SÉRIE TERRA E AGUA
DO
INSTITUTO
NACIONAL
DE
INVESTIGACAO
NOTA
AGRONOMICA
TECNICA
NoöOB
As Possibiiidades para a Agricultura de
uma Parte da Baixa Costeira
(Distrito de Maputo)
Parte B:Aspectos Agrohidrok5gicos-Possto*dades de Drenagem
F, Gomes
1986
Maputo, Mocambique
Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU
World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe
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NOTA TÉCNICA N 9 50B
AS POSSIBILIDADBS PARA AGRICU1TURA DE
UMA PARTB DA BAIXA COSTBIRA
(DISTRITO DB MAPUTO)
PARTB B: ASPBCTOS AGROHIDROLÓGICOS - POSSIBILIDADBS DE DHENAGEM
F.GOMES
1986
MOCAMBIQUE
1139-3
PREAMBULO
Este relatório contèm os resultados de urn estudo levado a cabo pelo
Departamento de Terra e Agua do Instituto Nacional de Investigacao
Agronómica.a pedido do Gabinete das Zonas Verdes, Departaiaento de Planificacao.com vista a:
- avaliacao
do potencial
factores limitantes
agricola
e
identificar
os
- melhorar a situacao de drenagem existente
de uma area conhecida como Baixa Costeira,pertencendo as Zonas Verdes da
cidade de Maputo.
Os resultados deste estudo sao apresentados em duas partes:
- Parte
A:
ASPECTOS PEDOLOGICOS:
AGRICOLA.
A TERRA E SUA APTIDAO
- Parte
B:
ASPECTOS AGROHIDROLÓGICOS:
DE DRENAGEM.
POSSIBILIDADES
Na parte A sao apresentados os resultados de um levantamento de solo
semi-detalhado seguido por uma avaliacao qualitativa da terra,para as
culturas normalmente cultivadas dentro da area.
Na parte B descrevem-se os resultados de um estudo empreendendo
melhorar as condicoes de drenagem existentes na area, que presentemente
podem ser consideradas como q principal factor limitante para o aumento
da produtividade agricola da area.
ASPECTOS AGROHIDROLOGICOS.-POSSIBILIDADES DE DRENAGEM
INDICE
1.
INTODUCAO E ORIGEM DO ESTUDO
1.1.
A SITUAQXO ACTUAL
2.
METODOLOGIA UTILIZADA
3.
CONDICÖES BA'SICAS PARA UM SISTEMA DE DRENAGEH
3.1.
TOPOGRAFIA DA REGI&0
3.2.
AS MARÉS
3.3.
O CLIMA
3.4.
3.4.1.
3.4.2.
3.5.
3.5.1.
3.5.2.
FACTORES DE SOLOS
PERMEABILIDADE
INFILTRACXO
EXIGÊNCIAS AGRNO'MICAS DAS CULTURAS
AGUA E AR NO SOLO
PROFUNDIDADE DO LENQOL FREATICO E SUA INFLUÊNCIA
CULTURAS
4.
DRENAGEM
4.1.
OBJECTIVOS DA DRENAGEM
4.2.
CARACTERISTICAS DO LENCOL FREATICO
4.3.
SISTEMA DE DRENAGEM
4.4.
4.4.1.
4.4.2.
4.4.3.
4.4.4.
METODOS UTILIZADOS PARA DETERMINAR A DISTftNCIA ENTRE
OS DRENOS DE CAMPO
MÉTODO DE HOOGHOUDT
MÉTODO DE ERNST
CONDICÖES PARA U7ILÏZACA"0 DE CADA UM DOS MÉTODOS
FUNCIONAMENTO DO MODELO DO FLUXO SUBTERRANEO
5.
CALCULOS AGROHIDROLÖGICOS
5.1.
5.1.1.
CALCULO DA NORMA DE DRENAGEM
NORHA DE DRENAGEM DEVIDO AO EXCESSO DE AGUA DE
PRECIPITAC80 (DESCARGA PROJECTADA)
METODOLOGIA SEGUIDA
DADOS DIARIOS DA PRECIPITACXO DE 1940 A 1968 PARA OS
MESES DE NOVEMBRO,DEZEMBR0,JANEIRO E FEVEREIRO
APLICAC&O DA DISTRIBUIC»0 ESTATISTICA DE GUMBEL
DETERMINACAO DAS EXIGÊNCIAS AGRONdMICAS DAS CULTURAS
DETERMINACA"0 DA DESCARGA PROJECTADA
5.1.1.1.
5.1.1.1.1.
5.1.1.1.2.
5.1.1.1.3.
5.1.1.1.4.
NAS
2
5.1.1.2.
5.1.2.
5.1.2.1.
5.1.2.2.
NORMA DE DRENAGEH PARA OS DRENOS DE CAHPO E SECUNDARIOS
NORHA DE DRENAGEH DEVIDO AO FLUXO DA ENCOSTA
VALA COLECTORA DA ENCOSTA
NORHA DE DRENAGEH PARA OS DRENOS PRINCIPAIS
5.2.
DETERHINACflO DA DISTANCIA ENTRE OS DRENOS DE CAHPO
5.3.
5.3.1.
5.3.2.
5.4.
HODELO DA DRENAGEH DE CAMPO PARA A ÉPOCA DAS CHUVAS E
PARA A ÊPOCA SECA
EPOCA DAS CHUVAS
EPOCA SECA
REGA SUBTERRANEA
6.
CALCULOS HIDRAULICOS
6.1.
6.1.1.
6.1.2.
6.1.2.1.
6.1.2.2.
6.1.2.3.
6.1.2.4.
6.1.2.4.1.
6.1.2.4.1.
6.1.3.
6.1.3.1.
6.1.3.1.1.
6.1.3.1.2.
6.1.3.1.3.
6.1.3.1.4.
6.1.3.2.
6.1.3.2.1.
6.1.3.2.2.
6.1.3.2.3.
6.1.3.2.4.
6.1.3.2.5.
SISTEMA DE DRENAGEH PRINCIPAL
AREA.CAUDAL E DIMENSIONAMENTO PARA CADA VALA PRINCIPAL
BACIA A - VALA PRINCIPAL A
AREA A DRENAR
DIMENSIONAMENTO DA VALA PRINCIPAL
COMPORTA
POLDER
ETRADA DA AGUA NO POLDER
SAÏDA DA AGUA DO POLDER
BACIA B E C - VALAS PRINCIPAIS B E C
ALTERNATIVA 1
PASSAGEM DA VALA C POR BAIXO DA ESTRADA ATÉ %A VALA B
TUBO DE CONDUCA*0 DA AGUA ATRAVES DA DUNA
PROTECCAO EM BETTiO E PEDRA A SAIDA DO TUBO
COMPORTA
ALTERNATIVA 2
PASSAGEM DA VALA C POR BAIXO DA ESTRADA ATÉ A VALA B
VALA DE COMDUCA"0 DA AGUA ATRAVES DA DUNA
COMPORTA
POLDES
PROTECCflO DA VALA
7.
CONCLUSIES E RECONENDACÖES
ANEXOS:
ANEXO
1 - Valores diérios mensais de precipitaca*o
de 1940 a 1968 para os meses de Noveabro.Dezeibro,Janeiro e Fevereiro.
ANEXO
2 - Valores de K dias de chuva para Noveabro,
Dezeobro,Janeiro e Fevereiro.
ANEXO
3 - DistribuicSo de Gutbel;Calculos e rectas
para os meses de Noveabro.Dezeabro,Janeiro e Fevereiro.
AHEXO
4
- Curvas de dura^So
ANEXO
caorpo.
5
- Calculo das distancias entre as valas
de
3
ANËXÖ
6 - Calculo do valor da flutuacSo do' lencol
freético para a êpoca seca.
ANEXO
7a) - Perfil do fundo do canal principal A
ANEXO 7b) - Grèfico de onda de «arè
cooporta.
e
altura
da
ANEXO
8a) - Perfil do fundo do canal principal B.
ANEXO
8b) - Perfil do fundo do canal principal C.
ANEXO 8c) - Grèfico
cooporta.
de onda de nare e
ANEXO
9
- Mapa Topogra'fico e
existente
de
ANEXO
10
- Mapa do sisteaa de drenage»
altura
da
infraestrutura
TABELAS
Tabela 1 - Valores de precipitacSo raensais para os
meses
de Novembro,DezeBbro,Janeiro e Fevereiro Observatdrio Metereologico de Maputo - 29 anos de
observacoes.
Tabela 2
- Valores deterainados de peraeabilidade.
Tabela 3 - Valores da infiltra$3o do solo ei funclo
da sua textura.
Tabela 4 - Resultados dos calculos
entre os drenos de canpo.
das
distSncias
Tabela 5 - Area,caudal e dioensionaoento
vala principal.
de
Tabela 6 - Alternativas para a saida da
bacias B e C (vala ou tubo).
agua
cada
das
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1.
Observatorio Campos Ródrigues de Lourenco
METEf?E0L0GIC0S - 1940 - 1968.
Harques
-ANUARIOS
2.
Faculdade de Agronooia e Silvicultura,Daparta«ento de Agua
Solo - PROJECTO DE MARRACUENE - ESTUDO HIDROPEDOLOGICO
Dezembro de 1981.
3.
Eng.Resselada,Eng.Gooren,Eng.Van
Engelen
MARRACUENE - PLANO HIDRAULICO -Abril de 1981.
-PROJECTO
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DE
4
4.
R.King,H.Hoofsted,P.Manzanares
- LEVANTAMENTO
SOLOS DE DOIS CAMPOS EXPERIMENTAIS -Fev 1982.
DETALHADO
5.
J.Van Engelen - DETERMINAC«0 DA NECESSIDADE
Faculdade de Agronofflia.Noveobro de 1981.
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6.
J.H.Kaufffflan
-OS SOLOS DA
MARRACUENE -INIA.Julho 1983.
7.
Instituto
Hidrografico
Lisboa,Portugal.
8.
The expert consultation on drainage design factors
DESIGN FACTORS - FAO,Rome,22 - 27 October 1979.
9.
ILRI.publication
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APLICATION - Wageningen.
10.
FAO Irrigation and Drainage paper n 28 - DRAINAGE TESTING,
11.
ILRI - FIELD
Wageningen.
12.
Elsevier
Scientific
Publishing
Company
- AGRICULTURAL
COMPENDIUM FOR RURAL DEVELOPMENT IN THE TROPICS AND SUBTROPICS
-1981.
13.
FAO soils bulletin
IRRIGATION.
14.
Araerican
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Schilfgaarde - DRAINAGE FOR AGRICULTURE.
15.
ILRI,Bulletin n l.THE AUGER HOLE METHOD - Wageningen.
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Hein Rich Press - NOMOGRAMAS DE HYDRAULICA,
17.
ILRI,Bulletin n 8 - SOME NOMOGRAPHS FOR
DRAIN SPACINGS - Wageneingen.
18.
ILRI.Publicationn 25 ' '- PROCEEDINGS
DRAINAGE WORKSHOP - Wageningen.
19.
Faculdade de Agronomia - APONTAMENTOS DE REGA
Fevereiro de 1982.
20.
Faculdade de Agronomia - APONTAMENTOS DE AGROHIDROLOGIA - Julho
1980.
BOOK
ZONA
- TABELA
COSTEIRA
DAS
FOR LAND AND WATER
n
42
- SOIL
-
MAPUTO
E
DÉ
MANAGEMENT
SURVEY
DRENAGEM
ENTRE
NARÉS
DOS
1985
- DRAINAGE
EXPERTS
INVESTIGATION
THE
OF
by
Jan
CALCULATION
THE
E
AND
-
FOR
Van
OF
INTERNATIONAL
DRENAGEM
-
5
o
1.
INTRODUGAO E 0RI6EM DO ESTUDO
A zona costeira entre Maputo e Marracuene.coapreende uaa area de
cerca de 20000 Ha.onde existe uaa faixa coaprida coa cerca de 2.000
Ha,que constitui,juntaeente coa as èreas do vale do Infulene.o aaior
local de producSo de horticolas,bananeiras,papaieiras,batata doce e cana
de acucar.da cintura verde de Maputo.
Para esta zona esta' prevista a iapleaentacSo de ua projecto coa
vista a ua desenvolviaento integral agricola.financiado pèla Caisse
Central de Cooperation Econoaique (Franca).Ua dos objectivos deste projecto é a reconstruc3o e reabilitacSo do sisteaa de drenagea existente
nesta érea.
Por essa raz3o,foi foraulado ua pedido pelo Gabinete das Zonas
Verdes de Maputo,para a realizacSo de ua estudo sobre as possibilidades
de agricultura na Baixa Costeira de Maputo,incluindo aspectos pedológicos e Agrohidrológicos.0 presente relatório (parte B),refere-se aos
aspectos agrohidrológicos e és possibilidades de drenagea da zona.
A zona estudada tea coao liaites a linha férrea Maputo/Harracuene,a
Jinha da costa Haputo/Marracuene e ua liaite artificial defenido coao
uaa linha de cerca de 2,5 Ka a oeste da linha ferrea.no liaite do Bairro
Albasine.
1.2.
SITUAgaO ACTUAL
A parte A do relatório indica a existência na carta Seológica de
unidades.-
3
* as dunas interiores,
* as dunas costeiras,
* os aluviöes.
As dunas interiores possuea ua lencol freètico de agua doce auito
profundo e uaa drenagea excessiva.E aqui que os caaponeses constroea as
suas habitacöes e as instalacSes para a criacjo de pequenas espècies.
Cultivaa apenas culturas de subsistência.noaeadaaente
aandioca.batata
doce,ailho e alguaas fruteiras.
A aedida que se desce pela encosta das dunas interiores e é
que o lencol freètico se vai aproxiaando da superficie.auaenta o
de aachaabas.
aedida
nüaero
Toda a planicie costeira dos aluviöes è intensaaente cultivada coa
horticolas,bananeiras,batata doce e cana de acucar.Aqui as aachaabas slo
pequenos talhöes liaitados geralaente por valas de drenagea que o caaponês abre e,ao longo das quais aparecea geralaente plantadas bananeiras
e cana de acucar.
As horticolas s3o feitas na sua aaioria na època seca e fresca.ficando a aaior parte dos caapos abandonados na època quente e chuvosa.0
ailho è cultivado ea alguaas destas aachaabas na època quente e chuvosa.aas è sériaaente afectado pelas inundacÖes que ocorrea nesse periode
Nas
dunas ou barras costeiras.aparecea de novo as culturas de
sub-
6
sistência e a criac^o de pequenas espêcies.
A aaior parte da area da planicie costeira é ocupada pelo
faailiar e a restante parte por pequenas eapresas cooperativas e
das.
sector
priva-
As aachaabas faaiiiares s2o pequenas parcelas coa areas que v3o dos
200 a 1000 n2,cultivando ai horticolas.batata doce.cana de acucar e
bananeiras.Nuaa grande parte destas parcelas o cultivo é ainda tradicional.todo o trabalho realizado aanualaente.nSo obedecendo ao coapasso e
alinhaaento das culturas;os rendiaentos sao bastante baixos e a produca"o
obtida è na sua globalidade para autoconsuao da faailia.Ha no entanto
outras parcelas faaiiiares onde jé se vê ua cultivo oelhorado,respeitando os coapassos e alinhaaento das culturas e organizando a parcela ea
pequenos canteiros de 10 x 2 a onde plan tam as culturas.Aqui os rendiaentos s3o ua pouco aais elevados,havendo jè excedentes para a coaercializac3o.
Nas eapresas de caracter cooperativo ou privado,observa-se jè ua
tipo de cultivo aais aelhorado,a introducüo de novas tecnologias coao a
utilizacSo de aotoboabas,aspersores,aoinhos de vento,charruas de traccSo
aniaal, tractores e alfaias,-os rendiaentos da horticolas na época seca e
fresca chegaa a atingir as 10 ton/ha.Uaa grande parte dessa producSo è
canalizada e coaercializada nos aercados da capital.
A rega è feita ea geral coa regadores,aotoboabas coa tubos e aspersores ou aangueiras,sendo a fonte de agua as valas de drenagea.pocos bu
furos.
Observa-se a partir da parte aais baixa da encosta.uaa rede de
drenagea de caapo e canais aais coapridos que atravessaa a planicie,uns
atèao mar.outros terainando nas partes aais baixas da planicie costeira, construidos ainda pelos antigos proprietérios.que abandonaraa as suas
aachaabas
logo após a Independência.Coa este abandono.o sisteaa de
drenagea,que jé por si n3o seria capaz de escoar toda a agua para o
aar.nea de iapedir a entrada do nar nos caapos,foi taabêa sendo gradualaente abandonado.o capia foi crescendo nas valas iapedindo o escoaaento
da agua e auitas valas ficaraa coapletaaente obstruidas,agravando sèriaaente a drenagea dos caapos
0 estado actual do sisteaa de drenagea na"o peraite o escoaaento do
excesso de 'agua proveniente das precipitacöes registadas ea alguns dias
dos aeses da època das chuvas.Os caapos ficaa inundados e as culturas
sa"o prejudicadas.
0 acesso é zona do estudo è feito por duas estradas de terra,uaa de
cada lado da linha fèrrea ligando Haputo/Harracuene e uaa outra ao longo
da costa Haputo/Harracuene.Existea ainda picadas de acesso aos caapos na
planicie costeira,cujo o estado se vai deteriorando de ano para ano.devido é 'falta de aanuténcSo e ao facto de as aachaabas se estendenrea
chegando aesao a ocupar a estrada.A reabilitacSo destas picadas e a sua
aanutencSo è ua aspecto a ter ea conta neste projecto,n3o só para facilitar a reabilitacSo e construcSo do sisteaa de drenagea,coao para
peraitir o transporte e coaercializac3o dos produtos.
•7
2.
NETODOLOGIA UTILIZADA
Para este estudo,foi relizado pela SeccSo de Pedologia do Departafflento de Terra e Agua,urn levantaaento a nivel detalhado e elabprado ua
•apa de solos,que se encontra na parte A (Aspectos pedológicos;a\ terra e
sua aptida"o agricola) do relatqrio do estudo das possibilidadés para a
agricultura de uaa parte da baix-a costeira de Maputo,o qual fornece os
dados basicos de solos para o estudo de uu projecto de drengen.
Foraa coapilados da DireccaV Nacional de Geografia e Cadastro.aapas
topograficos de 1960/61 a escala 1:40000,bén coao os Ortofotoplanos de
1977 a aesaa escala.
Com base nos ortofotoplanos de 1977,foi desenhado ua oapa topografico da zona do estudo que serviu coao base para o delineaaento do sisteaa
de drenagem.
Foraoi recolhidos os dados diériós de precipitaca"o dos aeses de
Noveabro,Dezeabro,Janeiro e Fevereiro.dos anos de 1940 a 1968 do Observatdrio Metereolo'gico de Haputo.Cosi estes dados fez-se una anólise
estatistica peld aetodo de Guabel,para deterainar a probabilidade de
ocorrência dos valores exreaos de precipitacSo.
Realizaraa-se ensaios de peraeabilidade no caapo e usi levantaaento
da infraestrutura existente na zona.Os valores do infiltraca"o e pF ,
foraa extrapolados a partir da textura dos solos.
Estabeleceu-se as horticolas coao cultures doainantes da zona,para
as quais a profundidade optima do lencol frea'tico seria a 50 ca de
profundidade;adaitiu-se ua certa capacidade de araazenaaento de agua do
solo e,tendo ea conta a probabilidade de ocorrência dos valores extrenos
de precipitca*o,foi deterainada a noraa de drenagea da zona,isto e' a
descarga projectada. en an/dia.
No diaensionaaento do sisteaa de drenagea,deu-se particular atencSo
é infraestrutura de drenagea ja' existente a fia de ainiaizar os custos
de construca'o.E dinensionado êa proaenor o sisteaa principal de drenagea, enquanto que para o sisteaa de drenagea de caapo e" apenas recoaendada a distancia aproxiaada entre os drenos de caapo,o que ea auitos
locais coincide jè coa o existente.
Os calculos hidraulicos referentes ao diaensionaaento de valas.tubos.coaportas bea coao outras pequenas estruturas hidraulicas,foraa
feitos coa base ea noaograaas de hidraulica aencionados na bibiografia
consultada.
•••"8
3.
CONDICOES BASICAS PARA UM SISTEHA DE DRENA6EH
Os probleaas de drenagea variaa grandeaente de regiSo para regiSo,
devido é natureza variada das condicSes fisicas da zona e devido as
culturas a serea produzidas.A topografia.as aarès,o cliaa e os solos s3o
condicöes de indespensével conheciaento no estudo do projecto de drenageo para esta zona.
3.1.
A TOPOGRAFIA DA REGlXO'
0 conheciaento da topografia da regiSo e' a base de todas as investigacöes para ua projecto de drenagea.
0 aapa topografico apresentado ea anexo ao relatorio,foi feito
base nos ortofotoplanos de 1977,escala 1:10000 e da'-nos os valores
cotas da regiao.
coa
das
A zona do estudo e' caracterizada pela existência de dunas interiores
de cotas superiores a 6 a.sendo a curva de nivel dos 6 a,o liaite
aproxiaado da parte aais baixa da encosta.A planicie costeira estende-se
ea direccüo ao aar atè cotas de 1,5 a,aparecendo o aangal a cotas de 1,0
m.Mais junto é costa aparecea dunas ou barras costeiras de cotas de 6 a
9 a de altitude;por vezes no intervalo entre duas dunas costeiras entra
ua braco de aar.
A topografia da regiSo parece peraitir a drenagea por gravidade.coa
saidas de coaportas autoaa'ticas para que a agua do aar nSo entre na
planicie.
Chaaa-se no entanto a atencao para a necessidade de se efestuar ua
levantaaento topografico detalhado a partir dos aarcos topogra'ficos de
cota
conhecida
ao
longo
da
linha
férrea
Maputo/Marracuene.
3.2.
AS MARÊS
E de grande ioportancia a influência das aarès para
drenagea da zona.
o
estudo
da
A partir da tabela das aarès do Instituto Hidrogra'fico (1985) para o
porto de Maputo,foi possivei conhecer os valores aaxiaos e ainiaos das
aare's ao longo do ano.
0 gréfico da onda de aarè tracado coa os valores das aares dos dias
18/1/85 (aarè aorta) e 8/3/85 (aarè viva),aostra que o valor aéxiao da
aare' e'de 3,87 a (o que corresponde a uaa cota na terra de 1,87 a) e o
valor ainiao e' de 0,28 a (o que corresponde a uaa cota na terra de -1,72
a.Ver grafico de onda de aarè(fig.l).
3.3.
0 CLIHA
0 conheciaento do cliaa da r eg ia" o e' taabea uaa das condicöes basicas
para o delineaaento de ua sisteaa de drenagea.
A tabela 1 aostra os valores de precipitacüo aensais dos aeses
Noveabro.Dezeabro,Janeiro e Fevereiro (valores aédios de 29 ahos
observacöes para Maputo.Daqui pode-se ver a grosso modo,que os aeses
Janeiro e Fevereiro sa"o os aeses de aaior precipitacSo.
de
de
de
1
in
os
o
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_^
•
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Z
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0 _
Si
-T"
Tabela 1
VALORES TOTAIS MENSAIS DE PRECIPITACXO
(mm)
Observatório Metereológico de Maputo
29 anos de observacÖes
\ aeses !
'
Noveabro ! Dezesbro ! Janeiro ! Fevereiro !
\
'anos\
!
i
\ :
! 1940
! 1941
.' 1942
! 1943
! 1944
! 1945
! 1946
! 1947
! 1948
! 1949
! 1950
! 1951
! 1952
! 1953
! 1954
,' 1955
! 1956
! 1957
! 1958
! 1959
! 1960
! 1961
! 1962
! 1963
! 1964
! 1965
! 1966
! 1967
! 1968
!
-
!
!
!
i
!
!
!
146,4
66,7
263,9
35,7
43,6
17,4
49,7
.123,3
64,4
147,1
79,8
11,5
73,0
90,1
114,0
180,1
19,3
19,6
83,9
30,6
112,2
62,4
221,9
32,9
55,1
84,0
38,2
45,2
82,9
!
,
!
!
!
!
!
!
102,0
138,0
163,0
54,3
9,5
22,8
108,1
64,6
41,8
186,9
200,1
35,3
93,1
50,4
54,3
72,6
195,6
115,9
188,6
68,0
217,3
38,0
90,3
59,2
50,9
18,3
97,5
40,4
24,9
!
.
,
1
!
!
!
!
!
!
!
!
166,3
53,0
189,0
53,7
115,5
151,0
265,9
77,5
167,8
172,0
29,6
26,8
145,2
116,4
41,4
367,6
33,5
64,4
212,7
48,7
163,7
53,2
132,6
94,7
260,9
133,1
726,1
141,8
120,2
i
!
,
,
,
1
!
!
!
!
!
!
!
!
93,0 !
9,1 ,'
78,9 !
55,1 !
219,5 !
95,9 !
126,2 !
95,3 !
71,2 !
91,4 i
323,5 !
14,3 !
83,7 !
372,9 !
170,8 !
148,3 !
346,3 !
155,2 !
141,2 !
41,1 !
61,1 !
86,5 i
22,9!
97,0 !
127,4 !
82, !
137,0 !
418,2 I
249,3 !
10
Contudo para efeitos de deliheaiento de ui sisteia de drenagei.e'
necessaVio ter en conta os.valores diar.ios de precipitaclo desses leses
e.aediante una analise estatistica dos valores extreios,deteriinar a sua
probabilidade de ocorrência (oètodo de Guabel) .Esta ana'lise sera" feita
ma is adiante no capitulo 5 (calculos Agrohidrolo'gicos).
3.4.
FACTORES DE SOLOS
A descrica"o e classificacSo dos solos da
detalhe na parte A deste estudo.
regiSo
encontra-se
ei
Para o projecto de drenageai è' iiportante o conhecinento da perieabilidade,infiltragSo e pF (forca de retencSo da ègua no solo).Estes factores podei ser deterninados no caopo ou no laboratório e correlacionados coffi as texturas do solo.
3.4.1.
PERMEABILIDADE
A perieabilidade ou condutividade hidraulica de un solo,e ui factor
iiportante para o delineaoento de ui sisteia de drenagei,pois periite
conhecer de iaediato a distancia entre os drenos de canpo.
A perieabilidade de un solo (K),representa a sua propriedade de se
deixar atravessar pela agua e depende principaliente do nütero e diametro dos poros do solo.Se os poros estSo uniforraefflente distribuidos,o
solo diz-se hoiogéneo e a perieabilidade e' a oesia ei todas as direccöes,-se os poros në"o estao unifonenente distribuidos e o solo apresenta
estratificaca'o.o solo diz-se heterogeneo e os valores da perieabilidade
variai de estrato para estrato.
Uia deteninaca"o realistica dos valores da perieabilidade e' tanto
mais dificil,quanto laior for a heterogeneidade dos solos;por essa
razao.o nüiero de ensaios depende da heterogeneidade dos solos e os
locais devei ser seleccionados coi base nos tipos de solos.
Os valores da perieabilidade poden taabea ser
correlacao coi a textura dos solos.
deteriinados
pela
Neste estudo foram efectuados 15 ensaios de perieabilidade no caipo.ei perfis de textura conhecida.calculados os seus valores e extrapolados os valores para 4 perfis taibéa de textura conhecida.
O létodo utilizado para os ensaios de campo.foi o de " Augerhole"
(directo e inverso);os resultados obtidos forai analisados e ajustados.
Os valores extreios na"o representativos forai desprezados.
Os valores da perieabilidade vêi indicados na tabela 2:
11
VALORES 0E PERHEABILIDADE
Secca"o
Ensaio ! Estratos
CS
I
III
! Perseabilidade
s/dia
! Classes de perieabilidade
i
1-4
0-120
250 e do 120-220
poste
KI : 1,7
K2 - 0.003
I-6b
400 8 do
poste
0-60
60-120
11 : 0,23
K2 : 0,53
1-7
500 s do
poste
0-80
80-120
K2 = 1,5
ioderada
aoderadasente ra'pida
III-l
300 o da
l.f.
0-120
KI : 1,0
eoderada
III-3
500 a da
l.f.
0-70
70-120
KI = 0,38
K2 = 0,53
soderadaaente lenta
ioderada
III-6
0-110
600 s da 110-220
l.f.
KI = 0,95
K2 = 0,47
eoderada
soderada
Ill-Sb
800 ei da
l.f.
0-120
I = 0,8
loderada
IV-Id
450 a da
l.f.
0-220
K : 2,9
ra'pida
IV-4
800 a da
l.f.
0-50
50-100
KI : 0,3
K2 -" 0,6
aoderadasente lenta
ioderada
IV-6
0-100
K = 0,9
soderada
KI = 0,5
K2 = 0,09
! ioderada
! lenta
n
•
0,75
soderadaiente ra'pida
euito lenta
! soderadaiente lenta
soderada
'S
IV
'1100B da
' l.f.
! IV-10 ! 0-70
11600e da ! 70-120
! l.f.
'
tabela 2
12
VALORES DE PERNEA8ILIDADE
-c:
Seccao ! Ensaio ! Estratos
- ca
! Peraeabilidade
!
a/dia
(cont.)
! Classes de Peraeabilidade i
!
V-2b , 0-150
300 o da,
l.f. ,
K : 1,5
aoderadaaente ra'pida
!
V-5 , 0-50
650 s da 50-120
l.f.
n = 0,6
U - 0,3
aoderada
aoderadaaente lenta
!
!
V-46
800 a da
0-120
1
aoderadaaente lenta
!
0-120
r = 1,24
aoderada
!
Vl-Ja
0-100
250 a da 100- )
l.f.
ÏJ = 1,0 *
K2 = 0,4 *
aoderada
aoderadaaente lenta
!
!
VI-4
550 a da
l.f.
Cl - 1,0 *
12 -- 0,3 *
aoderada
aoderada
!
!
U - 0,5 *
n - 2,0 *
! aoderada
! ra'pida
i
>
! aoderada
! aoderadaaente lenta
.
- 0,3
l.f.
V-2
1200a da
l.f.
! VI
0-70
70->
! VI-5 ' 0-40
1650 a da' 40-> ca
' l.f.
! VI-8.' 0-50
.'950 a da! 50->
! l.f.
! KI : 0,6 *
,' 12 - 0,3 *
tabela 2
* - Valores extrapoiados a partir das texturas conhecidas.
3.4.2.
INFILTRACAO
A capacidade de i n f i l t r a c a " o de urn solo,e' o volume de agua por u n i dade de tempo que o solo pode absorver atraves da sua s u p e r f i c i e em
condicöes de amplo fornecimento de agua;è um factor a ser
considerado
nos projectos de rega e drenagem.
13
Quando a infiltracao e' inferior è intensidade da rega ou da^chuva,ocorre a estagnasSo da agua a superficie que associada a ua pequeno
declive.désenvolve uo fluxo superficial,provocando a erosüo do solo.
A isiportSncia do conhecioento da capacidade de infiltrasa"o do solo
esta' no facto de existir ou nao U B fluxo superficial (escoaaento superficial) a ser considerado na norma de drenagea para a zona.
Por falta de resultados de caapo.forao extrapolados os valores de
infiltracao indicados na tabela 3,a partir do conhecioento da textura
dos solos da regiSo.
VALORES DA INFILTRAQ20 DO SOLO EH FUHG«0 DA SUA TEXTURA
Seccao ! Localizacao ! Estratificacao / Textura ! Infiltracao (co/h) !
!
I
!
1-4
0-20
20-40
40 -)
ca -) FrAr
co -) Ar/ArFr
co -) Ar
1-6
0-30
30-70
70 ->
0-30
30-60
60-80
80 -)
1-7
! III
0-70
70 -)
co -) FrAr
CQ -) FrAgAr
co -> AgAr/FrAgAr
2,5
0,9
0,3
!
!
co
co
co
co
2,5
0,9
0,9
5,0
!
!
4,0
5,0
!
-) FrAr
-) FrAgAr
-> FrAgAr
-) Ar
ca -> ArFr
CQ -) FrAgAr
0 -> C Q -> FrAr
90-120 ca -> FrAgAr
III-8b
!
!
!
!
0-50 CQ -) Fr/FrAr
50-110 ca -> FrAr/ArFr
110 -) C D -) FrAgAr
III-6
IV
2,5
4,0
5,0
0-120 co -) ArFr
120 -> CQ -) Ar
III-l
III-3
!
!
4,0
0,6
!
2,0
3,5
0,6
!
!
2,5
0,6
!
5,0
!
i
IV-ld
'
IV-4
! 0-50 ca -> FrAgAr
! 50-100 es -) FrAgAr
! 100 -> ca -) Calca'rio
i
0,6
0,6
IV-6
! 0-100 co -) FrAr
! 100 -> co -) Calca'rio
!
2,5
0 ->
co -> Ar
tabela 3
U
VALORES DA IKFILTAQJlO DO SOLO EH FUMCAO DA SUA TEXTÜRA (cont.)
Seccao i Localizacao J Estratificacao / Textura ! Infiltracao (CB/H) !
'
i
!
IV
,
V
VI
!
IV-10
0-30
30-70
70 -)
CB -) FrAr
C B -) FrAgAr
C B -) FrAg
!
!
2,5
0,6
0,5
!
-) Ar
5,0
!
V-2b
0 -)
V-5
0-50
50 ->
CB -) FrAgAr
CB -> FrAr
0,6
2,5
i
!
V-46
0-20
20 -)
CB -> ArFr
ca •-) FrAgAr
4,0
.0,6
!
!
V-2
0-40
CB
2,5
CB -) FrAr
Vl-la
0-100 C B -) ArFr
100 -> ce -> FrAgAr/AgAr
4,0
0,6
!
!
VI-4
0-40 CB -> FrAgAr
' 40-70 es -) ArFr
70-100 CB -> Ar
' 100 -> . CB -) FrAgAr/AgAr
0,6
4,0
5,0
0,6
!
!
!
VI-5
! 0-40
! 40 ->
C B -) FrAr
C B -> Ar
!
!
2,5
5,0
VI-8
!
C B -> FrAr
!
2,5
0-50
!
tabela 3
3.5.
EXIGÊNCIAS A6R0N0MICAS DAS CULTURAS
3.5.1.
AGUA E AR NO SOLO
As raizes das plantas necessitaa de oxige'nio para a sua respirasSo e
outras actividades do seu aetabolisao;elas absorveo agua e nutrientes
dissolvidos do solo.produzindo dioxido de carbono que trocaa coa o
oxige'nio da atoosfera.Este processo de arejamento exige a existência de
ar nos poros do solo;ai crescea e se desenvolvea as raizes das plantas.a
aicroflora e fauna do solo.Se os poros estiverea coapletaaente preenchidos de agua durante uo aprecia'vel periodo de tenpo.diz-se que o solo
esta' alagado.o que e' prejudicial para a maior parte das culturas.uaa vez
que causa una deficiência de oxigenio.
UIB fraco arejaoento do solo.iopede as plantas de retirar a agua e os
nutrientes de que necessitaa.iapedido o desenvolviaento do seu sisteaa
radicular.
15
3.5.2.
INFLUÊNCIA DO AREJAMENTO DO SOLO NOS SEUS
OUIMICOS E BIOLÓGICOS
PROCESSOS
O arejaieento dos solos exerce taabe® uaa influência indirecta no
cresciaento das plantas através do seu efeito nos processos biolo'gicos e
quiaicos no solo.
*
*
*
3.5.3.
A
fixacSo^
do Nitrogénio
pelos
aicroorganisaos
aeróbicos.e' auito influenciada pelas condicöes de
arejaaento do solo.
A falta de ar suficiente no solo.iapede a oxidacSo do
nitrogénio e enxofre ea foraas facilaente assiaila'veis
pela plantas.
Sob condicöes anaero'bicas,podea-se criar substancias
orgSnicas e inorgSnicas tóxicas para as plantas.
(ref. n 9 da bibliografia consultada)
A PROFUNDIDADE DO LENQOL FREATICO E SUA INFLUÊNCIA NA
PRODUCXO AGRICOLA.
0 nivel do lencol frea'tico n2o e' fixojesta' sujeito a flutüacöes ao
longo do ano coao consequência do balanco hidrico da regiÜo.durante ua
deterainado periodo de tempo;se este nivel for bastante elevado,aesao
que por curtos espacos de teapo.exercera' uaa influência negativa na
produccfo agricola,dependendo contudo da fase ea que as culturas se
encontrea.
E por isso ua dos objectivos da drenagem.reduzir na"o só a grandeza
das flutacSes do lencol freatico,coao o de liaitar essas flutüacöes a
uaa certa profundidade.de aodo a criar as aelhores condicöes para que o
sisteaa radicular das culturas se desenvolvaa e se obtenha os aelhores
rendiaentos.
Cada tipo de cultura possui as sua exigências de drenagea.sendo no
entanto coaua a todas elas(exceptuando o arroz alagado),a exigência de
ua solo bea drenado e friavel,onde exista ua equilibrio optiao entre a
quantidade de agua e nutrientes disponiveis e o seu arejaaento;deste
aodo,as culturas de reduzido sisteaa radicular podera"o ter o lencol
freatico a ua nivel aais elevado do que as culturas de sisteaa radicular
aais profundo.
A existência de uaa rede de drenagea nas regiöes ea que o lencol
frea'tico se encontra a superf icie,peraite facilaente o seu
controle, sendo a amplitude das sua flutüacöes controlada pelo nivel da agua
e distancias entre os drenos de caapo.
Sabe-se actualaente que ea auitas regiöes do nosso pais,uaa das
liaitantes da producSo agricola è o elevado nivel do lencol freatico,
principalaente na época das chuvas;n3o se sabe no entanto nea existe
nenhuaa experiência local.qual o nivel óptiao do lencol freatico para
uaa deterainada cultura,ou aelhor.ate' que nivel o lencol freatico devera'
baixar para a obtencSo dos aelhores rendiaentos.
A profundiade e aaplitude das flutüacöes do lencol frea'tico,diferea
de cultura para cultura ea funclo das suas caracteristicas relativaaente
a profundidade do sisteaa radicular,sensibilidade ao excesso de agua e
as caracteristicas do solo e cliaa.
16
O grafico seguinte (Visser ,1958) .mostra a relaca"o profundidade do
lencol freatico e producüo agricola.para as culturas es geral.
A curva mostra uo auaento da producSo coa o auaento da profundidade
do lencol freatico,ate' uo certo ponto dptiao a partir do qual a producao
decresce coat a continuacao do auaento da profundidade do lencol ;isto
porque a profundidades pequenas do lencol frea'tico, a cultura e' prejudicada pela falta de arejaraento,enquanto que a grandes profundidades e'
prejudicada por deficiência de agua.
Redufóo da producao '/•
O-,
10 -
2030405060-
Fig.nS
2
•
i
20
40
•
60
80
1
100
1
120
1
i
UO
160
1
180
I
2 CO Ca
PROFUNDIDADE MÉDIA DO LENCOL FREATICO OURANTE
0 PÊRIODO DE CRESCIMENTO
Adraitindo que as horticolas silo as culturas dooinantes da zona ea
estudo e,que a inundacao dos campos e' a principal lioitante para alguaas
das culturas de epoca quente e chuvosa.e' delineado neste projecto ua
sistema de drenagem que pernita a existência do lencol frea'tico a 50 ca
de profundidade na época das chuvas e até 70 co de profundidade na e'poca
seca.
0 sisteaa è concebido para peraitir a saida do excesso de agua da
precipitacao da e'poca das chuvas e para nanter o lencol frea'tico a ua
nivel favoravel as culturas na e'poca seca,sera que contudo ocorra salinizaca"o por subida capilar do mes ufo.
17
4.
DRENA6EM
4.1.
OBJECTIVOS DA DRENAGEM
O objectivo principal da drenageo ê prevenir a ocorrência de uoa
hufflidade excessiva na zlona radicular.oelhorando C O Q O consequência certas
condicöes do solo para que as plantas possaa crescer selhor.
A oaior parte das culturas na*o suportao uoa saturaca"o do solo na sua
zona radicular e o controle do nivel do leneol freètico atravès da
drenageo,è ua aètodo efectivo para assegurar esta condica"o.
Ê portanto atravès da drenageo que se regula a profundidade do
lencol freètico,devendo o sisteoa de drenageo ser projectado de tal
forHa que lioite a sua subida devido as elevadas precipitacSes.
A reoocSo do excesso de agua do solo teo inevitèvelaente cosio
consequência,o oelhoraoento das condicöes do solo,para o cresciaento das
plantas,isto é.peroite:
a) Meihor arejaoento do solo;
b) Helhoraoento da estrutura do S Q I O ;
c) Auoento da capacidade de aroazenaoento da agua e infiltracSo
do solo,dioinuindo os riscos de erosSo;
d) Auoento da quantidade de agua disponivel para as plantas;
e) Meihor desenvolvioento do sisteoa radicular;
f) Heihor aproveitaaento dos fertilizantes e sais fècil
controle das ervas daninhas e dos problesas de fitossanidade;
g) Maior facilidade de preparacSo do solo e uso de agricultura
©ecanizada;
h) PreveneSo da acuoulacSo de sais a superficie,atravès da
lavageo do solo;
i) Melhoraaento da saüde püblica e aniaal.
Pode-se pois dizer que nuo solo beo drenado a producSo agricola
auiaenta.Para cada cultura existe uaa profundidade óptiaa a que deve
estar situado o lencol freètico,profundidade essa que depende da cultura,da sua fase de desenvolvioento,do sisteoa de rega utilizado,da distribuicSo da preCipitacSo ao longo do ano e do tipo de solo.Oef.n 9
bibliografia cónsultada)
Nu ra cliaa onde existe excesso de precipitaca"o ao longo de todo
ano,estabelece-se UQ sisteoa de drenageo de oodo que seja santida
profundidade óptioa para as culturas que se pretende produzir.
o
a
Num clioa eo que «xistao periodos coo elevadas precipitacSes e
periodos de escassa precipitacSo ( C O Q O è o nosso caso),deve-se por ua
lado drenar o excesso de ègua das elevadas precipitacSes que ocorreo com
uraa certa frequência,aas por outro lado,deve-se taabèo fornecer agua as
culturas nos periodos de escassez de precipitaca"o.
Na tabela 1,apresentao-se alguns valores clioêticos aensais para a
zona do estudo,podendo-se ver claraoente as elevadas precipitacSes que
ocorrea nos oeses de Janeiro e Fevereiro.
18
4.2.
CARACTERISTICAS DO LENCOL FREÈTICO
O lencol freètico ao subir pode atingir niveis •uito altos,niveis
esses que sera"o prejudiciais para as culturas,provocando uaa diainuica"o
da producSo.Esta diainuicSo da produclo depe/ide do nivel atingido pelo
lencol e da sua duracSo a esse nivel;para horticolas.por exeaplo.haverè
uaa diainuicSo do rendiaento ,se o lencol se aantiver 'a superficie «ais
do que 6 ou 8 horas;para as culturas anuais.coao o ailho.haverè diainuicSo do rendiaento se a inundacSo durar 'aais do que 12 horas.
As caracteristicas aais importantes do lencol freètico a considerar
para a produclo agricola s2o: _
•
a) A profundidade optima do lencol freètico para as culturas a
produzir (a),sendo o nivel da ègua nas valas constante (h):
b) Uaa flutuacao do lencol freètico aceitèvel (•o),devido a
ocorrência de precipitacöes cora una certa intensidade e
duraccio.
(ref. n 9 da bibliografia consultada).
+
mo
Fig n? 3
1 Só a partir do conheciaènto destas caracteristicas,que variaa de
cultura para cultura.sera possivel deteroinar as exigencias agrono'aicas
das culturas e consequenteaente.a noraa de drenagen para a regia"o ea
causa.Np capitulo 5 deste relatorio (ponto 5.1.) e' dada aaior profundidade ao assunto.
4.3.
SISTEHAS DE DRENAGEN
Ua sisteaa de drenagen consiste de uaa rede de drenos
valas abertas),coai uaa certa ordea e funcÖes especificas:
(tubos
ou
a) Drenos
de caapo ,paralelos,cuja funca"o è controlar a
profundidade do lencol freètico;podea ser tubos ou valas.
b) Drenos secundèriös,cuja funca"o è colectar a agua dos drenos
de caapo e transportè-la a.té aos drenos principais;geralaente sa*o perpendiculares aos drenos de caapo e s3o uaa vala
aberta.
c) Drenos principais.cuja funcSo è transportar a agua para fora
da area;sao canais abertos.no fin dos quais se encontra uaa
19
estrutura de controle,que pode ser ua
comporta.quaftdo o escoaaento è feito por
estaca"o de bodbag.es, quando as condicöes
pertaitem a saida livre da agua.
Os
solo.
drenos
conduto coa
gravidade.ou
topogréficas
uaa
uoa
n2o
de caapo podea ser vdl'Qs aoertas ou tubos enterrados
no
Atê Btuito recenteaente.ea todo o aundo,a prètica «ais coaua para
controlar o lencol freètico era atrvès de sisteaas de valas abertas. Na
agricultura actual auitos desses sisteaas foraj ou estSp sendo agora
substituidos por tubos enterrados no solo.
Contudo.qualquer ua dos tipos de drenos apresentaa^as sua~s vantagens
e desvantagens:
a) Vantagens das valas de caapo
* Peraitea uaa aelhor captacSo do excesso de agua do
escoaaento superficial e subterrSneo,* Possuea uaa aaior capacidade de escoaaento do que os tubos
quando o solo é au ito plano;
* 0 controle e aanutencSo è aais Fècil.
* Nua tipo de utilizaclo intensiva da terra por pequenas
exploracöes faailiares e cooperativas,peraitea a
sua
utilizaccio coao fonte de agua para rega.
b) Desvantagens das valas de caapo
* Diainueo a area dos caapos para a exploracSo agricola ea
cerca de 15Z,'es.tando o coapriaento e largura das faixas
dependentes da>existência de valas.
* Precisaa de aaior aanutencSo do que os tubos fechados;è
necessêrio controlar as infestantes e devea ser reconstruidas periódicaaente.
(ref. n 9 da bibliografia consultada)
4.4.
MÊTODOS UTILIZADOS PARA DETERMINAR A DISTANCIA ENTRE
' OS DRENOS DE CAMPO
0 aaior probleaa para estabelecer ua sisteaa de drenos de caapo,seja
por valas abertas, seja por tubos fechados,è a deterainacSo do espaco
óptimo entre si e a sua profundidade.
Muitas vezes esta deterainacSo è feita coa bése na experiência
local,outras
vezes
coa base ea resultados
obtidos
ea
caapos
experiaentais e outras-' ainda coa base ea calculos feitos atravès de
foraulas apropriadas.
A experiência local è vulgaraente aplicada e ea muitas regiöes è
principal fonte de conheciaento.
a
As ana'lises estatisticas dos resultados obtidos ea caapos experiaentais serviraa para uaa deterainacSo eapirica de distSncias entre os
drenos de caapo e a sua profundidade.Muitas vezes o espaco entre os
drenos e a sua profundidade foraa observados ea caapos experiaentais e
relacionados coa as propriedades do solo ,tais coao,textura.coteüdo de
huaidade do solo.porosidade e outras.Baseando-se nestas propriedades e
na estabelecida relac3o,foi possivel deterainar o espaco entre os
20
drenos
terra.
e a sua profundidade tendo eo conta o perfil do solo e o uso da
Existe para tal un grande nuaero de foraulas que descrevea o
aoviaento do lencol freatico e do fluxo de agua para os drenos.Nuitas
das foraulas s3o baseadas nua estado de equilibrio entre o forneciaento
de
agua e a descarga da agua ou seja,nuaa condicSo de
fluxo
estacionario.
Para a aplicacSo destas foraulas è necessério conhecer a necessidade
de drenagea da zona.ou seja a quantidade de agua ea excesso a ser
drenada.nua dado periodo de teapo.
Muitas destas foraulas foraa testadas e coaprovados os resultados
dos calculos da distlncia öptiaa entre os drenos de caapo coa os resultados obtidos eo caapos experiaentais (Huiler,1967).A conclusSo foi que
sóaente as foraulas de Hooghoudt (1940),Ernst (1956) e de Tó'ksoz e
Kirkhaa (1961) së*o recoaendaveis para uaa aplicacSo. generalizada.sendo
as duas priaeiras as aais utilizadas.(ref.
n 9 da bibliografia
consultada)
4.4.1.
HETODO DE HOOGHOUDT
Este aêtodo descreve ua fluxo peraanente (estacionério) nuaa parcela
coa dois drenos paralelos.onde se verifica uaa precipitacSo constante
"p"
en na/dia.A distancia entre os canais a ser deterainada è de "L"
aetros.A solucSo è apresentada para o caso de os drenos atingirea ou n2o
a caaada iaperaeavel.
a) Os drenos atingea a caaada iaperaeavel.
i l i I l i e\frrxm/o**»'>
h
J
comodo impirmtóvel
.
I
>
Fig ns 4
2
+ L 4 _ * kl.*
q = i 8 * K 2 * D * a o l
2
L
onde:
KI
_
K2
_
peraeabilidade do solo aciaa do nivel da agua nos
drenos
peraeabilidade dö solo abaixo do nivel da agua nos
drenos
21
O
_
•o
q
_
_
distSncia entre o nivel da agua nos dreno (h) e a
caaada iaperaeavel
flutaca"o do lencol freètico
precipitacSo constante (••/dia)
9
:
8_*_K2_*_D_*_§o
2
L
q
=
4.*.K2_*_ao
2
L
representa o fluxo horizontal
ab.aixo do nivel dos drenos
2
representa o fluxo horizontal
aciaa do nivel dos drenos.
Se 0=0,os drenos estSo no topo da caaada iaperaeavel,por
isso:
8 Mi..*-fi-*-§2 =0
2
L
EntSo a foraula de Hooghoudt reduz-se a :
2
Q =4_*_K1_*_IQ
2
L
b) Os drenos n3o atingea a canada ifiperaeavel.
7n$&
l
ca ma do iaïpê>rmeriv«l
Fig n 2 5
Se os drenos n3o
ser3o paralelas e
radiaD.Nesta zona o
fluxo horizontal séa
:
:
atingeo a caca«fö ia^eraea'vel.as linhas do fluxo nlo
horizontais.Bffs §0*»vergera"o para o dreno (fluxo
sisteaa de fluxo fi^o pode ser sisplificado para ua
se coaeter grande's erros.
>
i
Hooghoudt derivou uea equacSo ppra'i este caso.na qual a regiSo do
fluxo è dividida nuoa parte de fJJixo horizontal (Fh) e uaa j>arte de
fluxo radial (Fr).
Toaando ea conta a resistência £jftra causada pelo fluxo radial,foi
22
introduzida
una reducSo da profundidade D.para uaa
profundidade
aienor,equivalente d.Deste aodo o oodelo do fluxo è substituido por ua
oodelo de apenas fluxo horizontal,expresso pela seguinte foraula:
2
i_8_*_K2 * d_*_io_l_+_I_4_*_Kl_*_|0_l
2
L
Este factor d (profundidade equivalente),è funcSo da distancia
esperada entre os drenos (L),da profundidade D e do periaetro aolhado
dos drenos (u),isto è: d=f (L,D,u).Por isso:
* Quanto naior for a profundidade D e a distSncia entre os
drenos L,aaior serè a resistência radial e aaior deverè
ser a profundidade equivalente d.
* Quanto tsenor for o periaetro aolhado u ,aaior serè
resistência radial.
(ref. n 9 da bibliografia consultada).
4.4.2.
a
0 METODO DE ERNST
Ernst elaborou una solucSo de ua fluxo esqueaatizado atravès de ua
solo estrtificado.Dividiu o fluxo persanente ,nuaa parcela cpa drenos
paralelos n2o atingindo a caaada iaperaeavel.ea tres partes:
* ua fluxo vertical (na caaada ou caaadas superiores)
* ua fluxo horizontal (na caaada ou caaadas
oais peraeaveis)
inferiores
* ua fluxo radial perto dos drenos.
A solucSo de Ernst,representa-se pela seguinte equacSo.-
ao = (q * Hv) + (q * L * Wh) + (q * L * Wr)
on de:
no
Hv
Wh
Wr
q
L
-
flutuacSo do lencol freatico
fluxo vertical
fluxo horizontal
fluxo radial
precipitacSo constante ou descarga de agua
distancia entre os drenos
0 fluxo vertical Wv iguala-se a q,porque a descarga dos
considera por unidade de area superficial;
Wv = Dy
Kv
drenos
se
onde Dv é a espessura da caaada onde se
dé o fluxo vertical e Kv a peraebilidade
dessa caaada.
23
O fluxo horizontal e radial iguala-se a qL.porque a
drenos econsiderada por unidade de distlncia dos drenos;
2
Wh =
L
descarga
dos
8*£ÜD)h
onde:
£(KD)h
transoissividade das caaadas do solo
através das quais se considera o fluxo
horizontal
(KD)h = (KI * Dl) + (K2 * D2) +
+ (Kn * Dn)
Dh
- espessura da canada onde ocorre o fluxo
horizontal
Kh
- perneabilidade da canada onde ocorre
fluxo horizontal
Mr = ___L_—
ff* Kr
o
* 1" _a_*_Dr
u
onde.Kr
perneabilidade
fluxo radial
da canada onde ocorre
Dr
espessura da canada onde ocorre o
radial
o
fluxo
factor geonètrico para o fluxo radial
que depende das condicSes do fluxo
u
- perinetro nolhado dos drenos
A fornula de Ernst èpois dada pela seguinte equacSo:
no=g*Dv+
g * L _ + _g_*_k^ * In a_*_Dr
~Kv " 8~V^(KD)h
"ft«"Kr"
u
T
xxxxxxxxwoocxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
comodo impstmeoVfl
Fig n°- 6
'
24
4.4.3.
Fv
- fluxo vertical;tes lugar entre a altura aaxiaa
lencol entre os drenos e o fundo dos drenos.
Fh
- fluxo horizontal;tea lugar ea toda a espessura do
aquifero (desde 1/2 de ao ate a caaada iaperaeavel)
Se a distancia ate a caaada iaperaeavel auaenta
rauito,o £. KhDh tende para infinito,tornando
a
resistência radial igual a zero.
Fr
- fluxo radial;teo lugar na caaada que vai desde o
nivel da agua nos drenos atè a caaada iaperaeavel.
CONDICÖES PARA A UTILIZACA"0 DO
HOOGHOUDT OU DO METODO DE ERNST
METODO
do
DE
0 metodo de Hooghoudt è o oais recoaenda'vel nas seguintes condicöes:
a) os solos sêio hoaogéneos de profundidade
D conhecida;
b) os solos possuea duas canadas cuja peraeabilidade
difere muito una da outra;D—>d
n3o
c) os solos possuea duas canadas e KI >> K2.
0 aétodo de Ernst è ma is recoaenda'vel nas seguintes condicöes:
a) os solos sao estratificados e KI << K2;
b) a caaada iaperaeavel encontra-se auito profunda;
c) os drenos ficaa situados aciaa do liaite entre KI e K2.
(ref. n 9 e 19 da bibliografia consultada)
4.4.4.
FUNCIONAMENTO DO MODELO DE FLUXO SUBTERRANEO
Quando se estabelece ua sisteaa de
subterraneo funciona do seguinte aodo:
drenagea.o
aodelo
do
fluxo
a) Se na*o ocorrea precipitacöes e o nivel da agua nos
drenos e' aantido constante,o lencol frea'tico aantéa-se
estaciona'rio e horizontal a aesaa profundidade,sendo o
excesso de agua proveniente do fluxo
subterraneo
captado e escoado pelos drenos .
b) Se ocorrea precipitacöes,o lencol freatico vai subindo
e.porque se cria ua gradiente entre o nivel da agua nos
drenos e o nivel do lencol frea'tico no solo,inicia-se o
fluxo subterraneo coao aostraa as linhas de fluxb nas
figuras anteriores.A grandeza deste fluxo e' funcSo da
peraeabilidade (K) das diferentes caaadas do solo,da
distSncia entre os drenos (L) e do valor da subida do
lencol frea'tico (ao).
Coa a subida do lencol frea'tico,ao vai auaentando atè
que o fluxo subterraneo iguala a taxa de precipitaca*o,estabelecendo-se assia ua equilibrio entre o que
entra e o que sai,aantendo-se o nivel do lencol frea'ti-
25
co
constante.
c) Quando a precipitacèo terg>ina,o lencol freatico coaeca
de novo a baixar ate atingir o nivel da 'agua nos drenos
ou ate" ocorrer uraa outra precipitac3o,repetindo-se o
ciclo.
Pt (mm/d)
1 H
V^V Y^Y
o)
q«Pr.(mm/d)
b)
Fig.na 7
Y^^Y
c)
26
5.
CALCULOS A6R0HIDR0LÓGIC0S
Para quantificar uai sistena de drenagem ènecessèrio conhecer alen
das propriedades fisicas dos solos (perneabilidade,estratificac3o,pF é
infiltracao) as exigências das culturas e a norna de drenagen da zona.
5.1.
NORMA DE DRENA6EM
Para que seja possivel controlar os niveis do lencol frèa'tico.è
necessaVio que se defina una norna de drenagea,isto è,a quantidade de
agua que deve ser drenada da zona.
Esta norna de drenagem pernite-nos efectuar o calculo da distancia
entre os drenos de casipo,o calculo da capacidade de escoaaento dos
canais secundérios e principais,ben cono a deterninaca"o da capacidade
das boatbas de drenagen.
Para a deterninaca"o da norna de drenagem,devenos ter en
seguintes conponentes:
conta
os
a) Norna de drenagen devido ao excesso da agua de precipitacüo.
b) Norna de drenagen devido ao fluxo subterrSneo da encosta.
5.1.1.
NORHA DE DRENAGEM
PRECIPITACAO
DEVIDO AO EXCESSO
DE
AGUA
DE
Para a deterninacSo da norna de drenagen devido ao excesso de precipitacSo (descarga projectada) ,baseano-nos nuna ana'lise da frequência de
ocorrência das precipitacöes nèxinas e na relacSo intensidade - duracefo- frequência.aplicando a distribuicSo estatistica de 6unbel,que è en
geral un nètodo que dé valores aproxinados da realidade.
A
descarga
projectada
è obtida directanente das
curvas
durac3o,construidas para os tenpos de retorno de 2,3,5 e 10 anos.
Os dados utilizados foran as precipitacSes dia'rias dos neses
Novenbro,Dezenbro,Janeiro e Fevereiro de 1940 a 1968 (29 anos).
de
de
Adnitiu-se un valor para a infiltracSo de 20 na/h (480nn/dia),o que
significa que toda a precipitacclo ocorrida serè infiltrada no solo e n3o
havera' escoanento superficial. (o valor na'xino de precipitacSo diaria
ocorrida ao longo destes 29 anos foi de 235 on/dia)
5.1.1.1.
METODOLOGIA SEGUIDA
5.1.1.1.1.
Recolha dos dados diarios de precipitacSo da cidade
de Maputo dos neses de Noveabro.Dezenbro,Janeiro e
Fevereiro de 1940 a 1968,retirados dos "Anuèrios
Metereologicos para o Observatorio Canpos Rodreigues
- L.Marques'.Ver anexo 1
(ref. n 1 da bibliografia consultada)
5.1.1.1.2.
AplicacSo da distribuicüo estatistica de Gunbel;
deterninacSo de K = 1,K = 2,K = 3,K = 5 e K = 10 dias
consecutivos de precipitacSo naxioa.para os neses
referidos.Ver anexo2
27
DeterminacSo das rectas de Guabel e sua representacSo
gra'fica para K = 1 ,K = 2 ,K = 3 ,K = 5 e K = 10
dias,a partir da equacSo da recta.x = __Y _ + Est(u)
Êst(a)
Ver anexo 3
Construca"o
das
curvas
de
duraca*o
(relacSo
precipitaca"o / K dias de chuva) para Tr2,Tr3,Tr5 e
TrlO,para os 4 meses referidos.a partir da ana'lise da
frequência de ocorrência de chuvas.Ver anexo 4
(ref.n 5,9,12,19,20 da bibliografia consultada).
5.1.1.1.3.
DeterminacSo
das
culturas,conhecendo.-
exigências
agronónicas
das
* pF do solo - o valor entre pFO e pF2 (u);
* profundidade óptiaa do lencol freètico para as
culturas consideradas (a);
* flutuaca"o possivel do lencol freètico (no) de
que na"o esxceda o nivel a ,-
aodo
* nivel da agua nos drenos (h);
A grande limitacSo para a producSo agricola è o elevado nivel do
lencol freético.principaloente na época das chuvas;na*o se sabe nee
nenhuaa investigaci& foi ainda feita en Mocanbique.qual deveré ser a
profundidade óptim^; para a^s culturas que se pretendea produzir.
Tendo en conta que ^ s culturas doainantes desta zona slo as horticolas,culturas de reduziöé sisteaa radicular,optou-se por una profundidade
do lencol (a) de 50 co abaixo da superficie,(referência - plano hidraulico de Marracuene).
isso
Adaite-se una profundidade da agua nos drenos (h) de 90 en
a flutuacSo do lencol (aio) seré de 40 co.
e
por
A exigência agrono'aica da cultura.isto è,a quantidade de agua que o
solo pode arnazenar de modo que o lencol freètico na"o suba acina da
profundidade a,è dada pela seguinte equacSo:
no (no) * u (X) =
(na)
sendo:
no = 40 en
u = 7.51
(ref. Field book for Land and Hater
nanageaent expert - ILRI - Wageningen e plano
hidraulico de Marracuene)
a norna agronóaica da cultura seré de 30 nn
(ref.idem)
5.1.1.1.4.
Deterninaccfo da descarga projectada (na/dia)
* Depois de conhecido o valor da quantidade de agua
que o solo pode arnazenar ( no * u ),foi tracada a
28
tangente a cada curva de duracSo para o respectivo
aês e tenpo de retorno e, pela paralela a essa
tangente,deteroinou-se o valor da descarga projectada (ma/dia);
* Optou-se pela norma de drenagea obtida para o aês
de Fevereiro.por ser este o aês de aaiores precipitacSes dièrias e para ua teapo de retorno de uaa
vez era dois anos (Tr2),por ser esta a probabilidade
mais coaunaente utilizada para a agricultura.
Ver Anexo 4
(ref. idea)
5.1.1.2.
NORMA DE DRENAGEM
SECUNDARIOS
PARA
OS DRENOS
DE CANPO E
Mediante esta anèlise estatistica o excesso de agua da precipitac3o,ou seja a descarga projectada para o aês de Fevereiro e para os
drenos de canpo e secundérios.considerando ua teapo de retorno de 2
anos.serê de 20_aa/dia.Ver Anexo 4
5.1.2.
NORHA DE DRENAGEM DEVIDO AO FLUXO DA ENCOSTA
Na"o foi possivel conhecer a norma de drenagea devido ao
encosta por insuficiência de dados.
fluxo da
Por essa razSo na"o foi taabêa possivel diaensionar a vala colectora
da encosta,que teria por funcSo inter6eptar o fluxo subterraneo e distribui-lo pelo sisteaa de drenagea de canpo.
5.1.2.1.
VALA COLECTORA DA ENCOSTA
Fica por isso apenas recoaendado neste estudo,a construcSo de uaa
vala colectora da agua da encosta,localizada no liaite superior da parte
baixa da encosta,a partir do qual o lencol freético se encontra entre os
20 - 60 ca de profundidade.Este liaite coincide aproxiaadaaente coa a
curva de nivel de 10 a.
Ourai iMKiuu
Ploni'ci» costtifo
Valo coltctora
do «ncosto
Fig.n 0 8
29
5.1.2.2.
NORMA DE 0RENA6EH PARA OS DRENOS PRINCIPAIS
Por n3o se conhecer o valör do fluxo subterrlneo da encosta,optou-se
por considerar una descarga projectada de 4Q_B»/dia,para uaa probabilidade de ocorrência de excedência de usa vez ea trls anos (Tr3),taabèa
para o mês de Fevereiro.
Para o abaixaaento do lencol freético è necessèrio que o sisteaa de
drenagem seja diaensionado në"o só para escoar o excesso de agua das
precipitacSes.sas taabèa o excesso de agua do fluxo subterraneo e deste
modo liaitar a amplitude e grandeza das suas flutuacÖes;por
isso.chaaase atencSo para o facto de ser necessèrio conhecer exactaaente o valor
do fluxo subterraneo,para deterninar qual o caudal exacto que os drenos
principais deverSo escoar.beo coao o seu dimensionaaento «ais preciso.
5.2.
DETERMINACA"0 DA DISTANCIA ENTRE OS DRENOS DE CAHPO
0 Hètodo utilizado para a deterrainacSo das
drenos de caapo.foi o oètodo de Hooghoudt.
distancias
entre
os
Tendo eo conta as texturas do solos,a espessura e os valores da
permeabilidade de cada estracto,a profundidade óptiaa do lencol para as
culturas da zona e o nivel da agua dentro dos drenos,optou-se pela
aplicaclo do nètodo de Hooghoudt para toda a zona.(Ver Anexo 5 ) .
Na tabela 4 ,apresenta-se os valores das distancias entre os drenos
de campo calculados para cada perfil de solo onde foraa efectuados os
ensaios de perneabilidade.
No ma pa do sistesia de drenageo (Anexo 10) vêa indicadas a localizacSo das distancias entre os drenos de caapo,bes C O B O a orientacSo do
escoaraento da agua.
Para maior facilidade prética.as distancias entre os drenos de
campo,forafli arredondados para 10,15 e 20 ». Foi taabèn feita uaa correlacao entre as distSncias calculadas e as unidades de solo da area.Nas
zonas de transicüo de una unidade de solo para outra optou-se por uoa
distancia entre os drenos de carapo de 15 e.
[ia sisteoa de drenagem com valas de canpo abertas.traz cosigo a
vantagen de poderem servir cooo fonte de rega para as pequenas exploracÖes agricolas e serera de fècil reconstruc2o eo caso de destruicüo.
Atendendo a que a zona do estudo è usa zona de grande ocupacao
agricola de pequenas exploracöes faniliares na sua oaioria, a abertura
de valas de carapo atravès de urn sistesia de trabalho organizado coo os
pröprios caraponeses,sairia a partida rauito raais econóaico para alèa de
nao causar estragos nero prejuizos nas raachaobas faailiares pela utilizacao de raaquinaria.0 esiprego de aaquinaria ficaria apenas indicado para a
bertura de valas secundérias e principais,para as quais o seu diaensionamento e extensSo justifican a sua utilizacSo.
A profundidade das valas de caapo serè de 1,10 a coa ua
1.-0,5.
talude
de
30
1,30 m
E
8.
0.20m
Volo de campo
totude =1:0.5
Fig n s 9
E
o
31
RESULTADOS DOS CALCULOS DA DISTANCIA
ENTRE OS DRENOS DE CAMPO
tabela
Localizacao
SeccSo I
250 si do poste
4
Permeabilidade
(o/dia)
DistSncia entre os drenos
de caopo (n)
calculada
sioplificada
KI = 1,7
K2 = 0.003
L = 10
L = 10
400fl>do poste
KI = 0,23
K2 = 0,53
L = 10
L = 10
500 m do poste
KI = 0,75
K2 = 1,5
L = 22
L = 20
seccao IÏÏ
300 ra da l.f.
K
= 1
L = 17
duna
500 il da l.f.
KI = 0,38
K2 = 0,53
L = 10
L r 10
600 ai da l.f.
KI = 0,95
K2 = 0,47
L = 11
L = 10
800 n da l.f.
K
L = 14
L = 20
seccao IV
450 ai da l.f.
K = 2,9
L = 38
duna
800 Bi da l.f.
KI = 0,3
K2 = 0,6
L = 11
L = 10
1100 m da l.f.
K
L = 16
L = 20
1600 oi da l.f.
KI ~ 0,5
0,09
K2
L = 5
L = 10
k : 1,5
L = 23
duna
650 ai da l.f.
KI
0,6
K2 = 0,3
L = 8
L = 10
800 a da l.f.
K = 0,3
L = 7
L = 10
1200 o da l.f.
K : 1,24
L = 20
L = 20
seccSo V
300 si da l.f.
= 0,8
=
0,9
32
RESULTADOS DOS CALCULOS DA DISTANCIA
ENTRE OS DRENOS DE CAMPO
(cont.)
Localizacao
sec9ao VI
250 n da l.f.
Perneabilidade
(a/dia)
Distancia entre os drenos
de caapo (a)
calculada siaplificada
KI = 1
K2 = 0,4
L = 10
L = 10
550 oi da l.f.
KI = 1
K2 = 0,8
L = 15
L = 20
650 m da l.f.
KI = 0,5
K2 = 2
L = 25
L = 20
950 n da l.f.
KI = 0,6
K2 = 0,3
L = 8
L = 10
tabela 4
5.3.
MODELO DE DRENAGEM DA CAMPO PARA A EPOCA DAS CHUVAS E
PARA A EPOCA SECA
0 sisteoa da drenagea calculado no ponto anterior,teve èe conta o
aês de ocorrencia de valores aais extreaos de precipitacöes e onde coao
consequência a necessidade de drenagea è aaior.A distancia entre as
valas de caapo e o seu diaensionanento è calculada para que o sisteaa
tenha capacidade de escoaaento do excesso de agua (20 aa/dia).
No entanto na época seca,n3o ha' necessidade de escoar tal quantidade
de agua ,porque a precipitacSo è auito baixa.quase nula.Nesta altura do
ano a noraa de drenagea liaita-se apenas ao fluxo da encosta.que sendo
bea controlado poderê aanter o lencol freatico a ua nivel óptiao para a
producSo de horticolas.Este aspecto è particularaente iaportante se
toaaraos ea conta que é na época seca que se faz a aaior producSo de
horticolas e que«caaponesesirrigaa as suas hortas,retirando a agua das
valas de drenageo coat regadores.
Ao analisar as curvas de duracSo para o aês de Noveabro,conclui-se
que para o tnesno tenpo de retorno(Tr2),a descarga projectada devido ao
excesso de precipitacSo è de 2aa/dia contra os 20 aa/dia no aês de
Fevereiro.Sabendo que os valores de precipitacSo para a época seca
(Abril a Seteabro) s3o quase nulos,pode-se adnitir uaa descarga projectada de 1 aa/dia para essa época do ano.
0 aodelo de drenagea de caapo para as duas epocas do ano,
esqueaatizado coao indicado nos pontos seguintes.
pode
ser
33
5.3.1.
EPOCA DAS CHUVAS (OUTUBRO - MARQO)
SSo consideradas as seguintes suposicöes.-
* A altura ffléxiaa do lencol freético è de 50 era;
* A flutuaca"o do lencol freético (ao) è de 40 co;
* 0 nivel da agua nas valas e' de 90 CD»;
* 0 valor entre pFO e pF2 (u),è de 7,5%;
* A capacidade méxiroa de araazenamento de agua no solo.de
modo que o lencol na"o exceda os 50 ca è de 30 niffl.
(no * u)
* A descarga projectada devido ao excesso de precipitacao,
è de 20 Eio/dia.considerando o mes de Fevereiro e uo
tempo de retorno de 1 vez em dois anos.
Pr.
i Ii
///^///^J!>
^sX^S//^
0,50 m
D.D=20mm/dio
Fig.ns 10
MODELO GE DRENAGEM DE CAMPO PARA A EPOCA DAS CHUVAS
Tendo em conta os diferentes valores de peroeabilidade (K),foi
deterainado no ponto 5.2. a distência entre os drenos de caapo.utilizando o método de Hooghoudt.
5.3.2.
EPOCA SECA (ABRIL A SETEMBRO)
Para esta epoca do ano os valores de precipitacSo sSo rauito baixos,
quase nulos.
Mantendo o sisteaa de drenageoi tal corao foi delineado para a epoca
das chuvas.è possivel mediante urn boa maneio da agua.oanter o lencol
freético a usi nivel aceitavel para as horticolas.Uoj sistesa de pequenas
coaiportas poderé permitir o control da subida e descida do lencol.de
aodo a que exista agua a uoa profundidade suficiente para que o solo se
aiantenha hüaiido seai seralagado.
A flutuacSo do lencol freético para esta epoca do ano,è
calculada pelo método de Hooghoudt:
facilaente
34
2
L
2
r
8_*_K2_*_d_*_mQ
q
+ 4_*_Kl_*_mg
q
2
2
L * q = (8 * K2 * d * BIO) + (4 * KI *fflo)
2
2
(4 * KI * Blo ) + (8 * K2 * d * mo) - (L * q) = 0
2
2
2
mo = - K2 * d +Vl6_*_i_4_*_K2_*_d_ : _Kl_* L * g_)
KI
8 * KÏ
Se a descarga projectada para o mes de Noveobro.para un Tr2 è de 2
mm/dia,pode-se sera grandes erros adoitir uma descarga projectada de
1 ram/dia para a epoca seca.
0 valor da flutacéo do lencol freético (mo),è,
calculos no anexo 6 ,aproxifBadamente 3 era.
cono se pode ver nos
Tendo era atencSo os riscos de salinizacSo dos solos pela subida
capilar do lencol freético e pela falta de lavageo dos (sesmos (a precipitaclo è quase nula),a altura considerada para o lencol foi de
ZQ_cra.Esta medida deve ser particularmente tomada en atencSo para os
locais em que o lencol freético apresenta valores elevados de Codutividade elètriea.
Para a epoca seca o modelo de drenagem de campo,fica pois esquematizado do seguinte raodo:
0.70m
-J-.
O.OZSm
•1,10 « \
comporfo
L
^
Fig n * 1 l
Modelo de drenogem de campo paro o época seca.
Para a retencSo da 'agua nas valas de drenagem e aanutencSo de U B
nivel raéxiao do lencol freético entre 50 e 70 ca è necessério a colócacSo
de pequenas coaportas que deverSo ficar a uma altura de 40 a 60 ca da
superficie.adraitindo que o, profundidade da vala de caopo ê de 1,10 a.
3-
5.4.
REGA SUBTERRANEA
Ê UID metodo de rega onde a agua necessêria as culturas è fornecida
subterraneaaente.quer pela ascensSo capilar do lencol freatico para o
sistema radicular das culturas.quer pelo huraedecifflento do solo através
de uraa subida e descida do lencol na zona radicular da cultura.
E ufn metodo aconselhavel para zonas coao esta,de
topografia
plana.onde existe UIB sisteoa de drenagea rauito denso e onde è necessario
controlar os niveis do lencol freatico oediante o uso de pequenas
comportas de campo.
Deve-se no entanto dar a devida atencSo a qualidade da agua e ao
perigo de salinizacao das casiadas superiores por ascensSo do lencol
freatico seguida de evaporacSo a superficie
36
CALCULOS HIDRAULICOS
O SISTEMA DE DRENAGEM PRINCIPAL
6.1.
Ê dada particular iaportancia neste estudo ao difflensionaaento do
sisteina de drenagem principal e as suas saidas para o mar.pois esse é o
Principal ponto de estrangulaaento da drenagem da zona.
Na realidade as valas principais existentes.ou terainao en zonas
paatanosas que nlo per mi ten o escoamento dos caudais quando ocorreoi
grandes. precipitacöes.ou drenam para bracos de nar onde eo alturas de
aarès altas t o «ar penetra e a influência da agua salgada faz-se sentir
atè, aos caapos.
Por outro lado as seccoes destas valas principais sa"o insuficientes
para drenar os grandes caudais das precipitacöes intensas.
Tendo e$ conta estes aspectos e para uma aelhor organizacSo do
estudo,separou-se da èrea total da baixa costeira, a èrea drenével
(determinada a partir do mapa das unidades de solo - parte A ),com
utilizacao agricola da terra e sem influência da agua salgada e areas de
manchas salgadas sem utilizacao da terra.A area drenavel foi ainda
dividida em tres grandes bacias de drenagem (A,B,e C),cada usa delas
drenando para a sua respectiva vala principal de drenagem (Al,BI e
Cl).Ver mapa do sistema de dreanagem - Anexo 10.
AREA.CAUDAL E DIMENSIONAMENTO DE CADA VALA PRINCIPAL
6.1.1.
Apresenta-se a seguir a tabela 5,resumo da area.caudal
cofflo o dimensionamento de cada vala p r i n c i p a l .
Bacia de JArea
Caudal de
ke
drenado
bem
VALA PRINCIPAL
!
3
! drenagei ! (Ha)dren.(« /s)
coapr.(i) talude jt(t) i b(i)! B(i) y(a)
velocidade declive !
(i/s)
!
A
! 610
2,3
25
3000
1:1,5 ! 1,3 ! 3,0 ! 8,34 1,78
0,45
0,4 Z. !
!
8*
! 327
1,5
25
450
1:1,5 ! 1,1 ! 2,0 ! 8,0 2,0
0,38
0,4 2. !
!
C*
! 190
0,38
25
450
1:1,5 ! 1,1 ! 0,3 ! 6,3 2,0
0,33
0,4 !. ,
!
D 2 « ! 417 ' 2,4
4,5
0,36
0,4 2.
' 25! 380
1:2
! 0,8 ! 7,0 ! 25
tabela 5
v
37
*
As valas B e C,juntasi-se nuoi unico dreno Dl ou D2,conforme alternativa 1 ou altrenativa 2,apresentada na
tabela 6.
** Vala de conducao da agua atravès da duna para o aangal
conforme a alternativa 2,tabela 6.
ALTERNATIVAS PARA A SAIDA DA AGUA DAS BACIAS B E C
( VALA OU TUBO )
Alternativa 1
!
Z de prenchi-
!Tipo de dreno
Cota do fundo do
dreno (•)
[*
'Dl (tubo enterIrado na duna)
0,650
ka Declive •ento da sec- Diaeetro
Talude
coipr.i
cao
60 0,42.
752
2,1
—
380 !
i Alternativa 2
!
! **
!D2 (vala aber!ta)
0,650
25 0,42,
---
—
1:2
380
tabela 6
*
**
Dreno principal (tubo) para as bacias de drenagea 6 e C
(alternativa 1 ) .
Vala de drenagea principal para as bacias de drenagea B e
C (alternativa 2 ) .
Ver siapa de drenagea anexo.
Na apresentacao destas duas alternativas teve-se ea conta o facto
de' existir uma vala aberta recenteaente.oas para a qual o declive e os
taludes na"o foram devidaoente considerados.
Para a escolha entre as duas alternativas è necessério efectuar uaa
analise econóaica tendo es conta para cada uaa das alternativas os
seguintes aspectos:
a)
Alternativa 1 - Tubo ea betSo.
*
N3o tera grandes probleoas de oanutenclo.devendo no
entanto possuir alguns pontos de observacSo ao longo
do tubo:
Na*o ocupa espaco porque estè enterrado no solo;
l una construcSo de tubos de beta*o e,por isso.cara.
*
*
38
b)
Alternativa 2 - Vala aberta.
*
Ten grandes problenas de nanutencSo e conservatie
devido a fraca consistência do lateraal (areia);
Ocupa una grande area (a largura da vala a superficie
è de aproxiaadanente 25 •),A sua construcSo è relativaaente nais barata ei relacè"o a alternativa 1;
*
*
A alternativa 1 apresenta-se no entanto cono a nais vant4osa,una vez
que tanto para una cono para outra.serè necessério efectuar a escavaca"o,tendo o tubo a vantagen de nSo ocupar tanto espaco cono a vala e de
n3o necessitar préticanente de nanutencSo.
6.1.2.
BACIA A - VALA PRINCIPAL A
6.1.2.1.
AREA A DRENAR
*
6.1.2.2.
Bacia de drenagen A
610 Ha
DIMENSIONAMENTO DA VALA PRINCIPAL
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
6.1.2.3.
Noria de drenagen (D.D.)
Caudal (9)
,
Declive
kn
talude
cota do fundo do canal
Secc3o da vala principal
Profundidade da vala (y)
Largura do fundo da vala (b)
Largura da vala a superficie (B)
Nivel da agua dentro da vala (t)
Conprinento da vala (L)
40 nn/dia
2,8 n3/seg
0,4X.
25
1:1,5
-0,28 n
1,78 n
3,00 n
8,34 n
1,30 n
3000 n
CONPORTA
*
*
*
*
*
*
*
Altura naxina da nare' na terra
Altura necessaria para a conporta
Periodo de tenpo c/ conporta fechada
Caudal de escoanento (0)
Declive na conporta (S)
kn
X de preenchinento do tubo
Figns 1 2
CONDUTA OE SAIDA OA AGUA COM COMPORTA AUTOMATICA
POR BAIXO OA ESTRADA
Cotufml
jpo-til--
.(ps- 1 -
/:.r\
/^j\
/Z~2\, i
1,87 n
2,15 n
14 horas
2,8 n3/seg
0,4X.
60
75X.
39
Nota
A estrada deve passar sobre os tubos através de uaa
calculada para süportar
a pressa"o do •ixÈ&s.itp
1
Fig.n*
i
ponte
SECCAO lONGlTUDlNAl OA CiaPiDUTA DE A5ÜA tSW COMPOfiïA
AUTOMATICA POR BAIXO Ük ESTRADA
Cotas(m)
2,Om--
1,22 m-q92m--
.Cl28m- L
Betao
Fig.n°14
SECtA0
TRANSVERSALT3A CONDUTA COM COMPORTA
AUTOMATICA" POR BAIXO DA ESTRADA
'777777777,,
v//Zlt<7<
l,5m
6.1.2.4.
P0O5EE
Periodo de tenpo de comporta fechada.......14 horas
Voluae de agua aroazenada no polder
141120 a3
Altura da agua no polder
0,45 •
Area ocupada pelo polder
31 Ha
Cota da superficie do dique de proteccao...2,0 •
Nota
Foi considerado 14 h de conporta fechada para garantir
aargea de seguranca eo caso de avaria da cooporta.
6.1.2.4.1.
uaa
Entrada da agua no polder (descarregador lateral)
*
*
*
Area ocupada pelo polder
Voluae de agua araazenada no polder
Altura da agua no polder
31 Ha
141120 a3
o,45 a
40
Fig.n0
15
SECCAO' LONGITUDWAL DO OESCARREGADOR LATtRAL
Cotas(m)
2,00m- -
5,5m
/ / ' /<
1,50m-1,02 en • •
-0,28m- -
'
rcce
<
Y'/t.
y/y'y'
stroda
s/'y
<6<M<<<< '
/// v s w ^ / y vw / v \ \ \ / y / \ ^
Comporto aberta
\
/SSS/S/S/S/S/sfy///////////////////
Cotos(m)
2,0m-l.87m- -
1,8711) (Mare maxima)
Comporta fschodo
.0,28m--
Pig.n 0 16
^/^///\w /yy*\ "^"/^/<Vsy^ys/////4z^£///////////
SECCAO TRANSVERSAL DO OESCARREGADOR LATERAL
w \w //r^.
Cotas(m)
- - 2.0 m
Polder
• - l.5m
y^üsyyy^r
••-q28m
41
Fig.n°17
VISTA DE TOPO 00 DESCARRE6AD0R LATERAL E 00 POLDER
42
Nota:
para uaa oaior seguranca das valas e' aconselha'vel a
construcSo de diques de protecc3o ao longo das aesaas ate'
ao locais onde a cota a superficie atinge os 2 •.
6.1.2.4.2.
Safda da agua do polder (coaporta autoaatica)
Declive (S)
kt
Caudal (Q)
Z de prench
Diaaetro da conduta
Caudal por conduta
Nüeero de condutas
Fig*n°l8
o,4X.
60
3,9 «3/seg.
75X
1,5 •
1 a3/seg.
4
SECCAO TRANSVERSAT DAS CONDUTAS DE COMPORTA AUTOMATICA
DE SAIDA DO POLDER
Cotos(m)
2.0 --
122 -092 -.0,2 8 -L
Fig.n°19
SECCAO LONGITUDINAL DA CONDUTA DE COMPORTA AUTOMATICA
DE SAIDA DO POLDER
Bét6o
43
Nota
A ègua araazenada no polder sai atravès de uaa coaporta por
baixo da estrada e continua pelo velho braco de aar.
£ recoaenda'vel ua auaento da cota da estrada ao Ion go de
todo o polder (+50 co) para garantir uaa aaior seguranca e
iapedir danos na estrada na altura das aarês vivas.
BACIA B E C
6.1.3.
-
VALAS PRINCIPAIS B E C
As bacias de drenageo B e Cdrenaa cada uaa delas através
de uaa
vala principal B e C respectivaaente,unindo-se nua unico dreno principal,para o qual s3o apresentadas duas alternativas.
A vala principal B,ao longo de ua dos lados da estrada,de 450 a de
coapriaento.drena ua caudal de 1,5 a3/seg a uaa velocidade de 0,38
a/seg.A sua seccSo ê a seguinte:
*
*
*
*
*
largura a superficie
largura do fundo da vala
altura do nivel da agua
profundidade da vala
declive
8,0 n
2,0 a
1,0 a
2,0 a
0,42.
A vala principal Ctaabéa ao longo do outro lado da estrada.de 450 a
de coopriaento,drena ua caudal de 0,88 o3/seg,a uaa velocidade de 0,33
o/seg.A sua secSo éa seguinte:
*
*
*
*
*
largura a superficie
largura do fundo da vala
altura do nivel da agua
profundidade da vala
declive
6,8 a
0,8 a
1,1 a
2,0 a
0,42.
As alternativas possiveis para a saida da agua da zona,s2o:
(verfflapado sisteaa de drenagea ea anexo)
6.1.3.1.
ALTERNATIVA 1
6.1.3.1.1.
Passagen da vala C por baixo da estrada até a vala B
Pig.n°20
SIFAO OE
PASSMJEM
OE AGUA
13 Alternativo.
l
0,78 3 m
0,76 7 m
—
Ie12m
3
Q=0,90m /$eg.
V=0,60m/seg.
Sec;ao
Iransversal
<j={0).1,Km
Ahsl,IO- 1,07m=0,D3m
44
*
*
*
*
6.1.3.1.2.
Caudal (Q)
Velocidade (V)
Largura da estrada(l)
Diaaetro do tubo
0,88 »3/seg
0,6 a/seg
12 o
1,35 o
Tubo para a saida da agua atravès das dunas para o oangal
*
*
*
*
*
*
*
*
Comprimento do tubo
380 n
Caudal.de escoaaento (ö)
2,4 a3/seg.
velocidade (V)
0,75 m/seg.
Declive (S)
0,4Z.
Cota do fundo a entrada da duna... 0,767 n
Cota do fundo a saida da duna
0,611 »
DiSoetro do tubo
2,1 o
% de preench.do tubo
75%
F i g . n 0 21
TUBO DE SAIDA (DA DUNA)
SECCA0 TRANSVERSAL
Cotaslm)
2.71 m-
2,»0m
0.61 m
Q=2,4m 3 /S99 •
V«0,75m 3 /s©g
SsO/o/oo
Km*60
6.1.3.1.3.
ProteccSo era betSo e pedra a saida do tubo devido
e?ee-ssiva- «siocidade da agua (tranquilizador)
Fig.n°22
777777777777/
Corte
Sstóo
Longitudinol
a
4S
Fig.n° 23 TRANQUILIZADOR DA AGUA
Vista d t
topo
Comporta
6.1.3.1.4.
*
*
*
*
*
F i g . n 0 24
Cota no nangal junto apassagen da estrada.1,0 i
Altura ffla'xiaa da oare'
1,87 n
Altura da coaporta
0,87 •
Caudal (0)
2,4 i3/seg
l de preenchimento das condutas
75 Z
PROPOSTA DE CONDUTA DE SAIDA DA AGUA PARA 0
MAR COM COMPORTA AUTOMATICA
Cotas(m)
2,0(1» - -
i
I
Q,90m
l.0m-Q=0.85m3/s»g
75V. d« pre«nchim«nto
F i g . n 0 25
SECCAO LONGITUOINAL DA CONOUTA D£ COMPOKTA AUTOMATICA
POR BA1X0 OA ESTRAOA
19 Altcrnativo
Cotas(m)
VSm -
W////WAÏ<<WM'///My.
_^
K7*SSrZ7?SSCZP*
0,61 m- •
'S/W477777//////////////////W
B«tae
46
Nota:
A estrada deve passar sobre as condutas de coaporta
autooa'tica.através de uaa ponte.calculada para suportar a
pressa"o do transito.
Actualaente existeo 4 condutas para a saida da agua coa ua diSaetro
de 0,40 a cada,o que peroite UQ escoanento de apenas 0,44 s3/seg.
6.1.3.1.5.
Polder
*
*
*
*
*
Nota:
Teapo de perraanência de coaporta fechada....10 h
Voluae de agua arraazenada no polder
86400 a3
Altura oa'xiaa da agua no polder
0,70 a
Area ocupada pelo polder
12,3 Ha
Cota ^ superficie do dique de proteccSo
2,0 a
* Foi cosiderado 10 h de coaporta fechada para garantir uaa
seguranea es caso de avaria da sesaa.
* 0 dique de protecca"o das salinas (liaite do polder),deve
ser auoentado ate 2,0 Q.para na"o peroitir que a agua doce
entre nas salinas.
6.1.3.2.
ALTERNATIVA 2
6.1.3.2.1.
Passage® da vala C por baixo da estrada ate' a vala
B.atrave's do sifSo.
(0 sesiao que para a alternativa 1)
6.1.3.2.2.
Vala de conducSo da agua atrave's das dunas para o
sangal
*
*
*
*
Caudal (Q)
ks
Declive (S)
Talude
2,4 a3/seg
25
0,4 Z.
l:2(areia)
*
*
*
*
*
Secsa"o da vala
Largura do fundo (b)
Largura a superficie (B)
Altura do nivel da agua (t)
Profundidade da vala....
Cota do fundo do canal a saida da duna
7,0 a
25 o
0,80 a
4,5 a
0,611 a
Fig.n° 26 SECfAO TRANSVERSAL DA VALA DE SAJDA DA AGUA QUE
ATRAVXSSA AS DUNAS (BACIAS BeC )
JC
2%0m
—— ,
Jt
t.tm
0 6 1 rTi
080m
-^#—
70 m
/
ïatudo 1:2
47
6.1.3.2.3.
Coaporta
(Identica a alternativa 1)
6.1.3.2.4.
Polder
(Idêntico a alternativa 1)
6.1.3.2.5.
ProtecSo da vala
Devera' ser concebida uaa proteccSo dos taludes da vala coa
relva ou capia rasteiro.para iopedir a sua erosüo na epoca das
chuvas atendendo a fraca consistência do naterial (areia).
48
7.
CONCLUSÖES E RECOHENDAG0ES
7.1. A èrea de drenagen da zona costeira de Maputo,è neste estudo,
linitada superiornente pela parte nais baixa da encosta e inferiornente
pela linha lioite da unidade de solo B1.2.c,see> utlizaclo actual da
terra e con valores de salinidade au ito elevados e,por isso.prejudiciais
és culturas.Estes liaites foran retirados do oapa de solos da parte A do
estudo referente a esta zona.
A érea de drenagen divide-se ea 3 iaportantes bacias de drenagen,A,B
e C, linitadas lateralnente pelas estradas E1,E2,E3 e E4,indicadas no
aapa do sistena de drenagen,-cada una destas bacias drena independenteoente para a sua vala principal de drenagen.
A èrea total a ser drenada è de 937 Ha.nSo estando inclulda aqui a
parte junto ao caapo de golf da Polana e onde existe uaa vala principal
de drenagen en beta"o,por falta de conhecioento global da zona.Esta vala
ternina nun braco de nar e, quando a nare è alta.a égua salgada entra na
vala tornando a égua salina.
7.2. 0 sistena principal de drenagen e as suas saidas.constituea o
naior problena da zona.E necessèrio.por un lado,que a égua en excesso
seja toda drenada e por outro.que a égua do nar nas aarès altas n3o
penetre até aos canpos.
Para tal,os canais principais A,B,C e as alternativas 01 e D2,podera*o constituir una soluca*o.A sua construcüo nè"o seré possiel sen un
levantanento topogréfico detalhado ,una vez que os disensionanentos aqui
feitos tiveran cono base os ortofotoplanos de 1977.
Un sistena de conportas autonéticas nas saidas das valas principais,
è condicSo indispensèvel para inpedir a penetracSo da égua do nar na
terra.0 tenpo de pernanência de conporta fechada,depende do teapo de
duracSo da nare alta,sendo dada una nargen de seguranca para o caso de
avaria de conporta.
A érea do polder (érea linitada de inundacSo periódica durante a
pernanência da conporta fechada),è tanbên calculada,tendo en conta o
tenpo total de pernanência de conporta fechada e a sua localizacSo e
feita en locais sen utilizacSo actual da terra.
A topografia da zona parece pernitir a drenagee por
gravidade,utilizando o sistena de valas abertas,raza*o pela qual n2o sa"o
projectadas estacdes de boabagen.
7.3. 0 sistena de drenagen secundèrio deverè ser selhor estudado en
func3o da topografia da regiSo e da influência do fluxo subterraneo da
encosta,o qual atè é data na"o è conhecido.
No napa do sistena de drenagen apresentan-se as valas secundérias,
algunas das quais jè existentes e que necessitan de ser reabilitadas.outras projectadas para tornar possivel a salda da égua atè és valas
principais.N2o è no entanto feito aqui o seu dinensionasento.
49
7.4. O sisteaa de drenagea de caapo.è apresentado sob a foroa de
recoaendacSo quanto é distancia entre os drenos.A profundidade do lencol
freètico e a sua flutuacSo teve es conta que a producSo principal da
zona s3o horticolas e que, a inundacSo dos caopos è urn dos principais
factores lioitantes da sua produea"o na època quente e chuvosa.
Ê dada preferência é utilizaSo de valas de drenageo abertas eo vez
de tubos fechados e enterrados no solo.devido é tradic3o existente na
zona, de utilizar a égua das valas para irrigacSo oanual (regadores) e
taabèsi devido S facilidade de controle do nivel do len?ol freatico,lispeza e oanutencSo dos aesaos.
Para a època seca è dado ainda UG oodelo de drenagea.oantendo as
aesoas distancias entre as valas de caopo.aas adsitindo uoa profundidade
do lencol freatico atè 70 co,para iapedir a salinizacSo dos solos por
ascensSo capilar do lencol.A flutuaea"o do lencol freatico (ao) para esta
època do ano.è calculada cooo sendo é volta dos 3 co.Para que o nivel da
agua nas valas se oantenha é volta dos 50-70 ca de profundidade,serè
necessério instalar pequenas coaportas cos uoa altura de 40 a 60 co,na
entrada das valas de carapo nas valas secundèrias.
7.5. A vala colectora da encosta na"o foi delineada ,por desconheciaento do valor do fluxo subterraneo da encosta.A sua construcSo fica no
entanto recomendada no liaite superior da parte baixa da encosta,a
partir do qual o lencol freètico se encontra actualoente entre os 20 60 ca de profundidade,liaite esse que corresponde aproxiaadaaente C O P a
curva de nivel de 10 a.
7.6. Todo este sisteaa de drenageo aqui delineado,apenas poderè dar
resultados positivos se a sanutencSo e liapeza das valas for feita coa a
regularidade necesséria.
Ufli sisteaa de controle deverè ser aontado para que as valas se
aantenhaa liapas e desobstruidas.para que as pequenas coaportas de caopo
cuopraa coa o seu papel de oanter o nivel do lencol freètico óptiao para
as culturas e para que as coaportas autoaèticas funcioneo seo avarias,
a égua ea excesso seja drenada e a égua salgada n3o penetre nos caopos.
0 treino e capacitaeSo dos caaponeses nos aspectos de aaneio da
agua,controle e aanutenclo das valas è ioportante para assegurar o
funcionaaento da drenageo de caapo.Alguraas parcelas de caaponeses seleccionados poderSo servir de parcelas aodelo para a forQaca"o,capacitaca"o e
divulgac3o do funcionaaento do sisteaa de drenagea.
o
1 igualaente importante a construc3o dos diques de defesa para
protecc3o dos polders,da salina e das valas de drenageo C O Q cotas a
superficie inferiores a 2 a.
Outro aspecto que nlo poderè ser esquecido,
rac3o das estradas de acesso.a fia de peroitir
n3o só para as obras de drenagea cooo taobèo
facilidades no escoaoento e coaercializacèo dos
è a raanutencSo e recupeuo aelhor acesso é zona
para peroitir oaiores
produtos.
50
7.7. A rega subterranea è ua sisteaa de rega aconselhavel para zonas
como esta.onde hé necessidade de una rede densa de drenagea para controlar os niveis do lencol freatico ,onde hé portanto excesso de agua e a
topografia é plana.
Deve-se no entanto prestar atencSo é qualidade da agua de rega e 3
lavageo periddica do solo,que poderé eventualaente ser uaa lavagea
natural no perlodo das chuvas.para nêio causar a salinizacSo das caaadas
superiores devido é ascensSo capilar seguida de evaporacSo é superficie.
Fica pois recoaendado a necessidade de ser aelhor estudada as possibilidades de se efectuar a rega subterranea na zona.
ANEXOS
«GKroJr
VALOfiES DIARIUS OE PRECIPHACAO ( i i )
Hes de Noveibro
MAPUTO
! ano
i
•
1
i
i
! 1940 : i94i ! 1942 ! 1943 ! 1944 ! 194S ! 1946 ! 1947 ! 1948
1
1
1
1
'dia
! 1
1 2
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
i
i
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
'
1
' -
26,5
I * 1,5
4 '
3,8
5
6 ,' - '
7 j 8 ! 2,4
9 '
5,3
10 ' 28,2
31,1
11
20,9
12
13
6,6
14
IS
0,1
16
17
18
19
20
10,7
21
22
4,8.
4,3,
23
24 , 0,1!
25 , - !
26 ! - I
27 ! - !
28 ! 0,1!
29 !
30 ! • i
-!
• '
4,0 '
-
!
0,0
!
!
!
0,4!
5,1!
0,1 !
0,0!
- !
- ! 0,3! 0.2
- ! - i 1,2
0,2 ! 0,2 ! - ,' - '
-
0,7
-
-
0,0! - !
- ! 18,6
- ' 0,2!1
-
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CM
1
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Anexo 2a)
Fevereiro
K Dias de Chuva (DKB)
Anos
!
!
!
!
!
!
!
!
i
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
1940
1941
1942
1943
1944
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
.
K =1
K = 2
!
K = 5
63,7
63,8
3,5
75,2
21,6
94,6
50,2
55,5
40,1
17,5
23,4
172,6
.
,
91,3
5,2
77,1
33,3
105,8
69,6
85,3
58,9
19,7
42,5
217,8
3,4
75,2
21,6
59,7
47,7
29,9
40,1
17,5
21,5
130,6
'
!
!
!
!
!
!
!
!
3,9
4,7
8,2
47,9
141,1
54,6
76,3
110,5
74,1
51,9
10,5
17,1
54,1
13,5
40,4
47,2
23,4
60,5
185,7
117,1
47,9
166,0
58,7
78,3
148,9
102,4
75,3
13,9
17,1
79,3
21,1
40,8
85,0
25,4
61,9
250,5
117,1
47,9
177,2
63,2
79,8
149,0
111,5
120,9
20,2
25,3
81,1
21,4
44,9
85,1
31,4
102,6
252,4
156,4
'
!
!
!
!
!
!
!
1
!
!
!
!
!
!
K =
10 !
92,8
!
1
!
!
!
1
:
!
!
!
5,3
78,8
39,8
133,9
69,6
120,3
58,9
47,9
54,7
293,7
11,2
50,3
177,5
124,9
85,7
149,2
112,3
120,9
29,1
26,9
86,5
22,1
54,5
88,2
46,1
106,0
308,6
215,1
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
i
!
:
.
,
Anexo 2b)
Janeiro
K Dias de Chuva
(••)
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Anos
K = 2
!
K = 3
!
K = 5
!
K = 10
:::::::: ::::::::::: : : : : : : : : : : : J :::::::::::| ::===;:=r
1940
,
52,8
98,2
!
106,2
!
106,2
1941
17.9
26,6
!
31,7
38,2
1942
90,9
103,5
124,1
!
129,4
1943
19,8
20,0
38,4
.
39,0
1944
35,3
55,9
,
72,9
,
72,9
1945
34,3
53,7
62,4
77,4
1946
65,5
94,1
180,0
189,7
1947
22,4
22,4
28,6
32,3
1948
122,8
135,9
138,9
139,1
1949
61,5
85,4
110,8
121,7
1950
6,7
9,8
12,1
19,3
1951
13,3
13,3
13,3
13,5
1952
50,6
73,4
75,9
89,8
1953
41,8
50,8
64,7
107,3
1954
12,1
12,3
12,7
24,4
1955
185,6
192,4
209,9
256,4
1956
8,6
15,1
18,9
25,5
1957
22,2
22,2
27,0
32,0
1958
47,1
85,0
105,9
61,2
1959
25,5
25,6
25,6
29,9
1960
82,1
161,9
87,5
104,5
1961
24,6
24,6
24,6
27,5
1962
77,0
91,3
91,3
'
105,1
1963
34,6
'
46,8
!
68,6
38,6
1964
123,4
!
212,7
123,8
!
181,8
1965
14,9
'
16,3
!
16,7
!
16,8
1966
234,6
!
641,3
!
658,9
'
366,3
1967
'
46,1
!
49,4
!
48,5
i'
52,1
1968
'
50,2
!
74,5
!
62,8
.'
62,8
Anexo 2c)
Dezeabro
K dias de Chuva
(••)
Anos
i
K = 1
!
K = 2
!
K = 5
!
K =10
1940
1941
1942
1943
1944
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
!
!
!
,
64,5
81,7
38,2
14,9
,
65,7
100,5
38,2
23,6
,
3,2
7,4
!
!
!
!
!
.
75,9
114,1
79,6
39,2
,
71,7
101,1
79,6
24,0
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9,6
54,8
36,0
35,3
95,5
112,8
19,8
29,9
35,7
39,7
29,0
100,0
82,9
69,2
50,4
97,6
16,1
60,5
39,6
27,9
17,1
42,9
19,1
15,1
!
!
41,6
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27,5
25,4
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66,1
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28,0
39,7
27,5
89,2
55,6
68,9
46,6
88,9
15,9
53,8
38,9
20,5
15,5
42,3
11,5
8,6
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!
!
!
!
4,8
16,8
98,3
36,9
35,3
156,7
168,8
19,8
42,9
35,7
46,5
32,6
133,0
113,1
114,4
59,0
161,5
16,7
81,2
40,0
35,5
17,1
55,5
19,1
16,8
Anexo 2d)
Noveabro
Anos
K =1
K r 2
K =5
K =1
1940
1941
1942
1943
1944
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
31,1
42,6
200,2
6,4
14,9
8,1
12,3
33,6
27,8
46,6
26,0
10,8
18,5
23,5
37,9
34,2
7,2
6,8
26,3
21,6
37,0
21,9
74,3
16,9
28,7
22,4
15,5
17,0
21,0
59,3
48,0
240,1
12,1
18,5
11,9
16,2
34,7
27,8
83,7
26,0
10,8
21,1
28,9
50,2
55,6
7,2
6,8
32,8
21,6
39,6
27,1
74,9,
21,6
28,7
37,6
15,9
32,3
23,4
92,1
49,4
244,7
12,1
19,7
12,6
19,7
48,9
34,8
85,3
37,1
10,8
32,7
34,3
70,4
84,7
7,2
10,8
36,4
22,2
60,4
36,3
84,4
24,8
30,3
37,6
19,8
42,7
39,0
98,3
49,8
263,9
21,9
24,3
16,6
28,0
75,8
35,3
102,6
47,0
11,0
43,5
45,3
88,5
149,0
9,7
11,4
63,4
22,5
60,7
38,6
134,2
25,1
35,2
46,2
22,8
43,2
51,2
ANEXO 3
DISTRIBUICAO DE GUMBEL
EOUAC20
X =
DA
Y
Êst.(a)
RECTA
DE
GUMBEL
+ Est (u)
Est (u) = x - __ Yn
Ést.(a)
Est.(a) = ___Sn
Sx
Sr»\
valores retirados de tabelas.considerando n=29
Sx/
Sx =
2
_2
_i_Xi_l_r_n_*_X_
n - ï
(Desvio padr3o)
ANEXO 3a)
EQUACftO E RECTA DE GUMBEL
MAPUTO - FEVEREIRO
n = 29 anos
Sn = 1,112
Yn = 0,536
K = 1
x =
Sx =
56,58
44,1
Est.(a) =
Est.(u) =
0,03
38,71
X = ___Y
Ö,Ö3
para y = O
para y = 1
K = 2
x =
Sx =
+ 38,71
— > X = 38,71
— > X = 72,04
69,39
57,38
Est.(a) = 0,02
Est.(u) = 41,73
X =
Y.
Ö.Ö2
para y = O
para y = 1
K = 5
+ 41,73
— > X = 41,73
--> X = 91,73
x = 82,24
Sx = 61,55
Est.(a) = 0,02
Est.(u) = 52,57
Y
0,02
para y = 0
para y = 1
X =
K = 10
+ 52,57
— > X = 52,57
— > X =102,57
x = 96,92
Sx = 75,12
Est.(a) = 0,015
Est.(u) = 60,71
X = ___ï___ + 60,71
0,6Ï5
para y = O — > X = 60,71
para y = 1 — > X = 127,38
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un
IOC
ANEXO 3b)
EQUACftO E RECTA DE GUHBEL
HAPUTO
n =
Sn =
Yn =
K = 1
x
- JANEIRO
29 anos
1,112
0,536
= 49,63
Sx = 41,28
E s t . ( a ) = 0,027
E s t . ( u ) = 29,77
X - ___!___ + 29,77
0,027
para y = O
para y = 1
K = 2
— > X = 29,77
— > X = 66,81
x = 59,47
Sx = 44,75
Est.(a) = 0,025
Est.(u) = 38,03
X =
Y
0,025
para y = 0
para y = 1
+ 38,03
— > X = 38,03
— > X = 78,03
x =72,04
Sx = 55,47
Est.(a) = 0,02
Est.(u) = 45,24
X =
Y
0,02
para y = 0
para y = 1
K = 10
+ 45,24
— > X = 45,24
— > X = 95,24
x = 84,61
Sx = 63,77
Est.(a) = 0,02
Est.(u) = 57,81
X =
ï __ • 57,81
0,02
para y = O — >
X = 57,81
para y = 1 --> X =107,81
LEI DE GUMBEL F(x)=Exp (-e'V)
991
14
1
101
500
11Ir
450
400) .
1* %i\iVS
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MES: JANEIRO
T-PERiODO DE RETORNO fANOS)
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50
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ANEXO 3c)
EQUAC&O E RECTA DE 6UHBEL
MAPUTO
n =
Sn =
Yn =
K = 1
- DEZEHBRO
29 anos
1,112
0,536
x = 35,46
Sx = 24,78
Est.(a) = 0,04
Est.(u) = 22,05
X = __ ï___ • 22,05
5,04
para y = O
para y = 1
K = 2
— > X = 22,05
— > X = 47,05
x = 40,15
Sx = 27,29
Est.(a) = 0,04
Est.(u) = 27,02
X = __ Y
0,04
para y = O
para y = 1
K = 5
+ 27,02
— > X = 27,02
— > X = 52,02
x = 48,90
Sx = 31,74
Est.(a) = 0,04
Est.(u) = 33,60
X = ___ï_
0,04
para y = O
para y = 1
K = 10
+ 33,60
— > X. = 33,60
--> X = 58,60
x = 64,37
Sx = 48,45
Est.(a) = 0,02
Est.(u) = 41,02
X = __._!
0,02
para y = O
para y = 1
+ 41,02
— > X = 41,02
--> x = 91,02
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n n n i\
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EQUACAO E RECTA DE GUMBEL
HAPUTO
n =
Sn =
Yn =
- NOVEHBRO
29 anos
1,112
0,536
x = 24,68
Sx = 14,64
Est.(a) = 0,08
Est.(u) = 17,98
X = ___ï__
+ 17,98
Ö.Ö8
para y = O
para y = 1
—>
—>
X = 17,98
X = 30,48
x = 31,23
Sx = 19,42
Est.(a) = 0,06
Est,(u) = 22,30
X = ___ï __ + 22,30
0,06
para y = O — > X = 22,30
para y = 1 --> X = 38,97
x = 39,16
Sx = 24,77
Est.(a) = 0,04
Est.(u) = 25,76
X = ___ï _
0,04
para y = O
para y = 1
+ 25,76
—>
—>
X = 25,76
X = 50,76
x = 50,04
Sx = 35,97
Est.(a) = 0,03
Est.(u) = 32,20
X = _ _Y .
0,03
para y = O
para y = 1
+ 32,20
—>
—>
X = 32,20
X = 65,30
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019-
1'
Anexo 4*.)
CURVAS DE OURACAO
TRJ
mos 40 cm
U = 7,5 V.
moxlis 30mm
TR
2 - •
TR3 - •
0 D s
Kdias
20mm/dia( para as valas de campo)
DDs40mm/dia ( para as valas principais )
PED/86036
Anexo 4b)
CURVAS DE DURACAO
Maputo- Janeiro
PR mm
200-1
TRIO
mos40 cm
Ü = 7,5 V.
moxA=30mm
K dias
TR2: DOcl6mm/dia (Valas de campo)
TR3: OOs 39mm/dia( Valas principais )
PED / 86035
Anexo .4c)
CURVAS DE OURACAO
Maputo-Oezembro
PR(mm)
200
mo=40cm
U»7,5V.
moxlls30mm
TR2: D.D» 3,5 mm/dia { Valas de campo)
TR 3 : DD«l3mm/dia ( Valas principais )
PED/88034
Anexo
4dj
CURVAS DE DURACAO
Maputo-Novembro
PRlmm)
200 H
TR 10
mo:40cm
ܻ7,5V.
K dias
TR2:D,D = 2 mm /dia
TR 3 : D.Oe 5mm/dia
pen / oen»»
ANEXO 5a)
CALCULOS
DAS
DISTftNCIAS
ENTRE
AS
VALAS
DE
CANPO
Localizac3o:a 250 o do poste de alta tensSo do B.Ferroviario (S.I)
KI = 1,7
m/dia
K2 = 0,003 o/dia
8_*_K2_*.rao = 272
q
2
4_*_KI_*_!io = 54
q
L = 10 m
L o c a l i z a c 2 o : 4 0 0 a do p o s t e de a l t a tensüo
KI = 0,23
K2 = 0,53
(S.I)
ra/dia
a/dia
8.*_K2_*_ffl0 = 85
q
2
4_*.Kl_*_no = 7
q
L = 10 dl
Localizac3o:a 500 a do poste de alta tensSao (S.I)
KI = 0,75
K2 = 1,5
m/dia
a/dia
8_*_K2_*_§g = 240
q
2
4_*_n_*_ffj9 = 24
q
L = 22 a
LocalizacÜoia 300 o da linha ferrea (S.III)
K = 1 a/dia
8_!_k_*_ffjQ = 160
q
2
4_*_k_*_ao = 32
q
L = 17 a
Localizca"o:a 500 a da linha ferrea (S. III)
KI = 0,38 n/dia
K2 = 0,53 a/dia
8_!_k2_*.ao = 85
q
2
4_*_Kl_*_ao = 12
q
L = 10 B
ANEXO Sb)
Localizaca"o:a 600 B da linha ferrea (S.III)
KI = 0,95 a/dia
K2 = 0,47 t/dia
8_?_k2_*_fflo = 75
q
2
4_*_Kl_*_fflO = 30
L = 11 ffl
q
Localizac3o:a 800 o da linha ferrea (S.III)
K = 0,8 o/dia
8_*_k2_*_roo = 128
q
2
4_*_K_*_iQ = 26
L = 14 ffl
q
Localizac2o:a 450 o da linha ferrea (S.IV)
K - 2,9 m/dia
8_*_K2_*_mo = 464
q
2
4_*_K1_*_|0 = 93
L = 38 ffl
q
Localiza«3o:a 800 a da linha ferrea (S.IV)
KI = 0,3 m/dia
K2 = 0,6 n/dia
8_*_K2_*_BO
=
96
q
2
4_*_K1_*_§9 = 10
L = 11 B
q
Localizaccio.-a 1100 B da linha ferrea (S.IV)
K = 0,9 B/dia
8_*_K2_*_§g = 144
q
2
4_*_K2_*_BO = 29
L = 16 ffl
q
Localizaca*o:a 1600 B da linha ferrea (S.IV)
KI = 0,5 «/dia
K2 = 0,09 a/dia
ANEXO Sc)
8_*_K2_*_§0 = 9
q
2
4_*_n_*_SQ = 10
L = 5 n
q
Localizac2o:a 300 • da linha ferrea (S.V)
K = 1,5 o/dia
8_*_K2_*_§o = 240
q
2
L = 23
4_*_K1_!_§9 = 48
q
Localizac3o:a 650 n da linha ferrea (S.V)
KI - 0,6 o/dia
K2 = 0,3 m/dia
8_*_K2_*_5Q = 48
q
2
4_*_Kl_*_ao = 19
L = 8 t
q
LocalizacSora 800 • da linha ferrea (S.V)
K = 0,3 m/dia
8.*_K2_*_mg = 48
q
2
4_*_Kl_*_mo = 10
q
L = 7 •
LocalizacSo:a 1200 n da linha ferrea (S.V)
K = 1,24 ra/dia
8_*_K2_*_io = 198
q
2
4_*_Kl_*_mo = 40
q
L = 20
LocalizacSora 250 B da linha ferrea (S.VI)*
KI = 1
o/dia
K2 = 0,4 a/dia
8_*.K2_*_§o = 64
q
2
4_*_KI_*_«o = 32
q
L = 10 a
ANEXO 5d)
Localiza«2o:a 550 • da linha ferrea (S.VI)*
KI = 1,0 a/dia
K2 = 0,8 a/dia
8_*_K2_*_|o = 128
q
2
4_*-Kl_*_Ë9 = 32
q
L = 15 a
Localizac§o:a 650 a da linha ferrea (S.VI)*
KI - 0,5 a/dia
K2 = 2
a/dia
8_*_K2_*_§g = 320
q
2
4_*_n_*_Ë9 = 16
q
L = 25 a
Localizac3o:a 950 a da linha ferrea (S.VI)*
KI = 0,6 a/dia
K2 = 0,3 a/dia
8_*_K2_*_§9 = 48
q
2
4.*.Kl_*_ao = 19
q
*
- valores da
texturas.
L = 8a
peraeabilidade
(K)
extrapolados
a
partir
das
ANEXO 6
VALOR DA FLUTUA£A"0 DO LENgOL FREATICO ( B O )
PARA A EPOCA SECA
Pela foraula de Hooghoudt ê possivel deteroinar o valor da flutuacSo
do leneol freatico:
ao = - KI * d_ K2
2
2
2
16_*_i4_*_K2_*_d - KI *_L_*_g)
8KÏ
Adaitindo usa descarga projectada (q) de 1 ma/dia:
Locallzacao
perseabilidade i
(K) a/dia
!
L
!
d
i
ao
!
!
ca
!
10
0,4
!
1,9 !
10
1,14 i
2,0 !
KI = 0,75
K2 = 1,5
22
2,0
!
2,0 !
KI = 0,38
K2 = 0,53
10
1,14 !
2,0 !
KI = 0,95
K2 = 0,47
11
1,14 !
2,9 !
i III - 8b
K
= 0,8
14
1,53 !
2,0 !
!
IV - ld
K
= 2,9
38
3,2
!
2,0 !
!
IV - 4
KI = 0,3
K2 = 0,6
11
1,14 i
2,2 i
16
1,53 !
2,3 !
5
0,71 !
7,2 !
!
!
I - 4
K
I - 6b
KI = 0.23
K2 = 0,53
I - 7b
! III - 3
! III - 6
= 1,7
!
IV - 6
K
!
IV - 10
KI = 0,5
K2 = 0,09
!
,
= 0,9
!
V - 2b
!
K
=1,5
!
V - 5
!
!
KI = 0,6
K2 = 0,3
' 23
! 2,0
!
2,2 !
!
! 0,93 !
3,0 !
8
(continuacSo)
Localizacao
Perneabilidade
(K) n/dia
,L
B
d
7
0,93
2,3
•0
ca
!
V - 46
K
= 0,3
!
V - 2
K
= 1,24
20
1,89
1,2
KI = 1,0
K2 =. 0,4
10
1,14
2,8
KI = 1,0
K2 = 0,8
15
1,53
2,3
KI = 0,5
K2 = 2,0
25
2.24
1,7
KI = 0,6
K2 = 0,3
8
0,93
3,0
!
VI v, la -
! ' VI - 4
!
i
VI - 5
VI - 8
'
Aneaco 7a-)
VALA PRINCIPAL A
„. _
z.3 m
Perfil do Fundo dos Canais
tfm-
>00m
111111111
I220m
1.040
ejo«i_
Ss0,4V.
280m
0.596
0.708
S=0,4V..
\v
s=o/v..
SECCA0 DA VALA PRINCIPAL A
Area a drenar 610ha
Q = 2,8m3/seg
S=0,4%o ,talude = 1:1,5
Om
° ' s.o.4*/..
I
l.78m
I
.0,280
— — —
H
—*. Marracuene
V=0.45m/s»g
X—Wm—X
PEO/86040
Ariexo Tb)
GRAFICO DE ONDA DE MARE E ALTURA DE COMPORTA PARA A VALA PRINCIPAL A
TERRA
Cota
(m)
3- m
mares
(en)
5- m
2-
4 -
1-
3 -
0• 0,30 • •
Area a drenar 610 ha
MAR
8/3/85
2
«.7
I -
-r 18
T 24
-f12
"T24
Horas
ppn/BRnia
Anexo 8a)
I80m
VALA PRINCIPAL B
Perfil do Fundo dos Canais
s =»•/..
2,846
I
870m
S = 0,8V..
2,126
SECCAO OA VALA PRINCIPAL £
570m
0.947
Area a drenar=327ha
Q=1,5m3/seg
SB 0.5*/..
Km = 25; S= 0,44%». talude= 1:1,5
v>
ii
.o .<
'S ."«
6
o
3e
•* ifl
(D
o:
>
t =1,10m b=2.00m
ï
8.0m
2m
V«0,J8m/stg
X— 2.0m — /
Comprimento da valar450m
PED /86039
Aïteso St>)
VALA PRINCIPAL C
t*
Perfil do Fundo dos Canais
ra
<>
/
7l0m
1,602
0,963
S=0.9V..
SECCAO DAVALA PRINCIPAL £
S = 0,6<Y..
•1
<
li
7.
o
**
o
3
Area a drenar = 190ha
UI
Q = 0,88m 3 /seg
Km=25. S=0A%o , talude = 1:1,5
Inicio de
duna
0,783
m
Duna
t=1,10m
I
o
Ü
2,0m
/?
H*^X
Vs0,33m/seg
Comprimento davala:450m
PED/86041
Aneao 8 c l
6RAFIC0 DE ONDA DE MARE E ALTURA DE COMPORTA PARA AS VALAS PRINCIPAIS B e C
TERRA MAR
Cota
(m)
mares
(m)
3 - m 5-
2 -
Area a drenar - 517ha
m
4-
-'s
1 -
3 -
0 •
2 -
18/1/85
1 8/3/85
s_/
0
•
-1—
18
~T"
24
-r
12
24
Horas
PEO/86012
r
JSRig • SRARY
IVLZ-
MAPA DA BAIXA'COSTEIRA DA CIDADE DE MAPUTO
-INFRAESTRUTURA EXISTENTE-
Des'-Rafacl
-
-4
Julio
Paul'mo
PED/85186
H3?3 b
i
•>. M
2
'
^
-•^.ev
n i
/-^ft£- G
^
Wagentngen, Tht. Nederlands
Estrada pnncipal
Estrada secunda'na
Linha fe'rrea
Limite
da cidade de Maputo.^
Limite m f e n o r
da a'rea de ,;|renagiem.
Curva de ni'vel
Duna c o s t e i r a
Casa A g r d n a das Mahotas
Linha da costa
Braco do mar
„
Mangal
Salinas
Tubo de drenagem enterrado'ajio sol^D.
Vala de drenagem em betao.^,.
Drenos
de campo
Drenos secunda'nos
Drenos pnncipais
Parte baixa da encosta.
SlSTEMA DC DRENAGEM OE UMA. PARTE DA BAIXA
COSTEIRA - D I S T R I T 0 OE MAPUTO, PR0V. DE MAPUTO
Ponte com comporta automa'txo; por baixo
da estrada.
Escala 1-.10.000
Autor
Fernanda Go mes
I N IA - De partamento de Terra e
M o p a s'deri v a do do
o r t o f o toplano de 1977 na
escala
i 10 000
Maputo,
Des: Rafael Julia Paulino
Agua
Abnl de 1986
PED/ 86049
f
n
Download

1 - Wageningen UR Library