INSERÇÕ ES DE ORIENTAÇÕ ES POSTURAIS COMO FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO NAS ORGANIZAÇÕ ES IDEAIS - 2012 [P. 0060.12] INTRODUÇÃO A utilização de novos mobiliários que procurem atender as especificações técnicas para se enquadrar ergonomicamente no ambiente de trabalho são algumas soluções adotadas pelas organizações de modo a levar uma maior qualidade de vida para o trabalho, porém essas soluções são apenas o inicio de muitas outras iniciativas. Pensar na diversificação dos trabalhadores em um mesmo meio de trabalho, diversificações essas que Daniellou chama de variabilidade inter-individual, que são as características biológicas gerais como altura, peso, entre outras. Desta forma não basta apenas o trabalhador conhecer o funcionamento de seu mobiliário, mas perpassar pela descoberta do seu próprio corpo interagindo com esse mobiliário, com seu meio de trabalho OBJETIVO O objetivo deste trabalho é de mostrar que as soluções ergonômicas é uma entre tantas outras soluções para uma melhor qualidade de vida no trabalho, porém para a efetividade da interação homemmáquina é importante compreender as diversidades humana existe em cada posto de trabalho. MÉTODO “Pensar a ação como mais expressiva que as palavras” Wisner citado por Clot Y. em Trabalho e poder de agir pag. 57. A intervenção foi realizada a partir de orientações individuais no posto de trabalho utilizando sua aplicabilidade na postura individual mediante ao seu posto de trabalho, tendo em vista a padronização do mobiliário para que assim cada um através da percepção de seus mobiliários, de seu funcionamento, perceber a posição do seu corpo diante desse objeto de trabalho, a interação com seus mobiliários e, juntamente com o analisador do trabalho possam identificar o que precisa ser modificado e ou ajustado. Para que as orientações não fossem esquecidas, a avaliação postural foi dividida em três cores: vermelho, para a postura mais inadequada, amarelo para a postura que necessita atenção e verde postura adequada. A avaliação foi realizada de forma individual em cada posto de trabalho, sendo deixado em local de fácil visualização para o trabalhador um adesivo (ANEXO I) com a respectiva cor que classificava a postura observada no momento da avaliação. As informações obtidas nesta avaliação foram comparadas com o resultado da primeira, o intervalo de realização entre as mesma forma de 3 meses. A coleta de dados foi realizada de forma direta através uma avaliação padronizada (ANEXOII). As características da amostra foram elaboradas a partir dos seguintes dados: • Avaliação da Postura; • Identificação dos locais do corpo de maior sobrecarga. RESULTADO As análises comparativas presentes neste trabalho foram realizadas com a amostra reincidentes, amostra esta constituída pelos trabalhadores que realizaram a primeira e segunda avaliação. A amostra reincidente foi constituída de 42 trabalhadores. No gráfico I é apresentada a classificação quanto aos níveis posturais obtidos pela amostra reincidente. Sendo 26 colaboradores classificados como tendo uma boa postura, 13 precisam de atenção à postura e 3 mantém uma postura inadequada. 30 25 20 15 Blitz Post. II Blitz Post. III 10 5 0 VERDE AMARELO VERMELHO LOCAIS DO CORPO COM MAIOR SOBRECARGA No gráfico II são apresentados os locais do corpo com maior sobrecarga durante a jornada de trabalho da amostra reincidente. O número de identificação dos locais de sobrecarga na segunda avaliação foi maior para região lombar com 19 ocorrências seguida de ombros com 18 e nuca com 17 ocorrências. Porém houve uma diminuição no número total de locais do corpo com maior sobrecarga identificados 102 na primeira avaliação enquanto foram 95 na segunda avaliação. CONCLUSÃO François Daniellou no livro Ergonomia e Método, coloca a situação de trabalho profissional como sendo um confronto de uma pessoa com as suas próprias características, com objetivos e meios de trabalho socialmente determinados, com isso podemos dizer que pensar na homogeneização dos trabalhadores, seja esta na forma de execução da atividade como até na padronização dos mobiliários pensando que cada trabalhador se constitui de maneira singular e considerar a adversidade dos indivíduos é uma das linhas da Ergonomia (Daniellou, ano). A análise comparativa da avaliação mostrou uma melhora de 30% na manutenção de uma boa postura no ambiente de trabalho, havendo uma redução 32% na atenção à postura e os números permaneceram os mesmos para o que consideramos má postura. Desta forma, podemos identificar o papel fundamental que há na intervenção individual para conscientizar e chamar a atenção dos trabalhadores quanto à adoção de uma boa postura da mesma maneira que o mostra o interesse dos colaboradores em conhecer suas ferramentas de trabalho, como o mobiliário e como se posicionar de maneira adequada diante do mesmo.