UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DANILO MOREIRA RODRIGUES LEVANTAMENTO E ANÁLISE DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS EXISTENTES EM TRÊS UNIDADES HOSPITALARES DA CIDADE DE ANÁPOLIS PUBLICAÇÃO N°: ENC. 135-2011 ANÁPOLIS / GO 2011 ii DANILO MOREIRA RODRIGUES LEVANTAMENTO E ANÁLISE DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS EXISTENTES EM TRÊS UNIDADES HOSPITALARES DA CIDADE DE ANÁPOLIS PUBLICAÇÃO N°: ENC. 135-2011 PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS. ORIENTADOR: PROFa. VALÉRIA CONCEIÇÃO MOURA COSTA, M. SC ANÁPOLIS/ GO: 2011 iii DANILO MOREIRA RODRIGUES LEVANTAMENTO E ANÁLISE DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS EXISTENTES EM TRÊS UNIDADES HOSPITALARES DA CIDADE DE ANÁPOLIS PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL. APROVADO POR: _______________________________________________________ VALÉRIA CONCEIÇÃO MOURA COSTA, M. Sc. (ORIENTADOR) _______________________________________________________ LIANA DE LUCCA JARDIM BORGES, D.Sc (EXAMINADOR INTERNO) _______________________________________________________ LUCIANO MARTIN TEIXEIRA , M.Sc (EXAMINADOR INTERNO) ANÁPOLIS/GO, Julho de 2011. FICHA CATALOGRÁFICA RODRIGUES, DANILO MOREIRA LEVANTAMENTO E ANÁLISE DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS EXISTENTES EM TRÊS UNIDADES HOSPITALARES DA CIDADE DE ANÁPOLIS – 2011 XV, 67P. 297 MM (ENC/UEG, BACHAREL, ENGENHARIA CIVIL, 2011) PROJETO FINAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS. UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS. CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA RODRIGUES, D. M. Levantamento e Análise das Principais Manifestações Patológicas em Revestimentos Existentes em três Unidades Hospitalares de Anápolis. Projeto Final, Publicação ENC. 135-2011, Curso de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, GO, 67p. 2011. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Danilo Moreira Rodrigues TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE PROJETO FINAL: Levantamento e Análise das Principais Manifestações Patológicas em Revestimentos Existentes em três Unidades Hospitalares de Anápolis. GRAU: Bacharel em Engenharia Civil ANO: 2011 É concedida à Universidade Estadual de Goiás a permissão para reproduzir cópias deste projeto final e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte deste projeto final pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. _________________________ Danilo Moreira Rodrigues Anápolis/Go - Brasil iv DEDICATÓRIA A Deus, a minha família, minha namorada e a todos que contribuíram para a realização desse trabalho. . v AGRADECIMENTO Primeiramente agradeço a Deus, que me concedeu sabedoria, esforço, capacidade e guiando todos meus caminhos. Aos meus pais, Maria das Graças e José, pela compreensão e entendimento, me acolhendo em uma fase da minha vida que foi de muitas batalhas e por fim vitórias. Seus ensinamentos se espelham em mim e me encorajam a seguir sempre em frente. As minhas irmãs, Ana Paula e Jackeline, por suas insistências de estar sempre comigo. Meu grande amor e namorada, por me ajudar, aconselhar, estar presente na confecção desse trabalho, agradeço pelo seu esforço e coragem de permanecer junto a mim. A minha orientadora, Valéria, disponibilizando seu tempo, conhecimentos e me auxiliando para o desenvolvimento deste projeto, muito obrigado. Aos meus amigos de faculdade, pelo companheirismo nesse trajeto longo e muitas vezes desgastante. E por fim, agradeço a todos que de alguma maneira contribuíram para a realização deste trabalho. vi RESUMO Na construção moderna, agilidade com qualidade são fatores de extrema importância às construtoras, que se preocupam em realizar o empreendimento em tempos recordes, adotando tecnologias avançadas, mas não levam em consideração um planejamento de prevenções e manutenções futuras nas edificações, surgindo assim, patologias que comprometem a estrutura e a estética dos edifícios. Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre patologias de revestimento, abordando os principais problemas verificados em edificações, nos sistemas de alvenaria, sistemas de revestimento de argamassa, revestimento cerâmicas e revestimento de pintura, descrevendo suas principais manifestações. Para tanto, nos estudos de casos foram realizados levantamentos quantitativos das principais patologias de revestimento existentes, sendo vistoriados e registrados, para posterior análise. Foi previsto um comparativo entre as edificações variando-as devido a sua idade de construção e analisando quais patologias ocorreram com maior freqüência e suas interferências no ambiente. Além do levantamento foram realizados sugestões propostos para minimizar os efeitos de anomalias nas edificações. Em uma análise geral, as patologias em revestimentos da edificação influenciam no desenvolvimento dos pacientes e a prevenção é a melhor forma de evitar que uma pequena patologia tome maiores proporções. Por fim, são sugeridos temas relacionados com o estudo em questão para futuras análises cientificas. Palavra-Chave: manifestações patológicas, sistemas não-estruturais, edificações hospitalares. vii ABSTRACT In modern construction, agility, quality factors are extremely important to developers, who are concerned to execute the project in record times, adopting advanced technologies, but do not take into account a planning future maintenance and prevention in buildings, thus appearing, diseases that compromise the structure and aesthetics of buildings. This paper presents a literature review on the coating conditions, addressing the main problems in buildings, systems of masonry, mortar coating systems, coating ceramic coating and painting, describing its main characteristics. To this end, in the case studies were carried out quantitative surveys of the main pathologies existing coating, being surveyed and recorded for later analysis. It provided a comparison between the varying buildings due to its construction and age of diseases by analyzing which occurred more frequently and their interference in the environment. In addition to the proposed survey were suggestions made to minimize the effects of defects in buildings. In a general analysis of the conditions in the building coatings influence the development of patients and prevention is the best way to prevent disease take a little larger scale. Finally, the suggested topics related to the study in question for future scientific analysis. Keywords: pathologies, non-structural systems, building hospitals. viii LISTAS DE FIGURAS Figura 2.1- Detalhe do posicionamento da tela galvanizada; ..................................................... 6 Figura 2.2- Fatores de majoração das tensões ao longo da janela presente na parede ............... 7 Figura 2.3-Constituinte do Revestimento de Argamassa ........................................................... 8 Figura 2.4- Eflorescência .......................................................................................................... 10 Figura 2.5- Descolamento da argamassa .................................................................................. 12 Figura 2.6- Fissuras na Argamassa ........................................................................................... 13 Figura 2.7- Vesículas ................................................................................................................ 14 Figura 2.8- Constituição de evestimento Cerãmico.................................................................. 15 Figura 2.9- Gretamento............................................................................................................. 17 Figura 2.10- Saponificação ....................................................................................................... 20 Figura 2.11- Calcinação ............................................................................................................ 21 Figura 2.12- Desagregamento da pintura ................................................................................. 22 Figura 2.13- Descascamento da pintura ................................................................................... 23 Figura 2.14- Formação de bolhas ............................................................................................. 25 Figura 2.15- Enrugamento da superfície .................................................................................. 26 Figura 3.1- Fissuras na alvenaria .............................................................................................. 28 Figura 3.2- Ausência de verga e contra verga .......................................................................... 29 Figura 3.3- Eflorescência .......................................................................................................... 29 Figura 3.4- Descolamento da argamassa .................................................................................. 30 Figura 3.5- Fissuras na argamassa ............................................................................................ 31 Figura 3.6- Trincas no revestimento de paviflex ...................................................................... 31 Figura 3.7- Ausência de rejuntamento ...................................................................................... 32 Figura 3.8- Bolor ou Mofo ....................................................................................................... 33 Figura 3.9- Saponificação ......................................................................................................... 33 Figura 3.10- Desagregamento da pintura ................................................................................. 34 Figura 3.11- Descascamento da pintura ................................................................................... 34 Figura 3.12- Bolhas .................................................................................................................. 35 Figura 3.13- Enrugamento da pintura ....................................................................................... 35 Figura 3.14- Fissuras da alvenaria ............................................................................................ 36 Figura 3.15- Ausência de verga e contra verga ........................................................................ 37 Figura 3.16- Fissuração da argamassa ...................................................................................... 38 Figura 3.17- Destacamento do revestimento paviflex .............................................................. 38 ix Figura 3.18- Gretamento e fissuras........................................................................................... 39 Figura 3.19- Bolor ou Mofo ..................................................................................................... 40 Figura 3.20- Saponificação ....................................................................................................... 40 Figura 3.21- Desagregação da pintura ...................................................................................... 41 Figura 3.22- Descascamento da pintura ................................................................................... 41 Figura 3.23- Bolhas .................................................................................................................. 42 Figura 3.24- Fissuras no revestimento cerâmico ...................................................................... 43 Figura 3.25- Ausência de rejuntamento .................................................................................... 43 Figura 3.26- Desagregação da pintura ...................................................................................... 44 Figura 3.27- Descascamento da pintura ................................................................................... 44 Figura 3.28- Bolhas .................................................................................................................. 45 Figura 3.29- Enrugamento da pintura ....................................................................................... 45 Figura 4.1- Esquema de recuperação de fissuras por ausência de verga e contra verga .......... 57 x LISTAS DE GRÁFICOS Gráficos 4.1- Análise geral das patologias de Alvenaria.......................................................... 49 Gráficos 4.2- Comparações entre edificações (Alvenaria) ....................................................... 50 Gráficos 4.3- Análise Geral das Patologias de Revestimento de Argamassa ........................... 50 Gráficos 4.4- Comparações entre edificações (Revestimento de Argamassa) ......................... 51 Gráficos 4.5- Análise Geral das Patologias de Revestimento Cerâmico .................................. 51 Gráficos 4.6- Comparações entre edificações (Revestimento Cerâmico) ................................ 52 Gráficos 4.7- Análise Geral das Patologias de Revestimento de Pintura ................................. 53 Gráficos 4.8- Comparação entre edificações (Pintura) ............................................................. 53 Gráficos 4.9- Análise Geral ...................................................................................................... 54 Gráficos 4.10- Análise Patológicos das Edificações ................................................................ 55 Gráficos 4.11- Comparação entre edificações (Patologias Gerais) .......................................... 55 xi LISTAS DE QUADROS Quadro 2.1: Principais causas de fissuração da alvenaria(LOURENÇO e SOUSA, 2002) ....... 4 xii LISTA DE SÍMBOLOS, UNIDADES, ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT ANVISA cm Ed EPS IBAPE m mm MPa NBR PQI ϕ Associação Brasileira de Normas Técnicas Agencia Nacional de Vigilância Sanitária Centímetros Edição Poliestireno Expandido, Isopor Instituto Brasileiro de Avaliações e Pericias de Engenharia Metros Milímetros Mega Pascal Norma Brasileira Paint Quality Institute Diâmetro xiii SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1 1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 2 1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 2 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................................... 2 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 3 2.1 PATOLOGIA DOS SISTEMAS DE ALVENARIA ........................................................ 3 2.1.1 Fissuração da Alvenaria .................................................................................................... 3 2.1.2 Alvenaria/ Estrutura .......................................................................................................... 5 2.1.3 Vergas e Contravergas ...................................................................................................... 6 2.2 PATOLOGIA DOS SISTEMAS DE REVESTIMENTO EM ARGAMASSA ............... 7 2.2.1 Eflorescência ..................................................................................................................... 8 2.2.2 Descolamento .................................................................................................................. 11 2.2.3 Fissuras na Argamassa .................................................................................................... 12 2.2.4 Vesículas ......................................................................................................................... 13 2.3 PATOLOGIA EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS ................................................. 14 2.3.1 Destacamento de Revestimento Cerâmico ...................................................................... 15 2.3.2 Trincas, Gretamento e Fissuras ....................................................................................... 16 2.3.3 Problemas com as Juntas de Assentamento .................................................................... 17 2.4 PATOLOGIA DOS SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE PINTURA ...................... 18 xiv 2.4.1 Bolor ou Mofo ................................................................................................................. 19 2.4.2 Saponificação .................................................................................................................. 19 2.4.3 Calcinação ....................................................................................................................... 20 2.4.4 Desagregação da Pintura ................................................................................................. 21 2.4.5 Descascamento ................................................................................................................ 22 2.4.6 Manchas .......................................................................................................................... 23 2.4.7 Bolhas.............................................................................................................................. 24 2.4.8 Crateras ........................................................................................................................... 25 2.4.9 Enrugamento ................................................................................................................... 25 3 ESTUDO DE CASO...................................................................................................... 27 3.1 Estudo de Caso: Hospital A ............................................................................................ 27 3.1.1 Patologia dos sistemas de alvenaria ................................................................................ 28 3.1.2 Patologia dos sistemas de revestimento de argamassa .................................................... 29 3.1.3 Patologia em revestimentos cerâmicos ........................................................................... 31 3.1.4 Patologia dos sistemas de revestimento de pintura ......................................................... 32 3.2 Estudo de Caso: Hospital B ............................................................................................ 36 3.2.1 Patologia dos sistemas de alvenaria ................................................................................ 36 3.2.2 Patologia dos sistemas de revestimentos de argamassa .................................................. 37 3.2.3 Patologia em revestimentos cerâmicos ........................................................................... 38 3.2.4 Patologia dos sistemas de revestimento de pintura ......................................................... 39 xv 3.3 Estudo de Caso: Hospital C ............................................................................................ 42 3.3.1 Patologia em revestimentos cerâmicos ........................................................................... 42 3.3.2 Patologia dos sistemas de revestimento de pintura ......................................................... 43 3.4 ENTREVISTAS: ............................................................................................................. 45 3.4.1 Diretor Administrativo .................................................................................................... 45 3.4.2 Órgão fiscalizador municipal .......................................................................................... 46 4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................... 47 4.1 ANÁLISES COMPARATIVAS ENTRE EDIFICAÇÕES ............................................ 49 4.2 SOLUÇÕES PROPOSTAS ............................................................................................ 56 4.2.1 Patologia nas alvenarias: ................................................................................................. 56 4.2.2 Patologia no revestimento de argamassa: ....................................................................... 57 4.2.3 Revestimento Cerâmico .................................................................................................. 58 4.2.4 Revestimento de Pintura ................................................................................................. 58 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 59 5.1 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 59 5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................................... 60 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ....................................................................................... 61 APÊNDICE A- ROTEIRO DE ENTREVISTA 1 .................................................................... 66 APÊNDICE B- ROTEIRO DE ENTREVISTA 2 .................................................................... 67 1 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento da tecnologia ocorre desde o inicio da civilização antiga, simultaneamente em diversas direções, permitindo ao homem criar mecanismos para se adaptar e estar em equilíbrio com o seu ambiente. Cada vez mais, o tema patologia nas edificações assume grande importância. Apesar dos grandes avanços dos trabalhos nacionais, ainda é possível diagnosticar diversos problemas na construção. Os problemas da qualidade na construção brasileira resultam da combinação de diversos fatores, podendo-se citar principalmente a falta de projetos, baixos investimentos financeiros, profissionais sobrecarregados com funções burocráticas, materiais com má qualidade, a falta de mão de obra qualificada no setor da construção civil, entre outros. Muitos dos problemas constatados nas nossas construções poderiam ter sido evitados com a adoção de conhecimentos mais abrangentes sobre o desempenho geral dos materiais, dos processos e das técnicas de construção. A falta de manutenção faz com que pequenas manifestações patológicas, que teriam baixo custo de recuperação, evoluam para situações de desempenho insatisfatório com ambientes insalubres, de deficiente aspecto estético, de possível insegurança estrutural e de alto custo de recuperação. Periodicamente e de forma sistemática é necessário realizar inspeções para avaliar e diagnosticar as patologias da construção, criando-se um plano de ações para se chegar a resultados eficientes na reabilitação da construção sempre que for preciso. Para diagnosticar é preciso reunir o maior número de informações possíveis, sendo por exame visual, consulta com o autor do projeto, moradores locais, etc. A partir dessa avaliação procede-se ao prognóstico do estado patológico e decide-se o tratamento a seguir. A presença da engenharia nos estabelecimentos assistências de saúde têm se tornado cada vez mais necessária, à medida que os hospitais se consolidam para reduzir custos, diferenciar tratamento de centros ambulatoriais. Os projetos de engenharia quando consistentemente implementados, são efetivos na prevenção de infecções oportunistas relacionadas ao ambiente hospitalar. 2 1.1 OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo geral realizar um levantamento técnico das possíveis patologias de revestimentos, existentes em algumas unidades hospitalares de Anápolis. Como objetivos específicos podem ser citados: Realizar uma inspeção visual das patologias encontradas; Verificar as interferências das patologias no ambiente hospitalar; Analisar a prevalência das imperfeições encontradas; Abordar as medidas corretivas e/ou preventivas. 1.2 JUSTIFICATIVA Nas unidades hospitalares depara-se com diversos tipos de clientes que na sua maioria encontram-se debilitados por doenças agudas e crônicas, sendo necessária sua permanência por longos períodos nessas instituições. Pensando no bem estar e conforto dos mesmos, espera-se dessa forma, contribuir para o desenvolvimento técnico, identificando as principais patologias encontradas, e trazendo possíveis soluções para melhorias das unidades hospitalares em estudo, contribuindo de forma positiva na recuperação tanto dos clientes e principalmente das unidades em questão. 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO No capítulo 1 é feita uma abordagem geral sobre patologias em edificações, enfatizando-se as principais causas das manifestações patológicas de revestimentos. O capítulo 2 descreve as manifestações patológicas nos sistemas de alvenaria, na interface alvenaria e estrutura, de revestimentos de argamassa e cerâmicos e nos sistemas de pintura. O capítulo 3 apresentará as unidades hospitalares a serem vistoriadas, bem como os resultados e análises dos levantamentos patológicos. O capítulo 4 apresentará a influência das patologias das edificações no desenvolvimento e agravamento de enfermidades e, possíveis ensaios laboratoriais. As conclusões e sugestões para trabalhos futuros são apresentados no capítulo 5. 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O termo Patologia vem do grego e significa estudo das doenças. Termo usado na engenharia civil tratando a edificação como um ser vivo, interagindo com o meio ambiente e com as pessoas (QUEIROZ, 2005). Quando o desempenho da edificação é ameaçado ou comprometido, a anomalia caracteriza uma doença, moléstia ou enfermidade. É necessário, para que se entenda ou diagnostique a enfermidade, que se conheçam suas formas de manifestação, ou seja, seus sintomas, seus processos de surgimento (mecanismo), os agentes que provocam estes processos (causas) e em que etapa da vida da estrutura surgiu a predisposição a esses agentes (as origens) (PIANCASTELLI, 2008). 2.1 PATOLOGIA DOS SISTEMAS DE ALVENARIA Para Silva et al., (2006) a alvenaria de vedação é responsável pela proteção da edificação contra agentes indesejáveis (chuvas, ventos, etc.), atua também como divisor de ambientes. Não sendo eficaz para resistir a esforços solicitantes, somente o seu peso próprio. As alvenarias têm sua função relevante na construção nacional, satisfazendo eficientemente as exigências correspondentes. Todavia, há insatisfação de muitas pessoas no que diz respeito a defeitos construtivos da alvenaria, repercutindo na falta de segurança, conforto e salubridade do dia a dia. Urge a exigência de prevenir ou corrigir essas patologias de modo eficiente (LORENÇO e SOUSA, 2002). 2.1.1 Fissuração da Alvenaria As fissuras ocupam o primeiro lugar na sintomatologia das alvenarias de vedações. Considerando as diferentes propriedades mecânicas e elásticas dos componentes da alvenaria, e em função das solicitações atuantes, as fissuras poderão ocorrer nas juntas de assentamento (argamassa de assentamento vertical ou horizontal) ou nos blocos (TAGUCHI, 2010). As principais manifestações de fissuras em alvenaria são resumidas de acordo com o quadro abaixo: 4 Quadro 2.1: Principais causas de fissuração da alvenaria(LOURENÇO e SOUSA, 2002) CAUSAS DE FENÓMENOS DE ASPECTOS PARTICULARES FISSURAÇÃO Movimentos da fundação Assentamentos diferenciais de fundações diretas; Variação do teor de umidade dos solos argilosos; Heterogeneidade e deficiente compactação de aterros. Ação de cargas externas Concentração de cargas e de esforços. Deformação do suporte da parede Variações de temperatura Variações de umidade Ação do gelo Ataques químicos Outros casos de fissuração Pavimento inferior mais deformável que o superior; Pavimento inferior menos deformável que o superior; Pavimento inferior e superior com deformação idêntica; Fissuração devida à deformação de consolos; Fissuração devida à rotação do pavimento no apoio. Fissuração devida aos movimentos das coberturas; Fissuração devida aos movimentos das estruturas reticuladas; Fissuração devida aos movimentos da própria parede. Movimentos reversíveis e irreversíveis; Fissuração devido à variação do teor de umidade por causas externas; Fissuração devido à variação natural do teor de umidade dos materiais; Fissuração devida à retração das argamassas; Fissuração devida à expansão irreversível do tijolo. Fissuração devido a condições climáticas desfavoráveis Fissuração devida à procedência dos materiais Hidratação retardada da cal; Expansão das argamassas por ação dos sulfatos; Corrosão de armaduras e outros elementos metálicos. Ações acidentais (sismo, incêndios e impactos fortuitos); Retração da argamassa e expansão irreversível do tijolo; Choque térmico; Envelhecimento e degradação natural dos materiais e das estruturas; Paredes de blocos; Revestimentos; Paredes com funções estruturais. 5 2.1.2 Alvenaria/ Estrutura A alvenaria tem uma rigidez significante que proporciona uma baixa deformabilidade da mesma, e quando a estrutura tende a deformar, encontra um corpo rígido (alvenaria) que reage,originando tensões e um novo carregamento à estrutura de sentido contrário a que ela aplicou na alvenaria. Estando ambas em equilíbrio procede como um único corpo rígido, trabalhando em conjunto, mas mesmo assim, a alvenaria ainda está submetida a uma sob tensão e quando ocorre o desligamento desse equilíbrio ela irá romper devido a sua menor resistência em comparação com a da estrutura (SABBATINI, 1998). Na interface alvenaria-pilar as amarrações utilizando ferro-cabelo com espaçamentos muito acentuados, arame de bitola muito pequena ou até mesmo tentando ancorar os ferros por atrito com o concreto, são totalmente incorretas, devido a elevadas tensões introduzidas pelas movimentações higrotérmicas das paredes, e possíveis surgimento de fissuras (THOMAZ, 2001). Segundo o mesmo autor, é aconselhável a substituição do ferro-cabelo por uma tela metálica, podendo assim obter um encurvamento da mesma constituindo uma espécie de “mola”, conforme figura 2.1, absorvendo bem os esforços providos da dilatação e retração da alvenaria, garantindo uma boa ancoragem mecânica e estabilidade lateral, mas observando sempre a utilização de telas galvanizadas devido à baixa ocorrência de possíveis corrosões desse reforço. A deformabilidade da viga, em sua interface com a alvenaria poderá ocasionar o aparecimento de fissuras. O encunhamento das mesmas é importante para absorver essa deformação, sendo executados após dois pavimentos imediatamente superiores estando às alvenarias já levantadas, sendo realizado após um período mínimo de 15 a30 dias, para que a argamassa de amassamento possa retrair (BAUER, 1999). Devido à tecnologia ter possibilitado a construção de estruturas mais resistentes, delgados e consequentemente mais flexíveis, os métodos de encunhamento com pedaços de blocos cerâmicos já não estão satisfazendo a necessidade de absorção das deformações da estrutura. Para solucionar o problema, o encunhamento poderá ser realizado com a espuma de poliuretano e argamassa. Sendo, o primeiro mais flexível e elástico sendo aplicado diretamente sobre o espaçamento entre a alvenaria e a estrutura; o segundo é recomendado com a utilização de aditivo como látex polimérico. Em lajes do último pavimento, o mais recomendável é usar sempre materiais bastante elásticos, como o EPS (Poliestireno Expandido, Isopor) (LOTURCO, 2006). 6 Figura 2.1- Detalhe do posicionamento da tela galvanizada; Corte horizontal da parede Fonte:Batista et al., (2007) 2.1.3 Vergas e Contravergas Segundo Thomaz (1989) nas regiões localizadas entre aberturas de portas e janelas, ocorrem acentuadas concentrações de tensões de compressão, ocasionando fissuramento nessas regiões. Sendo combatidos esses acúmulos de tensões através da construção de vergas e contravergas. As fissuras nos contornos dos vãos podem assumir diversas configurações em função da influência dos fatores seguintes: Dimensões do painel de alvenaria, anisotropia dos materiais; Magnitude das tensões; Dimensões da abertura e localização da mesma. Ainda de acordo com o mesmo autor, as alvenarias devem ser projetadas de modo a neutralizar a zona de concentração de tensões, sendo de maior intensidade nas extremidades das aberturas, tais esforços são demonstrados na figura 2.2, os quais causam cisalhamento que serão responsáveis por diversas fissuras, em especial as configuradas com a forma de linha a 45º a partir dos cantos dos vãos. De acordo com Bauer (1999) as vergas e contravergas deverão avançar de 30 a 40 cm após o vão das aberturas, e ter altura mínima de 10 cm, a fim de distribuir a concentração de tensões localizada. Caso exista muitas aberturas em proximidade é recomendável uma única verga sobre todas elas. 7 Figura 2.2- Fatores de majoração das tensões ao longo da janela presente na parede Fonte: THOMAZ (1989) Alguns cuidados deverão ser observados na construção da alvenaria, como a escolha correta dos materiais utilizados, a qualidade do serviço (nível, prumo, regularidade das juntas, etc). Nas alvenarias é sempre recomendável o frisamento das juntas melhorando a compacidade da argamassa e propiciando o descolamento da lamina de água de chuva escorrendo pela fachada. Em paredes muito longas ou enfraquecidas pela presença de aberturas de portas e janelas deverão ser prevista a construção de juntas de controle (THOMAZ, 1989). 2.2 PATOLOGIA DOS SISTEMAS DE REVESTIMENTO EM ARGAMASSA De acordo com Alves et al (2010) as principais funções da argamassa de revestimento são proteger a alvenaria e a estrutura contra ações do intemperismo (revestimento externo), sistema de vedação de ambientes proporcionando isolamento térmico, acústico, estanqueidade à água, resistência a presença de fogo, resistência ao desgaste, além da regularização da superfície para suportar acabamentos decorativos e contribuindo na parte estética da edificação. Contribuindo, segundo Angelim (2009), em proporções: 30% a 40% da espessura da parede; 100% de estanqueidade; 30% de conforto térmico; 50% de isolamento acústico. 8 Há várias formas para revestimento de uma parede, sendo constituída por três camadas (chapisco, emboço e reboco), Figura 2-3. O chapisco é necessário para promover a aderência do emboço, evitando que o mesmo se solte. O emboço é a camada de revestimento em argamassa com a função de regularizar a base, propiciando uma superfície que permita receber uma camada de reboco ou de revestimento e a proteção da edificação, evitando a penetração de agentes agressivos. O reboco é a camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento final. Figura 2.3-Constituinte do Revestimento de Argamassa Fonte: MACIEL, et al (1998) Bauer (1999) define que as manifestações patológicas que ocorrem nos revestimentos podem ser causadas por deficiências de projeto, erros de execução, desconhecimentos das características dos materiais, o desconhecimento das normas técnicas ou por problemas de manutenção. Neste trabalho são discutidas as principais patologias decorrentes de revestimento de argamassa, como: Eflorescência, Descolamento e Fissuras. 2.2.1 Eflorescência Segundo Verçoza (1991) eflorescência é a ocorrência de depósitos salinos causados por sais de cálcio, de sódio, de potássio, de magnésio ou de ferro, formados na superfície dos 9 materiais de construção. Essas cristalizações fazem com que o sal aumente de volume podendo assim deteriorar a superfície em questão. Os blocos cerâmicos e as argamassas são de estruturas porosas, assim a água de utilização ou de infiltração transporta esses sais devido ao efeito de capilaridade ou força de gradiente hidráulica à superfície, e em contato com a atmosfera evapora-se, deixando em exposição os sais no meio externo, comprometendo assim a parte estética devido às manchas de cor branca que surgiram na face do revestimento, conforme figura 2.4 (SANTOS e SILVA FILHO, 2008). Essas manchas brancas se dão apartir da reação do hidróxido de cálcio com o gás carbônico, sendo o hidróxido encontrado no cimento e na cal. O sal formado é insolúvel em água sendo de difícil remoção, e para isso é necessários a utilização de escova de aço ou lixar o local, retirando todo o foco de umidade, e posteriormente repintando a superfície (VERÇOZA, 1991). Existe também a formação desses sais formadores de grandes cristais no interior do revestimento que são as criptoflorescências. Sua formação gera um pressionamento na massa, que pode ocasionar fissuras, rachaduras ou até mesmo o colapso da alvenaria. O sulfato é o agente responsável por essa anomalia, que na presença de água expande seu volume dando inicio a todo o processo patológico (VERÇOZA, 1987). Uemoto (1988) afirma que a absorção e a impermeabilização são características próprias dos materiais, impedindo a percolação da água, dessa maneira evita os efeitos patológicos, pois sem água é impossível a ocorrência de eflorescência. Para conter o fluxo de água são necessários produtos e boa técnica de impermeabilização, e se for o caso de o lençol freático estar próximo a superfície é necessário realizar uma drenagem eficiente. Segundo o mesmo autor, as eflorescências são divididos em 3 tipos: I. Presença de manchas brancas, pulverulento, aspecto de nuvem São gerados pelo sulfato de sódio, potássio, cálcio ou magnésio, raramente por carbonatos de sódio ou de potássio. São solúveis em água, não desagregando os materiais da construção, podendo ocorrer o descolamento da pintura se o acúmulo de umidade estiver na interface alvenaria-pintura. O autor afirma que esse tipo de eflorescência somente altera o aspecto estético da edificação, não prejudicando a alvenaria. II. Presença de manchas brancas escorridas Esse tipo de eflorescência caracteriza-se por ser muito aderente, mas não são solúveis em água, formadas apartir da reação do hidróxido de cálcio proveniente do cimento, com o gás carbônico encontrado no ar atmosférico, resultando em carbonato de cálcio. Na presença 10 de ácido clorídrico ocorre a formação de efervescência. Estas manchas não comprometem os materiais, porém prejudicam a aparência. III. Deposito de sal branco entre as juntas da alvenaria aparente Devido à argamassa de assentamento ser expansiva, esse tipo de eflorescência apresenta fissuras, não sendo muito comum sua ocorrência. Resulta da reação entre o sulfato de cálcio e um aluminato de cálcio hidratado do cimento. Também estão presentes os sulfatos de sódio e de potássio. Ainda de acordo com Uemoto (1988), alguns cuidados podem ser observados para prevenção da eflorescência: Não utilizar materiais com alto teor de sais solúveis; Evitar a utilização de tijolos com índice elevado de sulfato; Proteger a alvenaria com pintura impermeável resistente a solução salinas; Umedecer os blocos cerâmicos a fim de evitar a absorção de água da argamassa; Utilizar argamassa mista (cimento: cal : areia) para minimizar a reação tijolo-cimento; Obter menos teor de cal na hidratação, usando cimento pozolânico ou de alto forno. Figura 2.4- Eflorescência Fonte: PQI (2010) 11 2.2.2 Descolamento De acordo com Verçoza (1991) descolamento é quando a argamassa desprende da alvenaria, sendo que, a falta de aderência, no reboco muito grosso, falta de qualidade dos materiais, são fatores importantes para sua ocorrência, como ilustra a figura 2.5. Segundo Maciel et al.,(1998) a aderência do revestimento origina da penetração da nata do aglomerante nos poros da base, e quando atingido seu tempo de cura, desenvolve sua resistência. Para uma melhor aderência, os componentes da argamassa deverão ter uma porosidade e rugosidade adequada em contato com a superfície devidamente limpa. O revestimento muito grosso também pode levar a seu colapso, pois aumenta o seu peso próprio perdendo a força de aderência com a superfície. Um reboco não deverá ultrapassar uma espessura de 4 cm, sendo o ideal de 2 cm. Sempre que por motivos construtivos a espessura da argamassa exceder seu limite ideal, Fiorito (1994) recomenda a utilização de uma tela soldada (galvanizada) de malha, com a finalidade de absorver tensões oriundas de retração ou do peso próprio da espessura da argamassa. A falta de porosidade dos blocos cerâmicos na alvenaria, também é um fator determinando para o deslocamento da argamassa, impossibilitando a correta ancoragem no substrato. Neste caso uma possível solução é a execução do chapisco esperando que crie uma resistência na base (VERÇOZA, 1991). Segundo Cincotto (1988) as manifestações negativas decorrente da qualidade dos materiais utilizados devem ser levadas em consideração como: Agregado- a areia natural quartzosa, apresenta impurezas prejudiciais como aglomerados argilosos, pirita, mica, concreções ferruginosas e matérias orgânicas, observando os efeitos de expansão da argamassa; Cimento – a finura do cimento equilibra os níveis de retração por secagem. O teor de finos influencia na retração podendo ser adicionado na argamassa incorporador de ar ou cal hidratado para possibilitar uma melhor trabalhabilidade; Cal – a utilização da cal virgem requer sua completa extinção em fábrica, ou no momento de sua utilização, para que não ocorra o aumento de volume no revestimento gerado pelo retardo da hidratação da cal; Materiais com propriedades pozolânicas garantem uma melhor trabalhabilidade da argamassa, sendo impermeabilizante e contribuindo para uma maior resistência a água e as ações climáticas variáveis. Para obtenção desse efeito é possível usar os materiais como pó de 12 tijolo, metacaulino, microssílica, pozolanas naturais dos Açores e de Cabo Verde (VIEGAS, 2006). Figura 2.5- Descolamento da argamassa Fonte: Ferreira (2010) 2.2.3 Fissuras na Argamassa A formação de fissuras no revestimento de argamassa é relacionada a fatores intrínsecos, como o consumo de aglomerantes, o porcentagens de finos, quantidade de água de amassamento. Outros fatores também podem ou não contribuir na fissuração como a resistência de aderência à base, o número e espessura das camadas do reboco, o intervalo de tempo decorrido entre a aplicação das camadas, a rápida perda de água de amassamento por sucção da base ou pela ação de agentes atmosféricos. A ocorrência de fissuras ocorre principalmente devido a fatores relativos a execução do revestimento, solicitações higrotérmicas, e por retração hidráulica da argamassa, como ilustra figura 2.6 (BAUER, 1999). As movimentações térmicas repercutam uma variação dimensional dos materiais (dilatação ou contração), e sendo restringido pelos vínculos que envolvem sua construção, desenvolvem tensões internas que poderão estimular o aparecimento de fissuras. Por outro lado, esses materiais podem sofrer o efeito de fadiga pela ação de ciclos alternados de carregamento e descarregamento ou de solicitações (tração/compressão), provocado por essas mudanças de temperatura (THOMAZ, 1989). As fissuras causadas por retração poderão se intensificar em casos de camadas excessivamente finas, elevada absorção de água pela base (alvenaria, etc), emprego de areia 13 com fração considerável de material silto-argiloso, aplicação do revestimento sobre insolação e/ou ventos fortes (ALMEIDA, 2001). Existindo um elevado teor de materiais pulverulentos (grãos com tamanho inferior a 0,075mm), grande consumo de cimento, pode ocasionar o efeito de retração, pois esses materiais tem uma alto poder plastificantes, devido a sua superfície específica e a sua natureza requerem uma maior quantidade de água de amassamento, gerando posteriormente a evaporação dessa água contribuindo para o surgimento de fissuras. Também, com o excesso de água pode influenciar no endurecimento da argamassa e em uma redução da resistência (CARASEK, 2007 ). Segundo Oliveira et al., (2006) os problemas de fissuração de revestimento nem sempre é necessariamente causado pelo próprio revestimento, mas podendo ser conseqüência de retração da alvenaria, movimentações estruturais, recalques, etc. Figura 2.6- Fissuras na Argamassa Fonte: Carasek, Cascudo (2010) 2.2.4 Vesículas De acordo com Bauer (1999), vesículas têm origem no reboco e é causada por série de fatores, como a presença das pedras de cal não completamente extintas, matérias orgânicas contida nos agregados, torrões de argila na argamassa ou a existência de impurezas, como mica, pirita e torrões ferruginosos. As vesículas decorrentes da cal não hidratada podem surgir em pontos localizados, que expandem, destacam a pintura e deixam o reboco aparente. A presença de matérias orgânicas 14 como húmus ou outros materiais vegetais, na areia, prejudica a união entre a pasta de cimento e o agregado. Torrões de argila dispersos na argamassa manifestam aumento de volume, quando úmidos, e por secagem voltam à dimensão inicial. A argamassa junto ao torrão se dilata e se contrai em função do grau de umidade, desagregando-se gradativamente e originando o aparecimento de vesícula, conforme figura 2.7 (BAUER, 1999). Figura 2.7- Vesículas Fonte: Ferreira (2010) 2.3 PATOLOGIA EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS Outra forma de revestimento de parede é o revestimento cerâmico, sendo constituído apartir do substrato por: Camada de regularização (emboço), Camada de fixação (argamassa colante) e Camada de acabamento (placas cerâmicas e rejuntamento), conforme figura 2.8. Sendo a camada de fixação e a responsável por unir as placas cerâmicas ao substrato. Os revestimentos cerâmicos apresentam grandes vantagens em relação à durabilidade e baixa necessidade de manutenção quando comparado com outras soluções. Muitos problemas ocorrem devido a esse tipo de revestimento, mas não deve ser tomado como generalizados, situações específicas como a determinação do tipo de placa e a situação de uso (CICHINELLI, 2006). As manifestações patológicas nos sistemas de revestimento cerâmico podem ter origem na fase de projeto, quando os projetistas desconsideram as interações do revestimento 15 com outras partes do edifício ou com o meio, e na fase de execução quando os responsáveis pela obra não controlam corretamente o processo de produção (CAMPANTE e BAIA, 2003). Figura 2.8- Constituição de evestimento Cerãmico FONTE: SABBATINI, F. H.; et al (2003) 2.3.1 Destacamento de Revestimento Cerâmico Os destacamentos são caracterizados pela falta de aderência das placas cerâmicas com o substrato, ou com a camada de fixação, devido às tensões nos revestimentos superarem essa resistência de ligação (BARROS e SABBATINI, 2001). A primeira manifestação desta anomalia é a transmissão de um som cavo (oco) nas placas cerâmicas (quando percutidas), ou ainda observa-se um estufamento do revestimento cerâmico, seguido posteriormente do destacamento desta área (PADILHA JUNIOR et al., 2007). Segundo o mesmo autor, as principais causas relacionadas a esse problema são: instabilidade da edificação; Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado, variações higrotérmicas e de temperatura, características um pouco resilientes dos rejuntes; Ausência de detalhes construtivos (contravergas, juntas de dessolidarização); Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido; assentamento sobre superfície contaminada; 16 Imperícia ou negligência da mão-de-obra na execução e/ou controle dos serviços (assentadores, mestres e engenheiros). De acordo com Barros e Sabbatini (2001), para diagnosticar o problema primeiramente deve-se conhecer o tipo de ruptura ocorrida, verificação no verso da placa (tardoz) se o destacamento ocorreu entre a placa e a argamassa, ou da argamassa e o substrato. Embora qualquer tamanho da peça cerâmica possa sofrer esses efeitos patológicos, as peças com maior dimensão apresentam maior esforço de cisalhamento induzido na interface de aderência, em virtude da diminuição da quantidade de juntas de assentamento (CICHINELLI, 2006). 2.3.2 Trincas, Gretamento e Fissuras Figuerola (2005) define gretamento como sendo fissuras na superfície esmaltada resultantes da diferença de dilatação entre a base e o esmalte, conforme figura 2.9. As trincas são ruptura existentes na placa cerâmica devido a presença de esforços mecânicos, sendo as aberturas superiores a 1 mm, causando a separação da placa em partes. O gretamento são diversas aberturas parciais inferiores a 1mm, dando uma estética de teia de aranha na superfície, não ocorrendo sua separação, conforme figura 2.6. As fissuras são o rompimento das placas cerâmicas com abertura inferior a 1 mm não causando sua ruptura total (PADILHA JUNIOR et al., 2007). Segundo Barros e Sabbatini (2001), esses problemas podem ser manifestados em qualquer direção, sendo as possíveis causas citadas a seguir: a) Dilatação e retração do componente cerâmico: Ocorrido devido a variação térmica e de umidade do ambiente, gerando aparecimento de tensões internas, sendo propicio para o surgimento de fissuras no revestimento. b) Deformação estrutural excessiva: A estrutura transmite tensões para as alvenarias, devido suas deformações, que nem sempre são absorvidos totalmente, distribuindo esses esforços em parte, para os revestimentos cerâmicos, e quando superado sua resistência ocorrerá o aparecimento de fissuras. c) Ausência de detalhes construtivos: Detalhes construtivos como: vergas, contravergas, pingadeiras, junta de movimentação pode auxiliar no bom desempenho do revestimento cerâmico. 17 d) Retração da argamassa: O emprego da argamassa convencional tem um elevado efeito de aderência com o corpo, e devido à retração, ocorre o surgimento de tensões que tende a tornar a superfície convexa e tracionada, contribuindo para o surgimento de fissuras/trincas. Figura 2.9- Gretamento Fonte: revista Téchne Ed. 96 2.3.3 Problemas com as Juntas de Assentamento As juntas de assentamento entre placas de revestimento cerâmico são definidas pela NBR 13753 (1996) como “espaço regular entre duas placas cerâmicas adjacentes”. Segundo Junginger e Medeiros (2004) o rejuntamento é responsável por suportar esforços provenientes da movimentação das placas cerâmicas e da base, proporcionando um alívio em toda vida útil do revestimento, sendo a rigidez e a resiliência, fatores importantes para suprir esses esforços. A flexibilidade e a aderência também são pontos determinantes, devido a possível penetração da água ou agentes nocivos motivado pela má aderência ocasionando micro fissuras no rejuntamento ou no revestimento. Os sinais de que está ocorrendo uma deterioração das juntas são: perda de estanqueidade da junta e envelhecimento do material de preenchimento. A perda da estanqueidade pode iniciar-se logo após a sua execução, através de procedimentos de limpeza inadequados. Estes procedimentos de limpeza podem causar deterioração de parte do material aplicado (uso de ácidos e bases concentrados), que somados a ataques de agentes atmosféricos 18 agressivos e/ou solicitações mecânicas por movimentações estruturais, podem causar fissuração (ou mesmo trincas), bem como infiltração de água, levando o revestimento ao colapso (desplacamento/descolamento) (ROSCOE, 2008). O uso de juntas de assentamento largas e rejunte com propriedades elásticas, ajudam na prevenção destes tipos de patologia, sendo o revestimento cerâmico um material que possui baixa elasticidade. As peças com menor absorção de água e maior espessura são as que apresentam maior resistência ao impacto e, consequentemente, as mais indicadas para ambientes sujeitos aos impactos constantes (PEZZATO, 2010). Quando estes rejuntes possuem uma quantidade grande de resinas, deve-se considerar que estas são de origem orgânica e podem envelhecer, além de perder a cor, caso sejam responsáveis pela coloração das juntas de assentamento (FONTENELLE e MOURA, 2004). Segundo Angelim (2009) o motivo mais freqüente de deterioração é quando se aplica a argamassa de rejuntamento sem a devida limpeza da junta de assentamento, que geralmente fica preenchida com restos da argamassa colante. 2.4 PATOLOGIA DOS SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE PINTURA As pinturas são elementos construtivos mais afetados por patologia em face de que, além de seus próprios problemas, outras imperfeições na argamassa, na alvenaria ou na estrutura afetam ligeiramente sua película prejudicando o aspecto estético (CONSOLI, 2006). De acordo com Uemoto (1988) os vários tipos de matérias apresentam diferenças na sua composição química e física, sendo de difícil escolha na preparação da tinta que satisfaz a necessidade sem que cause problemas. De modo geral, as principais causas de imperfeições na pintura estão relacionadas com a inadequada seleção da tinta, condições meteorológicas inadequadas, erro de aplicação sobre a superfície ou excesso de diluição da tinta na aplicação. O acabamento final deve considerar, além do aspecto estético, as condições de exposição a que estará submetido o revestimento. A aplicação de texturas rugosas em revestimentos externos dissimula melhor os defeitos da base e/ou do revestimento. No entanto, em regiões com maior índice de poluição atmosférica devem-se preferir revestimentos com acabamentos lisos. Estes, quando associados a uma superfície pouco porosa dificultam a fixação de poeiras e micro-organismos conservando, desta forma, mais eficientemente as características estéticas da fachada (CONSOLI, 2006). 19 Neste trabalho serão estudadas as principais causas de patologia na pintura sendo, Bolor ou Mofo, Saponificação, Calcinação, Desagregação da Pintura, Descascamento, Manchas, Bolhas, Crateras e Enrugamento. 2.4.1 Bolor ou Mofo Segundo Alucci et al.,(1988) bolor é uma alteração na estética do revestimento sendo conseqüência da proliferação de microorganismos pertencentes ao grupo de fungos. Desenvolvem sempre em ambientes com elevado teor de umidade e meios ácidos. Há diversas formas do surgimento de umidade nos materiais cerâmicos, de acordo com Bauer (1999), os principais são relacionados a seguir: Capilaridade da água; Infiltrações; Higroscópico; Condensação. As providências a serem tomadas para o surgimento de bolor ou mofo é a localização da sua fonte de origem, e tentar eliminá-las. Fazer uma alteração do projeto de execução também pode ser um método funcional, visando à renovação do ar circulado no ambiente, o aumento da resistência térmica dos componentes (cobertura e paredes externas), e limpando a área afetada no inicio da sua infecção (ALUCCI et al.,1988). 2.4.2 Saponificação De acordo com Granato (2005) saponificação é identificada como manchas sobre a superfície pintada, podendo desenvolver para o descascamento e degradação da pintura com baixa aderência. Sendo causada pela alcalinidade dos componentes do reboco, em presença a umidade, conforme figura 2.10. A saponificação caracteriza-se pela formação de um sabão devido à reação da substância alcalina com graxas o óleos, fazendo com que a tinta perca seu brilho, resistência, ficando com um aspecto pulverulento ate se romper do substrato (VERÇOZA, 1991). De acordo com as especificações técnicas da empresa de tintas SUVINIL (2010) indica que para evitar o aparecimento dessa anomalia é preciso que o reboco esteja totalmente seco, e curado, evitando o acumulo de umidade. A devida solução é secar o ambiente danificado, em seguida raspar ou lixar a superfície, retirando as partes mal aderida, 20 pulverulentas, depois disto aplica-se uma camada de selador e posteriormente repintar a superfície (GRANATO, 2005). Figura 2.10- Saponificação Fonte: empresa de tintas Coral (2010) 2.4.3 Calcinação De acordo com PQI (Paint Quality Institute) (2010) Calcinação é caracterizada pela formação de partículas finas, análogo a um pó esbranquiçado, devido a exposição ao tempo, deixando a superfície com um aspecto desbotado, ilustrado pela figura 2.11. Segundo IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) (2009) a alcalinidade natural da cal e do cimento, em presença de ataques por intemperismo, é o responsável por esse defeito. Iliescu (2007) orienta como efeito corretivo a remoção de toda superfície pulverulenta e partes soltas, recompondo-a utilizando argamassa comum, aguardar sua cura total, aproximadamente 30 dias, não esquecer a correta hidratação da cal. Depois desse intervalo determinado, limpar a superfície e aplicar uma demão de fundo preparadora de paredes, seguindo de aplicações de massa corrida PVA (ambiente interno) ou massa corrida Acrílica (interno ou externo), depois de toda essa preparação poderá ser realizado a repintura. 21 Figura 2.11- Calcinação Fonte: Iliescu (2007) 2.4.4 Desagregação da Pintura De acordo com Granato (2005), desagregação é o esfarelamento e a destruição da pintura, levando consigo parte do reboco, causado pela reação química dos sais lixiviados, conforme figura 2.12. Segundo Uemoto (1988), o deslocamento da pintura caracteriza-se pela pulverulência e má aderência da película ao substrato. Essa anomalia é presenciada devido aos seguintes processos: Não preparo da superfície a ser pintada, estando contaminadas com poeiras, graxas, óleo, etc; Substrato instável, estando em fase de degradação ou expansão; Aplicação em base úmida, condensando na interface película/substrato. Removendo toda superfície afetada, corrigindo todas as imperfeições, já citadas, é possível reverter esse problema sem prejuízos, podendo ser repintada (EMPRESA DE TINTAS CORAL, 2010). 22 Figura 2.12- Desagregamento da pintura Fonte: empresa de tintas Coral(2010) 2.4.5 Descascamento O descascamento ocorre consequentemente pela aplicação do látex sobre a caiação sem preparo da superfície e indevida diluição, pois a cal constitui camadas pulverulentas sendo favoráveis para o início desta irregularidade, conforme figura 2.13 (GRANATO, 2005). De acordo com PQI (2010), o desgaste do tempo também faz com que ocorram inicialmente simples fissuras na pintura, expandindo para o deslocamento da pintura e sua descamação. Segundo empresa de tintas SUVINIL (2010) para reparar esse dano é preciso a remoção de toda a superfície danificada, raspando ou lixando ate a total eliminação, logo após, aplicar uma demão de tinta fundo preparador e em seguida a tinta de acabamento. 23 Figura 2.13- Descascamento da pintura Fonte: empresa de tintas Coral (2010) 2.4.6 Manchas As manchas inicialmente comprometem somente o aspecto estético do revestimento, mas quando em presença de água, contribui para a degradação do mesmo, alterando também os efeitos cromáticos ou de brilho em zonas circunscritas do revestimento e contrastantes com as zonas vizinhas (COLEN et al.,2005). Segundo Verçoza (1991) as manchas podem se desenvolver de muitos tipos sendo: a) Descoloração localizada: Quando há presença constante dos raios solares sobre a superfície, deixando a área mais clara, sendo solucionado pela repintura com pinta resistente a radiações; b) Origem química: Manchas provocadas pela eflorescência e ferrugem, que depositam seus reagentes químicos na interface do substrato e a película, podendo atravessar chegando assim na superfície, para corrigir esse efeito é necessário esperar secar todo o local, passar uma camada de selador e logo após a pintura; c) Presença de gordura, óleos e resinas: Manchas provocadas pela saponificação, devendo a área afetada ser removida, e limpa antes da reaplicação da tinta; d) Má aplicação: 24 Devido à grossa espessura da película no substrato, em determinadas regiões apareceram uma descoloração angular, por essa razão é necessário a aplicação da tinta com trincha, rolo ou pincel sempre na mesma direção e inclinação. e) Umidade: O contato da água com a tinta faz a sua diluição, diferenciando sua intensidade, resultando em manchas localizadas, utilizando tintas impermeáveis ou uso de seladores minimiza esse efeito, devendo ser aplicada como efeito preventivo. Existe também a presença de mofos que originam manchas na superfície devido à proliferação de microorganismos em ambientes úmidos, mal ventilados e sem iluminação adequada. (CONSOLI, 2006) SUVINIL (2010), recomenda como método corretivo a lavagem da área afetada utilizando um escovão juntamente com a solução de água e hipoclorito de sódio (cloro), ou água sanitária, na proporção de 1:1, deixar a reação agir por 15 minutos e logo após lavar com água a fim de tirar os vestígios ainda existentes, após a secagem da região afetada poderá ser realizado a repintura. 2.4.7 Bolhas A bolha é procedente de gases ou de evaporação de algum líquido, produzindo assim uma pressão no seu interior inicializando seu surgimento, conforme figura 2.14 (PETRUCCI, 2003). Podendo ser também originada pela utilização de massa PVA em paredes externas, pois esse tipo de produto é recomendado para meios internos. Após o lixamento da massa corrida no revestimento interno, quando a poeira não é totalmente removida ou pela falta de diluição devida do solvente também pode ocorrer aparecimento de bolhas (CONTI e CASTILHO, 2009). Segundo SUVINIL (2010) para sua recuperação é preciso a remoção dessas bolhas, partes mal aderidas ao revestimento, a fim de eliminar todos os focos de umidades existente, em seguida aplicar uma camada preparadora de paredes base água, regularizar toda a superfície e repintar. 25 Figura 2.14- Formação de bolhas Fonte: PQI (2010) 2.4.8 Crateras As crateras nos revestimento podem se inicializar devido a presença de óleo, graxas ou água na superfície, ou quando a tinta é diluídas com componentes prejudiciais como a gasolina, querosene, etc (CONTI e CASTILHO, 2009). Segundo PQI (2010) as utilizações de tintas de alta qualidade, que são formuladas para o rompimento das bolhas, mesmo a tinta estando úmida, pode prevenir o surgimento de crateras. 2.4.9 Enrugamento Quando a camada de tinta se torna muito espessa, devido o excesso de aplicação do produto, sendo em uma demão ou sucessivas demãos sem o tempo de secagem entre demãos, ou quando a superfície revestida se encontra em altas temperaturas, conforme figura 2.15 (CONTI e CASTILHO, 2009). Uma solução prática é a raspagem do ambiente contaminado removendo toda a camada enrugada, é preciso que a superfície esteja totalmente seca, e após aplicar uma camada de selador, por fim a devida repintura, utilizando tintas de boa qualidade (PQI, 2010). 26 Figura 2.15- Enrugamento da superfície Fonte:PQI (2010) 27 3 ESTUDO DE CASO Segundo Gil (2002), o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita seu amplo e detalhado conhecimento. Este método é essencial para o estudo de patologias, uma vez que: permite explorar situações cujos limites não estão claramente definidos; preserva o caráter unitário do objeto estudado e descreve a situação do contexto em que está sendo feita a investigação. Foi realizado levantamento de campo (inspeção) das principais manifestações patológicas de revestimento, sendo transcrito os problemas encontrados, os quais afetam a estética do ambiente, e que interferem na evolução clínica do cliente hospitalar. Para o melhor entendimento da situação dos hospitais, foram entrevistados seus diretores administrativos e o órgão fiscalizador hospitalar municipal (Vigilância Sanitária Municipal de Anápolis), seguindo um roteiro de entrevista conforme apêndice A e apêndice B. Os estudos de caso são realizados em três unidades hospitalares situadas na cidade de Anápolis-Goiás, nomeados em: Hospital A, Hospital B e Hospital C. Levantamento feito no período entre 02 de fevereiro a 06 de maio de 2011. Adotando-se como sequência de inspeção, iniciando pela recepção e estendendo pelos corredores de acesso, quartos de internação, banheiros e sala de consulta, outros locais não foram autorizados à vistoria, sendo locais de acesso restrito somente a funcionários dos hospitais. 3.1 ESTUDO DE CASO: HOSPITAL A O Hospital A foi construído com estrutura convencional de concreto armado, com dois pavimentos sendo o térreo, local onde se encontra os procedimentos hospitalares, e no pavimento superior a administração e consultórios médicos. Foi inaugurado a mais de 68 anos de idade contendo 41 leitos, sendo 2 leitos por quarto. O hospital informou que irá passar por reformas e ampliações da edificação, e todos os projetos estão sendo vistoriados por um engenheiro civil responsável. A edificação é monitorada e fiscalizada pela Vigilância Sanitária e epidemiológica do município. 28 Foi inspecionado 1 recepção, 4 corredores de acesso, 15 quartos de internações e 18 banheiros. 3.1.1 Patologia dos sistemas de alvenaria a) Fissuração da Alvenaria Observou-se a ocorrência de fissuras e trincas onde existe a presença de modificações nos ambientes, conforme figura 3.1, presentes em 2 corredores de acesso, 3 quartos de internações e 2 banheiros. Não realizando os cuidados adequados na junção da alvenaria antiga, corpo sólido, com a alvenaria nova, sendo nessa interface local de acúmulo de tensões podendo ocasionar o aparecimento de fissuras. Conforme citado no item 2.1 deve ser realizado a fixação de tela soldada galvanizada nessa interface, responsável em absorver tais tensões existentes. Figura 3.1- Fissuras na alvenaria b) Vergas e Contravergas Em 2 corredores de acesso e 3 quartos de internação foram encontrados a presença de fissuras e trincas típicas de ausência de vergas e contravergas na alvenaria, conforme figura 3.2. Encontradas nos cantos superiores de abertura de janelas e portas, região onde existe um acúmulo de tensões como citado em 2.1.3. Destaca-se então a necessidade de durante a execução, prever a execução de vergas (elemento estrutural localizado sobre o vão) e contravergas (reforço colocado sob a abertura). A ausência ou execução deficiente de vergas e contravergas explica a presença dessas fissuras, que se tornam um meio de ingresso de 29 umidade para o interior da parede, ocasionando manchas, mofo e até o destacamento da pintura de superfície das paredes. Figura 3.2- Ausência de verga e contra verga 3.1.2 Patologia dos sistemas de revestimento de argamassa a) Eflorescência Foi encontrado presença de eflorescência em 1 corredor de acesso, local com grande acesso de pacientes comprometendo a estética do ambiente. Sabendo que a umidade é o principal agente para o aparecimento dessa anomalia, a figura 3.3 encontra-se com seu lado oposto da patologia exposto ao meio externo sem nenhuma proteção contra umidades, explicando seu aparecimento. Figura 3.3- Eflorescência 30 b) Descolamento da argamassa Na recepção, em 2 corredores de acesso e em 4 quartos de internações, percebe-se a presença de descolamento da argamassa, localizado com maior intensidade nas regiões inferiores das paredes, conforme figura 3.4, onde na execução não foram tomadas as devidas providências, escolhendo materiais de baixa qualidade, alto teor de materiais pulverulentos, agravando o aparecimento desse tipo de patologia. Figura 3.4- Descolamento da argamassa c) Fissuras na Argamassa Foram detectados, em 1 corredor de acesso e 8 quartos de internações, fissuras na argamassa, localizado principalmente nas regiões centrais das paredes, conforme figura 3.5. Suas aberturas podem contribuir para entrada de umidade podendo evoluir para outras patologias se não tomadas os cuidados de recuperação. 31 Figura 3.5- Fissuras na argamassa 3.1.3 Patologia em revestimentos cerâmicos a) Trincas, Gretamento e Fissuras Em 3 corredores de acesso e 3 quartos de internações existem trincas e fissuras nos revestimentos cerâmicos,conforme figura 3.6, sendo devido sendo por retração do componente cerâmico ou por umidade do ambiente. Locais com essas patologias podem contribuir para acúmulo de sujeiras, bactérias e é zona de perigo de acidentes a pacientes inabilitados ou incapazes de locomover perfeitamente. Figura 3.6- Trincas no revestimento de paviflex 32 b) Problemas com as Juntas de Assentamento Em 7 banheiros não foram tomados as devidas preocupação com o rejunte, não preenchendo totalmente as juntas dos revestimentos cerâmicos, conforme figura 3.7. Como nesse ambiente existe um índice de umidade muito elevado, a água percorre entre os espaçamentos não preenchidas com rejunte, infiltrando-se na parede, assim, auxiliando para o surgimento de outras patologias. Figura 3.7- Ausência de rejuntamento 3.1.4 Patologia dos sistemas de revestimento de pintura a) Bolor ou Mofo Em 5 quartos de internações foram encontradas a presença de Bolor ou Mofo, existente principalmente das regiões superiores das paredes e nos tetos, conforme figura 3.8. Região de proliferação e acúmulo de microorganismos (fungos). 33 Figura 3.8- Bolor ou Mofo b) Saponificação Na recepção e em 2 corredores foram encontrados a presença de Saponificação, localizados nas regiões inferiores das paredes. Esse tipo de patologia se não tratada pode evoluir para o desagregamento do reboco, afetando a estética do ambiente (figura 3.9). Figura 3.9- Saponificação c) Desagregamento da Pintura Encontra-se na recepção, em 1 corredor de acesso e em 5 quartos de internações a presença de Desagregamento da pintura, levando consigo pequena porção do reboco, conforme características dessa patologia (figura 3.10). Defeitos encontrados nas 34 regiões inferiores das paredes, sendo local de acumulo de sujeiras, comprometendo a higienização do ambiente. Figura 3.10- Desagregamento da pintura d) Descascamento da Pintura No teto em 2 corredores de acesso e 5 quartos de internações foram detectados descascamento da pintura, ocorrendo em vários pontos localizados no teto dos ambientes citados, conforme figura 3.11, podendo a pintura desprender do reboco vindo ao chão, deixando-os com aspecto desagradável. Figura 3.11- Descascamento da pintura 35 e) Bolhas Em 6 quartos de internações foram encontrados a presença de bolhas, patologia encontrada em grandes quantidades nestes locais, principalmente as regiões superiores e no meio das paredes, conforme figura 3.12. Compromete a aparência do local e podendo evoluir se não tratado, para crateras. Figura 3.12- Bolhas f) Enrugamento Foram encontrados em 1 corredor de acesso presença de enrugamento, conforme figura 3.13, concentrado em 1 parede, ocorrendo no meio do seu vão, não havendo a aparência nos outros ambientes. Figura 3.13- Enrugamento da pintura 36 3.2 ESTUDO DE CASO: HOSPITAL B O Hospital B foi construído com estrutura convencional de concreto armado, com um pavimento. Foi inaugurado a menos de 48 anos de idade contendo 55 leitos, sendo em média 7 leitos por quarto. O hospital está passando por reformas da edificação, e todos os projetos estão sendo vistoriados por um engenheiro civil responsável. A edificação é monitorada pela Vigilância Sanitária e epidemiológica do município, os quais realizam visitas periódicas nos setores reformados, emitindo o alvará de funcionamento. Foi inspecionado 1 recepção, 5 corredores de acesso, 9 quartos de internações, 14 banheiros. 3.2.1 Patologia dos sistemas de alvenaria a) Fissuração da Alvenaria Foram encontrado fissuras na interface da alvenaria com a viga, presente em 2 corredores de acesso e em 7 quartos de internação, junto a viga e a alvenaria, conforme figura 3.14. Patologia característica de ausência de encunhamento, ou movimentação excessiva da estrutura, transmitindo esforços para a alvenaria, conforme citado em 2.1.2. Figura 3.14- Fissuras da alvenaria 37 b) Vergas e Contravergas Em 4 corredores de acesso, e em 5 quartos de internação, foram detectados a presença de fissuras devido ao mal funcionamento e/ou inexistência de vergas e contra vergas junto a abertura, nas janelas e nas portas, conforme figura 3.15. Figura 3.15- Ausência de verga e contra verga 3.2.2 Patologia dos sistemas de revestimentos de argamassa a) Fissuração da Argamassa Encontra-se em 2 corredores e em 5 quartos de internações a presença de fissuras na argamassa, conforme figura 3.16. Patologia localizada principalmente nas regiões centrais das paredes, comprometendo a estética do ambiente e um desconforto aos pacientes existentes neste local. 38 Figura 3.16- Fissuração da argamassa 3.2.3 Patologia em revestimentos cerâmicos a) Destacamento de Revestimento Paviflex Em 2 corredores de acesso percebe-se a existência de destacamento de revestimento paviflex, conforme figura 3.17, principalmente nos locais próximos as paredes, na curva do corredor. Patologia que impede a livre e segura circulação dos pacientes, além de ser um local de acúmulo de sujeiras. Figura 3.17- Destacamento do revestimento paviflex 39 b) Gretamento e Fissuras Gretamento e fissuras foram encontrados em 4 corredores de acesso. Patologia presentes nas regiões onde se percebe que tempos atrás foram modificadas, locais onde antigamente existia uma porta de acesso e foi retirada, conforme figura 3.18, e não foram tomadas as devidas precauções. Figura 3.18- Gretamento e fissuras 3.2.4 Patologia dos sistemas de revestimento de pintura a) Bolor ou Mofo Em 4 quartos de internação foram encontrados bolor ou mofo, localizado na região do teto, conforme figura 3.19. Patologia potencialmente prejudicial à pacientes, alérgicos a microorganismos que se acumulam nesse tipo de anomalia. 40 Figura 3.19- Bolor ou Mofo b) Saponificação Em 1 corredor de acesso foi detectado a presença de saponificação, localizado na parte inferior da parede, conforme figura 3.20. Esse tipo de patologia deixa um aspecto desconfortável nos pacientes. Figura 3.20- Saponificação c) Desagregação da Pintura Na recepção e em 3 quartos de internação foram encontrados desagregação da pintura, localizado nas regiões inferiores da parede, conforme figura 3.21. Esse tipo de 41 patologia, como já citado, pode levar consigo parte da argamassa comprometendo sua função especifica. Figura 3.21- Desagregação da pintura d) Descascamento da Pintura Em 5 quartos de internação foram encontrados a presença de descascamento da pintura, localizado principalmente na região central das paredes, conforme figura 3.22. Patologia que desconfigura a estética da parede, deixando com um aspecto negativo. Figura 3.22- Descascamento da pintura e) Bolhas Em 1 corredor de acesso, 3 quartos de internações e na recepção, foram encontrados a presença de bolhas nas paredes,conforme figura 3.23. Anomalia localizada nas regiões 42 superiores e centrais da parede. Se não for tomadas as devidas providências esse tipo de patologia pode evoluir para crateras. Figura 3.23- Bolhas 3.3 ESTUDO DE CASO: HOSPITAL C O Hospital C foi construído com estrutura convencional de concreto armado, com um pavimento. Foi inaugurado a menos de 06 anos de idade contendo 88 leitos. O hospital está passando por reformas da edificação, e todos os projetos estão sendo vistoriados por um engenheiro civil responsável. A edificação é monitorada pela Vigilância Sanitária e epidemiológica do município. O hospital possui uma equipe de apoio operacional, que realiza inspeções rotineiras, desenvolvendo ações preventivas e de recuperação, sendo auxiliado por toda a equipe do hospital, que tem por obrigação informá-los qualquer tipo de anomalia existente. Foi inspecionado 1 recepção, 12 corredores de acesso, 18 quartos de internações, 14 banheiros. 3.3.1 Patologia em revestimentos cerâmicos a) Fissuras no Revestimento Cerâmico Em 2 corredores de acesso, 1 quarto de internação foram encontrado a presença de fissuras no revestimento cerâmico, conforme figura 3.24. Localizado próximo das paredes. Patologia encontrada em poucas intensidades nesses ambientes. 43 Figura 3.24- Fissuras no revestimento cerâmico b) Problemas com as Juntas de Assentamento Em 3 banheiros os rejuntes nos espaçamentos dos revestimentos cerâmicos, não estão totalmente preenchidos, conforme figura 3.25. Anomalia que pode desenvolver infiltrações de água, sabendo que este ambiente é local de muita umidade. Figura 3.25- Ausência de rejuntamento 3.3.2 Patologia dos sistemas de revestimento de pintura a) Desagregação da Pintura Em 1 corredores de acesso detecta-se a presença de desagregação da pintura, situado nas regiões inferiores das paredes, conforme figura 3.26. 44 Figura 3.26- Desagregação da pintura b) Descascamento Em 1 quarto de internação foi encontrado a presença de descascamento da pintura, situado na região central do teto, conforme figura 3.27. Figura 3.27- Descascamento da pintura c) Bolhas Em 2 corredores de acesso foram encontrados bolhas, localizado na região inferior das paredes, conforme figura 3.28. 45 Figura 3.28- Bolhas d) Enrugamento Em 3 corredor de acesso percebe-se a presença de enrugamento da pintura, localizado no centro inferior da parede, conforme figura 3.29. Figura 3.29- Enrugamento da pintura 3.4 ENTREVISTAS: 3.4.1 Diretor Administrativo Foi elaborada entrevista com o propósito de conseguir informações sobre os edifícios pesquisados. Para a preparação das entrevistas a preocupação central foi transformar em questionário as informações necessárias que não foram obtidas nas vistorias técnicas, 46 realizadas no local, e que pudessem contribuir no desenvolvimento da pesquisa. A coleta de dados realizada através da aplicabilidade de entrevista estruturada apêndice A, se apropriou do método de abordagem, ou seja, o entrevistador tomou a iniciativa de convidar os sujeitos para responder aos questionamentos, ficando livres para responderem ou não. 3.4.2 Órgão fiscalizador municipal A vigilância Sanitária e Epidemiológica da cidade de Anápolis é o órgão fiscalizador das unidades hospitalares, sendo responsável por fazer inspeções anualmente. Atualmente existe uma equipe de engenheiros especializados para realizar tais vistorias nas unidades, emitindo laudo de alvará de licença, fiscalizando patologias da construção e ate mesmo embargando da edificação. È utilizado como referência o regulamento da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) resolução RDC nº50, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Como o regulamento é moderno, as edificações antigas que não se enquadra em suas obrigações, o órgão fiscalizador admitem uma tolerância dando-o um tempo maior para adaptações, já as edificações modernas devem seguir todos os regimentos. O roteiro de entrevista segue em apêndice B. 47 4 ANÁLISE DOS DADOS Em uma amostragem de 130 quantidades de patologias encontradas e relatadas nas tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 a fim de identificar os quantitativos gerais das patologias nos ambientes e serão analisadas graficamente as patologias específicas em um contexto geral, a fim de saber quais os tipos mais predominantes em todos os hospitais, e em seguida serão realizadas comparações entre as edificações em estudo. Tabela 4.1- Tabela de quantitativos de patologias por ambientes no hospital A HOSPITAL A DESTACAMENTO PEÇAS CERAMICAS JUNTA DE ASSENTAMENTO BOLOR OU MOFO SAPONIFICAÇÃO DESAGREGAMENTO DA PINTURA DESCASCAMENTO DA PINTURA BOLHA ENRUGAMENTO 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Corredor 4 2 2 1 2 1 3 0 0 0 2 1 2 0 1 Quarto 15 3 3 0 4 8 3 0 0 5 0 5 5 6 0 Banheiro 18 2 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 TOTAL 38 7 5 1 6 9 6 0 7 5 2 6 7 6 1 FISSURAS DA ARGAMASSA TRINCAS GRETAMENTO E FISSURAS VERGA E CONTRAVERGA Recepção EFLORESCÊNCIA DESCOLAMENTO DA ARGAMASSA FISSURA DA ALVENARIA PATOLOGIA DE PINTURA AMBIENTE TOTAL N° de leitos= 41 PATOLOGIA PATOLOGIA DE DE REVESTIMENTO ARGAMASSA CERAMICO LOCAL Edificação 68 anos PATOLOGIA DE ALVENARIA 48 Tabela 4.2- Tabela de quantitativos de patologias por ambientes no hospital B HOSPITAL B FISSURA DA ALVENARIA VERGA E CONTRAVERGA EFLORESCÊNCIA DESCOLAMENTO DA ARGAMASSA FISSURAS DA ARGAMASSA TRINCAS GRETAMENTO E FISSURAS DESTACAMENTO PEÇAS CERAMICAS JUNTA DE ASSENTAMENTO BOLOR OU MOFO SAPONIFICAÇÃO DESAGREGAMENTO DA PINTURA DESCASCAMENTO DA PINTURA BOLHA ENRUGAMENTO PATOLOGIA DE PINTURA AMBIENTE TOTAL N° de leitos= 55 PATOLOGIA PATOLOGIA DE DE REVESTIMENTO ARGAMASSA CERAMICO LOCAL Edificação 48 anos PATOLOGIA DE ALVENARIA Recepção 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 Corredor 5 2 4 0 0 2 4 2 0 0 1 0 0 1 0 Quarto 9 7 5 0 0 5 0 0 0 4 0 3 5 3 0 Banheiro 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL 29 9 9 0 0 7 4 2 0 4 1 4 5 4 0 Tabela 4.3- Tabela de quantitativos de patologias por ambientes no hospital C HOSPITAL C Edificação 6 anos DESTACAMENTO PEÇAS CERAMICAS JUNTA DE ASSENTAMENTO BOLOR OU MOFO SAPONIFICAÇÃO DESAGREGAMENTO DA PINTURA DESCASCAMENTO DA PINTURA BOLHA ENRUGAMENTO 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Corredor 12 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 2 3 Quarto 18 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 Banheiro 14 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 TOTAL 45 0 0 0 0 0 3 0 3 0 0 1 1 2 3 FISSURAS DA ARGAMASSA TRINCAS GRETAMENTO E FISSURAS VERGA E CONTRAVERGA Recepção EFLORESCÊNCIA DESCOLAMENTO DA ARGAMASSA FISSURA DA ALVENARIA PATOLOGIA DE PINTURA AMBIENTE TOTAL N° de leitos= 88 PATOLOGIA PATOLOGIA DE DE REVESTIMENTO ARGAMASSA CERAMICO LOCAL PATOLOGIA DE ALVENARIA 49 4.1 ANÁLISES COMPARATIVAS ENTRE EDIFICAÇÕES Serão realizados comparativos porcentuais relacionados com as tabelas 4.1, 4.2 e 4.3. a) Patologias de Alvenaria Entre as patologias de alvenarias encontradas nos três hospitais, destaca-se 53% de fissuras da alvenaria e 47% de ausência de vergas e contra vergas, conforme gráfico 4.1. ANÁLISE GERAL DAS PATOLOGIAS DE ALVENARIA FISSURA DA ALVENARIA 47% 53% VERGA E CONTRAVERGA Gráficos 4.1- Análise geral das patologias de Alvenaria Fazendo um comparativo entre as edificações, o hospital B é onde foram encontrados maior quantidade de ambientes patológicos, no hospital C não foram encontrados patologias dos sistemas de alvenaria, conforme gráfico 4.2. 50 Quantidade de ambientes PATOLOGIAS DE ALVENARIA 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 9 9 7 5 FISSURA DA ALVENARIA HOSPITAL A VERGA E CONTRAVERGA HOSPITAL B HOSPITAL C Gráficos 4.2- Comparações entre edificações (Alvenaria) b) Patologia de Revestimento de Argamassa Na análise geral das patologias de revestimento de argamassa, a fissura da argamassa encontra-se com maior incidência com 70%, conforme gráfico 4.3. ANÁLISE GERAL DAS PATOLOGIAS DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA 4% EFLORESCÊNCIA 26% DESCOLAMENTO DA ARGAMASSA 70% FISSURAS DA ARGAMASSA Gráficos 4.3- Análise Geral das Patologias de Revestimento de Argamassa No hospital A encontra-se com maior índice de patologias de revestimento de argamassa, situado em 16 ambientes defeituosos. No hospital B somente existe a presença de fissuras da argamassa em 7 ambientes. O hospital C não tem a presença desses tipos de patologias de revestimento de argamassa, conforme gráfico 4.4. 51 Quantidade de ambientes PATOLOGIAS DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA 10 9 8 7 6 6 4 2 1 0 0 EFLORESCÊNCIA DESCOLAMENTO DA ARGAMASSA 0 HOSPITAL A HOSPITAL B FISSURAS DA ARGAMASSA HOSPITAL C Gráficos 4.4- Comparações entre edificações (Revestimento de Argamassa) c) Patologia de Revestimento Cerâmico No contexto geral, trincas, gretamento e fissuras têm uma porcentagem de 52% de ambientes defeituosos, seguindo de junta de assentamento em más condições com 40%, e por ultimo destacamento de peças cerâmicas com 8%, conforme gráfico 4.5. ANÁLISE GERAL DAS PATOLOGIAS DE REVESTIMENTO CERÂMICO TRINCAS GRETAMENTO E FISSURAS 40% 52% DESTACAMENTO PEÇAS CERAMICAS JUNTA DE ASSENTAMENTO 8% Gráficos 4.5- Análise Geral das Patologias de Revestimento Cerâmico Entre as edificações, o hospital A encontra com maior prevalência de juntas de assentamento defeituosas, ausência de rejunte entre as peças cerâmicas, em 7 ambientes defeituosos. O hospital B possui 4 ambientes com trincas, gretamento e fissuras. O Hospital 52 C, predomina a existência de trincas, gretamento e fissuras com 3 ambientes contaminados, em conjunto com 3 ambientes com juntas de assentamento defeituosos, conforme gráfico 4.6. Quantidade de ambientes PATOLOGIAS DE REVESTIMENTO CERÂMICO 8 7 6 5 4 3 2 1 0 7 6 4 3 3 2 0 TRINCAS GRETAMENTO E FISSURAS HOSPITAL A 0 0 DESTACAMENTO PEÇAS CERAMICAS HOSPITAL B JUNTA DE ASSENTAMENTO HOSPITAL C Gráficos 4.6- Comparações entre edificações (Revestimento Cerâmico) d) Patologia de Revestimento de Pintura As manifestações patologias de revestimento de pintura assumem os tipos, a saber: bolor ou mofo, saponificação, desagregamento da pintura, descascamento da pintura, bolhas, enrugamentos, as outras patologias citadas na revisão bibliográfica não foram encontradas nas edificações hospitalares. Descascamento da Pintura assume maior porcentagem de incidência, com 25% da amostragem total de patologias de revestimento de pintura, conforme gráfico 4.7. 53 ANÁLISE GERAL DAS PATOLOGIAS DE REVESTIMENTO DE PINTURA BOLOR OU MOFO 8% SAPONIFICAÇÃO 17% 23% DESAGREGAMENTO DA PINTURA 6% DESCASCAMENTO DA PINTURA 21% BOLHAS 25% ENRUGAMENTOS Gráficos 4.7- Análise Geral das Patologias de Revestimento de Pintura No hospital A, a presença de descascamento da pintura encontra-se em maior intensidade, com 7 ambientes defeituosos. O hospital B, descascamento e bolhas encontra-se em maior intensidade com 5 ambientes danificados, e não existe a presença de enrugamento nesta edificação. O hospital C, enrugamento aparece em 3 ambientes, não encontra-se a presença de bolor ou mofo, saponificação, nessa edificação, conforme gráfico 4.8. PATOLOGIAS DE REVESTIMENTO DE PINTURA 8 7 Quantidade de ambientes 7 6 5 6 6 5 5 4 5 4 4 3 3 2 2 1 2 1 0 1 1 0 0 0 HOSPITAL A 1 HOSPITAL B HOSPITAL C Gráficos 4.8- Comparação entre edificações (Pintura) 54 e) Análise Geral dos Sistemas de Patologia Para melhor entendimento, o gráfico 4.9 detalha o cenário geral por tipos de patologias encontradas nos hospitais estudados, podendo ser observado que as patologias do sistema de pintura encontram-se em maior intensidade em comparação as outras, chegando à marca de 40% em valores absolutos, de todas as patologias levantadas. As demais patologias são em menor número, mas não menor em relevância, pois assumem características significativas. ANÁLISE GERAL DOS SISTEMAS DE PATOLOGIAS 23% ALVENARIA 40% ARGAMASSA CERÂMICO 18% PINTURA 19% Gráficos 4.9- Análise Geral O fator idade teve grande influência nas quantidades de patologias, visando que o hospital A tem 68 anos de idade e representa a maior quantidade de patologias encontradas, em um cenário preocupante com 52% das patologias, conforme gráfico 4.10. O hospital B, com 48 anos encontra-se em segundo lugar com 38% das patologias encontradas, e juntamente com o hospital A, não possuem uma equipe técnica trabalhando em reparos e prevenções de anomalias. A edificação C assume o menor índice de patologias por ambientes, pois como já citado, é o hospital com idade mais moderna, também pela existência de equipe operacional responsáveis por dar manutenções quando necessários, sendo auxiliados por todos os funcionários do hospital que indicam onde ocorreu alguma anomalia, conforme gráfico 4.2. 55 ANÁLISE DAS EDIFICAÇÕES 10% 52% 38% HOSPITAL A, idade 68 anos HOSPITAL B, idade 48 anos HOSPITAL C, idade 06 anos Gráficos 4.10- Análise Patológicos das Edificações O hospital A apresenta maior índice de patologias nos sistemas de pinturas, tendo 27 ambientes com problemas patológicos, conforme gráfico 4.11. O hospital B apresenta maior destaque patológico nos sistemas de alvenaria e de pintura, sendo encontrados em 18 ambientes cada uma, conforme gráfico 4.11. O hospital C apresenta o menor índice de patologias, não existindo a presença de patologias de sistema de alvenaria e de revestimento de argamassa nessa edificação. Quantidade de ambientes analisados PATOLOGIA DOS SISTEMAS 30 27 25 20 18 18 16 15 13 12 10 7 6 6 7 5 0 0 0 ALVENARIA ARGAMASSA HOSPITAL A HOSPITAL B CERÂMICO HOSPITAL C Gráficos 4.11- Comparação entre edificações (Patologias Gerais) PINTURA 56 4.2 SOLUÇÕES PROPOSTAS Para solucionar os problemas construtivos estudados, segue abaixo algumas técnicas práticas e eficientes, a fim de minimizar ou ate mesmo extinguir tais patologias. Para sua melhor execução, é recomendável a utilização das orientações da norma NBR 15.575 (2010), que se trata de desempenho das edificações, e tem como objetivo atender as necessidades dos usuários da edificação, dentro de determinadas condições de exposição, ao longo de uma vida útil de projeto e no contexto do ambiente regulatório, econômico e social brasileiro. Esta norma é uma ferramenta para o usuário estabelecer programas de manutenção corretiva e preventiva. 4.2.1 Patologia nas alvenarias: a) Fissuras na alvenaria Quando as fissuras forem na interface da estrutura com a alvenaria utiliza-se a tela galvanizada na etapa anterior da argamassa, com transpasse 30 cm de cada lado da junta, sendo fixada com grampos deixando-a bem firme. b) Ausência de Verga e Contra verga A solução encontrada para se resolver definitivamente o problema de fissuras nas aberturas de janelas e portas, baseia-se na inserção de contravergas pré-moldadas de concreto armado, devendo ter um transpasse de pelo menos 25 cm da extremidade das janelas ou portas, conforme figura 4.1. Nos casos de trincas em revestimentos cerâmicos, quando possível, opta-se pela inserção das vergas e contravergas pelo lado oposto ao revestido pelas peças, por ser mais fácil o corte, e por fim executa-se a troca somente das peças trincadas. 57 Figura 4.1- Esquema de recuperação de fissuras por ausência de verga e contra verga 4.2.2 Patologia no revestimento de argamassa: a) Eflorescência A solução para o problema de eflorescência observado somente no hospital A, deve-se remover os sais solúveis cristalizados com uma espátula, em seguida deve-se limpar a superfície com água, sabão e uma esponja de aço. Após a limpeza o objetivo deve ser a eliminação da infiltração de água, possivelmente impermeabilizando a área externa próximo a patologia que se encontra com o revestimento deteriorado, melhorando assim a estanqueidade do revestimento, conforme figura. b) Descolamento da Argamassa Problema encontrado somente no hospital A, deve-se fazer a retirada de todo o revestimento que se encontra descolado do substrato, fazer uma limpeza do local, retirando materiais pulverulentos que impossibilita a aderência da argamassa, e utilizar cimento pozolânico, pois proporciona ao cimento maior resistência a meios agressivos, diminui a segregação dos agregados. c) Fissuração da Argamassa Para este caso estas devem ser abertas ao longo de seu comprimento, para que fique em forma de “V”, existe ferramenta com ponteira metálica própria para este serviço. A trinca deve ser preenchida com selante flexível à base de poliuretano, silicone, resina acrílica, etc. 58 4.2.3 Revestimento Cerâmico a) Destacamento do revestimento cerâmico Observou-se a presença de destacamento somente no Hospital B, e devem ser removidas todas as peças cerâmicas soltas, realizar uma limpeza do local, retirando todas as sujeiras existentes e a recolocação das peças. b) Trincas, Gretamento e Fissuras Devem-se remover todas as peças cerâmicas danificadas, e na sua substituição analisar a existência de elementos construtivos corretamente (Junta de assentamento), e também a utilização de argamassa colante adequada para o tipo de piso. c) Problemas com as juntas de assentamento Nos hospitais existe a presença de juntas de assentamento sem o preenchimento de rejunte, que possibilita a entrada de umidade podendo danificar as peças cerâmicas. 4.2.4 Revestimento de Pintura a) Bolor ou Mofo A abordagem da solução proposta foi abordada no item 2.4.1. b) Saponificação A abordagem da solução proposta foi abordada no item 2.4.2. c) Desagregamento da Pintura A abordagem da solução proposta foi abordada no item 2.4.4. d) Descascamento da Pintura A abordagem da solução proposta foi abordada no item 2.4.5. e) Bolhas A abordagem da solução proposta foi abordada no item 2.4.7. f) Enrugamento A abordagem da solução proposta foi abordada no item 2.4.9. 59 5 5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES A análise visual das patologias da construção é importante para o conhecimento de quais patologias são encontrados na edificação hospitalar. Mediante a avaliação das manifestações patológicas levantadas, torna-se possível definir suas intervenções, conhecer os mecanismos de como os fenômenos ocorrem e o modo como eles se apresentam. Alguns tipos de patologias como destacamento, fissuras nas peças cerâmicas, no hospital, se tornam obstáculos aos pacientes, levando em consideração que cadeirantes, idosos e transferência de maca, têm seu deslocamento limitado e necessitam de uma passagem livre e desobstruída. As conseqüências de uma queda, principalmente para idosos, podem ser gravíssimas, resultando até em morte ou imobilização permanente. Entre as edificações estudadas, as comparações entre idades e números de leitos interferiram nos resultados, lembrado que o hospital A, com idade de 68 anos e com o menor número de leitos com apenas 41, apresentou um índice maior de quantidades de patologias, representando 52% das patologias analisadas, o hospital C, com idade de 06 anos apresentou uma porcentagem mínima, apesar de ser o hospital com os maiores números de leitos 88. A pintura teve a maior incidência de patologias, predominando em todas as edificações hospitalares estudadas, e mesmo sendo de fácil reparo, representa 40% em comparação com as outras, e entre elas o descascamento da pintura apresentou maior porcentagem de ocorrência com 25% de todas as patologias de pintura. Pode-se concluir que alguns hospitais ignoram a existência de um índice elevado de patologias na sua edificação. Tais anomalias interferir no desenvolvimento clinico de alguns pacientes, os que estão idosos, cadeirantes necessitam de uma livre circulação nos ambientes, e a existência de patologia como o destacamento revestimentos cerâmicos, podem atuar como um obstáculo. Mofo ou bolor interferem na proliferação de microorganismos prejudiciais ao sistema respiratório, e a falta de higienização e manutenção nos ambientes contribui para a evolução das patologias da edificação. Defeitos na impermeabilização são um dos principais fatores para o surgimento de patologias, visando que as maiorias dos defeitos encontrados surgem apartir da existência de infiltrações. Assim a prevenção, será normalmente a forma mais econômica de minimizar as 60 conseqüências de patologias construtivas, observando as normatizações de desempenho da edificação NBR 15575:2010, equacionando meios de monitorização para realização de inspeções periódicas, no intuito de avaliar o desempenho dos elementos em condições de serviço. A existência de uma equipe técnica operacional, atuando diretamente na manutenção e na prevenção de patologias, reduz esses índices de forma satisfatória, revisando que no hospital C atualmente existe essa equipe técnica e tem uma menor incidência de patologias. 5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Este trabalho de pesquisa abre novos horizontes para o desenvolvimento de futuros trabalhos científico na área hospitalar, entre as quais: - Analisar se as patologias construtivas influenciam na evolução de microorganismos; - Empregar um processo de padronização de vistorias técnicas, criando um arquivo histórico das edificações, facilitando o gerenciamento de manutenção, programação de reparos, avaliação histórico das degradações e seu ciclo de vida, e - Fazer uma estimativa de evolução das patologias construtivas em idades futuras. 61 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-13.753 Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. Rio de Janeiro, 1996. ______ NBR-15575. Desempenho de Edificações. Rio de Janeiro, 2010. ALMEIDA, J. E. de A. Fissuras em Argamassa de revestimento. São José dos campos: revista Téchne, ed. 54; pag 15, 2001. ALUCCI, M.P.; FLAUZINO, W. D.;MILANO, S. Bolor em edifícios: causa e recomendações;Tecnologia de Edificações. PINI, 1988. ALVES, A.; CARASEK, H.; CASCUDO O.Influência da umidade do revestimento na resistência superficial. Goiânia, 2010. ANGELIM, R. R. Notas de aula das disciplinas construção civil II e patologia e terapia das construções. Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Goiás. Anápolis, 2009. BARROS, M. M. S. B.;SABBATINI, F. H.Produção de Revestimentos Cerâmicos para Paredes de Vedação em Alvenaria:Diretrizes Básicas. São Paulo, 2001. BATISTA, A.; CAUDURO, E. 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Intervenções em revestimentos antigos: Conservar, Substituir ou ... Construir?. in: 2º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de edifícios. Porto, 2006. 66 APÊNDICE A- ROTEIRO DE ENTREVISTA 1 Entrevistado: Administração do Hospital Data: ___/___/___ I – USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO. 1) Em que ano foi inaugurado o edifício hospitalar em questão? 2) Existem modificações não previstas nos projetos executados? 3) Qual é a capacidades de leitos no hospital? E quantos têm? 4) É feito algum tipo de monitoramento das condições do edifício? Há algum tipo de procedimentos documentados? 5) Haveria possibilidade de se recordar de algum fato (agravação de doenças) que esteja ligado ao aparecimento dos problemas patológicos construtivos? 6) As mudanças climáticas mudam as características de alguns problemas? 7) O hospital possui uma equipe operacional atuando nos reparos em gerais? 67 APÊNDICE B- ROTEIRO DE ENTREVISTA 2 Entrevistado: Representante do órgão fiscalizador municipal Data: ___/___/___ I – INFORMATIVO. 1) A Vigilância Sanitária Municipal fiscaliza as edificações hospitalares quanto à patologia da construção? 2) Existe atualmente uma equipe de engenheiros especializados atuando na fiscalização hospitalar? 3) Qual o período de realização das inspeções hospitalares? 4) Existe alguma tolerância na fiscalização dos hospitais antigos e modernos? 5) È seguido algum roteiro de inspeção? Qual o regulamento utilizado para esse tipo de edificação? 6) Existe algum hospital embargado por problemas patológicos construtivos?