XXXV Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia Universidade Federal do Rio Grande do Sul 07 a 09 de abril de 2015, Porto Alegre, RS 40 anos do Programa de Melhoramento Genético de Aveia da UFRGS ENSAIO NACIONAL DE AVEIAS FORRAGEIRAS EM PASSO FUNDO, 2014 Nadia Canali Lângaro¹; Lucas Pedron2 ; Joelson karlinski3; Lucas Saurin4 Luana Elisa Borba Mareth5; Valéria Arcari6 A aveia preta (Avena strigosa Schreb ) e a aveia branca (Avena sativa L.) são importantes forrageiras anuais de inverno no Sul do Brasil. O principal uso dessas espécies é como forragem, mas também são utilizadas como planta de cobertura do solo em rotação de culturas (Trevisan & Balbinot, 2012). O Ensaio Nacional de Aveias Forrageiras (ENAF) tem por objetivo avaliar e selecionar cultivares de aveias brancas e pretas quanto ao seu potencial forrageiro em diferentes locais do Sul do Brasil. O ENAF foi conduzido no campo experimental da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da Universidade de Passo Fundo (UPF), sendo avaliados oito genótipos de aveia, sendo cinco de aveias brancas (IPR Esmeralda (T), IPR Suprema, IPR 126, Fundacep FAPA 43 e FAPA 2) e três de aveias pretas (IPR Cabocla (T), UPFA 21 – Moreninha e IAPAR 61 – Ibiporã). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Cada parcela foi constituída por seis linhas de 6 m de comprimento, com 0,17 m entre linhas. As quatro linhas centrais foram utilizadas para realização de cortes para avaliação de rendimento de matéria verde e seca. A semeadura foi realizada de forma mecânica e direta sobre restos culturais de soja, no dia 03 de junho de 2014, utilizando uma densidade de 350 sementes aptas/m2. O primeiro corte foi realizado quando os genótipos apresentavam de 20 a 25 cm de estatura, com altura remanescente de aproximadamente 6 a 8 cm do solo. Os cortes subsequentes foram realizados quando os genótipos avaliados atingiram de 30 a 35 cm de estatura, deixando as plantas com uma altura remanescente de 6 a 8 cm. Os manejos (cortes) ocorreram entre os meses de agosto e outubro, com os intervalos variando em função da capacidade de rebrote de cada genótipo. Após os cortes foram realizadas adubações nitrogenadas em cobertura com 20 kg.ha-1 de N, na forma de ureia. A matéria verde colhida foi pesada em campo para estimar o rendimento de matéria verde (RMV, kg. ha-1); após, em laboratório, a partir da obtenção de amostras de 100g desidratadas em estufa a 70°C até manterem seu peso constante, foi determinado o rendimento de matéria seca (RMS, kg. ha-1). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (F- teste) e as médias dos tratamentos significativos foram comparadas pelo teste de Tukey (5%). Nas tabelas 1 e 2 pode-se verificar os resultados respectivamente de RMV e RMS avaliados do primeiro ao terceiro cortes, sem diferenças significativas entre os genótipos avaliados. Na tabela 3 são apresentadas as médias em relação ao rendimento total de matéria verde (RTMV) e ao rendimento total de matéria seca (RTMS), do primeiro ao terceiro cortes, sem diferenças significativas entre os genótipos avaliados. O RTMV variou de IPR Cabocla (T), com 33771 kg.ha-1 a IPR Suprema, com 38313 kg.ha-1; quanto ao RTMS, variou de IPR Esmeralda (T), com 4230 kg.ha-1 a IPR Cabocla (T), com 3625 kg.ha-1. 1 Engenheiro Agrônomo, Doutora em Agronomia, Profª da FAMV - Universidade de Passo Fundo. Email: [email protected] Acadêmico de Agronomia, auxiliar de pesquisa, Universidade de Passo Fundo. Email: [email protected] 3 Técnico Agropecuária e Acadêmico de Agronomia, auxiliar de pesquisa, Universidade de Passo Fundo. Email: [email protected] 4 Técnico em Agropecuária e Acadêmico de Agronomia, auxiliar de pesquisa, Universidade de Passo Fundo. Email: 5 Acadêmica de Engenharia Ambiental, auxiliar de pesquisa, Universidade de Passo Fundo. Email:[email protected] 6 Acadêmica de Agronomia, bolsista da Fundação Pró – Sementes (FPS), convênio FUPF-FPS, Universidade de Passo Fundo. 2 Referência: TREVISAN, S. A.L; BALBINOT, A. A. Jr. Estabelecimento e crescimento inicial de cultivares de aveia para pastejo. Unoesc & Ciência – ACET, Joaçaba, v. 3, n. 1, p. 23-30, 2012. Tabela 1. Média do Rendimento de matéria verde (RMV, kg.ha-1), no primeiro, segundo e terceiro cortes do Ensaio Nacional de Aveias Forrageiras (ENAF), em Passo Fundo-RS, 2014. FAMV/UPF, 2015. RMV (kg. ha-1) Genótipos Primeiro Segundo Terceiro Corte corte corte 9617ns 7833ns 16321ns UPFA 21 – Moreninha 9538 9013 16167 Iapar 61 (Ibiporã) 8950 9525 17358 IPR ESMERALDA (T) 8054 9204 20067 FAPA 2 8479 8813 19696 FUNDACEP FAPA 43 6196 9804 19908 IPR 126 5517 13308 18042 IPR Suprema 6100 12263 19950 IPR Cabocla (T) Tabela 2. Média do rendimento de matéria seca (RMS, kg.ha-1), no primeiro, segundo e terceiro cortes do Ensaio Nacional de Aveias Forrageiras (ENAF), em Passo Fundo-RS 2012. FAMV/UPF, 2015 RMS (kg. ha-1) Genótipos Primeiro Segundo Terceiro Corte corte corte 1116ns 1005ns 1505ns UPFA 21 – Moreninha 1181 1022 1609 Iapar 61 (Ibiporã) 1115 1087 1527 IPR ESMERALDA (T) 1096 1298 1886 FAPA 2 1187 1060 1914 FUNDACEP FAPA 43 921 1226 1865 IPR 126 837 1583 1699 IPR Suprema 874 1656 1679 IPR Cabocla (T) Tabela 3. Rendimento Total de Matéria Verde (RTMV) e Seca (RTMS) do Ensaio Nacional de Aveias Forrageiras (ENAF), em Passo Fundo-RS, 2014. FAMV/UPF, 2015 RTMV (kg. ha-1) RTMS (kg. ha-1) 33771 ns 3625 ns UPFA 21 – Moreninha 34717 3812 Iapar 61 (Ibiporã) 35834 3754 IPR ESMERALDA (T) 37325. 4230 FAPA 2 36488 4161 FUNDACEP FAPA 43 35909 4012 IPR 126 37767 4118 IPR Suprema 38313 4209 Médias 36265 3990 C.V. (%) 6,9 4,3 Genótipos IPR Cabocla (T) Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si pelo teste deTukey (5%)