Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(Reitoria)
Departamento de Comunicação e Marketing
Publicado em: 07/04/2010 - http://www.jornaldebeltrao.com.br
Elaborado por: Ivane Benedetti Tonial e Ticiane Sauer Pokrywiecki
Saneamento básico: uma questão ambiental, social e de saúde
pública
A preocupação com o saneamento básico é algo que vem desde a antiguidade, quando do
surgimento e expansão das primeiras cidades, datando em 691 a.C.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento básico é o gerenciamento ou
controle dos fatores físicos que podem exercer efeitos nocivos ao homem, prejudicando seu bemestar físico, mental e social.
No mundo, 2,6 bilhões de pessoas, ou seja, 40% da população, não têm acesso ao saneamento
básico e um quinto desta não têm acesso à água potável. Da população diretamente afetada, as
crianças (cerca de 1 bilhão) são as que mais sofrem, levando a óbito uma a cada 20 segundos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,6 milhões de crianças com menos de
cinco anos (numa média de 4.500 por dia) morreram devido à falta de acesso à água potável e a
cuidados de higiene, pois são elas que ficam mais expostas a doenças causadas por água insalubre,
como as diarreias e doenças parasitárias.
No Brasil, a situação do setor de saneamento tem consequências muito graves para a qualidade de
vida da população, principalmente as mais carentes, residentes na periferia das grandes cidades ou
em cidades de pequeno e médio porte. Segundo a Funasa-FSP (16/jul/00), uma criança, de 0 a 4
anos, morre a cada 96 minutos em nosso país por falta de saneamento básico, mais precisamente
por falta de esgoto sanitário.
A produção no Brasil de esgoto é, em média, de 8,4 bilhões de litros/dia, destes, 5,4 bilhões não
recebem tratamento, sendo despejados sem nenhum cuidado no meio ambiente, contaminando
solos, rios, mananciais, praias, afetando diretamente a saúde da população.
A falta de saneamento básico, além de prejudicar a saúde da população, eleva os gastos da saúde
com o tratamento às vítimas de doenças causadas pela falta de abastecimento de água adequado.
Importante destacarmos que o saneamento básico não se restringe somente ao abastecimento de
água, mas também à disposição de esgotos, além da coleta de lixo, limpeza urbana e drenagem e
manejo de águas pluviais.
Atualmente, o benefício mais difundido do saneamento básico tem a ver com sua característica de
prevenção. Estudos comprovam que, para aproximadamente, cada um real investido em saneamento
básico, tem-se uma economia de quatro reais com assistência médica.
Os investimentos aplicados em serviços de saneamento básico podem contribuir para o
desenvolvimento do município. Dentre os efeitos positivos, pode-se citar a melhoria da saúde da
população, a diminuição dos custos de tratamento de água, eliminação de poluição, dinamização da
economia e geração de empregos. Reflexos positivos na economia, por meio da valorização dos
imóveis, da viabilização da abertura de novos negócios e crescimento de empresas já instaladas,
crescimento da construção civil e como consequência a criação de novos empregos e arrecadação
municipal, também podem ser sentidos.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, (BNDES, 1998), a cada R$ 1
milhão investido em obras de esgoto sanitário, gera-se 30 empregos diretos e 20 indiretos, além dos
empregos permanentes quando o sistema entra na fase de operação.
Nesse sentido, fica o alerta e a informação da importância do investimento em saneamento básico, o
qual irá contribuir para melhoria da saúde da população, evitando, assim, gastos com a saúde pública
e trazendo diversos benefícios para o desenvolvimento sustentável do município.
Professoras Ivane Benedetti Tonial e Ticiane Sauer Pokrywiecki coordenação do curso de Engenharia Ambiental
Campus da UTFPR em Francisco Beltrão.
Reitoria
Av. Sete de Setembro, 3165 - Rebouças
CEP 80230-901 - Curitiba - PR - Brasil
www.utfpr.edu.br
Download

uma questão ambiental, social e de saúde pública