40 SEXTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO 2014 MERCADOS Banca quer acompanhar situação do Novo Banco Banca espanhola tem de limitar os dividendos Os principais bancos querem que seja criada uma comissão de acompanhamento do Novo Banco. A intenção é a formação de uma entidade que vá dando informação constante às instituições que ficaram sob risco financeiro, em resultado do resgate ao BES. Também querem ter a possibilidade de se manifestarem naqueles assuntos mais relevantes, isto é, que de alguma forma tenham impacto na banca. A OCDE considera que a banca espanhola está bem colocada no que se refere aos testes de stress europeus, mas acha que se devem manter as restrições ao dividendo para garantir a solvência. A organização acha que o sistema financeiro espanhol deu passos importantes no sentido da sua necessária reestruturação. No entanto, ainda há uma excessiva dependência do Banco Central Europeu e uma elevada quantidade de dívida pública. Lusitania comunica seguro para criança em semana de regresso às aulas Quando irá estourar a bolha da bitcoin? A Lusitania Seguros, seguradora do grupo Montepio, está a comunicar, neste regresso às aulas, o seguro Proteção Criança. Em caso de acidente, este seguro “garante o reembolso das despesas médicas e das despesas com explicações sempre que o seu filho fique impossibilitado de ir à escola (titular do seguro) ou, em alternativa, o transporte especial para e do estabelecimento de ensino, quando clinicamente recomendado”. Nos internamentos hospitalares resultantes do acidente, a Lusitania procederá ao pagamento de um subsídio diário ao tomador do seguro, desde que um dos pais esteja impedido de exercer a sua atividade profissional, para que possam acompanhar o filho. Além disso, o Proteção Criança assegura o pagamento de despesas a terceiros, por atos causados pelo filho, no âmbito da responsabilidade civil exigida aos pais ou tutor. O produto disponibiliza ainda um seguro de vida para um dos pais (desde que seja o tomador do seguro). “Suspeito que a bitcoin é o instrumento típico em que, em algum momento, os pequenos investidores desprotegidos são apanhados e têm de arcar com o custo elevado de um esquema Ponzi”, refere Arturo Bris. Estamos consigo há 20 anos. Juntos vamos Capitalizar a sua empresa. Abra rumo a uma visão mais empreendedora, repense novos mercados. Somos o seu parceiro de negócios na Gestão e no acompanhamento Internacional. Contacte: . Apoio ao Investimento . Gestão de Activos . Informática de Gestão Av. Montevideu, 282 4150-516 PORTO – PORTUGAL Telefone: (+351) 226165220 Fax: (+351) 226165229 [email protected] WWW.PEDROARROJA:COM A bitcoin, a moeda virtual, tem feito um percurso de volatilidade com uma aceitação crescente. Desde que foi criada em 2009, e apesar da curta existência, a sua cotação oscilou entre US$ 0,30 e US$1135. Mas a bitcoin é agora aceite como pagamento por um número crescente de lojas tradicionais e tem sido cada vez mais legitimada pelos governos, como o dos Estados Unidos, que efetuou em junho 30 000 leilões de bitcoins. Em entrevista, Arturo Bris, o diretor do centro de Competitividade Mundial do IMD, explica à “Vida Económica” os riscos associados a esta moeda que circula à escala global. Segundo refere, a expansão da bitcoin também se deve à falta de confiança dos consumidores nos financeiros tradicionais. imobiliários, porque o aumento dos preços não é causado por comportamentos irracionais dos operadores. Suspeito que a bitcoin é o instrumento típico em que, em algum momento, os pequenos investidores desprotegidos são apanhados e têm de arcar com o custo elevado de um esquema Ponzi. Isso pode acontecer se a liquidez atual no mercado bitcoin desaparecer. As grandes instituições financeiras não viriam apoiar o resgate. Os bancos não especulam com moedas, especialmente agora que eles são fortemente regulamentados. E só vão entrar no mercado bitcoin a partir do momento em que estiver supervisionado e regulamentado pelos bancos centrais e reguladores, algo que é improvável que aconteça. VE - Vê a bitcoin como uma ameaça à economia e às moedas tradicionais? AB - Uma economia pode-se ajustar naturalmente a uma nova moeda. Vimos isso em 2001, com o euro. Tal como acontece com as moedas tradicionais, a bitcoin – se tiver sucesso – irá atingir as moedas mais fracas. Duvido que possa desafiar a posição dominante do dólar, o euro ou o iene. VE - A bitcoin é uma moeda ideal para atividades ilegais? JOÃO LUÍS DE SOUSA [email protected] AB - Muito pelo contrário. O proprietário final de uma única unidade de bitcoin pode ser rastreado através de um sistema central, e qualquer transação é automaticamente gravada. Isso não acontece com o dinheiro tradicional. Vida Económica - Existe uma bolha especulativa com a bitcoin? VE - Porque a bitcoin tem crescido em popularidade e aceitação? Arturo Bris - Esse é um dos principais riscos da bitcoin. A razão é que o seu fornecimento é restrito. Ao contrário das moedas normais, os bancos centrais não podem emitir bitcoins adicionais quando há aumento de procura do mercado. Eu diria que é uma “bolha racional”, à semelhança do que acontece nos mercados AB - Os consumidores não confiam nos mercados financeiros. Havia uma necessidade de encontrar soluções inovadoras para atender às suas necessidades financeiras. Arturo Bris é Professor de Finanças no IMD e dirige o IMD World Competitiveness Center.