B O L E T I M NÚMERO DO DIA OFERECIMENTO US$ 157 mi S E X TA - F E I R A , 2 5 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5 é o quanto a Uefa fatura com os direitos de TV da Liga dos Campeões nas Américas EDIÇÃO • 348 Ideia de Liga das Américas é ter 50% dos times no Brasil e EUA POR ERICH BETING A proposta de criação da Liga dos Campeões da América, que foi apresentada recentemente a alguns clubes no Brasil, prevê que a competição tenha praticamente um monopólio de times brasileiros e americanos na competição. O projeto da agência MP&Silva prevê a criação de um torneio com 64 clubes, sendo que nove países teriam vagas cativas. Pelo formato apresentado, o Brasil teria 16 clubes na competição. Da mesma forma, os EUA e o Canadá, que juntos formam a Major League Soccer, teriam outros 16. Depois, a Argentina e o México teriam oito clubes cada, a Colômbia três times, o Uruguai e o Chile duas equipes e o Paraguai um time com a vaga assegurada. O projeto ainda prevê a criação de um torneio preliminar para dar as outras oito vagas para clubes dos demais países da América do Sul e Central, que teriam no máximo dois pré-selecionados. Na apresentação feita pela agência, há duas opções de fórmula de disputa do torneio. Uma divisão em 16 grupos de quatro times cada um, tendo depois um mata-mata com 32 clubes. O outro seria nos mesmos moldes da Copa do Brasil, com os 64 clubes disputando um mata-mata desde o início da competição. No primeiro formato, segundo a MP&Silva, os clubes poderiam faturar mais com um calendário com mais jogos. Seriam 23 rodadas, o que permitira, segundo a agência, ter “mais jogos para exposição e negócios de TV”. No formato de mata-mata, a agência destaca que a competição “aliviaria os custos com 1 deslocamento das equipes”. O projeto prevê a realização dos jogos nos meios de semana, sendo que a final seria em uma única partida, no fim de semana, repetindo o que faz a Uefa na Liga dos Campeões. Esse jogo seria de propriedade da liga, que reteria todo o dinheiro proveniente de bilheteria e acordos comerciais. Os times ficariam com a receita gerada com a bilheteria dos jogos, enquanto a liga deteria os contratos de TV e patrocínio. Direitos exclusivos de mídia reduzem a riqueza do futebol POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte O projeto de criação de uma Liga dos Campeões da América, que relatamos aqui nos últimos dias, tem como sustentação para seu crescimento a escalada dos preços dos direitos de transmissão do torneio. Na concepção do projeto, os clubes ganhariam mais com um produto forte e que seja atrativo para a mídia, fazendo com que as empresas paguem bastante pelos direitos. O problema, porém, é que o modelo de venda apresentado pela agência MP&Silva é calcado no mercado dos esportes americanos, em que essa lógica permeia o mercado. No futebol, talvez por conta do modelo adotado pela Fifa nos anos 70 e 80, prevalece a lógica de que o melhor negócio para o esporte é fechar os direitos de transmissão com exclusividade para uma empresa, que paga mais alto por isso. É só ver o que fez a Uefa aqui no Brasil, fechando com exclusividade a transmissão da Liga dos Campeões, mesmo que para isso reduzisse a exposição de mídia de seu campeonato. O ponto é que esse modelo já se provou menos eficiente para que uma competição tenha sucesso tanto financeiro quanto de exposição. A NFL é o melhor exemplo disso. Por isso mesmo, o projeto de fazer de uma Liga dos Campeões das Américas um grande produto de mídia esbarra na cultura do futebol, que sempre procura vender a exclusividade na transmissão do evento. Acostumadas a esse modelo, as empresas de mídia, principalmente no Brasil, dificilmente aceitarão novas regras no jogo. E, assim, a Liga dos Campeões das Américas já tem um baita desafio para poder existir. Bradesco faz ação no centro do Rio para ativar desafio de judô no teatro POR REDAÇÃO O Bradesco vai repetir no próximo domingo, no Rio de Janeiro, uma das ações mais ousadas do esporte em 2014: no palco do Teatro Bradesco, localizado na Barra da Tijuca, os judocas brasileiros enfrentarão a Alemanha em mais uma etapa do Super Desafio BRA, que acontece desde 2006. A tocha olímpica ficará exposta no local, ampliando a ativação do banco com as Olimpíadas. “Ao trazer esse esporte para dentro do teatro, nossa intenção é impactar a todos de uma maneira positiva, criando uma experiência única de entretenimento”, afirmou Jorge Nasser, diretor de marketing do Bradesco. Neste ano, o evento já passou por Duque de Caxias (RS), São José (SC) e, depois do Rio de Janeiro, seguirá para Belo Horizonte (MG). Fechado para patrocinadores e convidados, o desafio terá uma ação prévia promocional nesta sexta-feira na Praça Cardel Câmara, em frente aos Arcos da Lapa, onde desafiantes que conseguirem derrubar um judoca performático de 200 quilos com um ippon serão premiados com um par de ingressos para as lutas. A ação com o público no local será das 10h às 17h. No ano passado, em São Paulo, o desafio contra o Japão também no teatro reuniu 1,2 mil pessoas e teve transmissão ao vivo pela Globo, obtendo 8 pontos no Ibope (1,6 milhão de pessoas). Agora, a disputa será transmitida novamente ao vivo. 2 São Paulo usa clássico para incentivar adoção de animais POR ADALBERTO LEISTER FILHO O São Paulo tem aproveitado a ausência de um patrocínio máster na camisa para mostrar ao mercado uma série de ações que podem gerar retorno às marcas. No clássico contra o Palmeiras, domingo, no Morumbi, o clube encabeça campanha pela adoção de cães e gatos em conjunto com a Petz (rede de pet-shop) e a Pedigree (marca de ração animal). Assim como na semana passada, quando atuou com o logo da Copa Airlines, em campanha de desconto em passagens aéreas, as duas marcas estarão na camisa do time. No dia do jogo, também haverá camarote com convidados das empresas e celebridades. A ação teve início na tarde de quinta-feira, com postagens nas contas do Facebook, Twitter e Instagram do São Paulo. “Estamos tratando essa ação como ponto de partida para que duas marcas enxerguem o potencial de ativação de conteúdo”, destaca Carlos Pereira, gerente de marketing do São Paulo. Nove ONGs que cuidam de animais serão parceiras da campanha, que visa fazer com que os são-paulinos adotem animais. Na postagem nas redes sociais, o clube brincou com o nome das duas empresas: “Aqui, os seus Petz têm Pedigree tricolor”. “A gente está observando isso como oportunidade de mostrar para marcas e mercado em geral potencial para gerar conteúdo de forma específica e diferenciada”, explica Pereira, que destaca que mais importante do que o dinheiro das empresas nessas ações é mostrar o potencial de geração de negócios do clube: “Queremos criar um case para o mercado com essa ação social de conscientização. O foco, neste momento, não é financeiro”, diz. Corinthians fecha com Viber para falar com torcedor O torcedor do Corinthians ganhou mais uma plataforma de comunicação direta com o clube. Em ação pioneira, o clube paulista anunciou parceria com o Viber, aplicativo gratuito de mensagens para celular, ligações e chamadas de vídeo. O acordo faz do Corinthians o primeiro clube no mundo a ter um grupo aberto no aplicativo, permitindo que os torcedores troquem mensagens entre si e acompanhem fotos, vídeos e notícias de bastidores postadas em primeira mão. “Estamos seguindo com o planejamento de tornar o Corinthians o clube mais digital do mundo. Além de profissionais do clube que passarão as informações oficiais, convidamos alguns torcedores para participar do grupo. Uma ferramenta de comunicação corintiana sem a participação da torcida é algo impensável. Além dos fãs que estão lá hoje, faremos um rodízio com sócios do Fiel Torcedor e ter ao menos dois deles por mês participando do grupo aberto”, afirmou Marcelo Passos, diretor de marketing do clube. O Corinthians é o clube brasileiro com maior adesão nas redes sociais, liderando os índices de fãs no Facebook, Twitter e Instagram. O portfólio do alvinegro inclui ainda parcerias e canais no YouTube, StayFilm, Napster, Google Plus e Vine. 4 Olympikus segue concorrência e foca nas mulheres e no fitness POR ADALBERTO LEISTER FILHO Mantendo o slogan “Seu corpo não foi feito para ficar parado”, a Olympikus vai focar o fitness e o público feminino em sua nova campanha, que começa em outubro. A ação contempla revistas especializadas, redes sociais e materiais nos pontos de venda. “Queremos promover e incentivar a população a praticar esporte, de parar de dar desculpas para não se movimentar”, afirma Paulo Mündel, diretor de marketing da marca, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. Com a nova campanha, a Olympikus segue estratégia de marcas internacionais, como Nike e Under Armour, que têm focado seus investimentos nos setores de fitness e no público feminino. Nas redes sociais, a ação será iniciada pela modelo Dani Gondim, estrela da campanha, que vai fazer um vídeo de um treino e postar em suas contas no Facebook e Instagram. No post, vai desafiar os amigos a fazerem outra série, com as hashtags #treinoinfinito e #OlympikusFitness. “Cada um vai desafiando seu amigo. Queremos promover um grande movimento para que as pessoas se exercitem, movam seu corpo, compartilhem o que está sendo feito. As pessoas vão promover seus treinos e o fitness de uma forma geral”, conta Mündel. A preocupação com as mulheres também está no desenvolvimento de produtos. São 17 modelos na linha de tênis fitness da Olympikus, sendo cinco exclusivos para o público feminino. Entre os lançamentos, o destaque é o tênis Involve, específico para ser utilizado na academia. O calçado possui lingueta mais fina e maleável e uma dupla camada de EVA aplicada na entressola. “Ele serve para a bike, para correr na esteira, para aula no estúdio e outras atividades”, diz. A criação de calçados para uso nas academias é um dos focos das marcas desde o crescimento da modalidade do crossfit. Outback ativa apoio ao rúgbi com ação social A rede de restaurantes Outback realiza no dia 7 de outubro a décima edição do Bloomin Day, dia em que o valor arrecadado com a venda das cebolas gigantes da rede é doado para organizações não-governamentais e sem fins lucrativos. O evento será “adiantado” por uma ação com jogadores de rúgbi dentro do Campeonato Bra- sileiro da modalidade. Os atletas de SPAC e São José, em jogo válido pela 12ª rodada da competição, entrarão em campo neste sábado com camisetas alusivas à efeméride e postarão em suas redes sociais para divulgar o evento. No ano passado, o evento conseguiu arrecadar R$ 148,6 mil nos 61 restaurantes da rede. 5