Nota de Imprensa Nathalia García abre projeto RS Contemporâneo 2013 no Santander Cultural Porto Alegre Mostra Ascensão do objeto. Desenho e instalação reúne sete obras e duas instalações com curadoria de Marcio Pizarro Noronha, historiador da arte e psicanalista. Iniciativa que estimula produção de jovens artistas gaúchos com mostras individuais, traz ainda neste ano Marília Bianchini e Túlio Pinto. Porto Alegre, 18 de março de 2013 – A unidade de cultura do Santander em Porto Alegre, inaugura seu calendário de exposições 2013 com o projeto RS Contemporâneo. Nathalia García é a primeira convidada da segunda edição do programa, que revelou os jovens artistas Rafael Pagatini, Nara Amélia Melo e Rochele Zandavalli, em 2012. Ascensão do objeto Desenho e instalação, com curadoria de Marcio Pizarro Noronha, inaugura para o público em 27 de março (26/3 coquetel para convidados). O projeto RS Contemporâneo, que estimula a produção cultural gaúcha e a formação de público em artes visuais, prevê em cada edição um Conselho Curatorial que indica artistas, cujos trabalhos, capazes de gerar uma contribuição relevante ao meio cultural, são observados por curadores de fora de sua área geográfica de atuação e que, até o momento, não haviam se voltado às suas poéticas. O conselho curatorial deste ano é formado pelos pesquisadores, críticos e curadores gaúchos Paula Ramos e Paulo Gomes. Para o Santander, trata-se de uma rara oportunidade por diversos motivos: ter produções analisadas por especialistas; receber ajuda de custo para execução das obras; expor em condições adequadas e documentar o trabalho em um elaborado catálogo. Já Carlos Trevi, Coordenador Geral do Santander Cultural, afirma que o programa consolida o compromisso de estimular o trabalho de jovens artistas locais em sintonia com a crença do banco na criatividade como fonte de desenvolvimento. “RS Contemporâneo está diretamente relacionado à nossa vocação para a arte contemporânea e à valorização do potencial artístico brasileiro para fortalecer as economias locais e inseri-las no contexto cultural nacional”, destaca. Texto do curador, por Marcio Pizarro Noronha Nathalia García intenta e proporciona ao espectador-leitor, no seu ato de erguer objetos, uma maneira de dar a eles uma dimensão para além da sua banalidade, da sua cotidianidade. Elevados, os objetos saem da sua força e forma de contenção e sugerem que há algo que permite que a matéria densa dos corpos também seja posta em movimento. Do elevar ao enlevar. Santander Brasil Relações com a Imprensa Tel. 11 3553-5267 / 3553-5166 E-mail: [email protected] A distinção diante dos conjuntos é causa de enlevo. Enlevo que arrebata não apenas por êxtase feliz. Mas também pela capacidade da tensão das linhas que elevam – e suspendem – causar em nós, leitores-apreciadores dos projetos elaborados, angústia. Trata-se da tensão contida em todo êxtase, o elemento que separa a elevação da suspensão. A primeira ergue. A segunda sustenta. A sustentação dos objetos interrompe o fluxo de seu desgaste num canto do tempo e do mundo. A força e o imperativo do Chronos. Manter em suspenso é tal qual um suspense, parada do tempo, congelamento, repetição, e, mais ainda, uma expectativa que nos enleva e angustia. Os desenhos que acompanham este projeto expositivo antecipam, tal como projeções, o desejo da artista em transformar a bidimensionalidade em objetualidade e tridimensionalidade. Desenhos que são projetuais. Entre desenho e instalação há sempre a questão de como as coisas se projetam no espaço. No projeto instalacional, o desejo do desenho de conter no papel e num planoenquadramento as coisas reduzidas do mundo se inverte, é subvertido. Da ideia de arte como narrativa e como trompe-l’oeil passa-se agora a uma vontade de ocupação do mundo, numa escala de 1x1, quando os objetos do mundo não são ali representados, mas alinhavados, e devolvidos ao mundo, eles mesmos, em sua presença. Assim, há um enlace entre as linhas projetadas para dentro da representação gráfica, provocando o nascimento do desenho, e entre as linhas que sustentam o objeto elevado e suspenso no espaço. O desenho de Nathalia García sai do papel e se torna um lugar no espaço – esforço arquitetônico – e, disso, faz-se desenho instalado, instalação, onde podemos adentrar. Pontos de força e resistência e linhas de sustentação fazem das salas da artista um verdadeiro desenho onde se pode entrar. O desenho no ar. Por isso, depois da suspensão voltamos à elevação, à ascensão. São estes alinhamentos cruzados no plano do papel e projetados no plano espacial que permitem fazer existir diversas partituras objetuais no espaço, dinamizando os objetos suspensos. Projeto RS Contemporâneo apresenta: Ascensão do objeto Desenho e instalação Artista Nathalia Garcia Curadoria Marcio Pizarro Noronha Santander Cultural Porto Alegre | entrada franca 26 de março de 2013, terça-feira, das 19h às 21h (abertura para convidados) Período da exposição 27 de março a 28 de abril de 2013 Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico, Porto Alegre, RS Telefone: 51 3287.5500 De terça a sábado, das 10h às 19h Domingos e feriados, das 13h às 19h [email protected] | www.santandercultural.com.br Santander Brasil Relações com a Imprensa Tel. 11 3553-5267 / 3553-5166 E-mail: [email protected] Texto do conselho curatorial, por Paula Ramos e Paulo Gomes Interlocução e mútuo aprendizado em arte contemporânea Fomentar o diálogo entre jovens artistas sul-rio-grandenses e curadores de outras regiões do País. Ao mesmo tempo, dar visibilidade e plenas condições à produção e à exibição do trabalho artístico. Estes são alguns dos diferenciais do RS Contemporâneo, que, em sua segunda edição, dá seguimento ao exitoso projeto iniciado pelo Santander Cultural em 2012. Partindo da indicação de um Conselho Curatorial, artistas emergentes, com atividades continuadas e relevantes no meio cultural, são acompanhados por curadores de fora de sua área geográfica de atuação, num processo de interlocução e mútuo aprendizado. A experiência de reflexão acerca do processo criativo amplia as perspectivas para ambos os agentes, resultando em exposições e catálogos cuidadosamente elaborados, que surpreendem o público e constituem material de referência para seus autores. Se, em 2012, o RS Contemporâneo apresentou nomes que operam sobretudo com o bidimensional, neste ano as questões em evidência estão articuladas ao espaço, à matéria, ao tempo e à percepção destes. Nathalia García (Porto Alegre, RS, 1986), Marília Bianchini (Porto Alegre, RS, 1977) e Túlio Pinto (Brasília, DF, 1974) – acompanhados, respectivamente, pelos curadores Marcio Pizarro Noronha (GO), Luiza Proença (SP) e Clarissa Diniz (PE) – têm pautado suas proposições poéticas nesse campo, cada qual a seu modo. A obra de Nathalia, que inaugura o calendário expositivo do programa, parte do exercício do desenho. Este se manifesta não apenas em seu suporte mais tradicional, o papel, como no ambiente, por meio de site-specifics em que a linha tem função formal e estruturante. Centenas de metros de fios para crochê entrelaçam-se numa complexa urdidura, suspendendo objetos improváveis, como blocos de madeira, colchões, espelhos, tijolos e pedras. O tensionamento de limites também marca a investigação de Túlio. Na fronteira entre a escultura e a instalação, utilizando materiais variados e de naturezas distintas, sejam eles leves ou pesados, frágeis ou resistentes, o artista os coloca à prova, suplantando as aparências. Atualmente, para além da estabilidade temporária da matéria, sua produção amplia-se em ações de caráter performático, envolvendo a paisagem. Já Marília realiza montagens fotográficas em que sobrepõe fragmentos e temporalidades do seu cotidiano. Valendo-se de diferentes papéis em tamanho e gramatura, fabricados por ela mesma a partir de fibras vegetais, a artista discute aspectos como presença e impermanência. Suas delicadas composições, ao escancarar motivos e enquadramentos reincidentes, atestam a admirável riqueza da monotonia. Nathalia, Marília e Túlio, assim como os contemplados na edição 2012, Rochele Zandavalli, Rafael Pagatini e Nara Amélia (assessorados pelos curadores Cezar Bartholomeu, Cristiana Tejo e Orlando Maneschy), compartilham a certeza de que uma trajetória profissional em artes visuais não se constrói somente com empenho e seriedade dedicados ao trabalho de criação, mas pelo percurso e recepção das obras em espaços públicos de exposição. Daí o caráter profícuo do RS Contemporâneo, que se firma como uma proposta singular no circuito artístico do Rio Grande do Sul. Sobre a artista Nathalia García nasceu em 1986, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde vive e trabalha. Em 2013, concluiu o mestrado em poéticas visuais, como bolsista de pesquisa CAPES, pelo PPGAV do Instituto de Artes da UFRGS. Participou de exposições e mostras como as coletivas Desenho no Plural, Galeria do DMAE, Porto Alegre, 2008; Pequenos Santander Brasil Relações com a Imprensa Tel. 11 3553-5267 / 3553-5166 E-mail: [email protected] Formatos, Subterrânea, Porto Alegre, 2008; Diáfano, Galeria Iberê Camargo, Porto Alegre, 2009; Cartão de Visita, Galeria Gestual, Porto Alegre, 2011; e SESI Arte Contemporânea, Centro Cultural FIEP, Curitiba, 2012. Em 2012, realizou também as exposições individuais Construção do Avesso, na Galeria Iberê Camargo, Porto Alegre, e MURO, na Galeria do Ocidente, Porto Alegre. Participou da residência artística T.D.U.E.P.U.R.C., em Riozinho/RS, através do programa Artistas em Disponibilidade, da 7ª Bienal do Mercosul. Em 2008, foi contemplada com o prêmio Salão Jovem Artista pelo grupo RBS e, em 2010, com o prêmio Incentivo à Criatividade, no 19º Salão de Artes Plásticas Câmara Municipal de Porto Alegre. Sobre o curador Marcio Pizarro Noronha (1966) é historiador da arte, psicanalista, realiza curadorias e pesquisas no campo interartes e transmidialidades e processos de subjetivação na arte contemporânea. Dr em antropologia USP. Dr em história PUCRS. Trabalha na Universidade Federal de Goiás nos cursos de artes, direção e produção de arte e dança licenciatura e na Pós-graduação em história. É lider do grupo de pesquisa CNPq Interartes processos e sistemas interartísticos e estudos de performance. Co-autor do livro Frantz o ateliê como pintura (Porto Alegre, 2011) e autor do livro Essa tal arte contemporânea (Goiânia, 2012), com o artista visual Sandro Tôrres, ambos financiados por fundos municipais de cultura. No momento desenvolve projeto no campo da economia das artes com pesquisas junto ao grupo Gerarte 2, de Goiânia, pesquisando o desenvolvimento de produtos em oficinas de artes e artesanato na rede de saúde mental. Lista de obras Sem Título, 2013. Pastel sobre papel. 240x152cm Sem Título, 2013. Carvão e Pastel sobre papel. 240x152cm Sem Título, 2013. Betume, grafite e tinta acrílica sobre papel. 91x152cm. Sem Título, 2013. Pastel, nanquim, betume e tinta acrílica sobre papel. 77x110cm Sem Título, 2013. Pastel, nanquim, grafite, betume e tinta acrílica sobre papel. 87x120cm Sem Título, 2013. Pastel, nanquim, betume e tinta acrílica sobre papel. 87x150cm Sem Título, 2008. Pastel, carvão, nanquim, betume e tinta acrílica sobre papel. 120x150cm Sem título, 2013. 12 colchões e linhas de crochê. Instalação. Dimensões variadas- Sem título, 2013. Granito, mármore e linha de crochê. Instalação. Dimensões variadas 51 3028.3231 / 9189.8847 [email protected] www.marielesalgado.com.br face: marielesalgado skype: mariele_salgado rua dr. florêncio ygartua_69 / 408 moinhos de vento_porto alegre rio grande do sul_cep 90430-010 Santander Brasil Relações com a Imprensa Tel. 11 3553-5267 / 3553-5166 E-mail: [email protected]