ACSS
Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.
Manual de Auditoria Interna – Parte II
Hospitais
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Manual de Auditoria Interna
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Parte II
Data efectiva: 19/1/2007
N.º Identificador: 03.02
I. Histórico do documento
Data
1/02/2007
Versão
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Descrição
MAI aprovado – Versão 1
Autor
ACSS
Aprovação
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II. Objectivos
Objectivos do manual
O propósito deste documento é disponibilizar à Função Auditoria Interna dos Hospitais
(e/ou outras Unidades de Saúde com as devidas adaptações) um guia sobre:
•
Os princípios da Função Auditoria Interna;
•
O seu posicionamento no seio da Organização;
•
A gestão da Função Auditoria Interna; e
•
A gestão das acções (projectos) de Auditoria Interna.
Estrutura do manual
Este manual divide-se em três volumes:
Parte I – Princípios, conceitos e standards de desempenho da Função Auditoria
Interna
Parte II – Metodologias e técnicas de trabalho de auditoria e exemplos de documentos
Parte III – Questionários de controlo interno e programas de trabalho standard
Responsabilidades de manutenção e aprovação do manual
Compete ao responsável pelo Departamento de Auditoria da ACSS proceder à sua
manutenção e actualização, e obter a respectiva aprovação do Conselho Directivo da
ACSS.
É da responsabilidade do Conselho de Administração do Hospital, sob proposta da
ACSS, proceder à sua aprovação e implementação.
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III. Índice
1.
2.
Documentação do trabalho de auditoria - Fase de Planeamento........................... 6
1.1.
Exemplos de Plano de Anual de Auditoria..................................................... 6
1.2.
Avaliação de Risco e Auditoria ...................................................................... 8
1.2.1.
No âmbito de auditoria de conformidade (controlo interno).................... 8
1.2.2.
Template de uma matriz de risco e controlos....................................... 11
1.2.3.
No âmbito de auditoria a demonstrações/dados financeiros ................ 12
Documentação do trabalho de auditoria – Fase de Execução ............................. 16
2.1.
Índice standard de papeis de trabalho......................................................... 16
2.2.
Exemplo de preenchimento de um papel de trabalho .................................. 17
2.3.
Formas de documentação de um sistema de controlo interno..................... 19
2.3.1.
Questionários padronizados ................................................................ 19
2.3.2.
Narrativas ............................................................................................ 20
2.3.3.
Fluxogramas........................................................................................ 21
2.3.4.
Simbologia de fluxogramas.................................................................. 22
2.3.5.
Exemplo de flowchart horizontal .......................................................... 24
2.3.6.
Exemplo de flowchart vertical .............................................................. 26
2.4.
3.
Amostragem................................................................................................ 27
2.4.1.
Meios de Selecção de Elementos para Teste ...................................... 27
2.4.2.
Amostragem em Auditoria ................................................................... 29
2.4.3.
Características e Concepção da Amostra e Risco de Amostragem ..... 30
2.4.4.
Amostragem estatística vs Amostragem não estatística ...................... 31
2.4.5.
Dimensão da Amostra ......................................................................... 33
2.4.6.
Métodos de Selecção da Amostra ....................................................... 35
Documentação do trabalho de auditoria – Fase de Reporte ................................ 40
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3.1.
Modelo de relatório de auditoria .................................................................. 40
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1.
Documentação do trabalho de auditoria - Fase de
Planeamento
1.1.
Exemplos de Plano de Anual de Auditoria
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1.2.
1.2.1.
Avaliação de Risco e Auditoria
No âmbito de auditoria de conformidade (controlo interno)
A implementação e definição de processos de gestão de risco é da responsabilidade
do Conselho de Administração. Tais processos deverão ser mantidos de forma
adequada e eficiente ao longo do tempo.
Os processos de gestão de risco deverão considerar os seguintes conceitos:
Definição de objectivos
Deverão ser definidos objectivos que suportem e estejam alinhados com a missão da
entidade e a sua sensibilidade ao risco ao nível estratégico, estabelecendo uma base
de suporte para a definição dos objectivos específicos de operações, reporte e
conformidade.
Os objectivos estratégicos e os objectivos de controlo (operações, reporte e
conformidade) a atingir em cada processo (Produção e gestão utentes, facturação e
contas a receber, etc), classificam-se da seguinte forma:
o
Objectivos estratégicos – de alto nível, alinhados com e de suporte à
missão da entidade e que reflectem as opções dos responsáveis dos
processos sobre as formas como a organização deverá agir para
acrescentar valor aos stakeholders.
o
Objectivos de operações – relacionados com a eficácia e eficiência
das operações da entidade incluindo o desempenho, realização de
resultados positivos e salvaguarda dos recursos e que variam conforme
a escolha dos responsáveis dos processos em relação à estrutura e
desempenho.
o
Objectivos de reporte – preparação de reporte fiável tanto externo
como interno quer de informação financeira quer não financeira.
o
Objectivos de conformidade – aderência à legislação e regulamentos
aos quais uma entidade está sujeita e dependentes de factores
externos, como por exemplo regulamentação ambiental.
Identificação de eventos
Deverão ser identificados os eventos externos e internos que, caso ocorram, poderão
comprometer a realização dos objectivos da entidade. Os eventos podem ser
classificados como oportunidades (com impacte positivo) ou riscos (com impacte
negativo).
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Avaliação do risco
Deverão ser avaliados os riscos, associados a objectivos, em termos de probabilidade
de ocorrência e impacte, de forma a determinar como deverão ser geridos. Os riscos
deverão ser avaliados quanto a risco inerente e risco residual.
•
Probabilidade de ocorrência – representa a possibilidade de um dado evento
se verificar.
•
Impacte – representa o efeito do evento ocorrer o qual deverá ser medido
utilizando a mesma unidade definida para o objectivo respectivo.
•
Risco Inerente – risco existente sem ter em conta as acções que podem ser
efectuadas para diminuir a probabilidade de ocorrência ou o impacte.
•
Risco residual – risco remanescente após a definição de respostas ao risco.
Resposta ao risco
Deverão ser seleccionadas as respostas ao risco, (eliminação, aceitação, redução ou
partilha) e desenvolvido um conjunto de acções de forma a alinhar os riscos com a
sensibilidade ao risco da entidade.
Actividades de controlo
Deverão ser estabelecidas e executadas políticas e procedimentos de controlo de
forma a assegurar que as respostas ao risco são efectuadas de forma efectiva.
Informação e comunicação
Em redor destas actividades existem sistemas de informação e comunicação ou
divulgação. Estes permitem que as pessoas da entidade capturem e permutem a
informação necessária para conduzir, gerir e controlar as operações.
Monitorização
O processo de gestão de risco, na sua globalidade, deverá ser controlado devendo ser
efectuadas modificações sempre que necessário. Desta forma, o sistema pode reagir
de forma dinâmica, modificando-se sempre que as condições o requeiram. A
monitorização é efectuada por actividades contínuas e/ou avaliações periódicas.
Deverão ser implementadas actividades de monitorização de forma a periodicamente
avaliar o risco, verificar a eficácia dos controlos para os gerir e elaborados relatórios
periódicos de acompanhamento e avaliação dos resultados para o Conselho de
Administração.
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O processo de gestão de risco inclui, entre outras, as seguintes actividades:
•
Análise de políticas empresariais e de minutas das actas do conselho de
administração de forma a identificar quais as estratégias empresariais, a
filosofia de gestão de risco e sua metodologia, a apetência para o risco e a
aceitação do mesmo;
•
Entrevistas com a administração, directores de primeira linha e operacionais,
de forma a identificar os objectivos sectoriais, riscos relacionados e as
actividades de minimização do risco e monitorização de controlo pela gestão;
•
Definição de prioridades quanto aos métodos e as técnicas para testar e validar
as exposições, em Função do impacte e da probabilidade de ocorrência dos
riscos;
•
Análise de relatórios previamente emitidos sobre avaliação de risco;
•
Avaliação e adequação dos canais de informação para as actividades de
monitorização de risco;
•
Análise das acções tomadas para solucionar as questões levantadas pelos
processos de gestão de risco, e recomendação de melhorias;
A Auditoria Interna deverá:
•
Auxiliar o Conselho de Administração no exame, avaliação, informação e
recomendação de melhorias sobre a adequação e eficácia dos processos de
gestão de risco, nomeadamente, na identificação e avaliação de eventos e
apoio na definição de metodologias de implementação de gestão de risco e
controlo.
•
Executar acções de auditoria, no sentido de validar os controlos
implementados na mitigação dos riscos/eventos identificados e geridos no
processo de gestão de riscos.
A avaliação dos riscos e exposições que possam afectar os processos a serem
auditados deverão influenciar a estratégia de auditoria.
O auditor interno deverá estabelecer programas de trabalho para verificar se as
actividades de controlo instituídas são adequadas para gerir ou minimizar o efeito dos
riscos.
O RAI deverá comunicar ao Conselho de Administração, os resultados da avaliação do
processo de gestão do risco efectuada, de forma a transmitir o grau de exposição
existente e eventual impacte na consecução dos objectivos da Organização.
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1.2.2.
Objectivo
(1)
Tipo
(2)
Template de uma matriz de risco e controlos
Indicadores
de medida
(3)
Tolerância
(4)
Evento
(Risco)
(5)
Risco Inerente
Prob.
Imp.
(6)
(7)
Resposta
ao risco
(8)
Risco Residual
Actividades de controlo
Custo
(9)
Prob.
Imp.
Actividade
Tipo
M/A
(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
(1) Descrição do objectivo de controlo
(2) Tipo de objectivo de controlo: Estratégico (E); Operacional (O); Reporte (R); Conformidade (C)
(3) Indicadores para medição da materialização do risco
(4) Níveis de tolerância mínimos para tomada de acções
(5) Descrição do risco potencial
(6) Probabilidade de risco inerente (antes implementação de controlos): Alto (A); Médio(M); Baixo (B)
(7) Impacte de risco inerente (antes implementação de controlos): Alto (A); Médio(M); Baixo (B)
(8) Custo de implementação do controlo
(9) Resposta ao risco: Reduzir; Partilhar; Aceitar e monitorizar
(10) Probabilidade de risco residual (após a implementação de controlos): Alto (A); Médio(M); Baixo (B)
(11) Impacte de risco residual (após a implementação de controlos): Alto (A); Médio(M); Baixo (B)
(12) Descrição da actividade de controlo
(13) Tipo de controlo: Preventivo (P) ou Detectivo (D)
(14) Controlo Manual (M) ou Automático (A)
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1.2.3.
No âmbito de auditoria a demonstrações/dados financeiros
Após a recolha de elementos que permita obter/actualizar uma razoável compreensão
da actividade da entidade e dos seus sistemas de controlo interno e contabilístico, o
auditor estará então em condições de desenvolver a estratégia de auditoria, bem como
proceder à sua execução, de acordo com a metodologia que se segue:
Apreensão do Risco Inerente
Corresponde à identificação da susceptibilidade de um saldo de conta ou uma classe
de transacções, a uma distorção que possa ser materialmente relevante,
individualmente ou quando agregada com distorções em outros saldos ou classes,
assumindo que não existiam os respectivos controlos internos.
Nesta fase é necessário identificar o risco inerente e distribuí-lo pelas áreas relevantes
das demonstrações financeiras, após a determinação das mesmas, conforme se indica
mais à frente (ver II.2.1.3.4) e pelas principais asserções.
No caso de auditorias recorrentes a uma mesma entidade, em cada ano, é necessário
reavaliar o risco inerente em relação a cada unidade de auditoria. Esta avaliação pode
ser efectuada com base num Questionário de Avaliação do Risco Inerente, que inclui
um conjunto de perguntas críticas desenhadas para identificar a existência de factores
conducentes a um incremento de risco, cujo modelo apresentamos de seguida:
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO RISCO INERENTE (GLOBAL)
Sim
Não
0
5
0
5
0
5
5
0
5
0
5
0
0
5
0
?
1. ASPECTOS DE GESTÃO
1.1 É a entidade gerida efectiva e eficientemente?
1.2 São corrigidos os pontos fracos do controle
interno?
1.3 Estão os serviços de contabilidade
adequadamente dotados de pessoal?
1.4 Há frequentes alterações nas actividades da
entidade?
1.5 Verificam-se com frequência mudanças da
administração?
1.6 Existem pessoas de tal modo dominantes que
ultrapassem os controles em vigor?
1.7 Existe uma estrutura hierárquica e uma correcta
subdivisão de funções definida para a instituição?
1.8 Outros assuntos relacionados com a gestão
(discriminar)
2. ASPECTOS DO NEGÓCIO
Pontuação
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2.1 Está a entidade inserida num sector em
crescimento?
2.2 Está a entidade inserida num sector onde existe
um forte peso ao nível das decisões políticas
tomadas?
2.3 Está o funcionamento da entidade dependente
do montante de verba orçamental atríbuida pelo
Estado ao sector?
2.4 Está a entidade dependente de um pequeno
número de fornecedores?
0
5
5
0
5
0
5
0
2.5 Está a entidade dependente de um reduzido
número de clientes/utentes?
5
0
2.6. Existe legislação específica que regulamente o
funcionamento da entidade nos seus vários níveis?
0
5
2.7 Outros assuntos relacionados com a actividade
da entidade (discriminar)
0
?
0
5
5
0
0
5
5
0
5
0
3.6 Existem activos ou passivos significativos cuja
valorização esteja baseada somente em critérios
definidos pela Administração?
5
0
3.7. Outros aspectos relacionados com assuntos
financeiros e contabilísticos (discriminar)?
0
?
3. ASPECTOS FINANCEIROS E
CONTABILÍSTICOS
3.1 É o capital circulante (Disponibilidades +
Créditos + Existências menos Débitos a c.p.)
adequado?
3.2 Existem razões que possam por em causa a
viabilidade da entidade?
3.3 Tem-se mantido estável o nível dos proveitos
da entidade?
3.4 Verifica-se alguma circunstância extraordinária
que obrigue a entidade a apresentar um montante
mínimo de resultados (remunerações de
direcção/administração, publicação de contas
previsionais, pressões políticas, etc.)?
3.5 Existem pressões para que as Demonstrações
Financeiras sejam rápida e ligeiramente
preparadas? (existem prazos de entrega de
documentação junto do IGIF e Direcção Geral do
Orçamento)
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4. ASPECTOS RELACIONADOS COM A
AUDITORIA
4.1 O relacionamento profissional do auditor com a
entidade objecto de auditoria tem sido marcado
pela franqueza e cordialidade?
0
5
4.2 No caso da entidade estar sujeita a supervisão
de outra entidade, ou de ser uma subsidiária ou
associada existem circunstâncias ou pressões
sofridas que possam afectar a auditoria dessa
entidade ou de qualquer outra entidade
relacionada?
5
0
5
0
5
0
5
0
0
10
0
10
5. TRANSACCOES NÃO USUAIS
5.1 Existem transacções pouco vulgares
relacionadas com o fecho das contas de
associadas, participadas ou entidades sob
supervisão directa ou que exercem essa
supervisão?
5.2 Temos conhecimento de que existam
transacções significativas com associadas,
participadas ou outras entidades de supervisão ou
sobre as quais é exercida supervisão?
5.3 Existem outros tipos de transacções que
possam ser consideradas invulgares?
6. CONTABILIDADE
6.1 São os registos contabilísticos de uma maneira
geral adequados e têm suporte documental
referente às transacções, aos activos e passivos da
entidade?
6.2 A informação que é extraída dos diversas
ferramentas informáticas utilizadas (GEMA, RHV,
entre outros) é devidamente integrada no programa
informático de contabilidade (SDIC) e é feito com
regularidade o cruzamento dessa informação.
Sensibilidade ao Risco:
Baixa
0 – 38 pontos
Média
39 – 57 pontos
Alta
+ de 57 pontos
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Instruções de preenchimento: A pontuação relativa a cada questão deve variar entre
os limites indicados à frente de cada questão.
Exemplo: Relativamente à questão:“1.1 É a entidade gerida efectiva e
eficientemente?” Considerando que a mesma é muito bem gerida a pontuação a
atribuir deverá ser 0 ou 1, se a qualidade da gestão é boa a pontuação a atribuir deve
variar entre 1 e 2, entre 3 e 4, para média e entre 4 e 5 para má.
É possível adicionar ou suprimir questões, mas nesse caso é necessário rever as
pontuações que servem de guia para a determinação da sensibilidade ao risco e que
estão referidas no final do questionário.
As respostas às questões devem, sempre que possível, ser suportadas em papéis de
trabalho. De referir que é conveniente que tanto o questionário como os papéis de
trabalho auxiliar devem conter a referenciação cruzada da respectiva indexação.
É improvável que o risco inerente tenha igual impacte potencial sobre cada uma das
áreas das demonstrações financeiras e sobre todas as asserções de uma mesma
área. Uma vez identificadas as componentes do risco inerente, consideramos:
• quais as áreas, por exemplo, que podem ser afectadas por esse risco; e
• quais as principais asserções, (por uma questão de simplificação do processo é
normal restringir as análises a asserções principais: integralidade (também designada
por plenitude), existência/ocorrência, mensuração e valorização) para cada área ou
conjunto de transacções podem ser afectadas por cada uma das componentes do
risco identificadas.
Todos estes factores são tomados em consideração para chegar a uma avaliação do
risco inerente que poderemos definir como Alto, Médio ou Baixo para cada asserção.
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2.
Documentação do trabalho de auditoria – Fase de
Execução
2.1.
Índice standard de papeis de trabalho
Dossier permanente (índice):
I. Caracterização da Organização e da actividade;
II. Informação financeira e de gestão;
III. Informação contabilística e outros elementos de auditoria;
IV. Compreensão do sistema de controlo interno;
V. Informação estatutária;
VI. Relatórios e outra documentação de auditoria;
VII. Documentos de prestação de contas;
VIII. Obrigações legais, fiscais e parafiscais;
Dossier corrente (índice)
A. Produção e Gestão de Utentes
B. Facturação e Contas a Receber
C. Recursos Humanos
D. Compras e Contas a Pagar
E. Existências
F. Imobilizado
G. Tesouraria (Pagamentos / Recebimentos)
H. Contabilidade e Reporte
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2.2.
Exemplo de preenchimento de um papel de trabalho
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2.3.
2.3.1.
Formas de documentação de um sistema de controlo interno
Questionários padronizados
O questionário padronizado, também conhecido por “check-list” representa um
agregado mais ou menos extenso de medidas de controlo interno e de procedimentos
contabilísticos que se deseja estejam em efectividade numa entidade minimamente
organizada.
Os questionários padronizados são elaborados atendendo aos grandes ramos de
actividade, como é por exemplo o sector da Saúde. As áreas cobertas serão todas as
existentes na entidade, tendo-se maior preocupação para as áreas relacionadas com a
actividade operacional.
Cada procedimento tem duas hipóteses de resposta: Sim e Não. Conforme o caso,
assinalar-se-á na coluna respectiva, um sinal convencional (por exemplo 9) e um
outro (por exemplo ¢), quando existir referência a quaisquer aspectos particulares que
devem ser descritos no final de cada questionário, ou em folhas anexas, onde também
se deverão incluir exemplares dos principais documentos utilizados na entidade, na
respectiva área, a fim de serem arquivados no dossier permanente.
Normalmente as questões são estruturadas de forma a que quando a resposta é Não,
esta configura um potencial ponto fraco no sistema contabilístico e de controlo interno,
que deve ser clarificado e explicado no final do próprio questionário ou em folha
anexa.
Os questionários padronizados são muito importantes pelas ideias de organização que
transmitem, sendo a forma mais fácil e rápida de proceder ao levantamento do
Sistema de Controlo Interno. Contudo, são muito limitados por poderem ignorar
aspectos muito relevantes e específicos da organização em análise. Devem entenderse como guias orientadores e nunca como formulários únicos.
Na parte III do Manual de Auditoria Interna apresentam-se alguns questionários
padronizados/adoptados para o sector da Saúde.
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2.3.2.
Narrativas
Uma narrativa consta de uma descrição relativamente detalhada das medidas de
controlo interno e dos procedimentos contabilísticos existentes em cada uma das
diversas áreas operacionais da entidade.
Esta forma de registo tem nítidos benefícios em relação à anterior, embora também
apresente alguns inconvenientes como sejam a inclinação para a excessiva
pormenorização e consequentemente perda de uma visão rápida e global do conjunto
da área descrita e dos seus aspectos mais significativos.
Tal como nos questionários padronizados deverão ser incluídos exemplares dos
documentos mais importantes.
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2.3.3.
Fluxogramas
Um fluxograma é uma forma de representação gráfica que se auxilia de vários
símbolos para apresentar as diversas medidas de controlo interno e procedimentos
contabilísticos existentes em cada uma das diferentes áreas operacionais da
Organização.
Normalmente, a utilização dos fluxogramas é feita para os trabalhos de análise
desenvolvidos pelos técnicos de organização e de informática, sendo elaborados de
uma forma bastante detalhada. Contudo, o auditor apenas necessita de obter
informação sintética que lhe dê a conhecer, de uma forma global, como está
implementado o sistema.
Existem dois tipos de fluxogramas:
•
Horizontais – evidenciam a sucessão dos procedimentos de forma horizontal,
os quais atravessam duas ou mais secções envolvidas;
•
Verticais – apresentam a sucessão dos procedimentos de forma vertical,
normalmente de forma descendente, salientando-se os documentos em
detrimento das secções em que o mesmo são originados ou por onde vão
circulando.
Ambas as tipologias têm vantagens e inconvenientes, sendo de referir que para o
auditor o fluxograma horizontal é o suficiente, pois apresenta com mais clareza e num
espaço mais reduzido os procedimentos seguidos em cada uma das áreas
operacionais, ou seja, possibilita uma visão e avaliação globais.
Os fluxogramas apresentam a desvantagem de não serem fáceis de preparar,
exigindo o conhecimento de técnicas específicas e obriga à utilização das técnicas
anteriormente abordadas (questionários padronizados e narrativas). Contudo, os
fluxogramas representam de forma clara, simples e concisa qualquer esquema por
mais complexo que seja.
A simbologia usada na preparação de fluxogramas não é universal, no entanto,
apresentam-se, de seguida, um exemplo de fluxograma e respectiva simbologia que
poderá ser adoptada na realização de fluxogramas. O exemplo inclui um fluxograma
genérico e um outro mais detalhado sobre um circuito de compras de uma entidade
fictícia.
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2.3.4.
Simbologia de fluxogramas
Serviço
Procedimento
Cod. Proced.
Processamento/Operação/Actividade: este símbolo é
utilizado sempre que existe uma actividade que produz
alteração ao estado inicial dos inputs. (Fluxograma Vertical)
O canto inferior direito, indica actividade com execução de
controlo.
Processamento/Operação/Actividade: este símbolo é
utilizado sempre que existe uma actividade que produz
alteração ao estado inicial dos inputs. (Fluxograma
Horizontal)
Documento: este símbolo é utilizado para representar um
documento em suporte papel.
Multi_Documentos: este símbolo é utilizado para
representar dois ou mais documento em suporte papel.
Armazenagem: este símbolo aplica-se a pontos do processo
onde existe uma armazenagem de controlo, ou seja, é
necessário um documento com uma autorização para
executar uma operação de movimentação dos itens
armazenados.
Arquivo de documentos- este símbolo representa um
arquivo de documentos em suporte manual/físico.
Decisão: este símbolo é utilizado para representar a
actividade de decisão, este símbolo é complementado com
descritivo onde deverá existir um caracter de interrogação.
Limites: este símbolo representa o inicio ou o fim de um
processo. Sendo o descritivo a indicar no símbolo os termos
“INICIO” ou “FIM”
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N.º Identificador: 03.02
Conexão: este símbolo é normalmente usado para
representar uma ligação entre subprocessos/actividades
intervenientes no mesmo processo.
É normalmente adicionado um caracter (número), indicando
a saída (output) e a entrada (input) de outro
processo/actividade.
Base de Dados: este símbolo representará um conjunto de
ficheiros, geridos por um SGBD;
Ficheiro informático: este símbolo representa, um ficheiro
electrónico ou conjunto de registo/campos de informação.
Material: este símbolo representa os artigos/materiais
físicos.
Material
Consulta sistema: este símbolo representa introdução de
dados (input) ou consulta de dados via ecrã.
Sentido de Fluxo de
Informação/Movimentação/Transporte: este símbolo
representa uma operação de transporte entre dois pontos do
processo, indicando o sentido de fluxo de informação, seja
de um produto para stock, seja de um documento para outra
área.
Transmissão: este símbolo representa uma transmissão
imediata de informação sem suporte físico.
21
71
Contabilização: este símbolo representa a contabilização da
operação, indicação da conta a débito (à direita) e da conta a
crédito (à esquerda)
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Versão:
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N.º Identificador: 03.02
2.3.5.
Exemplo de flowchart horizontal
ACSS
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N.º Identificador: 03.02
ACSS
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N.º Identificador: 03.02
2.3.6.
Exemplo de flowchart vertical
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27 de 44
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2.4.
2.4.1.
Amostragem
Meios de Selecção de Elementos para Teste
O auditor ao estabelecer os seus procedimentos de auditoria, deve determinar os
meios apropriados para seleccionar os seus elementos para teste, bem como para
reunir a evidência de auditoria necessária para alcançar os objectivos dos testes
auditoria. Os meios disponíveis para a selecção dos elementos para teste são:
•
Selecção de todos os elementos (100%);
•
Selecção de elementos específicos;
•
Amostragem de auditoria.
A decisão do método a utilizar depende das circunstâncias, e a aplicação de qualquer
meio ou de combinações de meios acima identificados pode ser apropriada em
circunstâncias particulares. Essa decisão deve ser feita com base no risco de auditoria
e na eficiência da sua realização, pelo que o auditor deve escolher os métodos mais
eficazes para fornecer suficiente e apropriada evidência de auditoria para alcançar os
objectivos do teste.
A realização de exame a 100% é improvável no caso de testes de controlo, no
entanto, é mais comum para testes substantivos, especialmente quando o universo é
constituído por um pequeno número de elementos com valor elevado, ou quando o
risco inerente e o de controlo são altos e o auditor considera que os restantes meios
não fornecem prova de auditoria suficiente e apropriada. Pode ainda ser mais eficiente
a utilização de exames a 100%, quando se testa cálculos de natureza repetitiva ou
quando o teste pode ser efectuado através de um sistema informatizado, que torna o
custo de desenvolvimento do teste económico.
O auditor interno pode decidir seleccionar elementos específicos de um determinado
universo, com base no conhecimento do negócio, em avaliações preliminares dos
riscos inerentes e de controlo, e nas características específicas da população a ser
testada. É apropriado efectuar selecção específica de determinados elementos
quando:
•
Existam elementos de alto valor ou principais, elementos suspeitos, não
usuais, que estejam associados historicamente a erros ou distorções, ou que
tenham determinadas características específicas que o auditor queira testar.
•
Seja necessário testar todos os elementos acima de uma certa quantia, para
testar uma percentagem significativa do montante total de um saldo de conta
ou de uma classe de transacções.
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•
Exista a necessidade de obter informação sobre assuntos tais como o negócio
do cliente, a natureza das transacções, sistemas contabilísticos e de controlo
interno, através da análise de elementos específicos.
•
Podem ainda ser seleccionados elementos a fim de determinar se um
determinado procedimento está ou não a ser executado.
Os exames selectivos de elementos específicos de um determinado saldo ou classe
de transacções, constituem com frequência uma forma eficiente de obtenção de
evidência de auditoria, no entanto, não podem ser considerados como amostragem de
auditoria, dado que os resultados obtidos pelos testes realizados aos elementos
seleccionados desta forma não podem ser projectados para o universo sobre o qual se
pretende concluir.
Desta forma é importante o auditor ponderar sobre a necessidade de obter evidência
adequada no que concerne ao remanescente da população não testada quando o
mesmo for materialmente relevante.
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2.4.2.
Amostragem em Auditoria
Conforme já anteriormente foi referido as análises a efectuar utilizam, frequentemente,
formas de aproximação e de teste que devem ser representativas do universo total, na
análise de determinadas operações e transacções, com base numa parte daquele
universo, parte essa que constitui o que se designa por amostra.
Desta forma é possível concluir que a amostragem de auditoria envolve a aplicação de
procedimentos de auditoria a menos de 100% dos elementos constantes de um saldo
de conta ou de uma classe de transacções de forma tal que todas as unidades de
amostragem tenham a mesma hipótese de selecção. Tal facto permite ao auditor obter
e avaliar a sua evidência de auditoria acerca de algumas características dos
elementos seleccionados a fim de concluir sobre as características da população com
base na análise de uma parte da qual a amostra é extraída.
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2.4.3.
Características e Concepção da Amostra e Risco de Amostragem
A amostra deverá fornecer informação suficiente, permitindo retirar conclusões sobre o
universo total, devendo assim ser representativa, isto é, os seus elementos devem
possuir as características de todos os elementos do universo, devendo, por outro lado
ser estável, i.e., os resultados dos testes não devem depender da dimensão da
amostra. O auditor deve seleccionar elementos para a amostra com a expectativa de
que todas as unidades de amostragem contidas na população tenham uma
oportunidade de selecção.
Não obstante as características chave da amostra, está sempre presente um risco de
amostragem, que é o risco das conclusões obtidas pelo auditor, com base numa
amostra, poderem ser diferentes da conclusão atingida se a população total fosse toda
ela sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Podem ser identificados dois tipos de
risco de amostragem: (i) o risco de se concluir, no caso de um teste de controlo, que o
risco de controlo é mais baixo do que realmente é, ou no caso de testes substantivos,
que uma distorção materialmente relevante não existe quando de facto existe (afecta a
eficácia de auditoria e conduz normalmente a uma opinião inapropriada); e (ii) o risco
de se concluir, no caso de um teste de controlo, que risco de controlo é mais alto do
que na realidade é, ou no caso de testes substantivos, que uma distorção é
materialmente relevante quando de facto não existe (afecta a eficiência dado que
conduz a trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam
incorrectas). Os complementos matemáticos destes riscos designam-se por níveis de
confiança.
A principal tarefa do auditor é, a este respeito, reduzir o risco de amostragem a um
nível aceitável.
O risco de não-amostragem advém de factores que levam a uma conclusão errónea
por razões não relacionadas com a dimensão da amostra (por exemplo, o
revisor/auditor pode interpretar mal e deixar de reconhecer um erro).
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2.4.4.
Amostragem estatística vs Amostragem não estatística
A amostragem de auditoria pode ser aplicada usando métodos não - estatísticos ou
métodos de amostragem estatística.
A amostragem não estatística é apoiada num critério subjectivo, baseado apenas na
experiência profissional e apreciação do auditor, que este utiliza para determinar o
tamanho da amostra, a selecção dos elementos que a integram e a avaliação dos
resultados.
A amostragem estatística é uma abordagem à amostragem com selecção aleatória de
uma amostra e em que é usada a teoria das probabilidades para avaliar os resultados
da amostra, incluindo a mensuração do risco de amostragem. Na amostragem
estatística a determinação do tamanho da amostra, a selecção dos elementos que a
integram e a avaliação dos resultados são efectuados por métodos matemáticos
baseados no cálculo das probabilidades.
A decisão entre usar uma abordagem estatística ou não-estatística é uma questão de
julgamento, que deve atender à eficiência na obtenção da prova de auditoria nas
circunstâncias particulares. Exemplificando, na execução de testes de controlo é
normalmente mais importante as análises do auditor à natureza e à causa dos erros
que uma análise estatística da contagem numérica de erros detectados. Nestas
circunstâncias a amostragem não - estatística pode ser a mais apropriada.
A amostra estatística tem a vantagem de permitir uma avaliação matemática do grau
de variação dos possíveis erros na população total, com base no número ou valor de
erros encontrados na amostra. O auditor poderá avaliar se esse grau de variação de
possíveis erros excede o considerado tolerável.
Apesar das vantagens inerentes ao método estatístico, as técnicas de amostragem
não estatística são mais utilizadas devido à sua maior facilidade de aplicação. A sua
utilização deverá, na medida do possível, ser apoiada em métodos de selecção
aleatória para aumentar a probabilidade da amostra ser representativa da população.
Na concepção de uma amostragem, devem ser considerados os objectivos do teste e
as características da população a analisar. A consideração prévia da natureza da
prova de auditoria procurada e o possível erro de condições ou outras características
relativamente à prova de auditoria ajudará o auditor a definir o que constitui um erro e
qual a população a usar para a amostragem.
O auditor deve identificar as condições que constituem um erro em referência aos
objectivos do teste a realizar. Uma clara compreensão do que constitui um erro é
importante para assegurar que todas, e apenas, aquelas condições que são relevantes
para os objectivos do teste são incluídas na projecção dos erros.
Na execução de um teste de controlo, o auditor deve efectuar uma avaliação
preliminar da taxa de erro que espera encontrar na população a ser testada e o nível
do risco de controlo. Essa avaliação é baseada no seu conhecimento prévio de um
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pequeno número de elementos da população. Tal procedimento deve também ser
seguido no caso de testes substantivos.
Estas avaliações preliminares são úteis para a concepção e determinação da
dimensão da amostra. Por exemplo, se a taxa esperada de erro é inaceitavelmente
alta, não serão normalmente executados testes de controlo. No entanto, quando
executar procedimentos substantivos, se a quantia de erro esperada for alta, pode ser
apropriado examinar a 100% ou aumentar a dimensão da amostra.
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2.4.5.
Dimensão da Amostra
A dimensão da amostra pode ser determinada pela aplicação de uma fórmula com
base estatística ou através do exercício de julgamento profissional objectivamente
aplicado às circunstâncias.
A dimensão da amostra deve ser estabelecida de modo a que o risco de amostragem
fique reduzido a um nível aceitavelmente baixo, sendo esta inversamente proporcional
ao nível de risco de amostragem que o auditor esteja disposto a aceitar. Dado que
finalidade da amostragem é extrair conclusões acerca de toda a população, é
importante seleccionar uma amostra representativa escolhendo elementos da amostra
que tenham características típicas da população. Por outro lado, a amostra necessita
de ser seleccionada de forma a que se evite o seu enviesamento.
Desta forma, devem ser seleccionados os elementos para a amostra com a
expectativa de que todas as unidades de amostragem contidas na população, tenham
uma oportunidade de selecção e devem ser utilizados métodos que permitam fixar o
tamanho da amostra em conformidade com os objectivos de auditoria
antecipadamente determinados. Com esse fim, deve adoptar-se previamente uma
definição exacta da natureza dos erros procurados (inexactidões das contas,
operações ilegais, etc.), o grau de confiança a afectar às conclusões que se podem
obter a partir da amostra e o erro tolerável (que significa o erro máximo numa
população que a amostragem corre o risco de não descobrir e que o auditor está
disposto a aceitar).
Com base nos erros constantes numa amostra, é possível estimar com um
determinado grau de confiança, a importância dos erros existentes na respectiva
população. Desta forma, o grau de confiança traduz, a probabilidade de que o valor
máximo dos erros existentes na população total não ultrapasse o erro tolerável
estabelecido pelo auditor.
Se for estabelecido o grau de confiança em 95%, tal significa que se aceita que existe
95% de probabilidade de que os erros eventualmente existentes na população, não
serão superiores ao limite previamente fixado como tolerável. No entanto, caso o valor
dos erros que afectam a população, extrapolado a partir dos erros existentes na
amostra ultrapassar aquele limite, o erro tolerável é excedido.
Nessa medida, o erro tolerável representa o montante máximo de erro possível de
aceitar e constitui um elemento essencial para a determinação do tamanho da
amostra.
Na amostragem estatística, os elementos da amostra devem ser seleccionados
aleatoriamente por forma que cada unidade de amostragem tenha uma oportunidade
conhecida de ser seleccionada. As unidades da amostra podem ser elementos físicos
(tais como as facturas) ou unidades monetárias. No caso da amostragem não estatística, o auditor usa o julgamento profissional para seleccionar os elementos para
amostra.
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Regra geral, os procedimentos de controlo interno são idênticos para todas as
operações, independentemente dos montantes envolvidos. Por isso, ao testar o
cumprimento de normas internas não é necessário seleccionar especialmente
operações de montante elevado. Pelo contrário, para testes substantivos não
interessará tanto a extensão da amostra mas mais o montante total testado.
•
Mais especificamente, apresentamos alguns factores que influenciam a
dimensão de amostra relativa a testes de controlo:
•
Aumento na confiança esperada do auditor nos sistemas contabilísticos e de
controlo interno => Aumento na dimensão da amostra;
•
Aumento na taxa de desvio do procedimento de controlo a testar que o auditor
está disposto a aceitar => Diminuição na dimensão da amostra;
•
Aumento na taxa de desvio do procedimento de controlo a testar que se espera
encontrar na população => Aumento na dimensão da amostra;
•
Aumento do nível de confiança (ou inversamente, uma diminuição no risco tal
que o revisor/auditor venha a concluir que o risco de controlo é mais baixo que
o risco de controlo real na população) exigido pelo revisor/auditor => Aumento
na dimensão da amostra.
No que respeita aos factores a considerar na determinação da dimensão da amostra
para procedimentos substantivos, temos:
•
Aumento na avaliação do risco inerente => Aumento na dimensão da amostra;
•
Aumento na avaliação do risco de controlo => Aumento na dimensão da
amostra;
•
Aumento na utilização de outros procedimentos substantivos dirigidos à mesma
asserção => Diminuição na dimensão da amostra;
•
Aumento no nível de confiança exigido pelo auditor (ou inversamente, uma
diminuição no risco que o auditor venha a concluir que um erro materialmente
relevante não existe, quando de facto existe) => Diminuição na dimensão da
amostra;
•
Aumento no erro total que o auditor está disposto a aceitar (erro tolerável) =>
Diminuição na dimensão da amostra;
•
Um aumento na quantia de erro que se espera encontrar na população =>
Aumento na dimensão da amostra;
•
Estratificação da população quando apropriado => Diminuição na dimensão da
amostra.
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2.4.6.
Métodos de Selecção da Amostra
Os métodos principais de selecção de amostras baseadas na amostragem não
estatística são a selecção sistemática, a selecção sobre valores estratificados, a
selecção ao acaso e a selecção por números aleatórios através de tabelas de
números aleatórios ou programas de computador. São também associadas à
amostragem não - estatística a amostragem por blocos e a amostragem por atributos.
Por outro lado, de entre as técnicas baseadas em dados estatísticos destacam-se a
amostragem sobre valores acumulados, a amostragem por unidades monetárias
(MUS) e a amostragem numérica.
Selecção sistemática: O número de unidades de amostragem da população é dividido
pela dimensão da amostra para dar um intervalo de amostragem, por exemplo 100 e
tendo determinado um ponto de partida dentro dos primeiros 100, a cada centésima
unidade de amostragem é posteriormente seleccionada. Se bem que o ponto de
partida possa ser determinado ao acaso, a amostra torna-se mais verdadeiramente
aleatória se ele for determinado usando um gerador de números aleatórios
computorizado ou tabelas de números aleatórios. Na utilização da selecção
sistemática, deve ser verificado previamente se os elementos da população não estão
dispostos de forma a que a um intervalo de amostragem corresponda a um
determinado modelo da população. Este método é mais utilizado nas médias e
grandes organizações, quando o auditor deposita uma certa margem de confiança no
sistema de controlo interno, podendo aplicar-se, por exemplo, na realização dos testes
de conformidade.
A utilização deste método permite a reduzir a amostra, não obriga a estimar a taxa de
erro, não exige o estabelecimento de um grau de precisão e possibilita a extensão da
amostra, caso se considere necessário.
Selecção ao acaso: A amostra é determinada sem seguir uma técnica estruturada, no
entanto é importante evitar influências ou situações predizíveis (por exemplo, evitar a
dificuldade em localizar elementos ou escolher sempre ou evitando o primeiro ou
último lançamentos de uma página) e por consequência assegurar que todos os
elementos na população têm oportunidade de selecção. A selecção ao acaso não é
apropriada se pretender usar uma amostra estatística.
Selecção por blocos: Envolve a selecção a partir de uma população de um bloco(s)
por elementos contíguos. A selecção por bloco não pode normalmente ser usada em
amostragem de auditoria, porque a maior parte das populações são estruturadas de
forma que se possa esperar que os elementos de uma sequência tenham
características semelhantes uns com os outros mas de características diferentes de
elementos algures na população. Embora em algumas circunstâncias possa ser um
procedimento de auditoria, examinar blocos de elementos, raramente será uma
técnica apropriada de selecção da amostra quando se pretende extrair diferenças
válidas acerca de toda a população com base na amostra.
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Selecção estratificada: Quando haja uma vasta escala (variabilidade) na dimensão
monetária de elementos na população, pode ser útil agrupar elementos de dimensão
similar em subpopulações ou estratos separados. Quando uma população pode ser
estratificada apropriadamente, o total das dimensões da amostra daí extraídas é
geralmente menor que a dimensão da amostra que teria sido necessária para atingir o
mesmo nível de risco de amostragem, no caso de utilização de uma selecção não
estratificada. Esta técnica tem grande aplicação na realização de testes substantivos,
relativos, por exemplo, à confirmação de saldos de clientes e à valorimetria das
existências. Assim podem ser seleccionados os clientes ou os itens das existências
com saldos mais significativos de tal modo que o total da amostra represente uma
percentagem relevante dos saldos globais de cada uma das contas.
Selecção por números aleatórios: Este tipo de selecção é realizado com base na
coincidência entre números aleatórios, gerados por computador ou extraídos de uma
tabela de números aleatórios. Através deste método, cada um dos documentos a
testar tem a mesma probabilidade de ser seleccionado que qualquer outro documento
da população. A utilização de uma tabela de números aleatórios, pressupõe que cada
um dos elementos do universo donde se pretende retirar uma amostra esteja
devidamente numerado (cheques, facturas, recibos, etc.) de forma a poder-se
seleccionar qualquer deles em função do número aleatório seleccionado da tabela.
Selecção por atributos: Este método é aplicado quando os objectivos de um teste de
auditoria podem ser traduzidos por atributos (Exemplo: sim ou não, verdadeiro ou
falso). Desta forma pretende-se identificar a frequência com que determinado
acontecimento ocorre. É um método em que o auditor imputa o mesmo peso a cada
acontecimento, independentemente do valor monetário e é um método muito utilizado
para determinar amostras para testes de conformidade.
Neste método é fundamental conhecer o número de elementos da população, e é
requerida a decisão do auditor relativamente ao nível de confiança, precisão e taxa de
erro esperada.
A dimensão da amostra é obtida através de tabelas estatísticas que relacionam a taxa
máxima de erro esperada com o respectivo nível de confiança. Depois de definidas
estas duas variáveis, é necessário que o auditor localize a coluna correspondente à
precisão com que quer trabalhar, deslocando-se nesta até à linha que corresponde à
dimensão mais próxima da população objecto de amostragem. A dimensão da
amostra a utilizar corresponde à intersecção da coluna da população com a da
precisão seleccionada. Se não constar da tabela a dimensão do universo obtida, deve
utilizar-se a linha imediatamente antes ou, então, proceder à interpolação linear.
No caso de populações muito grandes, deixa de ser considerada a sua dimensão,
aplicando-se nesse caso tabelas específicas que relacionam a taxa máxima de erro
esperada com o erro tolerável, para vários níveis de risco de amostragem
(complemento do nível de confiança).
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Exemplo:
•
Nível de confiança: 95%
•
Taxa máxima de erro esperada: 4%
Nesse caso, por consulta de uma tabela, cujo extracto a seguir apresentamos, para
um grau de precisão de cerca de 2% e uma população de 8 000, a amostra será de
184 itens.
TABELA PARA UM NÍVEL DE CONFIANÇA DE 95%
População
Tamanho da amostra em função do grau de precisão
±0,5%
±0,75%
±1%
±1,25%
±1,5%
±2%
8000
2189
1147
688
455
322
184
8500
2224
1157
692
457
322
185
9000
2257
1166
695
458
323
185
9500
2287
1174
698
459
324
185
10000
2315
1181
700
460
324
185
Selecção por unidades monetárias (MUS): É um método de selecção muito utilizado
para procedimentos substantivos baseado no valor monetário dos elementos que
compõem a população. Cada unidade monetária (1€) da população é considerada
como uma unidade autónoma da amostra e a cada unidade monetária é dada igual
possibilidade de selecção.
Em primeiro lugar é necessário calcular o intervalo de amostragem, que pode ser feito
através de dois processos:
1) Decidir qual o erro máximo tolerável para o trabalho em causa e determinar o factor
de risco, tendo em conta o controlo interno existente. O factor de risco varia entre 1 e
3, correspondendo este último a um elevado grau de risco. O intervalo de amostragem
é dado pela seguinte fórmula: I = E / R
em que I = Intervalo, E = Erro Máximo tolerável, R = Factor de Risco.
2) Decidir primeiro o número máximo de itens a seleccionar (M). Sabendo o total dos
saldos (S), o intervalo ser-nos-á dado pela fórmula seguinte:
I=S/M
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Na prática proceder-se-á da seguinte forma:
1) Obter uma listagem de todos os valores de onde se extrairá a amostra (por
exemplo, de um balancete de clientes ou fornecedores, extracto de conta ou de
despesa, ou de uma lista de facturas de um fornecedor);
2) Escolher um valor aleatório, situado entre 0 (zero) e o valor do intervalo (I);
3) Proceder ao somatório do valor aleatório escolhido, com os valores dos documentos
constantes da listagem referida em 1, de forma a obter valores acumulados;
4) Após o que se deduzirá a primeira parcela, isto é, a que foi escolhida
aleatoriamente, verificando-se se o valor acumulado coincide com o valor global dos
documentos donde se extrairá a amostra;
5) Obter uma listagem de múltiplos de I, sendo o último aquele que ultrapasse o valor
global dos documentos donde se extrairá a amostra;
6) Seleccionar todos os valores, cujo acumulado seja superior aos sucessivos
múltiplos de I.
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Exemplo 2:
• M = 5; S = 2845; I = 2845 : 5 = 569
• Valor aleatório = 400
O auditor deve seleccionar cinco documentos, com base na relação de documentos de
despesa seleccionada ( valores em euros):
Universo: 15 documentos com os seguintes valores cada um: 100, 210, 70, 115, 20,
310, 60, 180, 440, 600, 130, 85, 90, 390, 45
N.º de cada
documento
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Valor de cada
documento
100
210
70
115
20
310
60
180
440
600
130
85
90
390
45
2845
Acumulado
Múltiplo de I
400
500
710
780
895
915
1225
1285
1465
1905
2505
2635
2720
2810
3200
3245
- 400
2845
569
1138
1707
2276
2845
3414
Os documentos a seleccionar serão o n.º 2, 6, 9, 10 e 14, a que correspondem os
valores 210, 310, 440, 600 e 390, respectivamente.
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3.
Documentação do trabalho de auditoria – Fase de
Reporte
3.1.
Modelo de relatório de auditoria
RE:
AUDITORIA DE área
<…dia…> de <…mês…> de <…ano…>
Exmos. Senhores,
Vimos por esta forma trazer ao conhecimento de V.Exas. os resultados da auditoria
efectuada à <…área…> bem como as oportunidades para introduzir melhorias no
sistema de controlo interno instituído.
Salientamos que o objectivo deste auditoria é o de avaliar se o sistema da <…área…>
é adequado em face dos objectivos estabelecidos para a área e que as políticas e
procedimentos que foram definidos estão a ser cumpridos.
Por fim, gostaríamos de agradecer toda a colaboração prestada pela Direcção da
<…área…> na execução desta acção de auditoria.
Com os nossos mais respeitáveis cumprimentos, subscrevemo-nos,
Atentamente
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Sumário executivo
Objectivos
De acordo com o plano de actividades aprovado pelo Conselho de Administração
efectuámos acção sobre a “facturação e a gestão de contas a receber”.
Âmbito
A acção efectuada incidiu sobre a facturação de serviços aos sub-sistemas e de taxas
moderadoras bem como as contas a receber à data de <…dia…> de <…mês…> de
<…ano…>.
.
Limitações ao âmbito
Por questões técnicas, não nos foram disponibilizados os ficheiros de produção
(internamento, consulta externa, urgência, etc.) para o exercício de <…ano…> pelo
que não nos foi possível concluir sobre a totalidade da facturação.
Principais recomendações
O volume da facturação aos sub-sistemas deverá ser reconciliado mensalmente com a
informação de produção de modo a assegurar a totalidade da mesma.
Deverá ser estabelecido que as taxas moderadoras deverão ser cobradas no
momento da emissão da respectiva factura de modo a reduzir o volume de casos não
cobrados ou mesmo em contencioso por morada ou outros dados incorrectos do
utente.
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Manual de Auditoria Interna
ACSS
Parte II
Data efectiva: 19/1/2007
N.º Identificador: 03.02
Relatório Detalhado
Objectivos
De acordo com o plano de actividades aprovado pelo Conselho de Administração
efectuámos acção sobre a facturação e a gestão de contas a receber.
Âmbito
A acção efectuada incidiu sobre a facturação de serviços aos sub-sistemas e de taxas
moderadoras bem como as contas a receber à data de <…dia…> de <…mês…> de
<…ano…>.
Limitações ao âmbito
Por questões técnicas, não nos foram disponibilizados os ficheiros de produção
(internamento, consulta externa, urgência, etc.) para o exercício de <…ano...> pelo
que não nos foi possível concluir sobre a totalidade da facturação.
Metodologia
Como parte desta auditoria foram efectuados os seguintes procedimentos:
ƒ
Revisão da avaliação de risco efectuada em relação à facturação e gestão de
contas a receber;
ƒ
Análise da documentação, considerada como relevante em face do âmbito do
nosso trabalho nomeadamente Manual de Procedimentos e Manual de
Utilizador e legislação existente sobre a facturação;
ƒ
Entrevistas com responsáveis e intervenientes da área, de forma a obtermos
conhecimento quanto aos processos instituídos e controlos incorporados;
ƒ
Avaliação se os procedimentos e controlos instituídos são adequados para
gerir os riscos identificados;
ƒ
Execução de testes sobre o desenho dos processos de modo a assegurar a
sua adequação;
ƒ
Execução de testes sobre os controlos instituídos para assegurar que estes
estão a ser efectuados de forma contínua;
ƒ
Discussão das deficiências detectadas com o responsável pela Direcção de
área de modo a:
o
Confirmá-las;
o
Concordar melhorias a implementar e datas previstas de correcção;
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ACSS
Parte II
Data efectiva: 19/1/2007
N.º Identificador: 03.02
ƒ
Classificação das deficiências detectadas em face do significado dos riscos
associados e da prioridade que, em nossa opinião deve ser atribuída à sua
correcção a saber:
o
Prioridade Alta – deficiências que apresentam riscos significativos e
que deveriam ser solucionadas o mais breve possível.
o
Prioridade Média - deficiências que apresentam riscos significativos
mas não requerem acção imediata (i.e. dentro de três meses).
o
Prioridade Baixa - deficiências que apresentam alguns riscos e que
permitiriam melhorar o sistema de controlo interno ou a eficiência em
geral, mas não requerem acção imediata (i.e. três a seis meses).
Equipa de auditoria
A equipa de trabalho que efectuou esta auditoria foi composta por:
<…nome do auditor…>
Plano de trabalhos
A auditoria foi iniciada em <…dia…> de <…mês…> de <…ano…> tendo o trabalho de
campo sido concluído em <…dia…> de <…mês…> de <…ano…>.
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Parte II
Data efectiva: 19/1/2007
N.º Identificador: 03.02
Resultados da auditoria
Facturação de taxas moderadoras
Observações
Aquando da apresentação do utente para consulta externa, … é confirmada a
marcação e gerada a factura da taxa moderadora. Contudo, estas facturas nem
sempre são pagas por várias razões que, de acordo com informações do Serviço, se
relacionam com indisponibilidade financeira, falta de trocos e outras razões.
Conclusões
Esta prática origina que estes valores tenham de ser cobrados à posteriori implicando,
para além do dispêndio de tempo, em custos de envio postal e, no caso de a morada
ou outros dados do utente não estarem correctos, valores não cobráveis.
Criticidade
Alta
Recomendações
Deverá ser cumprido o estabelecido na ordem de serviço 29/2003 nomeadamente que
as taxas moderadoras deverão ser cobradas no momento da emissão da respectiva
factura de modo a reduzir o volume de casos não cobrados.
Deverá ser colocado um terminal de pagamento automático (POS) e uma máquina de
recepção de notas e moedas.
Comentários do responsável
Concordo com a recomendação e vamos realizar acção de sensibilização dos
funcionários de modo a que este normativo seja cumprido. Adicionalmente, vamos
controlar semanalmente os valores não cobrados e exigir explicações dos funcionários
para o facto.
Concordo a com colocação do POS e da máquina de notas e moedas. Vamos
consultar fornecedores de imediato e analisar custos e benefícios para eventual
proposta de aquisição.
Plano de acções
Sujeito à aprovação deste relatório pelo Conselho, propomo-nos realizar:
• Acção de sensibilização – <…dia…> de <…mês…> de <…ano…>
• Controlo sobre valores por cobrar – imediatamente.
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Manual de Auditoria Interna – Parte II Hospitais