AULA DEMONSTRATIVA
1.
Apresentação Inicial ................................................................................................................................................... 3
2.
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ...................................................................................................................... 4
3.
EMPREGO DOS SUBSTANTIVOS .................................................................................................................................. 6
3.1.
Substantivo próprio ........................................................................................................................................ 6
3.2.
Substantivo comum ........................................................................................................................................ 6
3.3.
Substantivo comum de dois gêneros.............................................................................................................. 6
3.4.
Substantivo de dois gêneros ........................................................................................................................... 7
3.5.
Substantivo concreto ...................................................................................................................................... 7
3.6.
Substantivo abstrato....................................................................................................................................... 7
3.7.
Substantivo Primitivo...................................................................................................................................... 7
3.8.
Substantivo Derivado...................................................................................................................................... 7
3.9.
Substantivo coletivo ....................................................................................................................................... 7
3.10.
Substantivo composto .................................................................................................................................... 7
3.11.
Substantivo feminino ...................................................................................................................................... 8
3.12.
Substantivo masculino .................................................................................................................................... 8
3.13.
Substantivo de dois números ......................................................................................................................... 8
3.14.
Substantivo de dois gêneros e de dois números ............................................................................................ 8
3.15.
Substantivo epiceno ....................................................................................................................................... 8
3.16.
Substantivo sobrecomum ............................................................................................................................... 8
4.
EMPREGO DOS ARTIGOS ............................................................................................................................................ 8
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º
9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.
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Inspeção Sanitária E Industrial
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4.1.
Artigo definido ................................................................................................................................................ 9
4.2.
Artigo indefinido ............................................................................................................................................. 9
5.
EMPREGO DOS ADJETIVOS ....................................................................................................................................... 10
6.
EMPREGO DE NUMERAIS ......................................................................................................................................... 10
7.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES ............................................................................................................................. 11
8.
ADVÉRBIOS ............................................................................................................................................................... 12
9.
PREPOSIÇÃO ............................................................................................................................................................. 13
10.
CONJUNÇÕES ........................................................................................................................................................ 15
11.
VERBO ( EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPO E MODOS VERBAIS) ..................................................................... 17
12.
A Sintaxe da oração e do período ......................................................................................................................... 27
13.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO ........................................................................................................................ 28
14.
TIPOS DE PREDICADO ........................................................................................................................................... 31
14.1.
VERBAL .......................................................................................................................................................... 31
14.2.
NOMINAL ...................................................................................................................................................... 31
15.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO .................................................................................................................... 35
16.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO ...................................................................................................................... 38
17.
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS E SINDÉTICAS ..................................................................................... 42
18.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS .......................................................................................................... 43
19.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ............................................................................................................... 47
20.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVA ................................................................................................................... 49
21.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 50
Concurso: Ministério Da Agricultura, Pecuária E Abastecimento (MAPA)
Cargo: Agente De Inspeção Sanitária E Industrial
Matéria: Português
Professor: Alexandre Soares
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1. Apresentação Inicial
Olá, Pessoal!
Seja bem-vindo (a) à nossa aula demonstrativa !
O grupo CONCURSEIRO 24H está disponibilizando para você um curso completo de
língua portuguesa com o intuito de prepará-lo para gabaritar a prova dessa matéria.
Para que não haja nenhuma surpresa na hora da prova. Lembre-se de que quando
estudamos para concurso, ninguém quer ficar “expert” em português, quer é passar
no concurso. É interessante que o concurseiro siga uma rotina de estudos, escolha
dias certos para estudar a nossa matéria, pois horário fixo ajuda a nossa disciplina
intelectual. Sendo assim, vamos a nossa aula demonstrativa.
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2. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
As classes de palavras ao todo, são dez. Umas variáveis e outras invariáveis. Vamos
fazer uma síntese delas e de suas definições nesse primeiro momento. Colocarei
abaixo um quadro que resume bem a parte teórica:
Classes gramaticais
Substantivo
Função ou sentido
Palavra que serve para designar os seres, atos ou
conceitos; nome.
Substantivos de dois
números
Substantivo que tem a mesma forma para o singular e o
plural: lápis, vírus, ônibus, mil - folhas.
Substantivos de dois
gêneros
São substantivos que têm a mesma forma para seres de
ambos os sexos, sendo o gênero marcado pelo artigo que
os precede. Exemplos: o/a colega, o/a agente, o/a lojista.
Substantivos
sobrecomuns
Têm a mesma forma para o masculino e o feminino, não
variando sequer o artigo ou o adjetivo que os acompanha.
Exemplos: a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o
monstro.
Verbo
Adjetivo
Adjetivo de dois
gêneros
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Palavra que expressa ação, estado ou fenômeno. É a classe
gramatical mais rica em variação de formas, podendo
mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número e voz.
No dicionário, são encontrados no modo infinitivo, que é,
por assim dizer, o nome do verbo. Exemplos: Fugir, estar,
chover, comprar, ser, anoitecer.
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe
atribuir uma qualidade. Exemplos: mulher linda, livro
divertido, árvore alta, olhos azuis.
É um adjetivo que mantém a mesma forma tanto quando
se refere a substantivos masculinos quanto a femininos.
Exemplos: Sugestão aceitável, convite aceitável, obra
incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça adorável.
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Adjetivo de dois
gêneros e substantivo
de dois gêneros
Trata-se de palavra que pode ser classificada como
adjetivo ou como substantivo e mantêm a mesma forma
para os dois gêneros. Exemplos: Um jovem rebelde (neste
caso, jovem é o substantivo e rebelde, sua qualidade, o
adjetivo). Um rebelde jovem (neste caso, ocorre
exatamente o contrário)
Artigo
Artigo definido
Artigo indefinido
Palavra que se coloca antes do substantivo, determinandoo e indicando seu gênero e número (artigo definido: a, as,
o, os) ou (artigo indefinido: um, uma, uns, umas).
Palavra que substitui o nome ou que o acompanha tornar
claro o seu significado. Os pronomes se dividem nas seis
grandes classes a seguir:
Pronome
Designam as três pessoas do discurso (no singular ou no
plural). Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe,
o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, comigo, ti, contigo, si,
consigo, conosco, convosco. Também são pessoais os
pronomes de tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa
senhoria, vossa Excelência, etc.
Pronomes pessoais
Indicam a posse em relação às pessoas do discurso: Meu,
minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu,
Pronomes possessivos
tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua,
seus, suas.
Indicam o lugar ou a posição dos seres em relação às
pessoas do discurso. 1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas,
isto. 2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 3ª. Pessoa:
Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Pronomes
demonstrativos
Representam numa oração os nomes mencionados na
oração anterior. Exemplo: O livro que comprei é muito
bom. São pronomes relativos: Que, quem, quanto(s),
quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as
quais.
Pronomes relativos
Pronomes indefinidos
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Referem-se à terceira pessoa do discurso num sentido
vago ou exprimido quantidade indeterminada. Exemplos:
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Quem espera sempre alcança. São pronomes indefinidos:
algum, nenhum, qualquer, ninguém, onde, etc.
Pronomes
interrogativos
Numeral
Os pronomes interrogativos que, quem, qual, quanto,
quando são usados para formular uma pergunta.
Palavra que designa os números ou sua ordem de
sucessão. Exemplos: Cardinais: quatro, vinte, trinta.
Ordinais: quarto, vigésimo, trigésimo. Fracionários: meio,
um terço, um quinto. Multiplicativos: duplo, triplo,
quádruplo.
3. EMPREGO DOS SUBSTANTIVOS
3.1.
Substantivo próprio
Aquele que designa um ser específico em toda uma espécie.
Exemplos: Brasil, João, Luiz e etc. (oposto de "substantivo comum")
3.2.
Substantivo comum
O que designa os seres de uma espécie que tem, para todos os seres,
propriedades comuns.
Exemplos: país, pessoa, sonho, cadeira, cavalo, menina. (oposto de substantivo
concreto)
3.3.
Substantivo comum de dois gêneros
O que forma invariável para os dois gêneros, que podem se distinguir pelo
determinante
Exemplos: o/a pianista, este/esta estudante, ótimo/ótima guia.
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3.4.
Substantivo de dois gêneros
Ver "substantivo comum de dois gêneros".
3.5.
Substantivo concreto
O que designa seres que têm existência física concreta. (oposto de "substantivo
abstrato")
3.6.
Substantivo abstrato
Substantivo comum que designa ação, estado ou qualidade, e não seres
fisicamente existentes.
Exemplos: honestidade, beijo, prazer, beleza, entrada, felicidade, honra, pobreza
e etc. (oposto de substantivo concreto).
3.7.
Substantivo Primitivo
É aquele que dá origem a outras palavras da mesma família.
Exemplos: velho, terra e ferro.
3.8.
Substantivo Derivado
É aquele que foi gerado por outra palavra.
Exemplos: velhice, terráqueo e ferreiro.
3.9.
Substantivo coletivo
O que designa, no singular, um conjunto de elementos de mesma espécie.
Exemplos: alcateia, cáfila, quadrilha, matilha e etc.)
3.10.
Substantivo composto
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O que é formado por mais de um vocábulo, para designar apenas um objeto ou
ideia.
Exemplos: couve-flor, cara de pau e etc.
3.11.
Substantivo feminino
Aquele que designa seres do gênero feminino.
3.12.
Substantivo masculino
Aquele que designa seres do gênero masculino.
3.13.
Substantivo de dois números
Aquele (masculino ou feminino) que tem a mesma forma tanto no singular como
no plural.
Exemplos: o/os lápis; a/as práxis.
3.14.
Substantivo de dois gêneros e de dois números
Aquele que tem uma só forma para os dois gêneros, tanto no singular como no
plural.
Exemplo: o/a/os/as desmancha-prazeres.
3.15.
Substantivo epiceno
Aquele que designa animal e que tem a mesma forma para macho e fêmea.
Exemplos: cobra, avestruz, onça.
3.16.
Substantivo sobrecomum
Aquele que se refere a seres humanos e que só tem uma forma para ambos os
sexos.
Exemplos: criança, testemunha, pessoa, criatura, cônjuge.
4. EMPREGO DOS ARTIGOS
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O artigo é basicamente demonstrativo. Sua função sintática principal é de adjunto dos
substantivos.
4.1.
Artigo definido
1) Dentre os nomes próprios geográficos, a língua distingue:
a) os que repelem o artigo:
Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, São Paulo, Paris etc.
Lembrar adjetiva, tornam obrigatório o uso do artigo: que estes nome de locais,
quando acompanhados de adjetivos ou locução
O velho Portugal, a Atenas de Péricles, etc.
b) os que exigem o artigo:
A Bahia, o Rio de Janeiro, a Amazônia, os Açores etc.
2) Nomes próprios de pessoas são determinados pelo artigo quando usados no plural.
Os Maias, os Homeros, os Caxias, etc.
3) O uso do artigo é facultativo diante de pronomes possessivos:
Foi rápida a sua entrevista (ou sua entrevista).
4.2.
Artigo indefinido
a) Apesar da imprecisão, o artigo indefinido transmite ao substantivo grande força
expressiva:
Em Estou com uma sede... o artigo indefinido denota a grande intensidade da sede
que o emissor da frase sente.
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b) antepõe-se ao numeral quando não se pode precisá-lo:
Ela deve ter uns 15 anos.
c) antes de nomes próprios para acentuar a semelhança de alguém com um
personagem célebre. Nesse caso o nome próprio passa a ser um nome comum:
Revelou-se um Pavarotti. (um grande cantor)
5. EMPREGO DOS ADJETIVOS
Destacarei dois fatos importantes quanto ao emprego deles. O primeiro é que também
atingimos o grau superlativo (eleva ou reduz a qualidade de um ser no mais alto grau
em comparação ou não com a de outro ser) com a repetição do adjetivo:
Ex.: O filme foi muito lindo.
O final do filme foi lindo, lindo.
O segundo fato é que, quando comparamos a mesma qualidade atribuída a dois
seres, não empregamos as formas mais bom, mais mau, mais grande e mais
pequeno.
Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar.
A reprovação é pior do que alguns meses de dedicação. Mas quando comparadas
duas qualidades do mesmo ser, usamos a forma analítica desses adjetivos.
Ex.: João é mais pequeno do que inteligente.
Seu comportamento é mais bom do que mau.
6. EMPREGO DE NUMERAIS
a) Na designação de reis, imperadores, papas, séculos e capítulos de uma obra,
devemos usar o ordinal até dez e o cardinal de onze em diante.
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Ex.: D. Pedro I (primeiro) - João Paulo II (segundo) - século VIII
b) Na enumeração de artigos, decretos e portarias, devemos usar o ordinal
até nove e o cardinal de dez em diante.
Ex.: artigo 1° (primeiro) - artigo 9° (nono) - artigo 10 (dez) – artigo 21 (vinte e um)
c) Quando nos referimos a dias do mês, número de casas, páginas, cabines poltronas,
folhas e quartos de hotel, devemos usar o cardinal.
Ex.: 13 de maio de 2003 (treze de maio de dois mil e três) - casa 15
(quinze) - página 1 (um)
ATENÇÃO! Empregamos o ordinal quando o dia do mês for o primeiro. E
quando o numeral vier antes do substantivo, usaremos o ordinal: vigésima
casa, décima página.
7. CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
Os pronomes estão divididos em seis espécies. Podem ser:
- Pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas e de tratamento;
-Possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu (e flexões);
- Demonstrativos: este, esse, aquele (e flexões), isto, isso, aquilo;
- Indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, tanto, quanto,
qualquer (e flexões), alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo;
- Interrogativos: quem, que, qual, quanto (utilizados em frases interrogativas);
- Relativos: o qual, cujo, quanto (e flexões), que, quem, onde.
Pronomes de tratamento
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PRONOME
ABREVIATURASSINGULAR
Você
v.
o(s) senhor (es),
a(s) senhora(s)
sr. sra.
srs. sras.
tratamento formal ou
cerimonioso
Vossa Alteza
V.A.
VV.AA.
príncipes, princesas,
duques
Vossa Eminência
V. Em. a
V. Em. as
Cardeais
Vossa Excelência
V. Ex.a
V. Ex.as
altas autoridades
Vossa
Magnificência
V.Mag.a
V.Mag.as
reitores de universidades
Vossa Majestade
V.M.
VV.MM.
reis, imperadores
Vossa
Reverendíssima
V.Rev.ma
V.Rev.mas
Sacerdotes
V.S.as
autoridades, tratamento
respeitoso,
correspondência
comercial
Vossa Senhoria
V.S.a
Vossa Santidade
V.S.
ABREVIATURASPLURAL
EMPREGO
tratamento informal
Papa, Dalai Lama
8. ADVÉRBIOS
Referem-se a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo, acrescentando-lhes
informações circunstanciais, acessórias.
Ex.: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal "chegou" e indica quando a ação
verbal se realizou)
Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio "mal", intensificando o modo indicado
pelo advérbio)
Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo "correta", adicionando-lhe valor
semântico intensificador)
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Em alguns casos, os advérbios podem se referir a uma oração inteira. Nesse caso,
normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo
da oração.
Ex.: Infelizmente, os deputados aprovaram as emendas.
As providências foram infrutíferas, lamentavelmente. Observamos que os advérbios
bem e mal, quando juntos a adjetivos (ou a particípios), são empregados na forma
analítica para indicar o grau comparativo de superioridade.
Ex.: O quarto está mais bem pintado (do) que a sala.
Joaquim é mais mal educado (do) que Pedro.
Alguns advérbios podem assumir formas diminutivas (e passam a ter valor
superlativo) para indicar linguagem afetiva.
Ex.: Chegaram agorinha.
Terminei a prova rapidinho.
Ocorrendo o emprego sequencial de advérbios terminados em mente, a terminação
pode ser usada apenas no último advérbio ou em todos eles.
Ex.: Calma e silenciosamente, a aluna repassava os ensinamentos.
Calmamente e silenciosamente, a aluna repassava os ensinamentos.
ATENÇÃO! É possível que alguns adjetivos sejam empregados com advérbios.
Nesse caso, ficam invariáveis.
Ex.: Não falem alto!
As aulas de português não custam caro.
9. PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da
oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados
pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o
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sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição
vincula.
Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.
amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição de:
preposição
Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. esperou com entusiasmo:
elementos ligados por preposição com: preposição
Esse tipo de relação é considerado uma conexão, em que os conectivos cumprem a
função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar
palavras entre si num processo de subordinação denominado regência.
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o
primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um
regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo
regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.
A hora das refeições é sagrada.
hora das refeições: elementos ligados por preposição
de + as = das: preposição
hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições"
refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da"
Alguém passou por aqui.
passou por aqui: elementos ligados por preposição
por: preposição
passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui"
aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por"
As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número
ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto
e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam
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a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma
relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam.
Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da
palavra com a qual ela se funde.
de+o= do
por+a= pela
em + um = num
As preposições podem introduzir:
a) Complementos Verbais
Eu obedeço "aos meus pais".
b) Complementos Nominais
Continuo obediente "aos meus pais".
c) Locuções Adjetivas
É uma pessoa "de valor".
d) Locuções Adverbiais
Tive de agir "com cautela".
e) Orações Reduzidas
"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.
10.
CONJUNÇÕES
Unem orações ou termos de uma oração. No desempenho desse papel, a conjunção
pode relacionar termos e orações sintaticamente equivalentes (as chamadas orações
coordenadas) ou relacionar uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada.
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As conjunções coordenativas são classificadas em aditivas, adversativas,
alternativas, conclusivas e explicativas, de acordo com o sentido das relações que
estabelecem. Vejamos alguns exemplos:
CLASSIFICAÇÃO
SENTIDO
PRINCIPAIS CONJUÇÕES
ADITIVAS
ADIÇÃO, SOMA
E, NEM, MAS TAMBÉM
ADVERSATIVAS
OPOSIÇÃO,
CONTRASTE
MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA,
ENTRETANTO
ALTERNATIVAS
AALTERNÂNCIA,
EXCLUSÃO
OU, OU... OU, ORA... ORA, JÁ... JÁ, QUER
CONCLUSIVA
CONCLUSÃO,
EXPLICAÇÃO
QUER LOGO, POIS (POSPOSTO AO
VERBO), PORTANTO
EXPLICATIVA
JUSTIFICATIVA
POIS (ANTEPOSTO AO VERBO), PORQUE,
QUE
As conjunções subordinativas são classificadas em integrantes e adverbiais. As
integrantes introduzem orações subordinadas substantivas. As adverbiais
introduzem orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal, são subdivididas em: causais, condicionais, consecutivas, comparativas,
conformativas, concessivas, temporais, finais, proporcionais. Veja o quadro abaixo:
CLASSIFICAÇÃO
SENTIDO
PRINCIPAIS CONUNÇÕES
INTEGRANTES
SEM VALOR SEMÂNTICO
ESPECÍFICO, APENAS LIGAM
ORAÇÕES
QUE, SE
CAUSAIS
CAUSA, MOTIVO
PORQUE, COMO, JÁ QUE,
VISTO QUE
CONDICIONAIS
CONDIÇÃO
SE, CASO, DESDE QUE,
CONTANTO QUE
CONSECUTIVAS
CONSEQUÊNCIA
QUE (PRECEDIDO DE TÃO, TAL,
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TANTO), DE MODO QUE
COMPARATIVA
COMPARAÇÃO
COMO, QUE (PRECEDIDO DE
MAIS OU MENOS), ASSIM
COMO
CONFORMATIVA
CONFORMIDADE
COMO, CONFORME, SEGUNDO
CONCESSIVA
CONCESSÃO
EMBORA, SE BEM QUE, MESMO
QUE, AINDA QUE
TEMPORAL
TEMPO
QUANDO, ASSIM QUE, ANTES
QUE, DEPOIS QUE
PROPORCIONAL
PROPORÇÃO
À MEDIDA QUE, Á PROPORÇÃO
QUE
FINAL
FINALIDADE
PARA QUE, A FIM DE QUE, QUE
Veja alguns exemplos de usos das conjunções:
"Este ano a olimpíada vai contar com a participação de 55.570 instituições públicas
municipais, estaduais e federais. Por enquanto os alunos das escolas inscritas
participam de oficinas de texto e desenvolvem prática nos gêneros poesia,
memória e artigo de opinião. Os textos para a seleção podem ser enviados até 18 de
agosto." (Folha Online)
"Educação melhora, mas nível continua baixo no Brasil, mostra IDEB.”
As conjunções, assim como as preposições, não exercem função sintática na oração,
apenas ligam termos de mesma função sintática ou orações, por isso, são
consideradas conectivos. No entanto, estabelecem relações lógicas essenciais para a
construção de textos coerentes e coesos.
11.
VERBO ( EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPO E MODOS VERBAIS)
Entende-se por verbo a unidade de significado categorial que se caracteriza por ser
um molde pelo qual organiza o falar seu significado lexical. É a palavra que indica
ação, estado ou fenômeno, situando-os no tempo.
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Um estudo coerente do verbo requer o estabelecimento do sistema a de categoria
verbal, ou seja, tipos ou funções da forma léxicas mediante as quais se estabelecem
as oposições funcionais numa língua.
Quando se usam em português as formas:
canto- cantas- canta
vejo- vês- vê
parto- partes- parte
estabelecem-se oposições da mesma espécie que afetam o conceito de “pessoa”
Quando se usam as formas:
Canto- cantamos,
Estamos diante de uma mesma pessoa (“primeira pessoa”) e a oposição afeta outro
conceito, o de “número”.
E quando se usam as formas:
canto- cante
temos a mesma pessoa e o mesmo número, mas não a mesma categoria de “modo”.
As pessoas do verbo- Geralmente as formas verbais indicam as três pessoas do
discurso, para o singular e plural:
1ª pessoa do singular: eu canto
2ª pessoa do singular: tu cantas
3ª pessoa do singular: ele canta
1ª pessoa do plural: nós cantamos
2ª pessoa do plural: vós cantais
3ª pessoa do plural: eles cantam
Elemento estruturais do verbo
1ª conjugação- A
2ª conjugação- E
3ª conjugação- I
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Os tempos do verbos- São:
a) PRESENTE- em referência a fatos que se passam ou se estendem ao momento em
que falamos: eu canto;
b) PRETÉRITO- em referência a fatos anteriores ao momentos em que falamos e
subdividido em imperfeito, perfeito e mais que perfeito:
catava (imperfeito), cantei (perfeito) e cantara (mais-que-perfeito);
c) FUTURO- em referência a fatos ainda não realizados e subdividido em futuro do
presente e futuro do pretérito.
Cantarei (futuro do presente), cantaria (futuro do pretérito),
Que implica também a modalidade condicional
ATENÇÃO!
O FUTURO DO PRETÉRITO INDICA UM FATO FUTURO NÃO REALIZADO
POR CAUSA DO PASSADO (CAUSA). ELE PODE SER SUBSTITUÍDO PLEO
PRETÉRITO IMPERFEITO.
Ex. cantaria
O PRETÉRITO IMPERFEITO INDICA UM PASSADO NÃO CONCLUÍDO
Ex. cantava
O PRETÉRITO PERFEITO INDICA UM PASSADO CONCLUÍDO
Ex. cantei
MODO INDICATIVO- HIPÓTESE
MODO SUBJUNTIVO- FATO
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Os modos do verbo- São conforme a posição do falante em face da relação entre a
ação verbal e seu agente:
a) INDICATIVO- em referência a fatos como verossímeis ou tidos como tais: canto,
cantei, cantava, cantarei. Expressa certeza.
1. Presente- fato que ocorre no momento da fala
Ex. Eu estou alegre.
2. Pretérito perfeito- fato no passado e totalmente concluído.
Ex. Eu estudei muito.
3. Pretérito imperfeito- fato no passado e não concluído.
Ex. Eu chorava muito.
4. Pretérito mais-que-perfeito- fato no passado anterior a outro também no passado.
Ex. Ela já jantara quando eu cheguei.
5- Futuro do presente- fato futuro em relação ao momento em que se fala.
Ex.: Eu passarei no vestibular.
6- Futuro do pretérito- fato futuro em relação a outro no passado, ou um fato incerto
no futuro.
Ex.: Eu passaria se tivesse estudo.
b) SUBJUNTIVO (CONJUNTIVO)- em referência a fatos incertos: talvez cante, se
cantasse. Expressa dúvida, incerteza.
1. Presente- fato presente, mas duvidoso.
2. Pretérito imperfeito- indica hipótese ou condição.
3. Futuro- fato futuro, mas já concluído em relação à outro fato também futuro.
c) CONDICIONAL- em referência a fatos dependentes de certa condição: cantaria
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d) OPTATIVO- em relação à ação como desejada pelo agente:
E viva eu cá na terra sempre triste.
d) IMPERATIVO- em relação a um ato que se exige do agente. Exprime ordem,
desejo, súplica, convite:
canta
Formas nominais do verbo
1. Infinitivo- ação passageira, rápida.
Ex.: “Chega de tentar dissimular de disfarçar.”
2. Gerúndio- ação morosa, intensa.
Ex.: “Estou amando, loucamente.”
3. Particípio- ação que se iniciou no passado.
Ex.: Tenho cantado todas as noites.
Classificação dos verbos
1. Regulares- o radical não sofre alterações.
-para saber se o verbo é regular ou não, basta conjugá-lo na primeira pessoa do
singular do presente do indicativo.
Ex.: estudar- eu estudo
2. Irregular- o radical sofre alterações
Ex.: cabe- eu caibo
3. Abundantes- possuem duas ou mais formas de igual valor.
Ex. imprimido ou impresso
Incluído ou incluso
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elegido ou eleito
anexado ou anexo
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ATENÇÃO!
Usa- se TER ou HAVER com o particípio regular, e outros auxiliares com
o particípio irregular.
Ex.: tenho benzido – está bento
Tenho imprimido – está impresso
Tenho entregado – está entregue
Tenho anexo – está anexo
VERBO IR
PRESENTE DO INDICATIVO
EU VOU
TU VAIS
ELE VAI
NÓS VAMOS
VÓS IDES
ELES VÃO
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
QUE EU VÁ
QUE TU VÁS
QUE ELE VÁ
QUE NOS VAMOS
QUE VÓS VADES
QUE ELES VÃO
AFIRMATIVO
VAI TU
VÁ VOCÊ
VAMOS NÓS
IDE VÓS
VÃO VOCÊS
NEGATIVO
NÃO VÁS TU
NÃO VÁ VOCÊ
NÃO VAMOS NÓS
NÃO IDE VÓS
NÃO VÃO VOCÊS
4. Anômolos- dois ou mais radicais latinos auxiliam na conjugação dos referidos
verbos.
Ex.: ser- sedere e esse
Ir- ire, vadere e fugere
5. Defectivos- não possuem todas as formas conjugadas.
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Ex.: colorir, explodir, abolir, delir, etc..
ATENÇÃO!
Os verbos REAVER e PRECAVER são conjugados pelo verbo HAVER, quando na
conjugação do HAVER aparecer a letra “V”
Eu hei
Tu hás
Ele há
Nós havemos – reavemos, precavemos
Vós haveis – reaveis, precaveis
Eles hão
5. Auxiliares- auxiliam na formação das locuções verbais e na conjunção dos tempos
compostos; ser, estar, ter e haver são os mais comuns.
Locução Verbal – somatório de verbo auxiliar com o particípio, o infinitivo ou o
gerúndio do principal.
Ex.: tenho cantado, hei de vencer, estou estudando
Tempos compostos – somatório de TER ou HAVER com o particípio do verbo principal.
MODO INDICATIVO COMPOSTO
PRETÉRITO PERFEITO
PRETÉRITO
MAIS
PERFEITO
FUTURO DO PRESENTE
FUTURO DO PRETÉRITO
TENHO/ HEI CANTADO
QUE TINHA/ HAVIA CANTADO
TEREI/ HAVEREI CANTADO
TERIA/ HAVERIA CANTADO
MODO SUBJUNTIVO COMPOSTO
PRETÉRITO PERFEITO
PRETÉRITO
MAIS
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TENHA/ HAJA VISTO
QUE TIVESSE/ HOUVESSE VISTO
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PERFEITO
FUTURO
TIVER/ HOUVER VISTO
FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS
INFINITIVO
GERÚNDIO
→
TER/ HAVER PARTIDO
TENDO/ HAVENDO PARTIDO
As vozes do verbo são:
a) ATIVA: forma em que o verbo se apresenta pata normalmente indicar que a
pessoa a que se refere é o agente da ação. A pessoa diz-se, neste caso, agente da
ação verbal.
Eu escrevo a carta,
Tu visitaste o primo,
Nós plantaremos a árvore.
b)PASSIVA: forma verbal que indica que a pessoa é o objeto da ação verbal. A
pessoa, neste caso, diz-se paciente da ação.
A carta é escrita por mim.
O primo foi visitado por ti,
A árvore será plantada por nós.
A passiva é formada com um dos verbos ser, estar, ficar seguido de particípio.
c) REFLEXIVA: forma verbal que indica que a ação verbal não passa a outro ser
(negação da transitividade), podendo reverter-se ao próprio agente (sentido reflexivo
propriamente dito), atuar reciprocamente entre mais de um agente (reflexivo
recíproco), sentido de “passividade com se” e sentido de impessoalidade, conforme as
interpretações favorecidas pelo contexto, formada de verbo de verbo seguido do
pronome oblíquo de pessoa igual à que o verbo se refere:
eu me visto, tu te feriste, ele se enfeita
O verbo emprego na forma reflexiva proporcional dita diz-se pronominal.
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1) pode apresentar o verbo em qualquer pessoa, enquanto a reflexiva só se constrói
na 3ª pessoa com o pronome se (conhecido também pela denominação de
“apassivador”):
Eu fui visitado pelos meus parentes.
Nós fomos visitados pelos parentes.
2) pode seguir-se de uma expressão que denota o agente da passiva, enquanto a
reflexiva, no português contemporâneo, dispensa:
Eu fui visitado pelos parentes.
Aluga-se a casa (não se diz: aluga-se a casa pelo proprietário)
Todavia, há casos em que se explica o agente, como no seguinte exemplo de
Drummond:
Não sei se devemos exalar Pelé por haver conseguido tanto, ou se nosso louvor deve
antes ser dirigido ao gol em si, que se deixou fazer por Pelé, recusando-se a tantos
outros.
→
CORRELAÇÃO VERBAL
Dá- se o nome de correlação verbal à articulação temporal entre duas formas verbais.
Assim, ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar estabelecem,
entre si, uma relação, uma correspondência, ajustando- se, convenientemente, um ao
outro.
Veja exemplo de correlação adequada:
Ex.: Se eu tivesse dinheiro, faria um curso de preparação para o concurso público.
- Tivesse: tempo que indica hipótese
- Faria: tempo que expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da
realização ou não, do fato contido em “tivesse”.
Se no lugar da forma verbal “faria” empregássemos outra forma, “fazia”, teríamos
uma correlação verbal inadequada.
Exemplo de correlação inadequada:
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Ex.: Se eu tivesse dinheiro, fazia um curso d preparação para o concurso público.
-Tivesse: tempo que indica hipótese
-Fazia: tempo que transmite uma idéia de processo não concluído. Indica o que no
passado era freqüente ou contínuo.
ALGUNS EXEMPLOS DE CORRELAÇÕES VERBAIS, ADEQUADAS:
a) verbo: presente do indicativo – verbo: presente subjetivo
Ex.: Peço- lhe que me diga a verdade.
b) verbo: pretérito perfeito indicativo – verbo: pretérito imperfeito do subjuntivo
Ex. Pedi- lhe que me dissesse a verdade
c) verbo: presente do indicativo – verbo: pretérito perfeito composto do subjuntivo
Ex.: Desejo que ele tenha feito boa viagem.
d) verbo: pretérito imperfeito do indicativo – verbo: mais-que-perfeito composto do
subjuntivo
Ex.; Queria que ele tivesse feito boa viagem.
e) verbo: futuro do subjuntivo – verbo: futuro do presente do indicativo
Ex.: Se você me trouxer o livro, eu o lerei.
f) verbo: pretérito imperfeito do subjuntivo – verbo: futuro do pretérito do indicativo
Ex.: Se você me trouxesse o livro, eu o leria.
g) verbo: pretérito mais que- perfeito composto do subjuntivo – verbo: futuro do
pretérito simples ou composto do indicativo.
Ex. Se os governantes tivessem se empenhado, teríamos, hoje, um país melhor.
h) verbo: futuro do subjuntivo – verbo: futuro do presente composto do indicativo
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Ex.; Quando chegarmos lá, ele já terá saído.
i) verbo: futuro do subjuntivo – verbo: futuro do presente composto do indicativo
Ex.: Quando chegarmos lá, ele já terá saído.
12.
A Sintaxe da oração e do período
O tema dessa matéria engloba os termos básicos da oração, sempre atentos à
pontuação, à regência e à concordância. A sintaxe é um tema extenso e vamos aplicála quanto o seu emprego. Evite a decoreba para que você não venha ser surpreendido
na hora da prova.
Você sabe diferenciar oração, de frase e de período? Vamos lá. Frase é todo
enunciado que possui sentido completo, capaz de transmitir uma informação
satisfatória para a situação em que é utilizado. Oração é um enunciado com verbo
ou locução verbal (necessariamente há verbo na oração). Período é a frase
organizada em oração ou orações, terminada também em ponto. Ele pode se
caracterizar como período simples - quando possui apenas uma oração - ou período
composto - quando possui mais de uma oração.
O conceito de frase é, portanto, bastante abrangente, incluindo desde estruturas
linguísticas muito simples até estruturas complexas:
- Ai!
- Durante algum tempo, vivi na Bahia..
Normalmente, a frases de maior complexidade se organizam a partir de um ou mais
verbos (locuções verbais). A frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução
verbal damos o nome de oração (frase verbal). A frase pode ser verbal (possuir verbo)
ou nominal (não possuir verbo).
Constitui o período a frase organizada em orações, que pode ser SIMPLES (formado
apenas por uma oração) ou COMPOSTO (formado por mais de uma oração). O final do
período é marcado por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação (e mais
raramente por reticências), e NÃO por vírgula ou ponto-e-vírgula.
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Vejamos um exemplo:
"Assim como Luciana, Amanda também amava Rodrigo ."
-É uma frase de um período simples, pois possuiu apenas uma oração.
“Um sentimento nasceu espontaneamente em seu coração, sem que pudesse
impedi-lo, e somente revelado à sua aia”
-Esta já é uma frase de período composto, por possuir três orações.
Vamos falar agora sobre os termos da oração:
TERMOS ESSENCIAIS TERMOS INTEGRANTES
-SUJEITO
-PREDICADO
TERMOS ACESSÓRIOS
-COMPLEMENTO NOMINAL -ADJUNTO ADNOMINAL
-COMPLEMENTO VERBAL
-ADJUNTO ADVERBIAL
-AGENTE DA PASSIVA
-APOSTO
Obs.: Lembrando que o VOCATIVO é um termo independente da oração, por isso não
o coloquei no quadro acima.
13.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
-SUJEITO- é o termo do qual, geralmente, se declara alguma coisa; concorda em
número e pessoa com o verbo da oração (concordância verbal). Frise-se que só faz
sentido falar em sujeito quando estamos lidando com orações, ou seja, quando é
possível perceber uma relação entre um determinado termo de uma oração e o verbo
dessa mesma oração.
Sujeito é uma função substantiva da oração, ou seja, são os substantivos e as
palavras de valor substantivo que atuam como núcleos dessa função nas orações da
Língua Portuguesa.
-Minha tataravó já morreu.
-As elas modelos do Brasil encantam o mundo.
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-O safado do presidente se faz de ingênuo.
As palavras em destaque são chamadas de núcleo do sujeito.
O sujeito também pode ser representado dessa forma:
-Era forçoso que fosse assim.
→
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Existem duas categorias ou tipos básicos de sujeito. Vejamos:
a) SUJEITO SIMPLES-É identificado pelo contexto ou pela terminação do verbo (que
sempre concorda com o sujeito). São determinados todos os sujeitos que vimos nas
três orações acima.
O sujeito determinado pode ser:
a) SIMPLES-caso tenha um único núcleo.
-Um homem alto abriu.
O sujeito (quem abriu a porta?) é "um homem alto", ou seja, três palavras. Mas o
"núcleo do sujeito" é homem. Ou seja, não é "um" quem está abrindo a porta, nem
"alto", mas sim "homem". Logo, Núcleo do sujeito: "homem". Uma única palavra,
sujeito determinado simples.
b) COMPOSTO-caso tenha mais de um núcleo.
-Os tigres e os rinocerontes estão ameaçados de extinção. Núcleos do sujeito:
"tigres” e “rinocerontes".
c) OCULTO, ELÍPITO OU DESINENCIAL- caso não esteja expresso na oração, mas
possa ser identificado pela terminação (ou desinência) do verbo.
-Ficamos abestalhados com tanta corrupção.
Veja,
a
desinência
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"amos"
refere-se
à
primeira
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pessoa
do
plural,
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"nós".
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d) SUJEITO INDETERMINADO- é aquele que não se pôde ou não se quis apontar e
que também não se pode identificar pelo contexto ou pela terminação verbal.
O sujeito indeterminado pode acontecer:
d.1) Com o verbo na terceira pessoa do plural não se referindo a nenhum substantivo
no plural ou aos pronomes "eles" e "elas" anteriormente mencionados.
- Bateram minha carteira no ônibus.
d.2) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação, na terceira pessoa
do singular, acompanhados da partícula "se".
-Trata-se de um ladrão hábil, de uma mão leve.
e) ORAÇÃO SEM SUJEITO
Apesar de ser um termo essencial da oração, o sujeito pode não existir em algumas
orações. São as orações de sujeito inexistente, ou orações sem sujeito. O mesmo não
pode acontecer com o predicado- toda oração possui um.
No caso de orações sem sujeito, o processo que o verbo expressa refere-se a si
mesmo e não pode ser atribuído a ninguém. Em geral, são orações sem sujeito
a) As que se referem a fenômenos da natureza.
-Anoitece tarde no horário de verão.
Venha comigo: "quem é que anoitece tarde no horário de verão?", obviamente,
'ninguém anoitece. A oração não tem sujeito!
-Choveu muito ontem. (ninguém chove!)
-Está trovejando. (0 mesmo raciocínio!)
b) As que apresentam os verbos "haver", "fazer" e "ser", empregados de forma
impessoal, como nos exemplos:
-Há poucos leitores no Brasil.
-Faz três anos que me mudei dali.
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-Hoje são oito de fevereiro.
ATENÇÃO! O verbo da oração sempre concorda com o sujeito em pessoa e número.
Não se pode dizer, por exemplo, "ela vivemos na Europa", nem "nós vive na Europa".
Sendo assim, volte umas linhas, ao item b e note que, embora estejamos nos
referindo a "poucos leitores" e a "três anos" o verbo está no singular, assim como ao
nos referirmos a "hoje" o verbo está no plural - o que reforça a ideia de inexistência
de sujeito.
14.
TIPOS DE PREDICADO
O predicado, um termo essencial da oração, pode ser classificado em:
a) predicado verbal
b) predicado nominal
c) predicado verbo-nominal
14.1.
VERBAL
Possui como núcleo um verbo nocional (ou uma locução verbal), isto é, um verbo que
exprime ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental (são mais
conhecidos como verbos transitivos e verbos intransitivos)
De grão em grão, a galinha enche o papo.
O núcleo do predicado é um verbo (o verbo "encher")
14.2.
NOMINAL
Possui como núcleo um nome (adjetivo, substantivo ou outra palavra com valor
substantivo), que desempenha a função de predicativo do sujeito (termo que
caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo); seu verbo é não-nocional
(mais conhecido como verbo de ligação).
A galinha do vizinho é sempre mais gorda.
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O sujeito é "a galinha do vizinho". O núcleo do predicado não está contido no verbo
("é"), mas sim no adjetivo - "gorda". Isto é, a ideia mais importante do predicado não
é o verbo "é", mas o adjetivo "gorda". "Gorda" é o nome que se liga ao sujeito através
de um verbo de ligação. "Gorda" é o predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito
exprime a qualidade ou condição que se atribui ao sujeito. O verbo de ligação tem a
função de ligar o predicativo ao sujeito.
Na oração que analisamos, o nome é mais importante do que o verbo de ligação. A
esse tipo de predicado chamamos de predicado nominal.
OBS.: Verbos podem variar de regime de acordo com o sentido que possuem na
oração. Esse é o caso, por exemplo, do verbo ESTAR. Em "Ele está correndo", o verbo
"está" é auxiliar e integra uma locução verbal indicativa de um processo, uma ação.
Diferente é o seu emprego em "Ele está cansado", frase em que o mesmo verbo agora
é tomado como não nocional, ou de ligação. Na primeira frase, tem-se predicado
verbal; na segunda, nominal.
Variação semelhante pode ser observada também nos seguintes exemplos: "A
correnteza virou a canoa" e "A lagarta virou borboleta". No primeiro caso, o verbo
"virou" indica uma ação; é, pois, nocional e núcleo do predicado verbal. Já no
segundo, seu valor semântico indica uma mudança de estado; sendo, portanto, não
nocional e integrante de predicado nominal cujo núcleo é o termo "lagarta".
O verbo de ligação pode indicar o tipo de relação que existe entre sujeito e
predicativo. Os verbos de ligação mais frequentes são: "ser", "estar", "ficar",
"parecer", "permanecer" e "continuar". Além deles, vários outros verbos podem servir
como verbo de ligação. Vejamos os exemplos abaixo:
1)Hermógenes é louco.
2)Hermógenes parece louco.
3)Hermógenes fica louco.
4) Hermógenes anda louco.
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Todos os verbos em negrito são verbos de ligação: fazem uma ponte entre o sujeito
("Hermógenes") e uma qualidade que se atribui a ele ("louco"). A relação que se
estabelece entre o sujeito e seu predicativo, todavia, sofre pequenas variações,
suficientes para mudar o impacto e o sentido de cada frase.
No primeiro caso, dizemos que a loucura é uma característica permanente de
Hermógenes. Na frase b) apontamos um semelhança entre Hermógenes e um louco.
Na oração c), o que se destaca é a mudança de estado sofrida por Hermógenes.
Finalmente, na oração d) o que fica evidente é o fato de que o estado de Hermógenes
é transitório.
VERBO DE LIGAÇÃO
SER
ESTAR, ANDAR, ACHAR-SE, ETC.
FICAR, TORNAR-SE, FAZER-SE,
ETC.
FICAR, CONTINUAR,
PERMANECER, ETC.
PARECER, SEMELHAR, ETC.
ASPECTO
A qualidade ou estado atribuído ao sujeito é
permanente
Exprime estado transitório.
Exprime mudança de estado.
Mostra continuidade de estado.
Denota semelhança.
VERBO-NOMINAL apresenta dois núcleos: um verbo (que será sempre nocional) e
um nome (que funcionará como predicativo do sujeito ou do objeto).
Marianita chegou esbaforida.
Verificamos que o predicado possui dois núcleos. O primeiro é constituído pelo verbo
intransitivo "chegou" e o segundo é constituído pelo adjetivo "esbaforida".
Dizemos que o predicado é verbo nominal, pois tem um núcleo verbal e outro
nominal. Nesse caso, o predicativo refere-se ao sujeito, ou seja, "esbaforida" refere-se
a "Marianita". Temos um predicativo do sujeito.
Vejamos outro exemplo.
O júri julgou o réu culpado.
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Nesse caso, temos um verbo transitivo ("julgou"), um objeto ("o réu") e um
predicativo ("culpado"). Aqui também temos um predicado verbo nominal. Ele tem
dois núcleos: um verbo e um adjetivo.
Se observarmos com mais cuidado, veremos algo importante. Nesse caso, o
predicativo não se refere ao sujeito, mas sim ao objeto direto ("culpado" refere-se a
"réu"). "Culpado" é um predicativo do objeto.
ATENÇÃO! Há dois tipos de predicativo:
1) predicativo do sujeito (num predicado nominal)
-Ela ficou triste.
2) predicativo do objeto
-Ela achou a amiga triste.
Segue abaixo o resumo do que foi dito até agora:
RESUMÃO
SUJEITO
PREDICADO
PREDICATIVO
VERBO
SIMPLES
NOMINAL
DO SUJEITO
DE LIGAÇÃO
COMPOSTO
VERBAL
DO OBJETO
TRANSITIVO DIRETO
INDETERMINADO
VERBO NOMINAL
OCULTO
TRANSITIVO INDIRETO
INTRANSITIVO
ORAÇÃO SEM SUJEITO
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15.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
1. COMPLEMENTO VERBAL- termo que completa o sentido dos verbos transitivos.
2. OBJETO DIRETO (OD)- completa o sentido de um verbo transitivo direto e,
normalmente, aparece sem preposição (a preposição não é obrigatória).
Atenção! Em alguns casos, o OD vem representado por uma oração (a qual
chamamos de oração subordinada substantiva objetiva direta).
Não quero que fiques triste.
Os pronomes oblíquos também representam complementos verbais, porém os
pronomes o, a, os, as só funcionam como OD.
Comprei-o hoje.
Às vezes, pode o objeto direto vir regido por preposição (objeto direto
preposicionado). São casos especiais de ocorrência. Seja como for, esteja certo de que
é a regência do verbo (e não a preposição) que determinará se o complemento é ou
não objeto direto.
Vejamos os casos mais frequentes:
a) Com verbos que exprimem sentimentos:
Amamos a Deus.
Não amo a ninguém.
b) Para evitar ambiguidade:
Ama-se aos pais.
Notadamente aos mais desfavorecidos atingem essas medidas.
c) Por motivo de ênfase:
A médico, confessor e letrado nunca enganes.
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Cumpri com a minha palavra.
d) Diante de pronome oblíquo tônico:
"Rubião esqueceu a sala, a mulher e a si".
O novo horário incomoda a mim.
Também pode o OD vir representado, repetidamente, por um pronome oblíquo átono
ou tônico. É o que chamamos de objeto direto pleonástico (ODP)
Árvore, filho e livro, queriam-os perfeitos.
3. OBJETO INDIRETO (OI)- completa o sentido de um verbo transitivo indireto e,
normalmente, aparece preposicionado.
Preciso de ajuda.
Atenção! Em alguns casos, o OI vem representado por uma oração (a qual
chamamos de oração subordinada substantiva objetiva indireta).
Preciso de que me ajude.
Já vimos que os pronomes oblíquos podem representar complementos verbais, porém
os pronomes lhe e lhes só funcionam como OI:
Dei-lhe o livro.
Semelhantemente ao que acontece com o objeto direto, o objeto indireto pode
também ser representado, repetidamente, por um pronome oblíquo átono ou tônico
ou por pronome de tratamento (objeto indireto pleonástico):
A mim, ensinou-me tudo.
4. COMPLEMENTO NOMINAL (CN)- termo que integra ou limita o sentido de um
advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado e
indica o alvo ou o paciente da declaração. Vamos a alguns exemplos:
Agiu favoravelmente a ambos. (o termo em destaque complementa o sentido do
advérbio "favoravelmente").
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O fumo é prejudicial à saúde. (o termo em destaque complementa o significado do
adjetivo "prejudicial").
Tenho confiança em ti. (agora, é o substantivo abstrato "confiança" que tem seu valor
semântico complementado pelo termo em negrito).
A função de CN é representada por um substantivo ou por qualquer palavra
substantivada, conforme se depreende dos exemplos anteriores. Isso quer dizer que
essa função sintática também pode ser exercida por uma oração (subordinada
substantiva completiva nominal):
Estou com vontade de suprimir este capítulo.
A fim de que você se sinta seguro na hora de identificar o CN e não o confundir com o
adjunto adnominal (ADJ. ADN.), eis algumas dicas importantes:
I. Todo termo preposicionado que depende de advérbio ou adjetivo é CN.
Ela mora perto do curso. (CN)
II. Substantivo concreto não admite CN.
Comprei o livro de Machado de Assis. (ADJ. ADN.)
III. Todo termo que depende de substantivo abstrato será CN se a preposição não for
de.
A alegria na paz é infinita. (CN)
IV. Caso a preposição seja de, o termo preposicionado será CN quando sofrer a ação
(termo paciente) ou for o alvo dela; e será ADJ. ADN. quando praticar a ação (termo
agente) ou for a origem dela - e ainda quando transmitir a ideia de posse.
A descoberta da vacina foi benéfica. (CN - note que a expressão "da vacina" indica o
que foi descoberto).
A descoberta do cientista foi benéfica. (ADJ. ADN. - agora, o termo "do cientista"
expressa o agente da ação de descobrir).
5. AGENTE DA PASSIVA- termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo
verbo, a qual é sofrida pelo sujeito.
As ruas foram lavadas pelas chuvas.
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Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa.
A voz passiva, como regra geral, é uma flexão pertinente aos verbos TD.
O termo "agente da passiva" vem sempre introduzido por preposição (por, per,
de).
A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da ação expressa pelo
verbo;
A voz passiva analítica (ou verbal) pode apresentar agente da passiva, mas a voz
passiva sintética (ou pronominal) nunca apresentará agente da passiva.
O aluno leu o livro. (voz ativa com sujeito simples: "O aluno").
O livro foi lido pelo aluno. (voz passiva analítica; o termo destacado é o agente).
Vendem flores. (voz ativa com sujeito indeterminado).
Flores são vendidas. (voz passiva analítica sem agente da passiva).
Vendem-se flores. (voz passiva sintética sem agente da passiva).
QUADRO COMPLEMENTAR:
COMPLEMENTO NOMINAL COMPLEMENTO VERBAL AGENTE DA PASSIVA
OBJETIVO DIRETO
OBJETO INDIRETO
16.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
ADJUNTO ADNOMINAL- é termo de valor adjetivo que serve para especificar ou
delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso por:
a) adjetivo
b) locução adjetiva
c) artigo
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d) pronome adjetivo
e) numeral adjetivo
f) oração adjetiva
ATENCÃO!Cuidado para você não confundir adjunto adnominal com predicativo do
objeto e vice-versa. Vejam as diferenças.
Os professores consideram a prova difícil.
No intuito de descobrir se o termo em questão (difícil) se refere a um adjunto
adnominal ou a um predicativo do objeto, basta substituí-lo por um pronome
substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado:
Os professores consideram-na difícil.
Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (
substituindo o termo “a prova”). Assim, mesmo havendo tal substituição, o termo
“difícil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo
que a ele está relacionado. Considera-se, dessa foram, tratar-se de um predicativo
do objeto direto.
ADJUNTO ADVERBIAL- é termo de valor adverbial que denota as circunstâncias em
que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou
de um advérbio, podendo ser expresso por:
a) advérbio- é a classe gramatical
b) locução ou expressão adverbial- é a função sintática
c) oração subordinada adverbial- são adjuntos adverbiais com verbo
ATENÇÃO!
QUANDO O ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO ESTIVER NO FINAL DA ORAÇÃO,
NÃO SERÁ SEPARADO POR VÍRGULA, A NÃO SER QUE HAJA DOIS OU MAIS
ADJUNTOS ADVERBIAIS COORDENADOS. SE O ADJUNTO ADVERBIAL ESTIVER
NO INÍCIO DA ORAÇÃO, PODERÁ SER SEPARADO POR VÍRGULA, OU SEJA, A
VÍRGULA É FACULTATIVA.
EXEMPLO:
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O AVIÃO CHEGARÁ A QUALQUER MOMENTO.
DE VEZ EM QUANDO, MARIA E EU VAMOS AO CINEMA.
NINGUÉM CONFIA NOS POLÍTICOS, HOJE EM DIA, NO BRASIL.
Vamos ver uma pequena relação de adjunto adverbial:
a) causa: O poço secou com o calor.
b) companhia: Estudarei com você.
c) condição: Sem estudar, não passará.
d) concessão: Apesar de você, sou feliz.
e) dúvida: Acaso fizeste mesmo isso?
f) fim: Há homens para tudo.
g) instrumento: Bati-lhe com o chicote.
h) intensidade: Gosto muito de ti.
i) lugar: Veja aonde vai.
j) matéria: Fiz de ouro o meu relógio.
k) meio: Voltamos de bote.
l) modo: Vagarosamente ela recolheu o fio.
m) negação: Não desanimem.
n) preço: Esse relógio custa muito caro.
o) tempo: Estudaremos até as duas horas.
APOSTO é termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, ou a qualquer
palavra substantivada, para explicá-lo, especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou
resumi-lo, classificando-se em:
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a) explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos
entre si e com o meio em que vivem,adquiriu grande destaque no mundo atual.
b) especificativo: A cidade do Rio de Janeiro é linda.
c) enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.
d) distributivo: Havia várias pessoas: umas tristes, outras alegres.
e) resumitivo ou recapitulativo: Vida digna, cidadania
oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.
plena,
igualdade
de
ATENÇÃO!
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal,
observe a seguinte frase:
A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a
obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.
Observações:
1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas,
dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas.
Acabo de ler o romance A moreninha.
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a
saber, isto é, por exemplo, etc.
Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após
o recreio.
3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.
Código universal, a música não tem fronteiras.
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4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto
adverbial pode aparecer precedido de preposição.
Estava deslumbrada com tudo: com
universidade, com as felicitações.
a
aprovação,
com
o
ingresso
na
Vamos estudar agora as classificações e os valores semânticos de cada uma delas.
Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá por meio de um
conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos uma coordenação sindética
(o vocábulo síndeto significa conjunção) entre orações. Caso a resposta seja negativa,
estaremos de uma coordenação assindética (sem conjunção). Vejamos!
17.
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS E SINDÉTICAS
As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem conjunção são chamadas
assindéticas. Diferentemente, as orações coordenadas sindéticas são conectadas
por uma conjunção que recebe nome semelhante ao da oração.
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
a)Aditivas: indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma
Exemplo: e, nem, não só... mas também, não apenas... mas ainda etc.;
A tempestade derrubou árvores e alagou ruas.
b)Adversativas - exprimem fatos opostos ao que se declara na oração coordenada
anterior; ideia de contraste.
Exemplo: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto etc.;
-A tempestade derrubou árvores, mas não alagou ruas.
c)Alternativas - exprimem fatos que se alternam ou se excluem mutuamente.
Exemplo: ou, ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer etc.;
- A tempestade ora derrubava árvores, ora alagava ruas.
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d) Conclusivas - expressam uma conclusão lógica que é obtida a partir dos fatos
expressos na oração anterior.
Exemplo: logo, portanto, por isso, pois, de modo que etc.;
-Ele é mais forte, portanto tem mais chances de vencer a prova.
e) Explicativa - expressam a justificativa de uma ordem, suposição ou sugestão.
Exemplo: pois, porque, que etc.
-Ele tem mais chances de vencer a prova, porque é mais forte.
Vamos estudar agora as Orações Subordinadas Substantivas, Adjetivas e Adverbiais.
SUBSTANTIVAS
ADVERBIAIS
ADJETIVAS
CAUSAL
SUBJETIVA
CONSECUTIVA
PREDICATIVA
CONDICIONAL
OBJETIVA DIRETA
CONCESSIVA
EXPLICATIVA
OBJETIVA INDIRETA
COMPARATIVA
RESTRITIVA
COMPLETIVA NOMINAL
TEMPORAL
APOSITIVA
PROPORCIONAL
FINAL
18.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce
principal.
a
função
sintática
de sujeito do
verbo
da
É fundamental que você opine sobre o assunto.
Atenção!
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser
substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um período
simples:
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oração
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É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a
função de sujeito.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente
- Está comprovado
-É bom que você compareça à minha festa.
2- Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi
anunciado - Ficou provado
-Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer – acontecer
-Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da
oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do
verbo da oração principal.
-Todos sabemos que ele aceitará o convite.
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas
por:
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1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
-A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de
preposição), nas interrogações indiretas:
-O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de
preposição), nas interrogações indiretas:
-Eu não sei por que ela fez isso.
Orações Especiais
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver,
sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante
de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:
-Deixe-me repousar.
-Mandei-os sair.
-Ouvi-o gritar.
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de
infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como
sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que
um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre,
convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
-Deixe que eu repouse.
-Mandei que eles saíssem.
-Ouvi que ele gritava.
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas
retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos
sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.
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c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
-Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice Lispector)
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que
pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.
Sentimos orgulho de seu comportamento.
Complemento Nominal
ATENÇÃO!
Observe
que
as
orações
subordinadas
substantivas
objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que
orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o
sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar
em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o
objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um
verbo, o segundo, um nome.
e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do
sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito
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Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o
exemplo:
A impressão é de que não fui bem na prova.
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo
da oração principal.
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento.
Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
Oração Subordinada Substantiva Apositiva
19.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
• Características
I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição,
finalidade etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração
principal;
II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo e
são introduzidas por conjunção;
III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio,
particípio).
a)Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal. As principais
conjunções são:porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como (só no início
do período), se, na medida em que, por+infinito.
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Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em português.
(Clarice Lispector)
b)Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração principal. É
iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva que. Na oração principal,
geralmente, há um advérbio de intensidade- tão, tal, tanto e tamanho (a)
Fiquei tão alegre com esta ideia que ainda agora me treme a pena na
mão. (Machado de Assis)
c)Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na oração principal
se realize. Funciona como um adjunto adverbial de condição.É iniciada por conjunção
subordinativa condicional.As principais são se, a menos que, desde que, caso,
contanto que, a+infinitivo.
Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de Elpenor. (Augusto
Meyer)
d)Concessiva: expressa uma ressalva, um fato que deveria impedir o acontecimento
do que se declara na oração principal. Funciona como um adjunto adverbial de
concessão.É iniciada como conjunção subordinativa concessiva ou por locução
conjuntiva subordinativa concessiva. As principais são: embora, conquanto, apesar
de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.
(...) descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala. (Graciliano Ramos)
e)Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação. É iniciada pelos
elementos comparativos mais... que, mais...do que, menos...que, menos...do
que, tanto...quanto, tão..como. Em quase todas as orações subordinadas
comparativas ocorre zeugma, que é a omissão do verbo já escrito anteriormente.
Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo)
f)Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é dita na oração
principal. Funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por conjunção
subordinativa conformativa ou por locução conjuntiva subordinativa conformativa. As
principais são como, conforme e segundo.
Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo outro. (Mário
Donato)
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g)Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente ao que se diz na
oração principal. Indica proporção. É iniciada pelas locuções conjuntivas
subordinativas proporcional com: à proporção que, à medida que, tanto mais.
Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da natureza. (Graça
Aranha)
h)Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal. Funciona como um
adjunto adverbial de finalidade. È iniciada por conjunção subordinativa final ou por
locução conjuntiva final. As principais são a fim de que, para que, porque,
para+infinito.
O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem os
quatro movimentos.
i)Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração principal.
Funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por conjunção subordinativa
temporal ou por locução conjuntiva subordinativa temporal. As principais são quando,
enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal, ao+infinitivo.
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta (...). (Lourenço Diaféria)
20.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVA
As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se, semanticamente, a adjetivos,
ou seja, caracterizar um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de
ser. Sintaticamente, podem exercer a função de adjunto adnominal de um termo da
oração principal.
ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS
Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as orações subordinadas
adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas: restringindo e individualizando
esse termo ou simplesmente explicando, realçando, amplificando uma informação
sobre ele.
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem
que passava naquele momento.
(Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
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Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido
da palavra "homem”: trata-se de um homem específico, único. A oração limita o
universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que
estava passando naquele momento.
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
(Oração Subordinada Adjetiva Explicativa)
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à
palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já
sabemos estar contida no conceito de "homem".
Atenção!
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração
principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É
comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de
diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as
explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
21.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bem pessoal, procurei enxugar o máximo do conteúdo. Lembre-se de que quando
estudamos para concurso, ninguém quer ficar “expert” em português, quer é passar
no concurso.
Aguardo você na próxima aula.
Até lá!
Um grande abraço.
Alexandre Soares
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Aula Inaugural - Concurseiro 24 Horas