Ouvir o Cliente Maio - 2007 Por Lílian Dottore Domingues* Existe uma lista com muitas idéias boas, mas na verdade só há uma coisa que você precisa lembrar e praticar quando estiver diante do seu Cliente: OUVIR. Ouça os fatos, ouça os sentimentos, ouça as perguntas que não são feitas, ouça a comunicação não verbal. OUÇA, OUÇA E OUÇA. O Cliente é o “dono” do problema e você será o parceiro da solução. Para que a comunicação seja efetiva, devemos compreender que somos diferentes na maneira como vemos um mesmo problema e usar esse entendimento como um guia para a nossa comunicação com o Cliente. As palavras que usamos para descrever um problema não são o problema. São apenas a melhor representação verbal que podemos usar para apresentá-lo. Ouvir eficazmente é compreender o que está sendo comunicado – não a partir da nossa estrutura de referência, mas da estrutura de referência do Cliente. O princípio da compreensão é ouvir o que está sendo dito do ponto de vista do outro. É preciso fazer um esforço de vigilância no sentido de não crivar o que está sendo dito com as determinações do próprio eu. É preciso exercitar a abstração do eu e o máximo da percepção do Cliente para ampliar os canais de comunicação. O interesse em ouvir é o primeiro passo no sentido de maior precisão do entendimento. O segundo passo é a boa vontade para compreender não somente as palavras, mas os sentimentos. Ouvir até o fim o que o Cliente tem a dizer – sem interromper – mesmo que não esteja concordando. Ouça primeiro e discorde depois. Discorde para encontrar a melhor solução e não para ganhar um posicionamento. Para ouvir, você tem que parar de falar, não interromper e concentrar-se no que está sendo dito. Concentre-se nas idéias principais e não argumente mentalmente – ouça primeiro e depois confirme o seu entendimento. Evite fazer suposições para não prejudicar a sua compreensão. Não espere que seu Cliente se expresse da mesma maneira que você o faria. Você não pode, inteligentemente, concordar ou discordar até que esteja certo do ponto de vista dele. Somente quando há entendimentos recíprocos, pode-se procurar as soluções. Freqüentemente quando falamos antes de ouvir o Cliente, ficamos expostos e fazemos comentários desnecessários, tirando dele, o direito de terminar seus pensamentos. Não tente adivinhar o que o seu Cliente vai dizer. Ouça-o e depois fale. Dê a ele a chance de colocar seus pontos e a você a oportunidade de conquistar o Cliente. Lílian Dottore Domingues é sócia - diretora da PBS.