Fotografia Publicitária I
Aula: A composição na fotografia
Professor Fábio Goveia
Curso de Comunicação Social
UFES
Fotografia
Prof. Fábio Goveia
A composição da fotografia
Uma boa fotografia é muito mais que apenas um
clique no momento certo. É uma mistura de
observação, prática, repetição e intuição.
Observação: é preciso ver o objeto primeiro e
imaginá-lo após a captura.
Prática: é preciso conhecer os recursos da
máquina fotográfica.
Repetição: o erro é o primeiro passo para o
acerto.
Intuição: não aperte o botão gratuitamente; seja
seletivo, mesmo com câmeras digitais; espere o
“momento decisivo”.
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Compor uma fotografia requer um olhar
diferenciado sobre as coisas. Educar o olhar é
essencial. Precisamos perceber o mundo ao nosso
redor.
Descobrir as qualidades do objeto é fundamental.
É a partir das características do objeto fotografado
que trabalhamos a composição de uma fotografia.
Essa talvez seja a principal diferença entre um
fotógrafo e um simples registrador de imagens.
Alguma características do objeto e da cena
fotografada funcionam melhor para a composição
da imagem.
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FORMA: A primeira identificação da imagem se dá
pela forma, pelo contorno. Uma forma de destacar
esse limite físico do objeto é usando uma luz
suave oblíqua ou transversal por trás do objeto,
destacando o sujeito do fundo da imagem.
TEXTURA: É a superfície do objeto. Tanto melhor
será o efeito de textura quanto mais tivermos a
sensação de poder tocar o objeto fotografado.
Mais uma vez é preciso saber utilizar a iluminação
para obter o melhor resultado com texturas. Usar
luz oblíqua proporciona um efeito interessante.
Para eliminar as textura é importante usar luz
frontal.
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PADRÃO: O padrão é um deleite para os olhos
humanos. O padrão pode ser classificado como
repetitivo e formal ou irregular ou fora de série.
Não há especificidade de iluminação para os
padrões. O importante é buscar nas situações
comuns elementos em seqüência. Normalmente, é
a quebra de um padrão que acentua o motivo
principal de uma fotografia.
COR E TONALIDADE: Servem para “temperar” a
imagem. Verdes e azuis sugerem frieza. Amarelos
e vermelhos indicam calor. As cores situadas
próximas no espectro visível tendem a compor
imagens harmoniosas. Já cores distantes tendem
a contrastar mais.
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MOVIMENTO: Como vocês já experimentaram, a
sensação de movimento na imagem está ligada
primordialmente à velocidade do obturador. A
sensação de dinamismo ou congelamento pode
ser utilizada para compor a cena fotografada.
O movimento está ligado intimamente à idéia de
tempo. Por isso uma seqüência de fotogramas
exibidos seguidamente deram origem ao cinema.
Fazer uma seqüência de fotografias de uma
mesma temática, apenas deslocando alguns
elementos, causa a sensação de movimento.
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CONTEÚDO E SIGNIFICADO: Todos esses
conceitos anteriores referem-se a aspectos físicos
da composição. Apesar disso, esses elementos
despertam conteúdo e significado nas imagens.
Conceitos e emoções.
O fotógrafo deve se utilizar de emoções para
apreender o olhar do observador. Mas deve ter
claro que quem admira uma imagem pode não
compreender o que está “dito” visualmente.
Portanto, é preciso abastecer a imagem de
informações relevantes que construam uma cena
com conteúdo e significado. Importante exercício:
observar e selecionar as qualidades de um objeto.
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A estruturação da imagem através da máquina
Somos obrigados a trabalhar com um limite físico:
as bordas da câmera. Elas funcionam como uma
moldura. Temos que ter muita atenção nesses dois
elementos da imagem: proporção e equilíbrio.
PROPORÇÕES: O fotógrafo vai sempre ter que
tomar decisões sobre proporções. Primeira: fazer
a foto na horizontal ou na vertical. Em horizontal
há uma varredura mais rápida da imagem pelo
espectador. Já fotos verticais reforçam ainda mais
elementos verticais internos à cena.
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A estruturação da imagem através da máquina
EQUILÍBRIO: Uma boa imagem consiste em
aplicar o equilíbrio. As zonas da imagem precisam
ser observadas para não surpreenderem o
fotógrafo. Os próprios elementos internos da
imagem acabam criando os “lugares” privilegiados
(ou não) da cena.
A linha do horizonte é um exemplo. Ao dividir a
imagem ao meio, o horizonte acaba evitando a
predominância de uma área específica. E isso não
é muito bom, pois dificulta para o observador saber
qual é o assunto principal da fotografia.
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LINHAS: É possível melhorar uma imagem usando
linhas internas para orientar o observador. As linhas
paralelas bem espaçadas e em L produzem um
efeito mais tranqüilo. Triângulos, formas ovais ou
em S demonstram fluência da cena.
As imagens com linhas longas, convergentes,
atraem o olhar para o ponto de convergência.
Linhas curtas com ângulos para todas as direções
sugerem confusão, caos e desordem.
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ÊNFASE: Deve-se ordenar a imagem para que
todos os elementos complementem o objeto
principal. A forma mais comum de dar ênfase a uma
cena é usar a regra dos terços.
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Imagens ilustrativas
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