Loja responsável pela execução: Marelli Belém
Gestores: Raíssa Bonna Colares e
Marcelo Colares
Fotos dos ambientes: Marcus Mendonça
A sala de reuniões foi composta pelo mobiliário
Open e pelas cadeiras Vegas, conferindo elegância e
modernidade ao ambiente.
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Revista Ambiente | Dezembro 2014
Ficha Técnica
As divisórias Habitat facilitaram a passagem de fios e
permitiram praticidade na montagem, diminuindo o
tempo de instalação e o desperdício de material.
Situação
Surgida nos EUA na década de 40, a
Tupperware está no Brasil há 34 anos
e seu parque industrial localiza-se no
Rio de Janeiro. Com 12 anos de atuação
na região, a sede da Tupperware
Espetáculo (nome fantasia da empresa
no Pará) tornou-se uma referência
mundial da marca. Já conquistou o
título de Maior Revendedora Mundial da
Tupperware por três anos consecutivos.
Para conceber sua nova sede, todos os
detalhes do projeto - distribuído em três
pavimentos e totalizando uma área de
3.000m2 - foram pensados para agregar
estética e conforto às atividades do
dia a dia. O conceito da nova unidade,
idealizado pela arquiteta Fátima Rego,
foi transmitido para o mobiliário Marelli,
possibilitando um aproveitamento
espacial total, eficiente e racional na
sede administrativa da empresa.
Arquivo pessoal
Com as vantagens
oferecidas pelo mobiliário
Marelli foi possível garantir
o suporte à tecnologia, a
versatilidade nos layouts,
além de uma comunicação
mais interativa. O resultado
proporcionou mais conforto
e produtividade aos
ambientes da empresa.
Fátima Rego, Designer de Interiores
Cases
Para sua nova sede, a TOTVS
privilegiou a qualidade, a
modernidade e a ampliação
dos espaços.
CONFORTO AMPLIADO
Solução
Nas suas novas instalações, a TOTVS utilizou o mobiliário
Marelli em todas as áreas de trabalho do escritório
(comercial, projetos, TI, serviços, administrativo,
financeiro), além das salas de reunião, diretoria e
auditório. A escolha da Marelli foi definida a partir das
exigências de qualidade do mobiliário, modernidade,
preço, prazo de entrega e atendimento comercial.
O resultado proporcionou mais eficiência e interação
aos novos espaços.
24
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Sistema sustentável: o
projeto de iluminação,
com lâmpadas de LED,
e o ar-condicionado,
com sistema VRF, foram
preparados para reduzir
o consumo de energia.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Cases
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Cliente: Educo Serviços Ltda.
Local: Vila Velha – ES
Instalação do projeto: agosto/2014
Área total: 800 m²
Postos de trabalho: Operacional - 60 postos;
Gerência/Diretoria - 06 postos
Produtos utilizados: Job, Open, Arquivamentos,
Vegas e Prima
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico:
Rute Quinan
Loja responsável pela execução: Marelli Vitória
Gestores: Daniel Sartori e Valmir Geraldo Malavasi
Fotos dos ambientes: Antonio Renato Vicentini
A Linha Job, utilizada para as estações de trabalho, oferece
maior interação entre os participantes e reproduz a
modernidade das novas instalações.
26
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Ficha Técnica
Padrão visual: a escolha do mobiliário seguiu o padrão
utilizado pela TOTVS em todo o Brasil, destacando as cores
branco e cinza.
Situação
A TOTVS é uma empresa de software
de gestão empresarial integrada,
desenvolvedora de tecnologia e serviços
para todos os portes de empresas. Na
construção da nova sede da franquia no
Espírito Santo, que foi fundada em 1989,
a TOTVS buscou a ampliação do espaço,
gerando bem-estar para participantes
e clientes. Para compor os ambientes,
foram utilizadas a linha Job nas estações
de trabalho, a linha Open nas salas de
reunião, gerência e diretoria. As cadeiras
Vegas e Prima completam os espaços com
modernidade e conforto.
Arquivo pessoal
Este foi um projeto
desafiador, mas também
prazeroso, pois se trata de
uma empresa moderna
que atua no segmento de
tecnologia. O resultado
deveria ser arrojado,
surpreendente e imprimir os
padrões das outras unidades.
O conceito desta franquia
optou por espaços generosos
e setores integrados que
exaltam as principais
características da empresa.
Os materiais e mobiliários
especificados transmitem
um estilo clean, elegante e
com muito conforto para
participantes e clientes.
Rute Quinan, arquiteta responsável
Projeto
1º Pavimento
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Cases
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Destaque
UM LUGAR AO SOL
Mulheres representam 42,4% no
mercado de trabalho brasileiro
A presença feminina no mercado de trabalho
é uma realidade no mundo desde a Revolução
Industrial. Foi no século XX que a luta pelos
direitos se intensificou, quando elas se tornaram
presença fundamental nas fábricas, enquanto
os homens estavam em batalha na Primeira e
Segunda Guerra Mundial. De lá para cá, as mulheres
conquistaram espaços, mostraram o seu potencial
e hoje representam no Brasil 42,4% da mão de obra
economicamente ativa.
28
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Revista Ambiente | Dezembro 2014
29
Os avanços são inegáveis, mas os
desafios continuam e a equiparação salarial está entre eles. Segundo
o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), apesar de maior
escolaridade, as mulheres recebem,
em média, 70% da remuneração
masculina. No entanto, o primeiro
trimestre de 2014 foi marcado por um
avanço: o salário médio de admissão
de mulheres no mercado do trabalho
obteve um aumento real de 2,72%, de
acordo com dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado pelo Ministério do
Em virtude da jornada casa-trabalhofilhos, de acordo com Neuza, muitas
optam por executar tarefas profissionais em meio turno ou trabalhos
informais, o que influencia na redução da renda e, ao mesmo tempo, não
significa menos horas trabalhadas.
É neste momento, segundo a secretária adjunta, em que o Estado tem
um papel importante, oferecendo
creches, escolas de educação infantil e educação em tempo integral.
“Houve um crescimento de 139% no
número de matrículas em escolas de
tempo integral nos últimos três anos”,
garante a secretária adjunta.
Em contrapartida, a ação da sociedade e da família em busca de entendimento sobre a igualdade de gênero
é essencial. “A prática cotidiana, de
divisão de tarefas, colabora com a
Entrepeneurship
Monitor/Sebrae.
Em compensação, no mundo corporativo apenas 5% ocupam postos de
alta administração, direção e gerência, concentrando-se especialmente
no comércio, conforme identificou
a análise da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD 2012),
realizada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, para o vice-presidente
da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul
(ABRH-RS), Gerson Luís da Silva,
“hoje é comum nas grandes empresas mulheres ocupando os principais
cargos de gestão”. Ele ressalta a qualidade dos serviços executados pelas
profissionais, garantindo a contratação em segmentos como, por exemplo, o da indústria. “Muitas empresas
O empenho combinado à versatilidade são características que
têm levado as mulheres ao mundo dos negócios.
Trabalho e Emprego (MTE). O percentual foi superior ao dos homens, que
teve um aumento de 2,51% do índice
geral no período.
Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres
(SPM) aponta o tempo dedicado ao
trabalho pelas mulheres como um
fator que influencia sobre a renda.
Entre as pessoas economicamente ativas, a pesquisa verificou que
59,3% das mulheres realizam afazeres domésticos contra 41,7% dos
homens. Os dados demonstram
que as horas gastas, por elas, com a
carreira profissional é, em média, 58,5
horas semanais, enquanto os homens
dedicam 52,7 horas. “Isso é resultado da dupla jornada, prejudicando
a carreira profissional das mulheres”,
avalia a secretária adjunta de Políticas
do Trabalho e Autonomia Econômica
das Mulheres, Neuza Tito.
30
atuação da mulher no mercado, com
o aumento da renda e com a melhoria
das relações”, declara.
Além da dedicação delas nos cuidados com a casa e com os filhos, ainda
encontram tempo para buscar qualificação profissional e dar continuidade
aos estudos. O nível de mão de obra
feminina no emprego formal cresceu
3,91%. O índice de mulheres com
nível superior no mercado em plena
atuação, em 2014, aumentou em
7,79%, conforme a Relação Anual de
Informações Sociais do MTE.
Mundo dos negócios
O empenho combinado à versatilidade são características que têm
levado as mulheres ao mundo dos
negócios. São 52,2% novas empreendedoras - com mais de três meses
e menos de três anos e meio de
atividades em seus próprios negócios, conforme dados do Global
Revista Ambiente | Dezembro 2014
priorizam a contratação de mulheres,
por reunirem características aderentes à atividade laboral”, diz.
Os números do PNAD-2012 confirmam as considerações do vice-presidente da ABRH-RS. Na indústria
houve um acréscimo de 7% no
número de mulheres contratadas
para executar atividades tradicionalmente exercidas pelo sexo masculino
– representando 11,9% das profissionais empregadas. Na construção civil
o aumento chegou a 15,2% e significa
0,6% das mulheres ocupadas.
Mercado preparado
Na avaliação do vice-presidente da
ABRH-RS, as empresas estão abertas
à contratação de mulheres e aptas a
recebê-las. O conjunto de características como: sensibilidade, percepção e
instinto protetor estão entre as qualidades que buscam em seus profissionais. O gestor, para garantir um
ambiente saudável, justo e produtivo,
na análise de Silva, deve entender os
traços comuns a cada gênero e aproveitar o que “cada um pode contribuir
para o resultado”.
Para a secretária adjunta, Neuza
Tito, as empresas têm se preparado
para receberem as mulheres na medida em que elas chegam ao mercado
de trabalho. “As estruturas de desigualdades não são explícitas, mas
existem”, pondera. “Cabe à sociedade
romper com as históricas diferenças”,
aconselha. Neuza cita o Programa
Não há impeditivos para
aquelas que ambicionam
um lugar no mercado de
trabalho, autonomia financeira e, sobretudo, liberdade
para as suas escolhas.
Atualmente é comum retardar a maternidade ou optar
por não ter filhos.
Pró-Equidade de Gênero e Raça da
Secretaria de Políticas para as Mulheres. O objetivo é criar um novo paradigma nas relações de trabalho. São
83 empresas participantes, envolvendo cerca de 1 milhão de profissionais
– entre homens e mulheres. As organizações elaboram plano onde constam as ações a serem desenvolvidas
para promover a igualdade entre os
gêneros. Após, as empresas recebem
um Selo de Equidade.
Conflitos femininos
Assim como as empresas estão
prontas a receber o contingente de
mulheres que chega ao mercado de
trabalho, elas, mais do que nunca,
estão dispostas e qualificadas para ir
à luta em busca do sucesso em suas
carreiras. Não há impeditivos para
aquelas que ambicionam um lugar
no mercado de trabalho, autonomia
financeira e, sobretudo, liberdade
para as suas escolhas. Atualmente é
comum retardar a maternidade ou
optar por não ter filhos. A psicóloga
Gisele Cardoso, especialista em teoria
e prática jungiana pela Universidade
Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro,
explica que durante muito tempo
as mulheres ficaram presas a papéis
como o de mãe e esposa. “Os determinantes psíquicos, arquétipos, nos
levam a uma variedade imensa de
tarefas e papéis, mas, historicamente, ficamos presas a alguns e, hoje,
vamos ao extremo”, esclarece.
Acreditar que não existe conflito
é negar a própria natureza. Dúvidas,
medos, culpas e inseguranças estão
entre os sentimentos. Ávidas por um
“lugar ao sol” sofrem com a possibilidade de adiar a carreira ou seus
planos em nome da maternidade, ou
acabam se preocupando em excesso
com o “método ideal para criar os
filhos”. “A sociedade está exigindo
demais das mulheres e, com isso,
elas estão se distanciando dos seus
instintos primários, precisam deixar
as coisas acontecerem pela intuição”,
destaca a psicóloga. O desafio, analisa
Gisele, está em estabelecer um diálogo entre essas necessidades e não
temer os instintos.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Destaque
31
Além disso, destaca a psicóloga, a
participação dos parceiros nas tarefas domésticas e, principalmente, na
criação dos filhos é fundamental. Mas
hoje é possível verificar a proatividade de muitos homens nos afazeres
que envolvem os cuidados com o
lar ou com as crianças, sem que se
coloquem em uma condição de inferioridade. “A mudança vai acontecer
quando entendermos que o masculino e o feminino estão presentes em
ambos os gêneros, vivenciando isso
de uma forma natural”, completa.
Superando desigualdades
A representante comercial, Maria
Cecília Pozza, 53 anos, é de uma geração em que predominavam as diferenças nos ambientes corporativos. Ela
encontrou na representação comercial uma forma de driblar o preconcei-
to e obter os mesmos ganhos salariais
que seus colegas homens. Na década
de 1980 trabalhava como supervisora
comercial de uma empresa em São
Paulo, mas o salário, apesar das metas
de vendas atingidas, era inferior ao
dos seus colegas. “Este fato tem a ver
com a condição de mulher, pois na
época havia um tratamento diferente”, conta. Maria Cecília tomou uma decisão e
foi em busca do seu espaço. “Decidi
deixar de ser empregada e trabalhar
em um mercado que dominava, mas
que, em primeiro lugar, fosse uma
atividade que dependesse somente
da minha competência”. Ela organizou a sua carteira de clientes e, em um
32
meio masculino, tornou-se referência. Com uma carreira de sucesso, de
respeitabilidade pela sua competência, Maria Cecília foi eleita, pelos seus
colegas, presidente do Sindicato das
Empresas de Representação Comercial e dos Representantes Comerciais
da Região Nordeste do Rio Grande do
Sul (Sirecom). “Os colegas me aceitaram pelo fato de que eu entendia do
assunto, das leis, brigava de igual para
igual pela categoria, participava das
reuniões com os deputados federais,
com senadores, buscava o espaço,
sem passar por cima de ninguém e
não deixando passarem por cima de
mim”, declara.
Sem pensar nas diferenças de gênero, não demorou muito e chegou à
vice-presidência da Federação do
Comércio de Bens e de Serviços do
Estado do Rio Grande do Sul (Feco-
mércio), a primeira mulher eleita em
65 anos. Quando convidada para dar
continuidade às atividades na Fecomércio, a opção foi por promover as
novas lideranças e, claro, pelo eterno
equilíbrio típico feminino, que coloca na balança a carreira e a família.
Atualmente, Maria Cecília não possui
nenhum cargo eletivo nestas entidades, mas está sempre presente e auxiliando de alguma forma na resolução
dos problemas da categoria. Para a
representante comercial a capacidade feminina de se relacionar, de se
envolver e de organização, são fatores que contribuem para o sucesso
das mulheres.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Revista Ambiente | Dezembro 2014
33
Lançamento
A forma do conforto.
34
Revista Ambiente | Dezembro 2014
PRO-FIT
A nova linha de cadeiras Marelli é
traduzida pelo conforto e versatilidade.
Com uma linha completa e diversificada, a Pro-Fit é
composta por modelos de cadeiras executivas, operacionais e de reuniões, com encosto em tela ou tecido e com
várias cores disponíveis, atendendo às especificações de
diferentes tipos de ambientes de trabalho.
O design desenvolvido pelo escritório b.One, exclusivamente para a Marelli, favorece o bem-estar, sendo ideal
para pessoas que passam horas sentadas. As variadas
opções de regulagem da cadeira permitem a utilização
de acordo com a necessidade do usuário, oferecendo
mais satisfação na rotina diária, através de benefícios
como apoio, sustentação e movimento, indispensáveis
para o conforto de quem utiliza a cadeira.
As cadeiras possuem características técnicas voltadas
para a comodidade, como os braços ajustáveis à altura do
usuário, o apoio de encosto também ajustável e o encosto
que privilegia uma perfeita acomodação da coluna. Além
disso, a Pro-Fit é leve e moderna, adequada aos padrões
internacionais do mercado corporativo.
Através dos benefícios oferecidos pela cadeira, é possível ganhar mais produtividade e conforto. Uma verdadeira inspiração para pessoas que desejam uma vida mais
harmoniosa e saudável em seu trabalho.
Produtividade
Guilherme Jordani
+ Novas possibilidades de
interação e configuração nos
ambientes de trabalho.
São opções que se adaptam a diferentes
necessidades, levando bem-estar e
ampliando a produtividade no ambiente
de trabalho.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Lançamento
35
Arquitetura Comercial
LOCAIS DE TRABALHO
EFICIENTES CONCILIAM
FOCO E COLABORAÇÃO
Por Gensler*
Em recente pesquisa realizada pela Gensler
com profissionais dos Estados Unidos sobre
os seus locais de trabalho, foi detectado que
o foco individual e o trabalho colaborativo,
que são frequentemente vistos como opostos,
funcionam melhor se forem complementares.
De acordo com a pesquisa, os ambientes de
trabalho projetados para promover a colaboração sem sacrificar a capacidade de foco dos
funcionários são mais bem sucedidos.
Para detectar oportunidades de aperfeiçoar o ambiente
de trabalho contemporâneo, fizemos uma pesquisa com
uma amostra de profissionais que trabalham atualmente
com eficiência. Nós aprendemos que a capacidade de
concentração é um fator básico para essa eficiência, mas
no ambiente de trabalho e na economia competitiva dos
dias atuais, isso não é o bastante. A colaboração é essencial para a disseminação e o desenvolvimento de ideias
em busca de inovação. Percebe-se um aumento significativo no desempenho dos funcionários cujos locais de
trabalho apoiam o seu trabalho individual e também o
colaborativo.
Vinte e quatro por cento dos entrevistados afirmam
que seus locais de trabalho refletem o que suas empresas
priorizam: tanto o trabalho individual quanto o trabalho
colaborativo, ou seja, os “locais de trabalho equilibrados”.
Esses funcionários apontam que seus espaços são 22%
mais eficientes no que se refere à concentração e 17%
mais eficientes no tocante à colaboração, do que os locais
de trabalho que não priorizam ambos os quesitos. Os
resultados mostram que o equilíbrio é viável em ambientes de escritórios abertos e escritórios fechados - dentre
36
Revista Ambiente | Dezembro 2014
aqueles relatando equilíbrio, 44% ocupam escritórios
fechados, 11% escritórios compartilhados, 44% mesas
abertas, e o restante sem assentos definidos.
O impacto de ambientes equilibrados é percebido
muito além da simples eficiência do modo de trabalhar.
Estes entrevistados também enxergam suas empresas
como mais inovadoras; estão mais satisfeitos com seus
empregos e com o ambiente de trabalho; e seus locais
de trabalho são, em sentido global, mais eficientes,
conforme medido pelo WPI (Workplace Performance
Index) da Gensler (Figura 1). Esses funcionários ainda têm
maior probabilidade de classificar bem suas empresas
sob os aspectos de criatividade e inovação (Figura 2).
Figura 2
Locais de trabalho equilibrados são
mais criativos, mais inovadores.
Percentual de funcionários que classifica a
empresa em que trabalham.
Não Equilibrado
Equilibrado
DENSIDADE DO LOCAL DE
TRABALHO AUMENTADA
A BUSCA PELO SILÊNCIO
ESCOLHENDO O LOCAL DE TRABALHO
77% dos funcionários preferem o silêncio
16% dos funcionários acreditam que se
concentrariam com mais eficiência em casa.
69% estão insatisfeitos com os
níveis de ruídos em seus ambientes de
trabalho.
73% dos funcionários acreditam que
FONTE: 2013 GENSLER WPS
FONTE: 2013 GENSLER WPS
UM MUNDO DE DISTRAÇÕES
MANTER O CONTATO PESSOAL
AUTONOMIA MOTIVA O
DESEMPENHO, REDUZ ROTATIVIDADE
53% dos funcionários são importunados
42% lançam mão de soluções paliativas
para evitar distrações no local de trabalho.
Estudo conduzido por pesquisadores do
MIT estimou 35% do desempenho de
uma equipe simplesmente mensurando o
número e a qualidade de interações frentea-frente entre os membros da equipe.
FONTE: PESQUISA DO LOCAL DE TRABALHO
2013 PELA GENSLER (WPS)
FONTE: HBR NEWSCIENCE OF BUILDING
GREAT TEAMS, ALEX PENTLAND
De 2010 a 2012, a média de m² quadrados
por pessoa caiu de 21 para 16. Este número,
de acordo com as estimativas, deve cair
para 9m² quadrados/pessoa até 2017.
FONTE: CORENET GLOBAL
por outros quando tentam concentrar-se.
quando necessitam de concentração.
se concentrariam com mais eficiência
no escritório.
Um estudo da Universidade de Cornell com
320 pequenos negócios indicou que as
empresas que permitiam aos funcionários
optar sobre o modo de exercer suas
funções apresentavam taxa
de crescimento quatro vezes maior e
um terço da rotatividade em relação às
empresas mantenedoras do controle.
FONTE: DRIVE, DAN PINK
Figura 1
O equilíbrio eficiente entre foco e colaboração melhora o desempenho.
Os percentuais
representam a diferença
entre entrevistados em
locais de trabalho não
equilibrados versus
os entrevistados em
locais de trabalho
equilibrados. Os números
mostram pontuações
médias para não
equilibrados (esquerda)
vs. equilibrados (direita).
Todos os números estão
em escala de 10 pontos,
exceto WPI, referenciado
em escala de 100 pontos.
A Gensler é uma empresa de design global com mais de 4.500 profissionais
ligados em uma rede de 46 cidades no mundo. A empresa tem como crença
poder transformar as organizações e melhorar a vida das pessoas. A Gensler
apoia seus clientes em todas as fases do trabalho, desde a estratégia inicial e
planejamento até a implementação e gestão. Fundada em 1965, nos Estados
Unidos, a Gensler possui escritórios nos principais centros urbanos do mundo,
inclusive em São Paulo. Entre as áreas de atuação da empresa, destacam-se:
arquitetura, brand design, consultoria, design de interiores, planejamento e
design urbano, design de produto e sustentabilidade.
Luca Panhota - Diretor Brasil
gensler.com
GenslerOn.com
Facebook.com/GenslerDesign
Twitter.com/GenslerOnWork
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Arquitetura Comercial
37
Boas Práticas Corporativas
O ambiente das
boas práticas de
Governança Corporativa
Por Heloisa Bedicks*
38
A origem dos debates sobre Governança Corporativa remete a conflitos inerentes à propriedade dispersa
e à divergência entre os interesses dos sócios e dos
executivos. Ela serve, portanto, para criar um conjunto
eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto
de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o
interesse da organização.
Um sistema de Governança Corporativa emerge
justamente para procurar resolver o problema oriundo
da separação da propriedade e do controle das corporações.
almejando influenciar os protagonistas da nossa sociedade na adoção de práticas de mercado mais transparentes,
responsáveis e equânimes.
Tendo em vista um cenário de constante modificação
e cada vez mais conectado ao mundo, a bolsa de valores
de São Paulo (Bovespa) criou, baseado no modelo Neuer
Markt alemão, o Novo Mercado (NM), cujas regras centraram-se em patamares superiores de Governança Corporativa. Essa iniciativa se somou à reforma da Lei das S.A.,
à publicação do Código do IBGC e ao interesse crescente
dos fundos de pensão, em aprimorar o papel desempenhado para expansão e desenvolvimento do mercado de
capitais no Brasil.
Mudanças evolutivas
Papel efetivo
Em um olhar em retrospectiva identificam-se
importantes marcos na evolução da Governança, dos
mercados de capitais e das organizações nacionais e
internacionais. Como um processo contínuo, crises nos
sistemas e nas dinâmicas corporativas e financeiras foram
seguidas por melhorias dos ambientes regulatórios e
autorregulatórios, seja por meio de aperfeiçoamento
legal seja por meio da criação de códigos de melhores
práticas de Governança Corporativa e iniciativas de
adoção voluntária.
No Brasil, o movimento por boas práticas mostrou-se
mais dinâmico a partir de sua inserção global, desencadeando as privatizações e a abertura do mercado nacional. Neste ínterim, em 1995, ocorreu a criação do atual
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
A evolução do tema Governança é pertinente ao
evidenciar os benefícios de sua efetiva aplicação. A
adoção das boas práticas contribui para tornar a administração dos negócios mais eficiente, mais transparente e
mais confiável, com riscos adequadamente gerenciados
e conhecidos. Além disto, entre os diferentes benefícios
decorrentes de sua implementação, destacam-se aqueles ligados ao aprimoramento do funcionamento da alta
administração da organização, notadamente, do sistema
de tomada de decisão em temas e matérias referentes à
estratégia de desenvolvimento da empresa.
A este propósito, o pensar estratégico é fundamental
para a continuidade dos negócios e está profundamente
relacionado à atuação do conselho de administração. O
órgão, considerado guardião do sistema de Governança,
Revista Ambiente | Dezembro 2014
é o responsável por traçar a estratégia organizacional e a
pensar de forma inovadora e crítica os diferentes cenários, além de estar atento às mudanças de diferentes
ordens, como política, social, ambiental, econômica e
tecnológica.
Novas abordagens
A união dos temas estratégicos deve ser sempre
conduzida em ações de longo prazo pelo conselho de
administração. Será atribuição deste órgão equilibrar os
potenciais impasses, como os interesses de curto e longo
prazo. Investidores, acionistas e gestores tendem a priorizar o curto prazo, mas em grande parte das situações,
os resultados obtidos não estão alinhados aos de longo
prazo, o que impede a construção de valor das organizações. Projetar externalidades ao longo do tempo propicia a valoração da organização em quesitos como risco,
capitais intangíveis, reputação da marca, estabilidade dos
negócios e até mesmo retenção de talentos.
Recentemente, o conselho de administração passa
também a se preocupar com as externalidades causadas
pela empresa, devido a importância dos aspectos socioambientais no seu dia a dia. Cabe hoje aos conselhos
avaliarem não somente questões estratégicas ligadas ao
ambiente financeiro, mas também aos assuntos antes
considerados intangíveis e de difícil mensuração, cujas
consequências podem impactar a organização no longo
prazo.
A gestão dessas externalidades pode levar à criação
ou à destruição de uma organização, sendo o tempo
uma das mais decisivas para sua perpetuação. A realidade de mercado tem exigido das empresas uma atuação
consciente ao meio em que está inserida, incorporando
considerações de ordem social e ambiental na definição
dos negócios e operações.
Observamos em nossos quase 20 anos de disseminação das boas práticas que o processo de engajamento
dos agentes de Governança a essas questões levantadas
é contínuo, gradual e tende a surtir efeito no longo prazo,
quando se consegue transmitir que a adoção das boas
práticas contribui para aumentar o valor da sociedade,
facilitar o acesso ao capital e contribuir para a longevidade da organização.
* Superintendente geral do Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa - IBGC
O IBGC
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
organização sem fins lucrativos, é a principal referência
do Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas
de Governança Corporativa. Fundado em 27 de novembro de 1995, o Instituto contribui para o desempenho
sustentável e influencia os agentes da sociedade no
sentido de mais transparência, justiça e responsabilidade.
Site: www.ibgc.org.br
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Boas Práticas Corporativas
39
Perfil
Santiago
transformada
Concurso valorizou a memória da
capital chilena e vai garantir um
inovador centro cultural para a cidade
40
Lançado em 2011 pelos empreendedores
Jack Arama e Daniel Schapira, esse concurso
tinha como objetivo renovar as antigas instalações da fábrica de chapéus Girardi. A ideia
era valorizar o local, conservar a estrutura existente e transformar o espaço em um centro
de lazer e cultura. Participaram do concurso
outros sete escritórios de arquitetura.
Destaques do Projeto
Localizado em uma esquina privilegiada na
cidade de Santiago, no Chile, o prédio possui
grande importância para a memória coletiva dos moradores. Por essa razão, era uma
exigência que o projeto resgatasse o valor
histórico, patrimonial e cultural da antiga
fábrica, além de trazer uma nova opção cultural para a cidade.
A praça
Revista Ambiente | Dezembro 2014
A porta
O bairro Itália é um destino turístico obrigatório que vem
se consolidando como o território do design, criatividade
e vanguarda da capital chilena. O projeto da “Factoría
Italia” buscou criar uma porta de acesso ao bairro.
A ideia fundamental do projeto é a de gerar um espaço
público para receber eventos de toda magnitude: concertos, bienais, feiras, etc. Esse desejo se materializa em uma
grande praça aberta com mais de 3.000m² que atravessa
o prédio de norte a sul. Além disso, o local também irá
abrigar um espaço com 3.500m² para negócios destinados à inovação, além de centro de eventos coberto com
capacidade para 1.000 pessoas e mais de 400 vagas de
estacionamento.
O projeto vencedor nasceu de um grupo
de trabalho formado pelos arquitetos Albert
Tidy, Gabriel Cáceres e Daniel Lazo denominado TCL - Tidy, Cáceres e Lazo. A inspiração
para o projeto também teve origem nas aulas
ministradas por Tidy e Lazo, na Faculdade de
Arquitetura da Universidade de San Sebastián, no Chile.
Faculdade de Arquitetura da
Universidade San Sebastián
A reconstrução
Andamento da obra
O método proposto para intervir no patrimônio existente é completar os espaços vazios deixados pelos edifícios
originais.
Atualmente, a obra está na etapa de escavações e levará
cerca de oito meses para ser finalizada. A previsão é de
que o projeto esteja totalmente concluído dentro de três
anos.
A Faculdade de Arquitetura da Universidade San Sebastián
é um projeto inovador iniciado há sete anos que está
centrado em três fundamentos: a arte de projetar, a arte
de construir e a capacidade de gerenciar. Os estudantes
que ingressam no curso simulam, desde o primeiro dia, os
processos criativos que enfrentarão no futuro.
Programa
O projeto celebra a diversidade. Nele convivem distintos
tipos de utilização – todos voltados aos princípios de criatividade e inovação, consolidando o bairro como um polo
cultural da cidade. Fazem parte do programa, espaços
para instalações de indústrias criativas (design, arquitetura, publicidade e inovação), um hotel boutique, além de
mercado gourmet, teatro e centro cultural.
Sustentabilidade
Redução do consumo de energia elétrica, reutilização e
gestão eficiente para o uso da água, além de espaços de
reciclagem de resíduos são algumas das ações previstas
no projeto.
FICHA TÉCNICA:
Arquitetos: Albert Tidy, Gabriel Cáceres y Daniel Lazo
Colaboradores: Víctor Bustos, Tomas Mascaró, Sebastián
Provoste, Claudia Tidy y Gabriel Díaz
Engenharia Estrutural: Pedro Bartolomé / ByB Ingenieria
Localização: Providencia - Santiago/Chile
Área: 37.720m²
Renders: TCL Arquitectos (Tidy, Cáceres e Lazo)
Fotografias: Gonzalo Zuñiga/instagram@fotosaereas
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Perfil
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Mercado
Rede exclusiva Marelli
A rede exclusiva Marelli possui aproximadamente 40 lojas localizadas no Brasil e América Latina, configurando-se
como uma das maiores redes de lojas especializadas em seu segmento. A agilidade no atendimento, os serviços
qualificados, a pontualidade na entrega e a proximidade com clientes e especificadores fazem das nossas lojas
parceiras importantes para o sucesso do seu projeto. Mais duas novas lojas estão entrando em operação: a Marelli
Curitiba, no Paraná, e a Marelli Ibirapuera, que amplia o atendimento da marca em São Paulo.
Lojas em operação
Brasil
Marelli | Aracaju (79) 3041.4471
Marelli | Belém (91) 4006.5000 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Belo Horizonte (31) 3225.7667
Marelli | Blumenau (47) 3326.7463
Marelli | Brasília (61) 3321.5151 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Campinas (19) 3754.5900
Marelli | Campo Grande (67) 3043.7147
Marelli | Caxias do Sul (54) 3228.2911 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Cuiabá (65) 3624.3856
Marelli | Curitiba (41) 3016.6199
Marelli | Florianópolis (48) 3244.7100
Marelli | Fortaleza (85) 3268.1426
Marelli | Goiânia 0800 719.9999
Marelli | João Pessoa (83) 3133.4000
Marelli | Joinville (47) 3433.4133
Marelli | Londrina (43) 3026.3333
Marelli | Natal (84) 4006.5757 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Novo Hamburgo (51) 3593.9509
Marelli | Porto Alegre (51) 3019.1010 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Porto Velho (69) 3224.6734
Marelli | Recife (81) 3325.0897 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Rio de Janeiro (21) 2524.2584 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Rio de Janeiro - Órgãos Públicos (21) 2532.3389 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Salvador (71) 3358.5895 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Santo André (11) 4436.8000 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | São José do Rio Preto (17) 3304.5989
Marelli | São Luís (98) 3235.0244
Marelli | São Paulo - Faria Lima (11) 3035.1434
Marelli | São Paulo - Ibirapuera (11) 2061.8077
Marelli | São Paulo - Órgãos Públicos (11) 2061.8077 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Sorocaba (15) 3031.3001
Marelli | Teresina (86) 3233.9144
Marelli | Uberlândia (34) 3215.0050
Marelli | Vitória (27) 3314.6777 (loja certificada ISO 9001)
Exterior
Bolivia - Marelli | La Paz (591) (2) 211.4358 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Santa Cruz de la Sierra (591) (3) 359.8808 (loja certificada ISO 9001)
Chile - Marelli | Santiago (562) 2207.3406
Paraguay - Marelli | Asunción (595) (21) 606.057
Uruguay - Marelli | Montevideo (598) (2) 403.0832 (loja certificada ISO 9001)
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MarellI CURITIBA
Gestores: Eric de Oliveira Santos
e Marcos Vinicius Spitzner
MarellI SÃO PAULO Ibirapuera
Gestores: Tadeu Fernandes e Leandro Fernandes
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Mercado
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Artigo Técnico
MEU TEMPO, TEU TEMPO
Como a Cronobiologia pode
nos ajudar no trabalho
Por Giovana Dantas de Araujo*
Arquivo pessoal
O mundo do trabalho não para. Além dos serviços
essenciais, há uma quantidade cada vez maior de
produção de bens e prestação de serviços que funcionam ininterruptamente. Para que esses bens sejam
produzidos e os serviços sejam prestados, vêm ocorrendo aumento da população que trabalha em turnos,
em horário noturno ou em horários irregulares. Existe,
então, uma “sociedade 24 horas” que depende de um
grande número de trabalhadores para atender a essa
demanda.
Trabalhar é bom! Quando nós somos produtivos,
nos sentimos bem, a autoestima fica elevada. Ficamos
felizes quando somos reconhecidos e quando podemos aproveitar os frutos do nosso esforço. Entretanto,
é necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre a
produtividade no trabalho e a qualidade de vida, pois
muitos dos males que massacram a sociedade são
oriundos do desequilíbrio nessa balança. Dessa forma,
precisamos adequar o ritmo de trabalho ao nosso ritmo
pessoal, e não o inverso, e é aí que a ciência pode nos
ajudar.
Cronobiologia
Cronobiologia é a área da Ciência que estuda os ritmos
biológicos. Ritmo é um ciclo que tem um lugar num
intervalo de tempo determinado. O ritmo circadiano é a
maneira pela qual nosso organismo se adapta à duração
do período claro (dia) e do período escuro (noite), de
forma a sincronizar as funções fisiológicas com a duração de um dia (aproximadamente 24 horas). A oscilação
da nossa temperatura corporal também obedece a um
ritmo em que ela diminui de madrugada, e perto da hora
de acordar volta a subir, e isso se repete todos os dias, por
isso dizemos que a temperatura corporal apresenta um
ritmo circadiano. Essa adaptação se dá pela expressão
de diferentes genes, os chamados genes do relógio. Nós
temos um oscilador central que fica no nosso cérebro e
que vai regular a expressão desses genes nos seus neurônios de acordo com a presença ou ausência da luz. Esse é
o relógio biológico principal.
Ao escurecer, a ausência de luz provoca modificação nas
células da retina implicadas na percepção da variação na
luminosidade e não da visão. A melatonina é o hormônio
responsável por sinalizar o início da noite e sua duração
* Bióloga, é Doutora em Neurociências pela UFRGS (2007). Concluiu estágio
pós-doutoral pelo PPG Medicina - Psiquiatria (2011), quando foi bolsista
do PNPD-Capes no Laboratório de Cronobiologia Humana do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre. É professora do Centro de Ciências Biológicas e da
Saúde da Universidade de Caxias do Sul.
Giovana Dantas de Araujo
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Revista Ambiente | Dezembro 2014
e assim iniciar uma cascata de eventos fisiológicos justamente para preparar o organismo para o repouso. Então
a própria luz, ou sua ausência, é o sinal para começar e
terminar o processo. Sendo assim, o ritmo está presente
em todos os seres humanos.
O nosso relógio biológico se sincroniza com a duração
do dia e isso leva à sincronização de várias outras funções.
A presença da luz do dia é a principal pista ambiental
que nós temos para acertar nosso relógio biológico,
mas outras pistas também são importantes, desde que
haja regularidade, ou seja, ocorram sempre em torno
do mesmo horário. Estas são pistas sociais. O horário de
início do trabalho e a hora das principais refeições, como
o almoço, podem ser bons exemplos de pistas sociais.
Então, se cada pessoa gera seu próprio ritmo, existem
diferenças de uma pessoa para outra e isso pode acarretar consequências, que vão desde a adaptação mais rápida ou mais demorada ao início do horário de verão até a
maior presença de sintomas depressivos em pessoas com
determinado perfil cronobiológico.
Cronotipos
Todo mundo teve ou tem um colega que chega cantando no trabalho, muito disposto, cheio de ideias. Seu bom
humor matinal é sua marca, mas ele raramente topa um
happy hour, pois às 19 horas está louco para ir para casa.
Todo mundo também já trabalhou ou trabalha com aquela pessoa que chega ao escritório com “cara de velório”.
Ela mesma diz que durante o período da manhã está no
piloto automático. Às vezes, a gente tem até receio de dar
bom dia, pois o humor da pessoa parece péssimo. Com o
passar das horas ela vai se tornando mais agradável e até
sorri. Durante a tarde está “a mil”, e quando todo mundo
está se preparando para ir embora, ela resolve ficar mais
um pouco, porque “agora é que está rendendo”. Se
perguntarmos para o primeiro colega em que momento do dia ele se sente melhor, mais concentrado, ele
responderia pela manhã, cedinho. O segundo colega, ao
contrário: se pudesse, chegaria ao trabalho às 13h e sairia
só à noite, pois esse período seria o de melhor rendimento. Chamamos essas características fenotípicas, que se
notam, de cronotipo. O primeiro indivíduo é matutino,
enquanto o segundo é vespertino. Podemos identificar
esses perfis cronobiológicos nos nossos colegas e em nós
mesmos. Embora sejamos a maioria do tipo indiferente,
ou seja, “nem tão cedo e nem tão tarde”, todos nós podemos reconhecer as características de um ou de outro tipo
em nós mesmos. Por sermos quase todos do tipo indiferente, conseguimos nos adaptar. Porém, existem pessoas
que são mais matutinas ou são mais vespertinas. Essa
distribuição dos cronotipos na população é genética,
mas o ambiente influencia e, além disso, essa preferência
muda com a idade e com o sexo.
Ritmo e trabalho
Para as pessoas mais matutinas ou mais vespertinas,
os horários convencionais podem ser conflitantes com
o tempo interno e tanto sua produtividade no trabalho,
como sua qualidade de vida podem ficar comprometidas.
Essa diferença entre o horário convencional e o horário
ideal de cada pessoa é chamada de jet lag social porque,
à semelhança do que acontece quando se viaja e se troca
o fuso horário, o indivíduo fica dessincronizado. O jet
lag social é verificado comparando os horários em que
a pessoa acorda e dorme nos dias de trabalho com os
mesmos horários nos dias em que a pessoa pode escolher livremente.
A obrigação de acordar e dormir em horários biologicamente inadequados cria um conflito entre o sincronizador social (horário de trabalho) e o ritmo interno do
indivíduo, que é a dessincronização externa. O principal
efeito dessas alterações, especialmente no ambiente de
trabalho, é o impacto sobre a capacidade mental das
pessoas, afetando memória e cognição, o que gera uma
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Artigo Técnico
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Como podemos nos ajudar
maior possibilidade de se cometer erros ou de ocasionar
acidentes. A exposição à luz artificial por longo tempo,
como ocorrem em fábricas, hospitais, shoppings centers e
outros locais onde os trabalhadores não tem acesso à luz
natural, é outro fator que pode acarretar em prejuízo para
o ritmo biológico, bem como para o humor.
Outros riscos se referem a problemas metabólicos, tais
como obesidade, diabetes e risco cardiovascular aumentado. A ruptura no ritmo biológico faz com que ocorra um
atraso no pico de leptina, o que pode estar associado a
um aumento do apetite noturno. Essas pessoas acabam
comendo em horários inadequados, rompendo o ritmo
alimentar. Soma-se isso aos horários de trabalho biologicamente inadequados, à exposição à luz de má qualidade e à suscetibilidade individual à dessincronização e
teremos trabalhadores pouco produtivos, desanimados e
com uma péssima qualidade de vida, portanto, doentes.
Além das implicações para o trabalho e para a saúde,
temos também os problemas sociais particularmente
para aquelas pessoas que trabalham à noite, já que muitas
vezes elas vivem um cotidiano diferente do restante da
família. Para as mulheres essa situação é ainda mais prejudicial, especialmente para aquelas que são mães, já que
os cuidados com a casa e com a família são prioridades
em relação à reposição do débito de sono.
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Revista Ambiente | Dezembro 2014
O apoio da família para acompanhar essa pessoa nos
seus momentos de lazer e a colaboração para que a
pessoa consiga descansar são fundamentais para que o
indivíduo desenvolva tolerância e se adapte à rotina.
Medidas de cunho geral para lidar com esses efeitos
adversos são importantes. A preferência por rotação rápida de turnos ao turno noturno fixo é relevante, pois causa
menos mudança nos ritmos circadianos e provoca menos
débito de sono, além de favorecer a vida social dos trabalhadores por permitir que convivam com a família e com
a comunidade em horários adequados. Os horários de
trabalho muito matutinos também provocam débitos
de sono, pois mesmo precisando acordar cedo no dia
seguinte, as pessoas não necessariamente conseguem
dormir muito mais cedo do que o habitual em função de
pressões sociais para manter-se acordada, mas também
de características dos seus relógios biológicos. Um cochilo à tarde, depois do trabalho, é muito benéfico para
recuperar o débito de sono.
A questão da iluminação também é fundamental.
Sempre que possível os locais de trabalho devem aproveitar ao máximo a luz natural. Além disso, é importante
apanhar a luz do dia. Uma caminhada para o trabalho
pode auxiliar bastante. É sabido também que a luz ao pôr
do sol apresenta mais componentes na faixa do vermelho, que tem um efeito calmante. Iluminar fracamente
o ambiente de vermelho pode ajudar aqueles que têm
dificuldade para dormir após a jornada de trabalho.
Todas as atividades que são desenvolvidas com regularidade, ou seja, com dias e horários fixos, ajudam a
encarrilhar o ritmo biológico. É importante, portanto,
manter uma rotina com horários para refeições e atividades físicas de acordo com a preferência individual de cada
pessoa.
A compreensão da questão cronobiológica é fundamental para a organização do trabalho nessa sociedade
que vive as 24 horas do dia. A adequação ambiental dos
locais de trabalho também é muito importante, já que a
luminosidade é o fator que mais fortemente influencia o
ritmo biológico. Entender o impacto dos ritmos biológicos, principalmente do ritmo circadiano, e também da
tipologia cronotípica sobre o rendimento de cada indivíduo, a cognição e o humor, pode nos auxiliar a escolher
os horários de trabalho de forma personalizada para que
cada colaborador possa dar o seu melhor sem prejudicar
sua saúde e sua qualidade de vida. Isso facilitaria as relações nos ambientes de trabalho, tornaria essas pessoas
mais produtivas, mais satisfeitas consigo mesmas e mais
comprometidas. É necessário, portanto, que as instituições estejam interessadas e dispostas a esse novo olhar
sobre o tempo de cada um.
Panorama
Marelli inaugura novo
showroom em Campinas
Para consolidar sua marca na região de Campinas,
a Marelli inaugurou no dia 26 de junho seu novo
showroom. O espaço, mais amplo e moderno, agora
conta também com nova gestão. A apresentação
da nova loja ocorreu em evento para clientes,
arquitetos, imprensa e convidados. Tendo à frente
a empreendedora Lara Bauer Lattaro, que acumula
larga experiência e conhecimento no segmento de
mobiliário corporativo, a loja é a oitava operação da
Marelli no estado de São Paulo. Instalado em endereço
privilegiado, no bairro Nova Campinas, o novo
showroom conta com amplo espaço de 340 m2 para
exposição das linhas de cadeiras, painéis divisórios e
mobiliários corporativos da Marelli.
Marelli Bolívia completa 10 anos
A marca, que concentra duas lojas exclusivas da marca na Bolívia, uma em Santa Cruz de la Sierra
e outra em La Paz, está completando 10 anos de atuação no país. Sob o comando do gestor
Marco Justiniano, as lojas destacam-se por sua agilidade na entrega e atendimento diferenciado
a clientes, arquitetos e especificadores. Para comemorar a data, a Marelli Bolívia produziu um selo
comemorativo, que vem sendo usado em toda a sua comunicação durante o ano de 2014. Para
este ano, a Marelli Bolívia também está programando a inauguração de um novo showroom, que
irá qualificar ainda o atendimento prestado, ficando cada vez mais próxima de seus clientes.
15 anos da
Marelli Paraguai
A Marelli orgulha-se de possuir a maior rede de lojas
especializadas no setor de mobiliário corporativo da América
Latina. Exemplo de dedicação e compromisso com o
atendimento aos clientes é a loja exclusiva Marelli no Paraguai.
Localizada em Asunción, a loja está comemorando 15 anos
de mercado. E para comemorar essa data, recebeu clientes e
amigos em um coquetel especial no Hotel Sheraton, no dia 17
de outubro. O presidente da Marelli, Rudimar Borelli, prestigiou o evento e
prestou uma homenagem especial aos gestores e profissionais da Marelli
Paraguai. A recepção foi preparada por Oscar Cantero e Rocio de Freitas,
responsáveis por levar ao Paraguai o mesmo padrão de excelência que a
Marelli adota em todas as suas praças.
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Panorama
47
Panorama
Marelli estreia entre
as 500 Maiores do Sul –
Grandes & Líderes
Marelli Bolívia fornece
cadeiras para encontro
do G77 + China
A Marelli ingressou neste ano em um seleto e
criterioso ranking, considerado a mais abrangente
radiografia empresarial da região Sul do país: o das
500 Maiores do Sul – Grandes & Líderes, realizado
pelo Grupo Amanhã em parceria com a PwC, que é
referência global em auditoria, assessoria tributária e
empresarial. Em sua primeira participação no ranking,
a fabricante de mobiliário corporativo ocupa a posição
405, com R$ 145 milhões de receita bruta e R$ 85,50
milhões de Valor Ponderado de Grandeza (VPG). Os
resultados do levantamento foram divulgados no dia
28 de agosto, em evento exclusivo para a imprensa.
A pesquisa 500 Maiores do Sul revela indicadores de
mil empresas, apontando as 500 maiores e as 500
emergentes dos três estados do Sul – Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Paraná, utilizando como única
fonte os balanços financeiros oficiais das companhias.
Os líderes de quase dois terços dos países do mundo
que marcaram presença no encontro do G77 + China,
realizado em Santa Cruz de la Sierra, sentaram em
cadeiras produzidas pela Marelli Ambientes Racionais
e fornecidas pela loja da marca na Bolívia. A Marelli
Bolívia forneceu cadeiras da linha Corp para o
encontro, que reuniu países em desenvolvimento e a
China. No encontro – o primeiro e o mais importante
evento dessa natureza já realizado na Bolívia – foi
discutida a criação de uma “nova ordem mundial”,
mais equilibrada e com maior cooperação entre
nações em desenvolvimento. A Marelli foi a marca
escolhida para esse importante encontro de líderes
mundiais pela qualidade e design dos seus produtos
associados à credibilidade e seriedade da empresa.
Marelli é a quarta
Melhor Empresa para
Trabalhar no Rio
Grande do Sul
A Marelli foi escolhida a quarta Melhor Empresa para
Trabalhar no Rio Grande do Sul na categoria média
empresa, de acordo com o ranking Melhores Empresas
para Trabalhar no RS, através de pesquisa realizada
pelo Great Place to Work® em parceria com o Grupo
Amanhã. A premiação destacou as 40 companhias
que oferecem os ambientes de trabalho mais
atraentes do Estado. As vencedoras foram divulgadas
em jantar realizado no dia 11 de novembro, no Grêmio
Náutico União, em Porto Alegre. Os profissionais
da Marelli foram representados no evento pelo
diretor industrial e de recursos humanos, Francisco
Antonio Santos, e por profissionais de diversas áreas
48
Panorama
Revista Ambiente | Dezembro 2014
da companhia, eleitos para representar o grupo:
Matheus Tonet, Felipe Renato Cechinato, Rudinei
Borelli, Francieli da Siva, Cristian Crestani, Vilmar José
Tamagno, Bruna Spigosso, Vinicius Alexandre da Silva
e Arnaldo Romulo Garstka.
Marelli entre as
Melhores Empresas
para Trabalhar no
Brasil pelo GPTW
Francisco Antonio Santos (à esquerda), diretor industrial e
de recursos humanos, recebeu a premiação
Ser reconhecida por oportunizar um bom
ambiente de trabalho, estimular a confiança e o
desenvolvimento dos profissionais e disseminar
as melhores práticas em gestão de pessoas já se
tornou tradição na Marelli. Tanto que a marca,
referência nacional e latino-americana em mobiliário
corporativo, conquistou mais um prêmio nessa
área: figura no ranking das Melhores Empresas para
Trabalhar GPTW – Brasil 2014, segundo a pesquisa
do Great Place to Work® Brasil em parceria com
a revista Época, da Editora Globo, considerada
uma das mais conceituadas radiografias de clima
e cultura organizacional do Brasil. A Marelli foi a
única representante do segmento de mobiliário
corporativo a despontar no ranking e ocupou a 26ª
posição. Na cerimônia de premiação, que aconteceu
no dia 18 de agosto, em São Paulo, a Marelli também
foi representada pelos profissionais: Leila Dal Bosco
(estofaria), Gilberto Prandes e Alexandro Munari
(gestores industriais).
Marelli conquista
Prêmio Excelência
Movergs 2014
A Marelli conquistou mais um importante
reconhecimento no seu mercado de atuação. A
empresa foi agraciada com o Prêmio Excelência
Movergs 2014, na categoria Mercado Interno –
Empresa de Grande Porte.
Em sua 12ª edição, a premiação reconhece
empresas de destaque e com bons resultados no
setor moveleiro, tanto no mercado interno quanto
externo. Contempla as maiores exportadoras do
estado do Rio Grande do Sul e as que obtiveram
o melhor desempenho no mercado interno. As
indústrias foram enquadradas e identificadas por
porte (Micro e Pequeno Porte, Médio Porte e Grande
Porte) seguindo critérios de pontuação e a ordem
decrescente na análise dos requisitos estabelecidos.
A cerimônia de premiação foi realizada durante o
XXIV Congresso Movergs, em Bento Gonçalves, no
dia 3 de julho.
O diretor administrativo-financeiro Daniel Mazzocchi
(à esquerda) recebeu o reconhecimento em nome de
toda a equipe
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Panorama
49
Panorama
Marelli recebe prêmio
Top Executivo 2014 como
marca mais lembrada
no segmento Móveis de
Escritório
A empresa foi eleita pela quinta vez consecutiva a
mais lembrada pelos gaúchos no prêmio Top of Mind
2014 – As Marcas do Rio Grande, na categoria Móveis
de Escritório, com 24% da lembrança do público. O
Top Executivo integra o Top of Mind RS, levantamento
promovido há 24 anos pela Revista Amanhã e
Segmento Pesquisas. Referência para profissionais
de branding, marketing e comunicação do Estado,
a pesquisa engloba grifes de produto de consumo,
serviços, veículos de comunicação e profissionais
de mídia. O gerente de vendas e marketing Daniel
Castilhos (foto) e o gestor da Marelli Porto Alegre,
Roberto Ribas, representaram a Marelli na cerimônia
de entrega, que ocorreu dia 04 de junho, no Salão de
Festas do Grêmio Náutico União, em Porto Alegre (RS).
Marelli pela
nona vez entre
as Melhores do
Guia Você S/A
A Marelli está presente, mais uma
vez, no Guia VOCÊ S/A – As Melhores
Empresas para Você Trabalhar,
figurando entre as 150 organizações brasileiras que
mais esbanjam felicidade no trabalho, apontadas na 18ª
edição do ranking da revista VOCÊ S/A em parceria com a
Fundação Instituto Administração (FIA), da Universidade
de São Paulo. A premiação demonstra sua força na
valorização das pessoas, cultura que fortalece a confiança,
a transparência, a qualidade das relações e o incentivo ao
autodesenvolvimento. A Marelli participa desde 2003 da
pesquisa, considerada uma das maiores radiografias de
clima e cultura organizacional do Brasil, e nesses 12 anos
foi premiada nove vezes, sendo o sexto ano consecutivo.
A cerimônia de premiação aconteceu dia 8 de outubro, no
Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
50
Panorama
Revista Ambiente | Dezembro 2014
Os profissionais da Marelli, Artidor Luiz Bitencourt e
Gilmar Toniolo, representaram a equipe Marelli na
cerimônia de premiação
ambiente
Invista no bem-estar das pessoas.
São elas que fazem a diferença.
O mobiliário Marelli facilita a interação entre as pessoas
e garante mais ergonomia e conforto. Assim fica fácil
valorizar o que uma empresa tem de melhor: o talento.
Lojas exclusivas nas
principais cidades do
Brasil e América Latina.
www.marelli.com.br
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Mônica Waldvogel