1 ESTADO DO PIAUÍ PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAÍBA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ECIDADANIA DIRETORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL E MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL DAS ÁREAS DE ABRANGÊNCIAS DO CRAS SÃO VICENTE DE PAULA PARNAÍBA- PI 2012 2 Expediente: Esta é uma publicação técnica da Secretaria de Desenvolvimento social e Cidadania do Município de Parnaíba. Prefeito de Parnaíba: José Hamilton Furtado Castelo Branco; Secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania: Valeria de Carvalho Castelo Branco; Diretoria de Planejamento e Gestão do SUAS: Márcia Maria da Costa Nascimento; Diretoria de Proteção Social Básica: Valeria Silva de Araújo; Coordenadora do CRAS São Vicente de Paula: Teresinha de Jesus Castelo Branco Furtado. Ficha Técnica: Equipe de Pesquisa e Elaboração: Teresinha de Jesus Castelo Branco Furtado (Coordenadora) Talyta Maria Coelho de Deus Lima (Assistente Social) Cecília Gondim Machado Lima (Assistente Social) Hezrom Nogueira da Conceição (Agente Administrativo) Izabel Tereza Silva de Araújo (Pedagoga) Luciana Maria Guimarães e Silva (Psicóloga) Colaboração Dario José Araújo dos Santos (Educador Social) - in memorium Paula Rogéria de Brito Fortes (Psicóloga) Organização e Revisão Valeria Silva de Araújo Tiragem: 200 Capa / Layout: Jonathan S.de Araújo Edição e Impressão:_______ 3 APRESENTAÇÃO A partir de 2005 visando materializar a Política Nacional de Assistência SocialPNAS, foram empreendidos esforços tanto de gestores como de trabalhadores no sentido de consolidar o Sistema Único da Assistência Social-SUAS no município de Parnaíba, primeiramente com a implantação das Unidades de Proteção Social Básica, os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS o que veio ocorrer como em todo o território nacional na ânsia de não perder a oportunidade histórica conquistada após a Constituição cidadã de 1988, que situou a Assistência Social enquanto Política Pública. Atualmente o Brasil vivencia um novo contexto de avanços, conquistas e desafios na constituição da Política de Assistência Social visto que primeiramente as atenções de gestores e trabalhadores da assistência foi voltada para a implantação do SUAS, chegamos numa segunda etapa, o de aprimoramento da gestão e da primazia pela qualidade na oferta dos serviços socioassistenciais, com a finalidade de garantir respostas positivas às demandas dos usuários na proteção social básica. Portanto é neste contexto e com senso de compromisso e responsabilidade que sempre foi uma marca desta gestão que trabalhamos no sentido de fortalecer os princípios da PNAS no município de Parnaíba. Neste sentido, disponibilizar informações para subsidiar ações direcionadas tanto da gestão pública quanto de técnicos, demais trabalhadores do SUAS, políticas setoriais e da própria sociedade civil, torna-se um significativo avanço na materialização dos princípios da Política Nacional de Assistência Social A realização e publicização do Diagnóstico Socioterritorial e Mapeamento da Rede Socioassistencial das Áreas de Abrangências dos CRAS traz importantes contribuições para implementação da gestão territorial dos CRAS no município, afinal disponibilizar dados e indicadores que desvelem a realidade social vivenciada pelas comunidades atendidas pelos CRAS João XXIII, Mendonça Clark, São Vicente de Paula e Piauí permite aprofundar o conhecimento sobre estas realidades, dimensionar as demandas que se pretende atender por meio de ações governamentais, vindo a se constitui como relevante fator de sucesso das ações de Proteção Social Básica em Parnaíba. Essas informações nos permitiram conhecer melhor os avanços, limitações e desafios da ação governamental e assim aprimorar os programas e serviços no âmbito do SUAS. Cabe por fim agradecer a todos aqueles que, com grande empenho se dedicaram e contribuíram com a formatação do Diagnóstico Socioterritorial e Mapeamento da Rede Socioassistencial das Áreas de Abrangências dos CRAS de Parnaíba, instrumental tão necessário à construção e promoção dos direitos sociais de nossa sociedade. Valéria Silva de Araújo Diretora de Proteção Social Básica de Parnaíba 4 PREFÁCIO Mediante ao agravamento das questões sociais e na expansão das formas diversas de exclusão e vulnerabilidades, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) em sua nova ordenação e formatação da gestão da assistência social como política pública, além de introduzir mudanças significativas nas referencias conceituais, estruturais, gerenciais e de controle, exige o reconhecimento da realidade, a realização de estudos permanentes e a formulação de propostas de ações exequíveis e de impacto na qualidade de vida da população. Neste contexto, o CRAS (Centro de Referencia da Assistência Social) através do PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família), surge como porta de entrada das ações de Proteção Social Básica, tendo um papel primordial na implementação do SUAS (Sistema Único da Assistência Social), por ser a unidade estatal de referência para o acesso dos usuários à rede sócio assistencial e responsável direto pela produção e sistematização de informações que possibilitem a construção constantes de indicadores das situações de vulnerabilidades e riscos que incidem sobre as famílias. Tem como base de sua organização o princípio da territorialização, por entender que o território, além de ser um espaço geográfico, guarda características sociais, culturais e de identidade local e que nesta lógica, sua localização na proximidade do cidadão, vem favorecer um melhor atendimento, um ganho antecipado da gestão e principalmente das famílias assistidas. Prefaciar o estudo que segue pressupõe dizer que, o mesmo fora construído através do esforço coletivo dos profissionais que compõem a equipe técnica dos CRAS sob a responsabilidade da Diretoria de Proteção Social Básica, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (SEDESC) e ainda, se insere na perspectiva de conhecer para transformar cada realidade analisada. Cabe ressaltar que esta é uma equipe multiprofissional, que no desenvolvimento deste trabalho demonstra olhares sob uma perspectiva multidisciplinar com profundidade e complementariedade na composição de cada Diagnóstico Socioterritorial e Mapeamento da Rede Socioassistencial das Áreas de Abrangências dos CRAS. Cada documento traz no seu íntimo o que as equipes de referência visualizam sobre as vulnerabilidades sociais e as potencialidades, bem com sua análise sobre a realidade posta. 5 A execução das iniciativas de desenvolvimento na perspectiva de consolidação do SUAS, baseadas no conhecimento da realidade, vai assegurar por meio PAIF melhor organização e resolutividade na atuação dos CRAS, num trabalho intersetorial das políticas públicas e de ações de cooperação local, com os gestores dos programas, com as famílias e com as instituições que atuam no desenvolvimento social. Estas são algumas questões que este estudo evidencia, certamente cada leitor poderá associar o escrito com sua realidade prática, com sua aprendizagem e contribuições para possíveis intervenções com um trabalho articulado e monitorado visando o fortalecimento dos serviços básicos preventivos de proteção, promoção e de inclusão, obtendo assim resultados eficazes que possibilitem o uso racional dos recursos, evitando retrabalhos e tornando efetiva a redução da pobreza e da desigualdade social. Ao final da leitura deste diagnóstico fica claro a gestores, trabalhadores do SUAS, controle social, instituições da rede socioassistencial e à comunidade, que este é mais um passo importante dado pela Gestão Municipal da Política de Assistência Social em busca da implementação da Proteção Social Básica do SUAS, estabelecendo assim gradativamente, o compromisso de Parnaíba em firma-se como polo de referência para os demais municípios da região do litoral norte do Estado, ao mesmo tempo que também representa, um avanço decisivo na construção da cidadania da maior parte da população de nossa cidade, que antes escravizada pela cultura assistencialista e de favorecimento, hoje vive a sua plena liberdade alicerçados pela garantia dos direitos contemplados pela Assistência Social como integrante viva da Política da Proteção Social Brasileira. Valéria de Carvalho Castello Branco Secretária do Desenvolvimento Social e Cidadania 6 SUMÁRIO PREFÁCIO APRESENTAÇÃO 1. Introdução ............................................................................................................ 07 2. Percurso Metodológico ......................................................................................... 09 3. Contextualização da Política Nacional da Assistência Social-PNAS .................... 11 3.1. Articulação da Rede Socioassistencial no Território.......................................... 12 3.2. Diagnóstico Socioterritorial ............................................................................... 13 4. Apresentação e Análise de Dados ...................................................................... 15 4.1. Caracterização da área de Abrangência do CRAS São Vicente de Paula ........ 15 4.2. Perfil do usuário do CRAS São Vicente de Paula ............................................. 16 4.2.1. Nível de Escolaridade e Principais Atividades Econômicas ........................... 18 4.2.2. Acesso a Serviços de Infra-Estrutura Básica ................................................. 19 4.2.3. Acesso aos Direitos Socioassistenciais.......................................................... 22 4.3. Perfil da rede socioassistencial ......................................................................... 23 4.3.1. Saúde ............................................................................................................. 23 4.3.2. Educação ....................................................................................................... 27 4.3.3. Assistência Social........................................................................................... 31 4.3.4. Organizações Civis das Áreas de Abrangências do CRAS São Vicente de Paula ........................................................................................................................ 33 4.4. Rede Socioassistencial das Áreas de Abrangência do CRAS São Vicente de Paula ........................................................................................................................ 34 5. Considerações e Recomendações ....................................................................... 36 Referências .............................................................................................................. 38 APÊNDICES - Apêndices A: Lista de Siglas - Apêndices B: Lista de Tabelas - Apêndices C: Lista de Gráficos 7 1. INTRODUÇÃO O Centro de Referência de Assistência Social- CRAS segundo o Ministério de Desenvolvimento Social - MDS, se constitui como uma unidade de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social- SUAS, que tem por objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. Justamente para materializar esse princípio de acesso a cidadania torna-se necessário que a equipe do CRAS conheça a realidade em que está inserida, daí a importância do diagnóstico do território de abrangência do Centro de Referência, para que a equipe tome conhecimento das potencialidades e riscos sociais das comunidades. Este trabalho busca contextualizar os processos e relações sociais pertinentes as Políticas Públicas e Sociais, bem como os desdobramentos frentes às novas configurações das expressões da “Questão Social” nas áreas periféricas, tendo em vista o cenário marcado pela desigualdade social que norteia as comunidades, e consequentemente busca mensurar quais as possibilidades de intervenção profissional levando em conta os princípios do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. O procedimento metodológico usado para a obtenção de dados para a elaboração deste documento deu-se através de: coleta de dados em fichas, visita às instituições e entrevista através de um questionário realizada pela equipe técnica do CRAS. O levantamento dos dados foi segmentado nas seguintes categorias: Educação, Saúde, Assistência Social e Assistência Espiritual. Vale ressaltar que este estudo vem preencher uma lacuna no momento em que somam-se esforços no sentido de aprimoramento da gestão do SUAS no município, para tanto, ter conhecimento sobre as vulnerabilidades sociais das comunidades referenciadas através do CRAS; bem como estreitar laços com as instituições que fazem parte da rede socioassistencial concorrem para subsidiar as ações da proteção social básica do município. Diante do exposto pode-se observar que este documento não se restringe apenas a fins quantitativos, mas procura 8 através dele, compreender a realidade e o perfil dos usuários e das comunidades onde o CRAS está inserido. 9 2. PERCURSO METODOLÓGICO O método escolhido para coleta de informações da pesquisa foi o qualiquantitativo. A parte quantitativa está presente na identificação do perfil sóciodemográfico da população dos bairros de abrangência do CRAS São Vicente de Paula-SVP. Visto que, segundo o Ethos (2002) “... a Pesquisa Quantitativa tem a razão de descobrir quantas pessoas de uma determinada população compartilham uma característica ou um grupo de característica”. O estudo qualitativo refere-se à análise e descrição dos dados coletados. Trata-se também de um estudo exploratório, haja vista a parca produção bibliográfica envolvendo a história e analise da realidade dos bairros de abrangência do CRAS São Vicente de Paula (Igaraçu, Bebedouro, São Vicente de Paula, Santa Luzia e Primavera). Para tanto utilizou-se os seguintes procedimentos onde inicialmente foi feita a articulação com o campo de pesquisa, através de visitas institucionais aos estabelecimentos existentes nestes bairros, como escolas, postos de saúde, igrejas (católicas e evangélicas) e associações comunitárias. Na pesquisa de campo foram coletados dados nas instituições governamentais e não governamentais que fazem parte da rede socioassistencial acima citadas através de formulário semi-estruturado. Nogueira define formulário como sendo: uma lista formal, catálogo ou inventário destinado à coleta de dados resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as observações ou recebe as respostas, ou pelo pesquisado, sob sua orientação.(Nogueira. 1968:129) Para a realização desta etapa a equipe técnica do CRAS São Vicente de Paula foi dividida em grupos, como forma de tornar essa coleta de dados mais efetiva. É importante ressaltar que durante toda pesquisa fez-se uso de uma bibliografia pertinente a qual orientou a categorização e análise dos dados coletados nas entrevistas e nos formulários, subsidiando a compreensão do perfil dessa população e os fatores sociais que as afetam. 10 No período de agosto de 2011 a junho de 2012 foram realizadas quarenta e seis visitas, com preenchimento do roteiro das entrevistas, análise de dados nos arquivos da educação e análise nas fichas PAIF do CRAS São Vicente de Paula; estes se configuraram como a principal fonte documental, pois foram explorados como “documento de primeira mão” (GIL, 1999). Convém mencionar que a: (...) a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa (Gil, 1994. p73) As informações foram processadas através da metodologia da análise de conteúdo que consiste na interpretação teórica das categorias que emergem do material pesquisado. Segundo Bardin (1979) é: um conjunto de técnicas de análise da comunicação, visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens. (BARDIN, 1979, p.42). Para tanto, foi necessária a redução do material originado da pesquisa até o ponto em que as categorias estivessem claramente visíveis, transformando o material bruto em outro passível de ser trabalhado, o que possibilitou o mapeamento dos dados, a partir dos objetivos propostos pela pesquisa. Em síntese a organização do material empírico se processou da seguinte maneira: Ordenação das informações a partir da transcrição dos formulários de pesquisa; Leitura e exploração do material para definição das temáticas/categorias; Categorização, tabulação e sistematização dos dados; Análise e interpretação dos gráficos e tabelas, articulando-se o material com a literatura pertinente, tendo em vista o objeto e objetivos da pesquisa. 11 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA POLITICA NACIONAL DA ASSISTENCIA SOCIAL-PNAS Historicamente os serviços socioassistenciais estiveram ligados a uma ação clientelista e assistencialista do Poder Público; ligados à imagem das Primeiras Damas, com caráter de “benesse”, caridade, que transformava o usuário em “coitadinho assistido”, e nunca em sujeito de direito. Por isso, não raro a assistência social ser confundida com a caridade cristã, cristalizada na imagem das moças ricas e “boazinhas” que ajudavam os pobres e necessitados. Por isso que segundo Lustosa, et all: (...), a assistência social era vista de forma dicotomizada, com caráter residual, próximo das praticas filantrópicas, um espaço de reprodução da exclusão e privilégios e não como mecanismo possível de universalização de direitos humanos. (LUSTOSA, et all, 2003, p.11) Ressalta-se que a assistência social, tal qual conhecemos hoje, é fruto de um longo processo que vem a se fortalecer enquanto política pública na sociedade brasileira a partir da Constituição Federal de 1988, que a considera como um dever do Estado e um direito do cidadão. Esse princípio passa a ser reforçado em de 1993 com a regulamentação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (N° 8.742/93), que estabelece a primazia da responsabilidade do Estado nas ações de assistência social enquanto política pública. A Política Nacional de Assistência Social – PNAS, aprovada em 2004, trouxe para o cenário da assistência social um novo formato de gestão e de desenvolvimento das ações socioassistenciais concebidas como Proteção Social às famílias em situação de vulnerabilidade e risco social. A PNAS e as Normas Operacionais Básicas do Sistema único da Assistência Social- NOB-SUAS/05 marcos regulamentadores, trazem para as discussões novas diretrizes, regras, fluxos e procedimentos à implementação da política de assistência social no país, e ainda apontam a urgência das adequações a sua efetivação como política pública de garantia de direitos de cidadania trazendo no seu bojo institucional, relevantes desafios para os gestores, trabalhadores e usuário deste sistema. 12 A NOB-SUAS/05 vem definir e organizar a Política Nacional de Assistência Social a partir da proteção social básica e especial, como um novo princípio de organização e gestão, tendo, dentre outros, como elementos essenciais: 1. O Território base de organização do sistema, onde os serviços estão na proximidade do cidadão e devem localizar-se naqueles territórios de incidência de vulnerabilidades e riscos sociais para a população; 2. O Trabalho com a Família como princípio matricial e ordenador das ações públicas e privadas desenvolvidas pela política de Assistência Social; 3. A Gestão compartilhada como reconhecimento das responsabilidades entre os entes federados; 4. A Estruturação de Sistemas de Informação para apoiar o planejamento, a gestão; 5. O Monitoramento e a Avaliação das ações implementadas. (BRASIL, 2005) O ordenamento da política a partir do princípio da territorialização conduz ao reconhecimento da presença das multifacetadas expressões da questão social como fatores - sociais, econômicos, culturais – determinantes das situações de pobreza e vulnerabilidades que atingem indivíduos, famílias e comunidades inteiras. Assim, pode-se observar que os territórios são vistos como espaços de vida, contradições e conflitos, sendo também o terreno das políticas públicas, onde se concretizam as manifestações da questão social e onde são encontradas as tensões as possibilidades para seu enfretamento. Daí a necessidade do conhecimento do Território como uma ferramenta indispensável para o trabalho interventivo da equipe do CRAS. Nesse sentindo Nunes afirma que: a equipe que trabalha no CRAS deve conhecer as vulnerabilidades, riscos e potencialidades que animam este território: conhecer os equipamentos e serviços ofertados, reconhecer as forças sociais e políticas presentes, pois só assim o CRAS poderá, por meio de seu principal programa, o de Atenção Social às Famílias, chegar às famílias concretas, com vivências, significações e sofrimentos. (NUNES, 2006, p.5) A partir dessa compreensão a equipe do CRAS poderá levar a efeito as ações interventivas, afiançando a garantia desses direitos sociais às famílias referenciadas a esse território. 3.1 Articulação da Rede Socioassistencial no Território 13 Compreender o conceito de rede nos auxilia no gerenciamento das políticas sociais sob a perspectiva do SUAS que segundo a NOB-SUAS/05, Rede Socioassistencial: é um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e projetos, o que supõe a articulação entre todas estas unidades de provisão de proteção social, sob a hierarquia de básica e especial e ainda por níveis de complexidade. (NOBSUAS, 2005, p.94) Mobilizar redes significa por em ação, de forma coordenada e deliberada, os territórios nos quais os indivíduos se inserem. Sendo construções coletivas, decorrem de relacionamentos, negociações, compatibilização de interesses, pactuações, movimentos de adesão e interação. (BRASIL, 2009) Daí a importância de articular essa rede no território a fim de efetivar com eficiência e eficácia as ações desenvolvidas. Ressalta-se também a importância da articulação intersetorial no território de abrangência do CRAS como uma ação coletiva, compartilhada e integrada a objetivos e possibilidades de outras políticas públicas tendo por propósito garantir a integralidade do atendimento aos seguimentos sociais em situação de risco e vulnerabilidade social. 3.2 Diagnóstico Socioterritorial O diagnóstico das vulnerabilidades sociais do território, na concepção da Política de Assistência Social, dá embasamento para o planejamento das ações desta política isto, porém não significa dizer que o diagnóstico possa ser algo fechado, não se constituindo num momento único, mas que deva ser realimentado e atualizado continuamente, possibilitando o levantamento de dados complementares para ajustes e para as ações de intervenção. Observa-se a isto que a própria regulação do SUAS referenda a NOB/2005 e apresenta-se como medida essencial para a concretude dos princípios aqui expostos, visto que, os mesmos se configuram em processo de esteira em que um leva a materialização de outro. O processo de implementação dos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS no município de Parnaíba ocorrera no ano de 2005; em virtude da concepção de que a realidade social das suas áreas de abrangência seja de 14 profunda vulnerabilidade social. Vulnerabilidades estas, expressas no dia a dia de cada cidadão e cidadã através das multifacetas da questão social. Visando minimizar as vulnerabilidades e riscos sociais o Centro de Referência da Assistência Social busca efetivar o acesso aos direitos socioassistenciais através da Proteção Social Básica, que compreende os seguintes serviços: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF; Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas. Dentre os serviços ofertados pela Proteção Social Básica da-se-á ênfase ao Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF que consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Bem como desenvolver potencialidade e aquisições das famílias e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 15 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Para compreender a importância deste documento é necessário entender que a oferta de serviços no CRAS deve ser planejada e depende do conhecimento do território e das famílias que nele vivem, assim como suas necessidades e potencialidades, bem como do mapeamento da ocorrência das situações de vulnerabilidade social e das ofertas já existentes. (BRASIL, 2009) Para a PNAS o foco da Proteção Social Básica está na família, ou seja, a materialização do princípio da matricialidade familiar como princípio ordenador das ações a serem desenvolvidas no âmbito do SUAS. Porém não pensando a família como modelo idealizado e sim famílias resultantes de uma pluralidade de arranjos e rearranjos estabelecidos pelos integrantes dessas. Com base nessas premissas e no levantamento e análise de dados coletados durante a pesquisa pode-se traçar o perfil dos usuários desta unidade de proteção básica, assim como o mapeamento da rede socioassistencial. 4.1. Caracterização da área de Abrangência do CRAS São Vicente de Paula O Centro de Referência da Assistência Social -CRAS São Vicente de Paula enquanto unidade responsável pelas ações, serviços, programas e projetos de Proteção Social Básica, vem referenciar as famílias em seu território. O referido CRAS situa-se à Rua D, 360 - Bairro São Vicente de Paula. Figura 1- Localização do CRAS São Vicente de Pauladd Fonte: Cartilha CRAS / 2011 16 Os bairros que compõem a área de abrangência do CRAS São Vicente de Paula são: Bebedouro, São Vicente de Paula, Santa Luzia, Primavera e Igaraçu, compreendendo uma população de 22.035 habitantes, segundo o censo do IBGE 2010, conforme tabela abaixo. Tabela 1- População por Bairros Bairros N° de Habitantes Bebedouro 3.094 Igaraçu 4.508 Primavera 1.523 Santa Luzia 3.437 São Vicente de Paula 9.473 Total 22.035 Fonte: IBGE, 2010 4.2 Perfil do usuário do CRAS São Vicente de Paula O levantamento dos dados para este estudo baseou-se em 536 (quinhentos e trinta e seis) fichas PAIF preenchidas nos anos de 2006 a 2011. Perfazendo 1.856 (mil oitocentos e cinquenta e seis) pessoas. Tabela 2- Composição Familiar por faixa etária Faixa Etária Quantidade de membros por idade Crianças de 0 a 6 anos 403 Adolescentes de 15 a 18 anos 176 Adultos de 19 a 64 anos Idosos acima de 64 anos Total Fonte: Fichas PAIF 1.205 72 1.856 17 De acordo com a tabela acima a faixa etária dos indivíduos que compõem as famílias referenciadas ao CRAS se constitui em maior parte formada por adultos (1.205) seguidos de crianças (403), adolescentes (176) e idosos (72). Gráfico 1- Número de Pessoas por Família Até 02 pessoas De 03 a 05 pessoas Acima de 09 pessoas Sem informação De 06 a 08 pessoas 2% 5% 11% 21% 61% Fonte: Fichas PAIF Pode-se observar que a composição familiar de acordo com o número de componentes acompanha a média do cenário nacional, ou seja, entre três e cinco pessoas por família (Gráfico 1), nota-se que as famílias presentes nas áreas de abrangência do CRAS acabaram por se diferenciar do imaginário de prole residentes em periferia, que pelo senso comum geralmente são famílias numerosas. Gráfico 2 - Identificação das Deficiências Famílias com Pessoas com Deficiência 46,4 28,5 21,5 3,5 Auditiva Fonte: Fichas PAIF Visual Física Mental 18 Destas famílias, 28 (vinte e oito) possuem pessoas com deficiência em sua composição, sendo 46,4% de deficientes físicos; 28,5% mental; 21,5% visual e 3,5% auditiva. Estes dados apontam para a relevância e necessidade de um trabalho mais efetivo e eficaz em rede, com programas e projetos voltados para questões de acessibilidade e inclusão social. 4.2.1 Nível de Escolaridade e Principais Atividades Econômicas Gráfico 3 - Grau de Instrução Sem instrução formal Ensino Fundamental 00,8 21,3 27,9 Ensino Médio Ensino Superior Sem informação na ficha 50 Fonte: Fichas PAIF Ao analisarmos os dados do gráfico 3 podemos verificar que grande parte dos usuários do CRAS SVP tem um nível de escolaridade correspondente ao ensino fundamental completo/incompleto (50%), seguindo de 21,3% sem instrução formal e 0% de ensino superior. Este contexto reflete diretamente na renda, como se pode observar no gráfico 4, que demonstra que a maioria das atividades são informais como moto-táxi, pedreiro, dentre outras formas precárias de inserção no mercado de trabalho. Ressalta-se ainda o número elevado de desempregados (25%) da amostra estudada. Desta realidade podemos inferir a necessidade de estratégias para a qualificação profissional, incentivo ao empreendorismo individual ou coletivo, bem como campanhas de sensibilização para a valorização da educação como forma de emponderamento dessas famílias e de superação das vulnerabilidades sociais, para que as mesmas reconheçam na educação uma possibilidade de concretização da sua cidadania. 19 Gráfico 4 - Principal Atividade de Geração de Renda das Famílias Desempregado Vendendor 25% Empregada Doméstica 5% Sem informação 59% 7% Fazendo "bicos" 2% Outros (pedreiro, moto-táxi, mecânico,ect.) 2% Fonte: Fichas PAIF Gráfico 5 - Principal Provedor da Família Homem Mulher Idoso Sem informação na ficha 10% 11% 51% 28% Fonte: Fichas PAIF Segundo a análise do gráfico 5 pode-se observar que apesar do número crescente de mulheres chefes de família (28%), quem ainda prevalece como principal provedor na realidade das famílias que compuseram a amostra são os homens (51%), sendo que os idosos vem cumprir esse papel em 11% dos casos. 4.2.2 Acesso a Serviços de Infra-Estrutura Básica 20 Tabela 3- Moradias Moradia Quantidade Cedida Forma de Acesso à moradia 18% Própria 57% Alugada 6% Sem informação 19% Tipo de Habitação Alvenaria 94% Outros 6% Fonte: Fichas PAIF Observa-se ao analisar a tabela 3, que a maioria dos domicílios é própria (57%) e de alvenaria (94%). Neste item, a análise ficou prejudicada, devido ao grande número de fichas PAIF sem informação sobre a forma de acesso à moradia (cedida, própria, alugada). Tabela 4 – Destino de Dejetos e Lixo Infraestrutura de Saneamento Quantidade Destino dos dejetos Fossa Séptica 48% Fossa Rudimentar 8% Céu Aberto 19% Sem Informação 25% Destino do Lixo Enterrado Coleta Pública Queimado Sem Informação 5% 51% 6% 38% Fonte: Fichas PAIF A partir da tabela 4 verifica-se que 48% domicílios possuem fossas sépticas e 51% dispõem de coleta publica do lixo. Todavia é relevante o número de 21 domicílio sem fossa séptica, que diz respeito a 8% domicílios com fossa rudimentar e 19% a céu aberto. Com relação ao destino do lixo torna-se necessário um trabalho de conscientização com essas famílias, visto que, existe coleta de lixo regular nesses bairros, mas as 11% das famílias continuam dando destinos inadequados ao lixo, cujo 5% enterram e 6% queimam. Tabela 5 - Acesso aos Serviços de Infraestrutura Infra-Estrutura Quantidade Pavimentação Calçamento 1% Asfalto 0,2% Areia 00 Sem Informação 98,8% Fornecimento de Água Encanada Poço 62% 6% Rio 00 Sem Informação 32% Iluminação Elétrica 61% Outros 6% Sem Informação 33% Fonte: Ficha Paif Vale ressaltar que nas tabelas 4 e 5 não há como precisar alguns dados, tais como pavimentação, acesso à água, energia e coleta pública, tendo em vista que, um grande número de fichas PAIF, não traz informações que retratem fidedignamente a realidade analisada. No que se refere à iluminação elétrica observa-se que existe um número significativo de domicílios beneficiados por esse serviço (61%). Contudo, ainda assim existe uma parcela de domicílios sem acesso a esse (6%). 22 Observa-se situação semelhante à descrita anteriormente com relação ao acesso à água encanada, contabilizando (62%) domicílio com acesso a este serviço. Com relação aos serviços de pavimentação de ruas os dados são insuficientes, haja vista o grande número de fichas PAIF sem esta informação (98,8%). Considerando que saneamento básico é um item fundamental que reflete diretamente na qualidade de vida das famílias, provocando impactos na saúde, bem como nas condições de vida das pessoas percebe-se a necessidade de maior alcance dos investimentos relacionados à área de infra-estrutura, ainda que sejam notórias as obras do Programa de Aceleração do Crescimento -PAC no território, o que de certa forma trará enormes benefícios à população ao término das mesmas. 4.2.3 Acesso aos Direitos Socioassistenciais Tabela 6 - Benefícios socioassistenciais Benefícios Quantidades CADUNICO 123 PETI 16 Bolsa Família 198 BPC 21 BVJ 27 Não recebe nenhum desses benefícios Total 151 536 Fonte: Fichas PAIF Com relação ao acesso aos direitos socioassistenciais verifica-se que 198 dos usuários atendidos no CRAS São Vicente de Paula são beneficiários do programa de transferência de renda (PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA), seguidos de famílias incluídas no CADÚNICO (123), sem que necessariamente sejam beneficiários de algum benefício socioassistencial. Ressalta-se que 64 das famílias recebem outros tipos de benefícios (PETI, BPC, BVJ). Destaca-se ainda que 151 destas famílias não recebam nenhum dos benefícios citados e nem tão pouco estão inseridas no Cadúnico. Ressalva-se que isso não quer dizer que essas famílias não tenham o perfil para usufruir desses benefícios, 23 apenas não foi possível inferir essas informações a partir do instrumento de coleta utilizado. Diante dos dados analisados percebe-se a necessidade de um trabalho mais sistemático com as famílias acompanhadas e atendidas por este CRAS, no sentido de apreender os riscos e vulnerabilidades sociais destas famílias a partir de uma escuta qualificada. 4.3 Perfil da rede socioassistencial A Rede Socioassistencial parnaibana que compreende as áreas de abrangência do CRAS São Vicente de Paula é composta pelas políticas setoriais de saúde, educação e assistência; órgãos garantidores de direitos e organizações civis. 4.3.1 Saúde Os serviços ofertados pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família – ESF são os da atenção básica, ou seja, atendimentos de pré-natal de baixo risco; tratamento da hipertensão arterial e diabetes; tratamento da tuberculose e Hanseníase; vacinação; visitas domiciliares; curativos; nebulizações; atendimentos voltados para saúde da mulher, do idoso e da criança; atendimento odontológico; estratégias de combate à desnutrição e serviços de promoção da saúde (campanhas, palestras, etc.) Vale ressaltar que as áreas de abrangência do CRAS São Vicente de Paula são compostas por sete ESF, porém só obtivemos dados de quatro equipes Saúde da Família são eles: ESF módulos 09 (São Vicente de Paula), 20 (Santa Luzia), 24 (Joaz Sousa) e 16 (Bebedouro). É importante ressaltar que os dados abaixo analisados equivalem aos atendimentos do ano de 2011 das unidades acima citadas. 24 Tabela 7 - Serviços a Gestantes Bairros Número de Gestantes Cadastradas nos Postos São Vicente de Paula 14 Joaz Sousa 12 Bebedouro 18 Santa Luzia 17 Acompanhadas nos Postos São Vicente de Paula 13 Joaz Sousa 12 Bebedouro 18 Santa Luzia 19 Número de Gestantes Menores de 18 anos São Vicente de Paula 4 Joaz Sousa 2 Bebedouro 4 Santa Luzia 4 Fonte: SIAB A tabela 7 apresenta o número de gestantes que é atendida pelos postos de saúdes mencionados acima. Nesta pode-se observar que o número de gestantes cadastradas e acompanhas pelo ESF coincidem, com exceção do módulo 09 (São Vicente de Paula) que apresenta divergência no número de gestantes cadastradas e acompanhadas (vide tabela 7). Ressalta-se ainda que, o posto que apresenta a maior quantidade de grávidas em atendimento pela ESF é a do bairro Bebedouro com 18 gestantes e o de menor atendimento é o do bairro Joaz Sousa com 12 grávidas. Vale salientar que o numero de grávidas menores de 20 anos equivalem em todos os bairros 4 gestantes, com exceção do Joaz Sousa que apresenta 2 grávidas. É importante salientar, que a tabela 7 retrata a realidade atual da área de abrangência do CRAS São Vicente de Paula e a demanda atendida é pequena em 25 virtude da cultura do acompanhamento gestacional serem realizados historicamente nas maternidades. A partir dos dados coletados na tabela é importante estabelecer uma estratégia para que o trabalho em rede seja efetivado a fim de valorizar o acompanhamento pré-natal realizado na ESF. Gráfico 6 - Criança com a vacinação em dia 23 São Vicente de Paula 41 Joaz Sousa 34 Bebedouro 32 Santa Luzia Fonte: SIAB Com relação às crianças com a vacinação em dia, pode-se observar que as ESF com a maior quantidade de crianças atendidas são as do módulos 20 (Santa Luzia) com 41 crianças, seguida do módulo 24 (Joaz Sousa) com 34 crianças. Esses dados nos levam a inferir sobre a compreensão dos pais sobre a importância da vacinação para o bom desenvolvimento infantil, comprovando assim a efetividade das campanhas nacionais de vacinação. Gráfico 7 - População Feminina em Idade Fértil 1579 1281 São Vicente de Paula Joaz Sousa Bebedouro 1265 Santa Luzia 1575 Fonte : SIAB 26 Ao analisar o gráfico 7 pode-se observar que existe um número significativo de mulheres em idade fértil. Ressalta-se que a maioria dessa população reside nas áreas de abrangência do módulo 20 (Santa Luzia) e módulo 16 (Bebedouro) com 1579 e 1575 mulheres respectivamente. Comparando o gráfico 7 com a tabela 6 percebe-se uma queda na natalidade, pois num universo de 5.700 mulheres em idade fértil apenas 1% são de grávidas. Donde se pode inferir que esse resultado deve-se as estratégias de planejamento familiar desenvolvidos nas ESF. Salienta-se que o desenvolvimento dessas ações pode proporcionar a mulher não só seu emponderamento em quanto sujeito, mas também maximizar as possibilidades dela frente ao mercado de trabalho. Gráfico 8 - População Acima de 60 Anos São Vicente de Paula 293 476 Joaz Sousa 256 Bebedoura 663 Santa Luzia Fonte: SIAB Pela análise do gráfico pode-se observar que a maior concentração de idosos está no bairro Bebedouro (663), seguido de Santa Luzia (476), São Vicente de Paula (293) e Joaz Sousa (256). Por essa análise observa-se a necessidade de espaços públicos para atividades físicas visando proporcionar uma melhor qualidade de vida a esse público. Ressalta-se a necessidade de articular com a rede socioassistencial serviços de convivência que venham atender às necessidades dos idosos. 27 4.3.2 Educação Os indicadores que serão analisados referem-se às escolas localizadas na área de abrangência do CRAS SVP, que de acordo com as tabelas abaixo podese identificar as seguintes instituições de ensino da rede municipal. Tabela 8 - Escolas de Ensino Infantil Bairros São Vicente de Paula SUBTOTAL Igaraçu SUBTOTAL Primavera SUBTOTAL Escolas Escola de Educação Infantil Tia Nympha Número de Matriculados 67 Escola de Educação Infantil Else Machado 58 Escola de Educação Infantil São Vicente de Paula 107 03 232 Escola de Educação Infantil Lozinha Bezerra 170 01 170 Escola de Educação Infantil Raimunda Carvalho 75 01 75 Escola de Educação Infantil Tia Erinelda 100 Escola de Educação Infantil Edméa Ferraz 89 02 189 Escola de Educação Infantil Eliana França 76 01 76 Santa Luzia SUBTOTAL Bebedouro SUBTOTAL TOTAL 08 742 Fonte: Pesquisa SEDUC Tabela 9 - Escola de Ensino Fundamental Bairros São Vicente Escolas Número de Matriculados Escola Municipal Dr. Cândido Ataíde Escola Municipal Dr. 373 321 28 de Paula SUBTOTAL Francisco das Chagas Vieira Escola Municipal Profª Mirian Lopes do Nascimento 03 228 922 Escola Municipal Altair Pires Athayde 56 Escola Municipal Prof. Benedicto Jonas Correia 310 Escola Municipal Comendador Cortez 327 03 693 Escola Municipal Mons. Antônio Sampaio 242 SUBTOTAL 01 242 Escola Municipal Profª Plautila Lopes do Nascimento 356 Santa Luzia SUBTOTAL 01 356 Igaraçu SUBTOTAL Primavera _______________ Bebedouro SUBTOTAL 00 00 TOTAL 08 2.213 Com democratização da educação, observa-se a ampliação da oferta para a educação infantil, nos últimos anos, o que se constitui um ganho para a população que precisa deste serviço mais próximo de suas residências. Com base na análise das tabelas 8 e 9 que mostra a quantidade de escolas de ensino infantil e fundamental por bairros e número de matriculados nas mesmas. Pode-se observar que há cobertura nos níveis acima citados, principalmente em relação ao ensino Fundamental com 08 escolas, totalizando 2.213 alunos matriculados seguidas de ensino infantil com 08 escolas, com o total de 742 alunos. Ressalta-se que as informações acima referem-se apenas as escolas do município, não compondo essa amostra os dados das escolas estaduais que são responsáveis pelo ensino médio, uma vez que não recebemos a devolutiva a respeito dos mesmos. Apesar da cobertura desses níveis de ensino no território, o bairro Bebedouro possui um déficit em relação ao nível Fundamental, como pode-se observar na Tabela 09. Acredita-se que a ausência desse nível de ensino no 29 Bebedouro, deve-se à proximidade com o bairro Nova Parnaíba que tem infraestrutura educacional em todos os níveis de ensinos. Tabela 10- Situação Escolar Bairros Situação Escolar Número de Aprovados São Vicente de Paula 356 Igaraçu 478 Santa Luzia 243 Primavera 158 Total 1.235 Número de Reprovados São Vicente de Paula 258 Igaraçu 75 Santa Luzia 80 Primavera 46 Total 459 Número de Distorção Serie/Idade São Vicente de Paula 233 Igaraçu 121 Santa Luzia 150 Primavera 168 Total 672 Número de Desistentes São Vicente de Paula 91 Igaraçu 68 Santa Luzia Primavera Total Fonte: Secretaria de Educação 120 36 315 30 Com essa da tabela 10 a análise pode-se observar que embora o número (1.235) de aprovados seja relevante, os dados concernentes ao itens reprovação, desistência e distorção série/idade (1.446) ultrapassam estes, o que vem se constituir um alto índice negativo de desempenho escolar apontando a necessidade de investimentos na área da educação, a fim de equacionar este problema. Tabela 11 - Programas e Projetos Educacionais Bairros Escolas com PDDE Escolas com o Programa Mais Educação Quantidades 02 Escolas com o Programa PSE Igaraçu 04 03 Primavera 01 01 01 Bebedouro 01 00 00 Santa Luzia 01 01 01 São Vicente de Paula 04 01 03 Total 11 05 08 Fonte: Secretaria de Educação Com base na tabela 11, pode-se verificar que das 19 escolas existentes na área de abrangência do CRAS SVP, apenas oito escolas não possuem o Programa Dinheiro Direto na Escola, que é um modelo de gestão descentralizada preconizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei N° 9.394/96), ressalta-se que com relação ao Programa Mais Educação só cinco escolas aderiram a esse programa, com relação ao Programa Saúde na Escola só oito escolas aderiram a este programa. Tabela 12 - Escolas com PDE Bairros Igaraçu Escolas com PDE Quantidades 01 Escolas em elaboração do PDE 03 Primavera 00 01 Bebedouro 00 01 31 Santa Luzia 01 00 São Vicente de Paula 02 02 Total 04 07 Fonte: Secretaria de Educação As escolas que possuem o Programa de Desenvolvimento da Educação nas áreas de abrangência do CRAS, os executam com base na qualificação de seus profissionais. Segundo informações da SEDUC, as sete escolas, vide tabela 12, estão em processo de elaboração e verificação para a inserção no PDE. 4.3.3 Assistência Social Na rede socioassistencial a assistência é um sistema descentralizado e participativo que promovendo o bem-estar e proteção social às famílias, crianças, adolescentes e jovens, pessoas com deficiência e idosos; compreende diversos órgãos que estão subdivididos em atenção básica, especial e de controle social. A gestão da assistência social brasileira é acompanhada e avaliada tanto pelo poder público quanto pela sociedade civil e tem como proposta trabalhar com as vulnerabilidades sociais de modo a dirimi-las e fomentar as potencialidades de seu público, tornando-o mais proativo. A quantificação de dados permite conhecer o panorama social das famílias assistidas pela rede socioassistencial; os dados analisados são referentes ao ano de 2011 e é importante mencionar que a não quantificação de dados em alguns órgãos impossibilitou o conhecimento mais amplo da realidade social da população assistida. Tabela 13 – Violação de direitos contra crianças e adolescentes atendidas pelo CREAS Violação de direitos Quantidades Violência Física 02 Negligência 03 Situação de Rua 00 32 Violência Sexual 02 Abandono 00 Total 07 Fonte: CREAS (2011) Segundo a tabela 13, verificou-se que as principais violações de direitos sofridas por crianças e adolescentes atendidas pelo CREAS são: Negligência com três casos, seguida de violência física e sexual ambas com dois casos. Ao analisar os dados fornecidos pelo CREAS, pode-se verificar que as áreas cobertas pelo CRAS apresentam um número pouco expressivo de violação de direitos sofrido por crianças e adolescentes. Todavia, isso não nos permite afirmar que esse número retrate a realidade fidedigna desses bairros, ou que apenas a população não tenha conhecimento do trabalho realizado pelo CREAS e em virtude disso, as denúncias dessas violações não estão chegando ao conhecimento dos órgãos competentes. Tabela 14 – Violação de Direitos Atendida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa Violação de direitos Quantidades Violência Física 06 Negligência 06 Situação de Rua 00 Exploração Econômica 09 Total 21 Fonte: COMDIPI (2011) Ao analisar a tabela 14, que foi constituído a partir de dados fornecidos pelo Conselho Municipal dos Direitos da Idosa, verificou-se que as principais violações de direito sofridas por este público do são: Exploração econômica com nove casos, seguida de violência física e negligência ambas com seis casos. Em virtude das vulnerabilidades sociais encontradas no território de abrangência do CRAS SVP e com base em dados retratado (vide gráfico 5) percebese que o idoso tem sido o principal provedor em um grande número de lares. 33 Contudo é importante ressaltar que, a partir dos dados da tabela 14, pode-se inferir que mesmo quando este idoso não é o principal provedor do lar ainda assim ele sofre exploração econômica. Tabela 15- Violações de direito atendidas pelo Conselho Tutelar Violações de direitos Quantidades Violência Física 08 Negligência 11 Situação de Rua 03 Violência Sexual 06 Medida socioeducativa 00 Abandono 01 Total 30 Fonte: Conselho Tutelar (2011) Segundo a análise da tabela 15, pode-se observar que as principais violações de direito atendidas pelo Conselho Tutelar são: Negligência com onze casos, seguidas por violência física, sexual, situação de rua e abandono com oito, seis, três e um casos respectivamente. Segundo observações feitas pela conselheira tutelar, pode-se observar que muitas denúncias vão direto para a delegacia de proteção à criança e ao adolescente e delegacia da mulher sendo que nem todas são informadas ao Conselho Tutelar, sabemos que esses números estão aquém da realidade. 4.3.4 Organizações Civis das Áreas de Abrangências do CRAS São Vicente de Paula Compreendem-se por organizações da sociedade civil (OSC) grupos, redes, fóruns, ONGs e movimentos sociais que atuam em diversas áreas. As organizações da sociedade civil que compõem a rede socioassistencial do CRAS São Vicente de Paula são: associação de moradores da comunidade São Vicente de Paula; associação da comunidade dos moradores do conjunto Cândido Athayde; associação das mulheres organizadas de Parnaíba; associação da comunidade dos 34 moradores do bairro São Vicente de Paula; Associação dos moradores do Broderville; Presbitério Norte do Piauí; Fundação de voluntário Manoel Neto do Piauí; Centro de associação aos movimentos populares e Fundação Ninho. (vide tabela 16) 4.4 Rede Socioassistencial das Áreas de Abrangência do CRAS São Vicente de Paula De acordo com a tabela abaixo, na área de abrangência do CRAS São Vicente de Paula existem as seguintes instituições atuantes na saúde, educação, assistência e organizações civis. Tabela 16- Rede Socioassistencial Unidade Escola Municipal Altair Pires Athayde Escola Municipal Comendador Cortez Escola Municipal Prof. Benedito Jonas Correia Unidade Escolar Professora Jeanete de Morais Sousa Escola de Educação Infantil Tia Celeste Escola de Educação Infantil Raimunda Carvalho Unidade Escolar Professora Maria da Penha Escola Municipal Monsenhor Antônio Sampaio Anexo- José Alexandre Caldas Rodrigues Unidade Escolar Professora Raquel Magalhães Escola Municipal Plautila Lopes do Nascimento Escola Municipal Professor Eduardo Augusto Lopes Endereço Público Atendido Crianças e Adolescentes Modalidade da instituição Pública Serviços oferecidos Educação Crianças/Adoles centes e Adultos Crianças e Adolescentes Pública Educação Pública Educação Criança/Adolesc entes e Adultos Pública Educação Crianças Pública Educação Crianças Pública Educação Rodovia Transtaboleiro, s/n – Primavera Rua B, Q25, s/n – Primavera Rua Jaiçós, 1286 Crianças e Adolescentes Pública Educação Criança e Adolescentes Crianças Pública Educação Pública Educação Avenida Três de Maio, s/n – Santa Luzia Avenida José de Morais Correia, 2030 – Santa Luzia Rua Genesio Pires, s/n – Santa Luzia Crianças/Adoles centes e Adultos Crianças/Adoles centes e Adultos Pública Educação Pública Educação Crianças e Adolescentes Pública Educação Estrada Rosapolis, 435 – Igaraçu Rua Vila Nova, 605 – Igaraçu Avenida Luís Carlos Mavignier, s/n – Joaz Sousa Avenida Luís Carlos Mavignier, s/n – Joaz Sousa Avenida Rosapolis, 4097 – Igaraçu Rua B, C 26, Q 18 35 Escola de Educação Infantil Tia Nympha Rua F, 99 –São Vicente de Paula Crianças Pública Educação Escola de Educação Infantil São Vicente de Paula Rua Maurício Ferreira dos Reis, 536 – SVP Rua Projetada 609, 810 – SVP Avenida Rosápolis, 1377 – SVP Avenida Rosápolis, 1401 – SVP Rua Mira Rios, 403 – SVP Rua José de Ribamar Lima, 65 – SVP Rua A, s/n –SVP Crianças Pública Educação Crianças Pública Educação Crianças Pública Educação Adolescentes e Adultos Pública Educação Crianças e Adolescentes Crianças/Adoles centes Pública Educação Pública Educação População em geral População em geral População em geral População em geral Pública Saúde Pública Saúde Pública Saúde Pública Saúde População em Geral Pública Saúde População em Geral Pública Saúde População do Bairro Organização Civil Assistência População do Bairro Organização Civil Assistência Mulheres do Bairro População do Bairro Organização Civil Organização Civil Assistência Educação Infantil Lozinha Bezerra Anexo Dr. Cândido Athayde Escola Municipal Cândido Athayde Escola Municipal Miriam Lopes do Nascimento Escola Municipal Dr. Francisco das Chagas Vieira PSF São Vicente de Paula PSF Santa Luzia PSF Brodeville PSF Vegeflora PSF Joaz Sousa PSF Bebedouro Assoc. de Moradores da Comunidade São Vicente de Paula Assoc. Comunidade dos Moradores do Cj. Cândido Athayde Assoc. das Mulheres Organizadas de Parnaíba Assoc. Comunitária dos Moradores do B. S. Vicente de Paula Assoc. dos Moradores do Broderville Avenida José de Morais Correia Rua O, Q 19, s/n – Primavera Povoada Rosapolis, s/n – Igaraçu Rua Luís Carlos M. de Vasconcelos 40, Joaz Sousa Rua David Caldas, 880 Bebedouro Rua Mira Rios, 475 – SVP Rua Delta do Parnaíba, 130 – Igaraçu Rua E, 538 – SVP Avenida Rosápolis, s/n – SVP Rua B, Q 25, C 13 População do Organização Primavera Bairro Civil Avenida José de População do Organização Presbitério Norte do Piauí Morais Correia, Bairro Civil 2230 – Santa Luzia Fundação de Voluntários Rua Frei João População do Filantrópica Manuel Neto do PI Pedro, 825 - SVP Bairro Centro de Assessoria aos Rua Genésio População do Organização Movimentos Populares Pires, 774 – Bairro Civil Santa Luzia Rua Oeiras, 1371 População em Filantrópica Fundação Ninho – São Francisco geral Fonte: Formulário de coletas/ Pesquisa da rede socioassistencial SEDESC-2011 Assistência Assistência Assistência Assistência Assistência Assistência 36 5 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES Esse documento busca preencher uma lacuna existente sobre a compreensão da realidade a qual está inserido este Centro de Referência. Para tanto foi necessário problematizar e responder as seguintes questões: “Quais as vulnerabilidades sociais encontradas nos territórios de abrangência dos CRAS no município de Parnaíba?, e Quais as principais instituições governamentais e não governamentais que constituem a rede socioassistencial local dos Centros de Referência da Assistência Social-CRAS do município de Parnaíba?”. A construção desse Diagnóstico Territorial vem a ser instrumento norteador para ações interventivas futuras desta instituição, principalmente em relação ao fortalecimento da rede socioassistencial mediante a visualização das potencialidades e riscos que a comunidade está inserida. Por isso, a importância de constantemente atualização deste documento. Ao longo do processo de construção do diagnóstico foram averiguadas algumas dificuldades na coleta de dados como: falta de algumas informações nas fichas PAIF, certa resistência por parte de algumas instituições em fornecer alguns dados para a elaboração deste documento. Como pontos positivos na formação do diagnóstico pode destacar-se as visitas para as coletas de dados que possibilitaram que a rede socioassistencial viesse a conhecer os profissionais do CRAS, assim como os serviços disponíveis nessa instituição. Outro ponto animador foi à integração e engajamento de toda a equipe do CRAS para a construção e finalização de tal estudo. No processo de coleta e analise de dados, pode se constatar que existe uma forte ocorrência de crianças e adolescentes que se encontram se encontram em situação de distorção serie/idade, os esforço do poder público consiste na ampliação da rede de ensino infantil, porém há que se pensar em programas e projetos educacionais que atinjam as crianças e adolescentes que já se encontram vivenciando esta problemática. Quanto a própria vivência e observância da equipe técnica em relação às demandas atendidas neste CRAS, podemos inferir que apesar desta comunidade ter avançando no processo de cidadania, ainda é forte a presença de algumas vulnerabilidades e riscos sociais tais como: ausência de documentação civil; violências e negligências contra crianças, mulheres e idosos; uso e comercio de drogas, etc. Como prováveis sugestões para superação dessas 37 vulnerabilidades pode-se citar: mais campanhas de ações sociais e socioeducativas realizadas tanto pelo CRAS como por outras instituições; um maior fortalecimento entre a rede para combater esses tipos de violências e negligências. 38 6 REFERÊNCIA BRASIL. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, 2004. _______. Normas Operacionais Básica do SUAS-NOB/SUAS. Brasília, 2005. _______. Orientação Técnicas: centro de referência da assistência Social. Brasília, 2009. _______. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília, 2009. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1977. GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5° Ed. São Paulo: Atlas, 1994. LAKATOS, E.M. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5° Ed. São Paulo: Atlas, 2003. KOGA, Dirce, et all. Perspectivas Territoriais e Regionais para política pública brasileira. In: A Abong nas Conferências, 2005. LUSTOSA, F.B. Pereira. O Perfil da Assistência Social no Espaço das Instituições confessionais: a experiência da ação social arquidiocesana de Teresina. Teresina, 2003. NOGUEIRA, Oracy. Pesquisa Social: introdução às suas técnicas. São Paulo: Nacional IEDUSP, 1968. NUNES, Larissa Veloso. CRAS: porta de entrada dos usuários à Assistência Social. Teresina: Editora da UFPI, 2006. SPOSATI, Aldaíza. O primeiro ano do Sistema Único de Assistência Social. In: Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2006. 39 APÊNDICES 40 APÊNDICE - A LISTA DE SIGLAS CF – Constituição Federal; COMDIPI – Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa; CRAS – Centro de Referência da Assistência Social; CREAS – Centro de Referência Especializado da Assistência Social; ESF – Estratégia Saúde da Família; IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social; MDS – Ministério de Desenvolvimento Social; NOB-SUAS – Normas Operacionais Básicas do Sistema Único da Assistência Social; PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família; PNAS – Política Nacional da Assistência Social; PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional; PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola; PNAS – Política Nacional da Assistência Social; PSE – Programa Saúde na Escola; SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica; SUAS – Sistema Único da Assistência Social; SVP - São Vicente de Paula 41 APÊNDICE - B LISTA DE TABELAS Tabela 1: População por bairros .............................................................................. 16 Tabela 2: Composição familiar por faixa etária ........................................................ 16 Tabela 3: Moradias................................................................................................... 20 Tabela 4: Destino de Dejetos e Lixo ......................................................................... 20 Tabela 5: Acesso aos Serviços de Infraestrutura ..................................................... 21 Tabela 6: Benefícios socioassistenciais ................................................................... 22 Tabela 7: Serviços a Gestantes ............................................................................... 24 Tabela 8: Escolas de Ensino Infantil ........................................................................ 27 Tabela 9: Escola de Ensino Fundamental ................................................................ 27 Tabela 10: Situação Escolar..................................................................................... 29 Tabela 11: Programas e Projetos Educacionais ....................................................... 30 Tabela 12: Escolas com PDE ................................................................................... 30 Tabela 13: Violação de direitos contra crianças e adolescentes atendidas pelo CREAS ..................................................................................................................... 31 Tabela 14: Violação de Direitos Atendida pelo Conselho Municipal dos Direitos da pessoa Idosa ............................................................................................................ 32 Tabela 15: Violações de direito atendidas pelo Conselho Tutelar ............................ 33 Tabela 16: Rede Socioassistencial .......................................................................... 34 42 APÊNDICE - C LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Número de Pessoas por Família ............................................................. 17 Gráfico 2: Identificação das Deficiências. ................................................................. 17 Gráfico 3: Grau de Instrução .................................................................................... 18 Gráfico 4: Principal Atividade de Geração de Renda das Famílias .......................... 19 Gráfico 5: Principal Provedor da Família .................................................................. 19 Gráfico 6: Criança com a vacinação em dia ............................................................. 25 Gráfico 7: População Feminina em Idade Fértil ....................................................... 25 Gráfico 8: População Acima de 60 Anos .................................................................. 26