14 | JANEIRO 2014
“Os deficientes em serviço não têm o mesmo tratamento dos outros deficientes,
por isso as quotas também deviam ser diferentes.”
“Espero que todos nós nos empenhemos na solução dos colegas da lista verde
pois é uma injustiça, todo pelo que estão a passar, e as demoras nas juntas médicas de colegas que esperam ser considerados deficientes das Forças Armadas.”
Relativamente aos elogios alguns poder-se-ão confundir com manifestações de
satisfação. Os exemplos seguintes exprimem algumas das alusões efetuadas pelos associados:
“Grato pelo empenho dado e pela informação que chega, bem a mesma dedicação da Direção Central e da Delegação a que pertenço se o isolamento era grande
seria maior sem a colaboração dada por vós.”
“O meu muito obrigado pelos serviços prestados aos sócios da ADFA.”
“Esta direção chefiada pelo Sr. José Arruda, devolveu-nos a dignidade, que nos
tentaram tirar e ainda falta acrescentar o respeito que a Pátria nos deve. Até sempre.”
“Estou muito satisfeito pela vossa dignidade que tiveram para comigo e que continuem a ter, muito obrigado.”
“Porque sempre que nos dirigimos há ADFA, somos sempre bem recebidos quer
pessoalmente quer via telefone e, sobre tudo, bem esclarecido.”
“Estou muito satisfeito da maneira rápida com que sou atendido nas minhas dúvidas.”
“Porque as quotas não são enviadas aos pagantes.”
“O valor das cotas da associação é demasiado, para os pensionistas com pequenas pensões. Devia-se pagar uma percentagem sobre a pensão e não da forma
que se está a pagar eu acho injusto.”
“A sugestão que deixo é que os quotas que pagamos acho que seria melhor o
aumento de ano sim ano não, não somos aumentados já 9 anos e já se sente.”
“Não é aceitável que um deficiente com uma pensão de 250 € pague uma cota de
50 €. As questões dos deficientes em serviço está muito mal resolvida.”
“Sobre as cotas deviam pagar 1% sobre o valor que recebem mas ninguém pode
pagar menos de que está a pagar.”
A manutenção dos direitos é uma das inquietações também referidas pelos associados,
cujas menções seguintes são bem o exemplo dessa preocupação:
“A minha opinião devido à situação financeira do país: A primeira preocupação e
julgo que deve ser a prioritária de momento é procurar manter tudo aquilo que
ao fim de tantas lutas conseguidas. Eu sei que se não conseguiu tudo aquilo que
desejamos, no entanto e como referi a situação atual não permite ter grandes
esperanças e até poderá acontecer que em vez de conseguirmos mais alguma
coisa, nos seja retirado parte daquilo que já conseguimos. Grande ponderação
em insistir de momento nas exigências!
“Que a nossa associação continue como até aqui pelos nossos direitos, uma vez
que nós já contribuímos há muito com os nossos deveres. Que não dê tréguas à
tentativa de as nossas esposas ficarem sem a assistência à saúde pelo IASFA.”
“Era ADFA conseguir manter os direitos dos associados.”
“Espero que continuem a prestar o mesmo atendimento e o mesmo apoio aos
associados uma vez que o mesmo me tem agradado bastante bem.”
Os casos de insatisfação face a alguns serviços externos à ADFA referem, por
exemplo, os Hospitais Militares, Segurança Social, entre outras situações, conforme demostram as citações seguintes:
“Na comparticipação do Estado, deixaram de mencionar e enviar para nós a relação a que diz respeito os valores e respetivos documentos que são pagos.”
“Eu D.F.A. Com 40% de incapacidade fui operado no Hospital Militar do Porto
fui a uma junta médica no Hospital Militar do Porto puseram-me em 61,7% de
incapacidade em 08/04/2009 o meu processo encontra-se C.P.I.P. há 2 anos e
vai fazer 5 anos que estou à espera, agradecia uma ajuda mais saudável a circular
se fosse possível.”
“Eu frequento muito o Hospital Militar Regional de Coimbra em consultas e exames etc. Só lamento muito o seguinte, para se marcar uma consulta de especialidade é preciso estar 6 meses à espera de consulta ou seja meio ano, lamento
muito esta situação com respeito ao atendimento é bom. Mas há falta de alguns
médicos de especialidade «Urologia» estou à espera de consulta há vários meses.”
“Sou diabético, insulina e as tiras teste não estão incluídas no pacote dos medicamentos a custo zero. Algo está mal.”
“Sou deficiente amputado da mão esquerda, preciso de prótese nova, nunca fui
informado que grau de deficiência tinha sido alterado, fui eu apanhado. Segurança social onde fui muito mal tratado, onde contínuo com prótese velha a cair de
podre gostava que a Associação visse isto com bons olhos. Obrigado.”
As alusões à defesa dos direitos são integralmente reproduzidas nas citações seguintes:
“Aconselho a D.N. a exigir da Defesa Nacional para que junto da Civil exija que reabra o acesso ao lar Militar para os graus de deficientes, porque o lar foi construído
para esse efeito. Dr. Oliveira Salazar foi um ditador que nos destruiu a vida mas
ainda teve o bom senso de mandar construir um lar para as vitimas que a guerra
causou. Agora estes governos democratas querem-nos abandonar na rua? E não
se esqueçam do problema o I.A.S.”
“Defender sempre os direitos dos deficientes.”
“Continuar na defesa dos direitos de todos os sócios da associação, como até
aqui.”
“Que continuem a defender os interesses dos associados, como o tem feito.”
“Continuar a luta, em defesa dos nossos direitos.”
A questão das quotas foi também assinalada pelos associados, conforme podemos
constatar das referências abaixo enumeradas:
“Considero-me insatisfeito derivado às quotas atualizadas pela associação no
meu caso as quotas deveriam ser mediante o ordenado da pensão de cada um e
não uma prestação fixa, custa um individuo que recebe 230€ pagar tanto como
aquele que recebe 1000€ ou mais isto deveria ser por exemplo 1º sobre o ordenado de cada um e não 5€ por mês para todos. Está mal.”
“Que a ADFA não permita que nos roubem as regalias adquiridas.”
Por fim, há a referir que as menções aos serviços clínicos e à vida associativa e/ou associativismo surgiram com a mesma percentagem.
Neste sentido, as alusões mencionadas pelos associados relativamente aos serviços clínicos referem o seguinte:
“Eu acho que os médicos deveriam ser mais prestáveis com os doentes, mais
simpáticos e mais preocupados com a saúde dos mesmos, mandar-lhes fazer
exames rotineiros e até mesmo ao ponto de descobrirem a causa de alguma queixa do doente. É isso que marca a diferença do serviço médico prestado no serviço
da ADFA e em relação ao serviço SNS público.”
“Em relação ao serviço de estomatologia muito deficiente, em relação há higiene
assim como ao profissionalismo do Sr. (…), é dúbio quanto ao restante.”
No que se refere à vida associativa e/ou associativismo, para além de outras questões
que também referenciam este assunto, as que a seguir se transcrevem ilustram este
tema:
“No decorrer da vida associativa da A.D.F.A., ao longo dos nossos 40 anos, constatei que nunca foi muito consentânea a ligação das delegações, à conjuntura
Nacional. Penso existir uma assimilação deficiente das delegações como tal. Assistimos frequentemente nas Assembleias Gerais Nacionais a comportamentos,
muito pouco condizentes com a realidade da A.D.F.A. Não entendo certos posicionamentos, ou será maneira de exercer o PODER sem o TER?”
“Mais convívio entre os associados.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este relatório teve como finalidade a avaliação da satisfação dos serviços prestados pela
ADFA, cujo objetivo principal consistiu em aferir a qualidade sobre os mesmos, de forma
a melhorá-los.
A amostra foi constituída por 1193 associados (51,57%), composta por indivíduos do
género masculino (95%) e feminino (4%).
De um modo geral, a avaliação é positiva (89%), podendo-se concluir que a maioria dos
associados está satisfeita com os serviços prestados pela ADFA.
Importa reter como considerações finais os valores positivos alcançados relativamente
à representatividade exercida pela Direção Nacional e delegações. Contudo, é importante não descurar uma análise aprofundada às sugestões assinaladas pelos associados e,
em determinados casos, facultar-lhes mesmo uma resposta.
Relativamente aos serviços prestados a avaliação geral destes foi amplamente satisfatória, no entanto, individualmente, cada um dos processos deva assumir um compromisso
com a melhoria contínua, que vá ao encontro de uma maior satisfação dos associados
da ADFA.
Como pontos fortes deste levantamento destacaríamos a percentagem de respostas ao
questionário, que foi a mais significativa desde o início do processo de certificação, assim como o número de sugestões que também obteve um valor expressivo. Atendendo
a um conjunto de fatores que poderiam inibir a participação dos associados, como por
exemplo a idade, a escolaridade e uma menor capacidade para responder a inquéritos
tem-se, pelo contrário, verificado uma maior participação, o que é revelador de um forte
apego à instituição ADFA.
Por sua vez, como pontos fracos mencionaríamos as percentagens consideráveis de
não respostas sobre os serviços utilizados, denotando ou dificuldades na avaliação,
ou ausência de opinião face aos mesmos, o que, neste caso concreto, e contrariamente ao referido anteriormente é revelador de uma certa apatia face à instituição
ADFA.
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“Os deficientes em serviço não têm o mesmo tratamento dos outros