UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO UTILIZAÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES PARA FORMAÇÃO DE CLASSE E LOCALIZAÇÃO DOS ITENS EM ARMAZÉNS. DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À UFPE PARA OBTENÇÃO DE GRAU DE MESTRE POR MARCELE ELISA FONTANA Orientador: Prof. Cristiano Alexandre Virgínio Cavalcante, DSc. RECIFE, FEVEREIRO / 2010 F679u Fontana, Marcele Elisa Utilização do número de clientes para formação de classe e localização dos itens em armazéns / Marcele Elisa Fontana. – Recife: O Autor, 2010. xi, 112 f.; il., figs., tabs. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, 2010. Inclui Referências Bibliográficas e Apêndices. 1. Engenharia de Produção. 2. Armazém. 3. Cliente. 4. Localização. 5. Espaço. 6. Order picking. I. Título. UFPE 658.5 CDD (22.ed.) BCTG/2010-031 Aos meus pais Afonso Domingos Fontana e Inês Maria Fontana pelo apoio e amor incondicionais. iii AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus por me conceder saúde para enfrentar todas as etapas de estudos e dedicação ao mestrado. Aos professores Alexandre Gonçalves Porto e Fabrício Schwanz da Silva pela minha iniciação na área científica e pela recomendação concedida a mim no processo seletivo de pós-graduação. A todos os meus ex-professores da graduação que contribuíram na minha formação, em especial ao professor Feliciano Lhanos Azuaga, orientador da monografia, que muito me incentivou a continuar os meus estudos na área acadêmica. A todos os professores do PPGEP que direta ou indiretamente contribuíram nas atividades do mestrado, principalmente, ao professor Cristiano Alexandre Virgínio Cavalcante pela sua confiança na minha capacidade, por estar sempre disposto e disponível a auxiliar-me, e em especial, por ser o grande incentivador da continuação dos meus estudos. Aos colegas e amigos por estar sempre juntos, um apoiando o outro, nos momentos de dificuldades. A coordenação e secretaria do PPGEP, principalmente a secretária Juliane, que sempre, atenciosamente, auxiliou nas resoluções de questões burocráticas e administrativas. A CAPES pela bolsa concedida para custear minha permanência na cidade de Recife. E por fim, o meu maior agradecimento é dirigido aos meus pais, Inês Maria Fontana e Afonso Domingos Fontana, por me ensinarem que com estudos ampliamos os horizontes de conquistas na vida. iv RESUMO A armazenagem inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais. Um ponto relevante na administração da armazenagem é estabelecer os parâmetros para a perfeita identificação e facilidade de localização dos itens estocados. Na literatura é apresentado o índice COI como principal índice para determinação de possíveis agregações em classes e a ordenação dos produtos armazenados. O COI é a razão entre o espaço requerido pelo produto por sua demanda. Além disso, há outros trabalhos que utilizam os custos com o uso do espaço no armazém e distância percorrida para picking os produtos como determinantes da melhor política de armazenagem dada pelo COI, em order-picking única. Então, pensando em picking em lotes, onde os lotes são compostos pelas ordens de cada cliente, e sabendo que o COI não menciona o número de clientes, foi proposto neste trabalho a utilização no número de clientes para a determinação da melhor política de armazenagem. Dois novos índices foram propostos: o CIC (razão entre o espaço requerido pelo número de clientes) e o COIC (razão do espaço requerido pela demanda vezes o número de clientes). Quatro cenários foram simulados. Em cada um destes, dois tipos de layouts (5 e 10 colunas), três níveis de diferentes produtos armazenados (10, 20 e 25) e três diferentes capacidades de picking. Concluiu-se que com a crescente preocupação do mercado em manter e conquistar novos clientes, apesar do COI ser um bom índice de atribuição de locais dos produtos em armazém, o seu uso generalizado pode gerar resultados menos satisfatórios do que a adoção de um índice que considere o número de clientes. Palavras-chave: Armazém, cliente, localização, espaço e order picking. v ABSTRACT The storage includes all activities of a place for the temporary storage and distribution of materials. A relevant point in the storage management is to establish the parameters for perfect identification and ease location of items stored. In the literature is presented the index COI as main index for the determination of possible aggregations in classes and ordering of products stored. The COI is the ratio of the space required by multiplying your demand. In addition, there are other studies that take costs with the use of warehouse space and distance to pick products as determinant of the best storage policy given by the COI in order-picking only. Then, thinking of batch picking, where lots are compost of client orders, and knowing that the COI does not mention the number of customers, was proposed in this paper using the number of customers to determine the best method of storage. Two new indices have been proposed: the CIC (the ratio of space required by the number of customers) and COIC (ratio of space required by the demand multiplied by the number of customers). Four scenarios were simulated. In each of these two types of layouts (5 and 10 columns), three different levels of stored products (10, 20 and 25) and three different capacities picking. It was concluded that with the increasing concern of market to maintain and to gain new customers, despites the COI be a good indicator for the allocation of places in the warehouse, its widespread use may lead to less satisfactory results than the adoption of an index that considers the number of customers. Keywords: warehouse, client, location, space and order picking. vi SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... ix LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... x 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1 1.1. Problemática .................................................................................................................. 2 1.2. Objetivos ......................................................................................................................... 2 1.3. Justificativa .................................................................................................................... 3 1.4. Metodologia .................................................................................................................... 3 1.5. Estrutura do trabalho ................................................................................................... 4 2. CONCEITOS GERAIS.......................................................................................................... 5 2.1. Origens dos procedimentos e conceitos ....................................................................... 5 2.2. Introdução à logística .................................................................................................... 6 2.3. Distinções entre armazenagem e estocagem .............................................................. 10 2.3.1. Classificação de armazéns ...................................................................................... 11 2.3.1.1. Classificação dos materiais .............................................................................. 12 2.3.1.2. Codificação dos materiais ................................................................................ 12 2.3.2. Funções do sistema de armazenagem ..................................................................... 13 2.3.2.1. Razões para estocar ......................................................................................... 14 2.3.2.1.1. Tipos de Estoques ..................................................................................... 16 2.3.2.2. Funções de manuseio dos materiais ................................................................ 17 2.3.2.2.1. Unitização da Carga ................................................................................. 18 2.4. Síntese conclusiva ........................................................................................................ 19 3. CONCEITOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 20 3.1. Administração da armazenagem ................................................................................ 20 3.1.1. Custos de armazenagem ......................................................................................... 22 3.2. Locação no estoque ...................................................................................................... 24 3.2.1. Layout do armazém ................................................................................................ 24 3.2.2. Sistema de localização de estoque .......................................................................... 27 3.2.2.1. Sistemas com localização definida ou fixa ...................................................... 28 3.2.2.2. Sistemas com localização aleatória ................................................................. 28 3.2.2.3. Sistemas com localização classe-base ............................................................. 29 3.2.2.3.1. Classificação ABC .................................................................................... 30 3.2.3. Order Picking ......................................................................................................... 31 3.2.3.1. Roteamento ...................................................................................................... 32 3.2.3.2. Zoneamento ..................................................................................................... 33 3.2.3.3. Batching ........................................................................................................... 33 3.2.3.4. Atribuição dos itens ......................................................................................... 34 3.3. Importância dos clientes ............................................................................................. 34 3.4. Modelagem ................................................................................................................... 36 3.4.1. Simulação ............................................................................................................... 37 3.4.2. Aplicação em armazéns .......................................................................................... 37 3.4.2.1. Modelo de formação de classe e localização ................................................... 39 vii 3.5. Síntese conclusiva ........................................................................................................ 40 4. FORMULAÇÃO E MODELAGEM DO PROBLEMA ..................................................... 42 4.1. Atribuição dos locais no armazém ............................................................................. 42 4.1.1. Demonstrativo da abordagem adotada ................................................................... 44 4.2. Formulação matemática do problema ....................................................................... 54 4.2.1. Modelo de formação de lotes ................................................................................. 55 4.2.2. Cálculo do tempo de resposta ................................................................................. 57 4.3. Descrição das simulações ............................................................................................ 58 4.3.1. Cenários simulados ................................................................................................. 60 4.3.1.1. Cenário 1 ......................................................................................................... 60 4.3.1.2. Cenário 2 ......................................................................................................... 63 4.3.1.3. Cenário 3 ......................................................................................................... 65 4.3.1.4. Cenário 4 ......................................................................................................... 66 4.4. Síntese conclusiva ........................................................................................................ 69 5. RESULTADOS E ANÁLISES ............................................................................................ 70 5.1. Cenário 1 ...................................................................................................................... 70 5.2. Cenário 2 ...................................................................................................................... 74 5.3. Cenário 3 ...................................................................................................................... 78 5.4. Cenário 4 ...................................................................................................................... 81 5.5. Resumo dos resultados ................................................................................................ 84 5.6. Síntese conclusiva ........................................................................................................ 85 6. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 87 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 90 APÊNDICE A - Configuração final do armazém (Cenário 1) .............................................. 96 APÊNDICE B - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 1) ............................................ 97 APÊNDICE C - Configuração final do armazém (Cenário 2) ............................................ 100 APÊNDICE D - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 2) .......................................... 101 APÊNDICE E - Configuração final do armazém (Cenário 3) ............................................ 104 APÊNDICE F - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 3) .......................................... 106 APÊNDICE G - Configuração final do armazém (Cenário 4) ............................................ 109 APÊNDICE H - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 4) .......................................... 110 viii LISTA DE FIGURAS Figura 2.1. Logística interna e externa ....................................................................................... 7 Figura 2.2 - Código de localização no armazenamento pela matriz ......................................... 13 Figura 3.1 - Atividades que um armazém pode executar ......................................................... 20 Figura 3.2 - Quadro de design e operações de um armazém .................................................... 25 Figura 3.3. Curva ABC baseada na demanda anual em valor .................................................. 31 Figura 4.1 - Ilustração do layout da área de estocagem do armazém ....................................... 45 ix LISTA DE TABELAS Tabela 4.1 - Dado dos produtos do exemplo ............................................................................ 44 Tabela 4.2 – Localização dedicada pelo COI ........................................................................... 46 Tabela 4.3 - Número de clientes por produto ........................................................................... 46 Tabela 4.4 - Atribuição dedicada pelo COIC ........................................................................... 46 Tabela 4.5 - Atribuição dedicada pelo CIC .............................................................................. 46 Tabela 4.6 - Resumo das classes geradas pelo índice COI ....................................................... 47 Tabela 4.7 - Resumo das classes geradas pelo índice COIC e CIC.......................................... 47 Tabela 4.8- Demonstração da redução de espaço com a formação de classes ......................... 48 Tabela 4.9 - Resumo das melhores políticas para cada custo ................................................... 49 Tabela 4.10 - Atribuição final dos locais em cada índice......................................................... 49 Tabela 4.11 – Demonstração do calculo de distância por lote ................................................. 50 Tabela 4.12 – Resumo da distância total percorrida pelos lotes ............................................... 51 Tabela 4.13 – Tempo médio para concretizar os lotes (caso 1) ............................................... 52 Tabela 4.14 – Tempo médio para concretizar os lotes (caso 2) ............................................... 53 Tabela 4.15 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 1 .................................................. 61 Tabela 4.16 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 1 .................................................. 61 Tabela 4.17 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 1 .................................................. 62 Tabela 4.18 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 2 .................................................. 63 Tabela 4.19 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 2 .................................................. 63 Tabela 4.20 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 2 ................................................. 64 Tabela 4.21 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 3 .................................................. 65 Tabela 4.22 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 3 .................................................. 65 Tabela 4.23 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 3 .................................................. 66 Tabela 4.24 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 4 .................................................. 67 Tabela 4.25 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 4 .................................................. 67 Tabela 4.26 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 4 .................................................. 68 Tabela 5.1 – Cenário 1: Tempo médio até cada produto .......................................................... 71 Tabela 5.2 – Cenário 1: Custos de armazenagem ..................................................................... 71 Tabela 5.3 – Cenário 1: Tempo total e médio de concretização dos lotes ............................... 72 Tabela 5.4 – Cenário 1: Tempo médio de atendimento aos cliente .......................................... 74 Tabela 5.5 – Cenário 2: Tempo médio até cada produto .......................................................... 75 Tabela 5.6 – Cenário 2: Custos de armazenagem ..................................................................... 75 x Tabela 5.7 – Cenário 2: Tempo total e médio de concretização dos lotes ............................... 76 Tabela 5.8 – Cenário 2: Tempo médio de atendimento aos cliente .......................................... 77 Tabela 5.9 – Cenário 3: Tempo médio até cada produto .......................................................... 78 Tabela 5.10 – Cenário 3: Custos de armazenagem ................................................................... 79 Tabela 5.11 – Cenário 3: Tempo total e médio de concretização dos lotes ............................. 80 Tabela 5.12 – Cenário 3: Tempo médio de atendimento aos cliente ........................................ 80 Tabela 5.13 – Cenário 4: Tempo médio até cada produto ........................................................ 81 Tabela 5.14 – Cenário 4: Custos de armazenagem ................................................................... 82 Tabela 5.15 – Cenário 4: Tempo total e médio de concretização dos lotes ............................. 83 Tabela 5.16 – Cenário 4: Tempo médio de atendimento aos cliente ........................................ 84 Tabela 5.17 - Resumo dos resultados por cenário .................................................................... 84 Tabela 5.18 – Status das hipóteses ........................................................................................... 85 xi Capítulo 1 Introdução 1. INTRODUÇÃO Para iniciar este trabalho alguns conceitos são importantes, como de logística, que de acordo com Moura (1997: p. 26) “é dispor dos materiais necessários no momento apropriado e no lugar certo, ao menor custo global para a empresa”. Para Bowersox & Closs (2009: p. 20) “a logística envolve a integração de informações, transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais e embalagem”. A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais da logística (FLEURY et al, 2000, apud BRAGA, 2009). Ainda assim, os termos armazenagem e estocagem são comumente definidos como sendo a mesma coisa, no entanto a armazenagem é a estrutura física utilizada para fins de estocagem e distribuição. Já a estocagem é a alocação estática do material dentro do armazém. O armazenamento é a essência dos negócios de empresas como distribuidores atacadistas. Uma forma onerosa de aumentar a produtividade da armazenagem é através de novo dimensionamento do centro de distribuição. Também é possível aumentar a produtividade por métodos menos radicais, incluindo mudanças nas atividades de armazenagem, tais como a recepção, order picking1 e embarque, relatam CHEN et al (2005). O serviço logístico criou conveniência aos clientes, onde o não atendimento do mercado representa perda de vendas. As empresas, para competirem com sucesso, devem ser cada vez mais ágeis, rápidas, estar próximas dos clientes e adicionar valor ao produto (ROBERTS & LILIEN, 1993 apud GOLDSTEIN & ALMEIDA, 2000). Um dos principais argumentos para demonstrar a importância da satisfação do consumidor é a relação existente entre satisfação dos consumidores e rentabilidade. Como o objetivo maior das empresas é a maximização do lucro a longo prazo, esta relação torna a satisfação do consumidor um aspecto prioritário a ser levado em consideração no planejamento das empresas na busca pela lucratividade (BEBER, 1999). 1 Jane & Laih (2005), definem order picking como o processo pelo qual os montantes adequados dos produtos são obtidos a partir de um local específico no estoque para cumprir ordens (encomendas) dos clientes. 1 Capítulo 1 Introdução 1.1. Problemática Esta pesquisa iniciou-se a partir da afirmação de Muppani & Adil (2008a), de que a formação de classes sobre a base do índice Cube-per-order - COI pode ser sub-ótima. O COI é um índice utilizado para ordenar a locação dos itens em armazéns na busca por operações de armazenagem mais eficientes. Verificou-se que o COI não leva em consideração o número de clientes que demandam cada produto. Este fato pode ter como possíveis consequências, dentre outras, à empresa, oferecer níveis de serviços mais elevados a poucos clientes em detrimento de outros, bem como, priorizar um produto que traz menor retorno financeiro. O funcionamento do COI e as possíveis consequências de seu uso generalizado são descritos no capitulo 4. 1.2. Objetivos O objetivo geral é verificar o impacto da utilização do número de clientes na atribuição de locais dos itens estocados e redução do tempo médio para concretização dos pedidos. Esta localização deve levar em consideração a redução dos custos relativos ao uso do espaço e distâncias percorridas. O trabalho enfatizará a redução dos custos de armazenagem e redução do tempo de pick, que pode se traduzir em maior rapidez no atendimento ao cliente e consequentemente maior nível de serviço oferecido. Os objetivos específicos são as etapas realizadas para atingir ao objetivo geral, que são: Formular novo índice que considere o número de clientes; Definir a melhor política de alocação a partir do menor custo de armazenagem em order picking única; Chegar à configuração do armazém a partir da melhor política; Calcular o tempo médio da I/O até os produtos; Calcular o tempo de concretização de todos os lotes; Calcular o tempo médio de atendimento a cada cliente; Calcular a porcentagens de clientes priorizados; 2 Capítulo 1 Introdução 1.3. Justificativa O trabalho se justifica pelas afirmações de alguns autores como Trigueiro (1996: p. 83), que afirma “a boa armazenagem facilita a identificação física do material, aumentando, desse modo, a produtividade e reduzindo o custo da mão-de-obra por facilitar o manejo dos estoques”. Moura (1997: p. 161), acrescenta que “um sistema de estocagem eficiente pode trazer benefícios imensos, imediatos e permanentes para a operação, desde que seja apropriado e relacionado com a operação por completo”. Para Chen et al (2005), uma vez que as atividades de armazenamento são frequentes, até mesmo as pequenas melhorias podem conseguir saldos significativos. Ainda, Bowersox & Closs (2009: p. 226), relatam que “a falta de metodologias mais sofisticadas para a apuração dos custos de manter estoques torna difícil avaliar o tradeoff entre nível de serviço, eficiência das operações e nível de estoque”. Para Muppani & Adil (2008a), a maioria dos modelos enfatizam a relação tempo de armazenagem/order picking, mas poucos trabalhos na literatura consideram a redução de espaço de armazenagem e os custos relativos ao espaço e order picking na formação de classes. Por este fato são considerados, neste trabalho, na formação de classe. Por último, a satisfação do consumidor é um aspecto prioritário na busca pela lucratividade. E considerando que um dos objetivos de desempenhos que influenciam diretamente no nível de serviço é a rapidez no atendimento, tornar o armazém eficiente em termo de tempo de order picking proporciona a empresa maior agilidade no atendimento as ordens dos clientes. 1.4. Metodologia A metodologia utilizada nesta pesquisa é descritiva e exploratória. Faz-se uso de um modelo matemático, para o qual as fórmulas e procedimentos são descritos de acordo com um determinado conjunto de suposições. Optou-se pela simulação, por esta permitir estudar processos em diferentes cenários, através da análise de comportamentos e de resultados virtuais, levando à respostas efetivas para a tomada de decisão em casos reais. Santiago et al (1999) afirmam que por meio da simulação é possível visualizar um processo que se deseja implementar ou alterar, a um custo e prazo baixos e confiabilidade alta, sem ser necessário parada no processo atual. 3 Capítulo 1 Introdução Para os cálculos que tem como base os índices de ordenação dos produtos em armazéns, ou seja, a busca pela configuração final do armazém, é utilizado o software MATLAB®, versão 7.0. No momento em que os cálculos levam em consideração o picking em lotes de produtos, já tendo definido a configuração do armazém, utiliza-se o software Microsoft Excel, versão 2007. Contudo, para avaliar os resultados obtidos nas simulações alguns testes de hipóteses sobre a igualdade entre os índices de ordenação são aplicados. Segundo Montgomery & Runger (2008, pg 143), “uma hipótese estatística é uma afirmação sobre os parâmetros de uma ou mais populações”. De acordo com estes, geralmente, na maioria dos problemas de engenharia o tamanho da amostra é menor ou igual a 30. Desta forma a distribuição t é a mais apropriada para testes de hipóteses. 1.5. Estrutura do trabalho O trabalho é dividido em cinco partes principais. A primeira traz um arcabouço da literatura, de fontes secundárias, dos temas gerais, como: logística, armazenagem e estocagem. Na segunda parte são abordadas as referências, também de fontes secundárias, específicas ao problema estudado e fundamentais à modelagem. Na sequência é realizada a descrição do problema, por meio de um exemplo prático, e apresentada a modelagem matemática utilizada. Neste, também é caracterizado os cenários simulados. Na quarta parte os resultados alcançados são relatados e analisados, em cada cenário, e o capitulo é concluído com uma síntese que resume estes resultados Por ultimo, são apresentadas as conclusões criticas do modelo, bem como as possíveis evoluções envolvendo o tema e as dificuldades encontradas durante a fase de elaboração deste trabalho. 4 Capítulo 2 Conceitos Gerais 2. CONCEITOS GERAIS Este capítulo apresenta uma revisão do arcabouço teórico sobre logística, estoque e armazenagem, enfatizando as características mais marcantes e fundamentais na compreensão do problema proposto. 2.1. Origens dos procedimentos e conceitos A administração logística está entre as mais velhas ciências administrativas, tendo começado com os primeiros líderes militares dos tempos bíblicos (MOURA, 1997). Goebel (1996) relata que, inicialmente, a logística foi utilizada na área militar com o objetivo de combinar da forma mais eficiente o tempo e o custo, e realizar, com os recursos disponíveis, o deslocamento das tropas e supri-las com armamentos, munição e alimentação durante o trajeto, expondo-as o mínimo possível ao inimigo. Moura (1997) destaca que os militares logísticos permaneciam na ativa mesmo depois de terminadas as hostilidades, por este fato, faltavam militares que pudessem transmitir seus conhecimentos à comunidade civil industrial. Com a II Guerra Mundial, houve necessidade da introdução de soldados civis no sistema administrativo logístico militar, sendo então transferidos os conhecimentos e as experiências. A partir de então, a logística começou a ser utilizada pelas empresas e foi definida como um modelo de análise e administração integradas, que permite otimizar o fluxo de materiais, desde sua fonte primária ate a colocação nos pontos-de-venda como produto final. Com esse enfoque, estendeu-se a indústria, tendo como parceria as empresas atacadistas/distribuidoras e as empresas varejistas (CORONADO, 2001). A antiga visão da logística concentrava-se no transporte e na distribuição física, mas atualmente envolve os métodos e modelos que permitem localizar estruturas físicas (fábricas, depósitos, silos, armazéns, centros de distribuição), gestão dos materiais e dos suprimentos e o planejamento, a programação e o controle da produção, além das atividades de distribuição (MARTINS & LAUGENI, 2005). Para Ballou (2001), as atividades logísticas, como mencionado, têm sido praticadas por indivíduos há muitos anos. A novidade resulta do conceito de gerenciamento coordenado das atividades relacionadas e de que a logística agrega valor aos produtos e serviços que são essenciais para a venda e a satisfação dos clientes. 5 Capítulo 2 Conceitos Gerais A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais da Logística e tem passado por profundas transformações nos últimos anos. Essas mudanças refletem-se na adoção de novos sistemas de informação aplicados à gestão da armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos e até mesmo na revisão do conceito do armazém, como uma instalação com a principal finalidade de estocar produtos (FLEURY et al, 2000, apud BRAGA, 2009). Para Rodrigues (2007), é possível afirmar que o conceito de armazenagem tem início com a observação, pelo homem, da alternância entre períodos de fartura e de escassez e está intrinsecamente relacionado com a necessidade de abastecimento dos povos. A armazenagem foi estabelecida no exato momento em que o ser humano primitivo descobriu que podia guardar para uso futuro os produtos excedentes as suas necessidades atuais, ou ainda para permutá-los com outros produtos dos quais não dispunha (escambo). O espaço para a armazenagem é um recurso vital e deve ser cuidadosamente planejado e utilizado. Isto e um afastamento radical do modo como os armazéns eram vistos há 20 anos. Ate aquela época, estes eram considerados apenas como um local para estocar mercadorias, e não como parte de uma rede de distribuição (MOURA, 1997). 2.2. Introdução à logística O conceito de gestão da cadeia de suprimento, de acordo com Batalha & Silva (2001), prevê a integração das áreas de suprimento, apoio a produção e distribuição física de uma empresa com seus parceiros de negócios a montante e a jusante. Por meio de transporte, processamento de pedidos e gestão de estoques, busca maximizar o desempenho logístico ao menor custo total. O autor Goebel (1996: p. 01) define logística como sendo: “[..] o conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem necessárias, de modo a facilitar o fluxo de produtos do ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, como também dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, obtendo níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo razoável”. A logística é um conjunto de atividades funcionais que é repetido muitas vezes ao longo do canal de suprimentos através do qual as matérias-primas são convertidas em produtos acabados e o valor é adicionado aos olhos dos consumidores (BALLO, 2001). Batalha & Silva (2001) apresentam que o sistema logístico estabelece a integração dos fluxos físicos e de informações, responsáveis pela movimentação de materiais e produtos, 6 Capítulo 2 Conceitos Gerais desde a previsão das necessidades para fornecimento de matéria-prima e componentes, passando pelo planejamento da produção e consequente programação de suprimento aos canais de distribuição para o mercado consumidor. Com isso definem-se as três áreas de atuação da logística em uma empresa, como sendo: A montante, o fornecimento de insumos ou logística de entrada, que diz respeito às operações e a troca de informação nos canais de fornecimento; Logística interna, de apoio a produção; A jusante, a distribuição dos produtos ou logística de saída, referente as operação e comunicação com os agentes dos canais de distribuição. A logística não é somente uma questão de técnica de armazenagem e de movimentação de embalagens e transportes, é também um método de direção e gestão o que co-determina o grau de utilização das instalações fabris, o volume de estoque, a disposição a fornecer e o serviço (MOURA, 1997). Bowersox (1986 apud Coronado, 2001: p. 136) apresenta o gerenciamento logístico como “um sistema lógico para guiar o processo de planejamento, alocação e controle dos recursos financeiros e humanos comprometidos com a distribuição física dando suporte a operações de produção e compras”. Porter (1985 apud Coronado, 2001) procura conceituar a logística em categorias interna e externa, que dependem da estratégia da empresa, conforme demonstrado na Figura 2.1. Figura 2.1. Logística interna e externa Fonte: MOURA (1997). A logística interna corresponde às atividades associadas ao recebimento, armazenamento e distribuição de insumos no produto, como manuseio de material armazenagem, controle de estoque, programação de frotas, veículos e devolução para fornecedores. Já a logística externa relaciona-se as atividades associadas à coleta, armazenamento e distribuição física do produto para compradores, como armazenagem de 7 Capítulo 2 Conceitos Gerais produtos acabados, manuseio de materiais, operação de veículos de entrega, processamento de pedidos e programação (PORTER, 1985 apud CORONADO, 2001). Pode ser visto pela figura 2.1, que o elemento de ligação é o armazém de produtos acabados, que pode ser considerado como parte de cada um dos dois setores, visto que constitui ao mesmo tempo a última etapa da produção e a primeira da distribuição, relata Moura (1997). Faria & Costa (2007), definem os três macro-processos da logística como sendo: Logística de abastecimento (ou produção); Logística operativa (ou armazenagem de produto acabado); e Logística de distribuição. A primeira engloba as atividades realizadas a colocar os materiais e componentes disponíveis à produção ou distribuição. A logística operativa envolve todas as atividades realizadas no suporte logístico à produção, envolvendo todo o fluxo de materiais e componentes na manufatura dos produtos em processo, até a entrega dos produtos acabados para a distribuição. Por fim, a distribuição é uma parte do composto de Marketing (produto, preço, promoção e distribuição), que no âmbito dos subprocessos de armazenagem e transporte busca uma forma estratégica de agregar valor ao cliente. Pires (2004), diz que é importante lembrar que, apesar do seu crescimento nas últimas décadas, de forma resumida os processos logísticos continuam sendo divididos em dois grandes componentes que são: (1) a gestão dos estoques (incluindo a armazenagem) e (2) a movimentação física dos materiais (transporte). Batalha & Silva (2001), separaram os componentes do sistema logístico de acordo com as atividades, que são: Básicas: transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos; De apoio: armazenagem, manuseio de maturais, embalagem, compras, programação da produção e previsão de necessidades. Moura (1997: p. 26), conceitua que “a logística consiste em dispor dos materiais necessários no momento apropriado e no lugar certo, ao menor custo global para a empresa”. Produtos e serviços não têm valor a menos que estejam sob a posse do cliente quando (tempo) e onde (lugar) eles desejam consumi-los (BALLOU, 2001). Com base neste conceito, Batalha & Silva (2001) dizem que o serviço logístico cria conveniência aos clientes e que o não atendimento do mercado representa perda de vendas e de clientes. Relata que as medidas de satisfação ao cliente referem-se à: disponibilidade do produto, competência e qualidade do serviço logístico. As medidas de disponibilidade medem a habilidade da empresa em disponibilizar os produtos, segundo uma base previsível, em face dos pedidos realizados. 8 Capítulo 2 Conceitos Gerais As medidas de competência refletem a habilidade da empresa em oferecer a entrega na velocidade e consistência prometidas ao cliente. Refletem o desempenho do ciclo dos pedidos, da flexibilidade da empresa nas respostas aos clientes e no tratamento de ocorrências não esperadas, como atendimento de pedidos urgentes. As medidas de qualidade representam a efetividade das ações da empresa no cumprimento das tarefas logísticas. Refletem a habilidade da empresa em fornecer informação consistente sobre os pedidos e de assistência ao cliente, quando o produto já esta em suas mãos (marketing de relacionamento). Um canal logístico é composto por um número de empresas independentes, que combinadas, são responsáveis pela entrega de sortimentos de produtos e matérias para o lugar certo e na data apropriada. Seu desempenho abrange cinco funções: ajuste, transferência, armazenagem e manuseio dos produtos e comunicação entre os agentes componentes (BATALHA & SILVA, 2001). Segundo Martins & Laugeni (2005) a nova visão de negócios tem feito com que as empresas focalizam o que se costuma chamar de core business ou negócio principal. Desta maneira nas empresas industriais o negocio principal é produzir os produtos e não distribuílos. Sendo assim as atividades logísticas transferidas a um novo ator que surge no cenário: o operador logístico2. Com o advento da gestão da cadeia de abastecimento, armazéns mudaram seu papel estratégico para atingir as metas logísticas de menores tempos de ciclo do pedido, menor nível de inventário, menores custos e melhor serviço ao cliente (COYLE et al, 1996 apud HSU et al, 2005). Portanto, neste trabalho enfatiza a função de armazenagem que segundo Batalha & Silva (2001), ocorre no canal logístico, associada à concentração, seleção e dispersão, realizada como antecipação a futuras transações comerciais. Também será importante relatar a função de movimento e manuseio do produto ou material, que segundo o mesmo autor, representa um dos componentes logísticos mais caros, principalmente se houver duplicação do esforço logístico. Para evitar-se duplicação de esforços, há necessidade de padronização das formas de unitização de carga no mesmo canal logístico, para que os mesmos procedimentos sejam usados nas operações de embarque e desembarque. 2 Operador logístico é uma empresa de prestação de serviços especializada em gerenciar e executar toda ou parte das atividades logísticas nas várias fases da cadeia de abastecimento agregando valor ao produto de seus clientes, (MARTINS & LAUGENI, 2005: p. 180). 9 Capítulo 2 Conceitos Gerais 2.3. Distinções entre armazenagem e estocagem Os termos “estocagem” e “armazenagem” são frequentemente usados para identificar coisas semelhantes. Mas, alguns preferem distinguir os dois, referindo-se aos produtos acabados como “armazenagem” e aos suprimentos, matérias-primas e materiais em processo como “estocagem”. Devido a estas discussões; algumas vezes, os termos usados são intercambiáveis (MOURA, 1997). Para Moreira (2009) entende-se por estoque quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques tanto os produtos acabados que guardam venda ou despacho, como matéria-prima e componentes que aguardam utilização na produção. Em geral, um item em estoque é definido como qualquer tipo de produto acabado, de parte fabricada ou comprada, ou de matéria-prima que integram o fluxo de materiais da empresa e devem ser identificados para fins de controle (STOCKTON, 1972). Costa (2002: p. 17) define estoque como sendo “todo sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de sua produção e/ou prestação de serviço”. Desta forma, Goebel (1996: p. 12) define a armazenagem como “a administração do espaço necessário para manter os estoques”. Moura (1997: p. 03) acrescenta que esta diz respeito “à estocagem ordenada e co-distribuição de produtos acabados dentro da própria fábrica ou em locais destinados a este fim, pelos fabricantes, ou através de um processo de distribuição”. Para Martins & Laugeni (2005: p. 262) “o armazenamento de materiais é uma atividade especializada e consiste em armazenar adequadamente os materiais para que seja possível sua rápida recuperação e a manutenção dos níveis de qualidade e para que a entrega seja facilitada”. Em resumo, segundo Moura (1997), a armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais. Já o estoque é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado à locação estática dos materiais. Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de estocagem. 10 Capítulo 2 Conceitos Gerais 2.3.1. Classificação de armazéns Para Van Den Berg & Zijm (1999) basicamente, pode-se distinguir três tipos de armazéns: Distribuição; Produção; e Contrato. Um armazém de distribuição é um armazém em que os produtos de diferentes fornecedores são recolhidos (e às vezes montados) para entrega a certo número de clientes. Um armazém de produção é utilizado para o armazenamento de matérias-primas, produtos semi-acabados e produtos acabados, em uma instalação de produção. Um armazém de contrato é um mecanismo que realiza as operações de estocagem em nome de um ou mais clientes. Para Rouwenhorst et al (2000) na função do armazém de produção as matérias-primas e produtos acabados podem ser armazenados por longos períodos. Isto ocorre, por exemplo, quando a aquisição do lote de itens recebidos é muito maior do que a produção do lote, ou quando o lote de produção excede a quantidade pedida de produtos acabados pelo cliente. O termo armazém de distribuição é utilizado principalmente para fazer contraste com um depósito. A diferença é questão de ênfase da importância das atividades de manutenção de estoques e do prazo de estocagem dos produtos. Um depósito implica que boa parte do espaço de armazenagem é reservada para estocagem semi-permanente ou de longo prazo (BALLOU, 2006). A função de um armazém de distribuição é estocar produtos para cumprir ordens de clientes externos, tipicamente composto por um grande número de linhas de ordens (onde cada linha especifica uma quantidade de um determinado item). O número de diferentes itens em um armazém de distribuição pode ser grande, enquanto as quantidades por linha de encomenda podem ser pequenas, que muitas vezes resulta em um complexo e, relativamente, oneroso processo de order picking3 (seleção de pedidos) (ROUWENHORST et al, 2000). Para saber como organizar os materiais em um sistema de armazenagem é necessário, primeiramente, identificar os itens que serão mantidos estocados (com suas referidas quantidades máximas) e classificá-los, pois isto implica a seleção dos métodos de estocagem e a forma de planejar os espaços necessários à sua estocagem e ao layout do sistema (SANTOS et al, 2008). No limite, os armazéns podem trabalhar exclusivamente no recebimento e embarque, eliminando as atividades de estocagem e separação de pedidos. Passam a ser conhecidos 3 Um produto é definido como um tipo de mercadoria, por exemplo, frascos de xampu uma determinada marca. Uma garrafa individual é chamada de item (ou Stock Keeping Units, SKU's) e a combinação de vários itens de vários produtos que são solicitadas por um cliente é chamado ordem ou pedido, (ROUWENHORST et al, 2000). 11 Capítulo 2 Conceitos Gerais como os armazéns de transito (cross docks), ou pontos de concentração (pool points). As mercadorias são ali transferidas diretamente das docas de chegada para as de embarque, sendo a estocagem escassa ou nula (BALLOU, 2006). 2.3.1.1. Classificação dos materiais Para Bowersox e Closs (2009) o projeto e a operação de armazéns estão diretamente relacionados com as características dos produtos. Estes devem ser analisados quanto às vendas anuais, estabilidade da demanda, peso, volume e embalagem, bem como o tamanho, volume e peso do pedido médio a ser processado no armazém, e também o projeto de layout, equipamentos de manuseio de materiais e procedimentos e controles operacionais. Os materiais podem ser agrupados de várias formas, conforme a visão de cada empresa, tais como: estado de conservação, utilização, natureza etc. Cada classificação deve atender aos objetivos desejados, sendo possível grande variação de classificações. A atividade de classificação é muito importante no momento do cadastro no sistema de controle do estoque, onde os materiais devem ser classificados em grupos e subgrupos (COSTA, 2002). Segundo Trigueiro (1996), é necessário que os materiais sejam classificados, a fim de facilitar a sua guarda e o seu controle. Para Moura (1997) as características físicas são geralmente o ponto mais importante e influenciam na classificação. A quantidade também tem muita importância, pois, as grandes quantidades de qualquer item são deslocadas de maneira diferente do que as pequenas quantidades. 2.3.1.2. Codificação dos materiais Após projetar a área de estocagem dos itens, deve ser estabelecido um sistema que indique onde o material está estocado, um endereço que informe facilmente onde o encontrar (SANTOS et al, 2008). Codificar materiais consiste em criar uma representação numérica, alfabética ou alfanumérica que substitua as especificações dos produtos. Esta codificação deve facilitar a operação e o controle dos estoques, assim como se ajustar à cultura de gestão e ao ramo de atividade da empresa. Seu objetivo é atender à gestão, sem fugir das normas de classificação e de codificação. Um sistema adequado e funcional de codificação deve levar em consideração (COSTA, 2002): A variedade e diversidade dos produtos estocados; 12 Capítulo 2 Conceitos Gerais A filosofia da empresa no tratamento dos estoques; A necessidade de agrupamento de materiais conforme suas características; A adequação à estratégia operacional da empresa; A propriedade na distribuição dos grupos e subgrupos; A necessidade de clareza na emissão dos relatórios. A codificação de materiais mais frequentemente adotada é a que classifica os materiais em grupos ou famílias, subgrupos, classes, números sequênciais e dígitos de controle (MARTINS & LAUGENI, 2005). Além da codificação do material, pode-se codificar a localização em que este encontra-se estocado. Os autores Li et al (2009), relatam que os locais de estocagem no armazém pode ser codificado em matriz p×q, como na figura 2.2. Na matriz, ij significa que o produto é armazenado na posição (i, j) do rack (prateleira), ou seja, descreve a localização de armazenamento dos produtos. Figura 2.2 - Código de localização no armazenamento pela matriz Fonte: LI et al (2008). Por exemplo, o item 13 na matriz, da Figura 2.2, expressa que o produto está localizado na terceira coluna e segunda linha. Cada nova configuração de colocação de produtos no armazém corresponde a uma permutação da matriz original. Falando em codificação (identificação), para Jahn et al (1999) usá-la de forma automática tem como principais vantagens a redução dos custos, informações mais rápidas e precisas, diminuição do número de empregados, redução dos erros, e manipulação de grande quantidade de produtos. Enfim, torna a operação mais eficiente, lucrativa e competitiva. Alguns exemplos destas identificações são: código de barras; cartão magnético; rádio frequência; e reconhecimento por voz. 2.3.2. Funções do sistema de armazenagem Os requisitos básicos nas operações de armazenamento são: receber as Unidades Estocadas (SKUs - Stock Keeping Units) de fornecedores, armazenar as SKUs, receber 13 Capítulo 2 Conceitos Gerais encomendas de clientes, recuperar as SKUs e retini-los para embarque, expedição completa da encomenda dos clientes (GU et al, 2007). Moura (1997) divide os armazéns em: primários, produtos acabados e intermediários. Nos primários tem-se aqueles com a finalidade, de acordo com a empresa, de estocar materiais para a linha de produção, sendo divididos em almoxarifados de materiais de uso comum e de matérias-primas e embalagens. O armazém de produtos acabados é destinado à guarda dos produtos saídos da linha de produção, que são estocados para atender a demanda. Paralelamente a estes dois tipo pode haver o intermediário, ou de produtos semi-acabados, que não podem ser comercializados diretamente, constituindo-se em um passo intermediário na linha de produção. Para Ballou (2006) o sistema pode ser dividido em duas funções principais: guarda dos produtos (estocagem) e manuseio dos materiais. A estocagem é simplesmente a acumulação de produtos que ocorre com o passar do tempo. No interior do armazém, as atividades de movimentar e armazenar são repetitivos e análogos as atividades de movimentação e armazenagem que ocorrem, nos vários níveis do canal de suprimentos. 2.3.2.1. Razões para estocar Do ponto de vista da logística, decisões que envolvem estoques são de alto risco e de alto impacto. O comprometimento com determinado nível de estoque e subseqüente expedição de produtos para mercados, em antecipação a vendas futuras, acarretam várias atividades logísticas (BOWERSOX & CLOSS, 2009). A armazenagem de mercadorias, prevendo seu uso futuro, exige investimento por parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição (SANTIN et al, 2004) Para Slack et al (2008) não importa o que esta sendo armazenado como estoque, ou onde ele esta posicionado na operação, ele existira porque há uma diferença de ritmo (ou de taxa) entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca necessitaria ser estocado 14 Capítulo 2 Conceitos Gerais Ballou (2006) relata quatro razões básicas para que se use espaço de estocagem: 1) reduzir os custos de transporte e produção; 2) coordenar oferta e demanda; 3) assessorar no processo de produção; 4) colaborar no processo de comercialização. Redução dos Custos de Transporte/Produção: A armazenagem e o estoque associado são despesas adicionadas, mas podem ser compensadas pelos custos menores obtidos a partir do aumento da eficiência no transporte e na produção. Coordenação da Oferta e Demanda: Empresas que trabalham com produção altamente sazonal, e com uma demanda razoavelmente constante, têm problemas para coordenar oferta e demanda. Por isto normalmente produzem a um nível constante durante o ano a fim de minimizar os custos de produção e acumular os estoques necessários para suprir a demanda durante uma temporada relativamente curta de vendas. Materiais e produtos que sofrem amplas variações de preços podem incentivar uma empresa a fazer compras antecipadas para garantir seu suprimento e obter menores preços. Necessidades de Produção: A armazenagem pode fazer parte do processo de produção. Itens como queijos, vinhos e bebidas alcoólicas precisam de tempo de envelhecimento. Considerações de Mercado: A armazenagem é utilizada para dar valor a um produto. Ou seja, ao armazenar um produto perto dos clientes, o tempo de entrega é em geral reduzido e/ou a disponibilidade fica facilitada. Há melhoria do serviço ao cliente pela entrega mais rápida e fator de peso no aumento das vendas. Trigueiro (1996) enfatiza que uma armazenagem desordenada aumenta o custo da mão-de-obra. Mas, a armazenagem ordenada, além de reduzir o custo da mão-de-obra, facilita o manejo dos estoques. Segundo Bowersox & Closs (2009) a natureza e a extensão dos riscos variam dependendo da posição da empresa no canal de distribuição. Ele relata os canais de produção, atacado e varejo. Produção: os riscos de manutenção de estoque são de longo prazo. Os investimentos começam com a matéria-prima e componentes, passando para estoques em processo e termina em produtos acabados. Embora os fabricantes tenham linhas de produtos menores do que os atacadistas e varejistas, seu investimento em estoque é relativamente de maior profundidade e de longa duração; Atacado: a exposição dos atacadistas ao risco é menor que a dos fabricantes, mas é mais profunda e de mais longa duração do que a dos varejistas. Geralmente, compram 15 Capítulo 2 Conceitos Gerais grandes quantidades dos fabricantes e vendem pequenas quantidades aos varejistas. A clientela varejista forçou um aumento substancial do sortimento e da duração do estoque dos atacadistas, por meio da redução de seu próprio estoque, transferindo aos atacadistas a responsabilidade de mantê-los. Varejo: compram uma ampla variedade de produtos e assumem riscos substanciais no processo de comercialização. Por isso pode ser considerado risco de estoque amplo, mas não profundo. Isto porque o varejo assume riscos com muitos produtos, mas o risco relativo a cada produto individualmente é baixo e facilmente diluído nas quantidades vendidas. Para Hong (1999) o controle de estoque exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais e têm o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera ativo e economiza o custo de manutenção do inventário4. 2.3.2.1.1. Tipos de Estoques De acordo com Moura (1997) a estocagem em uma empresa pode ser centralizada ou descentralizada. Na centralizada todas as peças usadas na fábrica são estocadas em uma central, até que sejam usadas. Na descentralizada são utilizados vários pequenos almoxarifados, tornando as distâncias de suprimento/re-suprimento menores. Para o autor, as vantagens inerentes à estocagem centralizada devem-se ao melhor controle, melhor disposição dos locais de armazenagem, utilização mais eficiente dos espaços e redução dos custos administrativos do armazém. Já as desvantagens são decorrentes, em grande parte, da qualidade da prestação de serviços aos clientes, como, por maior tempo necessário ao suprimento, e consequentes atrasos, obrigando os clientes a anteciparem seus pedidos e/ou solicitar uma quantia suplementar, prevendo estas falhas. Na literatura, os estoques, sejam centralizados ou descentralizados, podem ainda ser divididos em tipos segundo sua função, que são: Estoque de produção e processo; Estoque Estratégico; Estoques de organização; e Estoque Especulativo. 4 Planejamento do inventário de gestão/produção decide quais os produtos devem ser guardados no armazém, e em que quantidades. A atribuição do local no armazenamento local decide onde os produtos estão sendo armazenados, (VAN DER BERG & ZIJM, 1999). 16 Capítulo 2 Conceitos Gerais O estoque de produção e processo é o tipo de estoque que os contadores intitulam de produção e processo, nos balanços. Ele surge porque as operações de produção e transporte tomam certo tempo para serem realizadas (STOCKTON, 1972). Já o estratégico é aquele mantido visando à preparação de uma campanha de vendas ou para cobrir uma interrupção da produção (mudança de uma fábrica) (MOURA, 1997). Os estoques de organização têm como principal função separar ou isolar as operações umas das outras (STOCKTON, 1972). Dentro desta categoria geral, surgem três tipos distintos de estocagem: Estoques de dimensão de suprimento econômica ou estoques de ciclo: As unidades, não necessárias no momento, são simplesmente estocadas em vários pontos de estocagem, a fim de atender as futuras demandas. Estoque de Segurança: Esses estoques são aquelas poucas unidades a mais, mantidas fisicamente disponíveis em um ponto de estocagem, para prever o caso em que a demanda excede a expectativa. Estoque Sazonal: Algumas vezes, a demanda e a capacidade de produção estarão, temporariamente, desequilibradas. Quando tais períodos podem ser previstos, substanciais incrementos aos estoques podem ser planejados com antecedência. E por último o estoque especulativo existe em razão de variações de preço no mercado. Uma empresa pode comprar grandes quantidades de um produto específico se é esperado que seu preço suba no curto prazo. Este tipo de estoque é comum em economias inflacionária (GARCIA et al, 2006). Uma compreensão completa dos diferentes tipos de estoques e das características de cada um é essencial na tomada de decisões no sistema de armazenagem. 2.3.2.2. Funções de manuseio dos materiais Para Ballou (2006) os objetivos do estudo do manuseio de materiais é reduzir o custo do manuseio e aumentar o espaço utilizável. O manuseio de materiais em um sistema de armazenagem é representado por três atividades principais: carga e descarga; movimento para e da estocagem; e atendimento dos pedidos. Carga e Descarga: A primeira e a última das atividades na cadeia de eventos de manuseio dos materiais são a carga e a descarga. A carga é similar a descarga, no entanto, o ponto de carga comporta várias atividades adversas às de descarga, como 17 Capítulo 2 Conceitos Gerais verificação final das condições do conteúdo do pedido, e , em alguns casos, esforços adicionais para prevenir danos aos produtos. Movimentação para/da estocagem: Entre os pontos de carga e descarga há produtos que chegam a ser movimentados diversas vezes ao longo de sua permanência de estocagem. Atendimento dos Pedidos: O atendimento dos pedidos é a seleção dos estoques das áreas de armazenagem de acordo com as ordens de venda. Lidar com pedidos de pequeno volume exige muita mão-de-obra e custa mais do que outras atividades de manuseio de materiais. As movimentações podem ser parametrizadas por métodos como FIFO (First-in Firstout) ou LIFO (Last-in First-out), como relata Costa (2005). De acordo com Batalha & Silva (2001) cada operação de manuseio tem um custo único e separado que é adicionado ao custo logístico total na cadeia de suprimento. Segundo Bowersox & Closs (2009) a economia de escala na movimentação é obtida quando todas as atividades são executadas com a maior quantidade possível de produtos. Em vez de movimentar caixa por caixa, as atividades de armazenagem devem ser programadas para movimentar grupos de caixas, em paletes ou em contêineres. 2.3.2.2.1. Unitização da Carga De acordo com Goebel (1996) a unitização corresponde à transformação de mercadorias com dimensões menores em uma única unidade com dimensões padronizadas, o que facilita as operações de armazenagem e movimentação da carga sob a forma mecanizada. As formas primárias de unitização permitem aproveitar a infra-estrutura existente e incluem a utilização de “paletes”, “marino-slings” e mais recentemente o “big-bag”. Paletes - são plataformas de madeira, com dimensões padronizadas, sustentadas por pés ou vigas de madeira, nas quais as mercadorias são empilhadas. Marino-slings - são cintas de material sintético, que formam uma rede, com dimensões padronizadas, geralmente utilizadas para sacaria. Big-Bag - são sacos de material sintético, com fundo geralmente circular ou quadrado, utilizados freqüentemente para produtos industrializados em grãos e pós, em substituição a sacaria. 18 Capítulo 2 Conceitos Gerais À medida que aumenta o tamanho da carga, menor vai se tornando o número de viagens necessárias para estocar uma determinada quantidade de mercadorias e maior se revela a economia de custos, visto que o número de viagens relaciona-se diretamente com o tempo de trabalho (BALLOU, 2006). 2.4. Síntese conclusiva Neste capitulo foi possível ver que a logística começou a ser utilizada pelas empresas somente após a II Guerra Mundial. No qual o serviço logístico criou conveniência aos clientes, onde o não atendimento do mercado representa perda de vendas. Por meio de transporte, processamento de pedidos e gestão de estoques, busca-se maximizar o desempenho logístico ao menor custo total. A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais da logística. O elemento de ligação entre a logística interna e externa é o armazém de produtos acabados, visto que constitui ao mesmo tempo a última etapa da produção e a primeira da distribuição. Neste contexto pode-se definir a armazenagem como a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais. Já o estoque é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado à locação estática dos materiais. Por fim, para uma empresa o ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como não é possível prever com exatidão a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição. 19 Capítulo 3 Conceitos Específicos 3. CONCEITOS ESPECÍFICOS Neste capítulo estão relatados os temas que são mais relevantes para a formulação e posterior modelagem do problema proposto, que será apresentado no Capitulo 4. Os principais temas abordados aqui são: Administração da armazenagem; Custos de armazenagem e estocagem; Sistema de localização de estoque; Layout do armazém; Order Picking; e Modelagem. 3.1. Administração da armazenagem Segundo Bowersox & Closs (2009) em muitos projetos de sistemas logísticos, o armazém é considerado mais uma instalação de processamento do que um local de guarda de mercadorias. A figura 3.1 apresenta algumas das funções que podem ser desempenhadas por um depósito/ armazém. Figura 3.1 - Atividades que um armazém pode executar Fonte: Adaptado de Bowersox & Closs (2009). Resumidamente, como o nome já diz a consolidação é a agregação dos produtos antes da expedição; o sortimento faz o mix dos produtos para depois expedi-los; a separação recebe cargas completas de uma empresa com vários produtos e os separa de acordo com o pedido de cada cliente; e por fim, o apoio à produção armazena as matérias-primas necessárias à produção de outros produtos. Frazelle et al (2002 apud Li et al, 2008), dizem que as decisões sobre o estoque em armazenagem influenciam quase todos os principais indicadores de desempenho do armazém 20 Capítulo 3 Conceitos Específicos tais como tempo e custo de order picking, produtividade, expedição e exatidão no inventário, e densidade de estoque. A administração do sistema de armazenagem deve propiciar a integração do fluxo de materiais e informações em todas as suas atividades operacionais. A parte de estocagem trata das questões de endereçamento e localização dos materiais, e essa decisão possui uma influência vital sobre como o espaço efetivamente deve ser utilizado (SANTOS et al, 2008). Segundo Goebel (1996) o funcionamento adequado do armazém exige que o mesmo disponha de um sistema rápido para transferência da carga, da origem dos produtos até o seu destino, imobilizando o veículo durante o menor tempo possível. Para Daniels et al (1998) as mudanças na demanda, e a consequente redistribuição de espaços no armazém, muitas vezes necessitam de circulação do estoque que podem causar graves perturbações nas operações do armazém, especialmente quando o armazém é muito utilizado. De acordo com Moura (1997) o mau aproveitamento do espaço industrial tornou-se um comportamento antieconômico. Assim, um dos objetivos da administração da armazenagem é maximizar o espaço disponível nas três dimensões do prédio: comprimento, largura e altura. O planejamento apropriado ajuda a efetuar a movimentação e a armazenagem eficientes e, no final, resulta em despesas operacionais menores. De acordo com Lacerda (2000 apud Ribeiro et al, 2005) as operações de armazenagem sãp: recebimento, posicionamento, estocagem, picking e expedição. Para o Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais (IMAM, 2000 apud Ribeiro et al, 2005) pode-se acrescentar ainda outras três funções à armazenagem, são elas: logística de produção, distribuição e serviço ao cliente. Uma ordem enumera os produtos e as quantidades solicitadas por um cliente ou por uma produção/montagem de trabalho, no caso de um centro de distribuição ou armazém de produção, respectivamente. Quando uma ordem contém vários SKUs, estes devem ser acumulados e ordenados antes de serem transportados para a área de expedição ou ao fluxo de produção. A acumulação e triagem podem ser realizadas durante ou após o processo de orderpicking (VAN DEN BERG & ZIJM, 1999). A maioria das atividades de movimentação de materiais é de intensiva e repetitiva mão-de-obra. Daqui resulta que a localização do estoque e as operações de picking no armazém afeta diretamente o total dos custos de movimentação de materiais. O principal objetivo do problema de localização do estoque é minimizar o total da distância ou tempo de trajeto em todo o armazém (LIU, 1999). 21 Capítulo 3 Conceitos Específicos 3.1.1. Custos de armazenagem Segundo Bowersox (1996 apud Coronado, 2001: p. 137), “a responsabilidade operacional da logística é o posicionamento dos estoques, das matérias-primas, produtos em processos e produtos acabados onde requeridos, ao mais baixo custo possível”. Ao armazenar produtos, a empresa necessita de uma estrutura capaz de absorver estes materiais. Logicamente, esta estrutura acarretará em alguns custos diretamente relacionados ao tipo de material estocado, seu volume, área por ele ocupada, mão-de-obra empregada, manutenção da estrutura física do prédio, custo unitário etc. Ao somatório destas despesas chamamos custos de armazenagem (COSTA, 2002). O desafio logístico concentra-se no fato dos custos das atividades não caminharem no mesmo sentido, ou seja, à medida que os custos correspondentes a uma atividade crescem, há uma compensação, de modo que os custos de outra operação, vinculada à mesma atividade logística diminuem. Um exemplo prático é que à medida que se aumenta o número de depósitos, os custos de transporte caem e o custo de manutenção dos estoques aumenta. A questão chave consiste em encontrar o ponto de equilíbrio, isto é, o nível para o qual o conjunto dos custos apresenta o ponto mínimo (GOEBEL, 1996). Segundo Costa (2002) quanto maior a quantidade estocada, maior será o custo, porém, isto é atenuado com a diluição de outros custos, principalmente os fixos, pelo total de unidades estocadas. Na tentativa de diminuir o total de inventário, muitas empresas substituem vários centros de distribuição (DCs), relativamente pequenos, por um pequeno número de grandes DCs com uma ampla rede de distribuição (VAN DEN BERG & ZIJM, 1999). No que diz respeito aos custos de armazenagem, segundo Faria & Costa (2007), é imprescindível verificar se a movimentação de materiais e produtos é necessária. Normalmente, considera-se que esta atividade não agrega valor ao produto, portanto essas operações devem ser mantidas em nível mínimo. Para itens de baixo valor unitário, a proporção dos custos de manuseio e movimentação, em relação ao custo total, pode ser significativa e deve ser minimizada, para evitar desperdícios. Assim, segundo Ballou (2006), busca-se um equilíbrio entre os custos do manuseio dos materiais e a utilização do espaço do armazém. No layout de um armazém, à medida que o giro dos produtos aumenta, os corredores tenderão a se tornar mais largos e a altura dos empilhamentos diminuirá. Isso contribui para reduzir o tempo gasto em colocar e retirar os produtos estocados. Outra prática comum para reduzir custos de movimentação de materiais e 22 Capítulo 3 Conceitos Específicos aumentar assim a vazão do sistema de armazenagem, relatada por Pan & Liu (1995), é agrupar várias pequenas encomendas (ordens) em uma unidade de carga, ou um lote. O uso da automação é encarado, frequentemente, como um meio para reduzir custos trabalhistas em movimentação de materiais, mas muitas empresas continuam utilizando uma order picking manual devido à variabilidade na SKU (forma e tamanho, a variabilidade da procura, a sazonalidade dos produtos), ou os grandes investimentos necessários para automatizar a empresa, relatam Petersen & Aase (2004). Para a determinação da política de estoque, há três classes gerais de custos que são importantes: os custos de aquisição, de manutenção e de falta de estoques. Os custos de aquisição são, quase sempre, uma significativa força econômica que determina as quantidades de reposição. Ao se solicitar uma reposição de estoque, incorre-se em uma variedade de custos relacionados ao processamento, preparação, transmissão, manutenção e ao pedido de compra (BALLOU, 2006). Para Garcia et al (2006) os custos de manutenção são custos proporcionais à quantidade estocada e ao tempo que esta permanece em estoque. Um dos custos de estoque mais relevantes e o custo de oportunidade do capital. Este representa a perda de receita por ter o capital investido em estoques em vez de outra atividade econômica. Outros custos relativos à manutenção de estoques são: manuseio de materiais, o uso de espaço, seguros, obsolescência e perecibilidade. Uma simplificação usual e considerar o custo de manutenção de estoques de um produto como uma fração de seu valor unitário. E por fim, os custos de falta podem representar tanto vendas perdidas, (porque o cliente cancelou o pedido do item que está em falta, o que pode repercutir tanto a curto como a longo prazo), como atrasos, o que geralmente resulta em custos adicionais tanto para fornecedor como cliente, para reprogramar o atendimento das suas necessidades (GOEBEL, 1996). Existem situações onde o custo do espaço é significativo vis-à-vis o custo de picking e, portanto, políticas de alocação de produtos classes base podem oferecer redução de custos através da poupança do espaço. Além disto, há o custo de oportunidade para o espaço quando uma empresa poderia utilizar o espaço produtivo de alguma outra forma (KRAJEWSKI & RITZMAN, 2002 apud MUPPANI & ADIL, 2008b). De acordo com Faria & Costa (2007) os custos de vendas perdidas (custo de faltas/rupturas ou stockuts), que não se concretizaram em razão de falhas logísticas, podem ter ocorrido em função de um problema na gestão dos estoques, tal como uma falta de mercadorias; no transporte; atrasos por falhas na distribuição; cancelamento de pedidos por 23 Capítulo 3 Conceitos Específicos atendimento insatisfatório; em devoluções por erros do pedido ou outros problemas operacionais. 3.2. Locação no estoque A função da atividade de estocagem é guardar, proteger e preservar o material, até que o mesmo seja requerido para uso. Uma maneira de se ter uma operação eficiente são o planejamento e o layout apropriado das dimensões da área de estocagem (MOURA, 1997). Segundo Frazelle (2002 apud Muppani & Adil, 2008a) o local na cessão de armazenamento influencia quase todos os principais indicadores de desempenho da armazenagem, incluindo tempo e custo de order-picking (seleção de pedidos), produtividade, transporte e precisão de registros, e densidade de armazenamento. De acordo com Hong (1999) as empresas não estão utilizando os seus espaços da melhor forma, o que acarreta maior custo e aumento no preço final, sendo ambos repassados para os consumidores finais. 3.2.1. Layout do armazém Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel importante está reservado ao arranjo físico ou layout de armazenagem. Fazer o arranjo físico de uma área de armazenagem é planejar e integrar os caminhos dos componentes de um produto ou serviço, a fim de obter o relacionamento mais eficiente e econômico para a organização (COSTA, 2005). De acordo com Viana (1998 apud Freitas et al, 2006) o layout é o arranjo de homens, máquinas e materiais; é a integração do fluxo típico de materiais, da operação dos equipamentos de movimentação, combinados com as características que conferem maior produtividade ao elemento humano; isto para que a armazenagem de determinado produto se processe dentro do padrão máximo de economia. Segundo Moura (1997) o objetivo de um layout eficiente é uma maior velocidade do fluxo dos materiais e uma redução dos tempos de trabalho. A eliminação dos tempos ociosos e das zonas de estocagem pouco eficientes pode permitir a economia, direta ou indireta, de horas de mão-de-obra ou de utilização das instalações, com a consequente redução dos custos. Um esquema para classificar o design de armazéns e operação de planejamento de problemas é mostrado na figura 3.2. O recebimento e expedição é a interface de um armazém 24 Capítulo 3 Conceitos Específicos para o fluxo de materiais (entrada e saída). A estocagem está preocupada com a organização das mercadorias detidas no armazém, na melhoria do uso do espaço e na facilidade na movimentação dos materiais. Mercadorias em estoque podem ser organizadas em diferentes departamentos (GU et al, 2007). É uma prática comum em armazéns, criar uma separação física compacta à frente (“fast picking”), próxima a I/O, área para alta demanda por picking, ou seja, produtos de movimentação rápida. Isto reduz os custos de order picking, mas à custa de requerimento adicional de material para manutenção do reabastecimento da área reservada à frente. Além disso, o tamanho da área em frente normalmente é limitado, isto cria uma necessidade de determinar que SKU’s devem ser armazenadas nesta área e em que quantidade (GU et al, 2007). Figura 3.2 - Quadro de design e operações de um armazém Fonte: Adaptado de GU et al (2007). Na busca da eficiência interna, é importante que se analise se o atual arranjo físico do armazém não está operando como um gargalo para tal, bem como verificar se os recursos 25 Capítulo 3 Conceitos Específicos disponíveis (mão-de-obra e equipamentos de movimentação) são suficientes para um atendimento rápido e eficiente das operações logísticas (FREITAS et al, 2006). Segundo Ferreira (1998 apud Ribeiro et al, 2005) deve ser criado mecanismos internos que permitam a identificação dos itens mais populares, de forma a assegurar que estes sejam estocados em locais o mais próximo possível das áreas de expedição, reduzindo o custo homem-hora, com caminhada desnecessária pela área de estocagem. Para Moura (1997) a localização do estoque é o problema de decidir sobre o layout físico da mercadoria, para minimizar as despesas de movimentação de materiais, obter a máxima utilização do espaço do armazém e satisfazer certas restrições à localização do produto, tais como segurança, compatibilidade e necessidades de separação de pedidos. O layout físico das mercadorias de um armazém deve ser avaliado com base em ponto como: Intensidade de Uso: reconhece que os produtos têm índices diferentes de movimentação e que o custo de movimentação de materiais se relaciona com a distância percorrida para localizar e remover o estoque. Deve estocar as mercadorias de maior rotatividade o mais perto possível do ponto de uso e as de menor rotatividade no espaço mais profundo possível. Semelhança: Os itens recebidos e expedidos juntos devem ser estocados próximos, bem como os itens que possuem uma forte correlação com respeito ao tipo. Tamanho: Estocar mercadorias pesadas, volumosas/pequenas e de difícil movimentação, próximas ao seu ponto de uso. Os itens pesados devem ser estocados em áreas com teto baixo e os leves e de fácil movimentação em áreas com alto pédireito. Não ver somente o tamanho dos itens individuais, mas o tamanho do estoque total de um item. Características dos Materiais: Propiciar um layout eficiente, com técnicas de estocagem, para maximizar a utilização do espaço para itens com formatos diferentes e compressíveis. Utilização do Espaço: Conservar o uso do espaço ao maximizar a concentração das mercadorias na estocagem, maximizar a utilização do espaço cúbico e minimizar as perdas nos vãos de estocagem. Os corredores devem ser retos, e os principais corredores devem levar até às portas de entrada e saída. Os corredores devem ter largura suficiente para permitir uma operação eficaz, sem desperdício de espaço. A eficiência das operações de movimentação e armazenagem depende do grau de planejamento do layout. O layout é uma estrutura que já foi bastante ignorada por seus 26 Capítulo 3 Conceitos Específicos administradores, sendo considerado secundário nos seus planejamentos. Hoje, o meio empresarial concebe que não se pode obter eficiência nas operações logísticas, sem que haja um arranjo físico bem planejado da área do armazém (FREITAS et al, 2006). 3.2.2. Sistema de localização de estoque O principal objetivo da utilização de um sistema, ou da combinação de sistemas de localização de materiais, é estabelecer os parâmetros para a perfeita identificação e facilidade de localização dos itens estocados. Como existem vários sistemas de localização de estoque, para se estabelecer qual deles será mais adequado é necessário estar atento aos fatores indicadores desta questão, que são: o tipo dos produtos estocados, os tipos de instalações necessárias, os tipos de processamento e o tamanho dos pedidos (SANTOS et al, 2008). Para Gu et al (2007) diferentes estratégias de armazenamento podem ser usadas. A seleção de qual estratégia de armazenamento usar é considerada um problema de design. No entanto, a implementação de cada estratégia de armazenamento é uma questão operacional. Uma atribuição do local de armazenamento está sujeita a critérios de desempenho e limitações, tais como: Capacidade e eficiência de armazenamento; Picker capacidade e eficiência, baseia-se no tempo de ciclo picker; Tempo de resposta; A compatibilidade entre produtos e locais de armazenamento e da compatibilidade entre os produtos. Política recuperação de itens, tais como FIFO, LIFO, BFIFO (batch first-in, first-out)5. Ao utilizar a política BFIFO, os itens que chegaram ao mesmo lote de reabastecimento são considerados equivalentes. Três categorias de localização de produtos em estoque, são apresentadas por Hausman et al (1976 apud Li et al, 2008), que são: estocagem dedicada ou fixa; estocagem variável ou randomizada; e estocagem classe-base. Para Muppani & Adil (2008a) se apenas o custo da seleção de pedido for considerado a política da localização fixa (dedicada) pode produzir 5 FIFO significa primeiro que entra, primeiro que sai; LIFO é o ultimo que entra, primeiro que sai; e BFIFO lote que entra primeiro, sai primeiro. 27 Capítulo 3 Conceitos Específicos menor custo. Mas se apenas o custo do espaço for considerado a localização aleatória trará menores custos. Segundo Santos et al (2008), pode haver ainda o método de localização combinado (fixa e aleatória), quando a empresa operar com dois tipos de comportamento de itens, um que varia por estação e tendências da moda e os de demanda permanente e pouco variável, visando melhor aproveitar o espaço físico disponível para estoque. Diante disto, é preciso definir os itens de localização fixa ou variável. Rouwenhorst et al (2000) citam outras políticas de armazenagem, que incluem estoque correlacionado ou agrupamento familiar, com o objetivo de armazenar produtos em posição próxima se eles são muitas vezes exigido simultaneamente. 3.2.2.1. Sistemas com localização definida ou fixa A política de armazenamento dedicado prescreve uma localização específica que cada SKU deve ser armazenada (ROUWENHORST et al, 2000), não se pode guardar nenhum outro item ali, mesmo que ele esteja vazio. Para maximizar a reposição, usando a estocagem fixa, é preciso designar as SKU’s para os locais de estocagem, com base na proporção da sua atividade em relação ao número de espaços vazios. A SKU com a proporção mais alta é designada para os espaços vazios à frente. Assim, os itens de “movimentação rápida” estão na frente e os de “movimentação lenta” estão atrás, e a reposição/retirada é maximizada (MOURA, 1997). 3.2.2.2. Sistemas com localização aleatória Utilizada em armazéns por motivo da necessidade da otimização da área de armazenamento. Os materiais são colocados nos espaços livres existentes. Alguns programas de controle de estoque, no momento da entrada dos produtos, indicam os espaços livres, onde os lotes serão colocados (COSTA, 2002). Quando os produtos são estocados no esquema aleatório, eles ocupam menos espaço. Como o estoque é reduzido, estes poucos boxes estão disponíveis para outros produtos. A estocagem em localizações aleatórias favorece o bom uso do espaço (alta densidade), mas requer a manutenção de um registro adequado de informações (MOURA, 1997). 28 Capítulo 3 Conceitos Específicos 3.2.2.3. Sistemas com localização classe-base As localizações variáveis e dedicadas são casos extremos de classe-base, na qual o primeiro considera uma única classe e o segundo considera uma classe para cada item, (HAUSMAN et al, 1976 apud MUPPANI & ADIL, 2008a). Uma política de armazenamento de classe base (ABC zoneamento) aloca zonas a grupos específicos de produtos, muitas vezes baseadas em sua taxa de rotatividade (ROUWENHORST et al, 2000). Segundo Muppani & Adil (2008b) a implementação da classe-base de atribuição da localização de armazenamento envolve determinar número de classes, produto atribuídos às classes e locais de armazenamento para cada classe. Para Gu et al, (2007), a exigência de espaço de armazenamento e custo de manuseio do material em um armazém são significativamente afetadas pela implementação da classe base de armazenamento. Ferreira (1998 apud Ribeiro et al, 2005) afirmam que é usual a armazenagem de mais de um item em uma mesma localização, como tentativa de melhor aproveitamento da área de armazenagem. Para Ballou (1992 apud Liu, 1999) em termos de layout da localização do estoque, itens podem ser agrupados de acordo com critérios de sua complementaridade, compatibilidade, e popularidade. Complementaridade remete à idéia de que muitas vezes itens solicitados em conjunto devem ser localizados perto uns aos outros. Compatibilidade é saber se os itens podem ser localizados, praticamente, ao lado uns dos outros. Layout por popularidade é para reconhecer que os produtos que tenham diferentes taxas de rotatividade em um armazém, e os itens que requerem um grande número de viagens deve ser localizado próximo ao ponto de saída. Um critério muito utilizado para atribuir classes de locais de armazenamento aos produtos é o índice Cube-per-ordem (COI), proposto por Hesket em 1963. O índice COI captura a popularidade do item e sua condição de espaço de armazenamento, expressado pela razão entre o espaço de armazenamento necessário (cubo) por SKU e pela frequência (demanda) da SKU nas ordens (HESKET, 1963 apud BRYNZÉR & JOHANSSON, 1996). Para Jane & Laih (2005) a regra do COI classifica os itens em uma ordem ascendente do índice para, em seguida, atribuí-los aos locais no sentido mais próximos dos pontos I/O, a fim de reduzir o custo com order picking. A política de atribuição COI é justificável, pois, o agrupamento de acordo com as características individuais dos componentes muitas vezes requer um longo tempo de picking. A razão é que os componentes a serem incluídos na mesma ordem têm muitas características diferentes, o que poderia levar à componentes estarem espalhados por uma grande área 29 Capítulo 3 Conceitos Específicos geográfica. No entanto, o longo tempo de picking, não depende só da distância, mas também sobre o fato dos componentes não serem colocados em uma ordem lógica do ponto de vista dos pickers. Isto resulta em um tempo mais longo para encontrar e identificar os componentes a serem colhidos (BRYNZÉR & JOHANSSON, 1996). 3.2.2.3.1. Classificação ABC Uma abordagem usual para o agrupamento de SKU’s é a classificação ABC. Esta é baseada na lei de Pareto, que diz que em muitas situações uma pequena parte de um grupo representa a maior parte de certa característica (GARCIA et al, 2006). O processo de classificação consiste em identificar e escalonar os itens em classes A, B e C, de acordo com o volume financeiro que cada um representa nas movimentações da empresa. Este escalonamento permite que o administrador trace estratégias de gerenciamento e controle dos materiais, administração de vendas, realização de inventários parciais e gerais, gerenciamento de compras, previsão de materiais, planejamento da produção, atendimento a clientes, negociação com fornecedores etc. (COSTA, 2002). Segundo Martins & Laugeni (2005) em virtude de não existirem critérios universalmente aceitos para a divisão das classes, costuma-se adotar critérios similares ao exposto a seguir: Classe A: constituída por poucos itens (até 10% ou 20% dos itens), o valor de consumo acumulados (demanda) é alto (acima de 50% até 80% em geral); Classe B: formada por um número médio de itens (20% a 30% em geral), apresenta um valor de consumo acumulado ao redor de 20% a 30%; Classe C: constituída por um grande número de itens (acima de 50%), o valor de consumo acumulado é baixo (5% a 10%). A figura 3.3 demonstra graficamente o que foi explicado anteriormente por Martins & Laugeni (2005) sobre a classificação ABC. Além da visualização da porcentagem dos itens pertencentes a cada classe, pode ser visto o grau de movimentação dos itens pertencentes a cada classe, ou seja, a demanda anual, que é: alta movimentação na classe A, média na classe B e baixa movimentação dos itens da classe C. 30 Capítulo 3 Conceitos Específicos Figura 3.3. Curva ABC baseada na demanda anual em valor Fonte: GARCIA et al (2006). Para Moura (1997) o princípio ABC também pode ser utilizado para classificar fornecedores, clientes, vendedores e quaisquer outras aplicações que necessitem do estabelecimento de prioridades em relação aos valores movimentados. Segundo Garcia et al (2006: p. 19) na gestão de estoques e comum agrupar os SKU’s com base na demanda anual em valor (consumo anual do item medido por seu valor monetário), porém, muitos outros critérios podem ser usados como: valor em estoque, giro, consumo de recursos, criticidade para as operações etc. 3.2.3. Order Picking A recente tendência em sistemas de armazenagem indicou uma mudança de armazenar grande volume de poucos itens para pequeno volume de muitos itens. Isto é principalmente atribuído ao curto ciclo de vida do produto e da diversificação de produtos, que levou a gestão a adotar programas de redução de inventário como o just-in-time, redução de ciclo e resposta rápida. Estes programas deverão exigir uma forma mais precisa, oportuna e altamente produtiva para sistema order picking (CHEW & TANG, 1999). O objetivo mais comum de sistemas order-picking é maximizar o nível de serviços sujeitos as limitações de recursos, como o trabalho, máquinas e capital (GOETSCHALCKX & ASHAYERI, 1989 apud KOSTER et al, 2007). O nível de serviço é composto por uma variedade de fatores, tais como média e variação do tempo de entrega da ordem, integridade da ordem e precisão. A ligação crucial entre order picking e nível de serviço é que quanto mais rápido uma ordem pode ser recuperada, mais cedo estará disponível para envio ao cliente (KOSTER et al, 2007). Dependendo das características dos produtos e das ordens, diferentes tipos de áreas funcionais podem ser incluídos e, diferentes combinações de tipo de equipamento e políticas 31 Capítulo 3 Conceitos Específicos de funcionamento podem ser utilizadas (YOON & SHARP, 1995). Segundo Gu et al (2007), a seleção de um método para order picking é uma decisão estratégica, uma vez que dispõe de um amplo impacto em muitas outras decisões no design do armazém e funcionamento. Para Chen et al (2005) os gestores estão interessados em encontrar a maneira mais econômica de order picking, minimizando custo com a redução das distâncias percorridas. Segundo Daniels et al (1998) é evidente que existem interações entre atribuição do inventário e seqüenciamento de decisões de localização. O problema de picking de uma ordem é, então, determinar a seqüência dos locais que deverão ser visitados para minimizar o custo total (ou tempo). De acordo com Jane & Laih (2005) no ambiente competitivo de hoje, a crescente ênfase no melhor tempo de entrega e nas normas de precisão fazem o sistema de Order picking desempenhar um papel cada vez mais importante em um centro de distribuição. O modelo ou planejamento de um Order Pick System – OPS (Sistema de seleção de pedidos) não é estático. A constante evolução das exigências de um mercado já existente rapidamente tornar os OPS’s obsoletos. Para sobreviver em tal ambiente dinâmico, modelar OPS deve ser um processo contínuo, no qual a previsão de exigências é refletida no status do sistema atual (YOON & SHARP, 1995). Kanet & Ramirez (1986) analisaram as decisões de picking e propõem um modelo de programação inteira que permite a inclusão de custos fixos por seleção e repartição dos custos que podem ocorrer quando a quantidade de itens armazenados em um local é maior do que a quantidade ordenada, e portanto, deve ser repartido em vários lotes. Quatro métodos são usados para reduzir as distâncias percorridas de picking dos itens e em conseqüência o tempo necessário: 1) Determinar boa rota de seleção; 2) Zoneamento do armazém; 3) Atribuição de ordens em batching; 4) Atribuindo aos itens o local correto no armazém (MUPPANI & ADIL, 2008a). 3.2.3.1. Roteamento Petersen & Aase (2004) relatam que as políticas de rotas surgem com o objetivo de minimizar as distâncias percorridas pelo picker (seletor), e consequentemente o tempo necessário, usando heurísticas simples ou procedimentos ótimos. O procedimento ótimo oferece a melhor solução, mas pode resultar em rotas confusas. A heurística, frequentemente, rende soluções próximo às ótimas, sendo de fácil utilização. 32 Capítulo 3 Conceitos Específicos Os autores Makris & Giakoumakis (2003) relatam que, na prática, um método amplamente usado para order picking em ambientes de armazenagem, é chamado de heurística na forma S, que é usado para encontrar a menor rota order-picking. Petersen & Aase (2004) estudaram o roteamento transversal, que é amplamente utilizado em muitos armazéns, devido à sua simplicidade, oferece bons resultados quando a densidade por picking no corredor é grande. Ao utilizar uma política transversal, os seletores devem atravessar completamente todo o corredor, uma vez iniciado. 3.2.3.2. Zoneamento Para Koster et al (2007) como alternativa à order picking única, a área de picking pode ser dividida em zonas. A cada picker é atribuído a parte da ordem que está na sua zona. Possíveis vantagens de zoneamento incluem o fato de que em cada ordem o picker precisa atravessar uma área menor, congestionamentos de tráfego são reduzido, e ainda há a possibilidade dos pickers se familiarizarem com as localizações dos itens na zona. A principal desvantagem do zoneamento é que os pedidos são separados e têm de ser consolidadas novamente antes do envio para o cliente. 3.2.3.3. Batching Uma maior eficiência e produtividade podem ser alcançados por meio de batch picking. Batch é um conjunto de ordens que são agrupadas para serem selecionadas juntas em uma única viagem (tour). Para esta abordagem, as encomendas devem ser consolidadas antes das operações de pick (CHEN & WU, 2005). De acordo com Koster et al (2007), quando as ordens são grandes, cada ordem pode ser picked individualmente (ou seja, uma ordem por picking tour). Esta forma é frequêntemente referida como política de picking único (ou picking discreto). No entanto, quando as ordens são pequenas, há um potencial de redução dos tempos de viagem, escolhendo um conjunto de ordens em um único picking tour. Geralmente, a heurística para batching inicia escolhendo gerador do lote e, posteriormente, expande o lote utilizando ordens similares/próximas ao gerador da ordem, enquanto a capacidade não seja excedida. Definição de uma medida para a proximidade/similaridade das ordens para os lotes é o principal problema nessas heurísticas (CHEN et al, 2005). 33 Capítulo 3 Conceitos Específicos Para Liu (1999) a formação de grupos de clientes é útil para operações de picking, desde que coletando a listas de picking por grupos de clientes, de modo a tratá-los como lote, possa reduzir custos e tempo de processamento. Quando é aplicado batch e/ou zoneamento, geralmente algum esforço adicional é necessário para dividir o lote e consolidar os itens por ordem do cliente ou por destinos para os quais pedidos serão enviados. Estes processos são freqüentemente chamados de acumulação/sorting (A/S) (KOSTER et al, 2007). 3.2.3.4. Atribuição dos itens Hackman & Rosenblatt (1990 apud Van Den Berg et al, 1998) foram os primeiros a apresentar um modelo para problema que considera simultaneamente atribuição (que produtos) e alocação (que montante). Eles descrevem uma heurística que tenta minimizar o custo total para picking e reposição. Segundo Malmborg & Bhaskaran (1987 apud Muppani & Adil, 2008a) itens alocados baseados nos valores de COI dão localização ótima em termos de order picking/tempo de armazenamento sob a política de armazenagem dedicada para único comando de transação. Para Leung & Wang (2000 apud Li et al, 2008) o problema de atribuição do local no armazenamento é uma otimização multi-objetivo (MOP), pois tenta alocar o inventário utilizando objetivos que podem ser conflitantes entre si. 3.3. Importância dos clientes As empresas, para competirem com sucesso, devem ser cada vez mais ágeis, rápidas, estar próximas dos clientes e adicionar valor ao produto (ROBERTS & LILIEN, 1993 apud GOLDSTEIN & ALMEIDA, 2000). Segundo Ballou (2001) serviço ao cliente “refere-se especificamente à cadeia de atividades de satisfação das vendas, a qual, usualmente, começa com a entrada do pedido e termina com a entrega do produto ao cliente; em alguns casos, continuando com o serviço de manutenção ou de equipamento, ou outro suporte técnico”. O conceito de valor ao cliente pode ter diversas interpretações. Valor agregado ao cliente pode ser entendido como proporcionar ao cliente produtos e serviços que têm um valor maior do que os oferecidos por concorrentes em mercados semelhantes. Outra interpretação 34 Capítulo 3 Conceitos Específicos do valor percebido pelo cliente consiste na melhor combinação entre qualidade, serviço ao cliente, preço e prazo de entrega para os produtos e serviços demandados (HONG, 1999). De acordo com Albrecht (1994) quanto mais tempo você estiver num determinado ramo, maiores serão as chances de que você não conheça realmente o seu cliente. É fácil passar vários anos atuando com base em adivinhações intuitivas, supondo que você sabe o que eu seus clientes comprarão ou não. Em uma pesquisa recente, relacionada especificamente à logística, constatou-se que “a noção de qualidade de serviço é uma tentativa de entender a satisfação do cliente a partir da perspectiva das diferenças entre suas percepções e o serviço em questão, sob vários atributos” (BOWERSOX, 2006). Define-se a satisfação do cliente como estando relacionada com a comparação entre uma expectativa do cliente quanto ao desempenho de um serviço e a sua percepção daquele desempenho. Se o desempenho percebido satisfaz às expectativas, então o cliente estará satisfeito; se ele excede em muito as expectativas6, então o cliente está altamente satisfeito ou encantado; se o desempenho está bastante aquém das expectativas, então o cliente está bastante insatisfeito (DAVIS et al, 2003). Para Fonseca & Rossi (1998) são muitas as variáveis que influenciam o comportamento do consumidor, sejam elas procedentes do ambiente externo - cultura e classe social, entre outras - ou inerentes aos seres humanos, caracterizando as diferenças individuais. Os clientes exigem cada vez maiores níveis de serviço. Isto inclui: entregas com maior freqüência e consistentes, entregas no tempo certo programado, transações sem erro, além de disponibilidade de estoque. Como se isso não fosse suficiente, os clientes esperam dos distribuidores serviços de valor agregado como uma fonte de vantagem competitiva (HONG, 1999). Faria & Costa (2007) ressaltam uma categorização elaborada por Gattorna & Walters (1996), que afirma ser possível que um negócio qualquer possa gerar quatro tipos de valor em produto ou serviços, visando a melhorar a satisfação dos clientes: forma, tempo, lugar e posse. A utilização de forma está relacionada ao fato de o produto estar disponível e pronto para uso/consumo. Ao consumidor não interessa, simplesmente, a utilização da forma, mas a de lugar e tempo, estando o produto ou serviço no lugar certo, no momento certo e disponível para aquisição (posse por parte do cliente). 6 As expectativas do cliente são definidas como as suas noções preconcebidas de qual nível de serviço ele deve receber de uma determinada organização ou fornecedor de serviços, (DAVIS et al, 2003). 35 Capítulo 3 Conceitos Específicos Atender um pedido de forma precisa é desafiador, e oferece uma grande oportunidade para reduzir custos e melhorar o serviço ao cliente simultaneamente (KALAKOTA, 2002). Através do acompanhamento de cada passo do ciclo de pedido, é possível melhorar o serviço oferecido e detectar onde a empresa satisfaz ou não o seu consumidor (SHAPIRO et al, 1992 apud ALCÂNTARA, 1997). De acordo com Fleury (2003) as etapas do ciclo de pedido são: preparação do pedido pelo cliente; transmissão do pedido ao fornecedor; entrada do pedido no sistema de processamento; verificações da disponibilidade de estoques e a confirmação do crédito do cliente; atividades físicas de separação, embalagem e expedição do pedido, paralelas a programação do transporte e emissão da documentação legal. O tempo total do ciclo resulta do somatório dos tempos de cada uma destas etapas. Tanto os atrasos, quantos as antecipações na execução de cada uma destas atividades do ciclo, relativamente aos seus padrões, devem ser monitorados de modo a serem evitadas a deterioração na qualidade do serviço prestado. A ação da gerência logística deve se pautar por: Garantir a consistência do serviço, através da redução na variabilidade dos processos; Reduzir a duração do ciclo de atividades ao mínimo possível, através do aprimoramento dos processos (FIGUEIREDO & WANKE, 2000). Quanto menor a padronização de processos e menos sofisticados os sistemas de controle, maiores tendem a ser as variações dos tempos de ciclo (FLEURY, 2003) Logo, o tempo gasto em atividades de armazenagem é fator importante no tempo total gasto no ciclo de pedido, sendo essencial estudar meios viáveis e sustentáveis que minimize este tempo. Segundo Chew & Tang (1999) dentro do armazém o tempo de serviço para completar um lote de encomendas é o tempo total gasto por um order picker viajar na área de armazenamento, selecionando os itens e classificando-os de acordo com as respectivas ordens. 3.4. Modelagem De acordo com Taylor (2005) a única forma de entender sistemas complexos é criando modelos simplificados desses sistemas e utilizá-lo como base para testes a fim de gerar previsões sobre o modo como o sistema por ele representado se comportaria diante de determinadas condições. Há diversas formas de classificar os diferentes modelos, dentre estas, pode-se enquadrar em três categorias gerais: conceitual, matemático, e simulação. 36 Capítulo 3 Conceitos Específicos Os modelos conceituais utilizam diagramas e descrições para representar um sistema comercial. Modelos matemáticos representam os negócios em termos de fórmulas e procedimentos de acordo com um determinado conjunto de suposições. Os modelos de simulação utilizam objetos de software para representar os componentes dos negócios e são solucionados mediante a “execução” do modelo para testar o que acontece quando os objetos interagem entre si. De acordo com Accioly (2001 apud Faulin & Azevedo, 2005) o objetivo da modelagem de um sistema consiste em obter um modelo que seja o mais simples possível, de modo a evitar complexidades desnecessárias à sua identificação e validação. No entanto, deve-se tomar cuidado para que o modelo construído não seja excessivamente simples, arriscando perder sua aplicabilidade. Um modelo útil deve ser capaz de refletir a natureza do sistema real e demonstrar como as mudanças na sua estrutura produzirão um comportamento melhor ou pior. 3.4.1. Simulação A simulação procura modelar um sistema e observar como as variações nos parâmetros (entradas) do sistema afetam suas variáveis de saída. O resultado da simulação é a compreensão e quantificação da inter-relação das variáveis do sistema modelado. Essa compreensão não leva necessariamente à solução ótima, mas existem técnicas e procedimentos para gerar resultados mais próximos do suposto ponto ótimo (CORRÊA, 1998). Corrêa (1998) relata que o uso da simulação permite a análise de longos períodos num curto espaço de tempo e possibilita o estudo individual de cada componente ou variável do modelo para determinar qual é realmente importante. No entanto, geralmente não é possível a utilização de um modelo em diferentes situações, prejudicando a possibilidade de ganhos de escala. 3.4.2. Aplicação em armazéns Para Moura (1997) todo armazém se ocupa dos mesmos tipos básicos de atividades, mas as metodologias específicas empregadas, por um determinado armazém, dependem do 37 Capítulo 3 Conceitos Específicos ambiente no qual ele se encontra. As respostas finais das metodologias aplicadas a estes problemas similares serão únicas, já que todo armazém opera dentro de seu próprio ambiente único. A abordagem para se voltar a estes problemas e resolvê-los, no entanto, é exatamente a mesma em todos os armazéns. Para Buil & Piera (2008) a indústria carece de modelagem com abordagens inovadoras que poderiam integrar todas as decisões (estratégico, tático e operacional) no mesmo nível, e de ser capaz de conceber um armazém sob certas restrições apertadas, balanceando os custos de tempo (de investimento) e os custos recorrentes (permanente). Rouwenhorst et al (2000) classificam os modelos segundo o seu nível (estratégico, tático e operacional) da seguinte maneira: Ao nível estratégico, dois tipos de problema foram identificados: uma negociação com a seleção de sistemas e equipamentos básicos sobre as capacidades técnicas, e a segunda uma negociação com o modelo do fluxo do processo e a seleção dos sistemas de armazenagem baseados em considerações econômicas. Ao nível tático, a maior parte das decisões diz respeito à determinação das dimensões dos recursos e do modelo da organização. Determinar o tamanho e o layout de armazéns convencionais tem sido o tema de diversas publicações Ao nível operacional, a maior parte das decisões é relativa à atribuição de tarefas, e a programação e controlo de pessoas e equipamentos. Para Buil & Piera (2008) é fácil notar em uma decisão operacional, como a política de picking utilizada, pode implicar mudanças a nível tático (dimensão do armazenamento, configuração do layout ou o número de empregados) e mesmo a nível estratégico (sistema de armazenamento). Como o tempo necessário para um order picker completar uma tarefa tem uma relação inversa com a produtividade do sistema, ele pode ser usado como uma medida para avaliar o desempenho de um sistema order picking. Modelos de tempo de viagem têm sido utilizados em sistemas de armazenagem para encontrar a duração da rota esperada de order pickers (CHEW & TANG, 1999) Para Muppani & Adil (2008a) a maioria dos modelos enfatizam a relação tempo de armazenagem/order picking, mas poucos trabalhos na literatura consideram redução de espaço de armazenagem e os custos relativos ao espaço e order picking na formação de classes. Além disso, os procedimentos relatados para a formação de classes são apenas sobre a base do COI que pode ser sub-ótimo. 38 Capítulo 3 Conceitos Específicos 3.4.2.1. Modelo de formação de classe e localização Um modelo de formação de classes e localização de produtos em armazém é proposto por Muppani & Adil (2008b). Este modelo utiliza como índice de ordenação dos itens o COI, e consistem em: dado produto P, sua demanda média Dp e seu nível de inventário Ip planejado para T períodos e o layout da área de armazenamento dividido em treliça, o problema é o estabelecer as classes de produtos e alocá-los nos locais de armazenamento de modo que o custo total de armazenamento (custo order picking + custo espaço) seja minimizado em um comando único de armazém explorando a redução da área. Notação c - (c = 1, 2, 3, . . . , C = P) para classes; l - (l = 1, 2, 3, . . . , L) para local de armazenagem; p - (p = 1, 2, 3, . . . , P ) para produtos/itens; t - (t = 1, 2, 3, . . . , T ) para período de tempo; Parâmetros INDp – índice para o produto p (COI, COIC e CIC); al - área do local l (m2); dl - distância do local l a partir do ponto I/O (m); Dp - total de números de picks do produto p no período programado (em unidade de carga); f - custo do espaço para o horizonte de planejamento (R$/m2); fp - densidade (área necessária para estocar uma unidade de carga do produto p) h - custo de order-picking por metro percorrido (R$/m2); Itp - nível de armazenamento em unidades de carga planejada para o produto p durante o período t. Variáveis de decisão 39 Capítulo 3 Conceitos Específicos Fórmula que minimiza o custo total de armazenagem: Minimize Z f * ( a l . y lc ) c 2 h. l * c l ( a l .d l . y lc ) l * ( a l . y lc ) D p * x pc p (3.1) Sujeito a: IND * x pc p l * y lc IND p' l l '* y l 'c ' t Max I p * f p * x pc t p * x p 'c ' p p' e c l' e c c' c' (3.3) c, t ( a l * y lc ) p (3.4) 1 p, 1 l, x pc (3.2) c (3.5) y lc c x pc , y lc (3.6) p , c, l. {1, 0} (3.7) A função objetivo (3.1) minimiza a soma custo do espaço de armazenamento e de orderpicking sobre o horizonte de planejamento. As restrições (3.2) e (3.3) juntas presumem que se um produto tem menor IND é atribuído a classe c e o produto com maior IND é atribuído a classe c’, então c é alocado mais próximo ao ponto I/O que a classe c’; (3.4) Garante que tem espaço suficiente para armazenar o item; (3.5) Garante que cada item seja atribuído a apenas uma classe; (3.6) Garante que um local seja atribuído apenas à uma classe; (3.7) impõe restrições binárias nas variáveis de decisão. 3.5. Síntese conclusiva Neste capítulo pode-se ver que uma estrutura para armazenagem acarreta em alguns custos diretamente relacionados ao tipo de material estocado, seu volume, área por ele ocupada, mão-de-obra empregada, manutenção da estrutura física do prédio, custo unitário etc. Com isso, um planejamento apropriado do armazém possibilita atividades de armazenagem mais eficientes, resultando em despesas operacionais menores. Um ponto relevante na administração do armazém é estabelecer os parâmetros para a perfeita identificação e facilidade de localização dos itens estocados. Para isso, é importante a 40 Capítulo 3 Conceitos Específicos utilização de um sistema, ou da combinação de sistemas de localização de materiais, adequados a realidade de cada armazém. Foram apresentadas três categorias principais de localização de produtos em estoque, que são: estocagem fixa; estocagem variável ou randomizada; e estocagem classe-base. Além disso, no ambiente competitivo de hoje, a crescente ênfase no menor tempo de entrega e nas normas de precisão fazem o sistema de order picking desempenhar um papel cada vez mais importante em um centro de distribuição. Baseado nas referências bibliográficas duas hipóteses foram levantadas sobre o estudo proposto. A primeira é que com a utilização do número de clientes na determinação da política de armazenagem tem-se a menor distância percorrida para order picking e em segundo que resultaria em menor tempo médio por cliente para concretizar os pedidos. Estas hipóteses serão tratadas no capítulo 4. 41 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema 4. FORMULAÇÃO E MODELAGEM DO PROBLEMA Para atender ao objetivo proposto de verificar o impacto da utilização do número de clientes na atribuição de locais dos itens estocados e redução do tempo médio para concretização dos pedidos, neste capítulo o problema será formulado e modelado, baseado nas hipóteses iniciais, apresentadas na síntese conclusiva no terceiro capítulo. 4.1. Atribuição dos locais no armazém Para iniciar deve-se determina a melhor localização dos itens no armazém e prováveis agregações dos mesmos em classes, a fim de minimizar o custo total, que considera o custo de espaço e order picking. A metodologia adotada foi apresentada por Muppani & Adil (2008 a/b). Contudo, é preciso relembrar a definição do índice COI, que é a razão entre o espaço requerido para armazenamento do(s) item(s) por sua popularidade (demanda média dos períodos). A formulação do COI pode ser vista na equação 4.1. t COIc f d * [Max I pc ] D pc (4.1) Onde COIc= índice cube-per-order da classe c; fd= densidade dos produtos (m2/unidade); Itpc= nível do inventário em unidades de carga planejada para o produto p durante o período t na classe c; Dpc= demanda do produto p na classe c (em unidades). A localização dos itens no armazém deve seguir a ordenação crescente do índice. As agregações são permitidas apenas aos produtos que estão na sequência do índice, independente do local no ranking. Por exemplo, se o COI ordenou os produtos, na política de posição dedicada, da seguinte maneira: P1-P3-P2. Na agregação não é permitida a união de P1 com P2 para formar uma classe com dois produtos. Estas definições ficarão mais claras na sequência deste capítulo. 42 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Com base no índice COI existe uma tendência de produtos com menor espaço requerido e alta demanda serem localizado a frente do armazém, ou seja, próximos da I/O (entrada/saída), e produtos com maior necessidade de espaço e baixa demanda localizarem distantes da I/O. Isto porque, localizando produtos com maior requerimento de espaço a frente tem-se, como conseqüência, maior distância para atingir os próximos produtos, gerando no final maior distância média para picking. Desta forma, o COI procura tornar o armazém mais eficiente, minimizando a distância total percorrida para picking dos produtos. Esta metodologia considera que os produtos são pegos um por viagem, ou seja, order picking de comando único. Em contra partida, observou-se que o COI não leva em consideração o número de clientes que demandam cada produto. Ao comparar dois produtos com requerimento de espaço similar (ou iguais): (1) um produto com alta demanda, mas que apenas um cliente faz o pedido, e (2) outro produto com menor procura, mas com muitos clientes demandado. Pelo uso do COI o primeiro produto ficará localizado a frente do segundo e mais próximo da I/O. Com isso, a empresa estará priorizando, ou seja, dando maior importância, apenas a um cliente. Considerando, hipoteticamente, que os clientes são igualmente importantes, o uso do COI pode levar a empresa a oferecer níveis de serviços mais elevados a poucos clientes em detrimento de outros. Este fato pode ser agravado se o produto com alta demanda tiver baixo valor agregado. Assim, ao priorizar este produto de maior procura, a empresa incorrerá em riscos de conceder maior importância a um produto que traz menor retorno financeiro. O objetivo, aqui, não é discutir ou fornecer níveis de serviços diferentes a estes clientes, mas tornar o armazém eficiente no sentido de priorizar suas atividades com vistas a prevenir eventuais problemas, como atrasos de expedição, garantindo que o maior número de clientes fique satisfeito, independente da quantidade e do tipo de produto que este adquire da empresa. Por isto, este trabalho propõe dois novos índices, que podem ser usados para determinar a política de alocação de produtos em armazém, que levam em consideração o número de clientes. Ambos seguem as mesmas regras do COI, que são a ordenação crescente e restrição de agregação, podendo agregar apenas produtos na sequência da ordenação determinada pela categoria dedicada. O primeiro índice agrega a fórmula do COI o número de clientes por produto, o que é chamado de índice cube per order and consumer – COIC. Desta forma, a formulação do COIC é apresentada na equação 4.2. 43 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema t COICc f d * [Max I pc ] D pc * C pc (4.2) Onde COICc= índice cube-per-order and consumer da classe c; Cpc= número de clientes que demandam o produto p na classe c. Na segunda proposta de índice retira-se a quantidade demandada da fórmula, sendo determinada a localização pela relação entre o espaço requerido com o número de clientes. Deu-se o nome de índice cube per consumer – CIC, e seu cálculo segue a equação 4.3. t CICc f d * [Max I pc ] C pc (4.3) Onde CICc= índice cube-per-consumer da classe c; Assim, conservando as características do COI, espera-se localizar os produtos com maior número de clientes mais próximos da I/O e torna o armazém mais eficiente em termos de custos, tempo de picking e consequentemente nível de serviço. Para demonstrar os cálculos envolvendo os índices COI, COIC e CIC, será apresentado, na sequência, um exemplo simples desta abordagem. 4.1.1. Demonstrativo da abordagem adotada Supondo um armazém, em duas dimensões (2D), com 5 colunas (x) e 17 linhas (y) disponíveis para alocar os produtos, divididas em células de 1m x 1m, como ilustra a figura 4.1. Os dados do armazém são apresentados na tabela 4.1. Tabela 4.1 - Dado dos produtos do exemplo Espaço total utilizado Demanda/ período 1 2 3 4 alta baixa 6,20 35 30 30 30 5 alta alta 0,79 25 30 30 25 35 baixa baixa 0,75 10 5 10 5 10 baixa alta 0,25 5 5 5 10 25 Onde: espaço (m2); demanda (un.); e densidade (m2/un). Produto Espaço Demanda Densidade P1 P2 P3 P4 44 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Os produtos, apresentados na tabela 4.1, variam seus respectivos, espaço total utilizado e sua demanda, de forma que no armazém existam quatro diferentes faixas que caracterizam os produtos. O valor de espaço representa a relação entre as unidades previstas pelo período em estoque e a densidade (dimensão) das unidades. A demanda é a média dos quatro períodos considerados. Figura 4.1 - Ilustração do layout da área de estocagem do armazém Fonte: Adaptado de CHEW & TANG (1999). Em primeiro lugar é calculado os índices para uma política de armazenagem dedicada. A partir da ordenação crescente dos índices são atribuídos os locais no armazém onde deve ser armazenado cada produto. Com a localização determinada é possível calcular a distância média de picking e, consequentemente, os custos envolvidos. Para o cálculo da distância foram considerados apenas no sentido y, da figura 4.1. Isto porque os produtos são pegos um por vez. O picker sai da I/O e segue pela coluna até a posição do produto e volta à posição inicial (I/O). Com isso não há deslocamentos em x que mereçam ser considerados nesta análise comparativa. Deve-se lembrar que o objetivo não é determinar o valor exato de distância percorrida, mas um valor tal que seja possível a comparação eficaz entre os índices. Com este layout de armazém o deslocamento em x será semelhante nos três índices. A tabela 4.2 ilustra os passos para a obtenção de uma estocagem de política dedicada com o uso do COI. 45 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Tabela 4.2 – Localização dedicada pelo COI Espaço Linhas Distância Distância MAX Demanda COI Local Necessárias Média Total 1 2 3 4 1 P1 35 30 30 30 35 5 7 4 7 13,5 67,5 2 P2 25 30 30 25 30 35 0,85 2 6 5 175 3 P3 10 5 10 5 10 10 1 3 2 9 90 4 P4 5 5 5 10 10 25 0,4 1 2 1 25 Espaço total 85 17 357,5 Onde: espaço (m2); MAX (máximo espaço); demanda e linhas (un.); densidade (m2/un); distância (m). Classe Produto Na tabela 4.2 observa-se que a posição dos produtos no armazém segue a seguinte ordem: P4, P2, P3, P1. Como resultado tem-se o espaço total requerido de 85 m2 e distância total de ida até cada produto de 357,50 metros. Ressalta-se que é preciso o dobro desta distância para o picking total (ida e volta). Para o índice COIC e CIC, além dos dados da tabela 4.1, são necessários dados quanto ao número de clientes. Para tanto, foram simulados dois casos, onde é variado o número de clientes pelos produtos propostos, como mostra a tabela 4.3. Tabela 4.3 - Número de clientes por produto PRODUTO P1 P2 P3 P4 CASO 1 1 5 10 30 CASO 2 5 1 10 1 As tabelas 4.4 e 4.5 apresentam a política dedicada para o uso do COIC e CIC, respectivamente, com os valores do CASO 2 da tabela 4.3. Tabela 4.4 - Atribuição dedicada pelo COIC Classe Produto 1 2 3 4 P1 P2 P3 P4 Espaço Linhas Distância Distância MAX Demanda Clientes COIC Local Necessárias Média Total 1 2 3 4 35 30 30 30 35 5 5 1,4 4 7 13,5 67,5 25 30 30 25 30 35 1 0,85 3 6 7 245 10 5 10 5 10 10 10 0,1 1 2 1 10 5 5 5 10 10 25 1 0,4 2 2 3 75 Espaço total 85 17 397,5 Tabela 4.5 - Atribuição dedicada pelo CIC Espaço Linhas Distância Distância MAX Demanda Clientes CIC Local Necessárias Média Total 1 2 3 4 P1 35 30 30 30 35 5 5 7 2 7 5,5 27,5 P2 25 30 30 25 30 35 1 30 4 6 14 490 P3 10 5 10 5 10 10 10 1 1 2 1 10 P4 5 5 5 10 10 25 1 10 3 2 10 250 Espaço total 85 17 777,5 Onde: espaço (m2); MAX (máximo espaço); demanda e linhas (un.); densidade (m2/un); distância (m). Classe Produto 1 2 3 4 46 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Com os dados do COIC obtem-se a seguinte ordem: P3-P4-P2-P1. Nesta alocação o espaço total utilizado é de 85 m2 e uma distância percorrida, somente de ida, de 397,5 m. No CIC obtem-se a ordenação P3-P1-P4-P2, com mesma utilização do espaço total e 777,5 m de distância percorrida de ida até cada produto. Nas tabelas 4.6 e 4.7 tem-se um resumo com as possíveis agregações dos produtos, o espaço necessário e a distância média de picking. As agregações são formadas a partir da localização inicial, por política dedicada, como mostraram as tabelas 4.2, 4.4 e 4.5. Ressalvase que os valores de picking apresentados são apenas de ida, assim o mesmo deve ser multiplicado por dois para representar a ida e volta de pick. Tabela 4.6 - Resumo das classes geradas pelo índice COI Política a b c Classe 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 Produto P1 P2 P3 P4 P1 P2 P4 P3 P1 P3 P2 P4 E OP 85 357,5 Política d e f 80 352,5 85 387,5 g h Classe 1 2 1 1 2 1 2 1 2 3 Produto P1 P3 P2 P4 P1 P2 P3 P4 P2 P3 P4 P1 P4 P1 P2 P3 P2 P3 P1 P4 E OP 80 382,5 75 562,5 80 377,5 80 475 85 362,5 Tabela 4.7 - Resumo das classes geradas pelo índice COIC e CIC Política a b c d e f g h CASO 1 (COIC e CIC) CASO 2 (COIC) CASO 2 (CIC) Produto E OP Produto E OP Produto E OP P1 P1 P1 P2 P2 P2 85 367,5 85 397,5 85 777,5 P3 P3 P3 P4 P4 P4 P1 P1 P1P3 P2 80 325 P2 80 325 P2 85 807,5 P3 P4 P3 P4 P4 P1 P2 P1 P2 P1 P3 80 455 P3 80 705 P3 80 787,5 P4 P4 P2P4 P1 P2 P1 P2 P1P3 75 412,5 75 412,5 80 817,5 P3 P4 P3 P4 P2P4 P1 P2 P3 P4 75 562,5 P1 P2 P3 P4 75 562,5 P1 P2 P3 P4 75 562,5 P2 P3 P4 P2 P3 P4 P1P3P4 80 377,5 80 377,5 80 655 P1 P1 P2 P4 P3 P1P2P4 80 475 75 562,5 75 562,5 P1 P2 P3 P1 P2 P4 P3 P4 P3 P3 P1 85 362,5 P1 80 402,5 P2 80 645 P2P3 P2P4 P1P4 Onde: P=produto; E=espaço total requerido (m2); OP= order picking total (m) Classe 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 1 2 1 1 2 1 2 1 2 3 47 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema A redução do espaço requerido ocorre no momento da agregação dos produtos em classes, onde os espaços são somados, em cada período considerado, sendo então possível, em alguns casos, a diminuição da utilização do espaço de armazenagem, como demonstra a tabela 4.8. Tabela 4.8- Demonstração da redução de espaço com a formação de classes Classe Produto 1 P1 2 P2 P4 3 P3 1 35 25 5 10 SEM ECONOMIA DE ESPAÇO Espaço Linhas 2 3 4 MAX Demanda COI Local Necessárias 30 30 30 35 5 7 3 7 30 30 25 40 60 0,667 1 8 5 5 10 5 10 5 10 10 1 2 2 85 Distância Média 13,5 4 9 Distância Total 67,5 240 90 397,5 COM ECONOMIA DE ESPAÇO Espaço Linhas Distância Distância Classe Produto 1 2 3 4 MAX Demanda COI Local Necessárias Média Total 1 P1 35 30 30 30 35 5 7 3 7 12,5 62,5 2 P2 P4 30 35 35 35 35 60 0,583 1 7 3,5 210 3 P3 10 5 10 5 10 10 1 2 2 8 80 80 352,5 Onde: espaço (m2); MAX (máximo espaço); demanda e linhas (un.); densidade (m2/un); distância (m). Pode-se notar que na política sem economia de espaço, quando ocorre uma agregação de produtos em classe, é verificado o maior requerimento de espaço de cada produto em todos os períodos analisados e, na sequência, estes valores, de todos os produtos agregados, são somados. Quando é considerada a economia de espaço, primeiro faz-se a soma dos espaços requeridos por cada produto agregado em cada período analisado, e, posteriormente, pega-se como referência o maior requerimento. Se os picos de utilização de espaço pelos produtos ocorrer em períodos diferentes é possível a economia deste. Contudo, observa-se nas tabelas 4.6 e 4.7 que as políticas de localização geram dois valores importantes: distância percorrida e espaço total requerido. Considerando, por exemplo, somente o custo com o espaço total utilizado, a melhor opção é a classe única ou aleatória (e), pela qual se obtem o menor requerimento de espaço. No entanto essa política gera uma distância muito maior que em outras opções de localização. Então, como determinar a melhor política de estocagem? Segundo a metodologia de Muppani & Adil (2008 a,b), adotada neste trabalho, a melhor política é a que resultar em menor custo total de armazenagem, considerando apenas custos com order-picking e utilização do espaço. Para simular estes custos, três situações 48 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema foram sugeridas e as políticas que resultaram em menor custo total estão resumidas na tabela 4.9. Neste ponto a considera-se a distância total (ida até o produto e volta ao ponto I/O). Tabela 4.9 - Resumo das melhores políticas para cada custo E= 0,0 Custo E= 0,0025 Custo E= 0,0025 Custo Índice OP=0,0025 Total OP=0,0025 Total OP=0,0 Total COI b 1,762 b 1,962 e 0,187 COIC 1 b 1,625 b 1,825 d 0,187 COIC 2 b 1,625 b 1,825 d 0,187 CIC 1 b 1,625 b 1,825 d 0,187 CIC 2 e, g 2,812 e, g 3,000 e, g 0,187 Onde: E= R$/m2 de espaço; OP= R$/m de order picking; e Custo total = política de menor custo em R$. No primeiro custo, somente a distância percorrida é considerada. Pode-se associar a armazéns onde a gerência se preocupa com a agilidade de picking, ou seja, trata-se de um armazéns com alta rotatividade de produtos e, portanto, a política de alocação utilizada deve beneficiar com as menores distâncias totais de picking. No segundo a distância é igualmente importante à economia de espaço. E por último, somente a economia em espaço é considerada. Este armazém pode ser alugado, com alto valor pelo espaço, ou ter as operações de picking com periodicidade longa e clientes pouco sensíveis a rapidez no atendimento das ordens, por exemplo. Desta forma, a escolha por uma política de alocação ou outra, dependerá dos custos em que cada armazém está inserido e, principalmente, dos objetivos e necessidades de sua gerência. Para comparar os resultados alcançados pelos índices adota-se, neste exemplo, o custo de R$0,0025 tanto para o espaço/m2 e quanto para a order picking/m. Pode-se notar, pela tabela 4.9, que o COIC e CIC apresentam no CASO 1 o menor custo total, já no CASO 2 o COIC resultou no menor custo total, seguido do COI e CIC. Ressalta-se que este custo corresponde a order picking de comando único. A atribuição final dos locais a cada produto, conforme a melhor política resultante dos três índices e a ordem da alocação no armazém é ilustrada na tabela 4.10. Tabela 4.10 - Atribuição final dos locais em cada índice Ordem 1 2 3 COI P2 P4 P3 P1 CASO 1 COIC e CIC P3 P4 P2 P1 COI P2 P4 P3 P1 49 CASO 2 COIC P3 P4 P2 P1 CIC P3 P1 P2 P4 ---- Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Verifica-se que o COIC relaciona a demanda com o número de clientes buscando o mix entre essas duas importâncias. Já no COI os produtos de maior demanda e menor uso de espaço ficam mais próximos da I/O. Com o CIC os produtos com maior número de clientes e menor dimensão são colocados próximos da I/O, independente da demanda. Paralelamente à atribuição dos locais de armazenagem, é importante destacar que em armazéns reais raramente os produtos são pegos um por vez (order-picking única) como sugerem os cálculos anteriores. Nestas situações é comum a formação de lotes de produtos para agilizar as operações de picking. Pensando nisso, sugere-se determinar a política de alocação por order-picking de comando único, resultante dos índices COI, COIC e CIC, e em seguida calcular as distâncias totais percorridas quando forem utilizados os lotes para comparar os resultados das políticas sugeridas por cada índice. Para o uso de lotes algumas características devem ser levantadas, como a carga máxima de picking que é determinada com base na densidade dos produtos (m2/un) e a capacidade de carga da mão-de-obra e/ou equipamentos. Neste exemplo estabeleceu-se a capacidade de 1 unidade do produto P1, 3 unidades para os produtos P2 e P3 e 5 unidades de P4, na ordem decrescente a densidade dos produtos (ver tabela 4.1). Por regra, os pedidos dos clientes serão atendidos pela política de PEPS (primeiro que entra – primeiro que sai), desta forma não há formação de classe com clientes distintos. Adotou-se que para cada cliente será formado um número de lotes necessários para pick a quantidade demanda de cada produto. Em casos reais, um cliente pode demandar vários produtos na mesma ordem, que podem constituir um único lote de pick, mas isto não é considerado neste exemplo. A tabela 4.11 demonstra como foram calculadas as distâncias por lote. São apresentadas somente as distâncias de ida até os produtos, devendo ser multiplicada por dois para chegar à distância total de picking, o que não é relevante para a discussão comparativa entre os índices. Tabela 4.11 – Demonstração do calculo de distância por lote N° N° Lote lotes real 1 P1 5 5 4 13,5 67,5 1 1 5 67,5 2 P2 35 1 3 7 245 35 12 12 84 3 P3 10 10 1 1 10 1 1 10 10 4 P4 25 1 2 3 75 25 5 5 15 Espaço 85 Dist/order 397,5 Dist / lote 176,5 Onde: espaço (m2); MAX (máximo espaço); demanda e linhas (un.); densidade (m2/un); distância (m). Classe Produto Demanda Clientes local dist média 50 Order Dem/cli Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema A distância percorrida por cada lote é a mesma distância percorrida por uma order picking de comando único, anteriormente calculada. O número de lotes necessários é a relação entre a quantidade demandada por cada cliente naquele produto pela sua capacidade de pick, sendo este valor arredondando para o número inteiro no sentido do +∞. Por exemplo, a demanda de um cliente é 5 unidades, e para este a capacidade de pick é de 2 unidades. Logo precisará de 2,5 lotes para cumprir o pedido. No entanto, não é possível realizar meia viagem até o produto, assim o pedido será atendido por 3 lote, ou 3 viagens de pick. A tabela 4.12 apresenta o espaço requerido e as distâncias percorridas, tanto por única order-picking quanto por lote, para os dois casos propostos em análise. Tabela 4.12 – Resumo da distância total percorrida pelos lotes CASO 1 COIC CIC Classe Espaço Lote Espaço Ordem Lote Espaço Ordem a 85 262,5 85 367,5 232,5 85 367,5 b 80 300 80 325 80 325 210 c 85 292,5 80 455 260 80 455 d 80 330 75 412,5 240 75 412,5 e 75 450 75 562,5 450 75 562,5 f 80 310 80 377,5 310 80 377,5 g 80 300 80 475 300 80 475 h 85 85 362,5 247,5 85 362,5 247,5 Média 81,3 278,6 80 414,1 281,3 80 414,1 CASO 2 COI COIC CIC Classe Espaço Ordem Lote Espaço Ordem Lote Espaço Ordem a 85 357,5 222,5 85 397,5 176,5 85 777,5 b 80 352,5 202 80 325 85 807,5 154,5 c 85 387,5 252,5 80 705 221 80 787,5 d 80 382,5 232 75 412,5 175,5 80 817,5 e 75 562,5 240 75 562,5 240 75 562,5 f 80 377,5 80 377,5 184 80 655 184 g 80 475 248 75 562,5 197 75 562,5 h 85 362,5 204,5 80 402,5 166 80 645 Média 81,3 407,2 223,2 78,8 468,1 189,3 80,0 701,9 Onde: ordem = distância percorrida em pick único (m); lote = distância percorrida em pick por lote (m). COI Ordem 357,5 352,5 387,5 382,5 562,5 377,5 475 362,5 407,2 Lote 232,5 210 260 240 450 310 300 247,5 281,3 Lote 255,5 285,5 250 280 240 256 197 226 248,8 Na tabela 4.12, os valores sublinhados representam ao menor uso de espaço e a menor distância para order-picking de comando único. Os valores em negrito representam a política de localização que resultará na menor distância total de pick em lote. No CASO 1 é clara a alocação dos índices CIC e COIC colocando os produtos de maior número de clientes a frente, já o COI colocando os produtos de maior demanda à frente. Com esta formação, os índices que levam em consideração o número de clientes resultam em menor distância total de pick os lotes por cliente. 51 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema No CASO 2 o COIC apresenta os menores valores, seguido do COI e CIC. Isto ocorre porque o número total de clientes é menor que no CASO 1. Além disso, 80% da demanda concentraram-se a apenas dois clientes. A maior demanda gerou maior necessidade de viagens para pegar os produtos destes clientes devido à restrição de capacidade de pick. Desta forma o COIC conseguiu balancear as variáveis demanda e maior número de clientes, e, portanto os maiores requerimentos de lotes ficaram à frente do armazém minimizando a distância total percorridas pelos lotes. Paralelamente a isso, em um armazém onde o tempo de atendimento aos pedidos é fator importante no desempenho do armazém na busca pela satisfação dos clientes, deve-se calcular o tempo necessário para concretizar as ordens. Considerando a velocidade média de picking de um funcionário padrão de 1 metro/segundo, o tempo total de picking os lotes também é a distância total (em lotes), apresentada na tabela 4.12. O tempo médio por produto é a razão entre o tempo que leva para ir da origem (I/O) até o local que se encontra cada produto uma única vez pelo número de produtos distintos em estoque. O tempo médio para pick todos os lotes é a razão entre o tempo total que se leva para pick todas as ordens, de todos os clientes e de todos os diferentes tipos de produtos pelo número de ordens atendidas. O tempo de atendimento ao cliente é o tempo que se leva em média para pick as ordens dos clientes que demanda um tipo de produto. Ou seja, é a soma dos tempos de pick de cada produto pelo número de clientes que demandam este item. O tempo médio de atendimento oferecido pelo armazém a todos os clientes é, então, a soma destas médias dividida pelo número de produtos distintos em estoque. Os tempos descritos podem ser visualizados nas tabelas 4.13 e 4.14, para os casos 1 e 2, respectivamente. Tabela 4.13 – Tempo médio para concretizar os lotes (caso 1) Classe Produtos N° Cliente 1 2 3 2 Média 1 2 3 3 Média P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 1 5 10 30 1 5 10 30 Tempo Tempo todos médio/produto os lotes COI 12,5 62,5 3,5 52,5 8,0 80,0 3,5 105,0 6,87 6,52 COIC e CIC 12,0 60,0 6,0 90,0 1,5 15,0 1,5 45,0 5,25 4,56 52 Tempo atendimento ao cliente 62,5 10,5 8,0 3,5 21,13 60,0 18,0 1,5 1,5 20,25 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Tabela 4.14 – Tempo médio para concretizar os lotes (caso 2) Classe Produtos N° Cliente 1 2 3 2 Média P1 P2 P3 P4 5 1 10 1 1 P1 2 P2 3 P3 P4 5 1 10 1 2 2 1 2 5 1 10 1 Média P1 P2 P3 P4 Média Onde: tempos em segundos. Tempo médio/produto COI 12,5 3,5 8,0 3,5 6,87 COIC 12,0 6,0 1,5 1,5 5,25 CIC 8,5 8,5 1,0 8,5 6,62 Tempo todos Tempo atendimento os lotes ao cliente 25,0 52,5 80,0 105,0 15,44 5,0 52,5 8,0 105,0 42,63 60,0 72,0 15,0 7,5,0 9,09 12,0 72,0 1,5 7,5 23,25 42,5 102,0 10,0 42,5 11,59 8,5 102,0 1,0 42,5 38,50 Os dados apresentados nas tabelas 4.13 e 4.14 são referentes apenas a ida até o produto. Na tabela 4.13, observa-se que a atribuição dos locais determinada pelo índice COIC e CIC resultaram em menor tempo médio de pick para todos os lotes e por produto, bem como menor tempo médio de atendimento de cada cliente. Na tabela 4.14 o comportamento se repete, porém na média o COIC resultou em menores tempos quando comparado ao CIC. Isto porque o CIC priorizou, ou seja, concedeu maior importância aos produtos com maior número de clientes, colocando-os à frente, independente de sua demanda. Este fato leva aos menores tempos de atendimento ao maior número de cliente. Embora não seja o objetivo do trabalho medir o nível de serviço oferecido pelo armazém, sabe-se que um dos objetivos de desempenhos que influenciam diretamente no nível de serviço é a rapidez no atendimento. Fica claro, que quando os clientes são igualmente importantes, considerá-lo, possibilita à empresa aumentar o nível de serviço oferecido ao maior número de clientes, enquanto o COI se restringe aos clientes que demandam maior quantidade de produtos. Com base no exemplo proposto, no presente capítulo, as hipóteses consideradas inicialmente foram reformuladas em quatro hipóteses, que são: 53 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Hipótese 1: Considerar o número de clientes na atribuição dos locais de armazenagem, por order picking em comando único ou por lote, obtem-se menor tempo médio para ir uma única vez da origem (I/O) até cada produto. Hipótese 2: Pelo sistema de picking “por lote”, ao considerar o número de clientes possibilita obter menor tempo médio e total de pick todas as ordens de todos os clientes. Hipótese 3: Pelo sistema de picking “por lote”, o COIC possibilita obter menor tempo médio de atendimento aos pedidos dos clientes por balancear as características dos índices COI e CIC. Hipótese 4: No caso de picking “por lote”, o CIC possibilita atingir a maior porcentagem de priorização de clientes, ou seja, conceder os menores tempos de atendimento ao maior número de clientes. Desta forma, considera-se que o uso do número de clientes para a determinação da melhor política de atribuição de locais em armazéns permite obter os melhores resultados, em termos de distância percorrida e tempo de execução das ordens, do que ao considerar apenas a demanda, como no caso do COI. Mas será que isto se repete em outras situações, envolvendo maior número de produtos, diferentes dimensões do armazém, diferentes densidades dos produtos, etc.? Para responder a esta questão, na sequência deste trabalho, serão criados diferentes cenários envolvendo variações na quantidade demandada, número de clientes e requerimento de espaço, que serão simulados, analisados os resultados e verificando se permanecem semelhantes ao problema exemplificado. 4.2. Formulação matemática do problema Modelo de formação de classe e localização de produtos em armazém segue a formulação propostas por Muppani & Adil (2008b), descrito no subitem 3.4.2.1. Este modelo é utilizado para os três índices apresentados (COI, COIC e CIC). Já o modelo para a formação de lotes teve como base o trabalho desenvolvido por Hsu et al (2005), mas adaptado para o problema proposto nesta dissertação, conforme subitem 4.2.1. 54 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema 4.2.1. Modelo de formação de lotes Para a formação de lotes alguns pontos importantes foram determinados, que antecedem a modelagem. Estes pontos são: Ponto 1: O local de cada produto dentro do armazém é conhecido antes da formação dos lotes. Estes locais são determinados pelo “modelo de formação de classe e localização”. Ponto 2: A distância percorrida por um lote para pick um único tipo de produto é a mesma distância média determinada pelo “modelo de formação de classe e localização”. Ponto 3: Para a formação de lotes uma ordem pode ser dividida em vários lotes caso extrapole a capacidade de pick. Ponto 4: O número de lotes necessários é arredondado para o inteiro mais próximo no sentido do +∞. Por exemplo: se o cliente demanda 5 unidades de P1, a capacidade de pick deste produto é de 2 unidades, logo são necessários a formação de 2,5 lotes. Neste caso serão utilizados 3 lotes no total. Ponto 5: As ordens dos clientes são atendidas pelo mecanismo PEPS. Desta forma não é permitida a formação de lotes com clientes distintos, ou seja, cada lote pertence a um único cliente. Este ponto contribui, em situações reais, para que não seja necessária a separação dos pedidos por clientes depois do pick. Ponto 6: Os lotes são formados por cada produto presente na ordem do cliente, ou seja, não é formado lotes com produtos distintos mesmo que constituintes da mesma ordem. Este ponto, em situações reais, facilita no controle da expedição. As vantagens da não necessidade de separação de pedidos e também das facilidades com a expedição, não são modeladas neste trabalho, apenas foram consideradas, hipoteticamente, como verdadeira em 100% dos casos. Notação k - (k = 1, 2, 3, . . . , K) para n° de lotes; p - (p = 1, 2, 3, . . . , P ) para produtos/itens; i - (i =1, 2, 3, . . . , n) para clientes. Parâmetros dlp - distância do local l a partir do ponto I/O onde está localizado o produto p (m); Dp - demanda do produto p por cliente i (un.). 55 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema fp - densidade do produto p (m2/un). CAPp - capacidade instalada de pick para o produto p (un.); Distpi - distância percorrida pelo lote k do cliente i (m); Dist_T - distância total de order picking por lote (m); Oi - Ordem do cliente i (un.). O modelo de formação dos lotes e a distância percorrida pelo mesmo é dada por: Minimize P K Dist _ T Dist p, k pi (4.4) p 1 k 1 Onde: Dist p , i. k i * dl p pi (4.5) Dp ki CAP p (4.6) 1 CAP p p fp (4.7) Sujeito a: n i 1 P p 1 CAP i. Oi p , i. Oi p p 0 (4.8) (4.9) (4.10) O objetivo da função (4.4) é minimizar a distância total percorrida pelos lotes. A minimização leva em consideração a comparação da distancia total a partir da localização determinada pelos índices COI, COIC e CIC. As funções de (4.5) a (4.7) mostram os procedimentos dos cálculos para chegar ao objetivo. A restrição (4.8) estabelece que não é permitida a união de ordens de clientes; a (4.9) estabelece que a união de produtos pertencentes a mesma ordem não pode ocorrer; e a restrição (4.10) garante que não ocorram valores negativos da capacidade instalada. 56 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema 4.2.2. Cálculo do tempo de resposta O tempo até um produto é a razão entre a distância até o produto p pela velocidade de pick. A equação (4.11) dá o tempo médio para picking um determinado produto, que é a razão entre a soma dos tempos até os produtos uma única vez pelo número de produtos armazenados. P dist v p 1 Temp _ prod p p P p (4.11) p 1 Onde v - velocidade de pick (m/s); Temp_prod - tempo médio gasto para pick um lote k de cada produto p (s). O tempo gasto em média para cumprir as ordens dos clientes é dado pela soma das distâncias percorridas por todos os lotes, de todos os produtos, dividido pela soma das quantidades de ordens dos clientes, como mostra a equação (4.12). P Temp _ O i K p 1 dist kp v k 1 p, k , i n Oi (4.12) i 1 Onde Temp_Oi - é o tempo médio gasto por cliente i para pick todos os lotes k (s); Oi - ordem do cliente i (un.). O tempo total de atendimento a um cliente, sobre um produto, é a razão entre o tempo gasto por todos os lotes deste produto pelo número de clientes que o demandam, conforme equação (4.13). K Temp _ C i dist p v k 1 p, k , i k Onde Temp_Ci – tempo total de atendimento do cliente i para pick o produto p (s); 57 (4.13) Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema O tempo médio de atendimento aos clientes é a soma do tempo total de atendimento de todos os clientes (pela equação 4.13) dividido pela soma das quantidade de ordens dos clientes, resultando na equação 4.14. Temp _ m Temp _ C i p, k , i n (4.14) Oi i 1 Onde Temp_m – tempo médio de atendimento de todas as ordens dos clientes (s). Por fim, a porcentagem de priorização (%) é calculada pelo número de clientes em cada produto onde o índice apresenta menor tempo que os demais índices no mesmo produto. Nos produtos onde os índices oferecem o mesmo tempo, a porcentagem equivalente ao grupo de clientes demandantes deste produto é considerada igualmente nestes índices. Por este fato, em alguns casos, o somatório das porcentagens é maior que 100%. 4.3. Descrição das simulações Com a metodologia baseada em Muppani & Adil (2008a), assume-se inicialmente um armazenamento/recuperação realizado em ciclos de comando único, e todos os itens são armazenados e transportados em suportes idênticos. Cada local de estocagem é uniformemente utilizado e os pontos atribuídos são distribuídos de forma homogênea no espaço alocado para a classe. Este pressuposto implica que o centro geométrico da classe é o mesmo que o centro de carga. Supõe-se que a decisão de inventário é realizada independente da decisão de armazenamento e todos os tempos necessários no processo de armazenagem/recuperação, exceto o tempo de viagem, são independentes da alocação de armazenamento. O armazém simulado é retangular, dividido em células (treliças) de 1,0 x 1,0 metros (ver figura 4.1). São considerados quatro períodos de análise que representam uma semana cada período totalizando um mês. Supõe-se que oscilações de demanda e inventário ocorrem durante o mês, não tendo variações significativas no decorrer do ano. Estabeleceu-se que não ocorrem reposições de produtos durante o período, mas ao final de cada período. Dois layout são considerados no armazém, um com 5 colunas e outro com 10 colunas (sentido x da figura 4.1). Desta forma, o primeiro caso levará a maiores distâncias da I/O 58 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema (sentido y da figura 4.1), do que no segundo caso. Não se restringiu a utilização de espaço no sentido y, por não representar um ponto relevante na comparação entre os índices, uma vez que os três consideram a mesma situação-problema. Estabeleceu-se que todos os produtos podem ser empilhados em no máximo 10 níveis (pilhas). A demanda é a média dos quatro períodos e está distribuída de acordo com os cenários formulados, dentro de uma faixa de valores que vai de 45 a 1280 unidades. A densidade dos produtos é distribuída em duas faixas, que são: 0,1-0,22 e 0,3-0,5 m2/un. O número de clientes é distribuído, assim como a demanda, com base nos cenários propostos, dentro de uma faixa que varia de 1 a 45 clientes. O inventário deve representar a quantidade de unidades demandadas nos períodos, ou seja, é armazenada apenas a quantidade de unidades dos produtos necessárias a cada período. Logo, para determinar o inventário foi sugerido que todos os produtos tenham uma oscilação de ± 5% em torno da demanda média. Estabeleceu-se que há quantidades estocadas suficientes para atender a demanda em todos os períodos. O espaço requerido por cada produto é, então, resultante do número de unidades armazenadas (inventário) pela densidade destas. Por exemplo: tem-se 20 unidades armazenadas com densidade de 0,5 m2/un, assim será necessário 10 m2 para armazenar os itens. Considerando as 10 pilhas possíveis de estocagem, tem-se, então, 1m2 requerido pelo produto. Para a formação de lotes e cálculo dos tempos de resposta é seguido as restrições e pontos descritos no subitem 4.2.1. Para tanto, deve-se considerar a capacidade e a velocidade que o armazém tem em picker cada produto. A velocidade foi estabelecida em 1m/s, assim os valores apresentados representam, simultaneamente, o tempo e a distância percorrida. Três capacidades de pick são simuladas: 10 unidades com 0,1 m2/un (representa um nível de uma célula), 50 unidades com 0,1 m2/un (5 pilhas de uma célula) e 100 unidades com 0,1 m2/un (10 pilhas de uma célula). Neste caso valores fracionados são arredondados para o inteiro mais próximo no sentido do zero. Isto porque, não é possível pick 1,5 unidades, por exemplo. Foram consideradas três variações de quantidade de produtos diferentes estocados durante os períodos: 10, 20 e 25 itens. É estabelecido que todos os produtos considerados no primeiro período são demandados nos demais períodos. As características dos produtos foram conservadas ao aumentar a diversidade. Desta forma, o requerimento de espaço para 20 e 25 itens é o 2 e 2,5 vezes a necessidade para 10 itens, respectivamente. 59 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema O objetivo aqui é verificar como os índices se comportam, tendo agora produtos muito similares dentro do armazém. E assim, saber se a tendência deles é agregar ou não estes produtos e como isso influencia nos resultados de cada índice, lembrando que o maior requerimento de espaço provocará maiores distâncias percorridas para pick. Para determinar a melhor política de estocagem em cada índice (CIC, COI e COIC) foram considerados os custo de R$1,50/m2 de espaço utilizado e R$ 0,0025/m percorrido para picking todos os produtos, valores estes sugeridos em Muppani & Adil (2008a). Outros custos decorrentes de armazenagem não foram considerados. A alteração do número de colunas simula custos diferentes de armazenagem. Em uma situação o custo de picking é maior (5 colunas), por maiores distâncias em y a serem percorrida, quando comparado ao outro layout (10 colunas). Desta forma, a economia de espaço se torna mais importante quando o armazém tiver 5 colunas para que seja possível a minimização das distâncias percorridas. Os valores apresentados no decorrer das simulações são referentes à média, representado apenas um período. As distâncias e tempos de picking representam a ida até o produto e a volta ao ponto de origem (I/O), considerando que o picker sempre inicie o processo no ponto I/O. 4.3.1. Cenários simulados Neste trabalho é proposta a simulação de quatro cenários distintos. Os cenários foram gerados com base em suposições levantadas do referencial teórico e do exemplo proposto no subitem 4.1.1. Na sequência são apresentadas as suposições de cada cenário bem como os dados simulados. Os resultados e análises das simulações aqui descritas são apresentados no capítulo 5. 4.3.1.1. Cenário 1 Este cenário é caracterizado por produtos que possuem a mesma demanda (em unidade) e a densidade (dimensão em m2/un) dos produtos associada ao número de clientes de forma dispersa e não correlata, como mostram as tabelas 4.15, 4.16 e 4.17, com dados dos armazéns com 10, 20 e 25 itens, respectivamente. 60 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Com a demanda constante, e tendo o número de unidades estocadas variando 5% em torno da média demandada nos períodos, a requisição de espaço pelos produtos (em m2) segue a lógica da menor densidade para a maior. Na prática pode-se associar este cenário às empresas que trabalham com produtos customizados a cada cliente ou grupo de clientes, onde as encomendas são realizadas com antecedência, e a produção e comercialização estabelecem um tamanho de lote padrão para produzir todos os itens, estocar e, conseqüentemente, expedi-lo. Tabela 4.15 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 1 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Demanda Clientes 500 40 500 1 500 30 500 10 500 20 500 25 500 35 500 15 500 45 500 5 Densidade 0,1 0,14 0,16 0,19 0,22 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 Espaço 5,0 7,0 8,0 9,6 11,1 15,1 17,6 20,1 22,6 25,2 Tabela 4.16 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 1 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Demanda Clientes 500 40 500 1 500 30 500 10 500 20 500 25 500 35 500 15 500 45 500 5 500 40 500 1 500 30 500 10 500 20 500 25 500 35 500 15 500 45 500 5 Densidade Espaço 0,45 22,6 0,5 25,1 0,19 9,5 0,16 8,0 0,3 15,1 0,3 15,1 0,19 9,5 0,16 8,0 0,1 5,0 0,45 22,6 0,14 7,0 0,1 5,0 0,4 20,1 0,35 17,6 0,22 11,1 0,22 11,1 0,4 20,1 0,35 17,6 0,5 25,1 0,14 7,0 Apesar deste tipo de situação não ser comum, esta simulação tenta demonstrar como os índices se comportam quando os produtos têm demanda muito similar, mas o espaço ocupado por estes diferenciam em virtude da dimensão de cada produto ou do tipo de embalagem utilizada no mesmo. 61 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Acredita-se que o COI tende a tornar a alocação mais eficiente diminuindo as distâncias percorridas até cada produto, minimizando os custos de armazenagem por order picking de comando único. Isto porque, tendo a demanda constante o índice segue uma tendência de alocar os produtos na ordem do menor para o maior requerimento de espaço. Tabela 4.17 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 1 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Demanda 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 Clientes 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 Densidade 0,1 0,5 0,13 0,44 0,14 0,42 0,18 0,38 0,2 0,37 0,22 0,32 0,31 0,34 0,3 0,35 0,19 0,4 0,17 0,41 0,16 0,46 0,12 0,48 0,11 Espaço 5,0 25,1 6,5 22,1 7,0 21,1 9,0 19,1 10,1 18,6 11,1 16,1 15,6 17,1 15,1 17,6 9,5 20,1 8,5 20,6 8,0 23,1 6,0 24,1 5,5 No entanto, espera-se que o CIC retorne menores tempos de picking total dos lotes, uma vez que os lotes são formados com base no número de clientes, e este índice tende a alocar os produtos na ordem crescente de seu número de clientes, balanceando esta variável com o requerimento de espaço, na ordem da menor para a maior utilização de espaço pelos produtos. Pensando em atendimento ao cliente, em order picking por lote, acredita-se que o COIC, por agregar informações do COI e CIC, possibilite um tempo médio de atendimento a todos os clientes menor. Mesmo assim, espera-se que o CIC priorize o maior número de clientes. Priorizar significa oferecer o menor tempo de atendimento a cada cliente quando comparado aos demais índices. 62 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema 4.3.1.2. Cenário 2 No segundo cenário buscou-se inverter a relação proposta no primeiro caso colocando a densidade dos produtos constante. Assim, o espaço requerido por estes fica condicionado ao número de unidades em estoque, que é diretamente relacionada à demanda. Desta forma quanto maior a demanda média maior será o espaço requerido. O número de clientes em cada produto foi distribuído de forma que sua relação com a demanda e o espaço requerido seja dispersa não correlata. Os dados do armazém podem ser visualizados nas tabelas 4.18, 4.19 e 4.20, para armazéns com 10, 20 e 25 itens, respectivamente. Tabela 4.18 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 2 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Demanda 40 170 315 450 600 720 860 1000 1140 1280 Clientes 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 Densidade 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 Espaço 0,9 3,8 7,0 9,9 13,3 15,9 19,0 22,1 25,2 28,3 Tabela 4.19 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 2 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Demanda 170 40 800 920 480 550 860 900 1280 150 1000 1240 330 400 720 760 220 450 50 1140 Clientes 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 Densidade 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 Espaço 3,8 0,9 17,7 20,4 10,6 12,1 19,0 19,9 28,3 3,3 22,1 27,5 7,3 8,9 15,9 16,8 4,9 10,0 1,1 25,2 Na prática pode-se associar este tipo de armazém àqueles que agrupam e estocam seus produtos em embalagens padronizadas e únicas. Assim, tem-se diferentes produtos com 63 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema mesma dimensão. Este tipo de embalagem é comumente utilizada por facilitar e aumentar a eficiência durante o manuseio e transporte dos produtos quando as cargas são mistas. Tabela 4.20 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 2 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Demanda 45 1280 100 1000 150 920 245 800 350 760 450 615 550 660 480 720 330 860 220 900 170 1050 120 1240 50 Clientes 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 Densidade 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 Espaço 1,0 28,3 2,2 22,1 3,3 20,4 5,4 17,7 7,7 16,8 9,9 13,6 12,2 14,6 10,6 15,9 7,3 19,0 4,9 19,9 3,7 23,2 2,7 27,5 1,1 Contudo, espera-se que o COI também apresente menor tempo médio até cada produtos e, conseqüentemente, o menor custo total de armazenagem em order picking de comando único, uma vez que, este procura locar os produtos de forma decrescente a sua demanda. Por sua vez, supõe-se que o CIC proporcione o menor tempo de concretização de todos os lotes, por buscar localizar os produtos com maior número de clientes, e conseqüente maior número de lotes, mais próximos a I/O. No que se refere ao atendimento ao cliente, acredita-se que o COIC, por balancear as tendências do COI e CIC, tenda a ter uma média de tempo de resposta ao cliente menor. Mas, ainda sim, espera-se que o CIC priorize a maior porcentagem de clientes em sua atribuição de locais em armazéns com estas características. 64 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema 4.3.1.3. Cenário 3 No terceiro cenário buscou-se combinar as variáveis demanda e número de cliente com a variável espaço requerido, de tal forma que os valores assumem uma curva exponencial crescente. Para isto ser possível a relação entre as variáveis e a densidade é linearmente decrescente. A relação entre a demanda e número de cliente, por conseqüência, também tornase exponencial crescente. Os dados podem ser visualizados pelas tabelas 4.21, 4.22 e 4.23. Tabela 4.21 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 3 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Demanda Clientes 50 1 100 5 150 10 200 15 300 20 400 25 600 30 800 35 1000 40 1200 45 Densidade 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 0,22 0,19 0,16 0,14 0,1 Espaço 2,5 4,5 6,1 7,0 9,0 8,9 11,5 12,9 14,1 12,1 Tabela 4.22 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 3 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Demanda 40 50 100 120 150 190 200 220 300 360 400 430 600 660 800 850 1050 1100 1240 1280 Clientes 1 1 5 5 10 10 15 15 20 20 25 25 30 30 35 35 40 40 45 45 Densidade 0,5 0,48 0,46 0,44 0,42 0,38 0,36 0,34 0,32 0,3 0,22 0,21 0,2 0,19 0,18 0,16 0,15 0,14 0,12 0,1 Espaço 2,0 2,4 4,6 5,3 6,3 7,3 7,2 7,5 9,6 10,9 8,9 9,1 12,1 12,6 14,5 13,7 15,8 15,5 15,0 12,9 A curva exponencial crescente sinaliza que, a partir de certo ponto, mesmo aumentando-se a quantidade demandada não é aumentado o espaço requerido pelo item. Isto ocorre em consequência da diminuição da densidade do mesmo. Na prática este comportamento é paralisado pelo limite de diminuição da densidade do produto. 65 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Tabela 4.23 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 3 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Demanda 45 1280 100 1000 150 920 245 800 350 760 450 615 550 660 480 720 330 860 220 900 170 1050 120 1240 50 Clientes 1 45 5 41 9 37 15 31 19 29 21 26 25 27 23 28 17 33 13 35 11 39 7 43 3 Densidade 0,5 0,1 0,46 0,13 0,42 0,14 0,38 0,18 0,35 0,19 0,34 0,3 0,31 0,22 0,32 0,2 0,37 0,17 0,4 0,16 0,41 0,12 0,44 0,11 0,48 Espaço 2,3 12,9 4,6 13,1 6,3 13,0 9,4 14,5 12,3 14,5 15,3 18,6 17,1 14,6 15,5 14,5 12,3 14,7 8,9 14,5 7,0 12,7 5,3 13,7 2,4 Pode-se associar a casos em que a empresa utiliza diferentes tipos de embalagens. Assim, comercializa poucas quantidades em embalagens maiores, que na verdade contem mais quantidade do produto real, a clientes que seriam outras empresas fabricantes ou prestadoras de serviços. Já os produtos com maior demanda, seriam aqueles vendidos em embalagens menores (menor quantidade), para muitos consumidores finais. Pelo fato das características demanda e número de clientes se comportarem da mesma forma com relação às variáveis densidade e espaço requerido, acredita-se que os três índices retornam valores semelhantes no que tange o tempo médio necessário para chegar até um produto, tempo médio e total para concretizar os lotes, tempo médio de atendimento ao cliente e priorização dos clientes. 4.3.1.4. Cenário 4 Este cenário se caracteriza por produtos onde a relação entre sua demanda e o número de clientes é dispersa e não correlacionada. Os dados simulados podem ser vistos nas tabelas 4.24, 4.25 e 4.26, para armazéns com 10, 20 e 25 itens, respectivamente. 66 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Tabela 4.24 – Dados do armazém com 10 itens do cenário 4 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Demanda 40 170 315 450 600 720 860 1000 1140 1280 Cliente 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 Densidade 0,1 0,14 0,16 0,19 0,22 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 Espaço 0,4 2,3 5,0 8,5 13,2 21,7 30,2 40,2 51,5 64,4 Tabela 4.25 – Dados do armazém com 20 itens do cenário 4 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Demanda 170 40 800 920 480 550 860 900 1280 150 1000 1240 330 400 720 760 220 450 50 1140 Cliente 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 Densidade 0,14 0,1 0,35 0,4 0,22 0,22 0,35 0,4 0,5 0,14 0,45 0,5 0,16 0,19 0,3 0,3 0,16 0,19 0,1 0,45 Espaço 2,3 0,4 28,1 37,0 10,6 12,1 30,2 36,2 64,4 2,1 45,3 62,4 5,3 7,6 21,7 22,9 3,5 8,6 0,5 51,6 Os produtos de maior demanda são os de maior densidade, ou seja, a relação entre estas variáveis é linearmente crescente. Este ponto faz com que a relação entre demanda e espaço requerido seja exponencialmente crescente. Ao contrario do terceiro cenário, onde essa curva limitava o aumento do espaço requerido pelos produtos, neste cenário ela limita a quantidade demandada. Assim, pode-se associar, na prática, a produtos onde embalagens econômicas (maior dimensão) tem maior demanda que produtos em embalagens menores. Porém, os clientes tem restrições quanto ao tamanho destas embalagens, ou seja, até certo ponto quanto maior a dimensão do produto maior sua procura, por economia de escala, depois deste ponto, dimensões muito grandes começam a perder o interesse por parte do cliente, por restrições quanto a capacidade do próprio consumidor. 67 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema Tabela 4.26 – Dados do armazém com 25 itens do cenário 4 Produto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Demanda 45 1280 100 1000 150 920 245 800 350 760 450 615 550 660 480 720 330 860 220 900 170 1050 120 1240 50 Cliente 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 Densidade 0,1 0,5 0,13 0,44 0,14 0,42 0,18 0,38 0,2 0,37 0,22 0,32 0,31 0,34 0,3 0,35 0,19 0,4 0,17 0,41 0,16 0,46 0,12 0,48 0,11 Espaço 0,4 64,4 1,3 44,2 2,1 38,8 4,4 30,6 7,0 28,3 9,9 19,8 17,1 22,5 14,5 25,3 6,3 34,6 3,7 37,1 2,7 48,5 1,4 59,9 0,5 Pela relação exponencial crescente entre a demanda e o espaço requerido, acredita-se que o COI possibilite uma armazenagem mais eficiente em termos de menor tempo médio até os produtos e menor custo das operações em picking de comando único. Isto porque, a distribuição do número de clientes pelo espaço requerido é dispersa, o que pode levar a mais produtos com maior requerimento de espaço a frente do armazém, pelo CIC, aumentado assim as distâncias médias até os produtos, quando comparado ao COI. O COIC deve sofre influências de ambos, e provavelmente colocando um maior número de produtos com maior requerimento de espaço à frente do armazém. No que se refere ao tempo de concretização dos lotes o CIC deve apresentar melhores resultados por organizar o armazém pelo número de clientes. Espera-se que o COI apresente o menor tempo médio de atendimento ao cliente em conseqüência das menores distâncias totais. Mas, ainda assim, acredita-se numa maior porcentagem de priorização dos clientes atingida pelo CIC. 68 Capítulo 4 Formulação e Modelagem do Problema 4.4. Síntese conclusiva Neste capítulo foram discutidos três diferentes índices para a formação de classes e localização. No índice COI, apresentado pela literatura, há uma tendência de produtos com densidade baixa e alta demanda serem localizados mais próximos da I/O do que produtos com maior dimensão e baixa demanda. Como o COI não considera o número de clientes que demandam cada produto na sua formação, foram propostos dois novos índices, o COIC e CIC. O primeiro índice agrega a fórmula do COI o número de clientes por produto, o segundo retirada a quantidade demandada da fórmula, sendo determinada a localização pela relação do espaço pelo número de clientes. Em armazéns reais raramente os produtos são pegos um por vez, assim, é muito comum a formação de lotes de produtos. Pensando nisso, determinou-se a política de alocação por order-picking única, resultante dos índices COI, COIC e CIC, e na sequência, calculou-se as distâncias percorridas em sistema de picking utilizando lotes baseados nas ordens dos clientes. A metodologia utilizada foi descrita e formulada, bem como os procedimentos utilizados na simulação. Com base no exemplo simples apresentado, as hipóteses iniciais foram reformuladas. A confirmação das hipóteses será possível no capítulo 5 com a apresentação e análise dos resultados simulados. 69 Capítulo 5 Resultados e Análises 5. RESULTADOS E ANÁLISES Neste capítulo serão apresentados e analisados os resultados obtidos pelas simulações descritas no capitulo 4. Os dados serão apresentados por cenário para facilitar a compreensão e a comparação que deve ser feita entre a variação do número de colunas de armazenagem, diferentes itens armazenados e capacidade instalada para picking. Como a velocidade considerada é de um metro por segundo (1 m/s) os dados das tabelas representam tanto a distância percorrida quanto o tempo gasto para isto em segundos. Desta forma, pode ser ora referenciado como tempo, ora como distâncias. Os testes de hipóteses aqui realizados, sobre a igualdade dos resultados, usam a diferença entre os valores obtidos pelos índices em cada situação testada, pelo teste t-student ao nível de significância de 5%. Para o tempo médio até cada produto e para o custo total de armazenagem a hipótese de igualdade foi testada com os valores obtidos pelos índices em todos os tipos de armazéns. Nos tempos, total e médio, para pick todas as ordens em lotes, a igualdade foi testada entre os valores em cada tipo de armazém (número de itens x número de colunas), para verificar se há influências destas características nos resultados apresentados. Para o tempo médio de atendimento aos clientes, bem como para as porcentagens de clientes priorizados por cada índice, o teste foi realizado entre os índices, em cada diferente capacidade de picking. 5.1. Cenário 1 O apêndice A apresenta a formação de classes da melhor política dada por cada índice com base nos custos totais de armazenagem para os armazéns com 10, 20 e 25 produtos distintos. Também é possível ver a ordem em que estas classes ficam dispostas no armazém em cada situação. Esta configuração resulta em tempo médio até cada produto menor no índice COI, como mostram os valores apontados na tabela 5.1 (em segundos). Lembrando que o tempo médio por produto é o tempo médio que leva para ir da origem até o local que se encontra o produto. 70 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.1 – Cenário 1: Tempo médio até cada produto 5 colunas Produtos CIC COI COIC 10 25,16 21,14 23,94 Produtos CIC COI COIC 10 12,43 10,34 11,72 20 48,27 42,11 45,31 25 64,21 54,71 60,45 20 23,71 20,71 22,58 25 31,80 27,09 30,07 10 colunas Com 5% de nível de significância, pelo teste t-student, aceita-se a hipótese de igualdade entre os valores obtidos pelos índices CIC e COIC no tempo médio até cada produto. Também, ao nível de confiança de 5%, é rejeitada a hipótese de igualdade entre os custos totais resultantes da configuração final do índice COI com CIC e COIC. Aceita-se que os custos do CIC e COIC sejam iguais estatisticamente. Desta forma, é confirmada a suposição inicial de que o COI retorna as menores distâncias até os produtos e, em conseqüência, menor custo total (em R$) de armazenagem, como mostra a tabela 5.2. Os dados sombreados representam o índice que retorna o menor custo em cada tipo de armazém. Tabela 5.2 – Cenário 1: Custos de armazenagem N° produtos N° colunas 5 10 10 5 20 10 5 25 10 Índice CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC Espaço 219,23 221,29 219,47 219,23 221,29 219,47 436,25 436,48 436,33 436,48 436,48 436,33 555,92 552,86 563,37 555,92 552,80 563,37 Order Picking 314,55 264,21 299,25 155,40 129,20 146,53 1206,79 1052,73 1132,87 592,85 517,76 564,56 2006,68 1709,68 1889,17 993,87 846,61 939,59 Total 533,78 485,50 518,72 374,63 350,49 365,99 1.643,04 1489,20 1569,19 1.029,32 954,24 1000,89 2.562,61 2262,55 2452,54 1.549,79 1399,42 1502,96 Com a demanda constante, o COI simplesmente localizou os produtos da menor necessidade de espaço para a maior, obtendo, assim, os menores tempos até os produtos. Já o 71 Capítulo 5 Resultados e Análises CIC localizou os produtos com maior número de clientes na frente. Pela dispersão dos valores da densidade e do número de clientes, os produtos com diferentes requerimentos de espaços ficaram alocados de maneira dispersas no armazém, aumentando a distância média até os produtos. O COIC balanceou as variáveis, número de clientes e espaço requerido, mas mesmo obtendo valor menor que o CIC, estes índices foram considerados estatisticamente iguais. Pensando em formação de lotes, o tempo total e médio de pick todos os lotes/cliente de todos os produtos (em segundos) podem ser vistos na tabela 5.3, para as três capacidades de picking simuladas. Os valores sombreados representam os menores valores em cada caso. Tabela 5.3 – Cenário 1: Tempo total e médio de concretização dos lotes Produto 10 CIC COI COIC Produto 10 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Capacidade 1 Média Total 211,90 47889,22 213,65 48284,75 222,17 50210,31 Capacidade 1 Média Total 104,67 23656,11 103,95 23493,00 109,01 24635,15 Capacidade 1 Média Total 428,24 193562,39 428,59 193721,85 426,75 192892,14 Capacidade 1 Média Total 210,91 95332,95 211,30 95507,07 212,92 96241,07 Capacidade 1 Média Total 554,40 323217,71 518,97 302560,48 562,72 328068,25 Capacidade 1 Média Total 265,12 154566,11 273,96 159718,42 280,07 163278,13 Capacidade 2 Média Total 48,72 11009,60 52,78 11929,40 56,68 12810,42 Capacidade 2 Média Total 24,11 5449,80 25,71 5810,95 27,86 6296,21 Capacidade 2 Média Total 99,56 45001,96 104,05 47030,10 104,58 47270,36 Capacidade 2 Média Total 48,98 22137,68 51,36 23216,98 52,21 23597,68 Capacidade 2 Média Total 131,11 76437,49 127,00 74040,25 138,70 80862,17 Capacidade 2 Média Total 63,50 37018,44 65,93 38436,26 69,04 40249,59 Capacidade 3 Média Total 26,44 5976,38 28,00 6328,35 29,77 6726,90 Capacidade 3 Média Total 13,08 2956,69 13,64 3083,55 14,62 3304,95 Capacidade 3 Média Total 52,91 23916,63 55,74 25193,50 54,95 24837,53 Capacidade 3 Média Total 25,97 11739,97 27,30 12341,30 27,43 12398,77 Capacidade 3 Média Total 66,73 38905,32 65,05 37925,30 70,65 41191,36 Capacidade 3 Média Total 33,35 19441,86 33,87 19744,82 35,20 20519,18 Nos tempos, total e médio para pick todos os lotes, pelo teste t-student, com 5 % de significância, no armazém com 10 produtos, aceita-se a hipótese de igualdade apenas entre COI e COIC no layout com 5 colunas, e rejeita-se a hipótese de igualdade entre CIC e COIC com 10 colunas. 72 Capítulo 5 Resultados e Análises No armazém que contem 20 itens rejeita-se a hipótese de igualdade entre os índices CIC e COI no layout com 5 colunas e entre o CIC e COIC com 10 colunas. São considerados estatisticamente iguais os três índices no armazém com 25 itens, nos dois tipos de layout. Em resumo tem-se que no armazém com 10 itens e 5 colunas o CIC retorna o menor tempo, já com 10 colunas ambos, CIC e COI resultam em menor tempo. No armazém com 20 produtos e 5 colunas o CIC e COIC podem ser usados para minimizar este tempo, já com 10 colunas o CIC e COIC se mostram mais eficientes. Sendo que os três resultam em valores estatisticamente iguais para armazém com 25 itens. Por estes fatos, pode-se dizer que o uso do CIC garante, para este cenário, menor tempo médio e total para pick todos os lotes de todos os clientes, em todos os casos simulados. Como já foi dito, a explicação para este comportamento é que a alocação dada pelo COI que busca a minimização dos custos de picking em comando único com base na dimensão do espaço requerido, já o CIC busca colocar os produtos com maior número de clientes à frente, e o COIC balanceia estas duas características. Assim, o CIC apresenta melhor rendimento porque a maior requisição de lotes é referente aos produtos com maior número de clientes. No armazém com 25 produtos, por exemplo, a relação dispersa entre o número de clientes e a dimensão dos produtos, faz com que os três índices resultem, estatisticamente, em valores iguais, uma vez que a requisição de lotes pelos produtos fica melhor distribuída pelo armazém nos três índices, o que não ocorreu nos cenários com 10 e 20 produtos. O tempo de atendimento a cada cliente, dos quais são retiradas as porcentagens de priorização, pode ser visto no apêndice B. O tempo médio de atendimento aos clientes, bem como as percentagens de priorizações resultantes de cada índice podem ser vistos na tabela 5.4, para as três capacidades simuladas e 10, 20 e 25 itens, respectivamente. Para o tempo médio de atendimento dos clientes, pelo teste t-student, rejeita-se a hipótese de igualdade entre os índices, com 5 % de significância, nas três capacidades simuladas. Desta forma, pela influencia das menores distâncias até os produtos e demanda constante, o COI resulto nos menores tempos médios de atendimento ao cliente, seguido do COIC e CIC. 73 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.4 – Cenário 1: Tempo médio de atendimento aos cliente Produto Colunas 10 5 CIC COI COIC 10 10 CIC COI COIC 20 5 CIC COI COIC 20 10 CIC COI COIC 25 5 CIC COI COIC 25 10 CIC COI COIC Capacidade 1 Capacidade 2 Capacidade 3 % Priorização 740,0 437,7 740,0 154,2 93,2 110,5 82,1 48,8 58,4 66,37 22,56 59,73 363,1 216,4 248,2 75,7 46,1 53,7 40,3 24,1 28,4 66,37 22,56 59,73 2084,8 1838,0 1929,8 423,7 376,6 396,6 216,3 191,9 201,7 66,37 26,99 39,82 1037,2 911,0 964,4 210,7 186,8 198,2 107,5 95,0 100,8 51,99 21,46 26,54 1281,0 980,9 1122,9 274,5 214,1 245,4 142,4 111,6 127,4 54,03 27,44 39,10 621,4 526,4 560,1 133,7 113,4 122,4 70,1 59,0 63,5 42,02 26,41 40,13 Ao nível de significância de 5%, pelo teste t-student, aceita-se a hipótese de igualdade entre as porcentagens de priorização dos índices CIC e COIC. Logo, o uso destes, como atribuidores de localização dos produtos em armazéns, possibilita dispor os menores tempos de atendimento ao maior número de clientes. 5.2. Cenário 2 Para visualizar a configuração final proposta por cada índice, ver apêndice C, onde apresenta-se a formação de classes da melhor política para os armazéns com 10, 20 e 25 itens. Também é possível ver a ordem que estas classes ficam dispostas no armazém em cada situação. Esta configuração final, dada por cada índice, resulta em tempo médio até cada produto menor no índice CIC, como mostram os valores apontados na tabela 5.5 (em segundos). Pelo teste t-student, com 5% de significância, rejeita-se a hipótese de igualdade dos valores obtidos pelos índices CIC e COI nos tempos médios até os produtos. Desta forma, a suposição inicial de que o COI seria melhor neste caso, não é verificada. 74 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.5 – Cenário 2: Tempo médio até cada produto 5 colunas Produtos CIC COI COIC 10 24,69 31,67 24,92 Produtos CIC COI COIC 10 12,28 16,72 13,44 20 45,62 53,19 54,80 25 46,13 65,87 68,01 20 24,05 26,15 26,95 25 25,41 32,91 32,36 10 colunas Com a densidade fixa em 0,22 m2/un, e a razão entre o espaço requerido e a demanda, o COI localizou os produtos com quantidades demandadas e necessidade de espaço intermediária à frente, com alta demanda e alto espaço no meio e com baixa demanda e baixo requerimento de espaço no final do armazém. O CIC combinou do maior número de clientes com a menor utilização de espaço para ordenar a alocação dos produtos. Obteve assim, a menor distância média até os produtos. A influência das duas características (COI e CIC) levou ao COIC localizar os produtos na ordem dos maiores números de clientes com a maior quantidade demandada. Com isso, tem-se que o CIC e o COIC podem ser utilizados, neste tipo de cenários, quando o objetivo do armazém é minimizar a distância média até os produtos. No que se refere a minimizar o custo total (em R$) de armazenagem, como mostra a tabela 5.6, o CIC aponta menores custos nas três primeiras situações e nas três últimas o COI. Os dados sombreados representam o índice que retorna o menor custo total. Tabela 5.6 – Cenário 2: Custos de armazenagem N° prod Colunas 5 10 10 5 20 10 5 25 10 Índice Espaço CIC 225,79 COI 226,18 COIC 225,23 CIC 225,79 COI 226,28 COIC 225,56 CIC 426,13 COI 426,53 COIC 426,20 CIC 426,13 COI 426,53 COIC 426,13 CIC 475,66 COI 475,56 COIC 475,63 CIC 475,96 COI 475,66 COIC 452,30 75 Order Picking 482,23 483,68 483,80 235,77 238,21 238,28 1739,37 1739,55 1749,73 861,93 855,30 865,52 2208,42 2190,82 2230,11 1091,72 1081,17 1105,38 Total 708,01 709,86 709,02 461,55 464,49 463,83 2165,50 2166,08 2175,93 1288,06 1281,83 1291,65 2684,09 2666,38 2705,74 1567,68 1556,84 1557,67 Capítulo 5 Resultados e Análises Apesar deste comportamento, com 5% de significância, pelo teste t-student, os custos resultantes dos índices são considerados estatisticamente iguais. Isto ocorre porque no custo são considerados os valores totais e não os médios. Pensando em formação de lotes, o tempo total e médio de pick todos os lotes/cliente de todos os produtos (em segundos), podem ser visto na tabela 5.7, para as três capacidades de picking simuladas. Os valores sombreados representam os menores valores em cada caso. Tabela 5.7 – Cenário 2: Tempo total e médio de concretização dos lotes Produto 10 CIC COI COIC Produto 10 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Capacidade 1 Média Total 223,39 50485,79 235,08 53127,51 228,76 51698,89 Capacidade 1 Média Total 111,38 25173,76 115,67 26142,63 112,56 25440,05 Capacidade 1 Média Total 400,40 180981,43 413,30 186813,48 400,85 181185,74 Capacidade 1 Média Total 198,60 89765,27 203,21 91851,74 195,16 88210,63 Capacidade 1 Média Total 398,00 232034,65 413,32 240963,49 416,23 242661,60 Capacidade 1 Média Total 197,40 115083,63 204,26 119080,91 204,79 119393,77 Capacidade 2 Média Total 52,26 11811,82 65,90 14892,47 57,65 13027,95 Capacidade 2 Média Total 27,58 6232,76 32,28 7296,34 28,24 6381,62 Capacidade 2 Média Total 92,08 41621,05 109,35 49426,51 92,06 41611,01 Capacidade 2 Média Total 46,08 20827,70 53,77 24303,75 46,06 20818,88 Capacidade 2 Média Total 95,25 55529,02 112,68 65694,72 112,26 65447,81 Capacidade 2 Média Total 46,22 26947,68 57,47 33503,74 52,87 30823,29 Capacidade 3 Média Total 26,01 5877,68 37,27 8423,12 29,10 6576,34 Capacidade 3 Média Total 13,61 3075,86 18,32 4140,62 14,27 3225,73 Capacidade 3 Média Total 49,05 22170,67 65,58 29643,11 53,17 24031,36 Capacidade 3 Média Total 25,11 11350,20 32,26 14579,55 26,44 11949,68 Capacidade 3 Média Total 52,37 30531,39 77,93 45432,00 75,95 44280,97 Capacidade 3 Média Total 26,48 15437,64 39,91 23266,33 34,99 20401,48 Pelo teste t-student, com 5 % de significância, rejeita-se a hipótese de igualdade entre os três índices no armazém com 10 itens. No armazém com 20 produtos aceita-se a hipótese de igualdade entre os valores do CIC e COIC e no armazém com 25 itens aceita-se a hipótese de igualdade entre os valores do COI e COIC. Em resumo tem-se que o uso do índice CIC proporciona os menores tempos em todos os casos simulados, como previsto no momento de elaboração deste cenário. Como dito anteriormente, a explicação para estes comportamentos é que a alocação dada pelo COI busca a minimização dos custos totais de picking em comando único com base 76 Capítulo 5 Resultados e Análises na dimensão do espaço requerido, já o CIC busca colocar os produtos com maior número de clientes a frente, e o COIC balanceia estas duas características. Para verificar o tempo de atendimento a cada cliente ver apêndice D. O tempo médio de atendimento aos clientes, bem como as porcentagens de priorizações de clientes por cada índice, é apresentada na tabela 5.8. Tabela 5.8 – Cenário 2: Tempo médio de atendimento aos cliente Produto Colunas 10 5 CIC COI COIC 10 10 CIC COI COIC 20 5 CIC COI COIC 20 10 CIC COI COIC 25 5 CIC COI COIC 25 10 CIC COI COIC Capacidade 1 Capacidade 2 Capacidade 3 % Priorização 681,1 543,2 493,2 137,7 119,7 104,7 68,1 60,2 51,5 64,16 11,06 24,77 251,1 320,1 299,5 53,1 68,6 62,0 25,9 34,5 30,6 51,32 11,06 37,61 2211,8 1271,4 2260,0 426,0 262,5 438,3 215,8 140,0 226,1 47,56 25,88 26,54 859,8 623,3 878,3 168,6 128,7 173,4 86,7 68,7 90,1 39,82 25,88 34,29 786,1 540,6 780,9 165,9 125,5 173,8 88,0 82,9 103,3 40,99 19,03 39,96 385,4 264,4 522,0 80,5 62,6 109,5 44,7 41,3 62,8 38,93 19,03 42,02 Para o tempo médio de atendimento dos clientes, pelo teste t-student, aceita-se a hipótese de igualdade entre os três índices, com 5 % de significância, nas três capacidades simuladas. O que demonstra que é possível obter bons resultados no tempo médio de atendimento ao cliente com o uso dos três índices, para este tipo de cenário. Também pelo teste de hipótese, ao nível de 5% de significância, rejeita-se a igualdade entre os três índices nas porcentagens de priorização. Com isso, o CIC é o índice que disponibiliza os menores tempos ao maior número de clientes. 77 Capítulo 5 Resultados e Análises 5.3. Cenário 3 A configuração final com a formação de classes e a ordem destas no armazém, para a melhor política dada por cada índice, com base nos custos totais de armazenagem, para os armazéns com 10, 20 e 25 itens, pode ser vista no apêndice E. Esta configuração resulta em tempo médio até cada produto menor no índice CIC, como mostram os valores apontados na tabela 5.9 (em segundos). Pelo teste de hipótese, tstudent, com 5% de significância, aceita-se a hipótese de igualdade dos valores obtidos pelos índices COI e COIC nos tempos médios até os produtos. Tabela 5.9 – Cenário 3: Tempo médio até cada produto 5 colunas Produtos CIC COI COIC 10 21,88 26,18 22,20 Produtos CIC COI COIC 10 10,38 10,39 10,85 20 47,32 48,58 49,37 25 66,00 67,92 68,09 20 23,02 23,77 23,88 25 32,32 33,60 33,60 10 colunas Pela razão entre as variáveis o COI e o COIC ordenam os produtos do maior para o menor requerimento de espaço. O CIC também segue essa tendência na ordenação, no entanto, devido às características da curva exponencial, nos pontos que antecedem o comportamento acelerado crescente da curva, os valores são muito próximos. Neste ponto o CIC inverteu algumas localizações, colocando os produtos com maior número de cliente na frente (nesta região do gráfico). Justamente por esta inversão na ordem dos itens, o CIC aloca alguns produtos com menor requerimento de espaço mais a frente do que na ordenação feita pelo COI e COIC, obtendo assim menor tempo médio até os produtos. Com isso, pode-se dizer que em cenários onde a relação entre número de clientes e demanda, bem como entre o número de clientes e o espaço requerido, sejam ambas exponenciais crescentes, o índice CIC proporciona minimizar o tempo médio necessário para pick cada produto. Apesar da vantagem do CIC no tempo médio até os produtos, na soma dos custos totais, que leva em consideração o total de distância percorrida por order picking única e o total de espaço requerido, os três índices fornecem custos totais (R$) considerados 78 Capítulo 5 Resultados e Análises estatisticamente iguais, ao nível de significância de 5%, pelo teste t-student. Os custos são apresentados na tabela 5.10. Os dados sombreados representam o índice que retorna o menor custo em cada tipo de armazém. Tabela 5.10 – Cenário 3: Custos de armazenagem N° prod. Colunas 5 10 10 5 20 10 5 25 10 Índice Espaço CIC 138,51 COI 138,61 COIC 138,94 CIC 138,51 COI 138,26 COIC 138,94 CIC 299,73 COI 300,76 COIC 302,40 CIC 299,92 COI 300,87 COIC 300,87 CIC 445,76 COI 444,81 COIC 446,22 CIC 445,51 COI 444,97 COIC 444,97 Order Picking 166,24 220,42 164,77 80,22 79,36 80,51 781,57 760,30 766,90 383,27 374,62 380,89 1533,42 1517,98 1522,04 756,08 750,55 750,55 Total 304,75 359,03 303,71 218,73 217,62 219,45 1081,30 1061,06 1069,29 683,20 675,50 681,76 1979,18 1962,78 1968,26 1201,59 1195,52 1195,52 Voltando a atenção à formação de lotes, o tempo total e médio de pick todos os lotes/cliente de todos os produtos (em segundos), pode ser visto na tabela 5.11, para as três capacidades de picking simuladas. Os valores sombreados representam os menores valores em cada caso. Com 5% de significância, aceita-se a hipótese de igualdade entre os três índices, em todas as situações simuladas, pelo teste de hipótese t-student. Para verificar o tempo de atendimento a cada cliente dos três índices, nas três capacidades, para as três variações de produtos diferentes, ver apêndice F. O tempo médio de atendimento, bem como a porcentagem de clientes priorizados pode ser visto na tabela 5.12. Pelo teste t-student, com 5% de significância, aceita-se a hipótese de igualdade entre o tempo médio dos índices COI e COIC nas três capacidades. Como o CIC apresenta o menor tempo médio, pode-se dizer que o uso deste índice fornece melhor rendimento quando o objetivo é obter um tempo médio padrão por cliente menor. Pensando em porcentagem de priorização de clientes, os três índices apresentaram valores que, ao nível de 5% de significância, não diferem estatisticamente. 79 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.11 – Cenário 3: Tempo total e médio de concretização dos lotes Produto 10 CIC COI COIC Produto 10 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Capacidade 1 Média Total 82,66 18681,01 104,18 23543,88 83,20 18803,97 Capacidade 1 Média Total 39,79 89.93,38 39,64 89.58,22 40,63 91.81,99 Capacidade 1 Média Total 202,32 91449,99 203,36 91917,14 205,89 93063,63 Capacidade 1 Média Total 98,49 44516,85 100,49 45419,90 100,96 45635,15 Capacidade 1 Média Total 367,55 214280,33 368,94 215091,28 370,35 215915,13 Capacidade 1 Média Total 181,39 105748,76 182,41 106342,56 182,41 106342,56 Capacidade 2 Média Total 18,27 4129,17 23,24 5251,18 18,41 4160,43 Capacidade 2 Média Total 8,77 1.982,71 8,76 1.979,58 8,99 2.032,72 Capacidade 2 Média Total 47,19 21332,12 47,57 21501,40 48,16 21767,81 Capacidade 2 Média Total 23,24 10504,06 23,58 10658,10 23,77 10741,92 Capacidade 2 Média Total 85,41 49792,72 85,70 49961,59 85,95 50107,30 Capacidade 2 Média Total 42,14 24570,43 42,21 24609,35 42,21 24609,35 Capacidade 3 Média Total 15,77 3564,76 20,67 4671,03 15,90 3594,08 Capacidade 3 Média Total 7,61 1.719,75 7,60 1.717,19 7,78 1.758,04 Capacidade 3 Média Total 35,06 15848,09 35,39 15995,46 35,82 16188,48 Capacidade 3 Média Total 16,87 7623,93 17,06 7709,07 17,24 7792,89 Capacidade 3 Média Total 47,77 27850,49 47,93 27944,54 48,05 28015,21 Capacidade 3 Média Total 23,64 13782,27 23,77 13857,06 23,77 13857,06 Tabela 5.12 – Cenário 3: Tempo médio de atendimento aos cliente Produto Colunas 10 5 CIC COI COIC 10 10 CIC COI COIC 20 5 CIC COI COIC 20 10 CIC COI COIC 25 5 CIC COI COIC 25 10 CIC COI COIC Capacidade 1 Capacidade 2 Capacidade 3 % Priorização 206,7 227,8 208,2 42,8 47,4 43,2 29,1 33,4 29,4 64,60 24,33 73,00 95,0 94,9 101,5 19,7 19,7 21,1 13,5 13,5 14,4 28,76 69,02 73,00 457,1 462,4 472,2 101,6 102,9 104,9 62,7 63,8 65,0 48,67 54,64 45,35 221,9 224,6 224,9 49,4 50,1 50,2 28,8 29,2 29,3 51,10 48,89 39,82 619,7 634,2 638,7 139,3 142,7 143,5 70,7 72,5 72,8 46,48 49,05 49,05 302,4 315,4 315,4 68,0 70,8 70,8 36,8 38,3 38,3 54,03 49,39 49,39 80 Capítulo 5 Resultados e Análises 5.4. Cenário 4 O último cenário tem sua configuração apresentada no apêndice G, onde é possível visualizar a formação de classes e a ordenação final da melhor política resultante de cada índice para os armazéns com 10, 20 e 25 itens. Esta configuração leva ao armazém apresentar o tempo médio (em segundos) até cada produto menor no índice COI, como mostram os valores na tabela 5.13. Tabela 5.13 – Cenário 4: Tempo médio até cada produto 5 colunas Produtos CIC COI COIC 10 30,19 25,06 33,68 Produtos CIC COI COIC 10 14,85 12,41 16,38 20 48,36 46,65 57,08 25 56,45 53,46 67,17 20 24,04 23,19 28,31 25 27,85 26,66 34,47 10 colunas Com o teste t-student, com 5% de significância, rejeita-se a hipótese de igualdade dos valores obtidos pelos índices nos tempos médios até os produtos. Com isso, pode-se dizer que o COI possibilita maior eficiência em termos de tempo médio até os produtos. Este comportamento ocorre porque a relação direta entre densidade e demanda faz com que os produtos com maior demanda requeiram maior espaço que os produtos com menor demanda em todos os casos. O COI organizou os itens da menor utilização do espaço para a maior, diminuindo assim a distância média até os produtos em todos os casos. O CIC teve a mesma tendência que o COI, mas os produtos com poucos clientes, mesmo com menor espaço requerido foram colocados mais distantes da I/O, aumentando as distâncias médias. Já o COIC, pela multiplicação do número de clientes com a demanda, mais itens com menor espaço foram puxados para o fundo do armazém. Apesar do COI ter localizado produtos com maior demanda mais distantes da I/O, a sua ordenação possibilitou menores distâncias até os produtos, de tal forma a compensar as maiores demandas no fundo do armazém, quando comparado ao CIC e COIC. Como conseqüência desta configuração tem-se o COI como índice que retorna o menor custo total (em R$) de armazenagem, como mostra a tabela 5.14. Os dados sombreados representam o índice que retorna o menor custo em cada tipo de armazém. 81 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.14 – Cenário 4: Custos de armazenagem N° prod Colunas 5 10 10 5 20 10 5 25 10 Índice CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC Espaço 371,76 371,87 371,66 371,76 372,68 371,66 700,65 700,65 704,18 700,67 700,65 704,18 807,01 802,28 819,50 808,07 802,19 819,65 Order Picking 680,98 660,96 691,19 336,08 325,02 341,01 2400,28 2370,24 2431,89 1190,51 1177,69 1208,38 3255,14 3196,84 3327,27 1614,98 1588,47 1655,93 Total 1052,74 1032,83 1062,86 707,84 697,71 712,67 3100,93 3070,89 3136,08 1891,18 1878,35 1912,57 4062,15 3999,12 4146,77 2423,05 2390,66 2475,58 Pelo teste de hipótese, aceita-se a igualdade entre os custos dos índices CIC e COIC, o que reforça o melhor desempenho do COI. Agora, voltando a atenção para a formação de lotes, o tempo total e médio de pick todos os lotes/cliente de todos os produtos (em segundos), pode ser visto na tabela 5.15, para as três capacidades de picking simuladas. Os valores sombreados representam os menores valores em cada caso. Pelo teste t-student, com 5 % de significância, rejeita-se a hipótese de igualdade apenas nos casos de: 10 itens, 5 colunas para CIC vs. COI; 20 itens, 10 colunas para CIC vs. COI e CIC vs. COIC. Os demais casos aceita-se a hipótese de igualdade nos resultados. Em suma, pode-se dizer que a utilização do índice CIC garante os menores tempos em todas as situações simuladas neste cenário. Para verificar o tempo de atendimento a cada cliente ver apêndice H. O tempo médio de atendimento, em cada caso simulado pelos três índices, é apresentado na tabelas 5.16. Nesta tabela, também é possível ver a porcentagem que cada índice priorizou de clientes em termos de menor tempo de atendimento quando comparado aos demais índices, em cada grupo de clientes demandantes do mesmo tipo de produto. 82 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.15 – Cenário 4: Tempo total e médio de concretização dos lotes Produto 10 CIC COI COIC Produto 10 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 20 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Produto 25 CIC COI COIC Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Colunas 5 Colunas 10 Capacidade 1 Média Total 572,26 12.9329,97 575,14 12.9981,65 579,37 13.0938,62 Capacidade 1 Média Total 282,95 63.946,57 284,12 64.210,25 287,15 64.896,47 Capacidade 1 Média Total 1043,03 471447,82 1000,88 452396,27 1045,02 472349,91 Capacidade 1 Média Total 515,92 233198,06 517,80 234047,30 519,44 234785,46 Capacidade 1 Média Total 1114,24 649600,38 1097,36 639758,15 1120,50 653253,37 Capacidade 1 Média Total 553,40 322632,33 543,82 317048,49 556,57 324479,07 Capacidade 2 Média Total 114,67 25.915,16 116,76 26.387,37 115,27 26.051,54 Capacidade 2 Média Total 56,75 12.826,10 58,13 13.137,71 56,75 12.825,71 Capacidade 2 Média Total 201,27 90975,98 191,20 86423,83 205,24 92767,57 Capacidade 2 Média Total 100,05 45224,28 100,49 45420,04 102,08 46140,79 Capacidade 2 Média Total 223,97 130573,97 220,38 128481,31 224,86 131093,42 Capacidade 2 Média Total 109,95 64099,39 109,34 63747,68 111,08 64756,73 Capacidade 3 Média Total 62,07 14.027,07 64,70 14.623,12 62,46 14.116,58 Capacidade 3 Média Total 26,42 5.970,03 25,57 5.778,81 26,50 5.988,76 Capacidade 3 Média Total 115,25 52092,34 109,49 49491,27 119,31 53929,74 Capacidade 3 Média Total 57,47 25974,69 58,52 26452,96 59,37 26836,87 Capacidade 3 Média Total 131,26 76526,36 130,62 76153,25 133,65 77916,13 Capacidade 3 Média Total 63,62 37092,07 64,94 37860,29 65,56 38218,69 O teste t-student foi realizado, para o tempo médio de atendimento, entre os índices nas diferentes capacidades de picking, e aceita-se a hipótese de igualdade, com 5 % de significância, apenas para CIC vs. COIC nas três capacidades. Pode-se constatar que o COI apresentou na média menores tempos de atendimento ao cliente, para todos os casos, por localizar os produtos com relação aos clientes de forma dispersa no armazém e por possuir distâncias médias menores. Na porcentagem de priorização de clientes, visualizada na tabela 5.16, pelo teste tstudent, ao nível de significância de 5%, aceita-se a hipótese de igualdade entre os índices CIC e COIC, e também, aceita-se a igualdade estatística entre COIC e COI. Com isso, conclui-se que o CIC e COIC podem ser usados eficientemente, neste cenário, quando o objetivo é dispor dos menores tempos de atendimento ao maior número de clientes. 83 Capítulo 5 Resultados e Análises Tabela 5.16 – Cenário 4: Tempo médio de atendimento aos cliente Produto Colunas CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 10 5 CIC 1.535,1 307,0 158,0 COI 1.378,1 277,3 141,9 COIC 1.632,5 326,0 169,6 10 10 CIC 763,9 152,8 76,5 COI 620,0 124,8 60,7 COIC 760,3 151,1 76,5 20 5 CIC 6701,6 1319,5 672,7 COI 6283,4 1234,3 630,4 COIC 6590,7 1303,9 668,7 20 10 CIC 3345,0 659,1 336,2 COI 3094,2 609,7 311,5 COIC 3289,3 650,9 333,8 25 5 CIC 2867,0 567,7 303,7 COI 2729,6 539,3 289,2 COIC 2899,4 575,9 313,7 25 10 CIC 1460,9 287,9 153,3 COI 1347,7 266,5 143,0 COIC 1518,9 300,0 163,5 % Priorização 57,52 42,47 37,61 55,30 44,69 64,15 38,71 41,37 29,86 56,41 45,35 43,58 50,94 34,30 50,60 52,48 46,31 49,05 5.5. Resumo dos resultados Na tabela 5.17 resume os resultados obtidos em cada cenário simulado, nas características: tempo até cada produto; custo total; tempo total por lote; tempo médio de atendimento ao cliente; porcentagem de priorização de clientes. Tabela 5.17 - Resumo dos resultados por cenário CENÁRIO Menor tempo até cada produto Menor custo total Menor tempo total por lote Menor tempo médio de atendimento Maior % priorização 1 COI COI CIC COI CIC / COIC 2 CIC / COIC TRÊS CIC TRÊS CIC 3 CIC TRÊS TRÊS CIC TRÊS 4 COI COI CIC COI CIC / COIC Pode-se dizer que no primeiro cenário os testes de hipóteses confirmaram as expectativas iniciais levantadas na descrição do cenário, com exceção do tempo médio de atendimento ao cliente, que inicialmente supôs ser o COIC melhor neste quesito e verificou ser o COI, devido aos tempos médios até cada produto. Na porcentagem de priorizações 84 Capítulo 5 Resultados e Análises esperava-se que apenas o CIC resulta-se nas maiores porcentagens e verificou que o COIC também possibilita bons resultados. A configuração final do segundo cenário as suposições iniciais não foram verificadas no tempo médio até cada produto, tendo, então o CIC e COIC como índices que oferecem o menor tempo. No custo total de armazenagem e tempo médio de atendimento aos clientes, confirmam-se as suposições, porém os três índices são considerados iguais estatisticamente. Ao propor o terceiro cenário fez-se a suposição de que os três índices apresentariam resultados semelhantes, pelo fato das características demanda e número de clientes se comportarem da mesma forma com relação às variáveis densidade e espaço requerido. No entanto, verificou-se que o CIC proporciona minimizar o tempo médio necessário para pick cada produto, bem como apresenta o menor tempo médio de atendimento ao cliente. Por fim, o último cenário todos os resultados da simulação vão de encontro às expectativas iniciais na formulação do cenário. 5.6. Síntese conclusiva Neste capitulo foram apresentados os resultados das simulações propostas e, pelas analises e hipóteses testadas. Para concluí-lo deve-se verificar se os resultados vão de encontro às hipóteses levantadas no capitulo. A tabela 5.18 resume o status das hipóteses levantadas no capítulo 4, ou seja, aponta se as hipóteses se confirmaram ou não, e ainda mostra em quais cenários este status baseia-se. Tabela 5.18 – Status das hipóteses Hipóteses 1 2 3 4 Status Confirma-se Confirma-se Não é confirmado Confirma-se Cenários 2e3 Todos 1, 3 e 4 Todos A primeira hipótese afirma que pelo sistema de picking em comando único ou por lote, ao considerar o número de clientes na atribuição dos locais de armazenagem obtem-se o menor tempo médio da origem (I/O) até cada produto. Em dois dos cenários (2 e 3) esta hipótese pode-se confirmar. Porém, no primeiro e último cenários analisados, o COI mostrouse mais eficiente. 85 Capítulo 5 Resultados e Análises A segunda hipótese diz que no sistema de picking “por lote”, ao considerar o número de clientes possibilita obter menor tempo médio e total de pick todas as ordens de todos os clientes. Pode-se confirmar esta pelo uso do índice CIC, o qual ofereceu bom desempenho nos quatro cenários. A terceira hipótese não pode se confirmar. Esta afirma que o COIC possibilitaria obter menor tempo médio de atendimento aos pedidos dos clientes que os índices COI e CIC, por balancear as características destes. No entanto, o que se verifica é o COI como melhor desempenho em três cenários (1, 2 e 4), o CIC em dois dos cenários (2 e 3) e o COIC apenas no segundo cenários, onde três índices foram considerados estatisticamente iguais. A última hipótese, afirma que no caso de order picking por lote, o CIC possibilita atingir o menor tempo de atendimento dos pedidos ao maior número de clientes, quando comparado ao COI e COIC, por priorizar altamente os produtos que apresentam o maior número de clientes. Esta pode ser confirmada nos quatro cenários analisados. Ainda verificase o COIC como um bom índice para priorizar clientes, uma vez que é estatisticamente igual ao CIC em três cenários (1, 3 e 4). 86 Capítulo 6 Conclusão 6. CONCLUSÃO Este trabalho iniciou sua pesquisa pela afirmação de Muppani & Adil (2008a) que o uso do COI na formação de classes pode ser sub-ótimo. Neste momento, verificou-se que o COI não utiliza o número de clientes como atribuidor de locais dos produtos em armazéns. Então, para atender o objetivo geral de verificar o impacto da utilização do número de clientes na atribuição de locais dos itens estocados e redução do tempo médio para concretização dos pedidos, foram propostos dois novos índices: CIC e COIC. Ambos utilizam o número de clientes em sua formulação, sendo que apenas o segundo considera a quantidade demanda. Acredita-se que quando os clientes são sensíveis ao tempo de atendimento, fornecer o menor tempo de resposta ao maior número de clientes, possibilita elevar o nível de serviço oferecido pela empresa em termos de agilidade de atendimento, garantindo uma parcela de satisfação maior do que se for considerado o tempo médio de atendimento, e trazendo benefícios às empresas. E ainda, como o tempo gasto em atividades de armazenagem é fator essencial no tempo total gasto na atividade do ciclo de pedido do cliente, é importante estudar meios viáveis e sustentáveis que minimize este tempo. A metodologia utilizada fez uso de um modelo matemático e optou-se pela simulação, por esta permitir estudar processos em diferentes cenários. Quatro cenários foram descritos, variando as quantidades demandadas, o número de clientes, a densidade dos produtos e requerimento de espaços por estes. Dentro de cada cenário foram simuladas as alterações do número de colunas de armazenagem (5 e 10), três nível de capacidade de picking em lotes e três quantidade de produtos distintos estocados. Os modelos apresentados, tanto o modelo de formação de classe e localização formulado por Muppani & Adil (2008a), quanto ao modelo formação de lotes, são passíveis de serem empregados em casos reais, adaptando-se às características de cada armazém, sendo de grande auxilio na busca por uma armazenagem eficiente, ao menor custo global. O levantamento das quatro hipóteses analisadas considera os resultados atingidos no exemplo proposto no quarto capítulo. Na primeira hipótese o COI o COI mostraram ser eficientes, cada um em dois dos cenários analisados, com menor tempo médio até os produtos. Na segunda e quarta hipóteses o uso do CIC atingiu melhores resultados, em termos de menor tempo de picking todos os lotes e maior porcentagem de priorização de clientes. Já a terceira hipótese não se confirma, pois, o COI, em três dos cenários, é o índice que possibilita o menor tempo de atendimento aos clientes. Porém a hipótese três, inicialmente, previa que o COIC resultaria em menor tempo médio. 87 Capítulo 6 Conclusão No entanto, algumas divergências, entre o resultado final dos cenários analisados e o resultado do exemplo, foram constatadas. Esta divergência é conseqüência das características do exemplo proposto, e ocorreram por quarto pontos principais: os dados do exemplo não seguem nenhum dos cenários simulados; os valores do espaço requerido, quantidade demandada e número de clientes são muito semelhantes (entre 1 e 35); os custos de utilização do espaço não é o mesmo, para conseguir balancear com o custo das distâncias percorridas, que no exemplo são bem menores que nos cenários; e por fim, no segundo caso, onde o COIC mostrou ser mais vantajoso, 80% da demanda concentrava-se em apenas 2 clientes, a maior demanda também gerou maiores requerimentos de lotes, e portanto o COIC, ao balancear as características do CIC e COI apresentou melhor desempenho no exemplo. Nos cenários simulados esta concentração não ocorre e, portanto, a terceira hipótese não se confirma. Conclui-se que a escolha de um índice determinante da melhor alocação dos itens em armazenagem depende exclusivamente do cenário em que o armazém está inserido, dos custos que envolvem suas atividades e, principalmente, dos objetivos de sua gerência. Os resultados são claros neste ponto, se a meta da empresa é oferecer menor tempo de atendimento ao maior número de clientes, a melhor escolha é pelo CIC, no entanto, se busca oferecer um atendimento médio menor para todos os clientes, o COI tem vantagens. Ainda nesta ótica, se o armazém trabalha com picking de comando único o COI proporciona menor tempo total para atender todas as ordens. Mas, quando for utilizado o sistema de picking em lotes o CIC resulta no menor tempo. Outra questão, determinante na escolha de um índice, é se o armazém prioriza a redução do espaço utilizado, a minimização das distâncias percorridas, ou ambos. Este ponto é influenciado pelos custos e pelo nível de serviço que a empresa pretende trabalhar. Estas características podem alterar totalmente a configuração escolhida no armazém. Neste momento pode-se afirmar que a modelagem do armazém não é estática, devendo ser revista quando os objetivos e custos do armazém forem alterados. No término deste, observam-se as possibilidades de continuar o estudo. Uma possibilidade é alterar os tipos de cenários simulados por meio de uma variável randômica. Outra possibilidade é verificar os tempos de picking em lotes para todas as possíveis políticas de alocação e não apenas para a melhor política por picking de comando único. Uma vez que, o exemplo do capitulo 4, apresenta distorções no índice COI, que mostrou possibilitar bons resultados no tempo picking por lotes fora da melhor política. E por fim, uma alternativa para os avanços desta pesquisa é analisar separadamente os critérios redução de espaço, custos com espaço e custo com as distâncias percorridas, 88 Capítulo 6 Conclusão fazendo-se o uso de uma modelagem multicritério. Desta forma o gerente poderá balancear os custos de espaço e picking, analisando qual a melhor opção para atingir o nível de serviço almejado, ao mínimo custo total ou ao máximo custo que a empresa está disposta a operar. Deve-se destacar que a maior dificuldade para a aplicação destas sugestões é o número de possíveis configurações dentro armazém. Quanto maior o número de diferentes produtos estocados é aumentado, em grandes proporções, as possíveis combinações em classes. Analisar uma por uma torna o trabalho com alto grau de complexidade. Deve ser ressaltado que o objetivo maior é constatar, que apesar do COI ser um bom índice de atribuição de locais dos produtos em armazém, como menciona a literatura, o seu uso generalizado pode gerar resultados menos satisfatórios, como afirmaram Muppani & Adil (2008a), do que a adoção de outro índice, como por exemplo, o CIC que considera o número de clientes. Por fim, o índice CIC, ao considerar o número de clientes ao invés da quantidade demandada como o COI, mostrou ser eficiente e viável, nos cenários analisados, principalmente no tempo total de picking por lotes e na porcentagem de priorização dos clientes, devendo ser considerado e avaliado em cada situação real. 89 Referências Bibliográficas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBRECHT, K. Revolução nos serviços: como as empresas podem revolucionar a maneira de tratar os seus clientes: Cengage Learning Editores, 1994. ALCÂNTARA, R. L. Logística, nível de serviço e ciclo de pedido: Compreender para otimizar. Encontro Nacional de Engenharia de Produção-ENEGEP. Rio de Janeiro: out/1997. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial; tradução Elias Pereira.- 4 ed.- Porto Alegre: Bookman, 2001. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial; tradução Raul Rubenich.- 5° ed.- Porto Alegre: Bookman, 2006. 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O tempo é apresentado em segundos. P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média 5 colunas Dem E 500 5,0 500 7,0 500 8,0 500 9,6 500 11,1 500 15,1 500 17,6 500 20,1 500 22,6 500 25,2 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 10 colunas Dem E 500 5,0 500 7,0 500 8,0 500 9,6 500 11,1 500 15,1 500 17,6 500 20,1 500 22,6 500 25,2 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 ARMAZÉM COM 10 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 4,0 4,0 4,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 3417,1 316,8 2068,1 711,9 66,0 430,9 379,7 35,2 229,8 10,4 13,2 10,4 3,5 4,4 3,5 3,5 4,4 3,5 207,6 120,1 287,2 41,5 24,0 57,4 20,8 12,0 28,7 145,3 84,1 71,6 41,5 24,0 20,4 20,8 12,0 10,2 145,3 135,2 71,6 41,5 38,6 20,4 20,8 19,3 10,2 166,1 213,3 360,6 41,5 53,3 90,1 20,8 26,7 45,1 806,8 579,0 488,3 142,4 102,2 86,2 94,9 68,1 57,4 124,6 261,1 321,1 41,5 87,0 107,0 20,8 43,5 53,5 2373,0 2650,5 1436,2 474,6 530,1 287,2 237,3 265,1 143,6 740,0 437,7 740,0 154,2 93,2 110,5 82,1 48,8 58,4 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 2,0 2,0 2,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1672,6 158,4 998,1 348,5 33,0 207,9 185,8 17,6 110,9 5,2 6,6 5,2 1,7 2,2 1,7 1,7 2,2 1,7 103,8 55,1 138,6 20,8 11,0 27,7 10,4 5,5 13,9 72,7 38,5 35,8 20,8 11,0 10,2 10,4 5,5 5,1 72,7 79,3 35,9 20,8 22,7 10,3 10,4 11,3 5,1 83,0 90,6 180,3 20,8 22,7 45,1 10,4 11,3 22,5 394,9 281,0 235,7 69,7 49,6 41,6 46,5 33,1 27,7 62,3 127,5 157,6 20,8 42,5 52,5 10,4 21,3 26,3 1161,5 1325,3 693,1 232,3 265,1 138,6 116,2 132,5 69,3 363,1 216,4 248,2 75,7 46,1 53,7 40,3 24,1 28,4 97 Apêndice B P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 1) 5 colunas Dem Esp 500 22,6 500 25,1 500 9,5 500 8,0 500 15,1 500 15,1 500 9,5 500 8,0 500 5,0 500 22,6 500 7,0 500 5,0 500 20,1 500 17,6 500 11,1 500 11,1 500 20,1 500 17,6 500 25,1 500 7,0 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 10 colunas Dem Esp 500 22,6 500 25,1 500 9,5 500 8,0 500 15,1 500 15,1 500 9,5 500 8,0 500 5,0 500 22,6 500 7,0 500 5,0 500 20,1 500 17,6 500 11,1 500 11,1 500 20,1 500 17,6 500 25,1 500 7,0 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 ARMAZÉM COM 20 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 453,8 599,9 671,0 129,7 171,4 191,7 64,8 85,7 95,9 27583,5 26348,5 27588,5 5516,7 5269,7 5517,7 2758,4 2634,9 2758,9 56,9 81,9 56,9 14,2 20,5 14,2 14,2 20,5 14,2 583,5 86,6 391,5 129,7 19,2 87,0 64,8 9,6 43,5 583,5 351,1 391,5 129,7 78,0 87,0 64,8 39,0 43,5 453,8 273,1 519,4 129,7 78,0 148,4 64,8 39,0 74,2 42,7 61,5 42,7 14,2 20,5 14,2 14,2 20,5 14,2 85,3 57,7 85,3 28,4 19,2 28,4 14,2 9,6 14,2 6,0 4,0 6,0 3,0 2,0 3,0 3,0 2,0 3,0 3241,7 4284,7 2175,2 648,3 856,9 435,0 324,2 428,5 217,5 6,0 19,2 6,0 3,0 9,6 3,0 3,0 9,6 3,0 3241,7 110,0 2175,2 648,3 22,0 435,0 324,2 11,0 217,5 583,5 612,6 667,8 129,7 136,1 148,4 64,8 68,1 74,2 1620,9 1312,6 1087,6 259,3 210,0 174,0 129,7 105,0 87,0 99,5 200,2 99,5 28,4 57,2 28,4 14,2 28,6 14,2 71,1 143,0 71,1 14,2 28,6 14,2 14,2 28,6 14,2 518,7 544,5 593,6 129,7 136,1 148,4 64,8 68,1 74,2 1102,2 892,6 739,6 194,5 157,5 130,5 129,7 105,0 87,0 389,0 632,4 575,1 129,7 210,8 191,7 64,8 105,4 95,9 972,5 144,3 652,6 194,5 28,9 130,5 129,7 19,2 87,0 2084,8 1838,0 1929,8 423,7 376,6 396,6 216,3 191,9 201,7 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 223,6 299,9 335,5 63,9 85,7 95,9 31,9 42,8 47,9 13799,3 13049,3 13794,3 2759,9 2609,9 2758,9 1379,9 1304,9 1379,4 26,6 47,2 26,4 6,6 11,8 6,6 6,6 11,8 6,6 287,5 38,8 195,8 63,9 8,6 43,5 31,9 4,3 21,8 287,5 171,1 195,8 63,9 38,0 43,5 31,9 19,0 21,8 223,6 133,0 259,7 63,9 38,0 74,2 31,9 19,0 37,1 19,9 3,0 19,8 6,6 1,0 6,6 6,6 1,0 6,6 39,8 70,8 39,7 13,3 23,6 13,2 6,6 11,8 6,6 2,0 8,6 4,0 1,0 4,3 2,0 1,0 4,3 2,0 1597,4 2142,4 1087,6 319,5 428,5 217,5 159,7 214,2 108,8 3,0 8,6 4,0 1,5 4,3 2,0 1,5 4,3 2,0 1597,4 55,0 1087,6 319,5 11,0 217,5 159,7 5,5 108,8 287,5 301,8 333,9 63,9 67,1 74,2 31,9 33,5 37,1 798,7 656,3 543,8 127,8 105,0 87,0 63,9 52,5 43,5 46,5 82,6 46,3 13,3 23,6 13,2 6,6 11,8 6,6 33,2 59,0 33,0 6,6 11,8 6,6 6,6 11,8 6,6 255,6 268,3 296,8 63,9 67,1 74,2 31,9 33,5 37,1 543,1 446,3 369,8 95,8 78,8 65,3 63,9 52,5 43,5 191,7 313,2 287,6 63,9 104,4 95,9 31,9 52,2 47,9 479,2 64,7 326,3 95,8 12,9 65,3 63,9 8,6 43,5 1037,2 911,0 964,4 210,7 186,8 198,2 107,5 95,0 100,8 98 Apêndice B P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média Prod P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 1) 5 colunas Dem Esp 500 5,0 500 25,1 500 6,5 500 22,1 500 7,0 500 21,1 500 9,0 500 19,1 500 10,1 500 18,6 500 11,1 500 16,1 500 15,6 500 17,1 500 15,1 500 17,6 500 9,5 500 20,1 500 8,5 500 20,6 500 8,0 500 23,1 500 6,0 500 24,1 500 5,5 Cli 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 10 colunas Dem Esp 500 5,0 500 25,1 500 6,5 500 22,1 500 7,0 500 21,1 500 9,0 500 19,1 500 10,1 500 18,6 500 11,1 500 16,1 500 15,6 500 17,1 500 15,1 500 17,6 500 9,5 500 20,1 500 8,5 500 20,6 500 8,0 500 23,1 500 6,0 500 24,1 500 5,5 Cli 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 ARMAZÉM COM 25 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 4087,3 150,0 2596,1 817,5 30,0 519,2 408,7 15,0 259,6 11948,7 11544,1 12115,5 2418,2 2336,3 2451,9 1280,2 1236,9 1298,1 1226,2 1764,5 778,8 245,2 352,9 155,8 163,5 235,3 103,8 2942,9 226,7 1869,2 572,2 44,1 363,5 327,0 25,2 207,7 654,0 90,9 212,0 163,5 22,7 53,0 81,7 11,4 26,5 1880,2 2310,3 1194,2 408,7 502,2 259,6 163,5 200,9 103,8 654,0 147,5 212,0 163,5 36,9 53,0 81,7 18,4 26,5 1389,7 1235,5 882,7 245,2 218,0 155,8 163,5 145,4 103,8 490,5 153,0 465,2 163,5 51,0 155,1 81,7 25,5 77,5 1144,4 1017,5 726,9 245,2 218,0 155,8 81,7 72,7 51,9 91,5 192,8 91,5 30,5 64,3 30,5 15,3 32,1 15,3 654,0 405,3 212,0 163,5 101,3 53,0 81,7 50,7 26,5 572,2 307,6 639,7 163,5 87,9 182,8 81,7 43,9 91,4 817,5 726,8 1056,9 163,5 145,4 211,4 81,7 72,7 105,7 157,9 262,0 811,9 45,1 74,9 232,0 22,6 37,4 116,0 735,7 654,1 822,5 163,5 145,4 182,8 81,7 72,7 91,4 61,0 102,0 61,0 15,3 25,5 15,3 15,3 25,5 15,3 735,7 654,1 951,2 163,5 145,4 211,4 81,7 72,7 105,7 31,0 73,7 31,0 7,8 18,4 7,8 7,8 18,4 7,8 654,0 803,6 620,3 163,5 200,9 155,1 81,7 100,4 77,5 23,3 34,1 23,3 7,8 11,4 7,8 7,8 11,4 7,8 572,2 823,4 943,1 163,5 235,3 269,5 81,7 117,6 134,7 5,7 12,6 6,0 2,8 6,3 3,0 2,8 6,3 3,0 490,5 824,6 744,4 163,5 274,9 248,1 81,7 137,4 124,1 4,0 6,0 6,0 2,0 3,0 3,0 2,0 3,0 3,0 1281,0 980,9 1122,9 274,5 214,1 245,4 142,4 111,6 127,4 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 1943,7 100,0 1298,1 388,7 20,0 259,6 5974,3 5351,4 6057,7 1209,1 1083,0 1226,0 583,1 39,7 389,4 116,6 7,9 77,9 1399,4 2293,5 934,6 272,1 445,9 181,7 311,0 57,7 102,0 77,7 14,4 25,5 894,1 1005,5 597,1 194,4 218,6 129,8 311,0 57,7 102,0 77,7 14,4 25,5 660,8 743,2 441,3 116,6 131,2 77,9 233,2 73,5 229,6 77,7 24,5 76,5 544,2 612,1 363,5 116,6 131,2 77,9 42,8 93,4 42,8 14,3 31,1 14,3 311,0 228,6 102,0 77,7 57,1 25,5 272,1 139,8 316,4 77,7 39,9 90,4 388,7 285,7 528,5 77,7 57,1 105,7 272,1 139,8 406,0 77,7 39,9 116,0 349,9 257,1 406,8 77,7 57,1 90,4 28,5 49,0 28,5 7,1 12,3 7,1 27,0 393,5 475,6 6,0 87,4 105,7 155,5 28,9 15,5 38,9 7,2 3,9 311,0 349,8 306,1 77,7 87,4 76,5 9,0 21,6 11,6 3,0 7,2 3,9 272,1 445,9 468,1 77,7 127,4 133,7 6,0 5,3 4,0 3,0 2,6 2,0 233,2 382,2 372,2 77,7 127,4 124,1 2,0 4,0 4,0 1,0 2,0 2,0 621,4 526,4 560,1 133,7 113,4 122,4 99 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 194,4 10,0 129,8 640,1 573,4 649,0 77,7 5,3 51,9 155,5 254,8 103,8 38,9 7,2 12,8 77,7 87,4 51,9 38,9 7,2 12,8 77,7 87,4 51,9 38,9 12,3 38,3 38,9 43,7 26,0 7,1 15,6 7,1 38,9 28,6 12,8 38,9 20,0 45,2 38,9 28,6 52,8 38,9 20,0 58,0 38,9 28,6 45,2 7,1 12,3 7,1 3,0 43,7 52,8 38,9 7,2 3,9 38,9 43,7 38,3 3,0 7,2 3,9 38,9 63,7 66,9 3,0 2,6 2,0 38,9 63,7 62,0 1,0 2,0 2,0 70,1 59,0 63,5 Apêndice C Configuração final do armazém (Cenário 2) 10 PRODUTOS APÊNDICE C - Configuração final do armazém (Cenário 2) Colunas Ordem 1 2 3 4 Colunas Ordem 1 20 PRODUTOS 2 3 4 CIC P1 P3 P4 P5 P6 P7 P9 P2 P8 P10 CIC P1 P17 P19 P5 P6 P7 P13 P2 P3 P4 P8 P9 P10 P11 P14 P15 P16 P18 P20 P12 5 6 5 COI P6 P13 P10 P2 P5 P7 P8 P9 P11 P12 P14 P16 P17 P19 P20 P18 P1 P3 P4 P15 COIC CIC P1 P3 P7 P1 P3 P2 P4 P5 P6 P8 P2 P4 P5 P6 P10 P7 P8 P9 P10 P9 COIC CIC P1 P7 P9 P11 P1 P17 P19 P13 P17 P19 P5 P8 P15 P6 P5 P7 P13 P16 P18 P3 P6 P11 P4 P14 P2 P12 P20 P10 Ordem CIC 1 P25 COI P1 P5 P17 P2 P4 P10 P19 P24 10 COI P3 P6 P5 P7 P8 P9 P10 P4 P1 P2 10 COI P6 P13 P10 P2 P5 P7 P8 P9 P11 P12 P14 P16 P17 P19 P20 P2 P3 P4 P8 P9 P18 P10 P12 P14 P15 P16 P18 P20 P1 P3 P4 P15 5 Colunas 25 PRODUTOS 5 COI P3 P6 P2 P5 P7 P8 P9 P10 P4 P1 COIC P1 P3 P7 P4 P5 P6 P8 P10 P9 P2 COIC P1 P9 P11 P19 P3 P76 P7 P13 P17 P2 P4 P5 P8 P10 P12 P14 P18 P20 P15 P16 10 COIC P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 CIC P25 2 P23 3 P5 P7 P15 P3 P6 P8 P1 P17 P19 P21 P14 P15 P16 P18 P20 P23 P21 4 P9 P3 P19 5 6 P11 P1 P2 P4 P6 P8 P10 P12 P13 P14 P16 P18 P20 P22 P24 P7 P11 P12 P13 P21 P22 P25 P9 P23 P5 P17 P15 7 COI P1 P5 P17 P2 P4 P10 P19 P 24 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P3 P6 P7 P8 P23 P24 P13 P14 P15 P16 P18 P20 P12 P21 P25 P22 P25 P22 P9 P21 P1 P2 P3 P4 P6 P11 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P16 P18 P20 P22 P24 P23 8 9 10 100 COIC P15 P16 P17 P18 P19 P20 P5 P4 P3 P1 P2 Apêndice D Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 2) APÊNDICE D - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 2) Nas tabelas as siglas Dem significam demanda (unidades), E é espaço médio requerido (em m2) e Cli o número de clientes (unidades). O tempo é apresentado em segundos. P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média 5 colunas Dem Esp 40 0,9 170 3,8 315 7,0 450 9,9 600 13,3 720 15,9 860 19,0 1000 22,1 1140 25,2 1280 28,3 10 colunas Dem Esp 40 0,9 170 3,8 315 7,0 450 9,9 600 13,3 720 15,9 860 19,0 1000 22,1 1140 25,2 1280 28,3 ARMAZÉM COM 10 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 Cli CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 40 2,0 59,3 6,0 2,0 59,3 6,0 2,0 59,3 6,0 1 2073,0 1365,2 1269,6 385,7 254,0 236,2 192,8 127,0 118,1 30 6,0 15,0 18,0 2,0 5,0 6,0 2,0 5,0 6,0 10 235,8 682,6 354,3 58,9 170,7 88,6 19,6 56,9 29,5 20 157,2 254,0 236,2 39,3 63,5 59,1 19,6 31,7 29,5 25 157,2 40,0 236,2 39,3 10,0 59,1 19,6 5,0 29,5 35 137,5 222,2 42,0 39,3 63,5 12,0 19,6 31,7 6,0 15 819,6 539,7 501,9 192,8 127,0 118,1 96,4 63,5 59,1 45 137,5 222,2 378,4 39,3 63,5 108,1 19,6 31,7 54,1 5 3085,4 2031,9 1889,7 578,5 381,0 354,3 289,3 190,5 177,2 681,1 543,2 493,2 137,7 119,7 104,7 68,1 60,2 51,5 Clie 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 1,0 29,2 3,0 1,0 29,2 3,0 649,5 1254,3 1250,2 120,8 233,4 232,6 3,0 9,0 9,0 1,0 3,0 3,0 181,3 326,3 168,2 45,3 81,6 42,0 120,8 121,0 112,1 30,2 30,3 28,0 120,8 24,0 112,1 30,2 6,0 28,0 105,7 105,9 21,0 30,2 30,3 6,0 256,8 257,1 238,3 60,4 60,5 56,1 105,7 105,9 184,0 30,2 30,3 52,6 966,7 968,1 897,0 181,3 181,5 168,2 251,1 320,1 299,5 53,1 68,6 62,0 101 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 1,0 29,2 3,0 60,4 116,7 116,3 1,0 3,0 3,0 15,1 27,2 14,0 15,1 15,1 14,0 15,1 3,0 14,0 15,1 15,1 3,0 30,2 30,3 28,0 15,1 15,1 26,3 90,6 90,8 84,1 25,9 34,5 30,6 Apêndice D P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 2) 5 colunas Dem Esp 170 3,8 40 0,9 800 17,7 920 20,4 480 10,6 550 12,1 860 19,0 900 19,9 1280 28,3 150 3,3 1000 22,1 1240 27,5 330 7,3 400 8,9 720 15,9 760 16,8 220 4,9 450 10,0 50 1,1 1140 25,2 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 10 colunas Dem Esp 170 3,8 40 0,9 800 17,7 920 20,4 480 10,6 550 12,1 860 19,0 900 19,9 1280 28,3 150 3,3 1000 22,1 1240 27,5 330 7,3 400 8,9 720 15,9 760 16,8 220 4,9 450 10,0 50 1,1 1140 25,2 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 ARMAZÉM COM 20 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 4,0 201,5 36,0 2,0 100,7 18,0 2,0 100,7 18,0 621,8 464,9 1002,9 124,4 93,0 200,6 62,2 46,5 100,3 435,2 705,2 496,8 124,4 201,5 141,9 62,2 100,7 71,0 1430,1 2317,0 1912,8 310,9 503,7 415,8 186,5 302,2 249,5 78,8 279,0 297,9 26,3 93,0 99,3 13,1 46,5 49,6 78,8 24,0 425,8 13,1 4,0 71,0 13,1 4,0 71,0 92,0 325,4 126,0 26,3 93,0 36,0 13,1 46,5 18,0 932,7 697,4 744,7 186,5 139,5 148,9 124,4 93,0 99,3 497,4 371,9 144,0 124,4 93,0 36,0 62,2 46,5 18,0 497,4 66,6 901,2 124,4 16,7 225,3 62,2 8,3 112,7 435,2 325,4 126,0 124,4 93,0 36,0 62,2 46,5 18,0 33366,7 14412,5 31089,3 6135,2 2650,0 5716,4 3013,8 1301,8 2808,1 39,4 12,0 54,0 13,1 4,0 18,0 13,1 4,0 18,0 621,8 464,9 831,6 124,4 93,0 166,3 62,2 46,5 83,2 559,6 906,7 446,8 124,4 201,5 99,3 62,2 100,7 49,6 497,4 371,9 397,2 124,4 93,0 99,3 62,2 46,5 49,6 4,0 93,0 36,0 2,0 46,5 18,0 2,0 46,5 18,0 497,4 693,0 397,2 124,4 173,3 99,3 62,2 86,6 49,6 2,0 46,5 18,0 2,0 46,5 18,0 2,0 46,5 18,0 3544,1 2650,0 5716,4 683,9 511,4 1103,2 373,1 279,0 601,7 2211,8 1271,4 2260,0 426,0 262,5 438,3 215,8 140,0 226,1 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 12,1 99,7 12,0 6,1 49,9 6,0 6,1 49,9 6,0 358,2 227,5 360,6 71,6 45,5 72,1 35,8 22,7 36,1 250,7 349,1 118,6 71,6 99,7 33,9 35,8 49,9 16,9 823,8 1147,0 829,5 179,1 249,4 180,3 107,5 149,6 108,2 36,4 136,5 216,4 12,1 45,5 72,1 6,1 22,7 36,1 36,4 12,0 101,6 6,1 2,0 16,9 6,1 2,0 16,9 42,5 159,2 118,6 12,1 45,5 33,9 6,1 22,7 16,9 537,3 341,2 540,9 107,5 68,2 108,2 71,6 45,5 72,1 286,5 182,0 48,0 71,6 45,5 12,0 35,8 22,7 6,0 286,5 29,3 288,5 71,6 7,3 72,1 35,8 3,7 36,1 95,8 159,2 42,0 27,4 45,5 12,0 13,7 22,7 6,0 11103,3 7051,3 11179,6 2041,6 1296,5 2055,6 1002,9 636,9 1009,8 18,2 6,0 50,8 6,1 2,0 16,9 6,1 2,0 16,9 358,2 227,5 528,2 71,6 45,5 105,6 35,8 22,7 52,8 322,4 448,8 324,6 71,6 99,7 72,1 35,8 49,9 36,1 286,5 182,0 422,5 71,6 45,5 105,6 35,8 22,7 52,8 12,1 45,5 33,9 6,1 22,7 16,9 6,1 22,7 16,9 286,5 342,5 288,5 71,6 85,6 72,1 35,8 42,8 36,1 1,0 22,7 6,0 1,0 22,7 6,0 1,0 22,7 6,0 2041,6 1296,5 2055,6 394,0 250,2 396,7 214,9 136,5 216,4 859,8 623,3 878,3 168,6 128,7 173,4 86,7 68,7 90,1 102 Apêndice D P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 2) 5 colunas Dem Esp 45 1,0 1280 28,3 100 2,2 1000 22,1 150 3,3 920 20,4 245 5,4 800 17,7 350 7,7 760 16,8 450 9,9 615 13,6 550 12,2 660 14,6 480 10,6 720 15,9 330 7,3 860 19,0 220 4,9 900 19,9 170 3,7 1050 23,2 120 2,7 1240 27,5 50 1,1 Cli 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 10 colunas Dem Esp 45 1,0 1280 28,3 100 2,2 1000 22,1 150 3,3 920 20,4 245 5,4 800 17,7 350 7,7 760 16,8 450 9,9 615 13,6 550 12,2 660 14,6 480 10,6 720 15,9 330 7,3 860 19,0 220 4,9 900 19,9 170 3,7 1050 23,2 120 2,7 1240 27,5 50 1,1 Cli 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 ARMAZÉM COM 25 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 898,1 36,0 1505,0 224,5 9,0 376,3 8008,2 2561,8 6741,0 1496,9 478,8 1260,0 85,3 345,4 315,0 17,1 69,1 63,0 2694,4 861,9 2268,0 523,9 167,6 441,0 40,0 15,0 315,0 8,0 3,0 63,0 1571,7 1450,8 1323,0 299,4 276,3 252,0 40,0 540,7 315,0 8,0 108,1 63,0 1047,8 967,2 882,0 224,5 207,3 189,0 102,4 748,9 378,0 17,1 124,8 63,0 748,4 239,4 630,0 149,7 47,9 126,0 127,3 648,9 378,0 21,2 108,1 63,0 523,9 757,0 441,0 149,7 216,3 126,0 449,1 648,9 378,0 74,8 108,1 63,0 523,9 483,6 441,0 149,7 138,2 126,0 40,0 345,4 315,0 8,0 69,1 63,0 523,9 483,6 441,0 149,7 138,2 126,0 24,0 9,0 189,0 8,0 3,0 63,0 523,9 483,6 441,0 149,7 138,2 126,0 16,0 47,9 126,0 8,0 23,9 63,0 523,9 483,6 441,0 149,7 138,2 126,0 16,0 216,3 126,0 8,0 108,1 63,0 523,9 757,0 441,0 149,7 216,3 126,0 1,0 69,1 63,0 1,0 69,1 63,0 598,7 191,5 504,0 149,7 47,9 126,0 1,0 122,6 125,8 1,0 122,6 125,8 786,1 540,6 780,9 165,9 125,5 173,8 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 74,8 3,0 125,4 748,4 239,4 630,0 17,1 69,1 63,0 299,4 95,8 252,0 8,0 3,0 63,0 149,7 138,2 126,0 8,0 108,1 63,0 149,7 138,2 126,0 17,1 124,8 63,0 74,8 23,9 63,0 21,2 108,1 63,0 74,8 108,1 63,0 74,8 108,1 63,0 74,8 69,1 63,0 8,0 69,1 63,0 74,8 69,1 63,0 8,0 3,0 63,0 74,8 69,1 63,0 8,0 23,9 63,0 74,8 69,1 63,0 8,0 108,1 63,0 74,8 108,1 63,0 1,0 69,1 63,0 74,8 23,9 63,0 1,0 122,6 125,8 88,0 82,9 103,3 CAPACIDADE 1 CIC COI COIC 413,5 24,0 723,7 3687,3 1227,4 6452,7 172,3 178,1 285,9 1240,6 412,9 1970,0 13,7 10,0 260,5 723,7 748,0 572,8 172,3 178,1 136,4 482,5 498,6 381,9 206,8 358,7 163,7 344,6 114,7 272,8 206,8 365,2 163,7 241,2 377,7 190,9 206,8 213,7 163,7 241,2 249,3 190,9 24,7 178,1 40,0 241,2 249,3 56,0 8,2 6,0 24,0 241,2 249,3 56,0 3,2 22,9 16,0 241,2 249,3 56,0 2,0 107,9 102,8 241,2 377,7 340,4 1,0 62,4 42,6 275,7 91,8 340,5 1,0 58,2 45,8 385,4 264,4 522,0 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 34,5 2,0 60,3 344,6 114,7 603,1 34,5 35,6 57,2 137,8 45,9 218,9 2,7 2,0 52,1 68,9 71,2 54,6 34,5 35,6 27,3 68,9 71,2 54,6 34,5 59,8 27,3 34,5 11,5 27,3 34,5 60,9 27,3 34,5 54,0 27,3 34,5 35,6 27,3 34,5 35,6 27,3 4,9 35,6 8,0 34,5 35,6 8,0 2,7 2,0 8,0 34,5 35,6 8,0 1,6 11,5 8,0 34,5 35,6 8,0 1,0 54,0 51,4 34,5 54,0 48,6 1,0 62,4 42,6 34,5 11,5 42,6 1,0 58,2 45,8 44,7 41,3 62,8 103 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC 103,4 6,0 180,9 689,2 229,4 1206,1 34,5 35,6 57,2 241,2 80,3 383,1 2,7 2,0 52,1 137,8 142,5 109,1 34,5 35,6 27,3 103,4 106,9 81,8 34,5 59,8 27,3 68,9 22,9 54,6 34,5 60,9 27,3 68,9 107,9 54,6 34,5 35,6 27,3 68,9 71,2 54,6 4,9 35,6 8,0 68,9 71,2 16,0 2,7 2,0 8,0 68,9 71,2 16,0 1,6 11,5 8,0 68,9 71,2 16,0 1,0 54,0 51,4 68,9 107,9 97,3 1,0 62,4 42,6 68,9 22,9 85,1 1,0 58,2 45,8 80,5 62,6 109,5 Apêndice E Configuração final do armazém (Cenário 3) 10 PRODUTOS APÊNDICE E - Configuração final do armazém (Cenário 3) Colunas Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 P10 P9 P6 P8 P5 P7 P4 P2 P3 P1 Colunas Ordem CIC 1 P20 2 P19 P10 P9 P7 P8 P4 P5 P6 P3 P2 P1 5 COI COIC P10 P9 P8 P7 P6 P4 P5 P2 P3 P1 P20 P19 COIC P20 P19 P18 P18 4 P11 P12 P13 P16 P17 P18 P15 5 P7 P14 6 3 20 PRODUTOS 5 COI CIC P15 P16 P17 P17 10 COI CIC P10 P9 P6 P8 P5 P7 P1 P2 P3 P4 CIC P10 P9 P8 P5 P6 P7 P1 P2 P3 P4 10 COI P20 P20 P11 P12 P16 P18 P19 P17 P18 P19 P13 P14 P15 P16 P17 COIC P10 P9 P8 P7 P6 P4 P5 P2 P3 P1 COIC P19 P20 P16 P17 P18 P12 P13 P14 P15 P12 P13 P14 P15 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P16 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P1 P9 P10 P11 P9 P10 P11 P15 P2 7 8 P5 P8 P10 P3 P6 P9 P8 P14 P13 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P1 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 P1 P2 P4 P5 P6 P7 P1 P2 P3 P4 P12 P11 P10 P9 P8 P7 P6 P5 P3 P4 P2 P1 104 Apêndice E 25 PRODUTOS Colunas Ordem 1 2 3 4 5 6 Configuração final do armazém (Cenário 3) P2 P4 P24 P6 P22 P8 P18 P20 P10 P16 5 COI P2 P24 P4 P22 P6 P20 P8 P18 P10 P16 COIC P2 P24 P4 P22 P6 P20 P8 P18 P10 P16 7 P14 P14 P14 8 P5 P7 P9 P12 P13 P15 P17 P19 P21 P11 P3 P23 P25 P1 P12 P13 P12 P15 P11 P9 P17 P7 P19 P21 P1 P3 P5 P17 P23 P25 P13 P15 P11 P9 P5 P21 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 CIC P17 P7 P19 P3 P23 P1 P25 105 10 COI P2 P2 P22 P24 P4 P6 P22 P24 P4 P6 P20 P8 P18 P20 P8 P10 P18 P10 P16 P14 P15 P16 P14 P12 P13 P5 P7 P9 P12 P13 P7 P9 P11 P15 P17 P19 P21 P17 P1 P3 P11 P23 P5 P19 P21 P25 P3 P23 CIC P1 P25 COIC P2 P22 P24 P4 P6 P20 P8 P10 P18 P14 P16 P12 P13 P15 P7 P9 P11 P17 P5 P19 P21 P3 P23 P1 P25 Apêndice F Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 3) APÊNDICE F - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 3) Nas tabelas as siglas Dem significam demanda (unidades), E é espaço médio requerido (em m2) e Cli o número de clientes (unidades). O tempo é apresentado em segundos. P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média 5 colunas Dem Esp 50 2,5 100 4,5 150 6,1 200 7,0 300 9,0 400 8,9 600 11,5 800 12,9 1000 14,1 1200 12,1 Média 10 colunas Dem Esp 50 2,5 100 4,5 150 6,1 200 7,0 300 9,0 400 8,9 600 11,5 800 12,9 1000 14,1 1200 12,1 Cli 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Cli 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 ARMAZÉM COM 10 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 898,4 899,1 901,3 179,7 179,8 180,3 107,8 107,9 108,2 328,4 359,6 329,5 65,7 71,9 65,9 32,8 36,0 33,0 262,7 262,7 263,6 65,7 65,7 65,9 32,8 32,8 33,0 205,7 229,9 192,5 29,4 32,8 27,5 29,4 32,8 27,5 117,2 164,2 137,5 23,4 32,8 27,5 23,4 32,8 27,5 60,0 101,6 91,1 15,0 25,4 22,8 15,0 25,4 22,8 93,8 101,6 72,3 23,4 25,4 18,1 23,4 25,4 18,1 60,0 101,6 53,2 15,0 25,4 13,3 15,0 25,4 13,3 31,7 48,3 31,7 7,9 12,1 7,9 7,9 12,1 7,9 9,0 9,0 9,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 206,7 227,8 208,2 42,8 47,4 43,2 29,1 33,4 29,4 CAPACIDADE 1 CIC COI COIC 386,7 385,9 438,1 154,7 154,4 159,8 123,7 123,5 127,8 108,3 108,0 96,3 56,1 51,0 68,8 28,0 40,8 45,6 44,9 40,8 34,2 28,0 24,6 24,6 13,8 13,8 13,8 6,0 6,0 6,0 95,0 94,9 101,5 106 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC 77,3 77,2 87,6 30,9 30,9 32,0 30,9 30,9 32,0 15,5 15,4 13,8 11,2 10,2 13,8 7,0 10,2 11,4 11,2 10,2 8,5 7,0 6,1 6,1 3,5 3,5 3,5 2,0 2,0 2,0 19,7 19,7 21,1 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 46,4 46,3 52,6 15,5 15,4 16,0 15,5 15,4 16,0 15,5 15,4 13,8 11,2 10,2 13,8 7,0 10,2 11,4 11,2 10,2 8,5 7,0 6,1 6,1 3,5 3,5 3,5 2,0 2,0 2,0 13,5 13,5 14,4 Apêndice F P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 3) 5 colunas Dem Esp Cli 40 2,0 1 50 2,4 1 100 4,6 5 120 5,3 5 150 6,3 10 190 7,3 10 200 7,2 15 220 7,5 15 300 9,6 20 360 10,9 20 400 8,9 25 430 9,1 25 600 12,1 30 660 12,6 30 800 14,5 35 850 13,7 35 1050 15,8 40 1100 15,5 40 1240 15,0 45 1280 12,9 45 10 colunas Dem Esp 40 2,0 50 2,4 100 4,6 120 5,3 150 6,3 190 7,3 200 7,2 220 7,5 300 9,6 360 10,9 400 8,9 430 9,1 600 12,1 660 12,6 800 14,5 850 13,7 1050 15,8 1100 15,5 1240 15,0 1280 12,9 Cli 1 1 5 5 10 10 15 15 20 20 25 25 30 30 35 35 40 40 45 45 ARMAZÉM COM 20 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 1538,5 1522,7 1592,8 307,7 304,5 318,6 1923,2 1903,4 1970,0 384,6 380,7 394,0 728,5 761,4 757,8 145,7 152,3 151,6 923,1 913,6 909,4 230,8 228,4 227,3 582,8 553,0 581,1 145,7 138,3 145,3 649,6 691,3 699,9 129,9 138,3 140,0 362,1 483,9 468,7 103,5 138,3 133,9 519,6 508,4 511,4 129,9 127,1 127,9 288,8 297,0 298,9 57,8 59,4 59,8 389,7 320,2 334,5 129,9 106,7 111,5 105,8 213,5 208,9 26,5 53,4 52,2 132,3 211,2 242,6 26,5 42,2 48,5 105,8 169,0 175,0 26,5 42,2 43,7 258,6 211,2 193,5 51,7 42,2 38,7 222,5 130,8 162,2 44,5 26,2 32,4 132,3 130,8 136,9 26,5 26,2 27,4 132,3 130,8 103,5 26,5 26,2 20,7 105,8 56,4 56,4 26,5 14,1 14,1 30,5 30,5 30,5 7,6 7,6 7,6 9,0 9,0 9,0 3,0 3,0 3,0 457,1 462,4 472,2 101,6 102,9 104,9 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 153,9 152,3 159,3 230,8 228,4 236,4 72,9 76,1 75,8 153,9 152,3 151,6 72,9 69,1 72,6 65,0 69,1 70,0 51,7 69,1 67,0 65,0 63,5 63,9 57,8 59,4 59,8 65,0 53,4 55,8 26,5 53,4 52,2 26,5 42,2 48,5 26,5 42,2 43,7 51,7 42,2 38,7 44,5 26,2 32,4 26,5 26,2 27,4 26,5 26,2 20,7 26,5 14,1 14,1 7,6 7,6 7,6 3,0 3,0 3,0 62,7 63,8 65,0 CAPACIDADE 1 CIC COI COIC 769,6 782,3 782,3 974,7 867,4 867,4 320,6 347,0 347,0 384,7 416,4 416,4 256,5 277,6 277,6 320,6 347,0 347,0 224,4 242,9 242,9 256,5 277,6 277,6 160,3 136,5 136,5 192,4 163,8 163,8 39,0 109,2 109,2 48,8 96,3 96,3 87,8 77,0 77,0 109,7 96,3 96,3 109,7 96,3 96,3 48,8 56,0 51,0 48,8 56,0 51,0 39,0 20,2 40,8 39,0 20,2 12,0 6,0 6,0 9,0 221,9 224,6 224,9 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 77,0 78,2 78,2 117,0 104,1 104,1 32,1 34,7 34,7 32,1 34,7 34,7 32,1 34,7 34,7 32,1 34,7 34,7 32,1 34,7 34,7 32,1 34,7 34,7 32,1 27,3 27,3 32,1 27,3 27,3 9,8 27,3 27,3 9,8 19,3 19,3 21,9 19,3 19,3 21,9 19,3 19,3 21,9 19,3 19,3 9,8 11,2 10,2 9,8 11,2 10,2 9,8 5,0 10,2 9,8 5,0 3,0 2,0 2,0 3,0 28,8 29,2 29,3 107 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC 153,9 156,5 156,5 194,9 173,5 173,5 64,1 69,4 69,4 96,2 104,1 104,1 64,1 69,4 69,4 64,1 69,4 69,4 64,1 69,4 69,4 64,1 69,4 69,4 32,1 27,3 27,3 64,1 54,6 54,6 9,8 27,3 27,3 9,8 19,3 19,3 21,9 19,3 19,3 21,9 19,3 19,3 21,9 19,3 19,3 9,8 11,2 10,2 9,8 11,2 10,2 9,8 5,0 10,2 9,8 5,0 3,0 2,0 2,0 3,0 49,4 50,1 50,2 Apêndice F P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 3) 5 colunas Dem Esp 45 2,3 1280 12,9 100 4,6 1000 13,1 150 6,3 920 13,0 245 9,4 800 14,5 350 12,3 760 14,5 450 15,3 615 18,6 550 17,1 660 14,6 480 15,5 720 14,5 330 12,3 860 14,7 220 8,9 900 14,5 170 7,0 1050 12,7 120 5,3 1240 13,7 50 2,4 Cli 1 45 5 41 9 37 15 31 19 29 21 26 25 27 23 28 17 33 13 35 11 39 7 43 3 10 colunas Dem Esp 45 2,3 1280 12,9 100 4,6 1000 13,1 150 6,3 920 13,0 245 9,4 800 14,5 350 12,3 760 14,5 450 15,3 615 18,6 550 17,1 660 14,6 480 15,5 720 14,5 330 12,3 860 14,7 220 8,9 900 14,5 170 7,0 1050 12,7 120 5,3 1240 13,7 50 2,4 Cli 1 45 5 41 9 37 15 31 19 29 21 26 25 27 23 28 17 33 13 35 11 39 7 43 3 ARMAZÉM COM 25 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 2711,0 2613,2 2713,8 589,3 568,1 590,0 9,0 18,0 18,0 3,0 6,0 6,0 1149,1 1136,2 1141,1 229,8 227,2 228,2 40,7 60,3 60,3 10,2 15,1 15,1 751,8 1022,5 876,0 167,1 227,2 194,7 82,0 104,5 104,5 20,5 26,1 26,1 751,8 937,3 966,7 167,1 208,3 214,8 210,9 227,3 227,3 35,1 37,9 37,9 835,3 939,5 919,5 167,1 187,9 183,9 277,3 275,7 275,7 92,4 91,9 91,9 1198,2 944,2 944,2 217,9 171,7 171,7 668,3 551,9 526,7 167,1 138,0 131,7 668,3 551,9 583,9 167,1 138,0 146,0 408,5 406,7 406,7 116,7 116,2 116,2 584,7 556,1 556,1 167,1 158,9 158,9 313,6 312,0 312,0 104,5 104,0 104,0 835,3 939,5 1024,6 167,1 187,9 204,9 210,9 227,3 227,3 35,1 37,9 37,9 751,8 937,3 1000,0 167,1 208,3 222,2 175,7 130,7 130,7 35,1 26,1 26,1 668,3 833,1 778,7 167,1 208,3 194,7 82,0 60,3 60,3 20,5 15,1 15,1 1034,2 1022,5 1027,0 229,8 227,2 228,2 40,7 24,0 24,0 10,2 6,0 6,0 1034,2 1022,5 1061,9 229,8 227,2 236,0 619,7 634,2 638,7 139,3 142,7 143,5 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 235,7 227,2 236,0 3,0 6,0 6,0 114,9 113,6 114,1 10,2 15,1 15,1 83,5 113,6 97,3 20,5 26,1 26,1 83,5 104,1 107,4 35,1 37,9 37,9 83,5 93,9 91,9 46,2 46,0 46,0 108,9 85,8 85,8 83,5 69,0 65,8 83,5 69,0 73,0 58,4 58,1 58,1 83,5 79,4 79,4 52,3 52,0 52,0 83,5 93,9 102,5 35,1 37,9 37,9 83,5 104,1 111,1 35,1 26,1 26,1 83,5 104,1 97,3 20,5 15,1 15,1 114,9 113,6 114,1 10,2 6,0 6,0 114,9 113,6 118,0 70,7 72,5 72,8 CAPACIDADE 1 CIC COI COIC 1274,2 1341,6 1341,6 6,0 12,0 12,0 554,0 563,9 563,9 29,0 44,5 44,5 371,4 480,5 480,5 29,0 44,5 44,5 371,4 413,0 413,0 102,4 120,2 120,2 412,6 458,9 458,9 144,8 120,2 120,2 609,4 504,8 504,8 330,1 286,2 286,2 330,1 286,2 286,2 204,2 189,7 189,7 288,8 250,4 250,4 144,8 162,6 162,6 412,6 458,9 458,9 102,4 120,2 120,2 371,4 480,5 480,5 85,4 55,6 55,6 330,1 427,1 427,1 29,0 16,0 16,0 498,6 507,5 507,5 29,0 16,0 16,0 498,6 525,0 525,0 302,4 315,4 315,4 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 166,2 175,0 175,0 2,0 4,0 4,0 55,4 56,4 56,4 7,2 11,1 11,1 41,3 53,4 53,4 7,2 11,1 11,1 41,3 45,9 45,9 17,1 20,0 20,0 41,3 45,9 45,9 24,1 20,0 20,0 55,4 45,9 45,9 41,3 35,8 35,8 41,3 35,8 35,8 29,2 27,1 27,1 41,3 35,8 35,8 24,1 27,1 27,1 41,3 45,9 45,9 17,1 20,0 20,0 41,3 53,4 53,4 17,1 11,1 11,1 41,3 53,4 53,4 7,2 4,0 4,0 55,4 56,4 56,4 7,2 4,0 4,0 55,4 58,3 58,3 36,8 38,3 38,3 108 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC 277,0 291,6 291,6 2,0 4,0 4,0 110,8 112,8 112,8 7,2 11,1 11,1 82,5 106,8 106,8 7,2 11,1 11,1 82,5 91,8 91,8 17,1 20,0 20,0 82,5 91,8 91,8 48,3 40,1 40,1 110,8 91,8 91,8 82,5 71,5 71,5 82,5 71,5 71,5 58,4 54,2 54,2 82,5 71,5 71,5 48,3 54,2 54,2 82,5 91,8 91,8 17,1 20,0 20,0 82,5 106,8 106,8 17,1 11,1 11,1 82,5 106,8 106,8 7,2 4,0 4,0 110,8 112,8 112,8 7,2 4,0 4,0 110,8 116,7 116,7 68,0 70,8 70,8 Apêndice G Configuração final do armazém (Cenário 4) 20 PRODUTOS 10 PRODUTOS APÊNDICE G - Configuração final do armazém (Cenário 4) Colunas Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 Coluna s Ordem 1 2 3 4 5 6 CIC P1 P3 P5 P4 P7 P6 P2 P9 P8 P10 CIC P1 P19 P2 P10 P13 P17 P5 P6 P14 P18 P3 P7 P15 P16 P4 P8 P9 P11 P20 P12 CIC P1 P17 P19 P13 P2 P10 P5 P6 P14 P18 P3 P16 P15 P16 P2 P4 P8 P10 P20 P9 8 9 10 P4 P8 P11 P20 P9 P12 5 COI P1 P3 P23 P25 10 COI P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 COIC P1 P3 P4 P5 P6 P7 P9 P2 P8 P10 10 COIC P1 P17 P19 P6 P13 P14 P15 P18 P5 P7 P3 P7 P11 P12 COIC P1 P17 P19 P6 P13 P14 P15 P18 P5 P7 P3 P7 P16 COI P2 P1 P10 P19 P13 P14 P17 P18 P5 P6 P15 P15 P16 P4 P8 P9 P11 P20 P12 P3 P7 P2 P4 P8 P10 P20 P9 P4 P8 P11 P20 P9 P12 P3 P16 P11 P12 P23 P7 P9 P17 P19 P11 P11 P15 P17 P19 P5 P7 P12 P13 P16 10 COI P1 P3 P5 P21 P23 P25 P7 P9 P17 P19 P21 P19 P11 P13 P15 P11 P15 P17 P5 P7 P12 P15 P14 P18 P13 P12 P12 P14 P16 P4 P6 P8 P10 P18 P20 P22 P24 P2 P14 P16 P8 P10 P18 P6 P20 P9 P20 P1 P3 P4 P6 P8 P10 P24 P22 P2 P8 P10 P12 P14 P16 P6 P18 P20 P4 P22 P13 P16 P15 P13 P1 P3 P5 P7 P9 P17 P11 P13 P15 P12 P14 P20 P18 P16 P2 P24 P3 P6 P8 P10 P24 P22 2 P23 P5 P21 3 4 5 P21 P1 P3 P5 P7 P9 P17 P19 P11 6 7 8 9 10 12 CIC P1 P3 P5 P4 P7 P6 P2 P9 P8 P10 COI P2 P19 P1 P10 P13 P14 P17 P18 P5 P6 7 11 COIC P1 P3 P4 P5 P6 P7 P9 P8 P2 P10 5 Colunas Ordem CIC 1 P25 25 PRODUTOS 5 COI P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 COIC P21 P23 P25 P4 P22 CIC P25 P4 P6 P8 P10 P22 P24 P2 P2 P24 109 COIC P19 P21 P23 P25 P14 P18 P9 P20 P1 P4 P2 Apêndice H Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 4) APÊNDICE H - Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 4) Nas tabelas as siglas Dem significam demanda (unidades), E é espaço médio requerido (em m2) e Cli o número de clientes (unidades). O tempo é apresentado em segundos. P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Média 5 colunas Dem Esp 40 0,4 170 2,3 315 5,0 450 8,5 600 13,2 720 21,7 860 30,2 1000 40,2 1140 51,5 1280 64,4 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 10 colunas Dem Esp 40 0,4 170 2,3 315 5,0 450 8,5 600 13,2 720 21,7 860 30,2 1000 40,2 1140 51,5 1280 64,4 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 ARMAZÉM COM 10 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 2,0 1,0 2,0 2,0 1,0 2,0 2,0 1,0 2,0 1086,4 25,0 2127,8 217,3 5,0 425,6 130,4 3,0 255,3 4,0 4,0 4,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 134,0 44,1 92,6 29,8 9,8 20,6 14,9 4,9 10,3 38,6 106,4 82,3 9,6 26,6 20,6 4,8 13,3 10,3 279,6 133,0 102,9 55,9 26,6 20,6 28,0 13,3 10,3 193,5 350,2 337,1 29,8 53,9 51,9 14,9 26,9 25,9 2150,7 1419,2 2117,5 379,5 250,4 373,7 189,8 125,2 186,8 564,9 796,7 565,2 130,4 183,9 130,4 86,9 122,6 87,0 10897,4 10901,2 10894,1 2213,5 2214,3 2212,9 1106,8 1107,2 1106,4 1.535,1 1.378,1 1.632,5 307,0 277,3 326,0 158,0 141,9 169,6 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 543,2 25,0 938,9 108,6 5,0 187,8 2,0 2,0 2,0 1,0 1,0 1,0 62,5 29,0 46,3 13,9 6,4 10,3 16,0 25,8 41,2 4,0 6,4 10,3 134,8 77,6 51,5 27,0 15,5 10,3 90,3 170,0 162,1 13,9 26,2 24,9 1058,4 696,3 1276,9 186,8 122,9 225,3 282,5 477,0 276,1 65,2 110,1 63,7 5448,7 4696,4 4807,0 1106,8 954,0 976,4 763,9 620,0 760,3 152,8 124,8 151,1 110 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 1,0 1,0 1,0 65,2 3,0 112,7 1,0 1,0 1,0 6,9 3,2 5,1 2,0 3,2 5,1 13,5 7,8 5,1 6,9 13,1 12,5 93,4 61,4 112,7 21,7 36,7 21,2 553,4 477,0 488,2 76,5 60,7 76,5 Apêndice H P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 4) 5 colunas Dem Esp 170 2,3 40 0,4 800 28,1 920 37,0 480 10,6 550 12,1 860 30,2 900 36,2 1280 64,4 150 2,1 1000 45,3 1240 62,4 330 5,3 400 7,6 720 21,7 760 22,9 220 3,5 450 8,6 50 0,5 1140 51,6 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 10 colunas Dem Esp 170 2,3 40 0,4 800 28,1 920 37,0 480 10,6 550 12,1 860 30,2 900 36,2 1280 64,4 150 2,1 1000 45,3 1240 62,4 330 5,3 400 7,6 720 21,7 760 22,9 220 3,5 450 8,6 50 0,5 1140 51,6 Cli 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 40 1 30 10 20 25 35 15 45 5 ARMAZÉM COM 20 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC CIC COI COIC CIC COI COIC 1,0 1,2 2,0 1,0 1,2 2,0 1,0 1,2 2,0 12,0 4,0 355,8 3,0 1,0 89,0 3,0 1,0 89,0 593,9 719,9 735,7 84,8 102,8 105,1 42,4 51,4 52,5 5142,8 3615,6 4092,3 894,4 628,8 711,7 447,2 314,4 355,8 77,5 101,5 200,6 25,8 33,8 66,9 12,9 16,9 33,4 77,5 101,5 34,9 12,9 16,9 5,8 12,9 16,9 5,8 551,5 668,5 434,7 84,8 102,8 66,9 42,4 51,4 33,4 3354,0 4795,2 2668,9 559,0 799,2 444,8 335,4 479,5 266,9 1677,0 1179,0 1932,6 335,4 235,8 386,5 223,6 157,2 257,7 15,0 6,1 444,8 3,0 1,2 89,0 3,0 1,2 89,0 1453,4 1489,3 1972,7 335,4 343,7 455,2 223,6 229,1 303,5 107161,3 99101,3 107745,1 21432,3 19820,3 21549,0 10716,1 9910,1 10774,5 6,0 4,9 11,6 3,0 2,4 5,8 3,0 2,4 5,8 103,4 60,5 140,6 25,8 15,1 35,1 12,9 7,6 17,6 509,1 364,1 210,9 127,3 91,0 52,7 84,8 60,7 35,1 466,7 333,8 578,0 84,8 60,7 105,1 42,4 30,3 52,5 6,0 15,1 4,0 3,0 7,6 2,0 3,0 7,6 2,0 77,5 45,4 105,4 25,8 15,1 35,1 12,9 7,6 17,6 1,0 1,0 2,0 1,0 1,0 2,0 1,0 1,0 2,0 12745,3 13059,9 10141,7 2347,8 2405,8 1868,2 1229,8 1260,2 978,6 6701,6 6283,4 6590,7 1319,5 1234,3 1303,9 672,7 630,4 668,7 CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 7,8 4,0 175,9 1,9 1,0 44,0 261,5 353,0 360,8 37,4 50,4 51,5 2548,5 1807,8 2023,1 443,2 314,4 351,8 35,8 47,8 97,3 11,9 15,9 32,4 35,8 47,8 17,4 6,0 8,0 2,9 242,8 327,8 210,9 37,4 50,4 32,4 1662,1 1179,0 1319,4 277,0 196,5 219,9 831,0 1191,3 966,3 166,2 238,3 193,3 9,7 5,0 219,9 1,9 1,0 44,0 720,2 744,6 986,3 166,2 171,8 227,6 53582,1 49240,6 53872,5 10716,4 9848,1 10774,5 2,9 2,4 5,8 1,4 1,2 2,9 47,7 26,2 70,3 11,9 6,6 17,6 350,6 182,1 105,4 87,6 45,5 26,4 205,5 166,9 283,5 37,4 30,3 51,5 2,0 6,6 2,0 1,0 3,3 1,0 35,8 19,7 52,7 11,9 6,6 17,6 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 6315,9 6530,0 5013,9 1163,5 1202,9 923,6 3345,0 3094,2 3289,3 659,1 609,7 650,9 111 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 1,0 1,0 1,0 1,9 1,0 44,0 18,7 25,2 25,8 221,6 157,2 175,9 6,0 8,0 16,2 6,0 8,0 2,9 18,7 25,2 16,2 166,2 117,9 131,9 110,8 158,8 128,8 1,9 1,0 44,0 110,8 114,6 151,7 5358,2 4924,1 5387,3 1,4 1,2 2,9 6,0 3,3 8,8 58,4 30,3 17,6 18,7 15,2 25,8 1,0 3,3 1,0 6,0 3,3 8,8 1,0 1,0 1,0 609,4 630,1 483,8 336,2 311,5 333,8 Apêndice H P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 Média Tempo de atendimento ao cliente (Cenário 4) 5 colunas Dem Esp 45 0,4 1280 64,4 100 1,3 1000 44,2 150 2,1 920 38,8 245 4,4 800 30,6 350 7,0 760 28,3 450 9,9 615 19,8 550 17,1 660 22,5 480 14,5 720 25,3 330 6,3 860 34,6 220 3,7 900 37,1 170 2,7 1050 48,5 120 1,4 1240 59,9 50 0,5 Cli 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 10 colunas Dem Esp 45 0,4 1280 64,4 100 1,3 1000 44,2 150 2,1 920 38,8 245 4,4 800 30,6 350 7,0 760 28,3 450 9,9 615 19,8 550 17,1 660 22,5 480 14,5 720 25,3 330 6,3 860 34,6 220 3,7 900 37,1 170 2,7 1050 48,5 120 1,4 1240 59,9 50 0,5 Cli 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 26 27 28 29 31 33 35 37 39 41 43 45 ARMAZÉM COM 25 PRODUTOS CAPACIDADE 1 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC CIC COI COIC 31,5 5,0 582,1 6,3 1,0 116,4 43057,3 40219,6 43769,9 8651,7 8081,5 8794,9 18,9 3,0 349,2 6,3 1,0 116,4 8807,2 10432,4 8381,8 1590,2 1883,6 1513,4 18,9 7,4 63,4 6,3 2,5 21,1 5137,5 4641,6 4889,4 978,6 884,1 931,3 25,2 29,0 84,5 6,3 7,3 21,1 3302,7 2049,6 3143,2 611,6 379,6 582,1 31,5 36,3 383,4 6,3 7,3 76,7 2446,4 1518,2 2328,3 489,3 303,6 465,7 80,7 80,4 49,6 13,4 13,4 8,3 296,1 295,7 190,2 65,8 65,7 42,3 205,2 204,8 286,9 51,3 51,2 71,7 609,9 609,2 732,8 93,8 93,7 112,7 111,0 110,6 49,6 37,0 36,9 16,5 609,9 609,2 466,3 93,8 93,7 71,7 18,9 21,8 24,8 6,3 7,3 8,3 1712,5 1062,8 789,2 367,0 227,7 169,1 12,6 14,5 16,5 6,3 7,3 8,3 1590,2 1436,7 996,7 367,0 331,5 230,0 1,0 2,5 1,0 1,0 2,5 1,0 1712,5 2028,5 2529,1 367,0 434,7 542,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1834,8 2819,1 2376,2 367,0 563,8 475,2 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 2867,0 2729,6 2899,4 567,7 539,3 575,9 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 6,3 1,0 116,4 4426,5 4134,7 4499,7 6,3 1,0 116,4 856,3 1014,3 814,9 6,3 2,5 21,1 489,3 442,1 465,7 6,3 7,3 21,1 367,0 227,7 349,2 6,3 7,3 76,7 244,6 151,8 232,8 13,4 13,4 8,3 32,9 32,9 21,1 25,6 25,6 35,9 46,9 46,9 56,4 18,5 18,4 8,3 46,9 46,9 35,9 6,3 7,3 8,3 244,6 151,8 112,7 6,3 7,3 8,3 244,6 221,0 153,3 1,0 2,5 1,0 244,6 289,8 361,3 1,0 1,0 1,0 244,6 375,9 316,8 1,0 1,0 1,0 303,7 289,2 313,7 CAPACIDADE 1 CIC COI COIC 15,9 5,0 454,2 21558,8 20107,1 21889,3 9,5 3,0 158,7 4917,8 5179,3 6541,0 9,5 3,0 31,8 2868,7 2152,3 2221,4 12,7 12,5 42,3 1844,2 726,7 1428,1 15,9 15,6 191,8 1366,0 538,3 1057,8 37,5 37,2 24,9 143,7 242,2 95,3 86,8 86,4 139,6 268,9 349,9 366,7 65,1 64,8 24,9 424,9 349,9 226,9 9,5 9,4 12,5 457,6 717,4 394,9 2,0 6,3 2,0 424,9 666,2 498,6 1,0 1,0 1,0 956,2 1007,1 1127,1 1,0 1,0 1,0 1024,5 1409,4 1040,9 1,0 1,0 1,0 1460,9 1347,7 1518,9 CAPACIDADE 3 CIC COI COIC 3,2 1,0 90,8 2216,3 2067,1 2250,3 3,2 1,0 52,9 478,1 503,5 635,9 3,2 1,0 10,6 273,2 205,0 211,6 3,2 3,1 10,6 204,9 80,7 158,7 3,2 3,1 38,4 136,6 53,8 105,8 6,2 6,2 4,2 16,0 26,9 10,6 10,8 10,8 17,5 20,7 26,9 28,2 10,8 10,8 4,2 32,7 26,9 17,5 3,2 3,1 4,2 65,4 102,5 56,4 1,0 3,1 1,0 65,4 102,5 76,7 1,0 1,0 1,0 136,6 143,9 161,0 1,0 1,0 1,0 136,6 187,9 138,8 1,0 1,0 1,0 153,3 143,0 163,5 112 CAPACIDADE 2 CIC COI COIC 3,2 1,0 90,8 4331,9 4040,2 4398,3 3,2 1,0 52,9 887,9 935,1 1181,0 3,2 1,0 10,6 546,4 410,0 423,1 3,2 3,1 10,6 341,5 134,6 264,5 3,2 3,1 38,4 273,2 107,7 211,6 6,2 6,2 4,2 31,9 53,8 21,2 21,7 21,6 34,9 41,4 53,8 56,4 21,7 21,6 8,3 65,4 53,8 34,9 3,2 3,1 4,2 98,0 153,7 84,6 1,0 3,1 1,0 98,0 153,7 115,1 1,0 1,0 1,0 204,9 215,8 241,5 1,0 1,0 1,0 204,9 281,9 208,2 1,0 1,0 1,0 287,9 266,5 300,0