Ana Lúcia Henrique Teixeira Gomes, João Luiz Pereira Marciano, José Álvaro Moisés, Malena Rehbein Rodrigues, Manoel Roberto Seabra Pereira, Pedro Aquino Noleto Filho e Rejane Maria de Freitas Xavier Comunicação política e qualidade da democracia Opinião pública, confiança e adesão social ao Poder Legislativo 1. Identificação Título: “Comunicação política e qualidade da democracia - Opinião pública, confiança e adesão social ao Poder Legislativo”. Autores e instituições: • Ana Lúcia Henrique Teixeira Gomes- Câmara dos Deputados; • João Luiz Pereira Marciano – Câmara dos Deputados, Coordenador; • José Álvaro Moisés – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo; • Malena Rehbein Rodrigues – Câmara dos Deputados; • Manoel Roberto Seabra Pereira – Câmara dos Deputados; • Pedro Aquino Noleto Filho - Câmara dos Deputados; • Rejane Maria de Freitas Xavier – Câmara dos Deputados. Linhas de Pesquisa: Comunicação política; Comunicação social; Ciência política. Data: 30 de março de 2009. Resumo: o projeto se destina ao estudo dos seguintes focos de pesquisa: a) Opinião pública, confiança política e cidadania: A opinião pública e a confiança no Poder Legislativo; impactos da opinião pública e da confiança sobre o comportamento dos parlamentares e sobre as atividades da instituição; b) Mídia privada, imagem do Congresso e qualidade da democracia: A influência da mídia privada na formação da opinião pública sobre a Câmara dos Deputados e na qualidade da democracia; c) Comunicação pública no Poder Legislativo: A Comunicação Social (veículos e divulgação institucional) da Câmara dos Deputados e seu impacto na opinião pública. 2. Apresentação Este projeto de pesquisa se situa no âmbito da comunicação política, com ênfase na interação entre os campos político e midiático e os seus efeitos na imagem pública do Congresso e dos congressistas. Tendo como ponto de partida a ampla base de conhecimento sobre confiança política constituída pelas 2 pesquisas teóricas e empíricas do professor José Álvaro Moisés, o foco principal deste grupo é a avaliação potencial sobre a qualidade da democracia, especialmente a adesão social ao Poder Legislativo, a partir de três áreas específicas de interesse. Em primeiro lugar, a chamada opinião pública, aqui entendida como as manifestações estimuladas pelo monitoramento frequente produzido pelas pesquisas de opinião, principalmente as sondagens nacionais que buscam captar as percepções dos cidadãos sobre o desempenho de deputados e senadores, bem como a confiança na instituição parlamentar – e, ainda, as opiniões de grupos específicos, como as pessoas que visitam a Câmara espontaneamente (turismo cívico) e os próprios parlamentares. Em segundo lugar, a mídia privada, cujo viés negativo na cobertura noticiosa e interpretativa das atividades do Congresso Nacional e dos parlamentares tende a realimentar uma cultura política que, por tradição, deprecia a instituição congressual, com efeitos negativos sobre a confiança na instituição e, consequentemente, sobre a qualidade da democracia. Por fim, a ação das estruturas de comunicação legislativa da Câmara e do Senado como um contraponto à atuação dos meios de comunicação privados. Essas três áreas compreendem as três sublinhas temáticas do Grupo, organizadas por meio de três núcleos de pesquisa correspondentes, e que, em comum, têm como fator de convergência o foco na qualidade da democracia e na adesão social ao Poder Legislativo. Os três núcleos são: a) Opinião pública, confiança política e cidadania; b) Mídia privada, imagem do Congresso e qualidade da democracia; c) Comunicação pública no Poder Legislativo. 3. Problema O Congresso Nacional está entre as instituições de menor credibilidade entre os cidadãos brasileiros. A Câmara dos Deputados, por sua vez, é a Casa pior avaliada. De acordo com Offe (1999), Norris (1999), Moisés (2005) e Power e González (2003), trata-se de problema decorrente da frustração das expectativas dos cidadãos com relação às instituições democráticas, à sua legitimidade, à sua aderência aos princípios para os quais foram criadas e, sobretudo, à atuação dos representantes eleitos. No Brasil, José Álvaro Moisés (2005, 2006, 2008) – professor titular de Ciência Política da Universidade de São Paulo – é o principal pesquisador sobre confiança política, em geral, e, em particular, quanto ao Congresso Nacional. Um dos aspectos do problema sobre os quais ele tem elaborado com profusão é o paradoxo representado pelo apoio que os brasileiros dedicam à democracia, em termos ideais, e, ao mesmo tempo, a desconfiança 3 com que distinguem o Parlamento, os parlamentares e os partidos políticos. Além disso, ele tem enfatizado o risco potencial à democracia representativa configurado por tal paradoxo. Pesquisa da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e da Opinião Consultoria realizada em agosto de 2007 atribui à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal os mais baixos índices de confiança entre sete instituições: 12,5% e 14,6%, respectivamente, só perdendo para os seus membros: os políticos, nos quais apenas 11% dos entrevistados confiam. A pesquisa indica ainda uma tendência de queda na confiança. Em setembro de 2003, de acordo com o Ibope Opinião, 21% e 35% dos entrevistados confiavam, respectivamente, em cada uma das instituições. Tal constatação representa um risco para a qualidade da democracia no País. Como destaca a literatura culturalista internacional e nacional, má imagem, percepção, e conseqüentemente, má reputação da instituição máxima da representação popular implicam baixos índices de participação da sociedade e de accountability dos atores políticos. Desta forma, ao reconhecer uma forte e direta relação entre a confiança, a estabilidade, a legitimidade e a qualidade da democracia (Almond, Verba, 1963; Inglehart, 1988; Putnam, 1993), as análises vêem com apreensão esses baixos índices de confiança, especialmente em democracias modernas, em processo de consolidação (Puhle, 2005), como o Brasil. Tal situação é agravada por outra circunstância: os índices de confiança interpessoal, no Brasil, são os mais baixos da América Latina. De acordo com o Latinobarómetro 2007 (Latinobarómetro, 2007), o brasileiro é o mais desconfiado entre os cidadãos de 18 países pesquisados na região. Apenas seis entre cem brasileiros acreditam poder confiar na maioria das pessoas, sendo que este número sobe para 17, em média, na região. E a correlação entre os índices de confiança interpessoal e os índices de confiança em instituições, apontada pela literatura (Rennó, 2001), tornam o quadro de afastamento entre a sociedade e o parlamento ainda mais preocupante. Por outro lado, ao analisar a atuação da imprensa privada a partir do conceito de “embedded democracy”, suspeita-se que a mercantilização dos media e aspectos da produção da rotina jornalística, além de peculiaridades da relação entre mídia e política no Brasil, não sejam plenamente compatíveis com requisitos como a legitimação de esferas representativas como o Parlamento, e da própria democracia, e a representação da sociedade civil, ou da opinião pública, como arena de debates. Finalmente, complementando esse quadro sumário dos atores que, do ponto de vista da mídia, influem na formação e no comportamento da opinião pública em relação ao Poder Legislativo, temos o surgimento, nos últimos anos, das emissoras dos poderes legislativos federal e estaduais, amparadas na Lei da 4 1 TV a Cabo , além da multiplicação das rádios e TVs de caráter comunitário. Essas emissoras configuram parte importante do chamado “sistema público” de comunicação, que, como define o caput do Art. 223 da Constituição Federal, deve observar o “princípio da complementaridade” com os sistemas privado e estatal (Brasil, 2007). Entretanto, ao não definirem os conceitos de “sistema público de comunicação” e de “sistema estatal de comunicação”, nossos constituintes acabaram por permitir um longo debate, que está longe de chegar a qualquer conclusão. A definição sobre o conceito de “público”, em especial, tornou-se problemática, de tal forma que a atuação da mídia legislativa padece ainda das indefinições sobre a sua própria identidade. 4. Objetivos a) O Programa de Visitação Institucional A pesquisa sobre o Programa de Visitação Institucional tem como principal objetivo avaliar o resultado deste tipo de ação de Comunicação Institucional ou de Relações Públicas junto aos cidadãos. O objetivo do programa é promover o civismo, enquanto devoção ao interesse público, e incentivar a cidadania, ou seja, a participação não só política, como social, além de ser um agente na melhoria da imagem e percepção de desempenho da instituição para aumento da confiança política, influenciando a qualidade e a legitimidade da nossa democracia. Será que o “conhecimento” do papel da instituição e do desempenho esperado dos atores melhora? São os objetivos do estudo estabelecer o perfil do visitante, suas motivações e expectativas em relação à visitação, e a evolução de sua avaliação sobre o desempenho da instituição e dos índices de confiança manifestados em relação à Câmara dos Deputados. b) Estudo de dados de surveys internacionais e nacionais O objetivo do estudo de dados de surveys internacionais, como o Latinobarómetro, e nacionais, como a Pesquisa Social Brasileira (CPDOC – FGV), Ibope Opinião, CNT/Sensus, e Datafolha, é analisar a confiança interpessoal e a confiança política, enquanto variáveis de uma cultura política particular, na compreensão da estabilidade, legitimidade e qualidade da democracia no Brasil. O 1 Lei 8977/95, que criou o sistema de TV a Cabo no país e prevê os canais básicos de utilização gratuita, entre os quais se inclui a TV Senado e a TV Câmara, que serão objetos de estudo nesta pesquisa. 5 objeto se insere em dois grandes debates atuais da ciência política internacional: a adequação do conceito de confiança interpessoal como variável de uma determinada cultura política - cultura cívica - mensurada por surveys mundiais, e a relação causal dos componentes desta cultura particular para o funcionamento e estabilidade da democracia. No Brasil, tal estudo se insere na revisão da literatura empírica sobre os níveis de confiança interpessoal no País, sua relação com o comportamento político (Rennó, 2001), sua interferência na formação do capital social e de uma cultura política participativa (Baquero, 2003) e a influência desta cultura na instalação e manutenção de um regime democrático, no contexto da teoria da transição para democracia (Avritzer, 1995). c) Mídia privada Em relação à mídia privada, a presente pesquisa pretende avaliar como a imprensa, por meio de seu processo de produção de notícias, atua em relação aos requisitos para consolidação e qualidade da democracia no Brasil. Hans-Jorgen Puhle (2005) explica as vantagens desse conceito de consolidação: por um lado, contribui para critérios de um “claro mínimo democrático” (requisitos suficientes para uma democracia estável) e, por outro, nos permite distinguir entre diferentes qualidades (ou déficits) da democracia. O conceito de consolidação nos permite operacionalizar as diferenças entre a mera institucionalização de uma nova democracia e seu subsequente fortalecimento, sua condução para a estabilidade. Cumpre destacar, entretanto, que iremos utilizar a idéia e os conceitos dessa teoria somente para avaliar a atuação dos media no que consideramos um processo democrático, sem a pretensão de mensurar a consolidação ou a qualidade da democracia no Brasil. O estudo aqui proposto pretende, então, não só reforçar o campo de estudos mediáticos a partir de perspectiva mais ligada à Ciência Política, mas também ser desenvolvido em um diferente framework dos trabalhos da área de comunicação. Não há a intenção de analisar o poder da imprensa, nem somente pelo seu caráter industrial, nem pela sua capacidade manipulatória do público a fim de avaliar a relação com a democracia2. Considerando o contexto já apontado – da mútua dependência entre as esferas de mídia e política – o que se pretende é mostrar empiricamente como a rotina jornalística - que obviamente abrange aspectos do papel de “empresa” dos veículos – e as peculiaridades que marcam a relação entre política e mídia no Brasil se comportam em relação a pressupostos importantes para a democracia. Obviamente ambas as análises são muito importantes. A diferença aqui reside no enquadramento adotado, uma vez que a influência do caráter industrial já foi largamente estudada, assim como o caráter manipulatório. 2 6 d) O sistema de comunicação social da Câmara dos Deputados No que tange ao estudo do sistema de Comunicação Social da Câmara dos Deputados, o objetivo principal é o de chegar a uma conceituação adequadamente fundamentada de um possível modelo genuinamente público de comunicação no âmbito do Poder Legislativo. Em segundo lugar, são igualmente objetivos do estudo a criação de um conceito sobre Comunicação Social Pública e o possível encaminhamento de propostas concretas de definição de um marco legal sobre a Comunicação Social Pública, embasadas no debate político e acadêmico. A pesquisa pretende, finalmente, fazer um levantamento completo sobre o funcionamento dos veículos que integram a comunicação social do Poder Legislativo federal, descrever o modelo de gestão existente no âmbito do sistema de comunicação legislativa, e avaliar se tal modelo está em acordo com as premissas levantadas na primeira e segunda partes da pesquisa. Dentro dessa linha de preocupações, será introduzida uma análise teórica do discurso político nesses veículos, visando encontrar formas de tornar a política mais sensível aos discursos informais e às conversações e interações da vida cotidiana (Coleman, 2003). Aproximar o mundo da política do mundo das pessoas comuns, vencer o isolamento dos políticos e das instituições representativas em relação aos interesses e ao estilo da cultura popular será proposto como tarefa a uma comunicação pública que visa contribuir para a consolidação da democracia e para ampliar a participação cidadã. Deve-se destacar, ainda, que a constatação de que o público está desligado do processo político democrático, e de que é preciso reduzir o fosso entre os políticos e os cidadãos comuns, restabelecendo laços significativos entre a experiência de vida das pessoas e o universo do poder, tem levado a buscar técnicas inovadoras de comunicação política. Essas incluem o recurso às tecnologias digitais – enquetes, chats, blogs – mas não se limitam a elas. Os meios tradicionais, como a TV, o rádio e os próprios jornais podem e devem repensar sua linguagem, de modo a “tornar a política mais sensível aos discursos informais, às conversações e interações da vida cotidiana” (Coleman, 2003). De canais de comunicação inter-elites, os veículos de comunicação, especialmente aqueles chamados públicos, deveriam ser encorajados a “pensar sobre como a aproximação entre o entretenimento e a política tem potencial para rejuvenescer a cidadania, reforçar valores cívicos e apoiar o engajamento cívico” (van Zoonen, 2004). 5. Justificativa O grupo se propõe a articular interesses teóricos e empíricos que convergem em relação ao tema da comunicação política, examinando a natureza, os objetivos, os estilos e os resultados da atuação dos principais canais de troca de informação entre o parlamento, especialmente a Câmara dos Deputados, e a sociedade. Pesquisas de opinião, sistema de comunicação privado e o sistema 7 (público?) de comunicação da própria Câmara já têm sido objeto de investigação e análises, no âmbito da Ciência Política ou no dos Estudos da Comunicação. A originalidade do presente grupo de pesquisa é a ambição de tratar conjuntamente esses fatores que atuam na formação da opinião pública e nos impactos que ela é capaz de produzir em relação ao comportamento dos políticos e ao funcionamento da instituição. Consideramos que, se cada um desses fatores atua de forma relativamente independente, a resultante de sua atuação é um fenômeno novo, que requer uma abordagem diferenciada. Embora dentro do grupo as linhas de pesquisa se configurem de forma bastante diferenciada, o fato de que elas estejam reunidas sob a égide de uma investigação conjunta permite esperar um diálogo fecundo e resultados inovadores. Buscando fora da instituição, numa parceria com a USP e na orientação por um renomado cientista político, transcender os limites da formação predominante de seus membros, o grupo enriquece também por essa abordagem as suas perspectivas analíticas. Do ponto de vista da problemática sucintamente indicada acima, a relevância das questões abordadas não requer maior insistência. O afastamento entre a opinião pública e o universo da política institucional é um desafio para a democracia, e precisa urgentemente ser dimensionado e analisado, para que propostas consequentes sobre sua superação possam ser formuladas. 6. Metodologia A fim de atingir os objetivos propostos, propõe-se que sejam desenvolvidas as seguintes atividades: a) Pesquisa bibliográfica; b) Meta-análise de surveys internacionais e nacionais; c) Pesquisas qualitativas e quantitativas junto ao público da visita cívica à Câmara dos Deputados e aos parlamentares; d) Formação de grupos focais, a fim de prospectar e analisar a validação semântica de conceitos e temas (confiança, imagem do Congresso, papel das mídias pública e privada, entre outros); e) Submissão para publicação de artigos, relatórios e estudos, como produtos intermediários e finais do projeto; f) Participação, com submissão de trabalhos, e eventual organização de eventos, como seminários e conferências, a fim de estimular a análise crítica dos trabalhos e o intercâmbio com pesquisadores de outras instituições. 8 7. Cronograma Pretende-se realizar o projeto apresentado ao longo de dois anos, iniciando-se em maio de 2009, dispostos da seguinte forma: a) Maio de 2009: levantamento e unificação do material bibliográfico dos membros; b) Junho a agosto de 2009: consolidação dos surveys a serem analisados; formulação dos casos de estudo da mídia privada; c) Agosto de 2009 a março de 2010: coleta de dados junto ao público da visita cívica; formação de bases de dados de meta-análise; d) Abril a agosto de 2010: análise dos dados e comparação com os referenciais teóricos; formulação do estudo do sistema de comunicação social da Câmara dos Deputados; e) Setembro a dezembro de 2010: preparação de relatórios, textos e artigos das análises executadas; implementação das técnicas de estudo adequadas ao sistema de comunicação social da Câmara dos Deputados; f) Outubro de 2010 a Março de 2011: preparação de relatórios, textos e artigos acerca do estudo sobre a Câmara dos Deputados (comunicação social);compilação do texto final; g) Abril a maio de 2011: preparação e realização de evento com a síntese dos produtos do grupo e convidados; ajustes e melhorias ao texto final. 8. Orçamento Uma vez que os participantes do grupo são pesquisadores ou alunos de cursos de pós-graduação, as atividades desenvolvidas, a princípio, não implicam em ônus monetário. O grupo possui especialistas nos temas citados e nas etapas metodológicas de pesquisa. Contudo, pode ser necessário recorrer a apoio externo para tarefas operacionais, como de estagiários, por exemplo. Nestes casos, esperamos contar com o apoio institucional da Casa, por meio do CEFOR. 9. Bibliografia citada neste documento3 ALMOND, G.A; VERBA, S. The Civic Culture: Political Attitudes and Democracy in Five Nations. New York: Sage, 1963. A bibliografia consultada e passível de ser utilizada neste projeto é, naturalmente, extensa e amplamente variada. Optou-se por listar aqui apenas as referências dispostas ao longo do presente texto. 3 9 AVRITZER, L. Transition to Democracy and Political Culture: An Analysis of the Conflict between Civil and Political Society in Post-authoritarian Brazil. Constellations. v. 2, n. 3, p. 242-267, Oct. 1995. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 2007. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao.htm>. Acesso em 25 mar. 2009. BAQUERO, M. Construindo uma outra sociedade: o capital social na estruturação de uma cultura política participativa no Brasil. Revista de Sociologia e Política, n. 21, p. 83-108, Nov. 2003. COLEMAN, S. A Tale of Two Houses: the House of Commons, the Big Brother house and the people at home. Parliamentary Affairs, v. 56, n. 4, p. 733-758, Oct. 2003. INGLEHART, R. The renaissance of political culture. American Political Science Review, v.82, n.4. p. 1204-1230, May 1988. Latinobarómetro.Site oficial. Santiago, 2007. Disponível em: <www.latinobarometro.org>. Acesso em: 25 mar 2009. MOISÉS, J. A. A Avaliação das Instituições Democráticas e a Qauliade da Democracia no Brasil. In: 20 º Congresso Mundial da IPSA. Fukuoka, 2006. MOISÉS, J. A. A desconfiança nas instituições democráticas. Opinião Pública , v. 9, n. 1, p. 33-63, 2005. MOISÉS , J. A. Cidadania, confiança e instituições democráticas. Lua Nova: Revista de Cultura Política, n. 65, p. 1-10, 2005. MOISÉS, J. A.; CARNEIRO, G. P. Democracia, desconfiança política e insatisfação com o regime - o caso do Brasil. Opinião Pública , v. 14, n. 1, p. 1-42, 2008. NORRIS, P. Introduction: the grouth of critical citizens? In: P. N. (ed.), Critical citizens: global support for democratic government. New York: Oxford University Press, 1999. OFFE, C. How can we trust our fellow citizens? In: M. E. Warren (Ed.), Democracy & Trust. Cambridge, Grã-Bretanha: Cambridge University Press, 2004. p.42-87. POWER, T. J.; GONZÁLEZ, J. Cultura política, capital social e percepções sobre a corrupção: uma investigação quantitativa em nível mundial. Revista de Sociologia Política, v. 21, p. 51-69, 2003. 10 PUTNAM, R. D. Making Democracy Work – Civic Traditions in Modern Italy. Princeton: Princeton University Press, 1993. PUHLE, H. J. Democratic Consolidation and “Defective Democracies”.In: Conferencia Impartida en la UAM, 2005. Disponível em <http://www.uam.es/centros/derecho/politica/investigacio/papers/47_2005.pdf>. Acesso em 25 mar 2009. RENNÓ, L. R. Confiança interpessoal e comportamento político: microfundamentos da teoria do capital social na América Latina. Opinião Pública, Campinas, v. 7, n. 1, 2001. VAN ZOONEN, L. Entertaining the citizen: when politics and popular culture converge. London: Rowman & Littlefield, 2004. 11