Marion JJC, Nagata JY, Ramos KK, Manhães FC Introdução Uma das principais causas de perda de dentes permanentes anteriores é o traumatismo dentário, contribuindo com 24% das ausências dentárias decorrentes de infecção e mobilidade de dentes traumatizados1,2. Incisivos centrais superiores são os mais vulneráveis a esse tipo de lesão, sendo acometidos por cerca de 80% de todos os traumatismos dentários, seguidos pelos incisivos laterais superiores e pelos incisivos inferiores3,4. Entre os tipos de traumatismo, as fraturas radiculares são ocorrências menos frequentes, com prevalências de 0,5 a 7% em dentes permanentes, e de 2 a 4% em dentes decíduos5. Semelhante aos traumatismos, de uma forma geral, essas fraturas ocorrem, principalmente, em incisivos centrais (68%) e laterais (27%) superiores, e em apenas 5% dos incisivos inferiores6. São resultantes de uma invasão da força de impacto no alto da raiz e de forças frontais nas zonas de compressão para vestibular e lingual ou palatino, separando a raiz em um fragmento coronal e outro apical. Essa separação pode causar consequências prejudiciais ao cemento, dentina, polpa e periodonto2. O estágio de desenvolvimento radicular, o reposicionamento dos fragmentos deslocados e todos os sinais e sintomas associados, tais como dor e mobilidade, podem influenciar o processo de cicatrização da fratura radicular7,8,9. A literatura descreve as diferentes posições onde uma fratura pode se localizar — como a restrita ao terço cervical, oblíqua, envolvendo o terço cervical e médio, no terço médio e, por último, no terço apical —, assim como descreve sua influência no sucesso do tratamento10. Os protocolos de tratamento relacionados à cicatrização, reposicionamento e contenção, relatados pela literatura, são principalmente determinados empiricamente, e sem uma base de dados significativos2. O prognóstico de uma fratura radicular apresenta-se favorável em 60 a 80% do casos; entretanto, complicações como a necrose pulpar, reabsorção radicular e calcificação do canal podem surgir3. De acordo com a lesão à polpa e a possível invasão bacteriana na linha da fratura, quatro tipos de reparo tecidual podem ocorrer: união dos fragmentos por meio da formação de tecido duro, interposição de tecido conjuntivo e osso entre os fragmentos, formação de tecido conjuntivo, ou pode ocorrer uma “falsa união’’, pela presença de tecido inflamatório crônico entre os fragmentos11,12. Esse trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de traumatismo dentário com fratura radicular horizontal, © 2013 Dental Press Endodontics necrose do tecido pulpar e tratamento endodôntico dos fragmentos, assim como discutir suas implicações clínicas. Relato de caso Paciente do sexo masculino, 16 anos de idade, apresentou-se ao consultório odontológico especializado em Endodontia acompanhado do responsável, após sofrer traumatismo dentário durante jogo de futebol. O paciente não apresentava comprometimento sistêmico. Clinicamente, observaram-se lesões aos tecidos moles da cavidade bucal (lábios, língua, gengiva), bem como comprometimento do incisivo central superior direito (dente 11). Além disso, o tecido gengival na região do dente 11 apresentava-se com sangramentos na região cervical, com mobilidade e ligeira extrusão. Ao exame radiográfico, constatou-se que o dente 11 apresentava fratura horizontal única na região do terço médio da raiz, com afastamento dos terços radiculares (Fig. 1A). O paciente e seu responsável foram conscientizados das dificuldades e complicações do tratamento, optando, assim, por realizar o protocolo sugerido por Gulinelli et al.13 Primeiramente, as dilacerações no lábio superior foram suturadas, sendo, em seguida, realizado o reposicionamento dos fragmentos por meio da aplicação de uma pressão vertical firme na porção incisal do dente, sob anestesia local. Realizou-se esplintagem do fragmento coronário com o uso da técnica do condicionamento ácido e resina composta. Foram prescritos amoxicilina 500mg a cada oito horas, por um período de sete dias; nimesulida 100mg a cada doze horas por três dias; e dipirona sódica 500mg a cada seis horas, por três dias. Após 45 dias, o paciente retornou para acompanhamento clínico e radiográfico, sendo possível observar o afastamento dos fragmentos radiculares e ausência de sensibilidade pulpar frente aos testes térmicos ao frio (Endo-Frost, Roeko, Alemanha) (Fig. 1B). Frente ao quadro clínico de necrose pulpar, optou-se por realizar o tratamento endodôntico. Durante a odontometria, foi possível observar acesso ao fragmento apical e comprimento de trabalho de 25mm, compreendidos entre a borda incisal e o ápice radiográfico (Fig. 1C). Optou-se pelo preparo químico-mecânico de toda extensão do canal radicular dos fragmentos, auxiliado por solução irrigadora de hipoclorito de sódio (NaOCl ) a 2,5%. Após a instrumentação, o canal foi secado com pontas de papel absorventes estéreis (Konne, Belo Horizonte/MG) e medicado com pasta de hidróxido de cálcio 89 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):88-93 [ caso clínico ] Fratura radicular horizontal no terço médio: relato de caso A proservação clínica e radiográfica foi realizada após 30 dias (Fig. 2A), 2 meses (Fig. 2B), 4 meses (Fig. 2C), 6 meses (Fig. 2D) e 1 ano (Fig. 2E), contados a partir do início do tratamento. Em nenhuma das proservações foram constatadas alterações patológicas, como reabsorções radiculares ou ósseas, e também não foi relatada nenhuma sintomatologia dolorosa. A proservação de 2 anos após o término do tratamento foi realizada com tomadas radiográfica (Fig. 3A) e tomográfica (Fig. 3B a 3E), sendo possível observar que o dente afetado apresentou-se com características compatíveis com a normalidade. (Biodinâmica, Ibiporã/PR) e veículo de propilenoglicol por um período de 30 dias. Passado esse período, a medicação foi removida com o instrumento memória (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça) e solução de NaOCl a 2,5%. Na sequência, o canal foi inundado com solução de EDTA a 17% (Biodinâmica, Ibiporã/PR) por 3 minutos, com agitação mecânica. Na sequência, o EDTA foi removido com irrigação de NaOCl a 2,5%, e nova secagem do canal foi realizada. Procedeu-se, então, à prova do cone principal de guta-percha (Fig. 1D) e obturação definitiva do canal radicular por meio dos cones de guta-percha e cimento obturador à base de hidróxido de cálcio (Sealapex, SybronEndo, EUA) por meio da técnica da condensação lateral, seguida da condensação vertical. Observou-se, radiograficamente, extravasamento do cimento obturador na região da fratura horizontal (Fig. 1E). A D © 2013 Dental Press Endodontics Discussão Traumas dentários representam um problema multifacetado no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento em longo prazo e acompanhamento14. Essas lesões B C Figura 1. A) Radiografia inicial evidenciando fratura horizontal de terço médio; B) radiografia evidenciando afastamento dos fragmentos dentários; C) radiografia de odontometria; D) radiografia do travamento do cone de guta-percha; E) radiografia de obturação final do canal radicular, evidenciando o extravasamento do cimento obturador no local da fratura. E 90 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):88-93 Marion JJC, Nagata JY, Ramos KK, Manhães FC A D B C Figura 2. Radiografias evidenciando a proservação realizada nos períodos de 30 dias (A), 2 meses (B), 4 meses (C), 6 meses (D), 1 ano (E). E ainda, por uma invasão de bactérias pelo forame apical, promovendo uma infecção bacteriana e subsequente isquemia da polpa, de modo que a revascularização fique impossibilitada, tendo como consequência sua necrose18. O tratamento endodôntico do dente do paciente foi realizado considerando que a literatura demonstra cicatrização de fraturas após tratamento endodôntico19. Além disso, estudos descreveram quatro tipos de tratamento endodôntico para essas situações: 1) preparo biomecânico apenas do fragmento coronal e obturação endodôntica desse; 2) preparo biomecânico dos fragmentos coronal e apical, com obturação endodôntica de ambos; 3) preparo biomecânico apenas do fragmento coronal, obturação endodôntica desse e remoção cirúrgica do fragmento apical; 4) preparo biomecânico dos fragmentos coronal e apical, preenchimento do canal com medicação de hidróxido de cálcio e posterior obturação endodôntica de ambos20,21. A partir desses trabalhos, optou-se podem ocorrer devido a acidentes automobilísticos, práticas desportivas, violência ou má oclusão3,15. O presente relato de caso descreveu um trauma dentário em incisivo central direito, decorrente de atividade desportiva, corroborando trabalhos semelhantes que afirmaram que em 80% dos casos o traumatismo dentário ocorre em incisivos centrais superiores3,4. A fratura radicular em dentes de crianças e adolescentes e a fratura radicular em dentes com um deslocamento mínimo do fragmento coronal não devem ser tratadas endodonticamente de forma profilática, pois apresentam prognóstico favorável16. Além disso, a idade do paciente no momento da lesão é considerada um dos fatores mais importantes na cicatrização pulpar após uma fratura radicular17. No presente relato de caso, após 45 dias, constatou-se necrose pulpar, apesar de se tratar de um paciente jovem. Essa situação também pode ocorrer devido à ruptura do feixe vasculonervoso da polpa ou, © 2013 Dental Press Endodontics 91 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):88-93 [ caso clínico ] Fratura radicular horizontal no terço médio: relato de caso A B C D E Figura 3. A) Radiografia periapical de dois anos de proservação. B) Corte tomográfico sagital indicando os cortes tomográficos axiais com fratura do terço médio. C) Corte tomográfico axial indicando os cortes tomográficos sagitais com fratura do terço médio. D) Corte tomográfico sagital indicando os cortes tomográficos coronais com fratura do terço médio. E) Corte tomográfico da maxila em reconstrução 3D. © 2013 Dental Press Endodontics 92 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):88-93 Marion JJC, Nagata JY, Ramos KK, Manhães FC deslocamento coronário do fragmento2. Outro fator a ser considerado é a importância do acompanhamento em longo prazo, pois há a possibilidade da ocorrência de alterações patológicas vários anos após a lesão24. pela realização da quarta opção de tratamento, considerando que foi possível o acesso ao fragmento apical da raiz e que a ação antimicrobiana e remineralizadora do hidróxido de cálcio pode contribuir positivamente para o sucesso22. Ao contrário do observado no presente relato, há estudos que observaram 100% de cicatrização das fraturas radiculares utilizando apenas contenção num período de proservação que variou de 2 a 31 anos3,23. Em relação à composição tecidual na linha de fratura, Welbury et al.2 observaram formação de dentina e cemento, a qual é dependente da atividade de odontoblastos e cementoblastos. Na proservação tomográfica de dois anos após o término do tratamento do presente relato de caso, não foi possível observar a cicatrização da fratura radicular com deposição de tecido duro, possivelmente devido à extrusão e distanciamento do fragmento coronário, enquanto a união por tecido conjuntivo é mais observada em casos de necrose pulpar e Conclusões É importante lembrar que o sucesso do tratamento depende da uma relação paciente-profissional, no sentido de se adotarem as atitudes terapêuticas que se fizerem necessárias, imediatamente após o evento de intercorrências. A necrose pulpar e a falta de cicatrização na linha da fratura radicular por tecido mineralizado podem ocorrer em dentes permanentes. Um dente permanente com raiz fraturada, tratado endodonticamente, pode apresentar um bom prognóstico, que preserve a estética e a integridade psicológica do paciente. A proservação clínica e por meio de imagens é essencial para o sucesso do tratamento de dente com fratura horizontal de raiz. Referências 1. Ruellas RMO, Ruellas AÇO, Ruellas CVO, Oliveira MM, Oliveira AM. Reimplante de dentes permanentes avulsionados: relato de caso. Rev Un Alfenas. 1998;4:179-81. 2. Welbury RR, Kinirons MJ, Day P, Humphreys K, Gregg TA. Outcomes for root-fractured permanent incisors: a retrospective study. Pediatr Dent. 2002;24(2):98-102. 3. Andrade ES, Campos Sobrinho AL, Andrade MG, Matos JL. Root healing after horizontal fracture: a case report with a 13-year follow up. Dent Traumatol. 2008;24(4):e1-3. 4. Hovland EJ. Horizontal root fractures. Treatment and repair. 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Survival of 534 incisors after intra-alveolar root fracture in patients aged 7-17 years. Dent Traumatol. 2008;24(4):379-87. 11. Alvares S, Alvares S. Tratamento do traumatismo dentário e de suas sequelas. São Paulo: Ed. Santos; 1993. p. 45-54. 12. Tsukiboshi MO. Optimal use of photography, radiography and micro computed tomography scanning in the managenement of traumatizes teeth. Endodontic Topics. 2006;14(1):4-19. 13. Gulinelli JL, Kanno CM, Poi WR. Reparo de fratura radicular com tecido calcificado. Relato de caso clínico. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2006;60(5):395-8. © 2013 Dental Press Endodontics 14. Andreasen JO, Vinding TR, Christensen SSA. Predictors for healing complications in the permanent dentition after dental trauma. Endodontic Topics. 2006;14(1):20-7. 15. Legan JJ, Brown CE Jr, Andres CJ. Unusual fracture of a maxillary second premolar. J Endod. 1995;21(5):285-6. 16. Flores MT, Andersson L, Andreasen JO, Bakland LK, Malmgren B, Barnett F, et al. Guidelines forthe management of traumatic dental injuries.I. Fractures and luxations of permanent teeth. Dent Traumatol. 2007;23(2):66-71. 17. Andreasen JO, Andreasen FM, Mejàre I, Cvek M. Healing of 400 intraalveolar root-fractures.1. Effect of pre-injury and injury factors such as sex, age, stage of root development, fracture type, location of fracture and severity of dislocation. Dent Traumatol. 2004;20(4):192-202. 18. Andreasen JO, LØvschall H. Response of oral tissues to trauma. In: Andreasen JO, Andreasen FM, AnderssonL, editors. Text Book and Color Atlas of Traumatic Injuries to the Teeth. Oxford: Blackwell; 2007. p. 62-96. 19. Lindahl B. Transverse intra-alveolar root fractures. Roentgen diagnosis and prognosis. Odontol Revy. 1958;9:10-24. 20. Michanowicz AE. Root fractures. A report of radiographic healing after endodontic treatment. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1963;16:1242-8. 21. Cvek M. Treatment of non-vital permanent incisors with calcium hydroxide IV. Periodontal healing and closure of the root canal in the coronal fragment of teeth with intraalveolar fracture and vital apical fragment. Odont Rev. 1974;25:239-46. 22. Cvek M, Mejàre I, Andreasen JO. Conservative endodontic treatment of teeth fractured in the middle or apical part of the root. Dent Traumatol. 2004;20(5):261-9. 23. Poi WR, Manfrin TM, Holland R, Sonoda CK. Repair characteristics of horizontal root fracture: a case report. Dent Traumatol. 2002;18(2): 98-102. 24. Saroglu I, Sönmez H. Horizontal root fracture followed for 6 years. Dent Traumatol. 2008;24(1):117-9. 93 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):88-93 Normas de apresentação de originais 1.Autores —o número de autores é ilimitado; entretanto, artigos com mais de 4 autores deverão informar a participação de cada autor na execução do trabalho. —O Dental Press Endodontics publica artigos de investigação científica, revisões significativas, relatos de casos clínicos e de técnicas, comunicações breves e outros materiais relacionados à Endodontia, tendo a missão de difundir os avanços científicos e tecnológicos da Endodontia, que contribuam significativamente à comunidade de pesquisadores em níveis local, regional e internacional, visando à publicação da produção técnico-científica, relacionada à saúde e, especialmente, à Endodontia. 2. Página de título —deve conter título em português e em inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. —não devem ser incluídas informações relativas à identificação dos autores (por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos). Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores. —O Dental Press Endodontics utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site: www.dentalpressjournals.com.br 3.Resumo/Abstract —os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. —os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando, além das conclusões do estudo, as implicações clínicas dos resultados. —os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavraschave, também em português e em inglês, adequadas conforme orientações do DeCS (http://decs.bvs.br/) e do MeSH (www.nlm.nih.gov/mesh). —Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2.712 - Zona 5 CEP 87.015-001, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: [email protected] —As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nessa publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nessa publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas. 4.Texto —o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. —os textos devem ter no máximo 3.500 palavras, incluindo legendas das figuras e das tabelas (sem contar os dados das tabelas), resumo, abstract e referências. —as figuras devem ser enviadas em arquivos separados (leia mais abaixo). —insira as legendas das figuras também no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo. —Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante. ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO Dos MANUSCRITOS —Os trabalhos devem, preferencialmente, ser escritos em língua inglesa. —Apesar de ser oficialmente publicado em inglês, o Dental Press Endodontics conta ainda com uma versão em língua portuguesa. Por isso serão aceitas, também, submissões de artigos em português. —Nesse caso, os autores deverão também enviar a versão em inglês do artigo, com qualidade vernacular adequada e conteúdo idêntico ao da versão em português, para que o trabalho possa ser considerado aprovado. 5.Figuras —as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 DPIs de resolução. —devem ser enviadas em arquivos independentes. —se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. —todas as figuras devem ser citadas no texto. 6. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser citados, no texto, como figuras. —devem ser enviados os arquivos que contêm as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. —não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). formatação Dos MANUSCRITOS —Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com.br —Organize sua apresentação como descrito a seguir: © 2013 Dental Press Endodontics 94 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):94-6 Normas de apresentação de originais —as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas. —as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. —a exatidão das referências é responsabilidade dos autores e elas devem conter todos os dados necessários para sua identificação. —as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html). —utilize os exemplos a seguir: —os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial. 7.Tabelas —as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar, o texto. —devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. —forneça um breve título para cada tabela. —se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. —apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável). 8. Comitês de Ética —os artigos devem, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética da instituição. Artigos com até seis autores Vier FV, Figueiredo JAP. Prevalence of different periapical lesions associated with human teeth and their correlation with the presence and extension of apical external root resorption. Int Endod J 2002;35:710-9. 9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações: —Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado. —Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. —Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. —Permissão para uso de imagens protegidas por direitos autorais Ilustrações ou tabelas originais, ou modificadas, de material com direitos autorais devem vir acompanhadas da permissão de uso pelos proprietários desses direitos e pelo autor original (e a legenda deve dar corretamente o crédito à fonte). —Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. Fotografias de pessoas identificáveis devem vir acompanhadas por uma autorização assinada pela pessoa ou pelos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade. Essas autorizações devem ser guardadas indefinidamente pelo autor responsável pelo artigo. Deve ser enviada folha de rosto atestando o fato de que todas as autorizações dos pacientes foram obtidas e estão em posse do autor correspondente. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Nair PNR. Biology and pathology of apical periodontitis. In: Estrela C. Endodontic Science. São Paulo: Artes Médicas; 2009. v. 1. p. 285-348. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Debelian GJ. Bacteremia and Fungemia in patients undergoing endodontic therapy. [Thesis]. Oslo - Norway: University of Oslo, 1997. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf. 10. Referências —todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. —todas as referências devem ser citadas no texto. —para facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. © 2013 Dental Press Endodontics 95 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):94-6 Normas de apresentação de originais 1. O registro de ensaios clínicos Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS. sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal. 3. Posicionamento do Dental Press Endodontics O DENTAL PRESS ENDODONTICS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame. org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução. 2. Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/ index.html), com interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os © 2013 Dental Press Endodontics Atenciosamente, Carlos Estrela Editor do Dental Press Endodontics - ISSN 2178-3713 E-mail: [email protected] 96 Dental Press Endod. 2013 Jan-Apr;3(1):94-6