Plano de Pesquisa e Desenvolvimento - Decênio 2010-2020 (PPD-IPEF 2020) Ecofisiologia e Modelagem Sérgio Ricardo Silva Marina Shinkai Gentil Campinas, 21 maio de 2009 Tópicos abordados: 1. O que é “Modelagem Ecofisiológica”? 2. Qual a sua utilidade? 3. Como desenvolvê-la? Estudo de caso. 4. Principais “grupos temáticos” do IPEF vinculados à Modelagem. 5. Resultados do questionário enviado às empresas. 6. O que priorizar? Quais as principais linhas de pesquisa? O que é Modelagem Ecofisiológica? A Modelagem Ecofisiológica propõe descrever o crescimento das florestas baseando-se em processos que apresentam relações com o meio físico (solo e clima) e biológico (materiais genéticos e fisiologia da planta). ENTRADAS (Inputs) Clima Solo Fisiológicos .... SAÍDAS (Outputs) Biomassa ICA Volume .... Um Modelo Simplificado Entradas Naturais E1 Qualidade Sítio S1 Processos Ecofisiológicos P Entradas de Manejo E2 Produtividade S2 Modelo Ecofisiologico Geral Parâmetros Genéticos Energia Radiante Precipitação Área Foliar Biomassa Défict de Pressão Vapor Energia Interceptada Evaporação Interceptação da Copa Temperatura Fotossíntese Líquida Condutância Estomática Herbivoria Patologia Assimilados Transpiração Reservas & Biodiversidade Nutrientes Folhas Respiração Biomassa Raiz Partição de Carbohidratos Biomassa Casca Biomassa Galho Água do Solo Biomassa Lenho Erosão Litterfall Nutrientes Forma Lábil M atéria Orgânica M aterial Origem Solo Nutrientes Não Lábil Percolação Ervas Daninhas Fisiografia Atividades Antrópicas Qual a sua utilidade? Objetivos da Modelagem Ecofisiológica ¾ Organizar informações da pesquisa e reformular teorias; ¾ Simular e propor práticas de manejo que aumentem a produtividade florestal; ¾ Estimar a produtividade potencial da floresta; ¾ Identificar os fatores ambientais que limitam o crescimento e o uso do recurso; ¾ Capacitação de profissionais na área de P&D; Quem são os usuários principais? P&D - T EC NOL OGIA FL OR ESTAL PLANEJA MENT O FL OR ESTAL SILVICULTURA Como desenvolver a “Modelagem Ecofisiológica” na empresa? Teoria científica Experimentos Softwares Modelo Ecofisiológico Validação prática Professores universitários Planejamento Florestal P&D Mensuração Florestal Equipe Quem são os multidisciplinar envolvidos? Geoprocessamento Informática Pesquisadores e consultores Estudo de caso: Veracel Modelo 3EV Modelo Ecofisiológico Espacializado do Eucalyptus na Veracel Modelagem Ecofisiologica Espacial Clima: Radiação, PPT, Temp, DPV Solo: Fertilidade e Física Planta: Fotossíntese, Transpiração, etc Grid = 30 m x 30 m = 0.09 ha LÓGICA DE FUNCIONAMENTO DO 3EV Inputs ‐ Clima Parâmetros - Solo/Clone Biomassa Stape 3PG Model Code based on Landsberg & Waring(1997) and Sands(2000) VISUAL BASIC.NET DLL • Coordenadas X,Y Cores por faixa 17 Etapas de Implementação da Modelagem Ecofisiológica ¾ Concepção e Edição ¾ Calibração e Validação ¾ Simulação e Manejo Concepção e Edição Modelo 3-PG – Landsberg & Waring 1997 T LAI LUE FR GPP SLA VPD ET ϕ gC CO2 f θ ηR H20 Soil H20 NPP ηF/ηS Rain DBH Roots Foliage C,N Litter Stem Stocking wSx Stress Dead trees gN Rede Experimental BEPP Brasil Eucalyptus Produtividade Potential Equador 6 5 8 4 7 Capricórnio 3 2 1 www.ipef.br/bepp/ Água Nutrição Dominância IAF Fotossíntese Respiração Quantificação de Biomassa Transpiração e Balanço de Água no Solo Etapas de Implementação da Modelagem Ecofisiológica ¾ Concepção e Edição ¾ Calibração e Validação ¾ Simulação e Manejo Edição Calibração Simulação - Bancos de Dados Veracel: - Cadastro, Inventário, Estações, SIG - Escalas Mensais e 30 m x 30 m (0.09 ha) - “Aberto ao Desenvolvimento” Como o 3EV busca informações em vários sistemas - sincronização das informações. Calibração - Conjunto de operações que visa estabelecer a relação entre valores indicados pelo sistema de medição e valores representados por um material de referência. Ferramentas: BEPP + PARCELAS GÊMEAS + PARCELAS DE INVENTÁRIO R ELATÓR IOS - CALIBRA ÇÃO JAMBEIRO VI CCQE = 0,11 (Efic. Quant. Copa) JAMBEIRO VI CCQE = 0,07 JAMBEIRO VI CCQE = 0,03 JAMBEIRO VI CCQE = 0,03 DEFININDO O CENÁRIO DA SIMULAÇÃO Região Oeste - JEQUITIBÁ Precipitação Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Água no solo Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ IMA Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Região Oeste - JEQUITIBÁ Podemos visualizar tanto “input” como “output” ICA Biológico CCQE molC/ mol Biológico LAI CAI m²/m² Mg/ha/mês Biológico Eficiência quântica molC/mol Edáfico Edáfico Fator Nutrição Água no solo mm Climático Precipitação mm Climático Biológico Radiação IAF MJ/m²/dia m²/m² No dia a dia... Usar a experiência do campo Inventário Florestal Contínuo ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS Estimativa da produtividade do eucalipto (sistema 3EV) + Vento Fábrica + Marégrafo/Vento TMB Crescimento do eucalipto Calibração - IAF com Fotos Hemisféricas Manual de Identificação Visual do IAF Desfolha por doenças FOTOSSÍNTESE Fluxo xilemático Folhedo Plantas Daninhas Principais “grupos temáticos” do IPEF vinculados à Modelagem Rede Experimental BEPP Brasil Eucalyptus Produtividade Potential Equador 6 5 8 4 7 Capricórnio 3 2 1 www.ipef.br/bepp/ PPPIB Control Parcelas Gêmeas Fertilized Atingindo a Produtividade Potencial... Produtividade Potencial Fatores Definidores: Genótipo, Temperatura, CO2, Radiação Potencial Fatores Limitantes Água, Nutrientes, Solo Atingível Atingível X X Medidas de Produção X Fatores Redutores: Ervas, Pragas, Doenças, Fogo Real Real Medidas de Proteção 0 50 100 150 (m3/ha/ano) 200 250 Projeto EUCFLUX Quantificação dos Balanços de Carbono, Água e Nutrientes, na Escala do Ecossistema, para uma rotação de Eucalyptus usando Torre de Fluxo A Técnica f1 = ρ . v1 . c1 f2 = ρ . v2 . c2 Σvi = 0 f3 = ρ . v3 . c3 Fc = v’ c’ Propriedades Ar: [CO2], [H2O], Temp. Turbilhões - Eddy Resultados do questionário enviado às empresas. Questionário % Responderam ao questionário? 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 20 6 Sim Não Nível de conhecimento sobre Modelagem Ecofisiologica 40 35 30 % 25 20 15 10 5 0 Nenhum Superficial Razoável Bom Excelente 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Linha de Pesquisa em Modelagem? 70 60 50 % % Conceito de Modelagem na Empresa? 40 30 20 10 0 Sim Não Sim Não Pretende desenvolver no futuro? 60 50 % 40 30 20 10 0 Não Sim - Curto Prazo Sim - Médio Prazo Sim - Longo Prazo N P& D EJ .F TA PR L O FE SS O M R EN S FT A L G EO PR PE O SQ C U IS A DO C O R NS U LT O R N EN HU IN M FO A R M A TI C A PL A % das empresas Equipes envolvidas em Modelagem 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Há experimentos p/ Modelagem? Possui software para Modelagem? 80 % % 60 40 20 0 Sim Não 70 60 50 40 30 20 10 0 Sim Não al a PG ai z F m ro s Xi le st om to s R IA O ut Fx H H2 O B Fo s .E Tx qu i C A nç o A qu C is Nu t B % das empresas Quais experimentos? 50 40 30 20 10 0 % das empresas É feito monitoramento meteorológico? 60 50 40 30 20 10 0 Não Pluviôm. Manual Instituições Publicas Estações Meteor. Próprias Ppt, Temp, Umidade ar Tem software para dados Estações Meteorológicas? 80 % 60 40 20 0 Sim. Desenv. Empresa Sim. Desenv. Consultoria Não Mapeamento de solos 70 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 60 % 50 40 30 20 10 0 Sim. Sim Não Sim. Parcial Método para medir IAF LI-2000 Ceptômetro Lentes Hemisfer. Imagem Satélite 12 10 8 6 4 2 0 Direto Destrutivo % das empresas % Medição de rotina de IAF? Não % das empresas Objetivos da Modelagem 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Treinam. Cientifico Apoio Inv. Ftal Predição Produtiv. Ferram. Manejo Ftal Outros O que priorizar? Quais as principais linhas de pesquisa? Futuras pesquisas: visão das Empresas Florestais: Prioridade de estudo 10 Nota 8 6 .E st om C Xi le m F Fx IA PG Fo to s H qu is Tx 2O H B A C al an ço R ai z B A qu is N ut 4 Futuras pesquisas: visão dos pesquisadores (Fonte: IUFRO 2008): 9 Uso e eficiência do uso da água (aspectos: ecológico, produtivo, social); 9 Integrar manejo e genética através da fisiologia (parte aérea e radicular); 9 Melhor compreensão do balanço de C destes sistemas; 9 Necessidade de Modelos Ecofisiológicos para incorporar os conhecimentos e torná-los aplicáveis às empresas/sociedade; 9 Usar efetivamente ferramentas já disponíveis, como sensoriamento remoto; 9Aumentar o grau de interesse dos alunos de graduação e pós-graduação pelo tema; Futuras pesquisas: visão do nosso grupo de trabalho: Área de Projeto de Pesquisa conhecimento Fisiologia Vegetal 1. Avaliação de parâmetros biológicos de clones de eucalipto e pinus. 2. Estudo do sistema radicular. 3. Estudo de Fotossíntese e condutância estomática 4. Estudo sobre o desenvolvimento da copa e taxa de queda de folhedo. 5. Impacto de elevadas concentrações de CO2 em interação com fatores abióticos como temperatura e outros. Área de conhecimento Meteorologia Projeto de Pesquisa 1. Balanço Hídrico (BH) 2. Dados meteorológicos 3. Mudanças Climáticas 4. Resultados de produção de madeira e disponibilidade de água Silvicultura e Manejo Florestal 1. Preparo de solo 2. Espaçamento de plantio 3. Matocompetição Melhoramento Genético 1. Ferramenta de auxílio na seleção precoce de clones 2. Foco nas mudanças climáticas. 3. Permuta clonal Área de conhecimento Projeto de Pesquisa Pragas e doenças 1. Índice de área foliar (IAF) 2. Fotossíntese 3. Modelagem 4. Integração de Modelos Solo e nutrição de planta 1. Índice de qualidade do solo 2. Adubação e nutrição de plantas 3. Manejo da adubação Mensuração e inventário Florestal 1. Parcelas de inventário 2. Base de dados de inventário Área de conhecimento Projeto de Pesquisa Geoprocessamento 1. Imagens de satélite 2. Geoespacialização 3. Espacialização de modelos 4. Sensoriamento remoto Tecnologia da Informação (TI) 2. Softwares Considerações finais: 9 Há necessidade de estabelecer um vínculo direto e claro da Ecofisiologia Florestal com o Manejo Silvicultural: ou seja, aplicar os conceitos e resultados de pesquisa na melhoria da produção; 9 Dar continuidade ao BEPP para responder as perguntas ainda em aberto; 9Ampliar o Programa Torre de Fluxo para outras empresas, inclusive com instalação de novas torres; 9 Desenvolver o uso das relações fisiológicas como ferramenta do melhoramento genético; 9 Expandir a utilização do 3PG para áreas de APP e RL`s; [email protected] Uso de imagens de satélite