FESURV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE PSICOLOGIA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM: A IMPLACÁVEL MEDIAÇÃO DAS RELAÇÕES DE GÊNERO ERIVANEA GARCIA RIBEIRO Orientadora: Prof.ª Ms. PATRÍCIA T. D. SCHERVENSKI Monografia apresentada à Faculdade de Psicologia da Fesurv – Universidade de Rio Verde, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Psicologia. RIO VERDE - GOIÁS 2006 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA Gênero é uma construção sócio-histórica e cultural. É um processo pelo qual homens e mulheres atravessam ao logo de suas vidas e é permeado de influências do aprendizado sistemático e informal. Influências que explicitam como se edificam as relações sociais e estabelecem comportamentos entre ambos os sexos. A problemática do gênero está impulsionando as pesquisas que estão prosseguindo a largos passos no Brasil. No entanto, o ritmo rumo a uma paridade de gênero caminha a passos muito lentos, pois os resultados dos conteúdos não alcançam a população, e a relação entre esses estudos e o gênero ainda é rudimentar. Uma vez que a desigualdade anda a passos ágeis, tem alcançado a comunidade escolar os alunos e alunas brasileiras. Índices do governo brasileiro aponta cerca de 18% de repetência entre as meninas e quase 25% entre os meninos. O país já tem o maior índice de repetência da América Latina, entre os meninos a situação é especialmente ruim. O Brasil tem perdido os meninos para a repetência e evasão. As pesquisas apontam ainda que nas séries iniciais, os meninos já constituem a grande maioria dos que supostamente possuem “problemas de aprendizagem” ou a serem encaminhados para clínicas psicológicas para tratamentos a partir de queixas escolares. O baixo rendimento, bem como repetências e demais queixas escolares, são fenômenos que têm gerado grande preocupação para as instituições de ensino, para professores e pais. Já no início dos anos escolares, as crianças apresentam uma gama de sintomas considerados característicos de dificuldade de aprendizagem. Estudiosos sobre a temática indicam forte relação entre desempenho escolar e a percepção das professoras na educação e os critérios de avaliação dispensados para meninos e meninas. A escola é um lugar privilegiado para a construção da igualdade, entretanto, presume-se que em seu âmbito estariam estabelecendo algumas pontes impulsionadoras de discriminação e estereótipos advindos das questões de gênero, que, suplantadas no espaço acadêmico, tornaria uma ameaça ao desenvolvimento escolar. Diante dessa eminência, propôs-se analisar as Impressões Diagnósticas de crianças com queixas de problemas escolares, encaminhadas pela Secretaria Municipal de Educação de Rio Verde – Goiás para a professora da Faculdade de Psicologia da Universidade de Rio Verde – Fesurv, responsável pela disciplina Psicologia e Problemas de Aprendizagem, que tem como um dos trabalhos práticos a realização de Impressão Diagnóstica no sentido de encaminhamento e intervenção adequadas dessas crianças. O objetivo deste trabalho centra-se em buscar indícios que demonstrem que as crianças do sexo masculino, rotuladas como portadoras de dificuldades de aprendizagem, estariam sendo vítimas de uma visão estereotipada, oriundas de sua comunidade escolar. PROCEDIMENTOS - Autorização - adaptação do formulário para coleta de dados - Quatro categorizações - Coleta de dados - levantamento da incidência (freqüências e porcentagens), por gênero, de cada queixa escolar relatadas pelos professores, respeitando as categorias: dificuldade de aprendizagem, de comportamento, emocional e outras questões referentes a problemas escolares. - emprego e análise do Software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences ), para fins de análises descritivas e testes de associação entre variáveis (crosstabs), com uso do Qui-quadrado para testar a significância das diferenças encontradas. CONCLUSÃO - Houve um paradoxo inteligentes e repetentes. - Não é viável fazer associações concernentes a desempenhos bons ou maus apoiando-se apenas na dimensão cognitiva. - Por se tratar de uma amostra pequena, apesar de existirem discrepâncias, o teste do qui-quadrado aplicado não demonstrou diferenças estatisticamente significativa. - A família, a escola, o corpo docente se isentam dos problemas escolares. Sobre a criança é imputada toda culpa. - Os encaminhamentos de meninos com Dificuldade de aprendizagem; Os índices de repetência; A faixa etária e a série das crianças; A conduta estabelecida socialmente; O ajustamento e a competência social; - Os resultados obtidos prevaleceram equivalentes com a maioria da literatura estudada. PROBLEMA E OBJETIVOS - Problema: Como as questões de gênero podem influenciar de forma negativa no desempenho escolar? - Objetivo geral: Demonstrar que os meninos com queixa de dificuldade de aprendizagem são oriundas de uma visão estereotipada dos professores com relação a questão de gênero. - Objetivos específicos: Verificar como é construída por diferentes autores a questão de gênero; Identificar quem são as crianças, em questão de gênero, que apresentam dificuldade de aprendizagem; Descrever os escores de inteligência de ambos os sexos; Verificar a associação entre comportamento e gênero, envolvendo a dificuldade de aprendizagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO QUATRO HIPÓTESES BÁSICAS 1) A educação sexista estaria cooperando para o baixo rendimento escolar das crianças e a exclusão do sexo masculino. - Os percentuais, de encaminhamentos de queixa escolares, indicaram que os meninos tiveram índices mais elevados, sendo: 64% meninos e 36% de meninas. Diferença de 28% a mais que as meninas. 2) As crianças apresentariam comportamentos mais externalizados são rotuladas como portadoras de dificuldade de aprendizagem. - Problemas emocionais: O item insegurança indicou leve diferença. Houve índice de (7%) para meninas e (1%) para os meninos. - Problemas de comportamento: Apontou 21% agitação, 11% indiciplina para os meninos. Para as 9% e 3%. Indicando índices 12% e 8% mais elevados para os meninos. - Isolamento/introversão/introspecção revelou Taxa de 12% para meninas 6% para meninos. Demonstrando o dobro desta conduta em meninas. 3) As questões de gênero estariam influenciando negativamente no processo educacional dos meninos. - No resultado do Raven, os meninos obtiveram escores de inteligência mais elevados (intelectualmente superior) do que as meninas. Para eles 17%, para elas 0%. - Na classificação, definitivamente abaixo da média na capacidade intelectual, as meninas obtiveram maiores incidências (35%) do que os meninos (19%). 4) A escola estaria auxiliando com a manutenção e perpetuação da desigualdade entre os gênero. - Os meninos, apresentaram escores de inteligência mais elevados; foram os mais encaminhados por dificuldades de aprendizagem 36 (64%); - Reprovaram: 20 (56%) de 36 meninos e 7 (35%) de 20 meninas. 21% a mais de reprovações entre os meninos. Não houve diferença significativa (X2 = 2,176, p = 0,140). REFERENCIAL TEÓRICO 1) ALVES, Emeli Silva; MARTINS, Fernanda Ortiga. Desenvolvimento neuropsicomotor em alunos repetentes. In: Anais do Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, Paraíba, 2002. 2) ALVES, Fátima; ORTIGÃO, Isabel. A repetência escolar e os diferentes tipos de capital: um estudo a partir dos dados do SAEB-2001. Disponível em: <http://www.anped.org.br>. Acesso em: 25/09/2006. 3) ALVES, Paola Biasoli. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Psicologia Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 10, no. 2, 1997. 4) ANDRADE, Márcia; FRANCO, Creso ; CARVALHO, João Pitombeira de. Gênero desempenho em matemática ao final do ensino médio: quais as relações? São Paulo. no. 27, 2003. 5) BACKMAN, Carl. W.; SECORD, Paul F. Aspectos psicossociais da educação; trad. Álvaro Cabral. Zahar Editores: Rio de Janeiro, 1971. 6) BALLONE, G. J. Dificuldades de Aprendizagem. Disponível em <http://www.psiqweb.med.br>. Acesso 02/08/2006. 7) BANDEIRA, Marina; ROCHA Sandra Silva; PIRES Luisa Gonçalves. Competência acadêmica de crianças do Ensino Fundamental: características sociodemográficas e relação com habilidades sociais. Interação em Psicologia, 2006. 8) BASSEDAS, Eulália; HUGHET, Teresa; MARRODÁN, Maite; OLIVÁN, Marta; PLANAS, Mireia; ROSSELL, Monteserrat; SEGUER, Manuel e VILELLA, Maria. Intervenção Educativa e diagnóstico psicopedagógico. trad. Beatriz Affonso Neves. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1966. 9) BIBLIOTECA DIGITAL DO CENTRO LATINO AMERICANO EM SEXUALIDADE E DIREITOS HUMANOS - CLAM – 2006. Disponível em: <http://sistema.clam.org.br>. Acesso em: 02/05/2006. 10) BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem: o que são? Como tratá-las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 11) BRAZ, Fabíola de Sousa; SALOMÃO, Nádia Maria Ribeiro. A fala dirigida a meninos e meninas: um estudo sobre o input materno e suas variações. Psicologia Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 15, no. 2, 2002. 12) BRITO, Rosemeire dos Santos. Intrincada trama de masculinidades e feminilidades: fracasso escolar e meninos. Cadernos de Pesquisa, v. 36, no. 127, 2006. 13) CABRAL, E.; SAWAYA, S. M. Concepções e atuação profissional diante das queixas escolares: os psicólogos nos serviços públicos de saúde. Estudos de Psicologia, v.6, no. 2, 2001. 14) CARLOTO, Cássia Maria. O Conceito de Gênero e sua Importância para a Análise das Relações Sociais. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br>. Acesso em: 28/06/2006. 15) CARVALHO, Marília Pinto de. O fracasso escolar de meninos e meninas: articulações entre gênero e cor/raça. Cadernos Pagu., Campinas, no. 22, 2004. 16) ______. Quem são os meninos que fracassam na escola? Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 34, no. 121, 2004. 17) ______. Sucesso e fracasso escolar: uma questão de gênero. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, no. 1, 2003. 18) CORTEZ, Mariana Grazina. A Questão do Gênero nas Práticas Educativas. In: Congresso Português de Sociologia, 4, Coimbra, 2000. 19) COSTA, Dóris Anita Freire. Fracasso Escolar: Diferença ou Deficiência?Porto alegre: Kuarup, 1994. 20) DAL IGNA, Maria Cláudia. Desempenho escolar e gênero: um estudo com professoras de séries iniciais. Disponível em: <http://www.anped.org.br>. Acesso em 21/09/2006. 21) DeSOUZA, Eros; BALDWIN, John R.; ROSA, Francisco Heitor da. A construção social dos papéis sexuais femininos. Psicologia Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 13, no. 3, 2000. 22) DICIONÁRIO VIRTUAL DE DIREITOS HUMANOS. Disponível em: < http://www.esmpu.gov.br>. Acesso em: 02/05/2006. 23) ELIAS, Luciana Carla dos Santos; MARTURANO, Edna Maria. Oficinas de linguagem: proposta de atendimento psicopedagógico para crianças com queixas escolares. Estudos de Psicologia, v. 10, no. 1, 2005. 24) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua portuguesa Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira S. A., 2000. 25) FISCHER, Izaura Rufino; MARQUES, Fernanda. Gênero e Exclusão Social. Recife: Massangana - FUNDAJ, no. 113, 2001. 26) FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA – UNICEF BRASIL. Disponível em: <http://www.unicef.org>. Acesso em: 21/09/2006. 27) HARPER, Babette; CECCON, Claudius; OLIVEIRA, Miguel Darcy; OLIVEIRA, Rosiska Darcy e FREIRE, Paulo. Cuidado, Escola!: Desigualdade, Domesticação e Algumas Saídas. Ed. 1, Brasiliense: 1980. 28) HEILBORN, Maria Luiza. Gênero: uma breve introdução. In: NEVES, Maria da Graça Ribeiro das, COSTA, Delaine Martins. Gênero e Desenvolvimento Institucional em Ongs. Rio de Janeiro: IBAM/ENSUR/NEMPP; Madrid: Instituto da Mulher, 1995. 29) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS – IBGE (2002). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 25/09/2006. 30) KREPSKY, Marina Cruz. Dificuldades de aprendizagem: movimentos discursivos na voz dos alunos. Disponível em: <http://www.proxy.furb.br>. Acesso em: 12/09/2006. 31) LA ROSA, Jorge (org.). Psicologia e educação: o significado do aprender. 7ª Edição. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. 32) LAMAS, Marta. Gênero: os conflitos e desafios do novo paradigma. Rio de Janeiro: FASE, 2000. 33) LUANA, Vanessa. Para Pensar o Feminino. Disponível em: <http://www.ainfos.ca/04/jul/ainfos00408.html/>. Acesso em: 21/07/2006. 34) MAGNATA, Fátima. O direito de aprender. Disponível em: <http://www.centrorefeducacional.pro.br>. Acesso em 13/09/2006. 35) MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi. Gênero e identidade sexual. Disponível em: <www.faac.unesp.br>. Acesso em: 17/07/2006. 36) MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi; FONSECA, Mônica Lúcia. Quociente de inteligência e aquisição de leitura: um estudo correlacional. Psicologia Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 15, no. 2, 2002. 37) MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS - DSM IV. Porto Alegre: Artmed; 2003. 38) MARINHO, Rossana Ricardo. Estudo do Autoconceito em Crianças de 7-9 anos com e sem dificuldades de aprendizagem. Disponível em: <http://www.psicopedagogia.com.br>. Acesso em: 28/06/2006. 39) MARTURANO, E. M., LINHARES, M. B. M.; PARREIRA, V. L. C. Problemas emocionais e comportamentais associados a dificuldades na aprendizagem escolar. Medicina, Ribeiräo Preto, 1993. 40) MARTURANO, Edna Maria, TOLLER, Gisele Paschoal; ELIAS, Luciana Carla dos Santos. Gênero, adversidade e problemas socioemocionais associados à queixa escolar. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 22, no. 4, 2005. 41) MOREIRA, Maria de Fátima Salum; SANTOS, Lilian Piorkowsky. Indisciplina escolar, gênero e sexualidade: práticas de punição e produção de identidades. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 12, no. 69, 2004. 42) NOÉ, Alberto; BALASSIANO, Ana Luiza. A Educação e as desigualdades sociais no Brasil: um enfoque por Raça e Gênero. Disponível em: <www.antroposmoderno.com>. Acesso em: 13/07/2006. 43) OLIVEIRA, Romualdo Portela de; ARAÚJO, Gilda Cardoso de. Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta pelo direito à educação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, no. 28, 2005. 44) OLIVEIRA, Silvia Maria de. A escola e as aspirações populares. (1992). Disponível em: <http://www.ipol.org.br>. Acesso em: 23/07/2006. 45) ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA – UNESCO. Educação para todos: o imperativo da qualidade. In: RELATÓRIO CONCISO: acompanhamento global de educação para todos, p. 3, 2005. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org>. Acesso em: 28/06/2006. 46) PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Trad. Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985. 4. ed. 1992. 47) PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos. Desenvolvimento Humano. 7 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 48) SABAT, Ruth Ramos. Infância e Gênero: O que se Aprende nos Filmes Infantis? 24ª reunião anual da ANPEd, 2001. 49) SABBATINI, Renato M.E. Existem diferenças cerebrais entre os homens e as mulheres? Disponível em: <http://www.cerebromente.org.br>. Acesso em: 25/09/2006. 50) SANTOS, Darci Neves et al. Epidemiologia do desenvolvimento cognitivo de escolares em Jequié, Bahia, Brasil: procedimentos de avaliação e resultados gerais. Cadernos de Saúde Pública, v. 18, no. 3, 2002. 51) SARTORI, Ari José; BRITTO, Neli Suzana. Gênero na educação: espaço para a diversidade. In: CADERNO TEMÁTICO: Direitos sexuais são direitos humanos, Brasília -DF, 2006. 52) SCORTEGAGNA, Paula; LEVANDOWSKI, Daniela Centenaro. Análise dos encaminhamentos de crianças com queixa escolar da rede municipal de ensino de Caxias do Sul. Interações, v. 9, no. 18, 2003. 53) SILVA, C. D. et al. Meninas bem-comportadas, boas alunas, meninos inteligentes, mas indisciplinados, Cadernos de Pesquisa, São Paulo, no. 107, 1999. 54) SILVA, Filomena Franco da; FARIAS, Regina Helena Pereira. Problemas de aprendizagem: leitura e escrita. Disponível em: <pontodeencontro.proinfo.mec.gov.br>. Acesso em: 12/09/2006. 55) SIQUEIRA, Aline Cardoso; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. O impacto da institucionalização na infância e na adolescência: uma revisão de literatura. Psicologia Social, Porto Alegre, v. 18, no. 1, 2006. 56) SIQUEIRA, Maria Juracy Toneli. A Constituição da Identidade Masculina: Alguns Pontos para Discussão. Psicologia USP, v. 8, no. 1, 1997. 57) SISTO, Fermino Fernandes. Aceitação-rejeição para estudar e agressividade na escola. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, no. 1, 2005. 58) SISTO, Fermino Fernandes; BORUCHOVITCH, Evely; FINI, Lucila Diehl Tolaine (organizadores). Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2ª ed., 2002. 59) SISTO, Fermino Fernandes; PACHECO, Lílian. Ajustamento social e dificuldade de aprendizagem. Revista de Psicologia da Vetor Editora, v. 6, no 1, 2005. 60) SISTO, Fermino Fernandes; PACHECO, Lílian. Estudo exploratório para construção de um instrumento de ajustamento social. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 7, no. 2, 2002. 61) TOLEDO, Cecília. Mulheres: o gênero nos une, a classe nos divide. Cadernos Marxistas. São Paulo: 2001. 62) TORRÃO FILHO, Amílcar. Uma questão de gênero: onde o masculino e o feminino se cruzam. Cadernos Pagu, Campinas, no 24, 2005. 63) VIANNA, Cláudia e UNBEHAUM, Sandra. Políticas educacionais e superação das discriminações de gênero: o caso do PNE. Disponível em: <http://www.fazendogenero7.ufsc.br>. Acesso em 23/07/2006. 64) VIANNA, Cláudia. Sexo e Gênero: masculinos e femininos na qualidade da educação escolar. In: AQUINO, Júlio Groppa. Sexualidade na escola. São Paulo: ed. Sumus, 1997. 65) VIEZZER, Moema L. Campanha por uma educação não discriminatória na América Latina: 21 de junho. Disponível em: <www.redemulher.org.br>. Acesso em: 19/08/2006. 66) VITORINO, Janete Leony. Meninos e meninas: O papel de cada um nos distúrbios de aprendizagem. Disponível em: <http://www.psicopedagogia.com.br>. Acesso em: 28/06/2006. 67) ZACHARIAS, Vera Lúcia Camara F. O que são realmente dificuldades de aprendizagem? Disponível em: <http://www.centrorefeducacional.pro.br>. Acesso em 23/07/2006. 68) ZUCOLOTO, Karla Aparecida e SISTO, Fermino Fernandes. Dificuldades de aprendizagem em escrita e compreensão em leitura. Interação em Psicologia, v. 6, no. 2, 2002. MEMORIAL Após participar de um fórum realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria em Brasília saí um tanto que transtornada. Após grande momento de avaliações internas, a fim de descobrir tamanha perturbação, recordei-me da frase dita por um preletor: "quer salvar sua nação? Inicie salvando uma criança..." Tal frase tem sido minha companheira ao realizar trabalhos. Lembro-me que ao freqüentar o 6º período de psicologia, cursei a disciplina "Psicologia e Problemas de Aprendizagem", fiz a Avaliação Psicodiagnóstica de criança que tinha inúmeros problemas escolares. o resultado final desta revelou ser uma criança vítima de molestação sexual ela (8 anos), sua irmã e irmão mais velhos (12 e 14 anos), todos freqüentadores de programas com acelera e projeto alfa. Essas experiências possibilitaram-me analisar a extensão da problemática. Assim, senti-me provocada a buscar os trabalhos realizados pelos demais acadêmicos e explorálos. São materiais riquíssimos e devem ser melhor aproveitados para auxiliar e alertar as escolas, bem como as secretarias de educação sobre os acontecimentos neste âmbito. A partir desses resultados tenho levantado a bandeira da rede que auxilia na proteção de crianças e adolescentes do nosso país, plantando sementes aqui em Rio Verde-GO, falando da urgência desta atividade e divulgando o resultado de minha pesquisa. Afinal, não estamos perdendo apenas as meninas, mas de forma avassaladora, os meninos também... Lembro-me sempre da frase: "quer salvar sua nação? Inicie salvando uma criança..." Eu realmente quero salvar nossa nação e acredito já estar caminhando e cooperando...