p r ogRAmmA
SETEMBRO
╓── Marco Martins: Two Maybe More
║
║ 1 teatro ↣ 21h30
║
╟ Æ sex 06
║
╟ Æ sáb 07
║
╟ Æ dom 08
║
╟ Æ qui 12
║
╟ Æ sex 13
║
╙ Æ sáb 14
╓── Sei Miguel Unit Core
║
║
& Aki Onda: As Casas de Orfeu
║
║ 1 música ↣ 22h
║
╙ Æ ter 17
╓── Roger Bernat
║
║
Re-presentación: Númax 1979
║
║ 1 performance ↣ 21h30
║
╙ Æ qua 18
╓── Ivana Müller: In Common
║
║ 1 performance ↣ 21h30
║
╟ Æ sex 20
║
╙ Æ sáb 21
╓── Regresso ao Jardim
║
║
OPOSTOS BEM-DISPOSTOS/
║
║
REFRESCO DANÇANTE
║
║ 1 crianças & jovens ↣ 16h30
║
╙ Æ sáb 21
╓── Ivana Müller
║
║
We are still watching
║
1
║
performance ↣ 19h30
║
╙ Æ sáb 21
╓── June Tabor, Iain Ballamy
║
║
& Huw Warren: Quercus
║
║ 1 música ↣ 22h
║
╙ Æ qua 25
╓── Wim Vanderkeybus
║
║
What the Body Does
║
║
Not Remember
║
║ 1 dança ↣ 21h30
║
╟ Æ sex 27
║
╙ Æ sáb 28
╓── Harald Welzer: Futuro 2.0
║
║ 1 workshop ↣ 10h30
║
╙ Æ sáb 28
OUTUBRO
2013
╓── Joana Sá: Elogio da Desordem
║
║ 1 música ↣ 22h
║
╙ Æ sex 04
╓── Ana Lúcia Palminha & Yara Kono
║
║
Pirilampos e Estrelas
║
║ 1 crianças e jovens
║
╟ Æ sáb 05 ↣ 16h30
║
╟ Æ dom 06 ↣ 11h
║
╙ Æ ter 08 a sex 11
(escolas por marcação)
╓── Scout Niblett: It's Up To Emma
║
║ 1 música ↣ 22h
║
╙ Æ qua 09
╓── Aldara Bizarro: Cara
║
║ 1 crianças e jovens
║
╟ Æ ter 15 ↣ 10h
║
╟ Æ qua 16 ↣ 10h
║
╟ Æ qui 17 ↣ 10h
║
╟ Æ sex 18 ↣ 10h
║
╟ Æ sáb 19 ↣ 16h30
║
╙ Æ dom 20 ↣ 11h
╓── Gonçalo Waddington
║
║
e Carla Maciel: Macbain
║
║ 1 teatro
║
╟ Æ qua 16 ↣ 21h30
║
╟ Æ qui 17 ↣ 21h30
║
╟ Æ sex 18 ↣ 21h30
║
╟ Æ sáb 19 ↣ 21h30
║
╙ Æ dom 20 ↣ 18h
╓── Julianna Barwick: Nepenthe
║
║ 1 música ↣ 22h
║
╙ Æ qua 23
╓── mala voadora & Mundo Perfeito
║
║
Maratona: 10 anos 10 horas
║
║ 1 teatro ↣ 16h às 02h
║
╙ Æ sáb 26
╓── Mundo Perfeito: Tristeza
║
║
e alegria na vida das girafas
║
║ 1 teatro ↣ 21h30
║
╙ Æ qua 30
╓── mala voadora: Overdrama
║
║ 1 teatro ↣ 21h30
║
╙ Æ qui 31
MARIA MATOS TEATRO
1
MUNICIPAL
Índice
Equipa
diretor artístico
Mark Deputter
TEATRO
programador música
Pedro Santos
Æ Marco Martins: Two Maybe More
programadora crianças e jovens
Susana Menezes
Æ Mundo Perfeito
04
34
42
Æ mala voadora: Overdrama
44
Æ Gonçalo Waddington e Carla Maciel: Macbain
Tristeza e alegria na vida das girafas
assistente de programação
Laura Lopes
diretora executiva Andreia Cunha
DANÇA
adjunta gestão
Glória Silva
24
Æ Wim Vanderkeybus
What the body does not remember
diretor de produção
Joaquim René
adjunta direção de produção
Mafalda Santos
PERFORMANCE
produtora executiva
Catarina Ferreira
Æ Roger Bernat: Re-presentación: Númax 1979
produtora crianças e jovens
Rafaela Gonçalves
Æ Ivana Müller: we are still watching
Æ Ivana Müller: In Common
diretora de comunicação
Catarina Medina
CRIANÇAS E JOVENS
gabinete de comunicação
Rita Tomás
textos e conteúdos
Maria Ana Freitas
Æ Regresso ao Jardim
20
Æ Ana Lúcia Palminha & Yara Kono
28
OPOSTOS BEM-DISPOSTOS/REFRESCO DANÇANTE
imagem e design gráfico
barbara says…
pirilampos e estrelas
Æ Aldara Bizarro: Cara
diretora de cena
Rita Monteiro
adjunta direção de cena
Sílvia Lé
MÚSICA
camareira
Rita Talina
PROGRAmmA
proprietário
EGEAC, EEM
diretor técnico
Zé Rui
adjunta direção técnica
Anaísa Guerreiro
técnicos de audiovisual
André Pires, Félix Magalhães,
Miguel Mendes e Rui Monteiro
técnicos de iluminação/palco
Luís Balola, Manuel Martins,
Nuno Samora e Paulo Lopes
bilheteira/receção
Diana Bento, Rosa Ramos
e Vasco Correia
06
Æ
22
26
30
36
Æ
editora
Catarina Medina
Æ
sede de redação
Rua Bulhão Pato, 1B,
1700-081 Lisboa
32
Æ Sei Miguel Unit Core & Aki Onda
diretor
Mark Deputter
morada
Calçada Marquês de Tancos, 2, 1100340 Lisboa
14
16
18
Æ
as Casas de Orfeu
June Tabor, Iain Ballamy & Huw Warren: Quercus
Joana Sá: Elogio da Desordem
Scout Niblett: It's Up To Emma
Julianna Barwick: Nepenthe
EVENTOS ESPECIAIS
Æ mala voadora & Mundo Perfeito
41
Maratona 10 Anos 10 Horas
periodicidade bimestral
frente de sala
Letras & Partituras — Isabel Clímaco
(chefe de equipa), Afonso Matos,
Ana Paula Santos, Ivo Malta
e Ana Rita Carvalho (estagiária)
2
O Programma foi escrito
ao abrigo do Acordo Ortográfico
de 1990.
debate e pensamento
Æ Harald Welzer: Futuro 2.0
Impresso em papel de produção
nacional
3
19
teatro/música ★ 6 a 14 setembro
(exceto 9 a 11) ● sexta a sábado ↣ 21h30
coprodução mm
Marco Martins
Two Maybe More
Two Maybe More, a nova criação de Marco Martins para o Teatro
Maria Matos, parte do encontro dos coreógrafos Sofia Dias
& Vítor Roriz com o Coro Gulbenkian. Colaborando com o
compositor Pedro Moreira (uma encomenda da Fundação
Gulbenkian) e o escritor Gonçalo M. Tavares, estas duas entidades
saem da sua zona de conforto para disputar a terra de ninguém
entre as suas práticas distintas, jogando os pequenos gestos
quotidianos dos coreógrafos contra os grandes movimentos do
coro. Entre harmonia e tensão, encontramo-nos de repente numa
das disputas mais veementes da atualidade: a disputa entre
o individual e o comum.
Marco Martins movimenta-se entre o cinema e o teatro. Conhecido
pelos filmes Alice e Como desenhar um círculo perfeito, também
é autor de uma série de espetáculos assinaláveis, entre os
quais Estaleiros, criado com um grupo de 16 trabalhadores dos
Estaleiros Navais de Viana do Castelo, e Rosencrantz & Guildenstern
estão mortos.
a
sala principal com bancada 1 14€ / 7€
7 e 13 setembro, conversa após o espetáculo
Two maybe more is a multidisciplinary project that reflects
upon the relationships between the individual and the outside
world. Based on Sofia Dias and Vítor Roriz’s choreographic
language, and moderated by Gonçalo M. Tavares’ texts and
Pedro Moreira’s music, it also includes the participation of the
Gulbenkian Choir.
direção artística e criação: Marco Martins
cocriação e interpretação: Sofia Dias e Vítor Roriz
com: Coro Gulbenkian — Ana Urbano, Francisca Branco, Marta Queirós,
Sara Marques, Jaime Bacharel, José Bruto da Costa, Nuno Fidalgo,
Sérgio Fontão e Circular Ensemble/ESML — Dina Hernandez, Cláudio Silva,
João Capinha, Paulo Gaspar
música original: Pedro Moreira • textos: Gonçalo M. Tavares
cenografia: Artur Pinheiro • desenho de luz: Nuno Meira
figurinos: Isabel Carmona • direção de produção: Narcisa Costa
coprodução: Arena Ensemble, Maria Matos Teatro Municipal e Fundação Calouste
Gulbenkian • colaboração: Escola Superior de Música de Lisboa
projeto apoiado pelo: Secretário de Estado da Cultura/DGArtes
imagem pág. anterior: © Sofia Dias
4
5
música ★ 17 setembro
terça ↣ 22h
Sei Miguel Unit Core
& Aki Onda
As Casas de Orfeu
Em 2008, Sei Miguel, compositor e trompetista radicado em Lisboa,
e Aki Onda, artista plástico e sonoro japonês baseado em Nova
Iorque, cruzaram as suas linguagens pela primeira vez num singelo
concerto no Museu do Chiado. A intimidade deste encontro,
acompanhado pelo percussionista César Burago, enfatizou a
beleza dos mundos marcadamente pessoais, cosmopolitas
e poéticos dos dois compositores. No reencontro, agora na
companhia do habitual Unit Core de Sei Miguel, revisitam pela
terceira e derradeira vez As Casas de Orfeu, peça do trompetista
português datada de 2009. Inicialmente apresentada em duo,
esta “peça-mistério em oito quadros”, como o seu autor a define,
assume a sua forma final num quinteto em estreita colaboração
com Aki Onda. E é nesta exploração em palco de Casas de Orfeu
que Sei Miguel e Aki Onda extrapolam as fronteiras formais
dos vocabulários da improvisação e da música eletrónica, que
habitualmente manuseiam, para criar um espaço imagético de
profunda partilha. Uma experiência que Sei Miguel descreve como
uma suave e alucinante descida aos infernos por uma boa razão.
a
sala principal com bancada ● 12€ / 6€
After coming together for the first time in 2008, at Museu do
Chiado, Sei Miguel and Japanese composer Aki Onda meet again
on stage to revisit As Casas de Orfeu [The houses of Orpheus], a
piece by the Portuguese trumpet player. Together with Unit
Core (as a quintet), Sei Miguel and Aki Onda combine both
improvisation and electronic music languages when revisiting
this 2009 piece.
eletrónica: Aki Onda • trompete pocket: Sei Miguel
trombone alto: Fala Mariam • guitarra elétrica: Pedro Gomes
percussão: César Burago
imagens pág. seguinte: © Vera Marmelo, © Sei Miguel, © Aki Onda
Porto: Culturgest Porto, 19 setembro 2013
6
7
“There's
no such
thing
as
society”
Ao longo dos próximos meses, o Teatro Maria Matos
e os seus parceiros da rede House on Fire irão dedicar
atenção ao ressuscitado debate sobre o individual
e o comum.
De certa forma, a tensão entre o indivíduo
e a comunidade tem sido um tema central em todo
o pensamento político-filosófico desde A República de
Platão, perfazendo um movimento pendular ao longo dos
séculos. Depois da implosão dos regimes comunistas,
anunciou-se sem rodeios o fim da História — a resolução
final do debate milenar entre os defensores do
individualismo e os pregadores das comunas — em favor
do individualismo da sociedade do consumo. Mas apenas
duas décadas depois, o desastre ecológico e uma crise
económico-financeira de proporções globais estão
a abalar a anunciada nova ordem mundial.
Com as devidas diferenças locais, os parceiros da
rede juntam esforços nas suas aproximações ao tema,
através de um programa ambicioso de encomendas e
coproduções internacionais, envolvendo artistas de toda
8
a Europa, Ivana Müller (Croácia/França), De Warme Winkel
(Holanda), Christophe Meierhans (Suíça/Bélgica), Nadia
Tsulukidze (Georgia/Holanda) e Roger Bernat (Catalunha).
Em Lisboa, sob o título There’s no such thing as
society, a famosa frase de Margaret Thatcher que sintetiza
o pensamento neoliberal dos anos 80, procuramos uma
aproximação ao dualismo individual-comum em quatro
etapas: introdução (setembro 2013), solidariedade
(dezembro 2013), fraternidade (março 2014) e liberdade
(abril 2014). Em cada uma destas etapas, colocamos
pontos de interrogação junto das premissas da Revolução
Francesa que têm formatado, ao longo dos últimos dois
séculos, os contornos do debate sobre o indivíduo
e o comum.
A nossa primeira aproximação ao tema é artística.
Entre 18 e 22 de setembro, apresentamos a peça In
Common de Ivana Müller e dois dispositivos performativos
ativados pelos próprios espectadores: We are still
watching, também de Ivana Müller, e Re-presentación:
Númax 1979 do artista catalão Roger Bernat.
No dia 28 de setembro, o psicólogo social alemão
Harald Welzer apresenta o seu projeto Futuro 2.0,
encerrando a primeira etapa deste ciclo com um apelo
extraordinário à ação individual e coletiva.
Há algo profundamente errado na forma como
vivemos atualmente. Há trinta anos que
consideramos uma virtude a persecução dos
interesses materiais próprios: de facto, essa mesma
persecução é o que resta do nosso entendimento
de desígnio coletivo. Sabemos o que custam as
coisas mas não fazemos ideia do que valem. Perante
uma decisão judicial ou um ato legislativo já não
perguntamos: É bom? É justo? É adequado?
É correto? Vai ajudar a melhorar a sociedade ou
o mundo? As questões políticas costumavam ser
estas, ainda que não tivessem respostas fáceis.
Temos de reaprender a colocá-las.
Tony Judd, Ill fares the land, 2010
9
There's no such thing as society
"There's
no such
thing
as
society"
tnstas
10
↙
Anos oitenta. Thatcher e Reagan. O nascimento do
neoliberalismo. Ainda se vivia intensamente a Guerra
Fria e, reagindo à utopia comunista de engenharia social,
mostravam-nos uma sociedade em que o Estado era
o grande inimigo e o indivíduo livre era a medida de todas
as coisas. A desregulação estava na ordem do dia. Thatcher
declarou que “Não há alternativa”. Em 1989, o Muro de
Berlim caiu e começou a marcha triunfal do capitalismo
livre e desregulado. Os conceitos de “engenharia social“
e “solidariedade” foram progressivamente associados a
ideias utópicas perigosas e a um Estado que controla tudo.
Todavia, num passado não muito distante, este
Estado-nação moderno fora uma tentativa de reformular
a coabitação humana e de a basear em fundações mais
racionais que as anteriores. Apelidámos essa persecução
de um tal Estado-nação o “projeto civilizacional”. O poder
e a política estavam inseparavelmente ligados, nesse
esforço. Depois de 1989, tornou-se cada vez mais claro
que o poder se evaporava gradualmente para cima, para
uma espécie de terra de ninguém de agentes económicos
globais. Por sua vez, a política vazou para o nível inferior,
o da “política da vida” individual. O “poder” criou um lugar
para si próprio, “independente” da política. A política
estabeleceu-se ao nível da vida individual, mas sem
conseguir um impacto significativo. No meio, ficou a casa
semi-vazia do Estado-nação. Thatcher e Reagan aplaudiram.
Os estados passaram a ser menos dirigidos politicamente
e mais geridos. A gestão também implica engenharia
social, mas sem os ideais que lhe estão associados.
Nas décadas subsequentes a 1989, o indivíduo
deixou-se seduzir pelo desejo de “cada vez mais, mais
depressa e mais barato”. O egotismo “racional” proposto
por ideólogos neoliberais como Ayn Rand mostrou-se
pouco racional. O indivíduo parecia não se preocupar
com o facto de estar a ultrapassar os limites ecológicos
do seu desejo. Os únicos limites verdadeiros de todos
esses desejos eram determinados pelo “mercado”, esse
mercado livre e desregulado, supostamente guiado por
uma “mão invisível”.
11
There's no such thing as society
↘
A cegueira face às consequências das nossas ações
individuais levou igualmente ao término histórico do
contrato geracional.
A construção das sociedades a longo prazo fora
sempre instigada pela preocupação com as gerações
futuras. Essa preocupação ainda é verbalizada hoje, mas
já não é visível nas nossas ações. Sabemos perfeitamente
que prolongar as nossas exigências individualistas atuais
em persecução de um crescimento infinito tornará
as gerações futuras reféns de um problema insolúvel.
Sabemos que manter tudo na mesma já não é uma opção.
E, no entanto, ainda insistimos. A questão já não é se
tem de haver mudança. A questão é se essa mudança
será o resultado de “declínio” ou de “planeamento”, de
“negligência frívola” ou de “responsabilidade política
coletiva”.
“Agir em conjunto:
como é que costumávamos
fazer isso?”
Temos de encarar a questão renovada da possibilidade de
engenharia social, principalmente à luz tanto de uma crise
ecológica que a cada dia se torna mais visível e tangível,
como das excrescências do “capitalismo de casino” que
surgiu na crise de crédito de 2008. A gravidade dessas
crises e a incapacidade das autoridades políticas de lhes
reagirem adequadamente está a levar ao crescimento
de cada vez mais núcleos de resistência que já não
aceitam que o mercado livre nos negue a possibilidade
de questionar os desequilíbrios que ele acarretou. Não
se podem ignorar questões fundamentais. Será que as
pessoas não podem ser mais do que atores solitários
na utopia da ganância? Haverá outro equilíbrio possível
entre mercado, governo e sociedade civil? Poderá a
utopia neoliberal do “ego” ser substituída por outros
12
ideais sem, simultaneamente, cair no marxismo ou em
outras alternativas utópicas do século XX? Haverá outras
formas possíveis de pôr em prática a engenharia social?
A resposta à última questão é “sim”!
Assistimos à emergência de cada vez mais práticas
alternativas à nossa volta. Na Holanda, o jornalista Pieter
Hilhorst, atualmente vereador da câmara de Amesterdão,
chama-lhes “autoajuda coletiva”. Na Alemanha, o psicólogo
social Harald Welzer está a reunir centenas de histórias
acerca de práticas alternativas no seu site Futurzwei.
Na Flandres, o Ministerie van Ideeën (Ministério das
Ideias) está a fazer algo semelhante. Tem tudo que ver
com os “cidadãos em ação” tomarem o controlo, não
individualmente mas enquanto comunidades. Questões
tão simples como “que coisas ainda queremos fazer
juntos?” e “agir em conjunto: como é que costumávamos
fazer isso?” conduziram a práticas concretas inspiradoras.
Juntas, essas práticas não formam um todo sem
ambiguidades, apesar de atuarem no seio de uma
esfera coletiva. Essa esfera implica, antes de mais, uma
“repolitização”. Há muitas alternativas!
Guy Gypens: Diretor Artístico do Kaaitheater (Bruxelas)
setembro ↘
18 / quarta ↣ 21h30
performance ★ Roger Bernat
Re-presentación: Númax 1979
21 / sábado ↣ 19h30
performance ★ Ivana Müller
We are still watching
20 e 21
sexta e sábado ↣ 21h30
PERFORMANCE ★ Ivana Müller
In Common
28 / sábado ↣ 10h30
workshop ★ Harald Welzer
Futuro 2.0
There’s no such thing as Society faz parte do tema
The Individual and the Common da rede House on Fire
e é apoiado pelo Programa Cultura da União Europeia
13
There's no such thing as society
performance ★ 18 setembro
quarta ↣ 21h30
Roger Bernat (Barcelona)
Re-presentación:
Númax 1979
↙
tnstas
Em 1979, depois de dois anos e meio de greves, mobilizações e
autogestão, os trabalhadores da fábrica de eletrodomésticos
Númax decidiram fazer um filme – Númax presenta – com o
realizador catalão Joaquim Jordà a narrar esta luta. O filme é uma
recolha das discussões e de alguns comités e assembleias dos
trabalhadores da fábrica. Em Re-presentación: Númax 1979, Roger
Bernat convida o público a participar na reconstituição de algumas
cenas do filme de Jordà, recriando os debates e as lutas dos
operários da Númax.
a
palco da sala principal ● entrada livre
(sujeita à lotação da sala) mediante levantamento
prévio de bilhete no próprio dia a partir
das 15h00 ● em português
After two and half years of strikes, demonstrations and
joint worker-management control, the workers of the home
appliances Númax plant decided to do a film with Joaquim Jordà
to tell their struggle. In Re-presentación: Númax 1979, Roger
Bernat invites the audience to reconstitute some of the scenes
of Jordà’s film, reenacting discussions and decisions of the
Númax’s workers.
criação: Roger Bernat • com: Angèle del Campo Edouard
programação: Matteo Sisti Sette • coordenação: Helena Febres
encomenda: Jordi Colomer, no âmbito da sua exposição La Soupe Américaine
agradecimentos: Jordi Colomer, Carolina Olivares, Txalo Toloza, Noe Laviana
e Pablo González Morandi
produção: Elèctrica produccions e FRAC Basse Normandie
14
15
There's no such thing as society
performance ★ 20 e 21 setembro
sexta e sábado ↣ 21h30
Ivana Müller (Zagrebe/Paris)
In Common
↙
tnstas
Dez performers partilham o mesmo palco, a mesma linguagem
e o mesmo conjunto de regras, e inevitavelmente deparam-se
com situações que têm de resolver em conjunto, problemas
comparáveis aos que conhecemos das democracias
contemporâneas. O que acontece quando as pessoas se juntam?
Como nos relacionamos em grupo? Poderá um conjunto de
pessoas representar uma única ideia?
Aquilo que representamos e como somos representados são as
questões cruciais que atravessam este trabalho, em que uma série
de proposições coreográficas criam um surpreendente espaço de
explorações sociopolíticas.
A coreógrafa Ivana Müller cresceu em Zagrebe, mas viveu e
trabalhou a maior parte da sua vida fora da Croácia. O seu trabalho,
que passa por espetáculos de dança e teatro mas também por
instalações, vídeos e artes digitais, aborda frequentemente
temáticas como o corpo e a sua representação, a autoinvenção, a
autoria ou a relação entre intérprete e espectador.
a
sala principal com bancada ● 12€ / 6€
duração: 60 min ● em inglês
Sharing the same stage, same language and the same set of
‘rules’, performers find themselves in positions and problems
comparable to those we are familiar with in contemporary
democracies. What we represent and how we are represented
are the crucial questions of this piece in which a series of
choreographic propositions create a surprising playground for
socio-political explorations.
conceito, coreografia e direção: Ivana Müller
intérpretes: Sarah van Lamsweerde, Pere Faura, Karen Røise Kielland, Katja
Dreyer, Pedro Inês, Stephen Liebman, Yannick Greweldinger, Clara Amaral, Noha
Ramadan, Bas Jilesen • consultadoria artística e textual: Bill Aitchison
consultadoria: Jonas Rutgeerts • desenho de som: Viljam Nybacka
figurinos: Liza Witte • desenho de luz e direção técnica: Martin Kaffarnik
produção: I’M’Company/ Wilma Kuite — alles voor de kunsten & Chloé Schmidt
financiado por: Fonds Podiumkunsten, Amsterdams Fonds voor de Kunst,
SNS Reaal Fonds • desenvolvido no âmbito do: Encounters Project
imagem: © Sanne Peder
16
17
performance ★ 21 setembro
sábado ↣ 19h30
Ivana MÜller (Zagrebe/Paris)
We are still watching
workshop ★ 28 setembro
sábado ↣ 10h30 às 13h00
tnstas
We are still watching tem o formato de um primeiro ensaio, em
que os atores, sentados à volta de uma mesa, se confrontam pela
primeira vez com a peça. A diferença é que aqui são os próprios
espectadores que leem pela primeira vez o texto da peça. Ao
longo de uma hora passada na companhia uns dos outros, os
espectadores dão corpo a uma comunidade temporária tomando
decisões individualmente e em conjunto, mas nunca se desviando
do guião. Na sociedade em miniatura que se desenvolve ao longo
do espetáculo, cada um vai, aos poucos, assumindo o seu papel.
sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação da sala)
mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia
a partir das 15h ● em português
a
We are still watching is a show performed by spectators. The
piece has a form of a ‘reading rehearsal’ in which spectators
encounter each other while reading a script together. During
an hour spent in company of each other spectators create
and perform a community, making decisions individually and
collectively while ‘simply’ reading a text that someone else has
written for them.
Harald Welzer (Berlim)
Futuro 2.0
Mais do que previsões de catástrofes e de escassez, o século XXI
precisa de visões positivas — histórias de estilos de vida melhores,
histórias sobre um futuro possível.
O desenvolvimento de uma sociedade com futuro já está a ser
apoiado por inúmeros projetos bem-sucedidos: empreendedores,
direções de escolas, start-ups de estudantes, iniciativas de
pessoas e organizações que utilizam a sua liberdade de escolha
para desenvolver estratégias económicas e estilos de vida
alternativos e sustentáveis.
O projeto FUTURZWEI (Futuro 2.0) do psicólogo social Harald
Welzer apresenta estas histórias no site com o mesmo nome,
demonstrando que as alternativas à sociedade de consumo
e desperdício existem em maior número do que se pensa e
promovem o bem-estar individual e coletivo.
Neste workshop, Harald Welzer apresenta o projeto FUTURZWEI, as
suas razões, o seu conteúdo, os seus objetivos. Os participantes
são convidados a partilhar projetos e iniciativas similares do seu
próprio conhecimento.
sala de ensaios ● entrada livre (sujeita à lotação da sala)
mediante inscrição até 26 setembro para:
[email protected] ● em inglês
a
conceito e texto: Ivana Müller em colaboração com: Andrea Bozic, David WeberKrebs e Jonas Rutgeerts • desenho de luz e direção técnica: Martin Kaffarnik
produção executiva: Mels Kroon • produção: I’M’Company/ Wilma Kuite — alles
voor de kunsten & Chloé Schmidt • financiado por: Fonds Podiumkunsten,
Amsterdams Fonds voor de Kunst, SNS Reaal Fonds • desenvolvido no âmbito do:
Encounters Project • imagem: © Sanne Peder
18
Rather than visions of scarcity and catastrophe, the 21st
century needs stories of better life styles and a possible
future. The creation of such a future is already being supported
by countless individual and collective initiatives developing
sustainable economic strategies and lifestyles. The FUTURZWEI
(Future 2.0) project of social psychologist Harald Welzer
joins these stories on a website, showing in the process that
alternative models to the consumption society are more
widespread than one might expect and that they create more
personal and collective well being.
↖
There's no such thing as society
19
famílias ★ 21 setembro
sábado ↣ 16h30 ★ Jardim das Estacas
entrada livre
Regresso
ao Jardim
Na reabertura da temporada, crianças e famílias são nossas
convidadas para celebrar um novo início com um espetáculo
que se torna num baile pelo jardim. Para ter um cenário à altura,
convidamos o atelier R2 e os vizinhos do bairro para transformar as
fachadas dos prédios. Em conjunto, mudaremos a cara do jardim.
teatro
★
coprodução mm
dança
Joana Providência
Opostos bem-dispostos
Joana Providência, que já conhece o jardim do nosso bairro,
regressa a ele neste dia de fim de verão com uma casa sobre
rodas que traz dentro histórias de opostos que se querem
bem-dispostos.
Ele diz coisas tão magras, tão magras, que ela quase morre de
fome ao ouvi-lo. Ela espera herdar uma fortuna e pêras, ele
encolhe os ombros e come maçãs. Ela arregala, volta e meia, os
olhos, ele responde com os olhos em bico. Se ele é meio alegre
em tempo de tristeza, ela chora de riso até mais. Ela encara
sempre as coisas de frente, ele vê sempre as coisas pelo outro
lado. Ele é assim e assado e ela não é nada disso. Enquanto
ela anda facilmente de costas pela casa, ele mexe-se como se
levasse a casa às costas. Enquanto ele procura não ser como
ela, ela encontra forma de evitar ser como ele.
Eugénio Roda in Contra Dizeres
duração: 45 min
texto: Eugénio Roda • encenação: Joana Providência
elenco: Anabela Sousa e Paulo Mota
cenografia, figurinos e adereços: Catarina Barros • desenho de luz: Cárin Geada
coprodução: ACE Teatro do Bolhão, Serviço Educativo da Casa da Música e Maria
Matos Teatro Municipal
20
★
produção mm
Refresco dançante
Ainda mais bem-dispostos ficaremos de seguida, porque a festa
continua pelo jardim fora com uma orquestra de sopros, um coro,
bailarinos que nos convidam para um pé de dança e refrescos para
todos.
a
In the season opening, we invite children and families to
celebrate a new beginning with a performance that transforms
itself into a ball at Jardim das Estacas. Based on a text by
Eugénio Roda, Joana Providência stages a story of goodhumoured opposites. The party then goes on throughout
the garden with a wind orchestra, a dance and flavoursome
refreshments.
direção artística do Baile: Pietro Romani
bailarinos: Ângelo Neto, Francesca Bertozzi, Marcela Macini,
Mickael Gaspar, Sara Chéu músicos Grupo de Choro Raspa de Tacho bailarinos
Ângelo Neto, Francesca Bertozzi, Marcela Macini, Mickael Gaspar, Sara Chéu
músicos: Grupo de Choro Raspa de Tacho • coro: CoLeGaS
Um projeto Create to Connect com o apoio do
Programa Cultura da União Europeia
21
música ★ 25 setembro
quarta ↣ 22h00
June Tabor, Iain Ballamy
& Huw Warren
Quercus
Em 2004, durante as gravações de At The Wood’s Heart, June Tabor
conheceu o saxofonista Iain Ballamy, juntando-o a um grupo que
incluía Huw Warren, pianista e diretor musical da cantora há
mais de 25 anos. Destas sessões e da incansável busca de novos
contextos para as suas canções, Tabor e os dois músicos
e compositores congeminaram uma bissetriz perfeita entre o legado
histórico da folk e uma arquitetura de jazz de câmara. No final
da digressão do trio em 2006, uma milagrosa gravação do último
concerto — Ballamy diz que, por sorte, ninguém tossiu nesse
noite —, deixou planos para uma edição que amadureceria até ser
produzida pelas mãos certas. Acabaria por ser Manfred Eicher
e a sua ECM a acolherem e trabalharem as gravações, cativados
pela gestão eloquente do silêncio e encanto outonal da sua música
— virtudes transversais nos mais de 40 anos da editora de Munique.
Embora seja raro encontrar um disco seu longe da excelência —
a sua última década tem sido verdadeiramente notável, com uma
constante procura em redefinir uma certa modernidade da
folk —, June Tabor encontra em Ballamy e Warren a cumplicidade
perfeita para, sem abalar nenhum dos fundamentos da tradição,
elevar a sua lírica e voz sublimes a um patamar de rara emotividade
musical. E se Tabor é o vértice que tudo faz acontecer, é impensável
retirar mérito aos dois instrumentistas pelo audaz acompanhamento,
entre o rigor do recital clássico e a liberdade da improvisação.
sala principal ● 18€ / 9€
a
Iain Ballamy and Huw Warren make the perfect accomplices
for June Tabor to, without shaking any of folk tradition’s
cornerstones, rise her sublime poetry and voice to a level of
rare musical emotionalism between the freedom of jazz and
the rigour of chamber music – dear and essential virtues that
led Manfred Eicher and ECM to embrace the production and
releasing of this phenomenal trio’s debut album.
voz: June Tabor • saxofone soprano e tenor: Iain Ballamy • piano: Huw Warren
imagem pág. seguinte: © Tim Dickeson
22
23
dança ★ 27 e 28 setembro
sexta e sábado ↣ 21h30
Wim Vandekeybus (Bruxelas)
What the Body
Does Not Remember
Corria o ano de 1987 e Wim Vandekeybus surpreendia o mundo
da dança estreando com a sua companhia Ultima Vez o espetáculo
What the Body Does Not Remember. No ano seguinte, em Nova
Iorque, o coreógrafo e os compositores Thierry de Mey e Peter
Vermeersch receberam os prestigiados prémios de dança
e performance Bessie e a peça consagrou-se como uma das mais
influentes criações da dança contemporânea. Passados 25 anos
e com um novo elenco, What the Body Does Not Remember faz
uma nova digressão mundial e passa por Lisboa.
A coreografia de Vandekeybus desenrola-se num frágil equilíbrio
entre a atração e a repulsa, o que por vezes resulta num confronto
entre dois bailarinos, depois entre dois grupos, entre os bailarinos
e a música, e sempre numa explosão de agressão, medo e perigo.
Sobre o espetáculo, Wim Vandekeybus declarou: “A intensidade dos
momentos em que não se tem escolha — quando algo toma decisões
por nós, como apaixonarmo-nos, ou o segundo antes do acidente que
24
tem de acontecer — é importante para mim pelo seu extremismo
mais do que pelos significados que lhe possamos atribuir. A decisão
de usar isto como base para uma composição teatral é um desafio
paradoxal, se considerarmos que um acontecimento teatral deve ser
repetível e controlável. Talvez depois de tudo dito e feito, o corpo
também não se lembre e tudo não passe de uma subtil ilusão de
carência que ajuda a definir ou a esgotar o jogo.”
sala principal ● 15€ / 7,50€
a
The debut of Wim Vandekeybus and Ultima Vez in 1987 stunned
the world of dance of the time and evolved into one of the most
influential creations of the contemporary dance movement.
The piece balances on the razor edge of attraction and
repulsion, sometimes resulting in a confrontation between
dancers, between dancers and music and creating explosions of
aggression, fear and danger. 25 years later and with a new cast,
the show once again goes on a world tour.
direção, coreografia e cenografia: Wim Vandekeybus
intérpretes: Ricardo Ambrozio, Damien Chapelle, Tanja Marín Friðjónsdóttir,
Zebastián Méndez Marín, Aymara Parola, Maria Kolegova, Livia Balazova,
Eddie Oroyan, Pavel Masek música original: Thierry De Mey & Peter Vermeersch
direção de ensaios: Eduardo Torroja estilismo: Isabelle Lhoas
assistência de estilismo: Frédérick Denis
coordenação técnica: Davy Deschepper • desenho de luz: Francis Gahide
imagem: © Octavio Iturbe
25
Joana Sá
Elogio da Desordem
a
In her new piece, pianist Joana Sá
summons Gonçalo M. Tavares’ writings,
and Daniel Costa Neves and Pedro
Diniz Reis’ video, in order to create
a monologue for semi-prepared piano.
Crossing the border of instrumental
theatre, Elogio da desordem [In praise
for disorder] is built on stage as
a choreography of visual and audio
actions – music to watch, listen
and think.
No regresso ao Teatro Maria Matos, a pianista Joana Sá
apresenta a sua nova obra lançada neste mesmo mês
pelo selo Shhpuma, Elogio da Desordem, um monólogo
interior para piano semi-preparado, acompanhado por
instalação de campainhas e sirenes, toy piano, caixas
de ruído, mini-amplificadores, voz e eletrónica.
Aproximando-se do teatro instrumental, Elogio da
Desordem procura um discurso musical no qual irrompe
ocasionalmente a palavra. Ultrapassando os limites
habituais de uma pianista, Joana Sá tenta dar resposta
aos sistemas de desordem por si criados, imaginados ou
vividos numa performance musical que tem implícita
uma coreografia de acções — nas suas palavras, é música
para ver, ouvir e pensar. Nesta busca pela representação
de um espaço interior através das dimensões musical,
textual e visual, a pianista rodeou-se das sensibilidades
de Gonçalo M. Tavares, Daniel Costa Neves e Pedro Diniz
Reis incorporando no monólogo as suas várias vozes.
sala principal ● 14€ / 7€
26
27
música, conceito & performance: Joana Sá • texto: Gonçalo M. Tavares
vídeo Daniel Costa Neves, Pedro Diniz Reis
desenho de luz: Daniel Costa Neves & Tela Negra
operação de som: Hélder Nelson • operação de luz: Tela Negra
construção de instalação de campainhas & sirenes: Luís José Martins
construção de caixas de ruído: André Castro
ficheiros áudio gravados por: Hélder Nelson • misturados por: Eduardo Raon
imagem: © Daniel Neves
música ★ 4 outubro
sexta ↣ 22h00
3 ↣ 5 anos ★ leituras encenadas
5 e 6 outubro ↣ sábado e domingo
produção mm
Livros com pernas para andar
Ana Lúcia Palminha
& Yara Kono
Pirilampos e Estrelas
Durante esta temporada, apresentamos em parceira com
a Associação para a Promoção Cultural e da Criança a encenação
de alguns livros que tem vindo a editar de vários autores.
O desafio inicia-se com um convite aos ilustradores dos livros
para regressarem a estas histórias e criarem um ambiente para
a sua apresentação com diversos recursos visuais e objectos.
Yara Kono, ilustradora do Planeta Tangerina premiada em 2010
com o Prémio Nacional de Ilustração, é a primeira convidada.
É tempo de Pirilampos e Estrelas, de António Torrado, e ilustrações
saírem do papel e habitarem o Teatro e a Escola.
sábado: 16h30 e domingo: 11h
sala de ensaios ● criança: 2€ / adulto: 2€
Escolas
este projeto desloca-se às escolas
8 a 11 outubro ↣ terça a sexta ● mediante marcação
[email protected] ● 21 843 88 01
preço: 60€ ● lotação máxima: 60 pessoas
pagamento integral no momento da reserva
a
duração: 20 min aprox
In this series of staged readings, we challenge several
illustrators to create a visual context for Gonçalo M. Tavares,
Isabel Minhós Martins, Álvaro Magalhães, António Torrado and
Jorge Letria’s stories. Together with a performer, the stories
step out of the paper and come to life at the Theatre and at
School.
28
29
música ★ 9 outubro
quarta ↣ 22h00
Scout Niblett
It’s Up To Emma
Habituámo-nos a ver Scout Niblett sozinha, em cima de
um palco, mas também nos discos. Mesmo quando há
músicos à sua volta, é ela que concentra as energias,
é ela que faz tudo acontecer. A utilização minimalista
dos seus recursos, fazendo arranjos simples e eficazes,
muitas vezes apenas com guitarra e uma bateria que
espera a explosão, serve o propósito claro de nos atingir
rapidamente, sem que nada nos distraia das suas palavras,
dos seus relâmpagos, das suas vinganças. A utilização
recente de arranjos de cordas não a desvia da sua missão,
de nos relatar amores e desgostos; apenas torna tudo
mais belo e, simultaneamente, mais doloroso. It’s Up
To Emma, o seu álbum deste ano e, provavelmente, o
melhor álbum da sua carreira, caminha como sempre, por
entre brasas e dentes cerrados, mas tudo parece mais
épico, mais perto da ilusão de redenção. Gun, logo ao
abrir o disco, parece resolver o problema no modo mais
cruel e violento. Desta vez, no Teatro Maria Matos, Scout
Niblett não está sozinha em palco — quatro músicos irão
acompanhá-la neste turbilhão de emoções universais do
qual não conseguiremos escapar. sala principal ● 14€ / 7€
a
voz, guitarra Scout Niblett • guitarra Miguel Ortiz Caturani
bateria Jan Philipp Janzen • violoncelo Joana Guerra
violino Carlos Santa Clara
30
Scout Niblett is now in the company
of string instruments, but it does
not prevent her from doing what she
does so well: straight music without
subterfuges, with uncomfortable
silences, relentless rhythmic attacks,
and refrains/screams that live on
in your memory. There aren’t many
women nowadays taking on rock in this
simultaneously fragile and relentless
way. It’s Up To Emma is Scout Niblett's
best album yet.
31
10 ↦ 14 anos ★ dança
15 a 20 outubro ↣ terça a domingo
coprodução mm
Aldara Bizarro
Cara
Estar num local do globo terrestre é uma situação factual, mas
o efeito que isso provoca em nós é muito subjetivo. A nossa
identidade é uma amálgama do que herdámos e exerdámos
e está em permanente mudança. Portugal faz por caber na Europa,
tentando e esbracejando a todo o custo manter-se à tona. E se,
tal como Saramago em Jangada de Pedra nos sugere, nos
pudéssemos afastar com um pedaço de terra e nos deslocássemos
para outros pontos do globo cujo convívio já fez mais sentido
na nossa existência? Neste espetáculo, uma bailarina começa por
confessar “não saber nada” de história, mas logo depois vai ajudando
um pequeno país a ganhar forma. Viajando por um mappa mundi
numa jornada que se estende ao longo de mais de 1200 anos até
aos dias de hoje, refletimos sobre a constituição das identidades
em diálogo com a realidade política, cultural e económica mundiais.
Dedico esta peça à minha mãe Manuela Bizarro (1941-2012) em
reconhecimento do amor e da educação que me deu.
a
semana: 10h / sábado: 16h30 / domingo: 11h
sala de ensaios ● criança: 3€ / adulto: 7€
duração: 50 min
In this performance, a ballerina takes us on a journey of over
1200 years across a mappa mundi and makes us reflect upon
the building of identities in dialogue with the world’s political,
cultural and economic realities. Our identity is an amalgam
of what we’ve inherited and disinherited, and is constantly
changing.
conceção, direção e coreografia: Aldara Bizarro
interpretação e cocriação: Isabel Costa • música: Vítor Rua
colaboração: Manuela Ribeiro Sanches • apoio ao desenho: David Bernardino
apoios: cem — centro em movimento, TM Collection • coprodução: Cine-Teatro
Municipal João Mota Sesimbra, Centro Guimarães 2012 Capital Europeia da
Cultura, Maria Matos Teatro Municipal e Teatro O Tempo — Portimão
Jangada de Pedra é uma estrutura financiada por Secretário de Estado
da Cultura/DGArtes
imagem pág. seguinte: © José Alfredo
32
33
teatro ★ 16 a 20 outubro
quarta a sábado ↣ 21h30 / domingo ↣ 18h00
coprodução mm
Gonçalo Waddington
e Carla Maciel
Macbain
O holandês Gerardjan Rijnders é um dos dramaturgos mais
fascinantes da atualidade. Após um encontro com o casal de
atores Gonçalo Waddington e Carla Maciel, decidiu escrever
uma peça de teatro para eles sobre dois outros casais: o casal
Macbeth, a partir de Shakespeare, e Kurt Cobain & Courtney Love,
a partir da biografia Heavier than Heaven de Charles R. Cross.
sala principal com bancada ● 12€ / 6€
duração: 60 min ● M/16
a
Dutch dramaturge and theatre director Gerardjan Rijnders
is the author of a fascinating theatrical oeuvre. After meeting
Gonçalo Waddington and Carla Maciel, Portuguese theatre
makers and man and wife, he decided to write a piece for them,
based on two other couples: Shakespeare’s Macbeth & Lady
Macbeth and Kurt Cobain & Courtney Love, as depicted in
Charles R. Cross’ biography Heavier than Heaven.
"[...] Fiquei impressionado pelo paralelismo entre a vida
destes casais, um ficcional e o outro real; a loucura,
a feitiçaria, as drogas e alucinações, a paranoia,
a obsessão com bebés (e placentas), a dor e o medo
constante e uma relação de amor-ódio intensa na qual
o homem age mais como uma criança e a mulher mais
como um homem. [...]"
Gerardjan Rijnders
texto original: Gerardjan Rijnders
criação e interpretação: Carla Maciel e Gonçalo Waddington
cenografia: Fernando Ribeiro • desenho de luz: José Álvaro Correia
direção de movimento: Vânia Rovisco • tradução: Pureza Fino
revisão da tradução: João Paulo Esteves da Silva
produção: GW coprodução Maria Matos Teatro Municipal
apoio: Junta de Freguesia de Cascais
projeto financiado pelo: Secretário de Estado da Cultura/DGArtes
imagem: © Cesário Monteiro
34
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música ★ 23 outubro
quarta ↣ 22h00
Julianna Barwick
Nepenthe
Criada a sós, com meios reduzidos e discretos, a música de Julianna
Barwick tem sido expansão e multiplicação. Da melodia, da voz,
dos loops. Não são tanto canções que cria, mas muito mais espaços
nos quais se projetam memórias, ficções. Com Nepenthe, Julianna
Barwick persiste nessa comovente loucura, mas os espaços que
a sua música desenha emanam, agora, de uma geografia
reconhecível e de uma alteridade concreta. Gravado na Islândia
a partir de um convite de Alex Somers (músico de Sigur Rós
e Jónsi & Alex), com a colaboração de músicos dos múm, o ensemble de cordas Amiina e de um coro de jovens vozes femininas, o disco
tem uma espontaneidade que dilui a repetição ou a sobreposição
de sons. Ampliados pela presença destes colaboradores, os loops transformam-se em ecos e progressões, a eletrónica permite-se
borbulhar como poucas vezes fizera. Nepenthe — nome extraído
da literatura greco-clássica para uma droga que promoveria
o esquecimento da dor e do arrependimento — transporta
simultaneamente a estranheza de ter sido gravado num lugar
pouco familiar e a profusão da experiência de compor pela
primeira vez acompanhada. Este concerto, agraciado pela
presença de um coro português, reproduz o ambiente onírico
de Nepenthe, uma espécie de pele sem pele, de casulo
transparente que embala e deslumbra.
sala principal com bancada ● 14€ / 7€
em colaboração com a Galeria Zé dos Bois
a
For her third album, Barwick headed to Iceland in order to,
with the help of some of Sigur Rós’ musicians and regular
collaborators, such as múm and Amiina, build her master piece,
proposing a delicate but imposing flight between melancholic
pop and oneiric ambient. On stage, a choir of young female
voices will provide everything Barwick needs to majestically
make us levitate.
voz, loops station e sampler: Julianna Barwick
coro juvenil feminino a anunciar
36
37
44.º Aniversário
Teatro Maria Matos
10.º Aniversário
mala voadora
&
Mundo Perfeito
Ao longo de 5 semanas o Teatro
Maria Matos apresenta um vasto
programa de espetáculos que
assinala o décimo aniversário
da mala voadora e do Mundo
Perfeito. Não há aniversário sem
festa e, a convite do Teatro, as
duas companhias juntam-se para
organizar uma maratona artística
que servirá também para assinalar
os 44 anos do Teatro Maria Matos.
38
mala voadora
A mala voadora é o título de um conto de Andersen (não muito
alegre) cujo protagonista acaba condenado a contar histórias
para viver. A companhia foi fundada por Jorge Andrade e José
Capela, responsáveis pela direção artística, e estreou o primeiro
espetáculo em 23 de maio de 2003.
Não temos convicções definitivas sobre a missão do teatro, ou
a nossa missão no teatro, nem trabalhamos no sentido de fixar
uma linguagem reconhecível. São poucas as coisas que não
mantemos instáveis: a convicção de que as práticas artísticas
não se confundem com qualquer serviço social, de que a “forma”
é o lugar privilegiado da política na arte, de que a identidade
(designadamente a nossa) se desvanece quando os seus
contornos são fixados, de que preferimos sempre o difícil ao
fácil… Acreditamos que o melhor que podemos oferecer em cada
espetáculo é uma proposta de relação entre um determinado
“tema” e uma determinada especulação formal em torno do que
pode ser “teatro”.
Mundo Perfeito
O Mundo Perfeito tem combatido as forças do mal desde 2003,
ano em que nasceu na cozinha de um T2 na Amadora. O seu nome
encerra a contradição também presente nas suas criações: uma
ironia otimista. Dirigido por Tiago Rodrigues e Magda Bizarro,
tem-se reinventado permanentemente e produzido a um ritmo
impressionante.
O seu trabalho é marcado pela nova dramaturgia, com estreias
de textos inéditos português, e pela criação coletiva em projetos
com artistas de diversas nacionalidades. Partindo de pesquisas,
manipulação de imagens ou compilação de arquivos, as peças mais
recentes têm apostado na subversão poética da realidade. Na sua
diversidade, os espetáculos têm em comum a imperfeição, uma
energia vital que surge da procura duma liberdade pelos atores
em palco, uma constante mutação da forma que obriga as peças
a permanecerem “abertas”, capazes de se questionarem para
poderem questionar o mundo.
39
teatro ★ 26 outubro
sábado ↣ 16h00 às 02h00
coprodução mm
programação 10 anos
Outubro / Novembro
↘
26 outubro / sábado ↣ 16h00 às 02h00
44.º Aniversário Teatro Maria Matos
10.º Aniversário mala voadora & Mundo Perfeito
Maratona 10 anos 10 horas
30 outubro e 2 novembro / quarta e sábado ↣ 21h30
Mundo Perfeito
Tristeza e alegria na vida das girafas
31 outubro e 1 novembro / quinta e sexta ↣ 21h30
mala voadora ★ Overdrama
7 novembro / quinta ↣ 21h30
Mundo Perfeito ★ Se uma janela se abrisse
8 e 9 novembro / sexta e sábado ↣ 21h30
mala voadora + Third Angel
What I heard about the world
14 novembro / quinta ↣ 21h30
mala voadora ★ Os Justos
15 e 16 novembro / sexta e sábado ↣ 21h30
Mundo Perfeito ★ Três dedos abaixo do joelho
20 a 23 novembro / quarta e sábado ↣ 21h30
Mundo Perfeito ★ By Heart ● nova criação
26 a 29 novembro / terça a sexta ↣ 21h30
mala voadora ★ paraíso 1 ● nova criação
Cada espetáculo: 12€ / 6€
Passe especial para todos os espetáculos: 28€ / 14€
Disponível até 26 outubro em todos os pontos de venda.
Sujeito à lotação da sala em cada sessão de espetáculo.
Aconselha-se reserva para o espetáculo pretendido para portadores do Passe.
Reservas válidas até 30 minutos antes de cada sessão de espetáculo.
40
Maratona 10 anos 10 horas
Tanto a mala voadora como o Mundo Perfeito estão em casa
no Teatro Maria Matos e, por isso, decidiram fazer o que se faz
quando se quer uma festa na nossa casa: convidar amigos. Durante
10 horas, o palco do Teatro Maria Matos será sucessivamente
ocupado por mais de 60 artistas – do teatro, da dança, da música,
da performance e das artes visuais – que, em Portugal ou no
estrangeiro, têm sido próximos da mala voadora, ou do Mundo
Perfeito, ou de ambos, ao longo dos últimos dez anos. Cada um
fará aquilo que mais gosta de fazer. As suas prendas de aniversário
serão peças curtas, fragmentos de peças, leituras, instalações,
performances e micro-concertos, preparados especialmente para
este evento. E haverá comida e bebida. E festa.
Será um espetáculo de variedades em maratona. Um retrato de
família performativo.
sala principal ● entrada livre
(sujeita à lotação da sala) mediante levantamento
prévio de bilhete no próprio dia a partir das 15h00
●
refeições disponíveis a preço acessível no âmbito da maratona
a
In the opening of the programme celebrating the 10th
anniversary of mala voadora and Mundo Perfeito and the 44th
anniversary of Teatro Maria Matos, the two companies get
together for the first time to organize a party for which they
invite over 60 Portuguese and international artists that have
been their accomplices throughout the years to prepare short
plays, micro concerts, readings, installations and performances
especially for the occasion.
Um projeto Create to Connect com o apoio
do Programa Cultura da União Europeia
41
teatro ★ 30 outubro e 2 novembro
quarta e sábado ↣ 21h30
Mundo Perfeito
Tristeza e alegria
na vida das girafas
10 anos
com tendências suicidas. Procuram a única pessoa que os pode
ajudar: o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Aventura que
combina a atualidade política com referências da grande literatura
infantil, de Alice no País das Maravilhas de Carrol ao Livro da Selva
de Kipling, esta peça é também um passo determinante na forma
como o Mundo Perfeito vem desenvolvendo processos de escrita
em colaboração com os atores.
sala principal com bancada ● 12€ / 6€
passe especial para todos os espetáculos: 28€ / 14€
a
Em Tristeza e alegria na vida das girafas, Tiago Rodrigues volta
a usar o teatro para tentar interferir com a nossa perceção
da realidade social e política, mas também do próprio teatro.
Estreada na Culturgest em novembro de 2011 e selecionada pela
revista Time Out Lisboa como um dos melhores espetáculos
desse ano, a peça tem como pano de fundo a crise económica
vista através dos olhos fantasiosos e cruéis de uma criança. Uma
menina de 9 anos recordista mundial de consumo do dicionário
atravessa a cidade de Lisboa, acompanhada de um urso de peluche
42
↙
The economic crisis seen through the
fanciful and cruel eyes of a child is
the background to Tristeza e alegria
na vida das girafas [Sadness and joy
in the life of giraffes]. A nine-yearold dictionary consumption world
record holder girl crosses the city of
Lisbon together with a teddy bear with
suicidal tendencies. They look for the
only person that can help them: Prime
Minister Pedro Passos Coelho.
texto e encenação: Tiago Rodrigues
intérpretes: Carla Galvão, Miguel Borges, Pedro Gil e Tónan Quito
participação especial: Beatriz Bizarro Rodrigues
conceito de cenário e figurinos: Magda Bizarro e Tiago Rodrigues
luz e apoio técnico: André Calado • música e sonoplastia: Alexandre Talhinhas
figurino urso: Sandra Neves • imagem do cartaz: Afonso Cruz
produção Ana Pereira, Rita Mendes e Magda Bizarro
residência artística: O Espaço do Tempo
coprodução: Mundo Perfeito, AnaPereira.PedroGil, Culturgest e TAGV
imagem: © Magda Bizarro
43
teatro ★ 31 outubro e 1 novembro
quinta e sexta ↣ 21h30
mala voadora
overdrama
10 anos
↙
Tomando como referência acontecimentos desse ano, overdrama
retrata uma situação de tumulto social, na eminência de uma
catástrofe generalizada. Um grupo de indivíduos dá notícia dos
seus dramas pessoais e, através deles, da sua posição – mais
implicada ou mais distanciada — face aos acontecimentos. Aquilo
que parece ser um conjunto de histórias não relacionadas acaba,
no final, por revelar-se um mesmo enredo.
overdrama estreou a 7 de julho de 2011, na Culturgest,
e foi nomeado para melhor espetáculo de teatro pelos Prémios
Autores SPA/RTP 2012.
sala principal com bancada
● 12€ / 6€
passe especial para todos os
espetáculos: 28€ / 14€
a
“Enquanto escrevia o texto pensava sobre a natureza cíclica
dos movimentos de protesto. (…) Esta ânsia é talvez mais
fácil de canalizar em sociedades que já não têm a capacidade
de se reconfigurar através de revoluções — sociedades que
desenvolveram a flexibilidade de absorver a energia do protesto,
normalmente dando a um número suficiente de pessoas a
quantidade suficiente daquilo que elas querem de modo a que
a imaginação de uma alternativa seja esmagada pela inércia do
consenso.” Assim se referia Chris Thorpe, em 2011, ao texto que
acabara de escrever para a mala voadora.
44
Taking as a reference events of 2011,
the year of its writing, overdrama
portrays a situation of social unrest
in danger of imminent widespread
catastrophe. A group of individuals
voice their personal dramas, and
thus where they stand — more
implicated or more detached — in
face of the events. What seems to
be a set of unrelated stories at the
end turns out to be a single plot.
direção: Jorge Andrade • texto: Chris Thorpe • tradução: Francisco Frazão
com: Anabela Almeida, Carlos António, Cláudia Gaiolas, Flávia Gusmão, Jorge
Andrade, Márcia Breia, Marco Paiva, Miguel Fragata, Pedro Gil, Sílvia Filipe,
Tânia Alves e Wagner Borges, entre outros • cenografia: José Capela
figurinos: Rita Lopes Alves • luz: Daniel Worm d’Assumpção • com assistência
de: Eduardo Abdala • imagem de divulgação: Isaque Pinheiro
produção: Manuel Poças • coprodução: Culturgest apoio Cine-Teatro do Montijo,
Fundação Calouste Gulbenkian, NG5
imagem: © Bruno Simão
45
teatro
13 a 15 dezembro
sexta e sábado ↣ 21h30
domingo ↣ 18h30
14€ / 7€
De Warme Winkel
We Are Friends
Depois de trazer para palco as
contradições do sistema financeiro em
San Francisco, os holandeses De Warme
Winkel estão em luta por uma Primavera
de Amesterdão e criam uma obra política
e poética que analisa os sintomas duma
Europa doente.
a seguir...
música
5 novembro
terça ↣ 22h
14€ / 7€
46
Dean Blunt
The Redeemer
O músico britânico estreia-se a solo em
Lisboa na apresentação do seu primeiro
álbum em nome próprio, The Redeemer.
47
C a r t ã o
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0000000000
Quem tem entre 30 e 65 anos tem um cartão para ir ao
Teatro Maria Matos e ao Teatro São Luiz durante um ano
com 50% desconto.
Ver condições em:
w w w.teatromariamatos.pt e w w w.teatrosaoluiz.pt
Coproduções em digressão em 2013
★ viagem ao Interior da Dança
Estreia novembro 2011
Viseu ● Teatro Viriato ↣ outubro
Almada ● Artemrede – Fórum Romeu Correia
↣ 28 novembro
Æ Marina Nabais
★
um Corpo que Dança
Estreia maio 2012
Almada ● Artemrede – Fórum Romeu Correia
↣ 29 e 30 novembro
Æ Marina Nabais
★ Nora
Estreia julho 2012
Grécia ● Thessaloniki, Dimitria Festival
↣ 11 e 12 outubro
Æ tg STAN
★ Barriga da Baleia
Estreia novembro 2012
Abrantes ● Cine-Teatro S. Pedro
↣ 12 outubro
Guarda ● Teatro Municipal da Guarda
↣ 19 outubro
Æ António Jorge Gonçalves
★ Os Dias São Connosco
Estreia janeiro 2013
Torres Novas ● Teatro Virgínia
↣ 19 outubro
Æ Raquel Castro
★ Comer a Língua
Estreia março 2013
Bragança ● Teatro Municipal de Bragança
↣ 25 a 27 setembro
Æ Regina Guimarães e Catarina Lacerda
Æ Stefan Kaegi/Rimini Protokoll
★
Estreia maio 2013
Suíça, Basileia ● Kaserne Basel
↣ 18 a 28 setembro 2013
Áustria, Viena ● brut
↣ 2 a 9 outubro
48
49
Remote Control
Bilheteira
Terça a domingo das 15h00 às 20h00;
em dias de espetáculo das 15h00 até 30 minutos após
o início do mesmo
218 438 801 • [email protected]
Bilheteira online: www.teatromariamatos.pt
Outros locais de venda: ABEP / Agência de bilhetes
Alvalade / CTT / Fnac / São Luiz Teatro Municipal / Worten
Reservas
Levantamento prévio obrigatório até
30 minutos antes do espetáculo.
Programação Crianças & Jovens
Famílias
Espetáculos
7€ preço único adultos
3€ preço único menores de 13 anos
Leituras encenadas
2€ preço único
Reservas
Levantamento prévio obrigatório até 2 dias
antes do espetáculo ou oficina.
Descontos*
Escolas
preço único
5€ menores de 30 anos (apenas válido para espetáculos
mencionados)
Espetáculos
3€ preço único menores de 13 anos
Professor acompanhante não paga
50% desconto
portadores do cartão Maria & Luiz, estudantes, maiores
de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante,
desempregados, profissionais do espetáculo, funcionários
da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante)
Leituras encenadas
Este projeto desloca-se às escolas
Preço único por sessão: 60€
Pagamento integral obrigatório no momento
da reserva
30% desconto
grupos de dez ou mais pessoas (com reserva e levantamento
antecipado)
Reservas
Pagamento parcial obrigatório nas 48h após
a reserva
Cartão Maria & Luiz
Cartão que garante acesso a desconto de 50% a todos os
espetáculos assinalados do Teatro Maria Matos e do Teatro
São Luiz para maiores de 30 e menores de 65 anos durante
12 meses. Preço: 10€.
Condições: Válido durante 12 meses a partir do momento
da compra. Desconto mediante apresentação do cartão,
apenas válido na bilheteira física e online do Teatro
Maria Matos e do Teatro São Luiz. Não acumulável com
outros descontos e não extensível a espetáculos de preço
único e outros selecionados. A utilização do cartão é
pessoal e intransmissível.
mala voadora & Mundo Perfeito
Passe especial para todos os espetáculos: 28€ / 14€
Disponível até 26 outubro em todos os pontos de venda.
Sujeito à lotação da sala em cada sessão de espetáculo.
Aconselha-se reserva para o espetáculo pretendido para
portadores do Passe. Reservas válidas até 30 minutos
antes de cada sessão de espetáculo.
*descontos não acumuláveis
50
Classificação
Os concertos, os espetáculos de dança e os espetáculos
para crianças e jovens têm classificação “maiores de 3
anos”. Os restantes espetáculos incluídos neste programa
têm classificação a definir, exceto quando mencionada.
Como chegar?
Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 / 1700-213 Lisboa
Comboio: Roma-Areeiro • Metro: Roma
Autocarros: 727, 735, 767
Mais informação
www.teatromariamatos.pt
Parceiros
Media Partners
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PROGRAmmA setembro e outubro 2013