www.JIRD.com SUPLEMENTO ESPECIAL Neste número: Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas Implantes BIOMET 3i T3® Publicação oficial do O "The Institute for Implant and Reconstructive Dentistry" é uma unidade de formação e educação da BIOMET 3i LLC. 2014 | N.º 2 Índice Editorial O design do sistema de implante dentário e o seu potencial impacto no estabelecimento e na sustentabilidade da estética 1 3i T3®: resultados da cicatrização óssea de estudos pré-clínicos O papel de diferentes intervalos de escala da topografia da superfície do implante na estabilidade da interface osso/implante Sinergia do intervalo da escala topográfica na interface funcional osso/implante 4 6 As propriedades de osteointegração de implantes em titânio com características à escala submicrónica com hidroxiapatite em tíbia de coelho 8 Avaliação biomecânica e histológica de quatro modificações diferentes de superfícies de implantes em titânio: um estudo experimental em tíbia de coelho 9 Cicatrização óssea inicial em volta de duas superfícies experimentais diferentes de implantes em titânio, submetidas a jateamento com HA e ataque ácido duplo: um estudo piloto em coelhos 11 O impacto da compressão óssea no contacto osso-implante de implantes osteointegrados: um estudo em canídeos 12 Componentes do sistema do implante 3i T3: análises comparativas de dados Comparação de três métodos de teste in vitro de fugas de implantes 14 Análise de microfendas na interface implante-suporte em vários sistemas de implantes dentários Exatidão marginal de três configurações de implante-suporte em cerâmica 15 17 19 21 Estabilidade de binário de diferentes parafusos de suporte submetidos a ciclos mecânicos 23 Implantes 3i T3: estudos clínicos relevantes Projeto Scuderia: Geração de dados clínicos sobre os 3i T3 – resultados provisórios após um ano 25 Efeito da superfície na saúde das mucosas e testes de integração: um estudo clínico prospetivo, aleatório e controlado de implantes com superfícies de múltiplas topografias em casos de carga precoce 27 Carga oclusal imediata de implantes NanoTite™ PREVAIL®: um estudo prospetivo clínico e radiográfico com um ano de duração 29 Um estudo multicêntrico, prospetivo, aleatório, controlado, com cinco anos de duração de implantes híbridos e submetidos na totalidade a ataque ácido quanto à incidência de peri-implantite 31 Um método novo de avaliação da robustez do selamento da conexão implante-suporte Caracterização quantitativa e qualitativa de várias superfícies de implantes dentários O Journal of Implant and Reconstructive Dentistry® (JIRD®) é a publicação oficial do The Institute for Implant and Reconstructive Dentistry, BIOMET 3i LLC, 4555 Riverside Drive, Palm Beach Gardens, Florida, EUA 33410.Telefone: 561.776.6700. O The Institute for Implant and Reconstructive Dentistry é uma unidade de formação e educação da BIOMET 3i LLC. 3i T3, BellaTek, Certain, DCD, GingiHue, Gold-Tite, IIRD, JIRD, Journal of Implant and Reconstructive Dentistry, OSSEOTITE, Preservation By Design e PREVAIL são marcas comerciais registadas e o design do implante 3i T3 e NanoTite são marcas comerciais da BIOMET 3i LLC. Astra Tech Osseospeed é uma marca comercial da Astra Tech. NeoTorque é uma marca comercial da NeoMetrics. Nobel Replace TiUnite é uma marca comercial registada e NobelProcera e Replace Select são marcas comerciais da Nobel Biocare. Straumann e SLActive são marcas comerciais registadas da Straumann Holding AG. Zimmer MTX é uma marca comercial da Zimmer Dental Inc. ©2014 BIOMET 3i LLC. 1 Editorial estética O design do sistema de implante dentário e o seu potencial impacto no estabelecimento e na sustentabilidade da estética Richard J. Lazzara, DMD, MScD Introdução Decorridos mais de 30 anos desde que Per-Ingvar Brånemark apresentou o seu trabalho com implantes dentários endoósseos a investigadores dentários norte-americanos, os componentes cirúrgicos e protésicos e os protocolos de tratamento com implantes evoluíram drasticamente. Mais recentemente, tem aumentado a perceção de que processos biológicos complexos podem sabotar, com o passar do tempo, mesmo os resultados mais bonitos. Há cada vez mais consciência da importância de estabelecer e manter a estética das restaurações de implantes. Quatro impor tantes fatores para alcançar este objetivo são: a estabilidade primária do implante, a superfície do implante, a geometria da junção implante-supor te e a conexão implante-suporte. Cada um destes fatores teve um papel na conceção do sistema de implante cónico 3i T3 (Fig. 1). ® Estabilidade primária do implante Encontra-se bem documentado o papel do excesso de micromovimentos durante as primeiras fases do processo de cicatrização do implante quanto a impedir ou prevenir a osteointegração; poderá mesmo ser a causa mais frequente de fracasso dos implantes.1 Vários elementos de design podem melhorar a probabilidade de alcançar estabilidade primária com um determinado sistema de implante. Por exemplo, o sistema de implante cónico 3i T3 utiliza brocas de profundidade e diâmetro específicos para criar osteotomias adaptadas ao formato (ou seja, menor diâmetro) dos implantes que vão ser colocados. Tem sido descrito que os implantes colocados de forma a que toda a sua superfície esteja em contacto íntimo com toda a extensão da osteotomia têm um contacto inicial osso-implante (IBIC; initial bone-to-implant contact) elevado,2 o que promove a estabilidade primária. Além disso, o design do implante cónico 3i T3 incorpora elementos macrogeométricos adicionais para aumentar a estabilidade primária3, incluindo roscas altas e finas que penetram lateralmente no osso para garantir uma fixação a longo prazo. Suporte BellaTek® Plataforma trocada integrada Parafuso Gold-Tite® Conexão interna Certain® Implante cónico 3i T3 Fig. 1. Representação gráfica de um implante cónico 3i T3. Num estudo prospetivo sobre carga imediata realizado por Östman et al, os investigadores colocaram 139 implantes cónicos BIOMET 3i NanoTite™ em locais quase cicatrizados e relataram um binário de inserção médio de 53,1 Ncm, um ISQ médio de 73,3 e uma taxa de sobrevivência de 99,2%.4 Ao colocar os implantes cónicos em alvéolos molares sujeitos a exodontia recente, Block relatou valores médios de ISQ de 77 na mandíbula, de 73 no maxilar e uma taxa de sobrevivência de 97,2%.5 Mesmo quando um tratamento acelerado não for aplicável (p. ex., em situações de fraca qualidade óssea), uma boa estabilidade primária minimiza os micromovimentos e reduz o risco de não-integração.1 Quando as condições clínicas são boas, a estabilidade primária pode proporcionar benefícios adicionais, permitindo próteses provisórias precoce ou imediatamente e/ou escultura de tecidos para melhor responder às necessidades estéticas. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 2 Editorial Superfície do implante A superfície dos implantes dentários é fundamental para estabelecer e manter os resultados estéticos. A BIOMET 3i começou por aperfeiçoar o processo de conferir rugosidade ao implante com a introdução da superfície OSSEOTITE® submetida a ataque ácido duplo (dual acid-etched; DAE). A sua topografia inclui corrosão punctiforme de 1-3 mícrons sobreposta numa superfície minimamente rugosa (Sa, rugosidade absoluta média < 1,0 μm).6 Para reduzir o risco de complicações na mucosa, o implante OSSEOTITE foi inicialmente comercializado com uma configuração híbrida que incluía uma superfície torneada, comprovada historicamente, nos primeiros 2,0 mm a 3,0 mm da região coronal e uma superfície DAE no resto do corpo do implante. Contudo, um estudo multicêntrico, prospetivo, aleatório, controlado e com cinco anos de duração, que comparou as configurações híbrida e submetida na totalidade a ataque ácido OSSEOTITE em 2010, demonstrou que a superfície tratada com ácido na totalidade não aumentava a incidência de peri-implantite em comparação com o design híbrido. Forneceu igualmente evidências adicionais de que a superfície totalmente tratada com ácido reduzia a perda óssea da crista (0,6 mm versus 1,0 mm, p < 0,0001).7 Características micrónicas finas do colo do implante Características micrónicas grosseiras e finas Fig. 2. Representação gráfica do design híbrido contemporâneo do implante cónico 3i T3 . ® A continuação da investigação da superfície OSSEOTITE culminou numa nova melhoria da superfície – o implante 3i T3. Mais do que apenas outra superfície rugosa, a superfície do implante 3i T3 dá resposta a diferentes necessidades em duas regiões distintas do implante (Fig. 2). • A região coronal do implante tem uma microtopografia semelhante à do implante OSSEOTITE tratado com ácido na totalidade. • Desde a base do colo até à ponta apical, o implante 3i T3 apresenta uma rugosidade grosseira crescente, resultando numa superfície com três níveis. A superfície com três níveis consiste em características submicrónicas sobrepostas em corrosão puntiforme de 1-3 mícrons sobre uma topografia de superfície moderadamente rugosa (Sa = 1,0-2,0 μm).6 A superfície do implante 3i T3 representa um significativo passo em frente, com múltiplos níveis topográficos e características ao longo do corpo do implante, concebidos para influenciar a osteointegração e os níveis de osso da crista e diminuir o risco de peri-implantite. Geometria da junção implante-suporte Um terceiro fator crucial para a manutenção a longo prazo de restaurações estéticas é a influência da geometria da junção implante-suporte (IAJ) no espaço biológico. O espaço biológico é a selagem natural que se desenvolve em redor de qualquer objeto que sobressaia do osso e através dos tecidos moles para o ambiente oral. A descoberta de que o design do implante poderia ter impacto no espaço biológico ocorreu quando, no início da década de 1990, suportes padronizados com 4,0 mm de diâmetro eram utilizados por rotina para restaurar designs de implantes com 5,0 mm e 6,0 mm de diâmetro. O seguimento radiográfico destes implantes com “plataforma trocada” ("platform-switched") resultou no surpreendente achado de uma maior preservação do osso da crista.8 Isto levou ao desenvolvimento de um sistema de implante que incorporava "plataforma trocada" no seu design (implante PREVAIL®). Seguiu-se um estudo extenso dos mecanismos envolvidos e uma recente revisão sistemática e meta-análise de dez estudos clínicos, incluindo 1238 implantes, detetou uma perda óssea marginal significativamente inferior em redor de implantes de "plataforma trocada" em comparação com implantes com plataformas coincidentes.9 JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 3 Richard J. Lazzara, DMD, MScD (continuação) Parafuso Implante •a robustez do sistema para função estética a longo prazo. •uma geometria de implante-suporte e características de conexão relacionadas concebidas para preservar o osso no implante e em seu redor, para proporcionar suporte para o desenvolvimento e a manutenção dos tecidos moles. •uma conexão exata, bem posicionada, para dar resposta às necessidades atuais e futuras da restauração digital. Referências bibliográficas Fig. 3. Um parafuso do suporte Gold-Tite®, revestido com um mínimo de 40 micropolegadas de ouro com grau de pureza de 99,99%, atua como um lubrificante seco, permitindo, assim, que o parafuso estique e a aplicação de forças de união superiores. O implante cónico 3i T3 incorpora "plataforma trocada" integrada no seu design. Ao eliminar ou reduzir a reabsorção óssea no topo do implante, o tecido marginal gengival facial e papilar permanece suportado. O suporte dos tecidos é crítico para o estabelecimento e a sustentabilidade dos resultados funcionais e estéticos. Conexão implante-suporte Um quarto fator que influencia os resultados estéticos imediatos e a longo prazo é o design da conexão do sistema de implante. O implante cónico 3i T3® foi concebido com a conexão interna Certain® para dar resposta às necessidades dos utilizadores quanto à facilidade de utilização, versatilidade, robustez, estabilidade, ajuste e exatidão – que se correlacionam com a estética. A estabilidade e o aperto da conexão implante-suporte pode igualmente afetar a estética. Uma interface implante-suporte estável e apertada minimiza o micromovimento do suporte e reduz as potenciais microfugas. Tem sido teorizado que o desempenho melhorado nestas áreas reduz o processo inflamatório associado à perda óssea ou tecidular. O sistema Certain foi concebido com tolerâncias de interface exatas para um encaixe preciso do suporte e com a tecnologia do parafuso do suporte Gold-Tite (Fig. 3) para maximizar as forças de união, reduzindo em simultâneo o potencial de micromovimento.10 Resumindo, o sistema de implante cónico 3i T3 foi concebido para proporcionar: • a estabilidade primária necessária para restauração provisória estética e/ou escultura de tecidos precoces. • um design aperfeiçoado da superfície para auxiliar a osteointegração, sem aumento do risco de peri-implantite em comparação com implantes híbridos. 1. Szmukler-Moncler S, Salama H, Reingewirtz Y, et al. Timing of loading and effect of micro-motion on bone-implant interface: A review of experimental literature. J Biomed Mat Res 1998;43:192-203. 2. Meltzer AM. Primary stability and initial bone-to-implant contact: The effects on immediate placement and restoration of dental implants. J Implant Reconstr Dent 2009;1(1):35-41. 3. Meredith N. Assessment of implant stability as a prognostic determinant. Int J Prosthodont 1998;11(5):491-501. 4. Östman PO, Wennerberg A, Ekestubbe A, et al. Immediate occlusal loading of NanoTiteTM tapered implants: A prospective 1-year clinical and radiographic study. Clin Implant Dent Relat Res 2013;15:809-818. 5. Block MS. Placement of implants into fresh molar sites: Results of 35 cases. J Oral Maxillofac Surg 2011;69(1):170-174. 6. Svanborg LM, Andersson M, Wennerberg A. Surface characterization of commercial oral implants on the nanometer level. J Biomed Mater Res B Appl Biomater 2010;92(2):462-469. 7. Zetterqvist L, Feldman S, Rotter B, et al. A prospective, multicenter, randomized-controlled 5-year study of hybrid and fully etched implants for the incidence of peri-implantitis. J Periodontol 2010;81:493-501. 8. Lazzara RJ, Porter SS. Platform switching: A new concept in implant dentistry for controlling post restorative crestal bone levels. Int J Periodontics Restorative Dent 2006;26:9–17. 9. Atieh MA, Ibrahim HM, Atieh HA. Platform switching for marginal bone preservation around dental implants: A systematic review and meta-analysis. J Periodontol 2010;81(10):1350-1366. 10. Byrne D, Jacobs S, O’Connell B, Houston F, Claffey N. Preloads generated with repeated tightening in three types of screws used in dental implant assemblies. J Prosthodont 2006;15(3):164-171. Richard J. Lazzara, DMD, MScD O Dr. Lazzara recebeu o seu Certificado em Paradontologia e um grau de mestre em Medicina Dentária na Universidade de Boston. Foi anteriormente Professor Assistente Clínico na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Sul da Califórnia, Professor Clínico Associado no Centro de Paradontologia e Regeneração Implantar da Universidade de Maryland e Professor Associado na Universidade de Miami. Participou em conferências a nível internacional sobre aplicações cirúrgicas e protésicas no campo dos implantes dentários. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 4 Resumo O papel de diferentes intervalos de escala da topografia da superfície do implante na estabilidade da interface osso/implante Davies E, Ajami E, Moineddin R, Moineddin R, Mendes VC Biomaterials 2013;34(14):3535-3546. Centro: Instituto de Biomateriais e Engenharia Biomédica, Universidade de Toronto, Toronto, Canadá Desenho do estudo: modelo pré-clínico em fémur de rato Tamanho da amostra: n = 20 por superfície/momento temporal; total = 300 Resultados relatados: resistência à tração osso-implante após 6, 9 e 12 dias de cicatrização Relevância para os implantes 3i T3®: este estudo proporciona evidências pré-clínicas de que o intervalo da escala da topografia da superfície tem impacto na resistência à tração osso-implante resultante, em diferentes momentos da fase de cicatrização. As superfícies que incluem múltiplos intervalos de escala de topografia parecem proporcionar um perfil de estabilidade mais robusto ao longo do período de cicatrização testado. O implante 3i T3 possui múltiplos intervalos de escala de topografia. Procurámos separar os efeitos da topografia submicrónica e da microtopografia nos fenómenos de ligação ao osso e a estabilidade interfacial dos implantes endo-ósseos. Para abordar esta questão experimentalmente, implantámos implantes em liga de titânio personalizados com diversas complexidades topográficas da superfície em fémures de rato durante 6, 9 ou 12 dias. As cinco superfícies eram polidas, maquinadas, tratadas com ataque ácido duplo, e tratadas com duas formas de jateamento e ataque ácido; cada tipo de superfície foi adicionalmente modificado através da deposição de nanocristais de fosfato de cálcio de modo a perfazer um total de 10 grupos de materiais (n = 10 para cada momento temporal num total de 300 implantes). No momento do sacrifício, sujeitámos a interface osso-implante a um teste de rutura mecânica. Constatámos que mesmo as superfícies mais lisas, quando modificadas com cristais submicrónicos, podiam ligar-se ao osso. Contudo, como a carga locomotora através do osso até ao implante aumentou com o tempo de cicatrização, essas interfaces fracassaram, ao passo que outras, com características submicrónicas sobrepostas em superfícies de complexidade microtopográfica crescente, permaneciam intactas sob a carga. Demonstrámos assim que uma topografia de ordem superior, micrónica ou micrónica grosseira, é um requisito para uma estabilidade interfacial superior a longo prazo. Demonstrámos que cada um destes intervalos de escala topográfica representa um intervalo de escala observado no tecido ósseo natural. Por conseguinte, o que resulta de uma análise dos nossos achados é um novo meio pelo qual critérios biologicamente relevantes podem ser empregues para avaliar a importância da topografia da superfície dos implantes em diferentes intervalos de escala. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 5 Resumo Força (N) Valores Médios da Resistência à Tração para Rutura da Ligação Osso-Implante , , , , , , , , , , , 6 Dias 9 Dias 12 Dias Sem Apenas Topografia Submicrónica Apenas Micrónica Micrónica e Submicrónica, Micrónica e Micrónica Grosseira Micrónica Grosseira Grupos de Superfícies Fig. 1. Resistência média à tensão osso-implante para implantes com intervalos de escala de topografia simples ou combinações de intervalos após 6, 9 e 12 dias de cicatrização. Legenda para os grupos de superfície Intervalos de escala de topografia Tratamento da superfície "sem topografia" Polida (P) micrónica grosseira Jateamento (GB) micrónica Ataque ácido (AE) submicrónica Deposição cristalina descontínua (DCD®) Conclusões • “A topografia da superfície dos implantes é multidimensional e pode ser descrita empregando três intervalos de escala distintamente diferentes, cada um dos quais é análogo aos observados em locais de remodelação em tecido ósseo natural.” • “As características submicrónicas com reentrâncias da superfície do implante apresentam uma estrutura tridimensional com a qual a matriz da linha de cimento do osso recém-formado pode interdigitar.” • “ As características à escala micrónica são análogas às criadas por cavidades de reabsorção de osteoclastos simples.” • “As características micrónicas grosseiras de ordem superior são análogas à interface funcional criada por zonas de reabsorção de osteoclastos no osso.” • “Embora a ligação ao osso dependa exclusivamente das características submicrónicas, as características à escala micrónica e micrónica grosseira da superfície do implante são essenciais para proporcionar estabilidade interfacial a longo prazo sob carga.” JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 6 Resumo Sinergia do intervalo da escala topográfica na interface funcional osso/ implante Davies JE, Mendes VC, Ko JC, Ajami E Biomaterials 2014;35:(1)25-35. Centro: Instituto de Biomateriais e Engenharia Biomédica, Universidade de Toronto,Toronto, Canadá Desenho do estudo: modelo pré-clínico em fémur de rato; ensaios com células derivadas de medula óssea de rato; microscopia eletrónica de varrimento com emissão de campo (FE-SEM) Tamanho da amostra: n = 10 amostras por grupo de superfície; total = 50 implantes personalizados Resultados relatados: resultados dos valores da força de rutura (newtons) para grupos de implantes obtidos em testes mecânicos num modelo de fémur de rato e análise estatística. Relevância para os implantes 3i T3®: esta publicação inclui dados que identificam especificamente propriedades da superfície em titânio que influenciam diretamente a robustez da fixação óssea. Os dados mostram que a combinação das topografias submicrónica, micrónica e micrónica grosseira disponíveis no sistema de implante 3i T3 causa um aumento sinérgico na fixação óssea. Estes efeitos são acentuados durante o período inicial da cicatrização do implante. Como a resistência aos efeitos dos micromovimentos é reconhecida com um fator primário para o sucesso da integração do implante, este avanço na ciência do campo das superfícies contribui para a compreensão do sucesso do tratamento com implantes dentários. Procurámos explorar os mecanismos biológicos pelos quais a topografia da superfície dos implantes endo-ósseos contribui para a ancoragem óssea. Para abordar esta questão experimentalmente, implantámos cinco grupos de implantes personalizados em titânio comercialmente puro (Ti cp) com diversas complexidades topográficas da superfície em fémures de ratos durante 9 dias; sujeitámo-los a testes mecânicos e examinámos a matriz óssea interfacial recorrendo a microscopia eletrónica. As cinco superfícies de implante foram preparadas com combinações de DAE e jateamento dos substratos de titânio e, em alguns casos, modificando as superfícies criadas através da deposição de nanocristais de fosfato de cálcio, o que resultou em 10 amostras por grupo. Em paralelo, fizemos culturas de células de medula óssea de rato em implantes de substituição fabricados em resina de polímero revestidos com os mesmos nanocristais de fosfato de cálcio e monitorizámos a deposição de sialoproteína óssea por imuno-histomicrografia eletrónica de transmissão. Constatámos que as amostras de implantes modificadas com cristais à escala submicrónica se ligavam ao osso, tal como descrito pela interdigitação de uma matriz de uma linha de cimento mineralizada com a superfície do implante subjacente. O ensaio in vitro mostrou que a sialoproteína óssea se podia depositar nos interstícios entre os nanocristais e nas reentrâncias por baixo. Além disso, quando mineralizados, os glóbulos da matriz da linha de cimento ocupavam lacunas micrónicas nas superfícies dos implantes e obliteravam-nas em parte, criando uma forma adicional de ancoragem. Os nossos resultados também demonstraram que o colagénio, fabricado pelas células osteogénicas, envolvia as características micrónicas grosseiras e mineralizavase no decurso normal da formação de osso. Isto proporcionou um mecanismo pelo qual as características micrónicas grosseiras do implante contribuíam para uma interface funcional, que tínhamos anteriormente descrito, capaz de resistir à carga mecânica que vai aumentando à medida que o osso peri-implantar matura. Assim sendo, os nossos achados proporcionam explicações mecanicistas para os critérios biologicamente relevantes que podem ser empregues para avaliar a importância da topografia da superfície dos implantes em diferentes intervalos de escala. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 7 Resumo Forças de Rutura Médias Fig. 1: Valores médios da força (N) necessária para a rutura mecânica da amostra de implante de fémur de rato após 9 dias de cicatrização. As forças foram registadas numa velocidade de tração de 30 mm/min. 20 Força (N) 15 10 5 0 GB DAE GB/AE DAE/ DCD® GB/DAE/ DCD Grupos de Superfícies As superfícies com características submicrónicas sobrepostas em substratos com topografia à escala micrónica (DAE/DCD e GB/DAE/DCD) apresentaram os valores mais elevados de força de rutura (com significado estatístico). Estes resultados corroboram os resultados de rutura da publicação anterior dos autores. Não só os resultados confirmam os dados usando implantes com um intervalo de escala de topografia semelhante, como também os implantes do estudo eram fabricados em Ti cp em vez de liga de titânio, como acontecia no estudo anterior. 4 3 1 2 O SB O ST Fig. 2. Ilustração do crescimento ósseo numa superfície de implante GB/DAE (3i T3®). A direção do crescimento ósseo osteocondutor é da direita para a esquerda (seta). Sequência dos acontecimentos celulares na osteogénese de contacto: 1) São recrutadas células indiferenciadas (cinzentas) para a superfície do implante, onde se irão tornar em células osteogénicas. 2) As células rosa achatadas são células osteogénicas em processo de diferenciação, que produzem os glóbulos (azuis) individuais iniciais da matriz da linha de cimento isenta de colagénio que forma uma interface com a superfície do implante. 3) As células mudam de forma e começam a produzir colagénio, que se vai tornar na bainha osteoide (vermelha). 4)As células continuam a mudar de forma até se tornarem osteoblastos (OSB) cuboides totalmente diferenciados e a camada osteoide (vermelha) que produzem separa-os do osso subjacente. As fibras de colagénio do osso são depositadas e ficam incrustadas na matriz da linha de cimento. Quando a camada osteoide calcifica, resulta numa matriz óssea totalmente formada (verde). À medida que os OSB continuam a depositar osso no implante, alguns deles ficam enterrados na matriz que produzem, sob a forma de osteócitos (OST). A microscopia de alta resolução (FE-SEM) aprofunda a relação entre o componente de colagénio da formação óssea inicial e as características micrónicas e micrónicas grosseiras da superfície GB/AE. As fibras de colagénio mineralizadas podem ser vistas a acompanhar a curvatura dos glóbulos da linha de cimento, bem como a envolver as características tridimensionais da topografia da superfície do implante. (A figura é uma cortesia do Dr. J E Davies. Para ver as fotomicrografias de FE-SEM associadas a esta figura, consulte a publicação e para a animação da figura visite: http://www.ecf.utoronto.ca/~bonehead/). JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 8 Resumo As propriedades de osteointegração dos implantes em titânio com características à escala submicrónica com hidroxiapatite em tíbia de coelho Sul Y-T, Towse R† Int J Periodontics Restorative Dent 2014;34(1):e18-25. [doi:10.11607/prd.1685.] Centro: Universidade de Gotemburgo, Gotemburgo, Suécia Desenho do estudo: modelo pré-clínico em coelhos New Zealand White; aleatório; tíbia Tamanho da amostra: n = 17 implantes em titânio CP feitos à medida por cada animal; total = 34 Resultados relatados: análise da frequência da ressonância (RFA/ISQ); binário de remoção (RTQ) e média da nova formação óssea para implantes às três semanas de cicatrização; microscopia eletrónica de varrimento. Relevância para os implantes 3i T3®: Neste estudo, às três semanas de cicatrização, os resultados biomecânicos representando o 3i T3 com superfície DCD® foram superiores e foi observado um grau mais elevado de formação óssea de novo. Resumo O objetivo deste estudo era avaliar, do ponto de vista biomecânico e histológico, a estabilidade e a integração de implantes em titânio que incluem características submicrónicas à base de hidroxiapatite. Trinta e quatro implantes com 3,4 mm x 6,5 mm, equitativamente divididos entre os grupos de teste (jateamento, ataque ácido e deposição submicrónica) e de controlo (jateamento e ataque ácido), foram colocados Grupos de superfícies em tíbias de coelhos New Zealand White. No seguimento de 3 semanas, o grupo com deposição submicrónica mostrou resposta óssea significativamente melhorada em comparação com o grupo de controlo. O grupo de teste necessitou de valores superiores de binário de remoção, com a histologia pós-binário a demonstrar formação óssea melhorada e uma interface intacta, indicativos de uma robusta ligação osso-implante. Micrónica grosseira Micrónica Submicrónica 10+ μm 1 μm a 3 μm 10 nm a 100 nm Carbono Oxigénio Cálcio Fósforo Titânio Comp. química da superfície (% atómica) C Jateamento (B) Ataque ácido (AE) X X NÃO presente 3,1 ND ND ND 96,9 T Jateamento (B) Ataque ácido (AE) Hidroxiapatite (DCD) X X X 4,2 27,9 1,0 0,8 66,1 Tabela 1: A diferença entre as superfícies de Teste (T) e de Controlo (C) consiste na adição de depósitos cristalinos descontínuos (DCD) de hidroxiapatite, as características submicrónicas que conferem à composição química e à topografia da superfície do implante. (ND = não detetado) Grupos C T RFA (ISQ) 75,58 77,75 Pico do RTQ (Ncm) de novo (%) 20,6 32,6 29,9 39,9 ± 6,47 ± 3,07 Tabela 2: As diferenças foram estatisticamente significativas às 3 semanas para a análise da frequência da ressonância (RFA), medições do binário de remoção (pico do RTQ a 360°) e para a média da nova formação de osso (de novo). Foi selecionado o momento temporal das 3 semanas de cicatrização para isolar o impacto biomecânico da variável das características submicrónicas da DCD do grupo de teste. †O autor realizou esta investigação enquanto era funcionário da BIOMET 3i. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 9 Resumo Avaliação biomecânica e histológica de quatro modificações diferentes de superfícies de implantes em titânio: um estudo experimental em tíbia de coelho Calvo-Guirado JL, Satorres M, Negri B, Ramirez-Fernandez P, Maté-Sánchez JE, Delgado-Ruiz R, Gomez-Moreno G, Abboud M, Romanos GE Clin Oral Investig 2013 Oct 18. [Epub antes da publicação em papel] Centro: Universidade de Múrcia, Múrcia, Espanha Desenho do estudo: modelo pré-clínico em coelhos New Zealand White; aleatório; tíbia Tamanho da amostra: n = 4 implantes feitos à medida por cada animal; um de cada tipo de superfície; total = 120 Resultados relatados: análise da frequência da ressonância (RFA/ISQ); análise do binário reverso (RTQ) e contacto osso-implante (BIC) para implantes a intervalos superiores aos 56 dias de cicatrização. Relevância para os implantes 3i T3®: entre os quatro tratamentos de superfície de implante testados neste estudo, tanto o 3i T3 como o T3 com DCD® estavam representados. Os grupos de implantes com ambas estas superfícies mostraram tendências para valores superiores de ISQ e de binário de remoção durante a fase de cicatrização. Objetivos Este estudo apresenta uma comparação biomecânica da resposta óssea a parafusos em titânio comercialmente puro para quatro tipos diferentes de topografias de superfície colocadas na metáfise tibial de 30 coelhos. Materiais e métodos Foram testados cento e vinte implantes em dupla ocultação: (a) jateamento, ataque ácido e deposição cristalina descontínua (DCD), (b) jateamento, (c) ataque ácido e (d) jateamento e ataque ácido. A análise da frequência da ressonância (RFA/ISQ), os valores do binário de remoção (RTV) e o contacto osso-implante (BIC) foram medidos no momento da inserção do implante (dia 0) e aos 15, 28 e 56 dias de cicatrização. Resultados Todos os grupos testados demonstraram um aumento da RFA/ISQ e dos resultados do RTV ao longo do tempo.Ao 15.º dia, o grupo do jateamento, ataque ácido e DCD demonstrou uma tendência não significativa para valores mais elevados em comparação com o grupo do jateamento mais ataque ácido (33,0 ± 16 vs. 26,3 ± 12 Ncm, p = 0,16). Ao 56.º dia, os grupos que utilizaram o jateamento para criar uma rugosidade adicional da superfície (Sa > 1 mícron) mostraram uma diferença estatisticamente significativa nos valores do RTQ versus o grupo sem jateamento (38,5 ± 14 vs. 29,5 ± 9 Ncm, p = 0,03). Conclusões Dentro das limitações deste estudo, apenas o aumento da rugosidade da superfície (Ra > 1) ao 56.º dia demonstrou efeitos estatisticamente significativos no RTQ. Outras características adicionais da superfície, tais como a DCD submicrónica, demonstraram tendências de cicatrização melhoradas mas sem significado para aplicações clínicas. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 10 Resumo (mícrons) Superfície BIOMET 3i relevante Jateamento/ataque ácido com DCD 1,37 3i T3® com DCD Jateamento 1,63 — AE Ataque ácido duplo 0,5 OSSEOTITE® BAE Jateamento/ataque ácido 1,37 3i T3 Superfície Abreviatura A BAE + DCD® B B C D Sa média Tratamento Tabela 1: Grupos de tratamento da superfície e caracterização da rugosidade. Sa = média aritmética 3D dos desvios do perfil de rugosidade em relação à linha média. Percentagem de Amostras > 20 Ncm Resultados de Binário Reverso 100% Fig. 1: Os valores de binário reverso (RTV) necessários para remover implantes integrados de tíbia de coelho colhida em diferentes períodos de avaliação foram registados sob a forma da percentagem de amostras por grupo com leituras de binário > 20 Ncm. Após 56 dias, o RTV foi superior para o grupo com a superfície D. A microrrugosidade das superfícies teve impacto na robustez da união implante-osso após 56 dias. 90% 80% 70% 60% 50% 15 dias A 56 dias B C D Valores Médios de BIC para Todos os Grupos A 15 dias B 28 dias 56 dias C D 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 %BIC Fig. 2: Os valores de BIC no 15.º dia foram superiores para o Grupo A; no entanto, após 56 dias mostraram uma ligeira redução. O Grupo D mostrou um padrão gradual de aumento do BIC durante todos os períodos. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 11 Resumo Cicatrização óssea inicial em volta de duas superfícies experimentais diferentes de implantes em titânio, submetidas a jateamento com HA e ataque ácido duplo: um estudo piloto em coelhos* Gobbato L, Arguello E, Martin IS, Hawley CE, Griffin TJ Implant Dent 2012;21:454-460. Centro: Universidade Tufts, Massachusetts, EUA Desenho do estudo: modelo pré-clínico aleatório, em tíbia de coelho Tamanho da amostra: n = 2 implantes por superfície/tempo; total = 16 Resultados relatados: Contacto osso-implante (BIC) e unidades ósseas multicelulares (BMU) aos 1, 6, 21 e 90 dias Relevância para os implantes 3i T3®: os implantes de teste (designados por BAE-2) deste estudo pré-clínico incluíam uma superfície com topografia múltipla com níveis submicrónicos, micrónicos e micrónicos grosseiros, altamente semelhantes à superfície 3i T3 com DCD®. Os implantes de teste demonstraram um grau mais elevado de integração versus os implantes de controlo (sem características submicrónicas), conforme demonstrado pelo BIC ao 21.º dia. Objetivo Comparar a cicatrização óssea inicial em redor de diferentes superfícies experimentais de implantes em titânio e avaliar o papel de uma superfície de implante revestida com fosfato de cálcio e a forma como se relaciona com o contacto ossoimplante (BIC). Métodos Foi comparada uma superfície experimental em titânio tratada com jateamento com hidroxiapatite (HA) e ataque ácido duplo (BAE-1) com uma superfície experimental em titânio submetida a jateamento HA e ataque ácido tratada com cristais nanométricos de HA (BAE-2). As duas superfícies experimentais foram implantadas nas tíbias de quatro coelhos New Zealand White. Os animais foram sacrificados 1, 6, 21 e 90 dias após a cirurgia de implantação. Foi efetuada a histologia descritiva das respostas de cicatrização de ambas as superfícies de implante. A análise quantitativa da morfologia forneceu medições do BIC, do número de unidades ósseas multicelulares (BMU), da penetração média das BMU e da penetração máxima das BMU que foram efetuadas manualmente recorrendo a software de imagiologia computorizada. Resultado O BIC global para o implante BAE-2 foi superior ao do implante BAE-1 ao 21.º dia de cicatrização. Contudo, não se verificou diferença significativa ao 90.º dia de cicatrização. Conclusão A partir deste estudo piloto em animais concluiu-se que a superfície bioativa BAE-2 proporcionava um melhor BIC com remodelação óssea saudável ao 21.º dia de cicatrização. Os resultados pré-clínicos não são necessariamente indicadores do desempenho clínico. * JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 12 Resumo O impacto da compressão óssea no contacto osso-implante de implantes osteointegrados: um estudo em canídeos* Nevins M†, Nevins ML, Schupbach P, Fiorellini J, Lin Z, Kim DM Int J Periodontics Restorative Dent 2012;32(6):637-645. Centro: Perio Imp Research Inc., investigadores afiliados com a Universidade de Harvard, Massachusetts, EUA Desenho do estudo: modelo pré-clínico em mandíbula de canídeo Tamanho da amostra: n = 2-4 por superfície de teste/ponto temporal; total = 40 implantes Resultados relatados: histologia, contacto osso-implante (BIC), radiografia e estabilidade (Osstell ISQ) aos 0, 7, 14, 28 e 56 dias Relevância para os implantes 3i T3®: todos os implantes do estudo tinham a superfície 3i T3 com DCD®. O estudo demonstrou percentagens substanciais de BIC, bem como valores elevados de ISQ para todos os cenários testados. Resumo O interesse da comunidade dentária na carga precoce de implantes endo-ósseos proporciona o estímulo para testar a capacidade de designs de implante modificados, bem como de técnicas cirúrgicas para melhorar o estabelecimento e a manutenção da estabilidade dos implantes. Este estudo pré-clínico canino examinou este potencial ao implementar diversas modificações de design e técnica cirúrgica num sistema de implante cónico já existente. As modificações no design e na preparação do local destinavam-se a induzir diferentes estados de compressão no osso nativo, afetando hipoteticamente a estabilidade primária e a velocidade e a extensão da osteointegração. Os resultados das modificações foram avaliados recorrendo a análise da frequência da ressonância, análise radiográfica, microscopia ótica e medições histomorfométricas. Foram testados três cenários de compressão, com cada um a demonstrar excelentes resultados clínicos, radiográficos e histológicos ao longo do período de avaliação. Contudo, o cenário que se destinava a induzir um grau moderado de compressão proporcionou os melhores resultados globais, apoiando a sua utilização em protocolos de carga precoce. Fig. 1: Exemplos de formação óssea aos 7, 14, 28 e 56 dias (grupo da compressão moderada). JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 13 Resumo Fig. 2. Contacto osso-implante (grupo da compressão moderada). Conclusões • “O sistema de implante avaliado demonstrou percentagens substanciais de BIC, bem como valores elevados de ISQ para cada um dos três cenários de compressão testados.” • “O cenário da compressão moderada, criado pelo design de implante autorroscante, demonstrou ser o mais promissor na melhoria do estabelecimento e manutenção da estabilidade do implante.” • “Os resultados da RFA e histomorfométricos deste estudo podem ser comparados a investigações em canídeos semelhantes publicadas. Por exemplo, em 2009, investigadores relataram um BIC médio às 8 semanas de 58% para implantes com superfície jateada com areia de grão grosso e tratada com ácido (SLA) e um BIC de 37% para um controlo torneado. Nesse mesmo estudo, os resultados de ISQ para os implantes testados alcançaram valores máximos na casa dos 60.9 Em comparação, os implantes deste estudo alcançaram, de forma consistente, valores de ISQ superiores a 80% e 70% ou um BIC superior num momento temporal equivalente às 8 semanas.” Referência bibliográfica: 9. Abrahamsson I, Linder E, Lang NP. Implant stability in relation to osseointegration: An experimental study in the Labrador dog. Clin Oral Implants Res 2009;20:313-318. † O Dr. Nevins tem uma relação financeira com a BIOMET 3i LLC, resultante de compromissos para palestras e consultadoria e outros serviços remunerados. * Os resultados pré-clínicos não são necessariamente indicadores do desempenho clínico. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 14 Resumo Comparação de três métodos de teste in vitro de fugas de implantes Al-Jadaa A†, Attin T, Peltomäki T, Schmidlin SR Clin Oral Implants Res 2013 Dec. 16. [Epub antes da publicação em papel] Centro: Clínica de Medicina Dentária Preventiva, Universidade de Zurique, Zurique, Suíça Desenho do estudo: caracterização da capacidade de selamento do implante-suporte de sistemas de implante contemporâneos, utilizando metodologias de teste de fuga gasosa, bacterianas e moleculares. Tamanho da amostra: 20 por cada três sistemas de implantes; total = 60 Resultados relatados: interface implante-suporte de três sistemas competitivos submetida a: 1) permeação melhorada com azoto gasoso (hectopascal/minuto) com infiltração de solução salina; 2) espetrofotometria molecular e 3) teste bacteriano de fugas de 28 dias. Relevância para os implantes 3i T3®: a conexão BIOMET 3i Certain® submetida a testes neste estudo faz parte do implante 3i T3. Quando usada com o parafuso Gold-Tite® , a conexão BIOMET 3i Certain demonstrou significativamente uma menor fuga gasosa do que os outros sistemas avaliados, bem como um padrão baixo de fuga correspondente nos testes bacterianos subsequentes do estudo. Objetivo Avaliar a exatidão e a sensibilidade da deteção de fugas em implantes com um teste de permeação com gás (GEPT) e comparação com testes bacterianos e moleculares de fugas. Materiais e métodos Foram testados três sistemas de implante (n = 20 por grupo): Nobel Biocare (NB), Astra Tech (AT) e BIOMET 3i. Os implantes (B3i) foram montados em discos de PVC e foram testados, em primeiro lugar, quanto à mudança da pressão gasosa e volume de solução salina infiltrada ao longo de 40 minutos. Os mesmos implantes foram, em seguida, submetidos a uma avaliação molecular de fugas usando Dextran fluorescente durante 28 dias. Após a limpeza e a esterilização, foi avaliada a permeação bacteriana (E. faecalis) através de turvação seletiva do meio durante mais 28 dias. Os declives da mudança da pressão e da velocidade da solução salina perfundida foram usados como uma medida da fuga no modelo de GEPT, tendo sido registados os tempos dos acontecimentos positivos, ou seja, mudança de cor, após os testes moleculares e bacterianos. Os dados foram analisados utilizando os testes Kolmogorov–Smirnov/Shapiro– †Al-Jadaa A. Bolsa Wilk, Kruskal–Wallis H e Spearman’s Rho (P < 0,05). Resultados Os valores de fuga gasosa e de solução salina (ml) foram de 0,85 ± 0,71 e 0,56 ± 0,50 ml (AT), 0,23 ± 0,030 e 0,12 ±0,20 ml (NB) e 0,01 ± 0,01 e 0 ± 0 ml (B3i), respetivamente, e foram significativamente diferentes entre si (P < 0,001). O declive da alteração da pressão ao longo do tempo demonstrou uma correlação positiva significativa com a solução salina recolhida (r= 0,91; P < 0,001). As fugas moleculares e bacterianas foram positivas para os mesmos implantes, revelando igualmente valores de fuga superiores no sistema GEPT. O desenvolvimento de acontecimentos positivos no período da avaliação bacteriana de fugas teve uma boa correspondência com o modelo de fugas do GEPT. Conclusão O GEPT provou ser um método fiável para quantificar fugas. Os implantes BIOMET 3i demonstraram o melhor selamento entre os sistemas testados. de doutoramento financiada pela BIOMET 3i. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 15 Resumo Análise de microfendas na interface implante-suporte em vários sistemas de implantes dentários* Gubbi P†, Suttin Z†, Towse R† Apresentação em póster (P-98): 28.ª Reunião Anual da Academy of Osseointegration, março de 2013, Tampa, Florida, EUA. Centro: BIOMET 3i, Palm Beach Gardens, Florida, EUA Desenho do estudo: caracterização por microscopia eletrónica da extensão total da interface implante-suporte de sistemas de implante contemporâneos Tamanho da amostra: n = 1 por sistema de implante Resultados relatados: imagens qualitativas de cortes transversais de interfaces implantesuporte e medições quantitativas do tamanho global das microfendas Relevância para os implantes 3i T3®: os resultados do estudo demonstraram que os implantes BIOMET 3i Certain® avaliados (3i T3 com DCD®) apresentavam microfendas com um tamanho médio de ~1 µm. Foram identificadas várias áreas ao longo da extensão da interface onde as fendas se aproximavam dos 0 μm. Dois dos restantes três sistemas testados apresentaram tamanhos superiores de microfendas. Objetivo Este estudo avaliou as microfendas que existem na interface implante-suporte de sistemas de implante de vários fabricantes (Astra Tech, Straumann®, Nobel Biocare e BIOMET 3i). O estudo comparou quantitativamente as microfendas resultantes após a montagem do implante e do suporte com o parafuso recomendado, num estudo de microscopia eletrónica de varrimento (SEM). Materiais e métodos Foram usados implantes OsseoSpeed™ (Dentsply/ Astra Tech, 3,5 mm D x 15,0 mm C e 4,5 mm D x 13,0 mm C), implantes Bone Level (Straumann®, 3,3 mm D x 12,0 mm C e 4,1 mm D x 12,0 mm C), implantes Active (Nobel Biocare, 4,3 mm D x 13,0 mm C e 5,0 mm D x 11,5 mm C) e implantes com a nova topografia tripla 3i T3 (BIOMET 3i, 3,25 mm D x 13,0 mm C e 4,0 mm D x 13,0 mm C) para avaliação neste estudo.Todos os implantes foram montados com os suportes correspondentes, com parafusos apertados segundo os valores recomendados. Cada conjunto foi montado em resina fenólica, seccionado perto do eixo central vertical e polido até ter um acabamento metalúrgico. As imagens de SEM da interface implante-suporte foram obtidas com uma ampliação semelhante e as microfendas foram medidas a intervalos de 100 µm usando software de análise de imagens. Resultados A Figura 1 mostra a representação gráfica das microfendas médias medidas para vários sistemas de implante. Pode constatar-se que os sistemas de implante Dentsply/Astra Tech apresentaram as maiores microfendas dos quatro sistemas de implante, seguidos pelos sistemas de implante Straumann, ao passo que os sistemas de implante Nobel Biocare e BIOMET 3i Implant apresentaram microfendas comparavelmente inferiores. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 16 Resumo Fig.1. Tamanho médio das microfendas (mícrons). Fig. 2. Imagens de medições de microfendas dos 3i T3 com DCD. Conclusão A análise de microfendas na interface implantesuporte em quatro sistemas de implante diferentes (2 tamanhos em cada) de vários fabricantes revelou que os sistemas de implante Dentsply/Astra Tech tinham as maiores microfendas, ao passo que os sistemas de implante Nobel Replace® e BIOMET 3i apresentaram as microfendas mais pequenas, com os sistemas de implante Straumann® a revelarem valores ligeiramente inferiores aos dos sistemas de implante Dentsply/Astra Tech. Os resultados de testes de bancada não são necessariamente indicadores do dosempenho clínico. O autor realizou esta investigação enquanto era funcionário da BIOMET 3i. Para ver o póster, queira visitar http://iird.com/pdf/P001_Gubbi.pdf * † JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 17 Resumo Um método novo de avaliação da robustez do selamento da conexão implante-suporte* Suttin Z†, Towse R†, Cruz J† Apresentação em póster (P188): 27.ª Reunião Anual da Academy of Osseointegration, março de 2012, Phoenix, Arizona, EUA. Centro: BIOMET 3i, Palm Beach Gardens, Florida, EUA Desenho do estudo: caracterização da capacidade de selamento do implante-suporte de sistemas de implante contemporâneos, sujeitos a um teste de fuga de líquidos de carga dinâmica. Tamanho da amostra: n = 5 por sistema de implante Resultados relatados: força de selamento (N) de sistemas de implante contemporâneos. A força de selamento é a força média do passo de carga final suportado quando o sistema vazou, cedeu-vazou ou fraturou-vazou. Relevância para os implantes 3i T3®: a conexão BIOMET 3i Certain®, que faz parte do implante 3i T3, foi avaliada neste estudo. A conexão BIOMET 3i Certain demonstrou a mais elevada força de selamento dos sistemas testados. Objetivo O objetivo deste estudo foi desenvolver um método para caracterizar a capacidade de selamento do implante-suporte de sistemas de implante dentários sujeitos a condições de carga dinâmica. Contexto A integridade do selamento da junção implantesuporte (IAJ) é de grande interesse devido aos potenciais efeitos prejudiciais associados a uma selagem de qualidade inferior: invasão bacteriana e subsequente colonização da região interna, microfugas, mau hálito, inflamação, peri-implantite e perda de osso da crista. Materiais e métodos O vértice de um implante de teste foi modificado de modo a ter um conector farpado e foi maquinado um orifício de passagem através da face interna. O implante foi fixado num bloco, expondo 3,0 mm da região coronal e permitindo que o eixo passasse pela farpa apical. Foi ligado um tubo à farpa apical e foram montados, de forma frouxa, um suporte e um parafuso no implante. Foi introduzido um corante vermelho através do sistema, usando uma bomba peristáltica. Foi aplicado o binário do parafuso recomendado pelo fabricante e o sistema foi minuciosamente enxaguado. O bloco foi montado num ângulo de 20° em relação ao eixo, num tanque transparente cheio de água fresca. A bomba foi ligada e uma câmara de vídeo de elevada resolução com uma ampliação de 50x foi focada na junção implante-suporte para avaliar qualitativamente o selamento (ou seja, a ausência de fuga de corante vermelho do volume pressurizado a 7 PSI). Caso não fosse detetada qualquer brecha, o suporte era carregado ciclicamente durante 100 000 ciclos a 100 N com a bomba desligada para representar o desgaste do sistema. Após o ciclo de desgaste, o selamento era avaliado qualitativamente ligando a bomba e, mais uma vez, monitorizando visualmente a IAJ enquanto se carregava a 2 HZ, 100 N durante 1000 ciclos. Caso a amostra concluísse com êxito a qualificação, todo o processo (100 000 ciclos de desgaste, 1000 ciclos de qualificação) era repetido com uma carga 50 N mais elevada. Este protocolo foi repetido até ser detetada uma fuga de líquido. Foi efetuado um teste comparativo dos resultados dos quatro sistemas de implante contemporâneos testados. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 18 Resumo Resultados 14 das 20 amostras testadas resultaram num modo de falha de apenas fuga na junção implantesuporte. Seis das amostras aparentemente vazavam através de uma cedência estrutural ou de uma fratura anterior à fuga. As cargas de falha dos sistemas de implante individuais variaram entre os 100 N e os 900 N, representando uma acumulação de 100 000 a 1,7 milhões de ciclos. Foi efetuada uma análise ANOVA para comparar estatisticamente os resultados dos implantes. O sistema com uma força de selamento de 810 N foi estatisticamente superior aos outros sistemas testados. Conclusões Foi desenvolvido um novo método de teste para avaliar qualitativamente a robustez do selamento de sistemas de implantes sujeitos a condições de carga cíclica clinicamente relevantes. Como os modos de falha variam, não foi possível efetuar uma avaliação absoluta do modo de falha "fuga pura". Entre os sistemas de implantes testados, a conexão BIOMET 3i Certain® apresentou um selamento robusto, sem brechas ou falhas com cargas significativamente superiores em comparação com os outros sistemas de implante. Isto pode ser atribuído ao design da interface e à pré-carga do parafuso. Fig. 1. Comparação da força de selamento de sistemas de implante contemporâneos (n = 5). Os resultados de testes de bancada não são necessariamente indicadores do desempenho clínico. autores realizaram esta investigação enquanto eram funcionários da BIOMET 3i. Para ver o póster, queira visitar http://iird.com/pdf/P16-Suttin.pdf * †Os JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 19 Resumo Caracterização quantitativa e qualitativa de várias superfícies de implantes dentários Gubbi P†, Towse R† Apresentação em póster (P-421): 20.ª Reunião Anual da European Academy of Osseointegration, outubro de 2012, Copenhaga, Dinamarca Centro: BIOMET 3i, Palm Beach Gardens, Florida, EUA Desenho do estudo: caracterização por microscopia eletrónica e interferometria de superfícies de implantes contemporâneos para qualificar e quantificar as características da superfície ao nível submicrónico, micrónico e micrónico grosseiro. Tamanho da amostra: n = 1 implante por fabricante/superfície Resultados relatados: imagens com amplificação de 30 000x para as características submicrónicas, imagens com amplificação de 2000x para as características micrónicas, imagens de interferometria de 312,5x e uma medição do Sa (desvio absoluto médio da altura) para as características micrónicas grosseiras. Relevância para os implantes 3i T3®: este estudo de caracterização inclui um implante com a superfície 3i T3 com DCD®. A análise demonstra três intervalos de escala de topografia neste design de implante. Adicionalmente, o estudo fornece evidências de que a maioria das superfícies concorrentes avaliadas não possui três intervalos distintos de escala de topografia da superfície. Contexto As características da superfície de um implante endo-ósseo representam um papel substancial no mecanismo da osteointegração. Em particular, foi demonstrado que as topografias da superfície com geometria e escala específicas influenciam os precursores da formação óssea de novo, tendo por isso impacto na extensão e na taxa de formação, bem como proporcionando características de superfície para a interligação do osso de novo durante a fase de cicatrização peri-implantar. Objetivo Este estudo destina-se a caracterizar as escalas e as geometrias das topografias de superfície dos principais fabricantes de implantes dentários. Métodos Foram caracterizadas as seguintes superfícies de implante: OSSEOTITE® (BIOMET 3i) com uma superfície híbrida composta por uma região coronal torneada e o restante tratado com DAE (dual acid-etch), implante MTX™ (Zimmer Dental) com uma superfície jateada, implante Replace (Nobel Biocare) com superfície TiUnite® tratada com oxidação anódica, implante Osseospeed™ (Astra Tech) com superfície tratada com jateamento e ataque com flúor, implante Bone Level (Straumann®) com uma superfície SLActive® tratada com jateamento e ataque ácido e um novo design de implante (BIOMET 3i) com uma superfície tratada com jateamento, DAE e deposição cristalina discreta com HA. De modo a avaliar adequadamente a escala e as geometrias das várias topografias de superfície, foram empregues múltiplas metodologias de avaliação, a saber, análise por microscopia eletrónica de varrimento com emissão de campo (FE-SEM) para as características submicrónicas (< 1,0 μm), microscopia eletrónica de varrimento (SEM) para as características micrónicas (1–10 μm) e interferometria para as características micrónicas grosseiras (> 10 μm, normalmente quantificadas com medições quantitativas, tais como o Sa – desvio absoluto médio da altura). JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 20 Resumo Resultados Metodologia FESEM (30 000x) SEM (2000x) Interferómetro (312x) Descritor Características reais (nm) Características reais (µm) Indic. altern. quantitativo: Sa (µm) BIOMET 3i OSSEOTITE® (área torneada) Detetadas características mínimas Detetadas características mínimas 0,18 BIOMET 3i OSSEOTITE® (área DAE) Detetadas características mínimas Cobertura homogénea de lacunas de 1-3 µm 0,48 Zimmer MTX™ Detetadas características mínimas Facetas jateadas irregulares, intervalo 5-10 µm 0,79 Nobel Replace TiUnite® Detetadas características mínimas Cobertura homogénea de estruturas tubulares de 5-10 µm, espaçadas 1,06 Astra Tech Osseospeed™ Detetadas características Facetas angulares, irregulares, mínimas intervalo 10 µm 1,50 Straumann SLActive® Cobertura homogénea de características oxidadas em forma de bastonete de 10-20 µm Cobertura homogénea de lacunas de 1-3 µm 1,60 Novo design de implante BIOMET 3i Cobertura homogénea de cristais de HA de forma irregular de 20-100 nm Cobertura homogénea de lacunas de 1-3 µm 1,39 Tabela 1: Resumo dos resultados de – FESEM, SEM e interferometria. Fig. 1: Imagens da superfície do novo design de implante BIOMET 3i. Conclusões Esta avaliação demonstrou que estas modernas superfícies de implante são altamente complexas, †Os compostas por múltiplas escalas de topografias e geometrias diferenciadas. autores realizaram esta investigação enquanto eram funcionários da BIOMET 3i. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 21 Resumo Exatidão marginal de três configurações de implante-suporte em cerâmica* Baldassarri M, Hjerppe J, Romeo D, Fickl S, Thompson VP, Stappert CF† Int J Oral Maxillofac Implants 2012;27(3):537-543. Centro: Universidade de Nova Iorque, Nova Iorque, Nova Iorque, EUA Desenho do estudo: caracterização por microscopia eletrónica da região exterior da interface implante-suporte de sistemas de implante contemporâneos. Tamanho da amostra: n = 1 por sistema de implante Resultados relatados: imagens qualitativas da região exterior da interface implante-suporte e medições quantitativas do tamanho das microfendas. Relevância para os implantes 3i T3®: a conexão BIOMET 3i Certain®, que faz parte do implante 3i T3, foi avaliada neste artigo com diferentes configurações de suporte. Os suportes BellaTek® em titânio combinados com os implantes com conexão Certain demonstraram o tamanho médio de microfendas mais baixo dos grupos testados. Objetivo As microfendas na interface implante-suporte permitem a colonização microbiana, que pode levar a inflamação dos tecidos peri-implantares. Este estudo tentou determinar a exatidão marginal de três configurações diferentes de implante-suporte em óxido de zircónio (zircónia) e de uma configuração de implantesuporte em titânio. Materiais e métodos Foram analisadas três combinações de implantes com suportes em zircónia feitos à medida (n = 5/grupo): inserções em titânio/suportes NobelProcera™ em implantes Replace Select™ cónicos TiUnite® (Nobel Biocare) (NP); suportes BellaTek/implantes NanoTite™ Certain (BIOMET 3i) cónicos (B3i); suportes Astra Tech Dental Atlantis/implantes BIOMET 3i NanoTite Certain cónicos (AT). Foram utilizados cinco suportes em titânio BellaTek feitos à medida/implantes NanoTite Certain cónicos (Ti) como grupo de controlo. Todos os suportes foram fabricados com desenho assistido por computador/fabrico assistido por computador. Foram efetuadas cento e vinte medições da fenda vertical por amostra, usando microscopia eletrónica de varrimento (15 leituras x 4 regiões de cada espécime [bucal, mesial, palatina, distal] x 2 medições). Foi utilizada análise da variância para comparar os valores de encaixe marginal entre os quatro grupos, os espécimenes de cada grupo e as quatro regiões de cada espécime. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 22 Resumo Resultados Os valores médios (± desvio padrão) das fendas foram de 8,4 ± 5,6 µm (NP), 5,7 ± 1,9 µm (B3i), 11,8 ± 2,6 Mm (AT) e 1,6 ± 0,5 µm (Ti). Foi encontrada uma diferença significativa entre o BIOMET 3i e o AT. Não se detetou qualquer diferença entre o NP e os outros dois grupos. Os valores das fendas foram significativamente inferiores para oTi em relação a todos os sistemas em zircónia. Para cada configuração de suporte em cerâmica, o encaixe foi significativamente diferente entre os cinco espécimenes. Para 12 dos 15 espécimenes de suporte em cerâmica, os valores das fendas agrupados por região foram significativamente diferentes. Conclusão A conexão implante-suporte em titânio demonstrou um encaixe significativamente Fig. 1. A imagem é cortesia do Dr. Christian Stappert. melhor do que todas as configurações de implante-suporte em zircónia, as quais revelaram fendas médias aproximadamente 3 a 7 vezes maiores do que as do sistema de suporte em titânio. Os resultados de testes de bancada não são necessariamente indicadores do desempenho clínico. * Dr. Stappert tem uma relação financeira com a BIOMET 3i LLC, resultante de compromissos para palestras e consultadoria e outros serviços remunerados. †O JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 23 Resumo Estabilidade de binário de diferentes parafusos de suporte submetidos a ciclos mecânicos Vianna CdA, Delben JA, Barão VAR, Ferreira MB, dos Santos PH, Assunção WG. Int J Oral Maxillofac Implants. 2013;28(5):e209-214. Centro: Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista, Brasil Desenho do estudo: caracterização da estabilidade de parafusos de retenção no conjunto implante-suporte com base em testes mecânicos de binário Tamanho da amostra: n = 10 para cada um dos quatro grupos; total = 40 conjuntos de parafuso de retenção Resultados relatados: os valores de binário de remoção (newtons) para parafusos de retenção medidos antes e depois de ciclos mecânicos (1 x 106 ciclos a 2 Hz sob 130 N) e análise estatística Relevância para os implantes 3i T3®: o parafuso BIOMET 3i Gold-Tite® faz parte do conjunto de componentes restaurativos para os implantes 3i T3. Os resultados de binário reverso final foram superiores com os parafusos Gold-Tite versus os parafusos não revestidos, o que sugere que a probabilidade de afrouxamento do parafuso seja inferior para os parafusos Gold-Tite. Objetivo Avaliar a estabilidade do binário de diferentes parafusos de retenção UCLA de coroas suportadas por implantes simples submetidos a ciclos mecânicos. Materiais e métodos Foram fixadas coroas fabricadas em liga de níquelcrómio-molibdénio a implantes de conexão hexagonal externa, agrupadas de acordo com os diferentes parafusos de retenção utilizados (n = 10): Ti, parafusos em titânio (BRUNIHT, BIOMET 3i); Au, parafusos em ouro-paládio com revestimento de ouro de 24 quilates (Gold-Tite, BIOMET 3i); TiC, parafuso em liga de titânio (Ti-6Al-4V) com revestimento de carbono tipo diamante (Neotorque™, Neodent); e TiN, parafuso em Ti-6Al-4V com revestimento de alumínio-titânio-nitreto (Ti-Tite, Conexão). Foram obtidos três valores iniciais de binário de remoção (RT) para cada um dos parafusos, após inserção de binário usando um medidor de binário analógico. O RT final foi medido após ciclos mecânicos (1×106 ciclos a 2 Hz sob 130 N). Os dados foram submetidos a uma análise da variância e ao teste de Fischer. Resultados Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre o RT inicial nos grupos Ti e TiN e entre o TiC e o TiN. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os RT médios obtidos antes e depois dos ciclos mecânicos, exceto para os parafusos em Ti. Todos os grupos apresentaram uma manutenção de binário semelhante após os ciclos mecânicos. Conclusão Embora não tenham sido observadas diferenças significativas entre os grupos quanto à percentagem final de manutenção de binário, os valores finais de RT dos parafusos revestidos foram superiores aos dos parafusos não revestidos. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 24 Resumo Grupos do estudo Grupos Parafuso e Fabricante BRUNIHT, liga de titânio BIOMET 3i(Ti-6Al-4V) Ti Tipo de parafuso de retenção Valores de RT* antes e depois dos ciclos mecânicos Binário de inserção (N/cm) Inicial Final 20 15,45 (1,89 ) 13,80 (1,42) Gold-Tite®, AuBIOMET 3i liga de ouro (Au-Pd) com revestimento de ouro de 24 quilates 20 14,67 (1,84) 14,40 (1,73) Neotorque, TiC Neodent liga de titânio com revestimento de carbono tipo diamante 32 25,47 (1,27) 24,10 (1,63) 35 24,67 (0,85) 24,10 (2,58) TiN Ti-Tite, liga de titânio (Ti-6Al-4V) Conexão Sistema com revestimento de alumínio de Prótese e nitreto de titânio Ti-6Al-4V = titânio-alumínio-vanádio; Au-Pd = ouro-paládio *Médias e (desvios-padrão), em Ncm. Tabela 1: Resultados dos valores de binário reverso para os grupos de parafusos de retenção. Os parafusos revestidos (Au, TiC e TiN) apresentaram uma tendência maior para estabilidade de binário após ciclos mecânicos. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 25 Resumo Projeto Scuderia: Geração de dados clínicos sobre os 3i T3® – resultados provisórios após um ano Kenealy J† European Limited Launch Clinical Experience White Paper, BIOMET 3i, 2013. Centro: Universidade multicêntrica europeia e asiática e consultórios privados Desenho do estudo: avaliação clínica prospetiva, observacional Tamanho da amostra: 90 avaliadores clínicos de 19 países com 555 implantes Resultados relatados: taxa de recrutamento e dimensões dos implantes Relevância para os implantes 3i T3®: esta avaliação clínica demonstra as características de desempenho pretendidas com o design do 3i T3. As avaliações de seguimento continuam a decorrer. Objetivo Esta avaliação clínica prospetiva, observacional, documenta a eficácia dos implantes 3i T3 no tratamento de doentes parcialmente desdentados. Métodos Foi pedido a cada avaliador que documentasse, pelo menos, 10 casos da sua universidade ou de consultórios privados. Foi fornecida informação acerca do novo sistema juntamente com procedimentos de preparação para osteotomia e as etapas de colocação do implante. A seleção dos doentes e o tipo de casos a incluir na avaliação ficavam ao critério dos avaliadores, como parte do tratamento clínico dos seus doentes. As soluções restaurativas eram igualmente baseadas na preferência dos avaliadores. Foram produzidos mais de 1000 implantes 3i T3, propositadamente para este projeto de avaliação. Foram fornecidos formulários padronizados aos avaliadores para documentarem os casos. As variáveis no início do estudo incluíam o local do implante, a dimensão do implante, as condições de osteotomia, o binário de colocação do implante, a abordagem cirúrgica (uma etapa, duas etapas) e a solução restaurativa pretendida. Os procedimentos de colocação dos implantes decorreram entre maio de 2012 e março de 2013. Resultados Até à data, um total de 90 avaliadores clínicos de 19 países forneceram informação sobre casos para mais de 250 doentes e mais de 500 colocações de implantes, conforme se ilustra na Tabela 1. Os comprimentos dos implantes variavam entre 8,5 mm e 11,5 mm, conforme se ilustra na Figura 2. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 26 Resumo Impla 600 250 500 400 Implant Placements 300 200 150 100 100 0 200 50 May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Feb Mar 2012 2013 0 8,5 mm Fig. 1. Colocações de implantes durante o período de recrutamento. Implant Length 250 Implant Placements 200 150 100 50 p Oct Nov Dec Jan Feb Mar 2013 0 8,5 mm 10 mm 11,5 mm 13 mm Fig. 2. Dimensões dos implantes. Análise interina Mais de 500 implantes 3i T3® disponibilizados aos avaliadores do projeto foram colocados no espaço de nove meses. Os procedimentos de colocação dos implantes foram efetuados com diferentes condições ósseas, todos com colocação bem-sucedida. As avaliações de seguimento continuam a ser efetuadas, †O com feedback positivo e construtivo por parte dos avaliadores. Com até doze meses de observações e sete notificações de não integração de implantes, o implante 3i T3 está a demonstrar as características de desempenho pretendidas com o seu design numa população de doentes diversa. autor era funcionário da BIOMET 3i quando esta investigação foi realizada. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 10 mm 27 Resumo Efeito da superfície na saúde das mucosas e testes de integração: um estudo clínico prospetivo, aleatório e controlado de implantes com superfícies de múltiplas topografias em casos de carga precoce Montoya C, Nappe C Apresentação em póster: 11th Annual International Symposium on Periodontics and Restorative Dentistry, junho de 2013, Boston, Massachusetts, EUA. Centro: Universidade Mayor, Santiago, Chile Desenho do estudo: ensaio clínico prospetivo, aleatório, controlado Tamanho da amostra: 49 doentes, 137 implantes do estudo (108 de teste, 29 de controlo) Resultados relatados: avaliação da integração do implante através do teste de contra-binário às 6, 8 e 10 semanas. Relevância para os implantes 3i T3®: o micromovimento do implante durante a fase inicial da cicatrização é considerado como sendo um motivo principal para o fracasso dos implantes. Os implantes de teste deste estudo clínico têm uma topografia da superfície idêntica à dos implantes 3i T3 com a superfície DCD®. Estes implantes apresentam um maior grau de fixação óssea no período inicial da cicatrização em comparação com os implantes de controlo. Contexto Está a ser avaliado um novo implante com um design inovador de topografia da superfície. A superfície apical do implante inclui três níveis distintos de topografia, incluindo um nível micrónico grosseiro (jateamento com fosfato de cálcio), micrónico (DAE) e submicrónico (deposição cristalina descontínua de hidroxiapatite). Pelo menos 1,5 mm da região coronal do implante tem topografia micrónica grosseira, resultando numa superfície coronal com um nível de rugosidade consistente com a superfície OSSEOTITE® (BIOMET 3i) tratada com DAE. Este novo design de implante poderá promover a cicatrização óssea, permitindo procedimentos de carga mais precoces, ao mesmo tempo que mantém condições que preservam a saúde das mucosas a longo prazo. Desenho do estudo Este estudo prospetivo, aleatório, controlado tem doentes selecionados aleatoriamente (segundo um rácio de 80:20) para grupos que recebem os implantes de teste e de controlo, respetivamente. Os casos-controlo são implantes comercializados com um macro-design semelhante, permitindo uma avaliação dos efeitos da superfície. Todos os implantes são colocados numa única etapa, com a integração do implante avaliada pela resistência a uma força de contra-binário de 20 e 32 Ncm aplicada às 6, 8 e 10 semanas e usando uma chave de roquete com indicador de binário calibrada. Os casos restaurativos consistem em próteses fixas curtas e simples ou próteses fixas compridas, com cada doente a receber, pelo menos, dois implantes do estudo. A inserção final da prótese ocorre aos seis meses. Resultados Um total de 49 doentes com 94 casos restaurativos têm sido tratados com 137 implantes do estudo, dos quais 108 são implantes de teste e 29 são implantes de controlo. Constatou-se que os dois grupos de implantes tinham condições semelhantes no início do estudo. Foram observados padrões semelhantes em termos de dimensões e locais dos implantes e os três grupos de cicatrização possuem condições ósseas, perfis de torque de inserção e leituras de ISQ semelhantes. As avaliações da integração mostram uma tendência para mais libertações nos grupos de cicatrização mais precoce. Os resultados globais mostram um número inferior de libertações para os implantes do grupo de teste. Dois fracassos clínicos de implantes foram registados para um CRS de 99% e 97% para os grupos de teste e de controlo, respetivamente. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 28 Resumo Conclusão O desenho deste estudo conseguiu isolar o efeito da superfície do implante recorrendo a avaliações da integração com contrabinário. Constatou-se que os implantes com uma topografia da superfície com múltiplos níveis têm uma maior resistência à força de libertação do que os implantes de controlo com uma menor complexidade da superfície. Testes de contra-binário: Grupos de teste e de controlo a 20 e 32 Ncm Resisted Liberated Test 20 Control 20 6 Weeks Test 32 Control 32 0% 50% 100% Test 20 Control 20 8 Weeks Test 32 Control 32 0% 50% 100% Test 20 Control 20 10 Weeks Test 32 Control 32 0% 50% 100% Fig. 1. Avaliações da integração: após remoção do suporte e medição da RFA, foi utilizada uma chave de roquete com indicador de binário para aplicar a força de contra-binário. Os implantes que demonstraram ausência de movimento com 20 Ncm foram testados com 32 Ncm. Qualquer sensação de rotação durante o contra-binário era registada. No final dos testes, qualquer implante que tivesse rodado durante a aplicação da força era recolocado na devida posição com uma força de binário positiva de 20 Ncm e deixado a cicatrizar. Para ver o póster, queira visitar http://iird.com/pdf/P30-Montoya.pdf JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 29 Resumo Carga oclusal imediata de implantes NanoTite™™ Prevail®: um estudo prospetivo clínico e radiográfico com um ano de duração Östman PO†,Wennerberg A, Albrektsson T† Clin Implant Dent Relat Res 2010;12(1):39-47. Centro: consultório privado, Universidade de Gotemburgo, Gotemburgo, Suécia Desenho do estudo: estudo clínico prospetivo, observacional de carga imediata. Tamanho da amostra: n = 102 implantes Resultados relatados: resultados de um ano em termos de sobrevivência cumulativa e reabsorção óssea marginal. Relevância para os implantes 3i T3®: os implantes estudados possuem várias características em comum com os implantes 3i T3, incluindo a conexão Certain® e a "plataforma trocada" PREVAIL®. Adicionalmente, a topografia da superfície da região coronal estudada é consistente com a do 3i T3 com DCD®, incluindo as características de 1-3 mícrons pico-a-pico e submicrónicas. Os implantes estudados apresentaram taxas elevadas de sucesso e sobrevivência a um ano. Contexto Recentemente, foi demonstrado que uma nova textura de superfície de implante com aplicação de fosfato de cálcio à escala nanométrica melhora a formação e a fixação óssea precoces em estudos pré-clínicos e em estudos histomorfométricos, o que pode ser benéfico em situações de carga imediata. Objetivo O objetivo deste estudo clínico prospetivo foi, durante um ano, avaliar clínica e radiograficamente um implante com superfície modificada à escala nanométrica colocado para carga imediata de próteses fixas nas regiões maxilar e mandibular. binário final de, pelo menos, 25 Ncm antes do assentamento final e num quociente de estabilidade do implante superior a 55. Um total de 102 implantes NanoTite PREVAIL (NTP) (BIOMET 3i, Palm Beach Gardens, FL, EUA) (66 maxilares e 36 mandibulares) foram colocados por um investigador, tendo a maioria sido colocados nas regiões posteriores (65%) e no osso macio (69%). Foi avaliado um total Materiais e métodos Trinta e cinco de 38 doentes que necessitavam de tratamento com implantes e que cumpriam os critérios de inclusão concordaram em participar no estudo e foram sucessivamente recrutados. Os requisitos da colocação cirúrgica dos implantes consistiam num JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 30 Resumo de 44 construções protésicas, consistindo em 14 restaurações de um único dente, 26 dentaduras parcialmente fixas e quatro restaurações fixas completas. Todas as construções provisórias foram colocadas no espaço de uma hora e as construções finais foram colocadas após quatro meses. Os implantes foram monitorizados quanto aos resultados clínicos e radiográficos nos exames de seguimento programados para os 3, 6 e 12 meses. Reabsorção óssea marginal após um ano de seguimento Resultados Dos 102 implantes do estudo apenas um fracassou. O valor da taxa de sobrevivência cumulativa simples a um ano foi de 99,2%. A média da reabsorção óssea marginal foi de 0,37 mm (DP 0,39) durante o primeiro ano em função. De acordo com os critérios de sucesso de Albrektsson e Zarb, foi constatado um grau de sucesso 1 para 93% dos implantes. Conclusão Embora limitado ao curto período de seguimento, a carga imediata dos implantes NanoTite PREVAIL parece ser uma opção viável na reabilitação com implantes, pelo menos quando se consegue alcançar uma boa fixação inicial. Dr. Albrektsson e o Dr. Östman têm uma relação financeira com a BIOMET 3i LLC, resultante de compromissos para palestras e consultadoria e outros serviços remunerados †O JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 31 Resumo Um estudo multicêntrico, prospetivo, aleatório, controlado, com cinco anos de duração de implantes híbridos e submetidos na totalidade a ataque ácido quanto à incidência de peri-implantite Zetterqvist L, Feldman S, Rotter B, Vincenzi G, Wennström JL, Chierco A, Stach RM†, Kenealy JN† J Periodontol 2010;81(4):493-501. Centros: múltiplos consultórios privados e centros universitários nos EUA e na Europa Desenho do estudo: ensaio clínico prospetivo, aleatório, controlado Tamanho da amostra: n = 304 implantes (165 de teste, 139 de controlo) Resultados relatados: incidência de peri-implantite, reabsorção óssea marginal Relevância para os implantes 3i T3®: o implante de teste totalmente tratado com ataque ácido possui a mesma topografia de superfície minimamente rugosa existente na região coronal dos implantes 3i T3. Os resultados deste estudo clínico a longo prazo mostram a ausência de aumento do risco de peri-implantite para implantes com esta topografia de superfície na interface mucosa em comparação com implantes com superfície maquinada na região coronal. Contexto Os implantes DAE (dual acid-etched) foram introduzidos no mercado em 1996 com um design híbrido que incorpora uma superfície maquinada na região coronal entre aproximadamente a terceira espiral e a superfície de assentamento. Este design destinava-se a reduzir os riscos de peri-implantite e outras complicações relacionadas com os tecidos moles que eram notificadas com implantes com superfície rugosa na região coronal. O objetivo deste ensaio clínico prospetivo, aleatório e controlado era determinar a incidência de peri-implantite para um implante totalmente tratado com ataque ácido e com a superfície DAE a estender-se até à plataforma do implante. Métodos Os locais de implante dos doentes foram selecionados aleatoriamente para receber um implante de controlo híbrido e, pelo menos, um implante de teste totalmente tratado com ataque ácido em suporte de uma restauração fixa curta para garantir que as variáveis (p. ex., dados demográficos, localização na maxila e densidade óssea) eram consistentes entre os grupos. As próteses foram inseridas dois meses após a colocação do implante, com avaliações de seguimento programadas anualmente durante cinco anos para avaliar a saúde das mucosas com base nos parâmetros de hemorragia à sondagem, supuração e profundidades de sondagem. As avaliações incluíam igualmente avaliações radiográficas e da mobilidade. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 32 Índice de hemorragia do sulco* Design de superfície híbrido % Design de superfície totalmente DAE Pontuações SBI N.º de locais sondados Resumo Pontuações da profundidade de sondagem* Design de superfície híbrido Design de superfície totalmente DAE Profundidades de sondagem: Alteração em relação ao início do estudo (mm) Fig. 1. 84% de todas as pontuações SBI eram de "0" (ausên- Fig. 2. Nenhum implante (de teste ou controlo) cia de hemorragia); 13% das pontuações eram de "1" (local apresentou alterações nas profundidades de sondagem de hemorragia isolado). superiores a 3,0 mm. *Cento e doze doentes que foram recrutados em sete centros receberam 139 implantes de controlo e 165 implantes de teste (total: 304 implantes). Resultados Um total de 49 doentes com 94 casos restaurativos foram tratados com 137 implantes do estudo, dos quais 108 são implantes de teste e 29 são implantes de controlo. Constatouse que os dois grupos de implantes tinham condições semelhantes no início do estudo. Foram observados padrões semelhantes em termos de dimensões e locais dos implantes e os três grupos de cicatrização possuem condições ósseas, perfis de torque de inserção e leituras de ISQ semelhantes. As avaliações da integração mostram uma tendência para mais libertações nos grupos de cicatrização mais precoce. Globalmente, os resultados mostram um número inferior de libertações †Os para os implantes do grupo de teste. Dois fracassos clínicos de implantes foram registados para um CRS de 99% e 97% para os grupos de teste e de controlo, respetivamente. Conclusão O desenho deste estudo conseguiu isolar o efeito da superfície do implante recorrendo a avaliações da integração com contra-binário. Constatou-se que os implantes com uma topografia da superfície com múltiplos níveis têm uma maior resistência à força de libertação do que os implantes de controlo com uma menor complexidade da superfície. autores contribuíram para este artigo enquanto eram funcionários da BIOMET 3i. JOURNAL OF IMPLANT AND RECONSTRUCTIVE DENTISTRY® Resumos de publicações e apresentações em pósteres selecionadas 2014 | N.º 3 ra Ago l com e v í ão on disp figuraç n a co xagonal he rna! exte Apresentando Preservation By Design® • Design de superfície híbrida contemporânea com uma topografia de superfície de diversos níveis. • Criado para mitigação de risco de peri-implantite utilizando a tecnologia de superfície comprovada OSSEOTITE® no aspecto coronal do implante. Em um estudo de cinco anos, a superfície dupla tratada com ácido de todo o implante de OSSEOTITE não apresentou nenhum risco aumentado de peri-implantite ou complicações do tecido mole versus um implante híbrido com um pescoço usinado.1 • Incorpora um recurso de plataforma switching com somente 0,37 mm de retração óssea.*2 • Criado para reduzir micro vazamentos por meio de tolerâncias de interface rigorosas e forças de fixação maximizadas. Para mais informações entre em contato com seu representante de vendas BIOMET 3i hoje! BIOMET 3i Dental Ibérica +34 93-470-59-50 Ou visite online em www.biomet3i.com 1. Zetterqvist L, Feldman S, Rotter B, Vincenzi G, Wennström JL, Chierico A, Stach RM†, Kenealy JN†. Um estudo prospectivo, multicêntrico, aleatório-controlado de 5 anos de implantes híbridos e totalmente tratados com ácido para a incidência de peri-implantite. J Periodontol 2010 Abril;81:493-501. 2. Ö stman PO††, Wennerberg A, Albrektsson T. Carregamento oclusal imediato de NanoTite™ Implantes PREVAIL®: Estudo clínico e radiográfico prospectivo de 1 ano. Clin Implant Dent Relat Res 2010 Mar;12(1):39-47. n = 102. *recessão óssea 0,37 mm de retração óssea não típica de todos os casos. Para mais informações sobre o produto, incluindo indicações, contraindicações, advertências, precauções, e efeitos adversos potenciais, veja o encarte na embalagem do produto e o website da BIOMET: 3i www.ifu.biomet3i.com 3i T3, OSSEOTITE, Preservation By Design e PREVAIL são marcas comerciais registradas e 3i T3 Implant design, NanoTite e Providing Solutions - One Patient At A Time são marcas comerciais da BIOMET 3i LLC. ©2014 BIOMET 3i LLC. Os autores que contribuíram para este artigo são funcionários da BIOMET 3i. Dr. Östman tem um relacionamento financeiro com a BIOMET 3i LLC resultante de palestras, consultoria e outros serviços contratos. † †† Referência 2 discute implantes PREVAIL BIOMET 3i com um design de plataforma switching integrada, que também é incorporado ao implante 3i T3®. ART1226PT ART1226PT REV B 01/14