JORGE RAMOS DO Ó Neste encontro trabalharemos em torno de um conjunto de noções gerais de vários autores sobre a emergência e a possibilidade de uma escrita inventiva. Não obstante a sua exuberante variedade disciplinar, teórica e empírica, os trabalhos de Barthes, Blanchot, Bourdieu, Deleuze, Derrida, Foucault foram atravessados, e muitíssimo animados, por uma semelhante intencionalidade: a de problematizar o exercício da escrita científica nas Ciências Sociais e a de procurar inteligibilizar métodos e processos que acelerem a imaginação do investigador. Metodologia A sessão será dinamizada a partir da fala dos alunos e da sua experiência no contexto de organização e escrita da tese. As questões que forem colocadas serão tratadas, em seguida, a partir de uma ampla rede temática que se propõe como conteúdo (o que explica também a sua extensão). Alguns problemas certamente ficarão de fora, como é evidente. Mas acredita-se que a reflexividade acerca da prática escritural pode ser aprofundada. Conteúdo A gramática da escola moderna e os bloqueios que enfrenta uma nova sensibilidade textual. A autorreflexividade como primeiro momento para uma escrita académica inventiva. Modernidade e Pós Modernidade: estruturalismo, pós-estruturalismo, modernidade e pós-modernidade. A : As relações entre sujeito e documentação. A pergunta de partida. O que é um conceito. O plano de imanência e as personagens conceptuais (o caso Walter Benjamim). O desenho da investigação. O problema da síntese. A escrita e o poder (Foucault, Barthes e Certeau). Disciplina ciência: os princípios de rarefação do discurso e a vontade de verdade na modernidade. O comentário: as narrativas maiores (textos jurídicos, religiosos, literários e científicos). Antinomias do falar e do escrever (Certeau). As antinomias do ler e do escrever (Barthes e Blanchot). A morte do autor e a vida intertextual. A compreensão complexa da importância do estilo nas ciências humanas (Barthes). A relação docente numa lógica de encadeamento permanente de textos (Barthes). O método como uma utopia da linguagem e a assunção de uma escrita insistente, elíptica e canibal: notas, citações, colagens e suplementos como o tecido da intertextualidade. A escrita bífida e a inversão da hierarquia fala/escrita (Derrida). A escrita e a exigência da descontinuidade. A lei do crescimento da obra (Blanchot). Questionar é jogar-se na questão (Blanchot). O processo de escrita como entrada no jogo da . O incalculável. O imprevisível (Derrida). Composição, encenação e compreensão do que não posso prever: a herança e o porvir como limiares da investigação crítica (Derrida). Uma escrita a duas mãos: o de Deleuze-Guattari. A escrita como um trabalho do significante, da frase e da palavra e do limite (Certeau). Endereço e destino. A vida como obra de arte (Foucault, Deleuze). Bibliografia Geral Barthes, Roland (1974). . Lisboa: Edições 70. Barthes, Roland (1979). . Lisboa: Edições 70. Barthes, Roland (1990). S/Z Lisboa: Edições 70 Barthes, Roland (2003). . São Paulo: Estação Liberdade. Barthes, Roland (2004a). . São Paulo: Martins Fontes. Barthes, Roland (2004b). . São Paulo: Martins Fontes. Barthes, Roland (2007). . Lisboa: Edições 70. Benjamin, Walter (1992). . Lisboa: Relógio d’Água. Benjamin, Walter (1992). . Belo Horizonte: Editora UFMG. Blanchot , Maurice (1984). . Lisboa: Relógio d’Água. Blanchot, Maurice (2001). . II vols. São Paulo: Escuta. Certeau, Michel de (1994). . II vols. Petrópolis: Vozes. Certeau, Michel de (2007). . Rio de Janeiro: Forense Universitária. Deleuze, Gilles (2003). . Lisboa: Fim de Século. Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (1992). . Lisboa: Editorial Presença. Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (2004). . Lisboa: Assírio e Alvim. Deleuze, Gilles & Parnet (2004). . Lisboa: Relógio d’Água. Derrida, Jacques (1978). . São Paulo: Perspectiva Derrida, Jacques (2001a). . Rio de Janeiro: Relume Dumará. Deleuze, Gilles & Parnet (2004). . Lisboa: Relógio d’Água. Derrida, Jacques (1978). . São Paulo: Perspectiva Derrida, Jacques (2001a). . Rio de Janeiro: Relume Dumará. Frago, Antonio Viñao (1996). Lenguaje e realidad: El discurso histórico y su aplicación al ámbito histórico-educativo. , 14, 157-214. Layder, Derek (1997). . Londres: University College of Londres Press. Lyotard, Jean-François (2003). . Lisboa: Gradiva. Peters, Michael (2000). . Belo Horizonte: Autêntica. Popkewitz, Thomas S., Franklin Barry M & Pereira, Miguel A (Eds.), . New York: Routledge & Falmer. Silva, Tomaz Tadeu da (2000). . Belo Horizontes: Autêntica