SEMINÁRIO ÁGUA E PRODUÇÃO
AGRÍCOLA
O USO DA ÁGUA NO SETOR AGRÍCOLA
Fernando A. Rodriguez
Brasília, 22 de julho de 2014
IRRIGAÇÃO É A VILÃ DO DESPERDÍCIO
VALOR ECONÔMICO 21/03/2014
O desperdício no vazamento das torneiras, nos banhos prolongados e na
lavagem de calçadas pode levar ao colapso o abastecimento de água dos
grandes centros - ameaça que parece cada vez mais próxima. O grande vilão
do desperdício de água doce, no entanto, está na irrigação da agricultura.
Estima-se que 72% de toda água desperdiçada no Brasil escape pela
evaporação e por sistemas precários de irrigação agrícola. De toda a água
doce consumida, 70% vão para a agricultura. A área irrigada no país equivale
a cerca de 6 milhões de hectares, para um potencial de 30 milhões de
hectares. Significa que o consumo nas plantações poderia ser cinco vezes
maior. Significa também que o desperdício pode crescer nessa mesma
velocidade, tornando-se um dos maiores "vazamentos" do planeta.
Fonte: Agência Nacional de Águas, Conjuntura 2013
Segundo a FAO, o Brasil está entre os quatro países
com maior potencial de área irrigável, embora apenas
uma pequena parcela esteja sendo irrigada. Apesar
dessa pequena parcela, o setor agrícola é responsável
pela maior parte de uso de água no Brasil, requerendo,
portanto, especial atenção para se posicionar perante
os demais setores usuários de água bem como perante
os gestores de água.
FAO, FAO’S Information System on Water and Agriculture – AQUASAT.
Disponível em : http://www.fao.org/nr/water/aquasat/data
1 PIVÔ QUE IRRIGA 100 HA
• UTILIZA ÁGUA QUE EQUIVALE A UMA CIDADE
DE 20.000 HABITANTES
• CONSOME ENERGIA EQUIVALENTE A UM
POVOADO COM CERCA DE 3.000
RESIDÊNCIAS OU 10.000 HABITANTES
• ALIMENTA 8.000 PESSOAS
MENOS DE CINCO POR CENTO DA
ÁGUA É INCORPORADA AO PRODUTO
O RESTANTE É INFILTRADO NO SOLO
E EVAPOTRANSPIRADO FORMANDO
NUVENS E RESTABELECENDO O CICLO
HIDROLÓGICO
A alta demanda e a mudança
climática ameaçam os
recursos hídricos em âmbito
mundial
Se a gestão e conservação de água já eram uma
preocupação importante frente ao uso excessivo,
ao seu mau uso e do solo e à poluição dos corpos
d’água, as conclusões do IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas,
na sigla em inglês) vêm acrescentar ainda mais
urgência ao tema. Adaptação dos recursos
hídricos às mudanças climáticas passa a ser uma
nova bandeira para garantir água de qualidade e
em quantidade para as gerações de agora e do
futuro.
O documento sobre
Água e Adaptação às Mudanças Climáticas resultante da 15ª Reunião da
Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas
identifica, entre outras, como mensagem-chave a Gestão da Demanda e Alocação
de Água, que inclui:
• arranjos efetivos de gestão da demanda por água devem ser
aplicados em todos os setores, incluindo o fortalecimento da
capacidade de reservação de água;
• investimentos em novas gerações de tecnologias de irrigação;
• mudança para variedades de cultivo mais “eficientes” em água;
aperfeiçoamento da infraestrutura para melhorar a eficiência e a
produtividade da água; e
o redesenho das estruturas tarifárias. Tudo isso num contexto
de sistemas flexíveis de alocação de água, que protejam os
interesses sociais e ambientais, e permitam maior flexibilidade
no uso econômico da água.
MUITOS ASPECTOS E
COMPONENTES DO CICLO
HIDROLÓGICO VEM SENDO
MODIFICADOS PELA AÇÃO
HUMANA.
Desafios das ofertas de alimentos, fibras e energia
Questões:
Quais as perspectivas e desafios da sustentabilidade do abastecimento de
alimentos, fibras e energia para as próximas décadas?
Citar três ações estratégicas essenciais ao uso da água na agricultura e
pecuária para as próximas duas décadas?
Como fortalecer o setor para competir e assegurar a sustentabilidade
ambiental e a segurança da oferta de alimentos, fibras e energia?
Quais os marcos políticos e institucionais necessários à gestão da
água de modo a assegurar a sustentabilidade ambiental e a
segurança de oferta de alimentos, fibras e energia?
MUITO OBRIGADO
Fernando Antonio Rodriguez
DEL GIUDICE ASSESSORIA TÉCNICA LTDA
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