Tipologia da pedra natural utilizada em esculturas
concebidas e executadas no âmbito do Simpósio
Internacional de Escultura em Pedra – SINEP 2004,
Câmara de Lobos, Região Autónoma da Madeira
João Baptista Pereira Silva
Celso de Sousa Figueiredo Gomes
Investigadores do Centro de Investigação “Minerais Industriais e Argilas” da
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago - 3810 – 193 Aveiro
Emails: [email protected]; [email protected]
Introdução
A pedra natural utilizada na concepção e execução dos trabalhos escultóricos programados
para o Simpósio Internacional de Escultura em Pedra (SINEP 2004) organizado pela Câmara Municipal
de Câmara de Lobos e pela Madeira Rochas – Divulgações Científicas e Culturais, corresponde a
nove tipos litológicos ou petrográficos provenientes de ocorrências localizadas no arquipélago da
Madeira e em Portugal continental. Efectivamente, do concelho de Câmara de Lobos, ilha da
Madeira, foram utilizadas duas variedades de tufo de lapilli e um traquiandesito basáltico, enquanto
que da ilha do Porto Santo foi utilizado um traquito. Do continente foram utilizados o granito cinzento
de Pinhel, o granito cinzento Favaco, o mármore creme Pardais, o mármore Pele de Tigre e o
calcário Moca Creme de grão médio. Os referidos materiais foram caracterizados do ponto de
vista petrográfico, mineralógico, químico e físico-mecânico no Laboratório do Instituto Geológico
e Mineiro (IGM) e no Centro de Investigação Minerais Industriais e Argilas (MIA), respectivamente
(Casal Moura et al., 2000; Silva et al., 2002). A caracterização petrográfica e mineralógica dos tipos
de pedra natural do arquipélago da Madeira foi feita através da interpretação de lâminas delgadas
e da interpretação de difractogramas de raios X (DRX), no último caso sempre que a observação
de alguns minerais, devido ao seu grau de alteração, não facilitava a sua identificação (Ferraz e
Silva, 1995).
Convém salientar ainda que as descrições a seguir apresentadas podem não contemplar as
variações cromáticas e texturais de pequena escala que a pedra natural, habitualmente revela.
Daí que possam resultar discrepâncias entre o que as fotografias revelam e as descrições referidas.
Seguidamente apresenta-se para cada um dos tipos litológicos estudados uma ficha técnica,
científica e comercial, baseada em trabalhos desenvolvidos durante o presente ano no Centro de
Investigação Minerais Industriais e Argilas (MIA), noutros trabalhos desenvolvidos por Gomes e Silva,
(1997), Casal Moura et al. (2000) e Silva et al., (2002), e ainda na publicação “Pedras Naturais de
Portugal/Natural Stones from Portugal” (1999) editada pela ASSIMAGRA (Associação Portuguesa
dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins).
77
Traquiandesito Basáltico e/ou Traquibasalto designado
© Delfim Ferreira, 1997
localmente por cantaria “rija”
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha de cor cinzento-claro, de quimismo intermédio e que, texturalmente, apresenta muitos
poros de reduzidas dimensões, relacionados com libertação de gás. Apresenta textura porfírica,
com fenocristais de clinopiroxena e plagioclase dispersos em matriz feldspática contendo também
minerais opacos de óxidos e hidróxidos de ferro.
Trata-se efectivamente, em termos petrográficos, de um Traquiandesito basáltico, conhecido
localmente por cantaria “rija”.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedores
Região Autónoma da Madeira
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos, sítio da Lourencinha
(Palmeira)
Fábrica de Extracção de Pedra e Brita
da Palmeira, Lda
Geocantarias, Lda – Fornecimento de Mármores, Cantarias e Granitos
Reservas
Exploração temporária num depósito com pequenas reservas.
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Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
1140 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
1250 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
182 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2398 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
2,12 %
6. Porosidade aberta
5,09 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
3,6 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
0,6 mm
9. Desgaste: teste Capon
16,8 mm
10. Resistência ao choque: altura mínima de queda
55 cm
Observações
- No final de 25 ciclos de gelo-degelo os provetes não revelaram qualquer alteração de cor
nem de estrutura.
- Para o traquiandesito basáltico muito vacuolar (poroso) foi determinado para a massa volúmica
aparente o valor 2.398 Kg/m3, enquanto que para o traquiandesito basáltico pouco vacuolar e
para a mesma propriedade foi determinado o valor 3.100 Kg/m3.
Análise Química
SiO2
50,31 %
Na2O
4,61 %
Al2O3
17,38
K2O
1,41
Fe2O3 (Total)
10,14
TiO2
2,25
MnO
0,17
P2O5
-----
CaO
8,55
P.R. (Perda ao Rubro)
0,19
MgO
4,14
Observação
Em conformidade com a classificação química de Le Bas et al. (1986), o tipo litológico da pedreira
do sítio da Lourencinha (Palmeira), posiciona-se na fronteira entre o Traquiandesito basáltico e/ou
Traquibasalto.
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
79
© Delfim Ferreira, 1997
Tufo de Lapilli castanho/avermelhado ou cantaria “mole”
do Cabo Girão
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha conhecida localmente por cantaria “mole”. Rocha piroclástica de cor castanhoavermelhado, porosa, muito vesicular, com matriz abundante constituída essencialmente por óxidos
e hidróxidos de ferro, sendo petrograficamente classificada como Tufo de lapilli.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedores
Região Autónoma da Madeira
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos, “Fajã” dos Asnos
e “Fajã” das Bebras
Fábrica de Extracção de Pedra e Brita da Palmeira, Lda
Geocantarias, Lda – Fornecimento de Mármores, Cantarias e Granitos
A pedreira donde é extraída esta variedade de tufo de lapilli situa-se na base da escarpa do
Cabo Girão entre a “Fajã” dos Asnos e a “Fajã” das Bebras. O acesso à pedreira está condicionado
à utilização do teleférico, ou da vereda do sítio da Caldeira, Câmara de Lobos, que é muito estreita,
sinuosa e íngreme, ou ainda à utilização da via marítima, (Fotos 1, 2 e 3).
Reservas
Limitadas
80
© Manuel Patinha, 2004
© Manuel Patinha, 2004
© Manuel Patinha, 2004
Foto 1 - Vista geral da escarpa do Cabo Girão. No lado direito da
fotografia pode observar-se a formação de uma “fajã” que se prolonga
sobre o oceano, consequência de deslizamento e derrocada de terras
que ocorreu nos anos trinta do século passado e que teve lugar justamente
por cima duma pedreira, onde durante largos séculos se fez a exploração
da cantaria “mole”.
Foto 2 e 3 - Local da extracção temporária de pedra na Pedreira do Cabo Girão, assinalado na foto
com uma seta. Pode observar-se a rede filoniana com inclinações sub-vertical e vertical. Os filões de
composição basáltica cortam bancadas de rocha piroclástica.
81
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
127 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
128 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
31 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
1833 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
14,20 %
6. Porosidade aberta
26,01 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
2,8 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
2,3 mm
9. Desgaste: teste Capon
27,6 mm
10. Resistência ao choque: altura mínima de queda
40 cm
Observação
- No final de 25 ciclos de gelo-degelo os provetes não revelaram qualquer alteração de cor
nem de estrutura.
Análise Química
SiO2
44,59 %
Na2O
1,60 %
Al2O3
14,80
K2O
0,23
Fe2O3 (Total)
12,86
TiO2
2,31
MnO
0,17
P2O5
-----
CaO
10,19
P.R. (Perda ao Rubro)
1,80
MgO
11,00
Observação
Em conformidade com a classificação química de Le Bas et al. (1986), o tipo petrográfico do
tufo de lapilli da pedreira do Cabo Girão corresponde a Picrobasalto.
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios, no último caso se a pedra for devidamente hidrofugada.
82
© Delfim Ferreira, 1997
Tufo de Lapilli lilás ou cantaria “mole”
do Curral das Freiras
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha conhecida localmente por cantaria “mole” do Curral das Freiras. Rocha piroclástica de
cor rosa - acastanhado, porosa, com clastos de dimensões entre 2 a 40 mm, cuja olivina e piroxena
estão muito alteradas e incorporadas em matriz constituída por plagioclase, calcite, hematite e
esmectite, sendo petrograficamente classificada como Tufo de lapilli.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedores
Região Autónoma da Madeira
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos
Curral das Freiras, Ribeira do Colmeal
e Ribeira do Cidrão
Fábrica de Extracção de Pedra e Brita da Palmeira, Lda
Geocantarias, Lda – Fornecimento de Mármores, Cantarias e Granitos
Reservas
Limitada aos blocos de queda.
A exploração dos blocos de pedra é de extrema importância, pois por vezes a sua dimensão é
de tal ordem que, obstruindo o leito das ribeiras, impedem a passagem da água e da carga sólida
transportada (Fotos 4, 5 e 6).
83
© Rui Camacho, 2004
© Rui Camacho, 2004
Foto 4 - Blocos de queda que são explorados no leito da ribeira do Colmeal,
Curral das Freiras.
© Rui Camacho, 2004
Foto 5 - Ocorrência de blocos de queda das vertentes do vale na Ribeira
do Cidrão, Curral das Freiras, onde um dos blocos preenche parcialmente
o leito da ribeira.
Foto 6 - Blocos de queda que foram removidos para as esculturas do SINEP,
na ribeira do Curral das Freiras, junto à ponte da Seara Velha.
84
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
267 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
246 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
40 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
1958 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
11,38 %
6. Porosidade aberta
22,20 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
0,9 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
3,6 mm
9. Desgaste: teste Capon
33,2 mm
10. Resistência ao choque: altura mínima de queda
40 cm
Observação
- No final de 25 ciclos de gelo-degelo os provetes não revelaram qualquer alteração de cor
nem de estrutura.
Análise Química
SiO2
41,39 %
Na2O
1,58 %
Al2O3
12,91
K2O
0,79
Fe2O3 (Total)
16,66
TiO2
2,70
MnO
0,17
P2O5
-----
CaO
11,79
P.R. (Perda ao Rubro)
6,29
MgO
8,96
Observação
Em conformidade com a classificação química de Le Bas et al. (1986), o tipo litológico
representado pelos blocos de queda do Curral das Freiras, corresponde a Picrobasalto.
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores, no último caso se a pedra for devidamente hidrofugada.
85
© Delfim Ferreira, 1997
Traquito ou cantaria “branco sujo” do Porto Santo
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha conhecida localmente por cantaria “branco-sujo” do Porto Santo. Rocha vulcânica
de cor cinzento-claro, de quimismo ácido, sem porosidade, apresentando cristais visíveis à vista
desarmada de feldspato, anfíbola e opacos. Rocha que, por vezes, apresenta xenólitos de cor
mais escura, com contornos circulares e de composição mais alcalina, sendo petrograficamente
classificada como Traquito.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedor
Porto Santo
Região Autónoma da Madeira
Porto Santo
Porto Santo, Rocha de Nossa Senhora,
Serra de Fora
Fábrica de Extracção de Pedra e Brita da Palmeira, Lda
Vista geral da frente de desmonte da pedreira da Rocha de Nossa Senhora onde é extraído
o traquito, na Serra de Fora, Porto Santo. A frente de desmonte tem orientação E-W e a capa de
alteração apresenta uma espessura de 1,7 cm, sendo a parte superior da pedreira desprovida de
vegetação. As colunas prismáticas de traquito podem apresentar faces com dimensões superiores
a 1,5 m (Fotos 7 e 8).
Reservas
Grandes
86
© João Baptista, 2004
© João Baptista, 2004
Foto 7 e 8 - Colunas prismáticas de traquito na pedreira da Rocha de Nossa
Senhora, Serra de Fora, Porto Santo. A pedra apresenta alguns encraves
de cor mais escura de contornos circulares e composição mais alcalina.
No sector W da pedreira é bem visível na pedra uma capa de alteração
de cor esbranquiçada.
87
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
577 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
598 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
75 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2247 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
4,17 %
6. Porosidade aberta
9,37 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
4,0 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
2,0 mm
9. Desgaste: teste Capon
27,3 mm
10. Resistência ao choque: altura mínima de queda
40 cm
Observação
- No final de 25 ciclos de gelo-degelo os provetes não revelaram qualquer alteração de cor
nem de estrutura.
Análise Química
SiO2
63,72 %
Na2O
6,25 %
Al2O3
17,83
K2O
1,67
Fe2O3 (Total)
4,45
TiO2
0,77
MnO
0,15
P2O5
-----
CaO
2,27
P.R. (Perda ao Rubro)
1,85
MgO
0,27
Observação
Em conformidade com a classificação química de Le Bas et al. (1986), o tipo litológico explorado
na pedreira da Rocha de Nossa Senhora, corresponde a Traquito.
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
88
© João Baptista, 2004
Granito Cinzento Favaco
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha ígnea de tonalidade cinzento escuro, com granularidade média a fina e textura
hipidiomórfica, onde quartzo, andesina, horneblenda e biotite são minerais essenciais, sendo
petrograficamente classificada como Quartzodiorito.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedor
Portalegre
Elvas
São Vicente e Ventosa
POLICORTE – Serração de Mármores e Granitos, Lda
Reservas
Satisfatórias
89
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
1262 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
964 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
214 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2851 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
0,21 %
6. Porosidade aberta
0,60 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
6,7 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
0,5 mm /200 m
9. Resistência ao choque: altura mínima de queda
70 cm
Observação
- No final de 25 ciclos de gelo-degelo os provetes não revelaram qualquer alteração de cor
nem de estrutura.
Microscopia
Minerais Essenciais
Minerais Acessórios
Plagioclase (andesina)
≅ 56 %
Horneblenda
≅19 %
Quartzo
≅8%
Biotite
≅ 14 %
Esfena, apatite, piroxena, clorite e minerais opacos ≅ 3 %
Análise Química
SiO2
53,45 %
Na2O
3,54 %
Al2O3
16,49
K2O
1,76
Fe2O3 (Total)
9,13
TiO2
CaO
7,63
MgO
4,24
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
90
2,82
H2O
+
0,64
H2O
-
0,15
© João Baptista, 2004
Granito Cinzento de Pinhel
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha de tonalidade cinzenta, com duas micas, moscovite e biotite (predominante), com
granularidade média e textura hipidiomórfica, sobressaindo alguns megacristais de feldspato, sendo
petrograficamente classificada como Granito.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedor
Guarda
Pinhel
Freixedas
POLICORTE – Serração de Mármores e Granitos, Lda
Reservas
Elevadas
91
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
1134 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
1097 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
105 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2628 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
0,28 %
6. Porosidade aberta
0,74 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
7,2 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
0,3 mm / 200 m
9. Resistência ao choque: altura mínima de queda
65 cm
Observação
No final de 25 ciclos de gelo-degelo os provetes não revelaram qualquer alteração de cor
nem de estrutura.
Microscopia
Minerais Essenciais
Minerais Acessórios
Microclina
≅ 55 %
Plagioclase
≅ 15 %
Quartzo
≅ 20 %
Moscovite + Biotite
≅ 10 %
Apatite, Zircão e minerais opacos
≅3%
Análise Química
SiO2
70,86 %
Na2O
3,48 %
Al2O3
13,74
K2O
5,87
Fe2O3 (Total)
2,62
TiO2
0,35
MnO
0,05
P2O5
0,06
CaO
1,40
H2O
+
0,58
MgO
0,48
H2O
-
0,13
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
92
© Grupo Green, 2004
Mármore Creme Pardais
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha de granularidade fina a média e textura granoblástica, exibindo cores branca anilada,
creme e creme-rosada, por vezes com manchas ou vergadas acinzentadas, sendo petrograficamente
classificada como Mármore.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedor
Évora
Vila Viçosa
Pardais
Rocha Verde – Sociedade Transformadora
de Mármores, Lda
Reservas
Elevadas
93
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
976 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
930 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
222 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2708 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
0,09 %
6. Porosidade aberta
0,25 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
11,9 x 10-6/ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
3,0 mm
9. Resistência ao choque: altura mínima de queda
60 cm
Microscopia
Minerais Essenciais
Calcite
≅ 100 %
Análise Química
SiO2
0,51 %
Na2O
0,07 %
Al2O3
0,37
K2O
0,13
Fe2O3 (Total)
0,13
TiO2
---
MnO
----
P2O5
---
CaO
54,40
P.R. (Perda ao Rubro)
43,35
MgO
0,56
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
94
© João Baptista, 2004
Mármore Pele de Tigre
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha de granularidade média com zonas de grão mais fino, de cor branca com leve venado
acastanhado ou acinzentado, sendo petrograficamente classificada como Mármore.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedor
Évora
Vila Viçosa
Santa Catarina
Rocha Verde – Sociedade Transformadora
de Mármores, Lda
Reservas
Elevadas
95
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
1018 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
912 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
312 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2717 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
0,08 %
6. Porosidade aberta
0,22 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
14,7 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
3,0 mm
9. Resistência ao choque: altura mínima de queda
60 cm
Microscopia
Minerais Essenciais
Calcite
≅ 99 %
Outros
≅ 1%
Análise Química
SiO2
0.95 %
Al2O3
0,13
K2O
0,04
Fe2O3 (Total)
0,04
TiO2
---
MnO
---
P2O5
---
CaO
54,23
P.R. (Perda ao Rubro)
43,31
MgO
0,69
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
96
0,05 %
© Grupo Green, 2004
Calcário Moca Creme (grão médio)
(escala 1:1)
Descrição Macroscópica e Microscópica
Rocha carbonatada de cor beje, abundantemente bioclástica, sendo petrograficamente
classificada como Calcário calciclástico.
Localização
Distrito
Concelho
Freguesia
Fornecedor
Leiria
Alcobaça
Aljubarrota
Rocha Verde – Sociedade Transformadora
de Mármores, Lda
Reservas
Elevadas
97
Características Físico – Mecânicas
1. Resistência mecânica à compressão
927 Kg/cm2
2. Resistência mecânica à compressão após teste de gelividade
867 Kg/cm2
3. Resistência mecânica à flexão
196 Kg/cm2
4. Massa volúmica aparente
2515 Kg/m3
5. Absorção de água à pressão atmosférica normal
2,34 %
6. Porosidade aberta
5,9 %
7. Coeficiente de dilatação linear térmica (valor máximo)
5,3 x 10-6 /ºC
8. Desgaste: teste Amsler – Laffon
4,0 mm
9. Resistência ao choque: altura mínima de queda
40 cm
Microscopia
Minerais Essenciais
Calcite
≅ 100 %
Análise Química
SiO2
0,07 %
Na2O
0,06 %
Al2O3
0,54 %
K2O
0,07 %
Fe2O3 (Total)
0,06 %
TiO2
---
MnO
---
P2O5
---
CaO
55,86 %
P.R.
43,60 %
MgO
0,1 %
Utilização Recomendada
Interiores e exteriores de edifícios.
Bibliografia
Casal Moura, A. et al., 2000 – Granitos e rochas similares de Portugal. Instituto Geológico e Mineiro (ed.), Porto, 179 p.
Gomes, C. e Silva, J., 1997 - Pedra natural do Arquipélago da Madeira: importância social, cultural e económica. Madeira
Rochas – Divulgações Científicas e Culturais (ed.), Câmara de Lobos, 176 p.
Ferraz, E., Silva, J., Moura, C., Grade, J. e Gomes, C., 1998 - Pedra Natural do Arquipélago da Madeira: relação do
comportamento físico-mecânico com a litologia. Revista A PEDRA, n.º 70, pp. 33 - 37.
Ferraz, E., e Silva, J. 1995 - Caracterização física, química e tecnológica das rochas ornamentais do Arquipélago da
Madeira. Departamento de Geociências, Universidade de Aveiro, Aveiro, 151 p.
Silva, J., Ferraz, E., Moura, A.C., Grade, J. e Gomes, C., 2002 – Natural stone from the Madeira archipelago: dependence
on lithology of its physico-mechanical behaviour. Sociedade Portuguesa de Geotecnia, Eurock 2002, Workshop on
Volcanic Rocks, pp. 115 - 124.
Pedras Naturais de Portugal/Natural Stones from Portugal, 1999 – CD Rom editado pela ASSIMAGRA – Associação
Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins e ICEP – Investimento, Comércio e Turismo de Portugal.
98
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Tipologia da Pedra Natural utilizada em