Aceitar críticas é uma postura tranqüila da atual Diretoria Executiva Nacional, que não tem a pretensão de sempre estar certa e encara a oposição ao seu trabalho como salutar e essencial à democracia sindical, uma vez que tem a convicção de que a categoria sempre vence no debate à luz solar e mediante idéias e princípios. Porém não pode aceitar que se façam acusações calcadas em uma leitura de má-fé da entrevista que a Diretora de Estudos Técnicos concedeu ao jornal Diário do Comércio, de São Paulo. Da citada entrevista, um grupo de oposição faz maliciosas ilações de que o Unafisco parece ter se tornado um órgão de consultoria tributária e acusa a diretora de orientar micro e pequenos empresários pelos caminhos da elisão fiscal. Diante disso, a DEN se encontra no dever de exigir que se respeite a categoria, merecedora de debates em alto nível onde não cabem meras divagações que subestimam a reconhecida inteligência e apurada formação inerentes aos AFRFs, perante os quais a verdade não resulta da mentira mil vezes repetida. A principal vitória obtida pela categoria nos últimos dezoito meses foi sua reunificação, pois a partir dela foi possível evidenciar a determinação dos AFRF e construir movimentos vitoriosos que conquistaram ganhos salariais e atuaram com eficácia no Congresso Nacional contra medidas prejudiciais à nossa carreira e casa. Nesta perspectiva, é importante ressaltar que o diálogo que o Unafisco mantém com a sociedade é a base da percepção que essa tem dos AFRFs, e isso tem refletido favoravelmente em todas as interlocuções que mantêm em defesa de seus interesses. Os colegas que fazem o trabalho parlamentar têm incontáveis histórias em que os argumentos da categoria são bem recebidos porque os parlamentares sabem que ao lado de nossas preocupações corporativas temos preocupações com a excelência da SRF, com os destinos do País, com a justiça fiscal. Para isso, é fundamental a utilização da capacidade intelectual e do conhecimento técnico acumulado pela nossa categoria. Não é por acaso, portanto, que a atual Direção Nacional tenha como um dos pilares de sua atuação os estudos técnicos, elaborados ou coordenados pela Diretoria de Estudos Técnicos. Bastaria apontar o Caderno de Subsídios da Campanha Salarial de 2006 para demonstrar a importância e a excelência destes estudos. Com este trabalho, o Unafisco tem conquistado valioso espaço na mídia, credenciando o sindicato como interlocutor qualificado em assuntos que são pertinentes ao trabalho do AFRF, como correção da Tabela do IR, Tributo à Cidadania e análises de arrecadação. No mesmo diapasão, a retirada da MP dos Portos Secos se deveu muito aos argumentos técnicos do Unafisco; a nota técnica sobre o Código de Defesa do Contribuinte, inserido na fusão dos Fiscos, foi mesmo utilizada pela SRF quando o governo trabalhou pelo adiamento da votação da matéria; a manutenção das nossas atribuições relativamente às empresas do Super-Simples também é tributária deste trabalho. Talvez as pessoas desse grupo sejam incapazes de perceber a gravidade do que afirmam. Talvez tenham esquecido a seriedade que tal assunto tem para a categoria ou a responsabilidade que devem ter com o sindicato a que pertencem. O que não é possível acreditar, porém, é que não tenham plena consciência de terem mentido, escandalosa e deslealmente. Tais afirmações irresponsáveis também atentam contra o direito do cidadão de obter a informação mais exata e seu direito de não pagar um centavo a mais do que exigido pela legislação tributária, fazendo parte das funções da SRF orientar e esclarecer os contribuintes, sendo anti ético escamotear informações a fim de levá-los a recolher tributos acima dos devidos. Eis porque é lícito ao AFRF dar explicações semelhantes em eventuais entrevistas aos meios de comunicação. Por isso existem o Plantão Fiscal e os CACs e o programa oficial do IRPF avisa o contribuinte quanto à melhor opção de formulário para a declaração. É por isso que colegas autores de livros tributários recebem o apreço e reconhecimento da categoria. É por isso que o Unafisco insurgiu-se contra a Portaria da Mordaça. Para que os auditores façam sua própria análise, encontra-se anexo a este boletim a matéria intitulada “Simples” do Diário do Comércio, que também foi disponibilizada no informativo oficial da SRF, via intranet. DIRETORIA EXECUTIVA NACIONAL