SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE MATERIAL BIOLÓGICO Reinaldo Ferraz [email protected] GRUPO DE TRABALHO Ana Lúcia Delgado Assad (MCT) Carlos Santos Amorim Júnior (MCT) Júlio César Felix (TECPAR) Leda Cristina Santana Mendonça (UFRJ) Lúcia Fernandes Aleixo (MS) Reinaldo Dias Ferraz de Souza (MCT), Coordenador Tânia Araújo Domingues Zucchi (USP) Vanderlei Perez Canhos (CRIA) Objetivo dos Trabalhos do GT Elaborar documento técnico sobre panorama nacional relativo as atividades de metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade aplicáveis a microrganismos. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E ESTRATÉGIAS DE MERCADO AMBIENTE ANTERIOR À OMC MODELOS AUTÓCTONES (substituição de importações ) Proteção de mercados via barreiras tarifárias e regulatórias amplas Ambiente não competitivo NOVOS PARADÍGMAS Políticos, Econômicos, Sociais, Industriais, Tecnológicos AMBIENTE POSTERIOR À OMC MODELOS INTERDEPENDENTES (integração competitiva ) Proteção de mercados via barreiras técnicas e regulatórias específicas Ambiente concorrencial EXTRATÉGIAS DE MERCADO - APLICAÇÃO DE BARREIRAS TÉCNICAS Competências em Áreas Básicas Gestão de Sistemas Complexos Tendências Tecnológicas Declaração Regulamentação Técnica Metrologia Normalização Ensaios Qualificação Certificação Qualidade de Conformidade Produtos, Serviços (Normas, Regulamentos) Sistemas (ISO 9.000/ISO 14.000) Procedimentos Laboratoriais (ISO 9000 e 10012 e 17025, Guia 57 e 43-1 e 2) BARREIRAS TARIFÁRIAS X BARREIRAS TÉCNICAS (UM EXERCÍCIO CONCEITUAL) Família de Produtos? (EUA: 100% Produtos Elétricos Baixa Tensão) Tarifa Média Aplicada 370.000 (BENS) (SGQ) > 40% >30.000 < 5% 1947 Criação do GATT Criação ISO 1949 1987 1993 1995 Normas Militares ISO 9000 ISO 14.000 Criação BS OMC SGA 2002 ALCA Grupo de Negociação de Acesso a Mercados OMC Comitê de Barreiras Técnicas OCDE APEC MERCOSUL União Européia Autor: Manuel Lousada / MDIC ACORDO TBT GATT 1947/1995 Acordo Multilateral 47 anos servindo as relações internacionais de comércio 10 Rodadas Comerciais 1947 - 23 países participantes (US$ 10 bilhões) 1986/1993 - 123 países participantes (US$ 3,7 trilhões) Autor: JOSÉ AUGUSTO PINTO DE ABREU INTERNACIONAL OMC / TBT pontos principais Engloba todos os produtos (e não serviços), incluindo os industriais e agropecuários, mas não se aplica a medidas sanitárias e fitossanitárias (acordo próprio) REGULAMENTOS TÉCNICOS: tratamento não menos favorável objetivos legítimos (segurança nacional, práticas enganosas, saúde e segurança humana, saúde ou vida animal e vegetal, meio ambiente) Autor: Manuel Lousada / MDIC INTERNACIONAL OMC / TBT pontos principais - RT uso de normas internacionais equivalência RT’s: preferir desempenho a características descritivas projeto de RT não calcado em norma internacional ==> notificação tratamento de exceção por urgência governos locais um nível abaixo do central (Estados) não tomar medidas que encorajem instituições não governamentais a agirem em contrário Autor: Manuel Lousada / MDIC INTERNACIONAL OMC / TBT pontos principais NORMAS TÉCNICAS: Código de Boas Práticas - ANEXO 3 AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE: condições não menos favoráveis procedimentos não serão para criar obstáculos (mesmo rigor, rapidez, taxas, etc.) confidencialidade possibilidade de verificação por amostragem quando exigida conformidade com RT ou NT e existirem guias ou recomendações pertinentes de inst. de normalização internacionais, deverão ser usados como base (exceto c/ razão legítima ou problemas tecnológicos ou de infra-estrutura) Autor: Manuel Lousada / MDIC INTERNACIONAL OMC / TBT pontos principais - Aval. Conformidade transparência: publicação c/ antecedência notificação, etc. Membros assegurarão, sempre que possível, que sejam aceitos resultados de outros Membros (depende de competência técnica adequada e persistente) avaliação de conformidade feita por instituições públicas locais ou não governamentais: Membros tomarão medidas razoáveis para assegurar cumprimento das disposições do TBT sempre que possível, Membros adotarão sistemas internacionais de A.C. Autor: Manuel Lousada / MDIC INTERNACIONAL OMC / TBT pontos principais Enquiry Point assistência técnica tratamento especial e diferenciado para Países-Membros em desenvolvimento Comitê de Barreiras Técnicas ao Comércio adesão ao Código de Boas Práticas para Elaboração, Adoção e Aplicação de Normas Autor: Manuel Lousada / MDIC REFERÊNCIAS ÀS NORMAS DO ACORDO TBT REFERÊNCIAS ÀS NORMAS DO ACORDO TBT NA NA PREPARAÇÃO, ADOÇÃO E APLICAÇÃO DE REG. (ART. 3) 2 e 3) PREPARAÇÃO, ADOÇÃO E APLICAÇÃO DETÉC. REG. TÉC.2 E (ART. 2.4. OS MEMBROS UTILIZARÃO NORMAS INTERNACIONAIS EXISTENTES (OU VIAS DE ) COMO BASE PARA REGULAM E ENTOS TÉCNICOS, EXCETO QUANDO INADEQUADAS, POR EXEMPLO DEVIDO A FATORES GEOGRÁFICOS OU CLIMÁTICOS OU PROBLEMAS TECNOLÓGICOS FUNDAMENTAIS. 2.5. SEMPRE QUE UM REGULAMENTO TÉCNICO FOR ELABORADO, ADOTADO OU APLICADO EM FUNÇÃO DE FATORES COMO OS ACIMA, E ESTEJA EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS INTERNACIONAIS PERTINENTES, PRESUMIR-SE-À QUE O MESMO NÃO CRIA OBSTÁCULOS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL. Autor: José August Pinto de Abreu Pontos Fortes dos Trabalhos do GT • Identificação da necessidade do sistema de avaliação da conformidade; • Sistematização das funções dos Centros de Recursos Biológicos (CRB); • Levantamento do marco legal; • Relevância do material biológico na cadeia produtiva; • Compreensão da amplitude do material biológico e das informações associadas. MATERIAL BIOLÓGICO Todo material que contenha informação genética e seja capaz de auto-reprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico, incluindo: Bactérias, fungos, algas e protozoários Células humanas, animais e vegetais e suas partes replicáveis; Bibliotecas genômicas, plasmídeos, vírus e fragmentos de DNA clonado; Organismos ainda não cultivados; Informações associadas. CADEIA PRODUTIVA DO MATERIAL BIOLÓGICO CICLO DE VIDA ATIVIDADES Manipulação Depósito Construção Ensino Cultivo P&D Liberação Projeto Transporte Produção Comercialização Uso SETORES Agropecuária Meio Ambiente Medicamentos Mercado Alimentos Fertilizantes e Defensivos Sociedade Domissanitários Consumo Descarte DESTINO Produtos Saúde Indústria RESULTADOS Serviços diagnósticos consultoria NOVAS DEMANDAS Desafios e Oportunidades • Uso de material biológico (alimentos, fármacos e meio ambiente); • Convenção sobre Diversidade Biológica; • Acesso e remessa de material biológico; • Autoridade depositária para fins patentários; • Aplicabilidade industrial; • Novas áreas de pesquisa (sistemática molecular, filogenia e genômica funcional); • Comércio e legislação internacional. ESTRATÉGIAS DE MERCADO: APLICAÇÃO DE BARREIRAS TÉCNICAS ACORDOS INTERNACIONAIS EXCELÊNCIA MODELOS HOLÍSTICOS REGULAMENTOS TÉCNICOS PROC. AUTORIZAÇÃO ROTULAGEM INSPEÇÃO ENSAIOS METROLOGIA NORMAS TÉCNICAS INM LABORATÓRIOS DE CALIBRAÇAO RECONHECIMENTO INTERNACIONAL ACREDITAÇÃO DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE LABORATÓRIOS CREDIBILIDADE INTERNACIONAL ACREDITAÇÃO OCC ACREDITAÇÃO SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE – MODELOS CONCEITUAIS SIST. REGULAMENTADOR X AGÊNCIA/ÓRGÃO SINMETRO LNM INMETRO ON SIST. REGULAMENTADOR Y IRD METROLOGIA LEGAL ESTRUTURA ESPECÍFICA AGÊNCIA/ÓRGAO ESTRUTURA ESPECÍFICA PROCEDIMENTOS DE AUTORIZAÇÃO IPEMs ORGANISMO ACREDITADOR INMETRO PROCEDIMENTOS DE AUTORIZAÇÃO REGULAMENTO TÉCNICO REGULAMENTO TÉCNICO REGULAMENTO TÉCNICO BASE EM NORMAS E GUIAS BASE EM NORMAS E GUIAS BASE EM NORMAS E GUIAS LABORATÓRIOS ORGANISMOS CERTIFICAÇÃO BASE TÉCNICA DO SINMETRO PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARTES INTERESSADAS CALIBRAÇÃO ENSAIOS INSPEÇÃO VERIF. METROLÓGICA DECLARAÇÃO DO FORNECEDOR PARTES INTERESSADAS MERCADO SISTEMAS PRODUTOS PROCESSOS SERVIÇOS PESSOAL BASE TÉCNICA ESPECÍFICA PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARTES INTERESSADAS ? CONTEXTO DOS ACORDOS DE RECONHECIMENTO MÚTUO (3) AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE E CONCEITOS RELACIONAIS ORGANISMO CREDENCIADOR ORGANISMO CREDENCIADOR CREDENCIAMENTO ORGANISMO CERTIFICADOR LABORATÓRIOS CALIBRAÇÃO ENSAIOS AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ENSAIOS, CALIBRAÇÕES EXAMINA E DETERMINA CONFORMIDADE PRODUTOS EQUIPAMENTOS VÁRIOS OBJETOS OBJETO DA AVALIAÇÃO ORGANISMOS DE INSPEÇÃO PRODUÇÃO ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO - PRODUTOS CERTIFICA ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO - SISTEMAS - ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO - PESSOAL - CERTIFICA (OU “REGISTRA”) CERTIFICA FORNECEDOR PESSOAL PRODUTO • HARDWARE • SOFTWARE • MATERIAIS PROCESSADOS • SERVIÇOS PRODUTO VENDA VENDA CONSUMO CONSUMIDORES E CLIENTES AUTORIA: LUCIEN TRONEL / AFNOR SQ SGA DECLARAÇÃO DO FORNECEDOR PROVEDOR SERVIÇOS VENDA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE Importância do Reconhecimento Internacional O MRA gera confiança nos certificados nacionais: uma norma, um ensaio, um certificado. PAÍS 1 Credenciamento PAÍS 2 Credenciamento PAÍS 3 Credenciamento ACEITAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXECUTADA PELO ORGANISMO Organismo de certificação 1 Produto certificado Organismo de certificação 2 Certificado 2 Organismo de certificação 3 Certificado 3 Certificado 1 Consumidor Autor: JOSÉ AUGUSTO PINTO DE ABREU Consumidor Consumidor Organização do Sistema de Avaliação da Conformidade (Modelo Geral) ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO NORMAS ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO LABORATÓRIO DE ENSAIOS METROLOGIA REGULAMENTOS CERTIFICADO LICENÇA MODELO DE REFERÊNCIA DA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE MATERIAL BIOLÓGICO AUTORIDADES REGULAMENTADORAS REGULAMENTO ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO ORGANISMOS DE ACREDITAÇÃO S TÉCNICOS ORGANISMO METROLOGIA ENSAIOS NORMAS TÉCNICAS E GUIAS ORGANISMO DE NORMALIZAÇÃO CENTRO DE CERTIFICAÇÃO DE DE RECURSOS MATERIAL BIOLÓGICOS BIOLÓGICO CERTIFICADOS SELOS RÓTULOS OUTROS Organização do Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃ O NORMAS CENTRO DE RECURSOS BIOLÓGICOS METROLOGIA REGULAMENTOS CERTIFICADO Centros de Recursos Biológicos (CRB) Parte essencial da infra-estrutura de apoio às Ciências da Vida e a Biotecnologia: • Conservação e distribuição de recursos genéticos; • Disseminação de informação; • Treinamento; • Serviços especializados; • Pesquisa e Desenvolvimento. Apoio aos CRB, como parte da infra-estrutura básica do Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico (1/2) • consolidação de uma rede de centros de serviços (coleções abrangentes nas áreas de saúde, agricultura, meio ambiente e indústria); • consolidação de uma rede de centros de referência e repositórios de material biológico (coleções especializadas e complementares); • apoio complementar ao estabelecimento de autoridades depositárias para fins patentários; Apoio aos CRB, como parte da infra-estrutura básica do Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico (2/2) • estabelecimento de um sistema integrado de informação; • apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de taxonomia e bioprospecção; • apoio a eventos, estudos e avaliação (subsídios para a condução do programa). Pontos Fortes do Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico (1/3) • avaliação para o comprador/usuário da conformidade do produto/serviço com relação a normas ou regulamentos técnicos, feita por organismo reconhecido como independente; • aumento da aceitação dos produtos/serviços no mercado/sociedade com a evidência da conformidade (selo, certificado, entre outros), facilitando a relação com os mercados interno e esterno; Pontos Fortes do Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico (2/3) • contribui para o bem estar público em áreas como saúde, segurança e proteção ambiental, devido a garantia da conformidade com relação aos aspectos de biossegurança; • propicia um modelo de controle eficaz de processos/operações; • influencia o aumento da produtividade e do nível da qualidade de produtos e de serviços; Pontos Fortes do Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico (3/3) • facilita a comparação entre diversos produtos, como instrumento de defesa da concorrência; • evita a multiplicação de avaliações por parte dos clientes pelo reconhecimento e confiança no Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico; • contribui para a detecção de não-conformidades a partir das autorias de avaliação e também, consequentemente, para a evolução contínua das organizações e processos provedores de bens e serviços. Ações a serem Implementadas (1/3) Política de Fomento para a Construção da Base Técnica para Avaliação da Conformidade de Material Biológico •estabelecer critérios que definam as regras de acesso à rede de CRB; •desenvolver um sistema de acreditação de CRB, com base em critérios internacionalmente aceitos; •identificar e selecionar entidades capazes de exercer as funções de CRB; Ações a serem Implementadas (2/3) Política de Fomento para a Construção da Base Técnica para Avaliação da Conformidade de Material Biológico • fortalecer seletivo dos CRB e criar novos centros visando atender as lacunas existentes; • capacitar centros selecionados visando o alcance da qualidade requerida para a acreditação como CRB nacionais; • capacitar pessoal técnico específico para atuar tanto nas diferentes funções dos CRB como na acreditação desses Centros; Ações a serem Implementadas (3/3) Política de Fomento para a Construção da Base Técnica para Avaliação da Conformidade de Material Biológico • desenvolver e implantar um sistema de informação que possibilite a integração de dados associados aos materiais biológicos existentes em centros distribuídos; • desenvolver pesquisas destinadas ao contínuo aperfeiçoamento dos protocolos utilizados pelos CRB; • harmonizar os procedimentos laboratoriais.