3º Simuladão 2010 - UERJ 1ª Parte Linguagens, códigos e suas tecnologias COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 01 A 04. Qualquer canção Qualquer canção de amor É uma canção de amor Não faz brotar amor E amantes Porém, se essa canção Nos toca o coração O amor brota melhor E antes Qualquer canção de dor Não basta a um sofredor Nem cerze um coração Rasgado Porém, inda é melhor Sofrer em dó menor Do que você sofrer Calado Qualquer canção de bem Algum mistério tem É o grão, é o germe, é o gen Da chama E essa canção também Corrói como convém O coração de quem Não ama CHICO BUARQUE In: CHEDIAK, Almir. Chico Buarque song book 3. Rio de Janeiro: Lumiar. 01 (UERJ 2008 –Q/06) A coerência é determinada, entre outros fatores, por elementos que contribuam para a progressão do texto. Na letra da canção de Chico Buarque, a coerência do texto decorre da utilização dos seguintes recursos: (A) marcação rítmica, repetição vocabular, paralelismo sintático (B) marcação rítmica, repetição vocabular, multiplicidade temática (C) repetição vocabular, paralelismo sintático, multiplicidade temática (D) marcação rítmica, paralelismo sintático, multiplicidade temática 02 (UERJ 2008 – Q/07) A pluralidade de sentidos, característica da linguagem poética, pode ser obtida por meio de vários mecanismos, como por exemplo, a elipse de termos. Esse mecanismo está presente, de modo mais marcante, no seguinte verso: (A) “E amantes” (v. 4) (B) “E antes” (v. 8) (C) “Rasgado” (v. 12) (D) “Calado” (v. 16) 03 (UERJ 2008 – Q/08) Diferentes relações lógicas são estabelecidas entre as orações que compõem as estrofes do texto. Na segunda estrofe, essas relações expressam as idéias de: (A) adição, contraposição e comparação (B) negação, anterioridade e adversidade (C) finalidade, contrariedade e consecução (D) proporcionalidade, intensidade e conclusão 04 (UERJ 2008 – Q/09) Na última estrofe do texto, o mistério a que se refere o eu lírico indica uma construção paradoxal. Os elementos que compõem esse paradoxo são: (A) início e fim (B) alegria e dor (C) música e silêncio (D) criação e destruição Com base no texto abaixo, responda às questões de números 05 a 07 OLHOS DE RESSACA Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas. As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã. (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Capítulo 123. São Paulo: Martin Claret, 2004.) 05 (UERJ 2005 – Q/05) O personagem-narrador do romance Dom Casmurro encontra-se, no capítulo transcrito, angustiado pela dúvida: o possível adultério de sua esposa, Capitu, com seu melhor amigo, cujo velório ora se narra. O título “Olhos de Ressaca” pode ser justificado pela seguinte passagem: (A) “Capitu olhou alguns instantes para o cadáver” (B) “olhando a furto para a gente que estava na sala.” (C) “Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la;” (D)“como se quisesse tragar também o nadador da manhã.” 06 (UERJ 2005 – Q/06) No texto, a descrição dos fatos não é objetiva, pois temos acesso aos traços e às ações dos demais personagens apenas por meio do olhar comprometido do personagem-narrador. A alternativa que indica uma estratégia utilizada pelo personagem-narrador para expressar um ponto de vista individual dos fatos e a passagem que a exemplifica é: (A) enumeração de ações – “Consolava a outra, queria arrancá-la dali.” (B) seleção de adjetivos e advérbios – “tão fixa, tão apaixonadamente fixa,” (C) narração em 1ª pessoa – “As minhas cessaram logo.” (D)imprecisão cronológica – “Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto,” 07 (UERJ 2005 – Q/07) (...) não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas. As minhas cessaram logo. Nessa passagem, encontra-se um recurso de coesão textual em que o termo sublinhado é retomado por meio de elipse. Esse mesmo recurso é empregado em: (A) “quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos.” (B) “Muitos homens choravam também, as mulheres todas.” (C) “Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la;” (D)“quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta,” 08 (UERJ 2002 – Q/04) Observe atentamente os dois trechos transcritos abaixo. “... o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas sim o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade.” 3º Simuladão 2010 - UERJ (SILVA, Vítor M. de A. Teoria da Literatura. Coimbra: Almedina, 1982.) Verossímil. 1. Semelhante à verdade; que parece verdadeiro. 2. Que não repugna à verdade, provável. (FERREIRA, A. B. de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.) A partir da leitura de ambos os fragmentos, pode-se deduzir que a obra literária tem o seguinte objetivo: (A) opor-se ao real para afirmar a imaginação criadora (B) anular a realidade concreta para superar contradições aparentes (C) construir uma aparência de realidade para expressar dado sentido (D) buscar uma parcela representativa do real para contestar sua validade 09 (UERJ 2002 – Q/01) A CRISE “– Perdão, cavalheiro, este osso é meu: fui eu quem o viu primeiro.” (RAUL. Revista Fon-Fon, 06/06/1914.) Na charge de Raul, composta por título, desenho e legenda, há vários contrastes. O contraste que melhor reforça o título da charge é: (A) um senhor de fraque e chapéu olha um mendigo (B) um homem e um cão disputam o mesmo alimento (C) um mendigo com fome faz uma frase polida e formal (D) o cão faminto olha para o mendigo e não para o osso 10 (UERJ 2002 – Q/02) “A caricatura não tem por objeto principal fazer rir. Isto é tão certo que há caricaturas lúgubres. Porque encontra o riso em seu caminho, a caricatura afinal não tem nada duma arte do riso, como têm avançado muitos autores, e assim a considera o preconceito corrente. (...) Longe de ser um testemunho da alegria, o próprio exagero caricatural não é senão um meio, nas mãos do artista, para exprimir seu rancor. Não há por que nos surpreendermos com isso. Como, realmente, à força de muito advertidos a respeito daquilo que mascara a mímica social, não cairmos em meditação cheia de desgosto? Como não nos deixarmos possuir por uma espécie de desencantamento, uma como que fadiga da alma, à custa de muito vermos e de vermos muito bem?” (GAULTIER, Paul. In: LIMA, Herman. História da caricatura no Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1963.) Porque encontra o riso em seu caminho, a caricatura afinal não tem nada duma arte do riso... Neste trecho, percebemos que o conectivo “porque” está sendo empregado com um significado diferente do usual. A substituição do conectivo que preserva o sentido original do trecho é: (A) Se encontrar o riso em seu caminho, ... (B) Ainda que encontre o riso em seu caminho, ... (C) Já tendo encontrado o riso em seu caminho, ... (D) Em virtude de encontrar o riso em seu caminho , TEXTO I ... Escreverei minhas Memórias, fato mais freqüentemente do que se pensa observado no mundo industrial, artístico, científico e sobretudo no mundo político, onde muita gente boa se faz elogiar e aplaudir em brilhantes artigos biográficos tão espontâneos, como os ramalhetes e as coroas de flores que as atrizes compram para que lhos atirem na cena os comparsas comissionados. Eu reputo esta prática muito justa e muito natural; porque não compreendo amor e ainda amor apaixonado mais justificável do que aquele que sentimos pela nossa própria pessoa. O amor do eu é e sempre será a pedra angular da sociedade humana, o regulador dos sentimentos, o móvel das ações, e o farol do futuro: do amor do eu nasce o amor do lar doméstico, deste o amor do município, deste o amor da província, deste o amor da nação, anéis de uma cadeia de amores que os tolos julgam que sentem e tomam ao sério, e que certos maganões envernizam, mistificando a humanidade para simular abnegação e virtudes que não têm no coração e que eu com a minha exemplar franqueza simplifico, reduzindo todos à sua expressão original e verdadeira, e dizendo, lar, município, província, nação, têm a flama dos amores que lhes dispenso nos reflexos do amor em que me abraso por mim mesmo: todos eles são o amor do eu e nada mais. A diferença está em simples nuanças determinadas pela maior ou menor proporção dos interesses e das conveniências materiais do apaixonado adorador de si mesmo. (MACEDO, Joaquim Manuel de. Memórias do sobrinho de meu tio. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.) Observe o emprego da expressão “coroa de flores” em: I - “... como os ramalhetes e as coroas de flores que as atrizes compram para que lhos atirem na cena os comparsas comissionados.” (texto I - linhas 3 e 4) II - 11 (UERJ 1999 – Q 31)Quanto aos sentidos conotativo e denotativo da expressão “coroa de flores” , pode-se afirmar que: (A) “coroa” tem valor denotativo nos dois textos (B) “flores” tem valor denotativo nos dois textos (C) “flores” e “coroa” têm valor conotativo na tira de Maurício de Sousa (D) “flores” e “coroa” têm valor conotativo no texto de J. Manuel de Macedo 12 (UERJ 1999 – Q/32) No texto I, o uso da primeira pessoa na escrita das Memórias tem um efeito de: (A) construir uma narrativa impessoal e neutra (B) seguir o modelo típico do texto jornalístico (C) manifestar no discurso a opinião do destinatário (D) expressar na forma o ponto de vista do narrador 13 (UERJ 1999 – Q/34) No esquema de prioridades estabelecidas pelo narrador do texto I, a primazia é: (A) do lirismo sobre a objetividade (B) do romantismo sobre o realismo (C) do amor do eu sobre o amor da nação (D) das conveniências materiais sobre os interesses pessoais 3º Simuladão 2010 - UERJ TEXTO II Já dois anos se passaram longe da pátria. Dois anos! Diria dois séculos. E durante este tempo tenho contado os dias e as horas pelas bagas do pranto que tenho chorado. Tenha embora Lisboa os seus mil e um atrativos, ó eu quero a minha terra; quero respirar o ar natal (...). Nada há que valha a terra natal. Tirai o índio do seu ninho e apresentai-o d’improviso em Paris: será por um momento fascinado diante dessas ruas, desses templos, desses mármores; mas depois falam-lhe ao coração as lembranças da pátria, e trocará de bom grado ruas, praças, templos, mármores, pelos campos de sua terra, pela sua choupana na encosta do monte, pelos murmúrios das florestas, pelo correr dos seus rios. Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa: ela tentará reverdecer, mas cedo pende e murcha, porque lhe falta o ar natal, o ar que lhe dá vida e vigor. Como o índio, prefiro a Portugal e ao mundo inteiro, o meu Brasil, rico, majestoso, poético, sublime. Como a planta dos trópicos, os climas da Europa enfezam-me a existência, que sinto fugir no meio dos tormentos da saudade. (ABREU, Casimiro de. Obras de Casimiro de Abreu. Rio de Janeiro: MEC, 1955.) 14 (UERJ 1999 – Q/35) “Tirai o índio do seu ninho e apresentai-o d’improviso em Paris...” (texto II – linha 4) Se fosse reescrito este trecho substituindo “apresentai-o” por “exibam-no”, a primeira forma verbal seria: (A) Tirem (B) Tiram (C) Tirarem (D) Tirassem 15 (UERJ 1999 – Q/36) A “hipérbole” é uma figura de linguagem empregada quando há intenção de engrandecer ou diminuir exageradamente a verdade das coisas, dos fatos. A alternativa em que se usa a hipérbole como conotação do sofrimento do narrador do texto II, pela duração de sua permanência fora do Brasil, é: (A) “Já dois anos se passaram longe da pátria.” (B) “Já dois anos se passaram longe da pátria. Dois anos!” (C) “Diria dois séculos.” (D) “E durante este tempo tenho contado os dias e as horas...” Verdad que sería estupendo / que las bases fueran el lado de un triángulo (...) / que apuntar fuera soplarle la tabla a Manolito (...)” La letra de la canción de Cardalda y Montes se vale de la repetición de esas estructuras. Ello remite a un mundo que se puede entender como: (A) hipotético (B) inestable (C) posible (D) seguro 17 (UERJ 1998 – Q/47)La alternativa que presenta marca lingüística del “yo” que habla es: (A) "fuera soplarle la tabla a Manolito" (B) "tú siempre pintas mi corazón" (C) "darle una patada a un balón" (D) "el 'mi arma' andaluz" 18 (UERJ 1998 – Q/48) Lo subrayado en la frase “ (...) darle una patada (...)” se refiere a la siguiente palabra: (A) balón (B) patada (C) corazón (D) Manolito 19 (UERJ 1998 – Q/49) A mensagem pacifista construída pela letra da música tem como recurso principal o emprego de: (A) diálogo entre “eu” lírico e um “tu” (B) orações coordenadas aditivas (C) palavras polissêmicas (D) estrofes irregulares TEXTO III ESPANHOL TEXTO I Verdad que sería estupendo Verdad que sería estupendo que las espadas fueran un palo de la baraja que el escudo una moneda portuguesa y un tanque una jarra grande de cerveza. Verdad que sería estupendo que las bases fueran el lado de un triángulo que las escuadras sólo reglas de diseño y los gatillos gatos pequeños que apuntar fuera soplarle la tabla a Manolito que disparar darle una patada a un balón y que los "persing" fueran esa marca de rotulador con los que tú siempre pintas mi corazón. Y no existiera más arma en el mundo y no existiera más arma en el mundo más que el "mi arma" andaluz. Verdad que sería estupendo. (T. Cardalda - J. M. Montes) (In: CUÑAT & outros. Encuentro. 1995.) 16 (UERJ 1998 – Q/46) “Verdad que sería estupendo / que las espadas fueran un palo de la baraja (...) 20 (UERJ 1998 – Q/59) Se justifica la existencia de un título para la carta como recurso establecido por el: (A) corresponsal de Viña del Mar 3º Simuladão 2010 - UERJ (B) periodista responsable (C) remitente de la carta (D) cronista político 21 (UERJ 1998 – Q58) Quien escribe la carta intenta manifestar el deseo de: (A) solicitar su suscripción al periódico (B) evaluar la validez de lo publicado (C) hacer públicas sus palabras (D) señalar sus conocimientos FRANCÊS Com base no texto abaixo, responda às questões de números 16 a 19. LE BRÉSIL EN CROISADE CONTRE LES LOBBIES PHARMACEUTIQUES Rio de Janeiro, de notre correspondant. La politique brésilienne de lutte contre le sida, qui passe par la production de copies de médicaments antirétroviraux, bouscule le marché pharmaceutique mondial. «Les baisses de prix offertes récemment par les entreprises pharmaceutiques à certains pays africains et toutes les discussions en cours dans les forums internationaux sur les brevets découlent de la proposition brésilienne faite lors du forum de Durban en Afrique du Sud», constate le docteur Paulo Roberto Teixeira, coordonnateur du programme brésilien de lutte contre le sida. Lors de ce congrès mondial sur le sida, l’an dernier, le Brésil a proposé d’exporter sa technologie de production de médicaments copies des antirétroviraux. En fait, le Brésil duplique sept des douze antirétroviraux existants, en profitant d’une brèche légale: ces sept médicaments datent d’avant l’adoption au Brésil de la loi sur les patentes, en 1998. A Durban, les Brésiliens ont annoncé en substance: nous aiderons ceux qui veulent copier les médicaments. Cette proposition explosive est assortie d’une condition: le pays demandeur doit adopter la politique de distribution gratuite et universelle des médicaments antisida, telle qu’elle est pratiquée au Brésil. Une quinzaine de pays (d’Amérique latine, d’Afrique, la Russie et l’Ukraine) ont, depuis, envoyé des missions d’observation au Brésil. Aucun accord formel n’a encore été signé. Le Brésil ne souhaite pourtant pas devenir exportateur de technologies ou de génériques. Il veut pousser à la signature d’un accord mondial de réduction du prix des médicaments, principalement ceux destinés aux pays pauvres et à la lutte contre les épidémies. Les Etats-Unis ont réagi. Le 1er février, Washington a entamé des poursuites contre le Brésil devant l’OMC. La législation brésilienne permet en effet de suspendre les brevets de médicaments dans trois cas: quand ceux-ci ne sont pas produits pendant trois ans au Brésil; ou si le prix pratiqué est abusif; ou encore si le pays est confronté à une «urgence nationale». «Les Etats-Unis ont un objectif clairement politique en s’attaquant au Brésil qui exerce un leadership international dans ce combat», affirme Richard Parker, président d’Abia-Aids, une importante ONG brésilienne de prévention et d’information sur le sida. Selon Richard Parker, «la politique de lutte contre le sida menée par Brasilia est l’une des meilleures au monde et toute la société civile soutient le gouvernement sur ce dossier». «En nous attaquant devant l’OMC, les Etats-Unis ont fait notre pub, s’amuse le docteur Teixeira. Leur plainte a provoqué un large mouvement de solidarité en notre faveur et le soutien de nombreuses ONG, comme Médecins sans frontières et Oxfam.» Le Brésil cherche avant tout à réduire le coût d’achat de médicaments antirétroviraux et garantir ainsi la pérennité d’un programme très populaire. Cent mille séropositifs brésiliens sont traités gratuitement depuis quatre ans. Les résultats sont spectaculaires: les décès ont été réduits de moitié, les hospitalisations de sidéens ont baissé de 80 %. Selon une étude récente, le ministère de la Santé a économisé 422 millions de dollars (470 millions d’euros) en quatre ans en frais d’hôpitaux liés aux maladies opportunistes des sidéens. Sans compter l’économie faite sur la sécurité sociale, notamment par la réduction des aides aux invalides. Mais chaque année, le Brésil débourse 337 millions de dollars (375 millions d’euros) pour acheter des antirétroviraux, dont 105 millions (117 millions d’euros) pour les seuls Efavirenz et Nelfinavir, qui sont eux protégés par des brevets. Du moins pour le moment. Le laboratoire public de Rio FarManguinhos est en effet en train de mettre au point des copies de ces deux médicaments, à partir de molécules de synthèse importées d’Inde. CHRISTIAN DUTILLEUX http://www.liberation.fr/quotidien/semaine/20010319lunzn.html Le lundi 19 mars 2001 16 (UERJ 2002 – Q/17) Le Brésil en croisade contre les lobbies pharmaceutiques. Dans ce contexte, l’expression soulignée exprime l’idée de: (A) justice (B) religiosité (C) domination (D) vulnérabilité 17 (UERJ 2002 – Q/18) Pour exporter sa technologie de production, le Brésil exige que le pays importateur accomplisse la condition suivante: (A) la signature d’un accord formel (B) l’envoi de missions d’observation (C) l’implantation d’unités de production (D) la distribution gratuite des médicaments 18 (UERJ 2002 – Q/19) Le Brésil duplique certains médicaments profitant de la situation ci-dessous: (A) l’existence d’un état d’urgence nationale (B) la pratique de prix abusifs par les laboratoires (C) la loi des patentes postérieure à l’enregistrement (D) l’interruption de la production depuis plus de trois ans 19 (UERJ 2002 – Q20) L’extrait du texte où se trouve un rapport d’opposition c’est: (A) “En fait, le Brésil duplique sept des douze antirétroviraux existants,” (B) “Le Brésil ne souhaite pourtant pas devenir exportateur de technologies” (C) “La législation brésilienne permet en effet de suspendre les brevets” (D) “Leur plainte a provoqué un large mouvement de solidarité” Com base no texto abaixo, responda às questões de números 20 e 21. MARISA, PLEINE DE GRÂCE L’ANCIENNE BELGIQUE ÉTAIT DEPUIS PLUSIEURS JOURS COMPLÈTE POUR LE CONCERT, DIMANCHE SOIR, DE MARISA MONTE. LA CHANTEUSE BRÉSILIENNE Y FUT PARFAITE. Après son producteur Arto Lindsay, vendredi au Théâtre 140 (prestation très avant-gardiste pour ne pas dire dissonante) et avant le géant Lenine (le 9 au Cirque Royal; un concert à ne pas 3º Simuladão 2010 - UERJ manquer par le maître de tous les jeunes chanteurs brésiliens) et Marcio Faraco (révélé par Didier Sustrac) le 13 au 140, c’est la séduisante Marisa Monte qui, dimanche soir à l’AB, a représenté les couleurs du Brésil, à l’Audi Jazz Festival. Et personne n’a regretté de s’être déplacé dans la tempête bruxelloise: le concert de la Carioca fut un modèle de réussite. S’ouvrant sur le “Je t’aime moi non plus” de Gainsbourg, le show révèle d’abord un superbe décor de gigantesques toiles tirées en volumes et pendentifs occupant l’ensemble de la scène et sur lesquelles défilent images, dessins et textes. Marisa entre sur scène comme une déesse: perruques, ensemble de haute couture... autant d’éléments qu’elle enlèvera au fil d’un lent et raffiné strip-tease. Visuel fort donc pour un excellent groupe de neuf musiciens. Le partenaire bahianais de la belle, Carlinhos Brown, influe sur sa musique avec pas moins de trois percussionnistes et un batteur qui, à certains moments, officient en même temps, guitares et cavaquinho n’étant pas oubliés. Marisa réussit tous les métissages: c’est la musique populaire brésilienne d’hier et d’aujourd’hui que cette voix d’or a totalement intégrée, parvenant à maintenir tout au long du concert un fragile équilibre entre la sophistication parfois théâtrale du propos et le naturel d’une musique sensuelle et immédiate. Intelligence et charme: les deux l’ont emporté dans cette prestation d’un très haut niveau tant musical que dramatique... (TC) Actualité Culturelle Mardi (31 octobre 2000) http://www.lesoir.com 20 (UERJ 2002 – Q 21) En ce qui concerne l’ordre chronologique des concerts, Marisa Monte a eu la place suivante: (A) quatrième (B) troisième (C) deuxième (D) première 21 (UERJ 2002 – Q/22) Le seul fait signalé par le texte comme pouvant décourager le public d’aller au concert c’est: (A) il pleuvait ce soir-là (B) la salle était complète (C) l’entrée coûtait très cher (D) on ne connaissait pas la chanteuse INGLÊS COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 16 A 19 The single root of family estrangement Probably the most common reason families go off speaking terms with each other is intolerance. This is of course especially evident in instances where family members turn their backs on each other because of lifestyle choices such as homosexuality, marrying outside one’s religion, race, nationality or ethnicity. But other kinds of intolerance constitute the root cause of any family fights that lead to rifts, such as an inability to tolerate another point of view, holding grudges, and other forms of pettiness or nastiness that impede forgiveness. (...) As a family therapist, I hear more and more about family rifts being an increasingly frequent problem. (...) people feel freer to stand behind their convictions and don’t feel as much of a demand to comply with rules that don’t make sense to them. (...) Increased freedom, however, has its down side, and that is a lack of rules for civil behavior. In other words, family members who at one point in history might have been constrained by what’s considered socially appropriate, now feel free at times to act on impulses that are devoid of spiritual or social appropriateness. If a family holds to the principle of unconditional love, they’ll have no issues of estrangement. In other words, I love my son, daughter, brother, sister, mother or father regardless of whether the choices they make are in line with the choices I’d make for them or for myself. I don’t want to imply here that we never offer opinions or thoughts or requests to our loved ones. It’s just that we continue to love them no matter what their choice. Beyond that, all families will fight and members will insult and wound and hurt each other, but if they’re willing to forgive and let bygones be bygones, they can move past these hurts. In my experience, forgiveness and letting go of past wounds and old resentments is without a doubt the right thing to do, and the only way to insure the survival of any relationship, be it a family relationship, friendship, or love relationship. We’re all human and we all have moments of indiscretion, rudeness, poor judgment, speaking without thinking through the ramifications of our words; in other words, to be human is not only to err, it’s also to have moments of what we call “bad behavior”. Moving on from those moments allows for the shared experiences that repair these kinds of temporary breaches; refusing to move on and accumulating, enumerating and collecting instances of bad behavior, on the other hand, creates breaches that then are not so easily repaired. MARK SICHEL (http://www.marksichel.com) 16 (UERJ 2007 – Q/16) The text offers tools for healing hearts and mending relationship rifts. The author develops his argumentation on family dynamics in the following way: (A) explaining its history and evolution (B) presenting its problems and solutions (C) describing its processes and evaluation (D) comparing its choices and justifications 17 (UERJ 2007 – Q/17) According to the third paragraph, excessive freedom promotes a reaction of: (A) genuine passion (B) intense rejection (C) limited tolerance (D) inadequate behavior 18 (UERJ 2007 – Q/18) ...they’re willing to forgive and let bygones be bygones, (l. 37 - 38) The expression let bygones be bygones is related to the idea present in: (A) “we continue to love them no matter what their choice.” (B) “forgiveness and letting go of past wounds and old resentments” (C) “we all have moments of indiscretion, rudeness, poor judgment,” (D) “refusing to move on and accumulating, enumerating and collecting instances of bad behavior,” 3º Simuladão 2010 - UERJ 19 (UERJ 2007 – Q/19) The phrases in other words (l. 27 - 28) and beyond that (l. 35) convey, respectively, the notions of: (A) explanation and addition (B) opposition and restatement (C) alternation and confirmation (D) exemplification and emphasis COM BASE NOS QUADRINHOS ABAIXO, RESPONDA ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 20 E 21. A seguir, todo o conteúdo de cada um dos frascos foi transferido para um único recipiente. Considerando a aditividade de volumes e a ionização total dos ácidos, a mistura final apresentou uma concentração de íons H+ , em mol × L-1, igual a: (A) 0,60 (B) 0,36 (C) 0,24 (D) 0,12 23 (UERJ 2006 – Q/23) A relação entre o volume e a massa de quatro substâncias, A,B,C, e D, está mostrada no gráfico. Essas substâncias foram utilizadas para construir quatro cilindros maciços. A massa de cada cilindro e a substância que o constitui estão indicadas na tabela abaixo. 20 (UERJ 2007 – Q/20) In the comic strip, Cathy is trying to reconcile with her mother. Lack of understanding between them is best expressed graphically by: (A) local setting (B) age difference (C) facial expressions (D) negative comments 21 (UERJ 2007 – Q/21) When you’re this good at pushing the buttons, it’s hard to keep your fingers off them. The mother’s last thoughts indicate that she is making use of: (A) implied criticism (B) malicious accusation (C) intentional provocation (D) contradictory information PARTE 2 Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias 22 ( UERJ 2006 – Q/22) Para estudar os processos de diluição e mistura foram utilizados, inicialmente, três frascos contendo diferentes líquidos. A caracterização desses líquidos é apresentada na ilustração abaixo. Se os cilindros forem mergulhados totalmente em um mesmo líquido, o empuxo será maior sobre o de número: (A) I (B) II (C) III (D) IV 24 (UERJ 2006 – Q/27) Para a obtenção do índice pluviométrico, uma das medidas de precipitação de água da chuva, utiliza-se um instrumento meteorológico denominado pluviômetro. A ilustração abaixo representa um pluviômetro com área de captação de 0,5 m2 e raio interno do cilindro de depósito de 10 cm. Considere que cada milímetro de água da chuva depositado no cilindro equivale a 1 L/m2. No mês de janeiro, quando o índice pluviométrico foi de 90 mm, o nível de água no cilindro, em dm, atingiu a altura de, aproximadamente: (A) 15 (B) 25 (C) 35 (D) 45 25 (UERJ 2006 – Q/28) Observe as situações abaixo, nas quais um homem desloca uma caixa ao longo de um trajeto AB de 2,5 m. 3º Simuladão 2010 - UERJ As forças F1 e F2, exercidas pelo homem nas duas situações, têm o mesmo módulo igual a 0,4 N e os ângulos entre suas direções e os respectivos deslocamentos medem e2. Se k é o trabalho realizado, em joules, por F1, o trabalho realizado por F2 corresponde a: (A) 2k (B) k 2 (C) k2+1 2 (D) 2k² --1 26 (UERJ 2006 – Q/29) Numa aula experimental, foram preparadas quatro soluções eletrolíticas com a mesma concentração de soluto e as mesmas condições adequadas para o estabelecimento de um estado de equilíbrio. A seguir, cada uma dessas soluções foi submetida a um teste de condutividade elétrica.Observe abaixo o esquema do teste realizado. A solução na qual a posição de equilíbrio está acentuadamente deslocada no sentido 2, e provocará, quando submetida ao teste, menor intensidade luminosa da lâmpada, é a de número: (A) I (B) II (C) III (D) IV 27 (UERJ 2006 – Q/30) Num experimento para a determinação do número de partículas emitidas pelo radônio, foi utilizada uma amostra contendo 0,1 mg desse radioisótopo. No primeiro dia do experimento, foram emitidas 4,3 × 1016 partículas. Sabe-se que a emissão de um dia é sempre 16% menor que a do dia anterior. O número total de partículas que essa amostra emite, a partir do primeiro dia do experimento, é aproximadamente igual a: (A) 4,2 × 1018 (B) 2,6 × 1018 (C) 4,3 × 1017 (D) 2,7 × 1017 28 (UERJ 2006 – Q/32) Uma pessoa em repouso respira normalmente. Em determinado momento, porém, ela prende a respiração, ficando em apnéia pelo maior tempo que consegue suportar, provocando, daí em diante, hiperventilação pulmonar. As curvas mostradas no gráfico abaixo representam alterações de pH do sangue num determinado período de tempo, a partir do início da apnéia. A única curva que representa as alterações do pH do sangue dessa pessoa, durante a situação descrita, é a identificada pela seguinte letra: (A) W (B) X (C) Y (D) Z 29 (UERJ 2006 – Q/33) Experimentos recentes indicam que células-tronco retiradas da medula óssea de um indivíduo adulto, portador de lesão no miocárdio, puderam formar tecido normal quando implantadas na região lesada do coração. As células-tronco podem ser retiradas, também, de embriões em sua fase inicial de desenvolvimento. A tabela abaixo informa as características de algumas variáveis analisadas em células-tronco embrionárias e adultas. Considerando o uso terapêutico das células-tronco, a alternativa que indica o tipo de célula que possui a característica mais vantajosa para as variáveis I, II e III, respectivamente, é : (A) embrionária – adulta – adulta (B) adulta – embrionária – adulta (C) embrionária – adulta – embrionária (D) embrionária – embrionária – embrionária 30 (UERJ 2006 - Q/34) Esse enunciado é conhecido como Lei da Conservação das Massas ou Lei de Lavoisier. Na época em que foi formulado, sua validade foi contestada, já que na queima de diferentes substâncias era possível observar aumento ou diminuição de massa. Para exemplificar esse fenômeno, considere as duas balanças idênticas I e II mostradas na figura abaixo. Nos pratos dessas balanças foram colocadas massas idênticas de carvão e de esponja de aço, assim distribuídas: - pratos A e C: carvão; - pratos B e D: esponja de aço. 3º Simuladão 2010 - UERJ UTILIZE AS INFORMAÇÕES ABAIXO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 27 A 30. - Uma área agrícola, próxima a um lago, precisa ser adubada antes do início do plantio de hortaliças. - O esquema abaixo indica as medidas do terreno a ser plantado. Os dois lados paralelos distam 10 km e os três ângulos obtusos indicados são congruentes. A seguir, nas mesmas condições reacionais, foram queimados os materiais contidos em B e C, o que provocou desequilíbrio nos pratos das balanças. Para restabelecer o equilíbrio, serão necessários procedimentos de adição e retirada de massas, respectivamente, nos seguintes pratos: (A) A e D (B) B e C (C) C e A (D) D e B 31 (UERJ 2006 – Q/35) Duas importantes ações na luta contra o aumento do efeito estufa são a limitação da queima de combustíveis fósseis e a promoção do crescimento de florestas. A importância do crescimento das florestas se deve à ocorrência, nas plantas, da etapa metabólica resumida na seguinte equação química: - Para corrigir a elevada acidez do solo, o produto recomendado foi o calcário (CaCO3), na dosagem de 5 g/m2 de solo. - Para a adubação do terreno, emprega-se um pulverizador com 40 m de comprimento, abastecido por um reservatório de volume igual a 2,16 m3, que libera o adubo à vazão constante de 1.200 cm3/s. Esse conjunto, rebocado por um trator que se desloca à velocidade constante de 1 m/s, está representado na figura abaixo. RESPOSTA LETRA C 32 (UERJ 2006 – Q/36) A intensidade I de um terremoto, medida pela escala Richter, é definida pela equação abaixo, na qual E representa a energia liberada em kWh. - A partir do início da adubação, a qualidade da água do lago passou a ser avaliada com regularidade. O gráfico que melhor representa a energia E, em função da intensidade I, sendo E0 igual a em: (A) (B) kWh, está indicado 33 (UERJ 2006 – Q/37) A área do terreno a ser plantada é, em km2, igual a: (A) 160 (B) 165 (C) 170 (D) 175 34 (UERJ 2006 – Q/38) Para corrigir a acidez do solo, a quantidade de matéria necessária, em mol de CaCO3, por km2 de área a ser plantada, corresponde a: (A) 4,0 × 106 (B) 5,0 × 104 (C) 1,5 × 103 (D) 2,5 × 10 (C) (D) 35 (UERJ 2006 – Q/39) Considere o reservatório do pulverizador completamente cheio de adubo. A área máxima, em m2, que o trator pode pulverizar com todo esse adubo, é aproximadamente igual a: (A) 18.000 (B) 60.000 (C) 72.000 (D) 90.000 36 (UERJ 2006 – Q/40) Os resultados das avaliações da qualidade da água do lago indicaram alterações na concentração de alguns de seus componentes, condizentes com o aumento da poluição orgânica, conforme mostra o gráfico abaixo. 3º Simuladão 2010 - UERJ Considere que toda a energia liberada pelas fontes térmicas seja absorvida pelas barras. O gráfico a seguir indica a relação entre as potências térmicas fornecidas a cada barra e o tempo de aquecimento. As curvas que correspondem às variações na concentração de microorganismos aeróbios e anaeróbios, respectivamente, são: (A) I – II (B) I – III (C) II – I (D) II – III 37 (UERJ 2006 – Q/41) As milhares de proteínas existentes nos organismos vivos são formadas pela combinação de apenas vinte tipos de moléculas.Observe abaixo as fórmulas estruturais de diferentes moléculas Após esse período, as barras são retiradas dos fornos e imediatamente introduzidas em um calorímetro ideal. O diagrama abaixo indica a variação da capacidade térmica de cada barra em função de sua massa. orgânicas, em que R1 e R2 representam radicais alquila. A temperatura que corresponde ao equilíbrio térmico entre as barras A e B é, em ºC, aproximadamente igual a: (A) 70 (B) 66 (C) 60 (D) 54 UTILIZE AS INFORMAÇÕES A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 34 E 37. As duas fórmulas que, combinadas, formam uma ligação química encontrada na estrutura primária das proteínas são: (A) I e V (B) II e VII (C) III e VIII (D) IV e VI 38 (UERJ 2006 – Q/42) Um grupo de alunos, ao observar uma tempestade, imaginou qual seria o valor, em reais, da energia elétrica contida nos raios. Para a definição desse valor, foram considerados os seguintes dados: - potencial elétrico médio do relâmpago = 2,5 × 107 V; - intensidade da corrente elétrica estabelecida = 2,0×105A; - custo de 1 kWh = R$ 0,38. Admitindo que o relâmpago tem duração de um milésimo de segundo, o valor aproximado em reais, calculado pelo grupo para a energia nele contida, equivale a: (A) 280 (B) 420 (C) 530 (D) 810 39 (UERJ 2006 – Q/43) Duas barras metálicas A e B, de massas mA=100 g e mB=120 g, inicialmente à temperatura de 0oC, são colocadas, durante 20 minutos, em dois fornos. O núcleo de uma célula eucariota, por ser 20% mais denso que o meio intracelular, tende a se deslocar nesse meio. No entanto, é mantido em sua posição normal pelo citoesqueleto, um conjunto de estruturas elásticas responsáveis pelo suporte das estruturas celulares. Em viagens espaciais, em condições de gravidade menor que a da Terra, o esforço do citoesqueleto para manter esse equilíbrio diminui, o que pode causar alterações no metabolismo celular. 40 (UERJ 2007 – Q/39) As estruturas básicas dos componentes do citoesqueleto são formadas por moléculas de: (A) proteínas (B) glicolipídios (C) polissacarídios (D) nucleoproteínas 41 (UERJ 2007 – Q/41) O esquema abaixo representa uma pista de corrida na qual os competidores 1, 2 e 3, em um determinado instante, encontravam-se alinhados, na reta X, a 100 m da linha de chegada Y. A partir dessa reta X, as velocidades de cada um permaneceram constantes. Quando o corredor 1 cruzou, em primeiro lugar, a linha de chegada, os corredores 2 e 3 estavam, respectivamente, a 4 m e a 10 m dessa linha. 3º Simuladão 2010 - UERJ 44 (UERJ 2004 – Q/47) No desenho acima, a No instante em que o corredor 2 cruzar a linha de chegada Y, o corredor 3 estará a uma distância dessa linha, em metros, igual a: (A) 6,00 (B) 6,25 (C) 6,50 (D) 6,75 42 (UERJ 2007 – Q/42) Sabe-se que cerca de 10% da energia e da matéria disponíveis em organismos pertencentes a um determinado nível trófico são transferidos para os seres que ocupam o nível trófico imediatamente superior. Admita que uma área eficientemente cultivada produza cereais em quantidade suficiente para alimentar cem pessoas durante um ano. O número de pessoas alimentadas pela carne de todo o gado que pudesse ser criado nessa área, também em condições ideais e no mesmo período, seria aproximadamente de: (A) 100 (B) 101 (C) 102 (D) 103 43 (UERJ 2007 – Q/43) Na tabela a seguir, um determinado sanduíche é utilizado como padrão de comparação do poder de compra dos trabalhadores de seis cidades diferentes. Na cidade de São Paulo, o menor número de minutos necessários para comprar um único sanduíche é representado por x. Considere que a jornada de trabalho é a mesma em todas as cidades. O valor aproximado de x corresponde a: (A) 48 (B) 46 (C) 42 (D) 40 representação da estrutura etária do Brasil atual expressa uma transição demográfica. Os indicadores que explicam esta situação de transição estão apontados em: (A) aumento da imigração e redução da expectativa de vida (B) redução da imigração e aumento da taxa de mortalidade (C) redução da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida (D) aumento da taxa de natalidade e redução da taxa de mortalidade 45 (UERJ 2004 – Q/48) As Enchentes As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis (...). O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver (...). Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, (...) e não com o que há de essencial nos problemas de nossa vida urbana, econômica, financeira e social. (Vida Urbana, 19/01/1915) Lima Barreto é considerado um cronista perspicaz da sociedade carioca do início do século XX. O trecho acima apresenta o problema das enchentes, que até hoje tumultua a vida dos cariocas. Dentre as diversas causas apresentadas para a recorrência das enchentes na cidade do Rio de Janeiro, as duas especialmente ressaltadas por Lima Barreto são: (A) ocupação desordenada e ineficiência das comunicações (B) sítio escarpado da cidade e problemas com a engenharia (C) falta de desenvolvimento tecnológico e traçado colonial da cidade (D) ênfase no embelezamento urbano e precariedade da infra-estrutura 46 (UERJ 2004 – Q/49) PARTE 3 Ciência Humanas e suas Tecnologias As ilustrações acima representam dois lados do fenômeno denominado globalização. A interpretação conjunta das charges permite identificar a seguinte conseqüência desse fenômeno em países como o Brasil: (A) dependência política, estabelecida pela dominação econômica e pela criação de uma “aldeia global” 3º Simuladão 2010 - UERJ (B) democratização tecnológica, favorecida pelo consumo de bens importados e pela informatização (C) contradição cultural, expressa pelo consumismo e pela aquisição do conhecimento via tecnologia (D) limitação da soberania nacional, originada pela importação de supérfluos e pelo domínio da Informação SURDEZ HISTÓRICA Com a ligeireza habitual, em notas encurtadas pelo tédio, parte da imprensa brasileira registrou, no dia 28 de maio, o referendo que aprovou a nova Constituição de Ruanda, um dos grotões da África profunda. O texto estabelece que nenhum partido poderá ter mais de 50% das vagas no parlamento. Nem poderão pertencer à mesma legenda política o presidente, o vice-presidente e o chefe do Poder Legislativo. (...) Se o Brasil não fosse surdo às vozes da África, a imprensa teria anunciado o fato com pompas e fitas. (...) Pouco antes do referendo, a paz entre os tutsi e os hutu parecia condenada a arder na fogueira dos ódios ancestrais. Um governo compartilhado pode existir em democracias ultradesenvolvidas do Primeiro Mundo. Como implantar a fórmula em Ruanda? (...) 47 (UERJ 2004 – Q/50) Ruanda, como vários dos países africanos, viveu longos períodos de guerra civil desde sua descolonização. A proposta de um governo compartilhado é mais uma tentativa de pôr fim aos conflitos internos e inúmeras mortes. No que se refere às características históricas dos povos africanos, as razões para a indagação do jornalista, em relação à sorte da proposta em Ruanda, podem ser explicadas por: (A) atraso no processo de industrialização e liberalização dos costumes (B) existência de disputas entre etnias e acesso reduzido a direitos políticos (C) influência de religiões fundamentalistas e presença de governos autoritários (D) manutenção de valores tradicionais e adoção de medidas econômicas monopolistas Presente em todas as constituições republicanas, o federalismo foi mais expressivo na primeira delas. Uma característica e um exemplo histórico do federalismo nas disputas políticas regionais da 1ª República estão assinalados em: (A) diferenciação na estrutura política dos estados influenciada pelo processo imigratório europeu – “Lei Celerada” (B) espaço político no nível federal estabelecido a partir do peso demográfico – “Política dos governadores” (C) desigualdade política no Congresso Nacional relacionada à diferença territorial entre as partes da federação – “Encilhamento” (D) prejuízos políticos para os estados decorrentes da preponderância do eixo Rio de Janeiro-São Paulo – “República do café-com-leite” 49 (UERJ 2004 – Q/52) Com a morte do imperador do Japão a 1 hora e 25 minutos do dia 25 de dezembro de 1926, um fato bastante curioso aconteceu. No dia 24 de dezembro, a embaixada daquele país, no Rio de Janeiro, decretava o luto pela morte do soberano, e os jornais brasileiros anunciavam: “Faleceu hoje o imperador do Japão”. A confusão provocada, no Brasil, com o anúncio da morte do imperador do Japão, naquele ano, pode ser esclarecida pela seguinte explicação geográfica: (A) utilização do Fuso Horário Civil em trechos do território brasileiro (B) posição do Brasil a leste da Linha Internacional de Mudança de Data (C) adoção diferenciada do Horário Universal de Greenwich em cada país (D) localização do Brasil a oeste do limite aceito como Horário Fracionado Cariocas x Paulistas Briga Antiga Rio e São Paulo brigam pelo ICMS do petróleo desde que uma emenda do então senador paulista José Serra, na Constituinte de 1988, determinou a tributação no destino do imposto incidente nas operações de comercialização de petróleo. A decisão da atual governadora do Rio, no entanto, foi a iniciativa mais contundente para reverter a decisão. Questionada sobre as manifestações da Petrobras e da indústria de equipamentos, a governadora atribuiu a reação a “pressões políticas”. - Isso tudo faz parte de pressão política. O projeto de lei que vamos sancionar também faz parte do processo de garantir uma refinaria no nosso Estado. Faz parte do jogo político. Não podia imaginar que uma emenda não tivesse nenhuma reação. A Petrobras paga imposto e, se paga no destino, vai passar a pagar na origem. Inconstitucional é tirarem do nosso Estado e ficarmos de braços cruzados esses anos todos como nós estamos. Agora, que estamos querendo consertar, tem grito. – afirmou a governadora. 48 (UERJ 2004 – Q/51) As disputas políticas regionais, como a que é apresentada na matéria acima, evidenciam a presença do elemento federalista na atual estrutura política brasileira. 50 (UERJ 2004 – Q/53) Ao longo dos tempos, inúmeras levas migratórias ocorreram no Brasil. Contudo, chama atenção o processo retratado pela reportagem de 1996, sobre a mobilidade gaúcha das últimas décadas. Um fator explicativo da onda migratória gaúcha para diferentes regiões do país é: (A) mudança na base produtiva do campo, levando à exclusão do médio produtor (B) transferência de empresas gaúchas, expulsando a mãode-obra para outras regiões (C) explosão demográfica nas principais cidades do estado, aumentando os níveis de desemprego urbano (D) divisão da propriedade por herança, dificultando a sobrevivência da pequena produção familiar 3º Simuladão 2010 - UERJ (C) obrigatoriedade de registro oficial e predomínio de terras devolutas (D) instituição de gratuidade nas fronteiras e obrigatoriedade de produção 54 (UERJ 2004 – Q/57) 51 (UERJ 2004 – Q/54) A história em quadrinhos ilustra um aspecto da reorganização da economia mundial compatível com a seguinte mudança na relação entre o capital produtivo e o espaço mundial: (A) expansão de grandes empresas transnacionais com origem em países desenvolvidos (B) identificação das grandes corporações com os projetos específicos dos diferentes países (C) internacionalização da economia com perda relativa da identidade nacional do capital (D) ação do grande capital com reflexos sobre a economia dos países da periferia e semiperiferia 52 (UERJ 2004 – Q/55) A eliminação do trabalho infantil é um dos principais desafios para os países em desenvolvimento, pois tem impacto direto sobre os seguintes indicadores sociais: (A) redução do índice de analfabetismo e retração da mortalidade infantil (B) aumento da taxa de escolaridade e redução do crescimento populacional (C) aumento da taxa de crescimento populacional e elevação da renda per capita (D) elevação do índice de desenvolvimento humano e aumento da taxa de fecundidade 53 (UERJ 2004 – Q/56) Lei de Terras Art. 1° Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra. Excetuam-se as terras situadas nos limites do Império com países estrangeiros em uma zona de 10 léguas as quais poderão ser concedidas gratuitamente. Art. 2° Os que se apossarem de terras devolutas ou de alheias, e nelas derrubarem matos ou lhes puserem fogo, serão obrigados a despejo (...) e, de mais, sofrerão a pena de dois a seis meses de prisão e multa de cem mil réis, além da satisfação do dano causado (...). (Lei nº 601, de 18/09/1850. In: Coleção das leis do Brasil) As motivações que originaram a Lei de Terras, de 1850, ainda hoje são causas de conflitos em relação à propriedade rural no Brasil. Dentre as questões levantadas nos artigos transcritos, aquelas que caracterizam a atual estrutura fundiária no Brasil são: (A) mercantilização da terra e expulsão de posseiros pobres (B) exclusão de grileiros e internacionalização da propriedade As paredes centenárias do convento de Santo Antônio guardam histórias da época em que nas proximidades do Largo da Carioca encontrava-se uma lagoa. As ilustrações acima evidenciam mudanças na forma e no uso do Largo, através dos séculos, que estão relacionadas com: (A) predomínio do padrão arquitetônico ibérico (B) satisfação das necessidades da oligarquia agrária (C) consolidação dos interesses da burguesia urbana (D) implementação de projetos privados de saneamento 55 (UERJ 2004 – Q/58) Mais 17 dias e, pronto: adeus verão. Já vai tarde. Ufa! Foi o verão mais quente dos últimos tempos – e também o mais chuvoso, pegajoso e calamitoso. Foi, não, está sendo. E é bem possível que não se despeça no equinócio de março, pois o verão no Brasil “não costuma acabar quando termina". O que vale dizer que ainda teremos muito calor pela frente. Mais 17 dias e, pronto: adeus inverno. No hemisfério norte. Para os que lá vivem, ele também já vai tarde. Brrr! Foi o inverno mais rigoroso e cruel dos últimos tempos. (...) O tempo piorou, em toda parte. E os meteorologistas advertem: o calor e o frio vão aumentar nas próximas décadas. Nos dois hemisférios. (Adaptado de Folha de S. Paulo, 03/03/1996) A mudança climática global de que trata a reportagem pode ser explicada, dentre outros, pelo seguinte comportamento: (A) emissão de gases poluentes responsáveis pela maior retenção do calor irradiado pela superfície da Terra, ampliando a destruição da camada de ozônio (B) intensificação do efeito estufa com a emissão de gases poluentes, destruindo a camada atmosférica responsável pela filtragem dos raios nocivos à vida na Terra (C) estabilização da circulação atmosférica pela retenção de ar frio em baixas altitudes e do ar quente em camadas mais elevadas, promovendo a inversão térmica (D) expansão do fenômeno El Niño, nos meses de final de ano, provocando um deslocamento da massa de água quente na costa americana do Pacífico para leste 56 (UERJ 2007 – Q/48) Os anos JK, festejados como dourados, tiveram como suporte o Plano de Metas, um conjunto de diretrizes com o objetivo de eliminar as desigualdades no Brasil. Entre essas diretrizes podemos destacar: (A) ocupação da Região Centro-Oeste com a transferência da capital (B) industrialização da Região Sul com a criação de zonas francas de comércio (C) implantação de agroindústria na Região Nordeste com a construção de açudes (D) ampliação do potencial energético da Região Norte com a desconcentração urbana 57 (UERJ 2007 – Q/52) O presidente francês Jacques Chirac promulgou ontem a controversa lei que cria um 3º Simuladão 2010 - UERJ contratode emprego para jovens, indiferente aos que alertam para o risco de uma crise social no país. O novo contrato permite a empresas com mais de vinte funcionários demitir jovens de menos de 26 anos durante um período de dois anos, sem dar justificativa ou compensação. Essa medida do governo francês, já revogada, reflete uma tendência imposta pela globalização. Das características econômicas abaixo, aquela que é decorrente dessa tendência e que afeta diretamente as políticas de trabalho governamentais é: (A) ênfase nas atividades de trabalho informal com o objetivo de reduzir custos operacionais (B) manutenção das políticas de estabilidade no emprego com o propósito de aumentar a produtividade (C) ampliação de postos de trabalho nas áreas de risco político com o intuito de desenvolver novos mercados consumidores (D) renovação das estratégias de contratação 58 (UERJ 2005 – Q/44) Observe a charge abaixo que apresenta uma crítica à relação estabelecida entre as sociedades centrais e periféricas do Capitalismo no que diz respeito ao domínio das tecnologias. Esta crítica se justifica pelo exposto na seguinte alternativa: (A) a pesquisa em tecnologia reduz fluxos de capitais (B) a concentração tecnológica hierarquiza relações econômicas (C) a legislação sobre propriedade intelectual agiliza trocas mercantis (D) a capacidade tecnológica diferenciada inviabiliza relações comerciais 59 (UERJ 2005 – Q/45) O Grande Rio é uma das regiões metropolitanas com maior incidência de trabalhadores informais do país. Em 1998, trabalhadores sem carteira assinada e autônomos representavam 42,4% da força de trabalho, contra 43,1% dos empregados com carteira. A inversão, ao que parece, é questão de tempo. (...) A economista Valéria Pero afirma que a decadência da qualidade do emprego na região metropolitana foi causada pela desindustrialização (...). (BARBOSA, Flávia. Jornal do Brasil, 30/05/1999.) O texto aponta uma das conseqüências do processo de desindustrialização. De acordo com a lógica atual de localização dos investimentos e da produção, uma alternativa possível para superar a decadência econômica da região metropolitana é: (A) reestruturação setorizada da mão-de-obra, viabilizando o retorno das indústrias (B) articulação política com o governo estadual, resgatando a função financeira da capital (C) reorganização da legislação trabalhista, favorecendo as empresas ainda nela instaladas (D) realização de investimentos a partir da infraestrutura existente, redefinindo o seu papel econômico 60 (UERJ 2005 – Q/51) PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES Caminhando e cantando, E seguindo a canção Somos todos iguais, Braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, Campos e construções, Caminhando e cantando, E seguindo a canção. Geraldo Vandré A letra desta música foi escrita no contexto do regime militar, iniciado com o Golpe de 1964. Uma das medidas políticas reveladora do caráter autoritário desse regime está apresentada, corretamente, em: (A) instituição do AI Nº 2, extinguindo os partidos políticos existentes (B) promulgação da Constituição de 1967, abolindo a divisão de poderes (C) supressão do Poder Legislativo, gerando a institucionalização da ditadura (D) criação da Lei de Imprensa, impondo a estatização dos meios de comunicação Gabarito PARTE 1 1A 2B 3A 4D 5D 6B 7B 8A 9B 10 B 11 B 12 D 13 C 14 A 15 C Es/Fr/In 16 A/A/B 17 B/D/D 18 A/C/B 19 C/B/A 20 B/C/C 21 C/A/C PARTE 2 22 C 23 B 24 A 25 D 26 A 27 D 28 C 29 C 30 A 31 C 32 B 33 D 34 B 35 C 36 A 37 A 38 C 39 B 40 A 41 B 42 B 43 C PARTE 3 44 C 45 D 46 C 47 B 48 B 49 B 50 D 51 C 52 A 53 A 54 C 55 D 56 D 57 D 58 B 59 D 60 A 3º Simuladão 2010 - UERJ