Fotos de José Ferrolho no local da estreia: Vila Mariana I Horta do Ché I Serpa “Ruína”, de Carlos Santiago Espetáculo comédia entre o teatro de costumes, o absurdo e a ficção científica, com forte pendor físico, musical e visual, disponível para rua (ruína ou praça) e auditórios. Estreou em Serpa a 22 Maio na Vila Mariana Disponível para digressão em auditório a partir de Outubro de 2014 Sinopse Uma jovem viajante a percorrer um caminho. Um livro de ficção científica nas mãos. Um sonho. Uma catástrofe arruinou o País. Os carros, os comboios, os aviões... tudo parou. Os poucos sobreviventes desconhecem qual foi a causa da catástrofe. Apenas se lembram de que antes havia uma crise e também um Presidente da República. Na transgressão de géneros como o teatro de costumes, o absurdo e a ficção científica, “Ruína” é uma alegoria sobre a crise e a procura de novas energias num mundo esgotado. Espetáculo inserido no Projeto “Sensibilização” da Lógica E.M S.A, cofinanciado pelo INALENTEJO e as parcerias dos municípios de Serpa, Moura e Barrancos Ficha artística Texto, encenação e música: Carlos Santiago Interpretação: Catarina Inácio, Filipe Seixas, Helena Ávila, Sandra Serra, Susana Nunes e Rui Ramos I Cenografia e figurinos: Bruno Guerra I Desenho de luz: João Sofio e Paulo Troncão I Fotografia: José Ferrolho I Operação técnica: Paulo Troncão I Construção cenário: José Galamba I Costura: Rosário Trincalhetas e Ana Marta Piroleira I Fotomontagem cartaz: Carlos Santiago I Design gráfico: Verónica Guerreiro/BlocoD – Comunicação e Imagem I Direção produção: Sandra SerraI Gestão: Rui Ramos Duração: 70 minutos Classificação: M/14 anos Sobre o espetáculo Há talvez na presente crise económica que tudo atravessa um aviso para navegantes: a iminência de um mundo em que a mudança de modelo energético deixará de ser uma utopia das sociedades desenvolvidas, para se impor como estado de facto, se calhar catastrófico. Por todo o lado, os sinais da precariedade insinuam-se como um horizonte incontornável, embora as elites planetárias ainda especulem com depósitos de energias fósseis quase inesgotáveis. Esta tensão entre o utópico e o precário, no contexto da crise, é a ideia da qual nasce o processo criativo de “Ruína”. Partindo da mistura de géneros como a ficção científica e o teatro de costumes, o espectáculo concebe-se como o sonho de uma jovem expulsa da cidade que procura nos campos do sul o caminho para algum paraíso perdido. O sul é aqui símbolo de um mundo em muitos sentidos ainda alheio ao voraz processo de industrialização, e, portanto, ligado ao sagrado, ao misterioso e ao irracional. Só que esta jovem traz consigo, na sua viagem da cidade para o campo, uma visão deformada da realidade. Os fantasmas que habitam o seu sonho não são mais do que arquétipos dos seus próprios conflitos. Trata-se assim de construir uma alegoria de marcado carácter onírico a respeito da procura de energias renovadas num mundo virado contra toda a hipótese de mudança, e no qual só parece caber a aceitação da realidade tal e como nos é imposta. Há nisso uma visão tão irónica quanto poética sobre o nosso posicionamento frente à crise e ao drama que nos é dado viver na atualidade, nos quais se conjugam um sentimento quase apocalíptico e desesperado e a dúvida de se nós, como indivíduos e como sociedade, seremos ainda capazes de encontrar novas energias para continuar em frente. Carlos Santiago Encenador e dramaturgo Condições de Aquisição a pedido Mais informações: Baal17 – Companhia de Teatro Cineteatro Municipal de Serpa Apartado 113 I 7830 Serpa www.baal17.pt / https://www.facebook.com/Baal17teatro?ref=hl [email protected] 284 549 488 I 961 363 107 Galeria de fotos disponível em https://www.facebook.com/Baal17teatro?ref=hl