Educadores apontam Suplemento para Inclusão como facilitador do programa Amigos do Zippy Adotado pela ASEC em 2014, logo após ter sido liberado por Partneship for Children, como um complemento ao material do programa Amigos do Zippy, o Suplemento para Inclusão já é reconhecido por educadores como um facilitador para aumentar a participação das crianças, especialmente das que têm dificuldades de concentração. Composto por materiais extras para as atividades lúdicas, com muitos elementos visuais e dinâmicas estimulantes, a apostila foi desenvolvida para favorecer a absorção dos conteúdos propostos e auxiliar alunos com desafios de aprendizado a conhecer e lidar melhor com seus sentimentos. “O retorno que tenho é de que o efeito foi muito positivo, pois os materiais concretos auxiliam na cognição e agilizam o aprendizado das crianças”, destaca Elvira Lunardi Rindeika, pedagoga da ASEC responsável por monitorar e acompanhar o trabalho dos professores que utilizaram o Suplemento para Inclusão ao longo deste ano. Algumas crianças com necessidades específicas de aprendizado, como aquelas com Síndrome de Down e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, por exemplo, podem ter dificuldade em acompanhar certas atividades do programa Amigos do Zippy. E estudos comprovaram que ilustrações e atividades concretas, como as brincadeiras “Máscara de Sentimentos”, “Meu Chaveiro de Soluções” e a “Caixa de Ferramentas dos Sentimentos” – atividades propostas no Suplemento para Inclusão – ajudam na compreensão dos conteúdos apresentados a essas crianças. O Suplemento para Inclusão constitui-se em uma apostila muito simples de ser utilizada pelo professor, pois acompanha cronologicamente a pasta do Amigos do Zippy, dialogando com cada um de seus módulos. Assim, as atividades propostas complementam as atividades do programa e também podem, eventualmente, substituir alguma atividade. As atividades do suplemento podem ser desenvolvidas com o grupo todo, em sub grupos, ou individualmente, dependendo das características de cada turma e das necessidades especiais das crianças. “Foi um facilitador surpreendente. A maioria dos professores vem realizando as atividades do Suplemento para Inclusão com o grupo todo, o que promove a integração e socialização das crianças especiais”, destaca Elvira. Ainda segundo ela, muitas crianças têm dificuldades na aprendizagem, mas não necessariamente apresentam uma necessidade especial diagnosticada e, nesses casos, o uso das atividades complementares tem se mostrado muito satisfatório. “Crianças tímidas, por exemplo, tem mais facilidade para expressar seus sentimentos por meio das máscaras utilizadas em umas das atividades do suplemento”, exemplifica a representante da ASEC. A Coordenadora da Associação Pio Lanteri de Jundiaí-SP, Elaine Cristina Cavalcante, conta a experiência positiva que teve ao utilizar o Suplemento para Inclusão em sua sala de aula, na qual há uma criança com Síndrome de Down e outra que não possui um diagnóstico especifico, mas que apresenta muitas dificuldades de aprendizado e socialização. “A introdução do suplemento foi muito importante, pois oferece atividades mais lúdicas às crianças, estimulando a interação entre elas. Crianças especiais precisam de materiais que elas possam pegar, mexer, interagir. E como as atividades do suplemento são todas visuais e manuais, o entendimento foi muito mais fácil”, avalia a educadora, que antes de utilizar o material adicional percebia que essas crianças não estavam conseguindo acompanhar o programa de maneira satisfatória. “Consegui perceber que agora eles absorveram o conteúdo, que entenderam as diferenças entre os sentimentos e, por isso, começaram a socializar mais com as outras crianças. A mãe de um deles também percebeu a diferença e fez questão de relatar a melhora no convívio familiar”, afirma Elaine. “O programa Amigos do Zippy é fantástico. O material fornecido pela ASEC é completo, um subsídio muito importante para desenvolver a saúde emocional das crianças. Porém, de 2013 para 2014, pelo fato de algumas crianças com dificuldades especiais de aprendizado terem sido retidas no mesmo ano, cheguei a me questionar sobre como iria desenvolver novamente o programa com elas. Foi então que o Suplemento para Inclusão caiu como uma luva”, comenta Santa Rita de Cássia Aldaiza dos Santos, Educadora Social da Casa de Lucas, Núcleo Beneficente Educacional de Santo André-SP. Segundo a educadora, a introdução do Suplemento para Inclusão em seu trabalho com as crianças foi incrível, pois mesmo as crianças já conhecendo as atividades do Amigos do Zippy, as atividades complementares e as diferentes abordagens contidas no material adicional foram determinantes para que tais crianças absorvessem os conteúdos abordados de forma assertiva. “O Suplemento para Inclusão, para completar o programa Amigos do Zippy, é perfeito. Percebi as crianças extremamente participativas, fizeram todos os exercícios propostos que atendiam suas necessidades especiais de aprendizado. Esses exercícios concretos auxiliaram muito no envolvimento e participação de todas as crianças da classe”, finaliza Santa Rita. A comunidade internacional do Amigos do Zippy está em constante aperfeiçoamento e a introdução do Suplemento para Inclusão se revelou uma importante ferramenta em prol da universalidade do programa, possibilitando maior integração de todas as crianças das turmas que dele participam. Foram anos de desenvolvimento para a elaboração desse material, e muitos testes efetuados por especialistas em crianças com necessidades especiais em várias partes do mundo. “Ficamos surpreendidos com a riqueza conceitual das novas atividades, com foco em aumentar, ainda mais, o envolvimento das crianças e propiciar ao professor um leque ainda maior de alternativas para adequar a forma de desenvolver as aulas às especificidades de seus alunos", relata Tania Paris, Presidente da ASEC. “Neste ano o Suplemento foi utilizado como piloto, com algumas salas com crianças especiais e a evolução apresentada foi muito grande. Nossa intenção é ampliar a utilização desse material para todas as instituições interessadas”, afirma a Presidente. ASEC amplia uso do Cartão Sanfonado, um importante lembrete de aprendizado Um dos materiais novos oriundos do Suplemento para Inclusão, o Cartão Sanfonado traz de forma compacta e simples dois dos aprendizados mais significativos da metodologia do Amigos do Zippy. Representante exclusiva do programa no Brasil, a ASEC identificou que seu uso poderia ser estimulante e reforçador para todas as crianças que já participaram do Amigos do Zippy – e não somente àquelas que apresentam necessidades especiais de aprendizado – pelo fato de desempenhar o importante papel de “lembrete”, algo que pode ser levado no bolso pela criança e consultado sempre que ela se encontrar em situações de conflito. O Cartão Sanfonado foi fornecido em 2014 para que os professores o utilizassem com todas as crianças que participaram do Amigos do Zippy em suas escolas. Houve inclusive relatos de pais que entraram em contato com as escolas solicitando o Cartão Sanfonado para utilização em casa, visto os resultados que o uso desse material proporcionou aos seus filhos. “O Cartão Sanfonado implantado pela ASEC para auxiliar no programa Amigos do Zippy se mostrou muito estratégico, pela facilidade de seu uso. Este ano, percebemos que os impactos do Amigos do Zippy foram inúmeros e as crianças estão encerrando o ano mais calmas. A melhora no relacionamento de grupo foi extremamente significativa”, avalia Valéria Garcia, Responsável Técnica/Assistente Social do Centro de Assistência Social Santo Afonso, localizado no Parque Peruche, em São Paulo. A educadora conta ainda uma situação real que comprova os benefícios do Cartão Sanfonado, utilizado por um aluno que até então se mostrava muito agressivo e que já havia participado de inúmeros casos de conflito na escola. “Uma criança, ao ser abordada na saída da escola em uma situação de conflito, lembrou que o Cartão Sanfonado estava em seu bolso. Então saiu de lado, leu e se direcionou novamente para a criança que estava tentando provocá-lo, dizendo que aquilo não iria acrescentar nada para ambos e que ele iria para casa e, quando se acalmasse, ambos retomariam para uma conversa mais amigável. Essa função de ‘lembrete’ é muito significativa”, conclui Valéria. ASEC comemora 10 anos de atuação no Brasil Em 2004, um grupo de voluntários unidos pelo ideal de promover desenvolvimento emocional para que as crianças pudessem crescer mais saudáveis, fundou a Associação pela Saúde Emocional das Crianças. Entidade sem fins econômicos, a iniciativa beneficiou desde então mais de 220 mil crianças por apenas um de seus programas, o Amigos do Zippy, além de pais, professores e do ambiente escolar como um todo. A partir da constatação do impacto gerado pelo desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais, tanto na qualidade de vida, convivência social e desempenho acadêmico das crianças, quanto na prática pedagógica e desenvolvimento pessoal de seus professores, a ASEC passou a oferecer outros programas e uma série de cursos de Educação Emocional à sociedade, como o Amigos do Maçã, Amigos do Zippy em Casa e Cursos personalizados. O programa Amigos do Zippy foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar de especialistas e avaliado cientificamente antes de ser liberado pela ONG inglesa Partnership for Children para expansão em outros países. Hoje está presente em culturas tão diversas como a da Lituânia, China, Índia, Canadá, Islândia e Jordânia. O programa ensina crianças pequenas a lidar com as dificuldades do dia a dia, estimulando-as a identificar e a falar sobre seus sentimentos, assim como a explorar várias maneiras de lidar com eles. Conduzido por professores especialmente capacitados pela ASEC, o programa desenvolve um conjunto estruturado de competências emocionais e sociais, que as ajuda a lidar com problemas e crises na adolescência e na vida adulta. Com carga horária de uma hora por semana, durante 24 semanas, as aulas do Amigos do Zippy não têm o objetivo de solucionar um problema específico, nem ensinar o que é certo ou errado, mas sim de ensinar as crianças a explorar várias opções de solução, analisar consequências e a pensar por si mesmas, resultando em aumento de autoestima, de autonomia e de seu bem estar.