Nome: Amanhã On-line Data: 31/07/2007 Endereço: www.amanha.com.br Mídia: Newsletter/Site MERCADO IMOBILIÁRIO BRASILEIRO: BOLHA OU BOOM? O setor imobiliário dos Estados Unidos vive um período de incerteza. Os baixos juros e a grande oferta de crédito imobiliário [baseada em hipotecas] levaram os norte-americanos a enfrentar uma bolha no setor. Com a perspectiva de que a taxa Selic termine o ano beirando um dígito, o aumento de crédito e o crescente lançamento de empreendimentos, as dúvidas também recaem sobre o mercado brasileiro. Afinal, será que o Brasil vive um “boom” ou já está entrando numa “bolha” imobiliária? Cláudio Teitelbaum, diretor de qualidade e relacionamento com o cliente do Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum, acredita que, em breve, o Brasil experimentará uma bolha imobiliária, principalmente, no mercado de imóveis destinados à média e baixa renda. “Estamos vendo mais lançamentos para esse segmento do que o necessário – estimulados pela abertura de novas linhas de crédito”, pondera Teitelbaum. “Hoje, é mais rentável dar entrada num imóvel próprio e pagar as parcelas, do que gastar com aluguel”, acrescenta ele. Carlos Macedo, analista da Unibanco Corretora, não é da mesma opinião. Para ele, a oferta de crédito ainda é muito baixa – representa menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Quanto ao lançamento de empreendimentos, Macedo analisa que, talvez, haja uma sobreoferta para o mercado de alta renda. “Nos setores de rendimentos mais baixos, ainda há muita demanda para ser suprida”, analisa Macedo. Além disso, ele acredita que as incorporadoras já estão planejando uma diversificação. Consolidação do mercado? – Vários setores brasileiros vivem dias de consolidação. Para Cláudio Teitelbaum, as grandes empresas do setor imobiliário focadas na média e baixa renda também passarão por esse processo. “Apenas aquelas que diversificarem os segmentos de atuação permanecerão no mercado”, observa Teitelbaum. Já Macedo assegura que enquanto as incorporadoras conseguirem capital no mercado – com emissão de ações ou debêntures – não haverá consolidação. “Quando o dinheiro ficar difícil será o momento de avaliar a necessidade de consolidação”, ressalta Macedo. (Fernanda Arechavaleta)