Instituto Evandro Chagas
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Perguntas mais freqüentes
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O que é a doença de Chagas?
Qual a origem da Doença de Chagas?
Onde buscar informações sobre “barbeiros”?
Existem barbeiros só na área rural?
Está havendo uma epidemia da Doença de Chagas no Pará?
Como está a situação atual do controle da doença no Brasil?
Quais as formas de contágio da Doença de Chagas?
É possível contrair a Doença de Chagas de pessoa para pessoa se tivermos contato
tipo beijo, relação sexual e sangue?
Uma pessoa que tem a doença pode ter filhos?
A Doença de Chagas é uma doença grave?
Existe cura para a Doença de Chagas?
Como é feito o diagnóstico?
O que a pessoa deve fazer se estiver doente ou com suspeita da doença?
Quanto tempo depois do contágio aparece os primeiros sintomas?
Quais são os principais sintomas e aspectos clínicos da Doença de Chagas?
Uma pessoa contaminada pode ficar assintomática, ou seja, não apresentar sintomas
da doença?
Como é o tratamento para combater a Doença de Chagas, existem remédios e quais
são os efeitos colaterais?
O Sistema de Saúde fornece tratamento e medicação para a Doença de Chagas?
Pode haver falta do medicamento Benzonidazol, fármaco utilizado no tratamento da
doença?
Existe vacina ou é possível tomar algum remédio que previna a Doença de Chagas?
Quem teve a Doença de Chagas pode ser doador de órgãos ou de sangue?
O que fazer quando encontrar um inseto (besouro) que suspeite ser um “barbeiro ”?
Como evitar a Doença de Chagas?
Como é feito o controle da transmissão da doença?
A polpa do açaí comercializada oferece menos risco de contaminação?
Há perigo em tomar o suco do açaí comprado nos pontos de vendas da cidade
(Belém)?
O congelamento da polpa do açaí elimina a possibilidade de contrair a Doença de
Chagas? À que temperatura da água o Trypanossoma é eliminado?
O açaí pasteurizado também elimina a possibilidade de contrair a Doença de Chagas?
Como deve ser o processo de lavagem e desinfecção dos caroços do açaí para
eliminar o risco de contágio?
Apenas os cuidados com a extração artesanal do suco do açaí seria a única medida
de prevenir a propagação da Doença de Chagas?
Para onde os batedores de açaí devem se dirigir para obterem as informações,
cadastramento e treinamento necessário para exercerem as suas atividades
comerciais com segurança?
Quais as recomendações e propostas de vigilância epidemiológica junto aos
batedores de açaí?
Está sendo feita alguma campanha para combater a Doença de Chagas?
33.
1. O que é a doença de Chagas?
^ início
É uma doença infecciosa e parasitária, que existe somente no continente americano. É
causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida ao homem por insetos do gênero
triatomíneo, conhecidos pela população rural no Brasil como “barbeiros”. Foi descoberta por
Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, em 1909, na cidade de
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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Lassance, localizada na região norte de Minas Gerais.
2. Qual a origem da Doença de Chagas?
^ início
A doença tem origem silvestre e o parasita circula entre os “barbeiros” que sugam
sangue de animais silvestres como ratos, tatus, coatis, mucuras e pássaros. O homem
afugentou as fontes de alimento dos “barbeiros ” e destruiu os abrigos dos animais (buracos,
troncos, cavernas e copas de palmeiras: inajá, mucajá babaçu, patauá e dendê) atraindo
“barbeiros” para dentro de usa própria casa.
3. Onde buscar informações sobre “barbeiros ”?
^ início
No Laboratório de Doenças de Chagas da Seção de Parasitologia do Instituto Evandro
Chagas, referência no diagnóstico da doença, com o Dr. Aldo Valente.
4. Existem barbeiros só na área rural?
^ início
Sendo os barbeiros originalmente insetos silvestres, que se adaptam ao ambiente
domiciliar em situações peculiares (proximidade do ambiente silvestre, tipo de casa e
hábitos da população), sua presença se dá marcadamente na área rural. No Brasil, a
presença de triatomíneos nas áreas urbanas é muito rara, apesar disto ser possível,
principalmente nos bairros próximos ao ambiente natural. Com o crescimento desorganizado
das cidades nos últimos anos e com a construção de casas precárias nas periferias, o risco
de encontrarmos barbeiros nas cidades tem aumentado, e vale a pena manter uma especial
vigilância destas áreas.
5. Está havendo uma epidemia da Doença de Chagas no Pará?
^ início
Segundo análise do coordenador do Laboratório de Doenças de Chagas do IEC,
referência no diagnóstico da doença, Dr. Aldo Valente, a Doença de Chagas é uma patologia
sazonal, típica de uma época do ano. Os casos ocorrem com maior freqüência no período de
julho até novembro, no período de estiagem das chuvas. Os técnicos do Instituo Evandro
Chagas dizem que não é hora de alarde e nem de pensar em suposta epidemia.
6. Como está a situação atual do controle da doença no Brasil?
Conforme relatório da
^ início
Organização Mundial da Saúde, a transmissão da doença de
Chagas no Brasil está muito próxima de ser solucionada. Acredita - se que até 2010 não
haverá casos novos da doença. Isto se deve à campanha da antiga SUCAM (atual Fundação
Nacional de Saúde), que a partir dos anos 80 fez campanhas sistemáticas de borrifação de
inseticidas nos domicílios das cidades do interior, por todo o país. Porém, é preciso não
descuidar das medidas de vigilância sanitária, para evitar que se criem condições que
permitam a reinfestação das casas em áreas em que existem barbeiros.
7. Quais as formas de contágio da Doença de Chagas?
^ início
A forma de transmissão mais conhecida é pela picada do inseto “barbeiro” contaminado
pelo protozoário. Este inseto tem por hábito defecar após sugar o sangue das pessoas, o
que ocorre habitualmente no período noturno, enquanto o indivíduo dorme o inseto
infectado com o
Trypanossoma cruzi, este parasito é eliminado em suas fezes e, pelo
contato com o local da picada (que se dá geralmente no rosto, daí o nome de “barbeiro”),
ao coçar, penetra na corrente sangüínea da pessoa. Existem outros meios de se transmitir a
doença, são eles: a transmissão congênita, ou seja, da mãe chagásica para o filho durante a
gravidez, aleitamento materno, transfusão de sangue, mediante a recepção de órgãos
transplantados de indivíduos infectados, a contaminação em acidentes de laboratório, mais
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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freqüente pela manipulação de material contaminado e a contaminação por ingestão de
alimentos que contenham fezes de barbeiros infectados.
8. É possível contrair a Doença de Chagas de pessoa para pessoa se
tivermos contato tipo beijo, relação sexual e sangue?
^ início
A infecção pode ser transmitida pessoa para pessoa através do sangue (transfusão) ou
materno- infantil (transplacentária ou por aleitamento). Como toda doença de veiculação
sanguínea, a transmissão sexual teoricamente é possível em indivíduos com alta quantidade
de parasitas no sangue (fase aguda evidente) que mantenham relações sexuais nas quais
ocorram eventuais traumas físicos e exposição ao contato com sangue (coito anal, pouca
lubrificação vaginal, etc.).
9. Uma pessoa que tem a doença pode ter filhos?
^ início
Sim. Não há contra indicação para mulheres chagásicas, na fase crônica, engravidarem.
Trabalhos realizados tanto em maternidades urbanas como em área rural, em regiões
endêmicas e não endêmicas, mostram que o risco da mãe passar a doença para o bebê
varia de 0,3% a 7%, com média de 1%. Ou seja, a cada 100 mulheres portadoras de
doença de Chagas, uma passa a doença para a criança. Nestes casos, a criança deve ser
acompanhada em serviço especializado para tratamento específico, com alta probabilidade
de cura. O homem não transmite a doença para os filhos.
10. A Doença de Chagas é uma doença grave?
^ início
Sim, pode ser. Muitas pessoas adquirem a infecção durante a infância. O estágio mais
precoce da infecção geralmente não é grave, causando sintomas que regridem em algumas
semanas. Mas às vezes o quadro é grave e pode levar à morte, principalmente as crianças.
Entretanto, cerca de 1/3 dos pacientes infectados, os sintomas vão surgir após 10 a 20
anos, diminuindo a expectativa de vida em média de 9 anos.
11. Existe cura para a Doença de Chagas?
^ início
Nas manifestacões agudas, quando tratadas precocemente, há uma grande chance de
cura, ou seja, o indivíduo não morre e se recupera totalmente.
Nas formas crônicas, são raríssimos os casos de cura, mesmo quando tratados com
droga específica (Benzonidazol). "Cura" aqui está sendo entendida como a negativização dos
exames sorológicos previamente positivos, independente da evolução clínica da pessoa.
Em relacão à cura clínica na forma crônica da doença, ou seja, a regressão total das
lesões cardiológicas ou digestivas para a normalidade, infelizmente ela não se observa na
pratica médica.
Todo indivíduo com infecção chagásica deve procurar um serviço médico capaz de fazer
os diagnósticos clínico, laboratorial e epidemiológico e identificar a fase da doença, para
definição do tratamento adequado, quando necessário. O manejo clínico do paciente
chagásico, particularmente das formas cardíacas, é importante, pois quando bem conduzido
e iniciado precocemente resulta na diminuição de morbidade.
12. Como é feito o diagnóstico?
^ início
Existem dois tipos de métodos para o diagnóstico laboratorial da doença: os sorológicos
e os parasitológicos.
Os métodos sorológicos são aqueles que buscam identificar, no sangue do indivíduo, a
presença
de
anticorpos
produzidos
pelo
organismo
contra
o
Trypanosoma
cruzi,
evidenciando desta forma a contaminação pelo parasito. As técnicas atualmente mais
utilizadas são a ELISA e a Imunofluorescência Indireta. Antigamente, se realizava a Reação
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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de Fixação de Complemento, conhecida como reação de Machado e Guerreiro (nomes dos
pesquisadores que a desenvolveram), mas esta técnica foi abolida há alguns anos.
13. O que a pessoa deve fazer se estiver doente ou com suspeita da
doença?
^ início
Deve procurar um Posto de Saúde da sua cidade para receber orientações de como
fazer a pesquisa da doença. Em Belém, dirigir - se ao Instituto Evandro Chagas para receber
o tratamento específico ou entrar em contato pelo fone: (91) 3214 -2106 / (91) 3214 -2150.
A doença é curável na maioria dos casos e o tratamento é gratuito.
14. Quanto tempo depois do contágio aparece os primeiros sintomas?
^ início
Para esta resposta é necessário considerarmos as várias formas de transmissão. Na
transmissão vetorial, ou seja, através do “barbeiro”, o período médio varia entre 10 a 14
dias após o contato com o inseto vetor. Na transmissão oral os períodos são variáveis e por
vezes difíceis de serem identificados, variando entre 3 até 25 dias após a contaminação.
Para a transmissão acidental, na qual o parasita é inoculado diretamente na corrente
sanguínea, o período de incubação pode ocorrer em até 10 dias. Quando adquirida por
transfusão de sangue, o período de incubação varia de 30 a 40 dias.
Considerando as três fases da Doença de Chagas, produzida por Trypanosoma cruzi
(aguda, indeterminada, crônica); em geral, as formas crônicas da doença permanecem
assintomáticas (sem apresentar sintomas da doença) durante 10 a 20 anos e vão se
manifestar mais de 10 anos após a infecção inicial. No entanto neste período assintomático,
o parasita continua a se reproduzir em baixos números, causando danos irreversíveis que
mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardíaca), pode
ser fatal. Há ainda alguns casos de morte súbita.
A doença é curável na maioria dos casos e o tratamento aumenta a esperança e a
qualidade de vida.
15. Quais são os principais sintomas e aspectos clínicos da Doença de
Chagas?
^ início
Na fase aguda da infecção, os principais sintomas podem ser: febre, aparecimento de
gânglios, crescimento do baço e fígado, alterações elétricas do coração e ou inflamação das
meninges nos casos graves, que duram em média de 3 a 8 semanas. Se o contato com o
barbeiro for na região próxima ao olho, ocorre inchaço neste local (conhecido como "sinal de
Romaña"). Se o barbeiro tiver picado a pessoa no braço ou nas pernas, forma- se um
furúnculo, chamado de "chagoma de inoculação". Estes sinais constituem as chamadas
"portas de entrada" aparentes da infecção.
Na fase crônica, a maioria (cerca de 70%) dos portadores da doença permanece
durante longo tempo, em torno de duas a três décadas, sem apresentar nenhum sintoma,
ou seja, sem nenhuma alteração de seu quadro clínico. Esta é a chamada forma
assintomática ou indeterminada da doença.
Quando surgem os sintomas da fase crônica, eles estão relacionados a distúrbios no
coração (forma cardíaca) e/ou no esôfago e intestino (forma digestiva). Nestes casos, a
evolução da doença vai depender do grau de acometimento de tais órgãos e do recurso à
assistência médica.
Quando o coração é atingido, o comprometimento pode se dar na parte elétrica e as
queixas mais freqüentes são as palpitações (sensação de batida do coração fora do ritmo
normal), as taquicardias (aceleração das batidas sem causa aparente), sensação de desmaio
ou até desmaio propriamente dito (síncope). No comprometimento do músculo cardíaco,
ocorrem sintomas como a falta de ar devido a médios e pequenos esforços físicos, tosse
freqüente e inchação nas pernas e na barriga.
Nos casos de agressão cardíaca, a miocardiopatia dilatada é um fator de mal
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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prognóstico, ou seja, indica prováveis complicações na evolução da doença, em especial
quando há severa disfunção da capacidade de bombear sangue ou quando ocorrem
arritmias graves, que podem levar à morte súbita.
A forma cardíaca é a principal causadora de limitações ao doente chagásico, pela
incapacitação ao trabalho, e a principal responsável por casos fatais da doença.
A forma digestiva da doença é caracterizada pela dilatação do esôfago e/ou do intestino
(respectivamente, mega-esôfago e megacólon), a qual tende a aumentar progressivamente
ao longo dos anos.
Quando o órgão comprometido é o esôfago, a principal queixa é a dificuldade de engolir
alimentos, especialmente sólidos, além da regurgitação após refeições. No caso do intestino,
o indivíduo fica sem evacuar por longos períodos, responde muito pouco ao tratamento com
dieta laxativa e necessita freqüentemente de lavagens por via retal.
É importante destacar que, apesar dos casos em que ocorrem alterações cardíacas e
digestivas, a maioria dos indivíduos infectados com a doença de Chagas encontra-se na
forma assintomática, ou seja, na condição de mero portador, sem repercussões importantes
em seu ambiente familiar e de trabalho, mantendo-se nesta condição ao longo de toda a
sua vida.
16. Uma pessoa contaminada pode ficar assintomática, ou seja, não
apresentar sintomas da doença?
^ início
Sim, acredita- se que a cada caso da doença pelo menos 20 não sejam diagnosticados.
Este período em que fica assintomático (sem apresentar sintomas da doença) é chamado de
fase ou forma indeterminada. Eventualmente, esta pessoa poderá ou não desenvolver
doença com sintoma (forma determinada) ou poderá permanecer como infectado, sem
nunca desenvolver doença durante toda sua vida. Os fatores que levam uma pessoa
infectada desenvolver esta ou aquela forma da doença, ou de nunca desenvolvê-la, são
pouco entendidos e até o momento não há explicações satisfatórias.
Em relação ao comportamento da doença em populações da Amazônia, onde a doença é
nova, os parasitas são diferentes e as formas de contágio são inusitadas, as descrições
feitas até o momento são muito incipientes e, portanto de difíceis prognósticos. Em médio
prazo, poderão ser avaliados melhor os prognósticos regionais em indivíduos tratados e
seguidos longitudinalmente. Paralelamente, apenas os inquéritos populacionais (exames
sorológicos realizados em determinadas populações sadias) poderão avaliar a magnitude de
infecções assintomáticas locais.
17. Como é o tratamento para combater a Doença de Chagas, existem
remédios e quais são os efeitos colaterais?
^ início
O tratamento específico da Doença de Chagas está centrado em um medicamento
chamado Benzonidazol (Rochagan). A indicação de seu uso é para os casos agudos (menos
de 6 meses) ou fase crônica recente e infecções congênitas.
Nas formas crônicas, independentemente da presença de sintomas, há divergências quanto
ao tratamento com o Benzonidazol. Os Centros de Referência para tratamento de
chagásicos praticam condutas diferentes. Há os que tratam todos os portadores de Chagas
indiscriminadamente, outros que não praticam o tratamento em nenhum caso, e alguns que
seguem os critérios do Ministério da Saúde , tratando seletivamente de acordo com a forma
clínica. Esta falta de consenso é decorrente da escassa literatura médica quanto ao real
benefício do tratamento, pois não se tem bem definido se este cura a pessoa ao interferir na
evolução da doença.
Este tratamento deve obrigatoriamente ser acompanhado por médico experiente no uso
do Benzonidazol, através de monitoramento laboratorial, já que o medicamento apresenta
em 20% dos pacientes efeitos colaterais potencialmente graves.
Independente do uso do Benzonidazol, os pacientes que manifestem sintomas da
doença, relacionados às alterações cardíacas e/ou digestivas, devem tratados mediante os
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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procedimentos médicos habitualmente utilizados para controlar tais alterações. É o que se
chama de tratamento sintomático, isto é, voltado para os sintomas. Nesse sentido, qualquer
especialista das áreas em questão (cardiologista, gastroenterologista, proctologista) está
habilitado a acompanhar um portador de doença de Chagas.
No caso das alterações cardíacas graves, recorre- se a cirurgias e transplantes do
coração e à colocação de marcapassos e desfibriladores intra-cardíacos. O paciente
cardiopata que não apresenta alterações graves pode beneficiar- se exclusivamente do
tratamento clínico com medicamentos cardiológicos e estacionar o seu quadro clínico com
aumento da qualidade e da expectativa de vida.
No caso das alterações do esôfago e do intestino, na maioria dos casos utiliza-se a
intervenção cirúrgica para a solução do problema.
Nas pessoas com doença de Chagas em qualquer forma quando associado à sorologia
anti-HIV positiva.
Algumas novas drogas estão sendo estudadas para o tratamento da doença. Até o
momento, entretanto, nenhuma com resultados mais promissores. Processos terapêuticos
modernos de utilização de células tronco em doentes com avançada doença cardíaca são
promissores.
18. O Sistema de Saúde fornece tratamento e medicação para a Doença
de Chagas?
^ início
Sim. A medicação atualmente utilizada, o Benzonidazol (Rochagan), é fabricada no
Brasil e oferecida pelo Ministério da Saúde , gratuitamente. Entretanto, se considerarmos o
potencial evolutivo da doença, o sistema de saúde no Estado ainda não está preparado para
receber e orientar pessoas com doença crônica.
Em virtude deste potencial evolutivo até hoje não mensurado da doença entre
populações Amazônicas, há necessidade de criar serviços para seguimento contínuo de
pacientes. Considerando ser uma doença emergente na região, as oportunidades de
tratamento devem ser organizadas de forma centralizada em serviços afeitos a pesquisa,
em paralelo com a estruturação dos serviços descentralizados, respeitando a logística de
acesso ao tratamento conforme a proximidade de áreas de maior ocorrência de casos.
Dessa forma, poderemos se não evitar pelo menos minimizar em muito os gastos com
futuros chagásicos crônicos.
19. Pode haver falta do medicamento Benzonidazol, fármaco utilizado no
tratamento da doença?
^ início
Não. No Brasil, o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco ( LAFEPE ), vai
retomar a produção do Rochagan (Benzonidazol), receberá o primeiro lote de 370
quilogramas daquele princípio activo, quantidade suficiente para suprir as necessidades do
mercado brasileiro e as demandas de outros países. O LAFEPE abastecerá o mundo com
produto e será o único no mundo a fabricar medicamento. Há um crescente interesse pela
doença de Chagas, não apenas pelos recentes casos de contaminação por suco de açaí no
Brasil, mas também porque os bancos de sangue dos Estados Unidos começaram a
pesquisar a doença e a encontrá-la entre os doadores naquele país. Em 2003, o Laboratório
Roche transferiu a licença da tecnologia de produção do medicamento para o governo.
20. Existe vacina ou é possível tomar algum remédio que previna a
Doença de Chagas?
^ início
Não há vacina e nem remédio para prevenir a doença. Várias tentativas foram feitas ao
longo da década de 1980, porém nenhuns dos antígenos utilizados se mostraram adequados
para tal propósito. O parasito apresenta vários mecanismos de escape que inviabilizam a
ação da vacina.
Está sendo desenvolvida na França, por uma equipe do Instituto Pasteur, liderada pela
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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brasileira Paola Minoprio, uma vacina experimental para combater a Doença de Chagas e
também todas essas infecções parasitárias, mas nada confirmado quanto a sua eficácia. Ela
permite que o organismo infectado pelo protozoário causador da moléstia produza
anticorpos específicos contra ela. Normalmente, esse parasita dribla as defesas do
organismo e induz a produção de anticorpos incapazes de neutralizar os agentes agressores.
A partir de experimentos com camundongos, a equipe conseguiu identificar o gene do
protozoário que codifica uma proteína com propriedades mitogênicas (TcPA45). A partir daí,
desenvolveram um modelo experimental de vacinação intramuscular com DNA contendo o
gene.
Paola Minoprio afirma que, injetando pequenas doses dessa proteína no organismo,
estimula
os
linfócitos
B
a
produzir
anticorpos
específicos.
Assim,
uma
resposta
neutralizadora estará presente quando os parasitas entrarem em contato com o hospedeiro.
Testes demonstraram que a vacina induziu uma diminuição de 85% dos níveis de parasitas
circulantes após infecção.
A produção de mitógenos para confundir as respostas do sistema imune do hospedeiro é
uma estratégia utilizada pela maioria das bactérias, fungos e vírus. A equipe de Paola
Minoprio está trabalhando agora no isolamento dos genes de outros parasitas.
Já se tem os mitógenos isolados do parasita da malária, da candidíase e do vírus da
peste porcina.
21. Quem teve a Doença de Chagas pode ser doador de órgãos ou de
^ início
sangue?
Não. Nos bancos de sangue em função do controle da qualidade do sangue e para maior
proteção aos seus transfundidos, não aceitam como doadoras pessoas que já tenham tido a
doença, mesmo que em seus exames de triagem o resultado não apresente mais a doença.
Este é um procedimento normal e uma forma eficaz dos bancos de sangue proteger seus
pacientes (receptores), por isso, hoje são raros os casos transfusionais.
A maioria dos indivíduos com infecção pelo T. cruzi podem ficar com o parasito nos
tecidos e sangue, durante toda a vida, o que significa que devem ser excluídos das doações
de sangue e de órgãos.
22. O que fazer quando encontrar um inseto (besouro) que suspeite ser
^ início
um “barbeiro”?
Não mate, não esmague e nem coloque no álcool. Coloque o inseto numa caixinha ou
frasco vazio sem conservante e leve até um posto de referência entomológica (Posto de
Saúde, centros de controle de zoonoses, centros de pesquisa) para que ele seja identificado
(confirmando se realmente é um barbeiro), e examinado, para sabermos se ele está
infectado pelo Trypanosoma cruzi. Se estiver, e se tiver sido encontrado em contato direto
com os moradores, vale a pena fazer um exame do sangue destas pessoas. Este exame
pesquisa a existência de anticorpos contra o
Trypanosoma cruzi no sangue (se há
anticorpos, há infecção), considerando-se, porém, que estes anticorpos só aparecem cerca
de 30 dias depois da infecção. O Sistema Único de Saúde ( SUS) deverá estar preparado
para pesquisar na casa a existência de outros barbeiros além do que foi encontrado, e se
necessário, deve borrifá -la com inseticida adequado.
23. Como evitar a Doença de Chagas?
^ início
Os princípios da prevenção da doença de Chagas baseiam- se fundamentalmente em
medidas de controle ao barbeiro, dificultando e/ou impedindo a sua proliferação nas
residências e em seus arredores.
Ação sobre os “barbeiros ”: borrifar as casas infestadas, manter a sua casa, chiqueiros,
galinheiros e quintais bem limpos. Evitar a construção de casas próximo das matas e colocar
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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tela nas janelas. Evitar deixar lâmpadas acessa durante a noite muito próxima dos cômodos
onde as pessoas dormem. Encaminhar insetos suspeitos de serem barbeiros para o serviço
de saúde mais próximo.
Ação sobre as fontes de infecção:
o tratamento do paciente. Manter os demais
reservatórios silvestres longe da casa do homem.
Transmissão por contaminação de alimentos: evitar o consumo de carne de caça ou
ferver muito bem tomando cuidado no momento do abate do animal. Muita atenção com as
máquinas de bater açaí, de moer carne, cana de açúcar, e mandioca. Manter as vasilhas de
alimento sempre bem cobertas. No preparo do açaí selecione os caroços, lave pelo menos 4
vezes e por último antes de colocar de molho na água morna, deixe os caroços já lavados
por uma hora numa mistura de 10 litros de água para um vidro de (30ml) hipoclorito.
Transmissão transfusional: usar somente sangue dos hemocentros.
Transmissão pelo leite materno: a mãe com a doença não deve amamentar até que
esteja completamente curada.
Medidas sócio-econômicas: melhoria de habitação e educação sanitária.
24. Como é feito o controle da transmissão da doença?
^ início
Nas áreas em que se verifica a transmissão pelo vetor, os métodos de controle
consistem na aplicação sistemática de inseticidas nos domicílios e ao redor deles, e na
realização de melhorias nas habitações, como por exemplo a substituição das paredes de
barro por paredes de alvenaria (para evitar a infestação pelos barbeiros). Para controlar a
transmissão transfusional, é necessário fiscalizar a qualidade do sangue dos doadores,
mediante exames que comprovem que eles não são portadores da doença.
25. A polpa do açaí comercializada oferece menos risco de contaminação?
^ início
Se constar na embalagem o número de registro do produto junto ao ministério, não há
risco, pois para a comercialização de polpas de sucos tropicais, as empresas precisam
atender algumas regras sanitárias do Ministério da Agricultura.
26. Há perigo em tomar o suco do açaí comprado nos pontos de vendas
da cidade (Belém)?
^ início
Devemos ter cuidado com todo e qualquer alimento consumido não só em Belém, mas
em qualquer lugar, quando não sabemos quais os cuidados que foram tomados no preparo
do alimento, principalmente os preparados artesanalmente, como é o caso do açaí e do
caldo de cana. Porém, devemos verificar se o local onde está sendo batido é limpo e se o
fruto passou pelos cuidados necessários para eliminar qualquer risco de contaminação.
27. O congelamento da polpa do açaí elimina a possibilidade de contrair a
Doença de Chagas? À que temperatura da água o Trypanossoma é
eliminado?
^ início
Sim. O suco do açaí congelado em casa e consumido somente no dia seguinte elimina a
possibilidade do protozoário Trypanosoma cruzi estar presente no suco.
O congelamento mínimo é de - 20°C negativos pelo menos por 6 horas até completa
rigidez.
As empresas que comercializam o produto congelam em câmara, onde a temperatura
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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passa de -30°C, isso sem contar antes com a pasteurização e a higienização.
28. O açaí pasteurizado também elimina a possibilidade de contrair a
Doença de Chagas?
^ início
No processo de pasteurização, a polpa do açaí é aquecida durante alguns segundos a
temperaturas entre 80°C e 90°C, e depois é imediatamente resfriada (temperatura que
passa de -30°C). Esse processo elimina o agente causador da doença de Chagas.
29. Como deve ser o processo de lavagem e desinfecção dos caroços do
açaí para eliminar o risco de contágio?
^ início
Segundo informações do Laboratório de Doença de Chagas/SEPAR/IEC, o processo
completo recomendado para diminuir ou eliminar riscos deve incluir:
- catação dos caroços do fruto, separando toda as suas impurezas;
- lavação dos caroços em pelo menos quatro vezes, revirando o fruto a cada lavagem para
verificar a presença de insetos e eliminar suas as impurezas;
- em seguida, deve deixar os caroços de molho em água morna misturada com uma colher
de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária) durante uma hora, antes de bater o açaí;
- por último, lavar muito bem a máquina, antes e depois de cada batida. Quando estiver
fora do uso, manter a máquina sempre coberta com um pano limpo.
ATENÇÃO: O uso do hipoclorito de sódio faz parte do processo para eliminar o risco de
contágio desta e de outras doenças que possam ser veiculadas por este, especialmente as
salmoneloses e outras infecções bacterianas de transmissão oral.
30. Apenas os cuidados com a extração artesanal do suco do açaí seria a
única medida de prevenir a propagação da Doença de Chagas?
^ início
Não. Seu agente transmissor, o inseto "barbeiro", habita copas de palmeiras, tocas
feitas no solo, casas de barro ou taipa, chiqueiros, galinheiros e estábulos. Os princípios da
prevenção da doença de Chagas baseiam -se fundamentalmente em medidas de controle do
barbeiro, dificultando e/ou impedindo a sua proliferação nas residências e em seus
arredores. As medidas que devem ser tomadas consistem:
- Manter a casa limpa, varrer o chão, limpar atrás dos móveis e dos quadros, expor ao sol
os colchões e cobertores onde costuma se esconder os barbeiros;
- Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
- Impedir a permanência de animais e aves dentro da casa. As aves não oferecem perigo,
pois nunca apresentam o tripanosoma em seu organismo, mas seu sangue serve de
alimento para os barbeiros;
- Construir galinheiros, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos afastados das casas e mantê- los
limpos;
- Encaminhar insetos suspeitos de serem barbeiros para o serviço de saúde mais próximo.
O diretor do Departamento de Controle de Endemias da Secretaria Estadual de Saúde
(SESPA), Walter Amoras, informou que defende a capacitação dos profissionais de saúde
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
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para o melhor diagnóstico, bem como a atenção do consumidor na hora de comprar o açaí.
31. Para onde os batedores de açaí devem se dirigir para obterem as
informações, cadastramento e treinamento necessário para exercerem as
suas atividades comerciais com segurança?
^ início
Devem se dirigir ao Setor de Vigilância Sanitária das Secretarias Estaduais ou Municipais
de Saúde.
32. Quais as recomendações e propostas de vigilância epidemiológica
^ início
junto aos batedores de açaí?
Estabelecer medidas de caráter multidisciplinar, não visando somente uma doença, mas
várias possíveis de serem transmitidas pelo açaí e outros alimentos. A aproximação com o
batedor de açaí deve ser amistosa, encorajadora para mudança de atitudes, respeitando
suas crenças, mas esclarecendo através do convencimento através de linguagem acessível,
evitando qualquer tipo de intimidação ou ameaça ao trabalho que eles dependem para o seu
sustento, mas tratando sempre de um convite para educar e orientar na produção de
alimentos saudáveis. Os principais aspectos a serem abordados seriam os seguintes:
• Cadastrar por bairros todos os batedores para futura emissão de certificado de
funcionamento;
• Estabelecer as condições mínimas de instalações físicas: água, esgoto, utensílios etc.;
• Fornecimento de um kit (avental, boné, luvas, baldes e bacias) como incentivo às boas
práticas;
• Elaboração de uma cartilha com as orientações sobre seleção dos frutos, lavagem, retirada
das polpas, embalagem e estocagem;
•
Criar
facilidades
para
os
batedores
realizarem
exames
de
fezes
regulares
com
fornecimento de medicação;
• Facilidades para análise (bromatológica, parasitológica e bacteriológica) do açaí por
amostragem junto aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública ( LACEN), Universidade
Federal do Pará ( UFPA) e Instituto Evandro Chagas;
• Emissão de certificado de qualidade (ISOAÇAÍ I, II, III) com padrão diferenciado de
acordo com as exigências cumpridas e validade de 6 meses;
• Incentivar todas as boas práticas na manipulação de alimentos, não direcionando a
campanha a esta ou aquela doença, mas a um conjunto de patógenos que podem ser
veiculados por alimentos;
O trabalho dever ser realizado em parceria estabelecida pelo IEC e das Secretarias
Municipais de Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde, LACENs e Centros de Controle de
Zoonoses (CCZ) que operacionalizariam o trabalho.
33. Está sendo feita alguma campanha para combater a Doença de
Chagas?
^ início
No dia 24 de agosto de 2007, o governo do Pará reunião entre dirigentes e técnicos da
Secretaria Estadual de Agricultura (SAGRI), Agência de Defesa Agropecuária do Pará
(ADEPARÁ), Instituto Evandro Chagas, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
Instituto Evandro Chagas
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(EMATER ), Universidade
Educação ( SEDUC) e
Federal
Rural
da
Amazônia
( UFRA),
Secretaria Estadual de
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
( EMBRAPA ) para
intensificar campanha e evitar novos casos junto aos manipuladores artesanais de açaí com
o objetivo de evitar que surjam novos casos de doenças de chagas, que estariam sendo
provocados, principalmente, pela falta de cuidados de higiene no manejo da fruta por
ocasião da produção do suco.
FONTE:
^ início
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças Infecciosas e
Parasitárias: guia de bolso. 4. ed. Brasília, 2004. 332 p. (B. Textos Básicos de Saúde).
BRASIL. Ministério da Saúde. Tópicos de Saúde - D: doença de Chagas. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21951 >.
Acesso
em:
31 jan 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas.
Boletim
Informativo
Disponível
sobre
em:
vigilância
epidemiológica
da
Doença
de
Chagas.
<http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/siteiec/dchagas/files/folder
chagas.pdf>. Acesso em: 10 set 2007.
VALENTE, S. A. S.; VALENTE, V. C.; PINTO, A. Y. N. Epidemiologia e transmissão oral da
doença de Chagas na Amazônia brasileira. Resumo de texto apresentado no Projeto de Tese
de
Doutoramento
junto
a
FIOCRUZ/UFPa.
Disponível
em:
<http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/siteiec/dchagas/files/opasaldoabr2006.pdf>.
Acesso
em: 30 ago 2007.
Biblioteca Virtual Carlos Chagas
<http://www4.prossiga.br/Chagas/doenca/index-sub.html >
Acessado em: 11 set 2007
FARMACIA.COM.PT
<http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=4097>
Acessado em 12 set 2007
Folha UOL
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u321061.shtml>
Acessado em 30 agos 2007
Ciência Hoje/RJ
<http://cienciahoje.uol.com.br/2936 >
Acessado em 31 agos 2007
Agência Pará
<http://www.pa.gov.br/noticias2007/08_2007/24_01.asp>
Acessado em 12 set 2007
ELABORAÇÃO:
^ início
Biblioteca do Instituto Evandro Chagas, em colaboração com Dr. Aldo Valente, coordenador
do Laboratório de Referência Regional para Doença de Chagas da Seção de Parasitologia do
Instituto Evandro Chagas.
PARA MAIS INFORMAÇÕES:
http://www.iec.pa.gov.br/dchagasquests.htm
^ início
Instituto Evandro Chagas
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Seção de Parasitologia - SEPAR
Laboratório de Doença de Chagas
Rodovia BR-316 km 7 s/n - Levilândia - 67030 -000 - Ananindeua/Pará/Brasil
Tel.: +55 91 3214-2043
E-mail: [email protected]
^ início
Rodovia BR -316 km 7 s/n - Levilândia - 67030-000 - Ananindeua / Pará / Brasil
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