Análise da distribuição espacial da temperatura do ar em uma casa de vegetação Diego Scacalossi Voltan1, Rogério Zanarde Barbosa2, João E. M. Perea Martins3 e Célia Regina Lopes Zimback4 1 Engº Agrônomo, UNESP/Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem – FCA, [email protected] Engº Agrônomo, UNESP/Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem – FCA, [email protected] 3 Doutor em Física Aplicada, UNESP/Departamento de Computação (FC), [email protected] 4 Doutora em Agronomia, UNESP/Departamento de Recursos Naturais, [email protected] 2 Resumo – Este trabalho mostra a análise da variação da temperatura em uma casa de vegetação, usando fatores de análise temporal e espacial. A casa de vegetação foi dividida em uma grade de 114 pontos de medições térmicas. Para cada ponto foram realizadas medições de temperatura em três alturas diferentes, a 0,30 m, 1,20m e 2,00 m, sendo que o experimento foi realizado três vezes em um dia, as 9, 12 e 16 horas. Os dados foram estatisticamente computados para mostrar a temperatura média na casa de vegetação em cada altura e horário do experimento. Além disto, o trabalho usa a análise geoestatística para a interpolação de dados e mostra a variação da temperatura na altura intermediária utilizando uma representação gráfica em duas e três dimensões. Os resultados mostram uma significativa variação da temperatura na casa de vegetação analisada e comprovam que o uso de métodos geoestatisticos pode ser uma eficiente ferramenta para a análise e controle de casa de vegetação. Palavras-chave: ambiente protegido; variação térmica; geoestatística. Analysis of Spatial air temperature distribution inside a greenhouse Abstract – This work shows the analysis of temperature variation inside a greenhouse, considering temporal and spatial factors. The greenhouse was divided as a grid with 114 points of thermal measurement. For each grid point the temperature was measured at 0.30m, 1.20m and 2.00 meters, and the experiment repeated three times in one day at 9, 12 and 16 hours. The data were statically computed to show the mean temperature inside the greenhouse for each different height and time. Besides, the work used the GS+ software for data interpolation and shows two-dimensional and three-dimensional representation of the temperature variation at the intermediate height of measurement. The results has shown a significant temperature variation in the greenhouse and proved that geostatistical methods can be an efficient tool for analysis and control of the greenhouse. Key words: greenhouse; thermal variation; geostatistic. Introdução Sistemas de produção em ambiente protegido são intrinsicamente dependentes de fatores externos, como o clima e de fatores internos, como material de cobertura da casa de vegetação, a cultura e as telas de proteção contra insetos (SONI et al., 2005), e dos mecanismos de controle climático (ventiladores, exaustores, etc.) o que tende a compor um ambiente dinâmico e complexo. Apesar disto, muitos pesquisadores que trabalham com casas de vegetação, ainda consideram em seus trabalhos o clima no interior das estufas como uniforme, (KITTAS; BARTZANAS, 2007), o que, em muitos casos, pode comprometer fatores como a precisão das pesquisas ou mesmo a produtividade. A temperatura é uma das principais variáveis que exercem influência nas funções metabólicas das plantas e devem ser mensuradas e controladas nesses sistemas para se obter melhores índices de produção. Este parâmetro pode variar significamente com o tempo (TERUEL 2010; OMER, 2009), sendo que a radiação solar é um dos fatores que contribui diretamente para variações no comportamento da temperatura do ar (BOJACÁ et al., 2009). Uma forma de descrever a distribuição espacial da temperatura em casas de vegetação é com o uso dos métodos geostatísticos (SAPOUNAS et al., 2008). Um conceito importante das aplicações dos métodos geostatísticos é o suporte as variáveis randômicas regionalizadas. A variável regionalizada é uma função II Simpósio de Geoestatística em Ciências Agrárias ISSN: 2236-2118 1 espacial numérica que possui variação de um local para outro e apresenta dependência espacial entre os pontos amostrados, devido uma continuidade aparente entre eles. A geostatística permite, através de amostras dispostas regularmente ou não, quantificar a dependência espacial entre as variáveis amostradas e reproduzir em gráficos seu comportamento no ambiente. Assim, a geostatística foi utilizada como uma ferramenta para estimar os pontos não amostrados de temperatura do ar no interior de uma casa de vegetação a fim de verificar a existência de dependência espacial da temperatura do ar no interior de casas de vegetação. Material e Métodos A metodologia de desenvolvimento deste trabalho foi baseada na medição da temperatura em diferentes pontos dentro de uma casa de vegetação. Os pontos representativos para cada volume de ar foram préestabelecidos nas linhas de plantio da casa de vegetação, em forma de grade (malha de amostragem), definidos em 0,8 m entre linhas e 1,0 m entre pontos, distribuídos em dezenove pontos para cada uma das seis linhas de cultivo, totalizando 114 pontos. Para cada um dos 114 pontos foram realizadas medições em três alturas diferentes, que foram 0,30 m, 1,20m e 2,00 m. Este experimento foi realizado três vezes em um dia, às 9, 12 e 16 horas, para que fosse estabelecida uma análise espacial associada a variações temporais. Para a realização das medições de temperatura foi utilizado um dispositivo de sensoriamento digital, modelo HTR-152, que além das medições envia os dados a um computador via interface serial. Assim, também, foi utilizado um notebook para o registro automático dos dados. Este experimento foi realizado em uma casa de vegetação existente no campus da FCA-UNESP, na cidade de Botucatu-SP, com coordenadas geográficas de 22° 51’ 03’’ de latitude sul e 48° 25’ 37” de longitude oeste e 786 m de altitude. A casa de vegetação utilizada neste trabalho foi do tipo arco com 6 metros de largura, 24 metros de comprimento e pé-direito de 3 metros, posicionada no sentido Leste-Oeste. A estrutura metálica foi instalada sob um perímetro construído em alvenaria de 0,40m de altura. As janelas laterais foram revestidas com uma malha de polietileno de proteção antiafídeo. Nas extremidades superiores, no sentido longitudinal, a casa de vegetação é dotada de duas janelas frontais, com abertura controlada, para permitir ventilação nos momentos mais quentes do dia. O piso inferior interno é revestido com uma proteção de polietileno de coloração negra e o piso externo (solo), ao redor da casa de vegetação, é coberto com tapetes de grama. A estufa possui uma cobertura de polietileno de baixa densidade para proteção contra chuva, a partir do cume até o beiral. A cultura no interior da estufa foi de tomate tutorado e irrigado em vasos, com 75 dias após o transplante, variedade Sweet Million espaçados em 0,30 m entre plantas e 1,0 m entre linha. A lâmina de irrigação diária era variável conforme a leitura do tanque classe A do dia anterior. O dispositivo de sensoriamento HTR-152 utiliza um sensor de temperatura termopar tipo K condicionado em uma ponta de prova. A taxa de amostragem do sensor é de 0,8 segundos, com uma resolução de 0,1 °C para a leitura da temperatura do ar e saída de dados com uma casa decimal após a vírgula. Os dados foram coletados com a ajuda de um microcomputador portátil conectado ao termômetro através da interface serial ® RS232, sendo que para o registro dos dados no computador foi utilizado software Lutron , desenvolvido pelo próprio fabricante do sistema de sensoriamento. Dentro da casa de vegetação foram marcados os pontos específicos onde foram realizadas as medições. Um operador percorreu a casa de vegetação e, em cada ponto pré-estabelecido, ele acionava o comando no computador para que fossem gravados em um arquivo os dados de temperatura daquele ponto específico. Em seguida, o mesmo deslocava-se para o outro ponto para uma nova amostragem e, assim, sucessivamente. Em média o tempo do percurso total foi de 10 minutos para cada altura dentro de um horário. Os valores de temperatura ar foram transferidos do banco de dados para uma planilha eletrônica e organizados, de modo que, os valores amostrados fossem associados às respectivas coordenadas espaciais x e y no campo para processar a análise variográfica, sendo que, a análise variográfica foi utilizada para verificar se houve a existência da distribuição espacial da temperatura do ar no interior da casa de vegetação axaA função da variância espacial (h), conhecida como variograma, permitiu calcular a dependência espacial pela medida da variância das diferenças dos valores amostrais que estão distantes em h metros e é expressa por: N h 1 Z x i Z x i h 2 (1) 2 N h i 1 N(h) é o número de pares de valores medidos Z(si), Z(si+h), separados por um vetor h* *h = distância entre os pontos de todos os valores amostrados h II Simpósio de Geoestatística em Ciências Agrárias ISSN: 2236-2118 2 Os parâmetros avaliados do semivariograma, foram: Co = Efeito pepita ou 'Nugget' sendo o valor de (h) quando h = 0; Co + C = patamar ou 'Sill' é quando valor de (h) estabiliza-se e seu valor é aproximadamente igual a variância dos dados; a = alcance ou 'Range' é a distância h quando (h) atinge o patamar. Esses parâmetros auxiliaram na análise da dependência espacial calculada pela relação C/ Co + C, denominado de estrutura ou proporção espacial que, de acordo com a classificação adaptada por Zimback (2001), se os valores obtidos desta razão for ≥0.75 é classificado como forte dependência espacial, entre 0.25 e 0.75 moderada dependência espacial e valores ≤0.25 como fraca dependência espacial. Após as análises de dependência espacial, os dados foram interpolados pelo método da krigagem. Este método permite estimar valores de variáveis distribuídas no espaço utilizando as propriedades estruturais do variograma. Os resultados da interpolação foram visualizados em mapas bidimensionais e tridimensionais representando a distribuição espacial da temperatura do ar. Todos os dados obtidos para as + análises foram calculados com o uso do programa GS (Geostatistical for Environmental Sciences) (ROBERTSON, 1998). Resultados e Discussão A Figura 1 mostra a variação de temperatura na parte externa da casa de vegetação em um período iniciado duas horas antes do início das medições dentro da casa de vegetação e terminado duas horas depois do término das medições dentro da casa, o que permite uma análise de tendência de variação térmica no ambiente. Para uma melhor análise da variação térmica neste intervalo, a figura também mostra a variação dos índices de radiação solar. Estes dados foram obtidos através das medições provenientes da estação meteorológica existente próxima à casa de vegetação, a qual faz a aquisição dos dados em intervalos de 10 minutos. Figura 1. Comportamento da temperatura do ar e da radiação solar no ambiente externo a casa de vegetação nos intervalos que foram medidos a temperatura do ar interna da casa de vegetação. As medições de temperatura dentro da estufa foram realizadas em três series iniciadas às 9, 12 e 16 horas, respectivamente e com duração média de 10 minutos cada uma. A Tabela 1 mostra as medições térmicas realizadas na casa de vegetação nos três horários, sendo que cada medição foi realizada em 3 pontos diferentes de altura. Tabela 1. Média das medidas de temperaturas do ar (Tm), em °C, e desvio padrão (σ) das medições realizadas na casa de vegetação. Foram realizadas medições em três horários diferentes, e em cada horário foram realizadas medições em três alturas diferentes Horário 9 horas 12 horas 16 horas Altura: 0.30 m (Tm) 24.02 28.87 28.26 (σ) 0.3865 0.9619 0.3615 II Simpósio de Geoestatística em Ciências Agrárias Altura: 1.20 m (Tm) 25.28 28.91 31.38 (σ) 0.3885 0.5959 0.3139 Altura: 2.00 m (Tm) 25.55 30.62 30.07 (σ) 0.4516 1.0351 0.4893 ISSN: 2236-2118 3 As Tabelas 1, 2 e 3 mostram, respectivamente, os parâmetros do semivariograma ajustados pelo + software GS para os dados das medidas das 9, 12 e 16 horas. A análise estrutural do variograma foi obtida + através do software GS , fornecendo o efeito pepita (C0), o patamar (C + C0), alcance (a), regressão (R²) e a estrutura ou proporção espacial (C/Co+C). Observa-se que, de acordo com o índice de dependência espacial adaptados por Zimback (2001), exceto para a avaliação do horário das 9 horas na altura de 1,20 metros que apresentou dependência espacial moderada, para todos os outros valores houve uma forte dependência espacial. Tabela 2. Parâmetros do semivariograma ajustados para o modelo Gaussiano e exponencial, no horário das 9 horas Altura (m) 0.30 1.20 2.00 Modelo de variograma Exponencial Exponencial Gaussiano Efeito Pepita (Co) 0.0686 0.0502 0.0276 Patamar (Co+C) 0.3242 0.3494 0.2302 Alcance (a) 62.97 62.97 5.5252 R 2 0.702 0.930 0.919 C/Co+C 0.788 0.730 0.880 Tabela 3. Parâmetros do semivariograma ajustados para o modelo Gaussiano, no horário das 12 horas Altura (m) 0.30 1.20 2.00 Modelo de variograma Gaussiano Gaussiano Gaussiano Efeito Pepita (Co) 0.0010 0.0010 0.0010 Patamar (Co+C) 0.9610 0.3470 1.2760 Alcance (a) 2.4942 2.4595 4.5207 R 2 0.860 0.909 0.896 C/Co+C 0.999 0.997 0.999 Tabela 4. Parâmetros do semivariograma ajustados para os modelos Gaussiano e esférico, no horário das 16 horas Altura (m) 0.30 1.20 2.00 Modelo de variograma Gaussiano Esférico Gaussiano Efeito Pepita (Co) 0.0230 0.0176 0.0016 Patamar (Co+C) 0.1220 0.1142 0.2842 Alcance (a) 4.9017 5.4700 5.1442 R 2 0.952 0.797 0.874 C/Co+C 0.811 0.846 0.994 A interpretação dos dados interpolados foi pelos mapas de visualização bidimensional e tridimensional da distribuição espacial da variação da temperatura do ar nos diferentes estratos de cada horário. Como observado na tabela 1 o desvio padrão do total do conjunto das amostras das 12 horas apresentaram os maiores desvios. A Figura 2 mostra o mapa gerado com os dados dos pontos amostrados às 9, 12 e 16 horas na altura de 1,20 metros e permite uma análise da variação espacial da temperatura dentro da casa de vegetação, cuja diferença entre os valores extremos medidos foram de 1,2°C, 2,5°C e 1,1°C, respectivamente. Figura 2. Representação 3D da distribuição espacial da temperatura do ar a 1,20 metros de altura às 9, 12 e 16 horas. II Simpósio de Geoestatística em Ciências Agrárias ISSN: 2236-2118 4 Na Figura 3 é possível observar a variação espacial da temperatura do ar dentro da estufa, sendo que este parâmetro pode ser diretamente relacionado à incidência dos raios solares e conseqüentemente a radiação solar. Segundo Bojacá et al (2009), a radiação solar é um dos principais fatores que definem o clima de uma estufa, e que, de acordo com seus resultados, concluíram que as maiores temperaturas estão sob altos níveis de radiação no interior da casa de vegetação. Nota-se na figura 3 que a face direita da casa de vegetação, às 9 horas, é exposta ao sol que está nascendo ao leste, sendo este lado o mais aquecido. Ainda na Figura 3, observa-se que o volume de ar com temperaturas maiores ocupam as áreas em que os raios solares incidiram por mais tempo, de acordo com a posição do sol. Zhang et al. (2010a) constataram que variabilidade dos fatores climáticos no interior de uma casa de vegetação não está relacionada somente a radiação solar, mas também com as características relacionadas ao movimento de convecção das massas de ar nas extremidades do ambiente protegido, assim como a dinâmica da pressão de vapor do ar que ocorre devido à uma diferença de temperatura interna e externa. Neste sentido, essas possíveis causas podem ter influenciado na variação desuniforme dos valores de temperatura do ar nos pontos amostrados. Estas diferenças podem resultar em um desenvolvimento irregular das plantas no interior da casa de vegetação que segundo Romanini et. al. (2010) as diferenças microclimáticas e o controle destas variáveis, como temperatura e umidade, podem alterar a produtividade das culturas. Zhang et al. (2010b) destaca também que a variabilidade espacial de dados climatológicos aplicada a cultivos em ambiente protegido tem como função a compreensão e entendimento dos fatores relacionados a evapotranspiração do vegetal, e este processo por sua vez, esta ligado ao desenvolvimento das plantas, visto que este interfere na absorção de nutrientes e água pelas culturas. Figura 3. Distribuição espacial da temperatura do ar dentro da casa de vegetação às 9, 12 e 16 horas, com medição realizada a 1.20 metros de altura. Conclusão Os resultados mostraram que a variação espacial da temperatura do ar, nos três horários e alturas, no interior da casa de vegetação, não foram uniformes. Verificou-se a diferença da variação de temperatura do ar nos diferentes horários, sendo a variação mínima de 1,1°C no horário com temperaturas menores (9 horas) e de 2,5°C a variação máxima no horário mais quente do dia (12 horas) a 1,20 m de altura. Os mapas gerados permitiram uma análise detalhada da distribuição espacial da temperatura do ar, possibilitando a visualização dos pontos onde existiam volumes de ar com altas temperaturas e sua relação com os pontos que apresentavam temperaturas menores, comprovando, desta forma, a dependência espacial desta variável. O trabalho pode contribuir para a compreensão e caracterização do desenvolvimento das culturas no interior de ambientes protegidos. Além disso, o uso destas informações, permitem controlar de maneira eficaz o clima neste ambiente pelo emprego de técnicas de controle climático visando a uniformidade da temperatura no interior da casa de vegetação e, consequentemente, da produção agrícola. II Simpósio de Geoestatística em Ciências Agrárias ISSN: 2236-2118 5 Assim, o uso de métodos geostatísticos se mostrou como uma eficiente e importante ferramenta de estudo e análise de ambientes controlados, permitindo a verificação da distribuição espacial da temperatura do ar e do comportamento microclimático no interior de casas de vegetação. Agradecimentos Os autores agradecem a colaboração do Prof. Dr. Roberto Lyra Villas Bôas e da aluna de pós-graduação Camila Abrahão pela cessão da casa de vegetação e a Antônio Ribeiro da Cunha pelo fornecimento dos dados da estação meteorológica. Referências BARTZANAS, T; KITTAS, C; BOULARD, T. Effect of vent arrangement on windward ventilation of a tunnel greenhouse. Biosystems Engineering, v. 88, n. 4, p. 479-90. 2004. BOJACÁ, C. R., GIL, R., COOMAN, A. Use of geostatistical and crop growth modelling to assess the variability of greenhouse tomato yield caused by spatial temperature variations. 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