II – São Paulo, 125 (168)
Diário Oficial Poder Executivo - Seção II
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Geraldo Alckmin - Governador SEÇÃO II
Volume 125 • Número 168 • São Paulo, quinta-feira, 10 de setembro de 2015
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O
Museu Paulista da Universidade
de São Paulo, popularmente conhecido como Museu do Ipiranga, fechou as portas às pressas, em agosto de 2013, quando
foi detectado que os forros do
prédio centenário, inaugurado
em 1893, apresentavam descolamento da estrutura de madeira
de sustentação, com risco para
visitantes e funcionários. Na
época do fechamento, o museu
era um dos mais visitados do
Brasil – recebia entre 2,5 mil e 3
mil pessoas diariamente.
Modernização da
instituição recupera
instalações e inclui
acessibilidade
Hoje, a instituição passa por
um processo de mudança para restauração, modernização e ampliação das instalações, que inclui acessibilidade, infraestrutura,
restauração e uma loja de suvenires. Um dos destaques é a mudança da cor da edificação. A amarela será substituída pela cor original, cinza-rosado.
Dos 79 funcionários efetivos
do museu, 60 estão trabalhando
com capacetes de proteção e
respeitando limites de segurança no interior do prédio interditado, no preparo da transferência, enquanto os objetos do
FOTOS: GENIVALDO CARVALHO
No Museu Paulista, São Paulo
restaura uma parte da história
As paredes amarelas do Museu Paulista receberão a cor original, cinza-rosado
acervo vão sendo embalados e colocados em contêineres especiais espalhados pelo hall. A operação de mudança
para sete imóveis alugados (ao custo
mensal de R$ 172 mil) na capital paulista levará um ano.
“É o maior deslocamento de acervos
museológicos que já aconteceu no Brasil”,
informa Márcia Mendo, chefe da biblioteca do Museu Paulista. Afinal, são mais de
120 mil peças e quase 70 mil volumes da
biblioteca, incluindo periódicos (36.834
volumes) e 32.183 livros.
Em casa – De acordo com Sheila
Walbe Ornstein, diretora do Museu
Paulista, a tela Independência ou morte,
de Pedro Américo, seguindo orientação
dos especialistas e conservadores do
museu, permanecerá no salão nobre até
a finalização das obras de restauro, pois
a forma como foi fixada na parede e as
suas proporções não permitem a retirada nem a transferência para outro local
sem eventuais danos. A pintura recebe
proteção metálica contra impactos e é
permanentemente monitorada durante as ações de restauro do edifício.
O mesmo irá ocorrer com outras
obras de grande porte, como as estátuas
dos Bandeirantes, de 1922, fixadas no
saguão de entrada do edifício, e as
maquetes da cidade, fixadas no primeiro
piso da torre leste. Elas foram construí-
Estátua de Raposo Tavares não será transferida
das em gesso no local onde se encontram, há quase cem anos, o que inviabiliza a sua retirada, já que são peças
únicas e solidárias, sem possibilidade de
serem separadas.
Itens do acervo de pequeno porte e
todos que permitem a remoção – como,
por exemplo, a tela Carro do corpo de
bombeiros – serão transferidos para
imóveis no bairro do Ipiranga, que estão
sendo preparados do ponto de vista físico, de segurança patrimonial e contra
incêndio, entre outros aspectos, para
receber os acervos.
Maria Lúcia Zanelli
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Acervo embalado para transferência
SERVIÇO
Museu Paulista
Parque da Independência, s/nº
Ipiranga – São Paulo – SP
Telefone (11) 2065-8000
Site www.mp.usp.br
Telas do salão nobre não podem ser retiradas e receberam proteção metálica contra impactos
Caixas especiais com acervos no hall do museu
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quinta-feira, 10 de setembro de 2015 às 02:25:05.
(Continua na página IV)
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No Museu Paulista, São Paulo restaura uma parte