1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO LAÍS LUCAS MOREIRA A visão sistêmica e a formação multidisciplinar no currículo de graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da ECA-USP São Paulo 2011 2 LAÍS LUCAS MOREIRA A visão sistêmica e a formação multidisciplinar no currículo de graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da ECA-USP Monografia apresentada ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Nassar de Oliveira São Paulo 2011 3 FICHA CATALOGRÁFICA Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação da Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Moreira, Laís Lucas. A visão sistêmica e a formação multidisciplinar no currículo de graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da ECAUSP / Laís Lucas Moreira; orientador Paulo Roberto Nassar de Oliveira. – São Paulo, 2011. 133 f. Monografia (Graduação)--Universidade de São Paulo, 2011. 1. Comunicação Social – Relações Públicas. 2. Administração. 3. Visão sistêmica. 4. Multidisciplinaridade. 5. Escola de Comunicações e Artes/USP. I. Nassar, Paulo. II. Título. 4 Nome: MOREIRA, Laís Lucas Título: A visão sistêmica e a formação multidisciplinar no currículo de graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da ECA-USP. Monografia apresentada ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Aprovado em: Banca Examinadora Professor: ___________________________________________________________ Instituição: __________________________________________________________ Julgamento: _________________________________________________________ Assinatura: __________________________________________________________ Professor: ___________________________________________________________ Instituição: __________________________________________________________ Julgamento: _________________________________________________________ Assinatura: __________________________________________________________ Professor: ___________________________________________________________ Instituição: __________________________________________________________ Julgamento: _________________________________________________________ Assinatura: __________________________________________________________ 5 A meus pais e a todos que, direta ou indiretamente, me forneceram as bases necessárias para que eu pudesse concluir mais esta etapa da minha vida. À ECA pelos anos maravilhosos, à USP pela formação excepcional. A Deus, por tudo isso. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Prof. Dr. Paulo Nassar, pela atenção e orientação durante a produção deste trabalho. À minha família, por tudo, apesar das (sempre presentes, mas nunca intransponíveis) pedras no nosso caminho. À minha tia Hebe, pela constante presença, pela revisão deste texto e pelo grande incentivo ao meu futuro como comunicadora. Ao meu namorado Jefferson, por todo amor, paciência e apoio incondicional. À Escola de Comunicações e Artes e à Universidade de São Paulo por me proporcionarem o privilégio de fazer parte da história dessas instituições, além dos momentos e pessoas inigualáveis que nelas conheci. À gestão 07/08 da ECA Jr., pessoas com as quais eu passei os melhores e mais intensos momentos de meu período de graduação. Em especial, Jannerson, pelas experiências enriquecedoras e por me fazer enxergar as coisas sob outra ótica, Juliana, Camila, Lucas, Mateus, Renata, Rosa, Prieto, Leandro, Marcelo e Pezzotta. Aqueles com quem eu tive maior contato, o meu ―muito obrigada‖. Aos meus colegas de RP, foi um prazer enorme conhecê-los. Fabiana, a eterna futura doutora, Vitor, Maira, Roberta, Marina, Carol V., Tadzia, Marina, Raoni, Gustavo e Dier. Obrigada pela convivência e companhia quase que diárias. Peço desculpas àqueles que eu não tenha citado ou, eventualmente, esquecido. Cada um a seu modo, todos tiveram um papel essencial. Aos mais próximos, que nossa amizade seja perene, apesar dos caminhos divergentes para os quais a vida nos conduz. Saibam que vocês foram fundamentais nessa jornada. 7 RESUMO MOREIRA, L. L. A visão sistêmica e a formação multidisciplinar no currículo de graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da ECA USP. 2011. 139 f. Monografia (Graduação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. O trabalho a seguir, por meio da análise do contexto atual, visa compreender quais são as competências necessárias ao profissional de Relações Públicas no ambiente corporativo, enquanto gestor da comunicação e dos relacionamentos da empresa; e de que forma tais características são trabalhadas no atual currículo de formação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Para tanto, são levadas em consideração opiniões de renomados profissionais do mercado e da academia, a fim de descobrir o que o graduado em RP na ECA-USP precisa ter para que desempenhe de maneira excelente suas atividades no ambiente corporativo. Sabendo quais características compõem o perfil desejado, parte-se para a análise das matérias do curso, de forma a avaliar o que já é suficientemente trabalhado e o que precisa ser otimizado. Um dos pontos-chave dessa investigação é a descoberta da necessidade de se ter mais disciplinas que confiram visão sistêmica e multidisciplinar ao aluno, o que pode ser trabalhado principalmente pela maior interface do curso de Relações Públicas com o campo da Administração, em consonância com outros tipos de disciplinas e atividades. Palavras-chave: Relações Públicas. Administração. Visão sistêmica. Multidisciplinaridade. 8 ABSTRACT MOREIRA, L. L. The systemic vision and multidisciplinary degree in the undergraduate curriculum in Social Communication focused in Public Relations of ECA USP. 2011. 139 f. Monograph (Graduation) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. The monograph below, by analyzing the current context, aims to understand what skills are needed for Public Relations Professional in the corporative environment, as manager of communication and business relationships; and how these features are presented into graduate curriculum at the Escola de Comunicações e Artes of the Universidade de São Paulo. With this proposal, are considered opinions of market and academy renowned professionals, in order to find out what the graduate student in PR at ECA-USP needs to perform in an excellent way its activities in the corporate environment. Knowing what characteristics make up the desired professional profile, we proceed to the analysis of the course subjects, in order to evaluate what is already worked and what needs to be optimized. One of the key points of this research is the discovery of the need to take more sub-jects what confer systemic and multidisciplinary view to the student, which can be worked out mainly by the increased interface of the course of PR with the Management field, in line with other types of disciplines and activities. Key words: Public Relations. Management. Systemic View. Multidisciplinarity. 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Diferentes modos de agir entre gerentes e líderes .............................. 41 Tabela 2 - Competências necessárias ao profissional de Relações Públicas abarcadas pelo currículo da ECA-USP - Grade 2011.......................... 78 LISTA DE SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Aberje Associação Brasileira de Comunicação Empresarial RP Relações Públicas ECA Escola de Comunicações e Artes EDIPUCRS Editora Universitária da PUC RS EUA Estados Unidos da América Gestcorp Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação Organicom Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas Unitau Universidade de Taubaté USP Universidade de São Paulo 10 SUMÁRIO Introdução ................................................................................................................ 12 1. Contexto ............................................................................................................... 14 2. A atividade de Relações Públicas ...................................................................... 19 2.1. Definição ........................................................................................................... 19 2.2.1. O surgimento das RP nos Estados Unidos ..................................................... 23 2.2.2. O surgimento das RP no Brasil ....................................................................... 24 2.2.3. O cenário atual ................................................................................................ 25 2.3. Aplicabilidade nas organizações ........................................................................ 27 2.3.1. Função estratégica .......................................................................................... 29 3. Profissional de Relações Públicas......................................................................... 30 3.1. Perfil ................................................................................................................... 30 3.1.1. Atribuições profissionais .................................................................................. 30 3.1.2. Atribuições acadêmicas................................................................................... 32 3.1.3. Aspectos pessoais .......................................................................................... 36 4. Administração .................................................................................................... 38 4.1. A atividade de administrar .................................................................................. 38 4.2. Conceituação da área ........................................................................................ 39 4.3. Características exigidas ao profissional da administração ................................. 41 4.3.1. Habilidades...................................................................................................... 41 4.3.2. Competências ................................................................................................. 42 4.4. O que é desenvolvido na posição gerencial ....................................................... 44 4.5. O relações-públicas na posição de administrador .............................................. 45 5. A formação ideal do relações-públicas como gestor da comunicação.......... 48 5.1. Competências e habilidades necessárias .......................................................... 48 5.2. Como desenvolvê-las no currículo ..................................................................... 52 11 6. Aplicação no curso de relações públicas da ECA-USP ................................... 54 6.1. Competências desenvolvidas ............................................................................. 54 6.1.1. Primeiro período .............................................................................................. 54 6.1.2. Segundo período ............................................................................................. 56 6.1.3. Terceiro período .............................................................................................. 57 6.1.4. Quarto período ................................................................................................ 59 6.1.5. Quinto período ................................................................................................. 60 6.1.6. Sexto período .................................................................................................. 62 6.1.7. Sétimo período ................................................................................................ 63 6.1.8. Oitavo período ................................................................................................. 64 6.2. Competências contempladas na grade da ECA ................................................. 65 6.2.1. Demais competências e disciplinas ................................................................. 68 6.2.1.1. Tabela resumo ............................................................................................. 70 6.3. Matérias optativas .............................................................................................. 73 7. Conclusão: sugestões para uma formação mais abrangente ......................... 75 8. Referências .......................................................................................................... 81 9. Anexos ................................................................................................................. 85 12 Introdução O objetivo deste trabalho é avaliar o currículo de graduação do curso de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas (RP) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), tendo como base as competências que o mercado e as organizações exigirão do profissional formado por essa instituição. Visto que o relações-públicas será preparado para assumir os mais altos cargos de liderança na hierarquia das empresas, sendo responsável pela gestão da comunicação, o trabalho verificará o que já tem sido trabalhado pela grade de disciplinas da ECA, bem como quais aspectos devem ser reforçados. Para tanto, o primeiro capítulo se inicia com uma contextualização da ordem social, como se estabelecem as relações de poder hoje — em especial, com o advento da tecnologia da comunicação —, e como as organizações se relacionam com seus públicos dado este novo contexto. Em seguida, insere-se a definição do que é ser um relações-públicas e as atividades deste. É descrito um breve histórico deste campo do conhecimento, por meio da exposição de alguns dos fatos mais determinantes para o entendimento da profissão em sua configuração atual. No terceiro capítulo, são relacionados aspectos fundamentais à formação pessoal, acadêmica e profissional do RP, agregando opiniões de profissionais da comunicação no contexto mundial, a fim de entender qual é o perfil exigido pelas instituições para que se desempenhem atividades de relações públicas organizacionais de modo excelente. O quarto capítulo traz a atividade da administração, sendo este um campo do conhecimento essencialmente ligado à atividade de RP. São colocados quais são seus princípios, funções, quais as competências fundamentais ao exercício da administração, dentre outros aspectos. Logo em seguida, insere-se o relações-públicas e sua interface com o campo citado, ocupando agora seu papel de gestor da comunicação junto aos respectivos públicos da empresa. A partir do capítulo seguinte, a questão da formação acadêmica começa a ser mais aprofundada. São finalmente concatenadas e pontuadas as características necessárias ao profissional de RP e de que forma isso se expressa na academia. 13 Já no último capítulo de desenvolvimento desta monografia, avalia-se a grade de ensino da ECA, ponderando como as competências citadas anteriormente são trabalhadas. Isso para que, nas considerações finais, seja feito um balanço com sugestões do que merece maior destaque e atenção no currículo do curso de Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sempre conforme o ponto de vista da autora. 14 1. Contexto A fim de contextualizar tudo o que será exposto posteriormente, serão aqui colocadas algumas ideias de autores contemporâneos, os quais delimitam bem o modelo de sociedade que se configura hoje e na qual as relações públicas estão inseridas. Dupas1 (2005) coloca as principais questões relacionadas à concentração de poder no século XXI, da mesma forma que mostra quais são os atores e como estes agem num contexto de mudança, no qual se tem a soberania por parte dos Estados Unidos da América (EUA), em contraponto ao advento da globalização. O autor coloca fatos que explicam a origem e consolidação do capitalismo nos dias atuais, de modo a auxiliar no entendimento de como se dão as leis da economia e como se estabelecem as relações de poder mundial. Para Joseph Nye2 (2002, apud DUPAS, 2005, p. 26-27), o poder global é, hoje, dividido em três partes. Na primeira, encontra-se o poderio militar, cuja maior parcela pertence aos EUA; na segunda parte, está o poder econômico, majoritariamente ocupado por EUA, Europa, Japão e China; e, em terceiro lugar, estão os atores sociais como a sociedade civil, grandes e médias empresas, traficantes, pacifistas, terroristas, algumas mídias independentes, intelectuais e forças autônomas. Nesse contexto, as tecnologias que permitem a disseminação da informação atuam como instrumentos de poder, amenizando distâncias. É por meio dessas tecnologias da informação — as quais foram criadas pelos países localizados na primeira e segunda divisões da referida trilogia mundial —, que o terceiro escalão (composto pelos atores sociais) pode abalar a hegemonia dos países cuja concentração de poder é maior, garantindo ―instrumentos poderosos que podem se voltar brutalmente contra seus criadores‖3. Sendo assim, uma vez que agora a sociedade civil e outros grupos menores estão munidos de ferramentas que podem atingir nações até então inabaláveis, entram em cena os atores globais, que passam a se estabelecer nesse jogo de relação de poderes. 1 DUPAS, Gilberto. Atores e poderes na nova ordem global: Assimetrias, instabilidades e imperativos de legitimação. São Paulo: Editora Unesp, 2005. 319 p. 2 NYE, Joseph. O paradoxo do poder americano. São Paulo: Editora Unesp, 2002. 3 DUPAS, op. cit., p. 26. 15 Para Dupas (2005, p. 27): De maneira esquemática podemos agrupá-los [os atores sociais] em torno de três áreas principais: a área do capital (atores da economia global, incluindo corporações, sistema financeiro, associações empresariais, acionistas); a área da sociedade civil (indivíduos e organizações sociais não governamentais); e a área do Estado (Executivo, Legislativo, Judiciário, partidos políticos e instituições internacionais). Cada uma dessas áreas envolve, como é óbvio, uma grande quantidade de grupos e subgrupos, representando múltiplos interesses. Citando Ulrich Beck4 (apud DUPAS, 2003, p.31) coloca também que um dos maiores e mais poderosos atores deste cenário são os consumidores, que possuem o dinheiro e o poder de recusar-se a comprar algo. Com isso, tem-se grande poder de influência sobre a orientação e atuação dos grupos soberanos organizacionais. Mantendo-se no campo relativo às grandes corporações, Dupas5 afirma que são estas que determinam a direção dos fatores tecnológicos, a distribuição mundial da produção, os futuros objetos de consumo e o grau de empregabilidade da economia. No entanto, a essas mesmas corporações são atribuídas a maioria dos malefícios em evidência na atualidade, sobretudo os impactos ambientais. É em função dessa nova configuração social que cada vez mais as empresas dependem da legitimação da sociedade para que continuem a manter o seu espaço. Dupas6 conclui: As novas tecnologias e sua ―socialização compulsória‖ por meio da transparência de certas ferramentas — como a internet — têm possibilitado a emergência de novos atores no mundo global. Em muitas ocasiões eles têm se firmado como forças de contrapoder importantes e podem significar alternativas para os impasses contemporâneos. Tendo em vista as considerações de Dupas, fica clara a necessidade de que neste novo ambiente, com atores e opiniões oriundas de todos os lados, as empresas necessitam mudar suas estratégias de relacionamento. 4 BECK, Ulrich. A questão da legitimidade. Revista Humboldt, São Paulo: Goethe-Institut, n. 87, 2003. 5 DUPAS, op. cit., p. 38. 6 Ibid., p. 80. 16 Para Paulo Nassar7 (2007a), A promoção permanente e competente do bem comum e de práticas democráticas faz com que empresas e empresários, sob pressão de comunidades, imprensa, organizações não governamentais, autoridades e outros, incorporem a comunicação como parte de seu cotidiano. Nessa nova tendência, é necessário que se tome cuidado com o modo o qual a empresa se posiciona na sociedade, é preciso que as organizações tenham em mente que deixaram de ser as únicas donas do discurso. No contexto emergente, os públicos também opinam e, é por meio dessas opiniões que irão ditar e interferir nas atitudes da empresa. Com o advento das novas tecnologias, o ato de informar cedeu lugar ao comunicar, ao trocar ideias, ao dialogar; não se envia mais uma mensagem aguardando a reação passiva e pacata da sociedade. A reação é ativa, imediata e, por vezes, chega antes do que se espera. No que tange a esse aspecto digital do relacionamento empresa-públicos, Nassar8 (2008, p.193) explora o histórico: [Na América Latina, entre os anos 1960 e 1990], destacavam-se, nas ações de comunicação empresarial e relações públicas, os jornais, as revistas e os materiais audiovisuais, caracterizados, na época, como meios de comunicação unilateral, baixa interatividade, de pouca abrangência e velocidade, administradas e operadas exclusivamente por especialistas (jornalistas, relações-públicas e publicitários), pertencentes ao quadro funcional da empresa. Nesse ambiente, as mídias empresariais tinham como objetivo principal divulgar as mensagens das empresas sem provocar controvérsias ou estimular outros pontos de vista. (...) A partir dos anos 1980, essa situação começou a mudar por influência da instauração da democracia no Brasil e na maioria dos países latino-americanos e, também, pela chegada de novas tecnologias da comunicação, que mudaram o status da audiência de simples receptor passivo para produtor ativo de conteúdos, muitos desses adversos às empresas. 7 NASSAR, Paulo. Relações Públicas na cesta básica. Abril, 2007a. Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 13 abr. 2010. 8 NASSAR, Paulo. A mensagem como centro da rede de relacionamentos. In: FELICE, Massimo Di. (Org.) Do público para as redes: A comunicação digital e as novas formas de participação social. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008. p. 191-201. 17 Como já colocado, a referida mudança no cenário social fez com que muitos aspectos relacionados à comunicação fossem alterados no ambiente das empresas. Organizações foram obrigadas a se preocuparem mais com o relacionamento de mão dupla, ou seja, aquele em que não apenas se fala, mas também se ouve. Além disso, dado que no contexto digital todos são formadores de opinião e se expressam a favor ou não da empresa, a mensagem e o poder informacional se tornaram descentralizados, deixando de estar sob o total controle da organização. Assim, ―no campo estrito das empresas, as decisões não podem considerar apenas o que se pensa no âmbito de suas linhas de produção e escritórios‖ (NASSAR, 2008, p. 196). Agora a empresa perde seu espaço de única mediadora da opinião pública, para dividi-lo com milhões de outros produtores de conteúdos. Para o mesmo autor, em recente artigo9: O trânsito da informação no mundo, o direito de falar e questionar assegurado a empregados e comunidades — antes considerados objetos passivos da comunicação persuasiva da administração — mais o poder das redes sociais integradas por esses públicos, tiraram das empresas, instituições e de seus dirigentes a centralidade e o poder de controlar o processo comunicativo e relacional. Agora, todos se comunicam e tudo o que fazem é comunicação, independentemente da posição que ocupam na hierarquia ou do que produzem. A empresa e a instituição são mais um dos protagonistas sociais em rede. Outro advento também determinante para que a sociedade passasse a exigir mais explicações das organizações foi a percepção de que nem sempre o que se diz benfeitoria para a sociedade de fato o é. Nesse ponto, Nassar (2007a) afirma: O mundo democrático aumentou a vigilância sobre as empresas. E, em um contexto de aquecimento global, de exclusão social crescente — as estatísticas dos fóruns econômicos e políticos mostram que o número de miseráveis e pobres, apesar de todos os discursos e ações da nova filantropia, está aumentando — uma nova fábrica não representa necessariamente benefícios para a sociedade e o meio ambiente. E Torquato10 (2009, p. 25) reitera, 9 NASSAR, Paulo. Miopia Pura. Disponível em: http://www.aberje.com.br. Acesso em: 01 jun. 2011. 18 No Brasil, observamos um vácuo entre o setor político e a sociedade, que está preenchido pelas organizações intermediárias. Este universo organizacional se expande e se fortalece em função de um fluxo de organização social. Em outras palavras, a sociedade se organiza em grupos, em setores, em categorias, que se juntam em torno de organizações, e estas passam a defender seus interesses. (...) A micropolítica, a política das entidades, passa, portanto, a substituir a macropolítica, que, por muito tempo, inspirou os grandes partidos. Os cidadãos se tornam mais conscientes de suas necessidades e de seus direitos. Em suma, nos dias atuais, cada vez mais se percebe a população cobrando explicações e exigindo transparência de toda e qualquer entidade, independentemente de seu setor de atuação. Isso acontece, uma vez que o advento das tecnologias da comunicação e a ausência da credibilidade integral nos atos de responsabilidade socioambiental inserem-se na sociedade para que novas consciências sejam tomadas. Caem os papeis de figurantes para a emersão de novos protagonistas. Percebe-se agora que é possível interferir na atuação das organizações, opinando e evitando que um cenário de insatisfação torne-se pior. Concluindo, Torquato (2009, p. 25) declara: ―queremos dizer que aparece, sorrateiro, um Brasil forte, que começa a ser construído por lideranças emergentes, presentes, sobretudo, no campo das instituições intermediárias‖. 10 TORQUATO, Gaudêncio. Da gênese do jornalismo empresarial e das relações públicas à comunicação organizacional no Brasil. In: KUNSCH, M. M. K. (Org.) Comunicação organizacional: Histórico, fundamentos e processos. Vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2009. cap.1. p. 7-28. 19 2. A atividade de Relações Públicas 2.1. Definição A partir deste contexto, já se pode ter ideia de como a comunicação e as relações públicas têm se transformado na vida em sociedade, mas para que se dê o pleno embasamento desta atividade comunicativa, serão colocados aqui alguns conceitos relacionados à sua definição. Por ocasião, a premissa de James Grunig (2009, p. 26)11 é essencial para o entendimento inicial da necessidade de relacionamento na vida em sociedade: As organizações, tanto como as pessoas, devem se comunicar com os demais porque não estão isoladas no mundo. Se as pessoas não tivessem relações familiares, ou com vizinhos, amigos, inimigos, ou colegas de trabalho, não teriam necessidade de comunicação com outrem além de si mesmas. Mas, porque não estão sós, devem usar a comunicação para coordenar o seu comportamento com as pessoas que influenciam ou por quem são influenciadas. Baseando-se nisso, surge o papel do profissional que, inserido no ambiente organizacional, irá fazer o contato da instituição com seus influenciadores ou influenciados — os chamados públicos —, que para Cândido Teobaldo de Andrade12 (1989, p. 78 apud FRANÇA13, p. 4), São classificados em: interno, misto e externo, que se originam, respectivamente, dos funcionários e seus familiares, da clientela e espectadores, após o estabelecimento de um ―diálogo planificado e permanente‖, entre a instituição e os grupos que estejam ligados a ela, direta ou indiretamente. Assim, surge o papel do relações-públicas, que se configura como a função que irá intermediar o relacionamento da empresa com seus públicos, que, por sua vez, compreendem toda e qualquer pessoa que tenha qualquer tipo de relação com determinada organização: seus funcionários, a comunidade no entorno, seus forne- 11 GRUNIG, James E.; FERRARI, Maria A.; FRANÇA, Fábio. Relações públicas: Teoria, contexto e relacionamentos. São Paulo: Difusão Editora, 2009. 272 p. 12 ANDRADE, Cândido T. Psicossociologia das relações públicas. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1989. 13 FRANÇA, Fábio. Conceituação lógica de públicos em relações públicas. Disponível em: http://www2.metodista.br/agenciarp/ffranca.pdf. Acesso em: 28 abr. 2011. 20 cedores, o governo da região onde a empresa está estabelecida, a mídia com a qual se relaciona, o terceiro setor, os grupos ativistas, entre outros. Ainda no campo das definições, Roberto Porto Simões14 (1995, p. 42), um dos teóricos pioneiros e muito importantes da área de RP, coloca que: Como ciência, relações públicas abarca o conhecimento científico que explica, prevê e controla o exercício de poder no sistema organização-públicos. Como atividade, relações públicas é o exercício da administração da função (subsistema) política organizacional, enfocado através do processo de comunicação da organização com seus públicos. Em outras palavras, entende-se que o profissional de RP é quem irá administrar; quem irá gerir a comunicação da empresa perante seus públicos, sendo uma função inserida na comunicação empresarial ou comunicação organizacional — expressões sinônimas para Margarida Kunsch15 (1997, p. 86). Antes de continuar tratando da atividade de relações públicas, e aprofundar a questão do RP como administrador (citada na fala de Porto Simões), que será amplamente discutida neste trabalho, cabe um parêntese, que conceitua uma questão ainda bastante nublada para muitos profissionais da área. Se até o momento foi dito que o relações-públicas é aquele que trabalha a comunicação da empresa, da organização, então qual é a efetiva diferença entre relações públicas e comunicação organizacional? De que forma uma atividade se insere na outra? Em resposta, Kunsch16 coloca que a comunicação organizacional é uma área muito mais ampla, que compreende todos os aspectos da comunicação dentro das empresas, inclusive as comunicações administrativa, interna, mercadológica e institucional. Desta forma, RP seria apenas uma das maneiras pelas quais a organização se comunica com seus públicos, estando mais relacionada às áreas de recursos humanos e administração de empresas. 14 SIMÕES, Roberto P. Relações públicas: função política. 6. ed. São Paulo: Summus, 1995. 250 p. KUNSCH, Margarida M. K. Relações públicas e modernidade: Novos paradigmas na comunicação organizacional. 3. ed. São Paulo: Summus, 1997. 156 p. 16 Ibid., p. 86-87. 15 21 Cláudia Peixoto de Moura sintetiza muito bem a questão relações públicas e comunicação organizacional em seu depoimento à pesquisa ―O que é Comunicação Organizacional?‖17, feita pela Aberje em abril de 2008: A Comunicação Organizacional é uma área ampla, híbrida, que tem uma interface com Relações Públicas, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e áreas a fins, dependendo dos objetivos da comunicação que eu pretendo desenvolver. É uma área, é um saber que faz parte da formação acadêmica da profissão de Relações Públicas e exige um nível de leitura, experiência, realização de ações de comunicação extremamente complexas para atender as finalidades atuais. Da mesma forma, Paulo Nassar18, em seu depoimento à mesma pesquisa, destaca outras interfaces que também competem à comunicação organizacional: Comunicação organizacional, hoje, é um campo que ultrapassa a própria comunicação. É um campo que tem uma interface com campos como a administração, a filosofia, as ciências sociais, a antropologia, a própria psicologia organizacional, as ciências exatas, as ciências biológicas e também os conhecimentos tradicionais que vêm, principalmente, das comunidades tradicionais. É um campo em que a comunicação vai ter que levar em consideração todos esses conhecimentos e práticas gerados nos campos citados, com o objetivo de melhorar os relacionamentos de instituições e empresas com a sociedade, com os empregados, enfim, com as grandes redes de relacionamento. Resumindo, tais colocações levam ao entendimento de que a atividade de relações públicas é uma das atividades desenvolvidas pela área de comunicação organizacional, estando inserida nessa. Posto isso, uma vez que o foco deste trabalho é a interface de RP com o campo da administração, o que será desenvolvido aqui tratará apenas da atividade de relações públicas em seu âmbito de gestora dos relacionamentos da empresa, deixando de lado as interfaces com outras áreas que compõem a comunicação organizacional — conforme os depoimentos de Moura e Nassar. 17 MOURA, Cláudia P. In: O que é comunicação organizacional? Vol. 1. São Paulo: Aberje, 2008. DVD. 18 NASSAR, Paulo. In: O que é comunicação organizacional? Vol. 1. São Paulo: Aberje, 2008. DVD. 22 Sendo assim, já é possível voltar ao tema inicial e aprofundar melhor a questão do relações-públicas em sua qualidade de administrador. Reinaldo Silva19 (2008, p. 6), elabora a seguinte definição: ―Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas da organização‖. Ou seja, por definição, é possível encontrar grandes semelhanças entre os campos das relações públicas e da administração. Relações públicas é a administração da reputação, dos relacionamentos, dos conflitos; é a gestora dos públicos, das expectativas e das ideias, sempre buscando um objetivo comum, o mesmo da organização para a qual se está servindo. Kunsch20 (2006, p. 37) compartilha: ―o planejamento de relações públicas tem que estar alinhado ao planejamento estratégico [da empresa], corroborando a missão, os valores, os objetivos, as metas e as políticas organizacionais traçadas‖. Extraindo mais alguns trechos da obra de Silva21, é possível reafirmar a proximidade das relações públicas com a administração. Já nas ideias preliminares, o autor diz que ―a primeira razão para se estudar administração é o interesse em melhorar o modo como as organizações são administradas, porque todos interagem com todos, cada dia, dentro das organizações‖ — o que remete à necessidade de comunicação das empresas anteriormente colocada por Grunig e citada nos parágrafos iniciais deste capítulo. Grunig22 (2005, p. 71) ainda reforça que ―hoje, as organizações que utilizam os serviços de indivíduos e empresas que praticam relações públicas reconhecem que relações públicas é uma importante função da administração‖. Com tais referências, torna-se mais fácil a percepção do quão relacionadas estão as áreas citadas. Mas essa semelhança já vem de muito tempo e remete à própria história das relações públicas, cujos principais fatos históricos — fundamentais para que se conheça RP no atual formato — estão pontuados a seguir. 19 SILVA, Reinaldo O. Teorias da administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. 471 p. KUNSCH, Margarida M. K. Gestão das Relações Públicas na contemporaneidade e a sua institucionalização profissional e acadêmica no Brasil. Organicom, São Paulo: Gestcorp/ECA/USP, ano 3, n. 5. p. 30-61, 2006. 21 SILVA, op. cit., p. 4. 22 GRUNIG, James E. A função das relações públicas na administração e sua contribuição para a efetividade organizacional e societal. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. São Paulo, 2005. p. 67-92. 20 23 2.2. Histórico Apesar de comunicação e relacionamento serem aspectos intrínsecos à vida em sociedade, seja no ato de falar, no de ouvir, no de conviver, as relações públicas, enquanto atividade, só surgiram quando se percebeu a necessidade de restaurar uma imagem abalada. Ou seja, dada a situação, seria preciso administrar um momento de crise e agir junto ao público para que a boa reputação se restabelecesse. Sem a pretensão de expor detalhadamente a história das relações públicas — e sabendo que esta ainda tem muito a evoluir no sentido de cristalizar a profissão —, a seguir são brevemente expostos alguns fatos fundamentais à sequência cronológica23 da atividade no Brasil e nos Estados Unidos, países cujos estudos sobre a área encontram-se mais desenvolvidos. 2.2.1. O surgimento das RP nos Estados Unidos A primeira e mais polêmica questão envolvendo reputação, e cuja solução encontrada fez uso de ferramentas que se assemelham à RP que conhecemos hoje, é a história protagonizada por Ivy Lee e John Rockfeller, acontecida nos Estados Unidos em meados de 1920. Na época, detentores de empresas eram acusados de praticarem cartéis, fazendo com que não houvesse concorrência e seus preços fossem impostos ao mercado consumidor, fato que provocou a opinião pública (incluindo formadores de opinião e mídia), levando, gradativamente, à instauração do sentimento de revolta. Ivy L. Lee, jornalista, surge neste contexto contratado por John D. Rockfeller, um dos empresários envolvidos. Ciente da situação, Lee tratou de não apenas minimizar as barreiras entre o público e a família Rockfeller, como também desenvolver ações voltadas para o bem comum, o que viria a melhorar muito a impressão da opinião pública quanto ao empresariado. Por meio de tais ações, Ivy Lee passou ao título de ―Pai das Relações Públicas‖ naquele país. Poucos anos depois, um novo reforço para o surgimento da atividade: com o Crack da Bolsa de Nova York, em 1929, empresas e governo procuraram controlar a situação por meio das relações públicas. No entanto, a tentativa de acalmar a popu- 23 Cf. ANDRADE, Cândido T. Para entender relações públicas. 4. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 178 p. 24 lação, resultou na obrigação de fornecer mais informações e satisfações ao público, que exigia transparência em troca de confiança. Aos poucos, começavam a surgir os primeiros cursos, agências e órgãos especializados em RP, como a Escola de Relações Públicas e Comunicações da Universidade de Boston (em 1947) e a PRSA (Public Relations Society of America), em 1948, um dos órgãos de RP mais respeitados do mundo. Atualmente, os Estados Unidos estão bastante avançados nos estudos da atividade. A PRSA já conta com 21.000 membros cadastrados24, o que representa quase toda a população de RPs dos EUA, entre profissionais do mercado, acadêmicos e estudantes. 2.2.2. O surgimento das RP no Brasil No Brasil, alguns acontecimentos por meio dos quais as relações públicas emergiram se assemelham aos EUA. Um deles é a época: o início do século XIX. Entretanto, diferentemente dos norte-americanos, as relações públicas no Brasil já surgiram no contexto das organizações, em 1914, com a antiga ―The San Paulo Tramway Light and Power Company Limited‖, empresa canadense, hoje conhecida como AES Eletropaulo. Nela, foi montado o primeiro Departamento de Relações Públicas, sob o comando de Eduardo Pinheiro Lobo, considerado o ―Pai das Relações Públicas‖ no Brasil e cuja data de nascimento (2 de dezembro) passou a ser o dia da atividade, em sua homenagem. Mais tarde, em 1949, dentro do Instituto de Administração da USP, iniciavamse conferências a respeito da instauração das RP. Já em 1954, o primeiro Grupo de RPs se reuniu oficialmente para discutir a criação de um órgão para a profissão, que culminou em 1957 com a aprovação do Estatuto da ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas). Dez anos depois, outros três importantes marcos para a profissão. Em 1967, se deram: a criação do primeiro curso superior de RP, com quatro anos de duração, fundado na Escola de Comunicações e Artes da USP; a criação da Aberje, então Associação Brasileira de Editores de Revistas de Jornais de Empresa, em 8 de ou- 24 Cf. PUBLIC RELATIONS SOCIETY OF AMERICA. Disponível em: http://www.prsa.org/. Acesso em: 09 abr. 2011. 25 tubro; e a regulamentação da atividade em 11 de dezembro, na qual o Brasil foi o pioneiro mundial. Dentre os importantes fatos de 1967, vale ressaltar a criação da Aberje, que, hoje com o nome de Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, foi fundamental para o desenvolvimento deste campo do conhecimento. Para Kunsch (1997, p. 57-61), a Aberje foi ―o embrião da Comunicação Organizacional brasileira‖, enquanto Torquato (198425, 199826, 200227 apud NASSAR28, 2007b, p. 33) destaca o papel da Associação no auxílio à profissionalização das publicações empresariais. A Aberje fez com que as publicações internas das organizações deixassem de ser improvisadas, com textos e imagens amadores. Passou-se a considerar um novo perfil, cujos objetivos e linha de pensamento eram muito mais claros e definidos. Colaborando, o modelo de Lasswell foi utilizado neste avanço com a teoria de ―quem?‖, ―diz o quê?‖, ―para quem?‖, ―por que canal?‖, ―com que efeitos?‖, auxiliando na definição do enfoque das publicações. Era o tempo da transparência, quando o mundo da organização deixava de pensar apenas em si mesmo para aumentar sua lente de percepção e considerar também os públicos ao redor. Deu-se voz ao público interno e iniciou-se contato com a sociedade e com a imprensa. Do surgimento e desenvolvimento das relações públicas e da amplitude de visão da profissão, percebeu-se uma atividade mais abrangente, que poderia estar voltada ao contexto organizacional como um todo. As RP saem agora da esfera operacional e passam também pelas mãos do board da organização, atuando no campo da estratégia. 2.2.3. O cenário atual De 1967 a 2011, foram alicerçadas as bases fundamentais ao ensino e pesquisa de tudo o que se tem hoje relacionado à área. Nos últimos anos, em especial na década de 1990, a agenda tem sido tomada por assuntos relativos à (des) regula25 TORQUATO, Gaudêncio. Jornalismo empresarial. São Paulo: Summus, 1984. TORQUATO, Gaudêncio. A evolução de uma ferramenta estratégica. In: PERISCINOTO, Alex et. al. Estudos Aberje 1. São Paulo: Aberje, 1998. 27 TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Thomson Learning, 2002. 28 NASSAR, Paulo. Aberje 40 anos: uma história da comunicação organizacional brasileira. In: Organicom, São Paulo: Gestcorp/ECA/USP, ano 4, n. 54, p. 31-43, 2007b. 26 26 mentação da profissão, de seu papel nas organizações e de sua atividade como função estratégica. A universidade interage mais com o mercado, o que cria novos parâmetros de ensino na profissão (KUNSCH, 1997, p. 39-44). Já a partir dos anos 2000, novos campos das relações públicas passaram a emergir, configurando-se como áreas de atenção dos RP na atualidade. São eles: a responsabilidade social, o relacionamento com o terceiro setor e governo e a memória institucional. Enfatizando as relações públicas como função estratégica, pode-se dizer que o desenvolvimento histórico da profissão foi crucial para que, cada vez mais, o relações-públicas fosse visto como um profissional cujo papel deveria deixar de lado o fardo das atividades operacionais e reativas. Para Margarida Kunsch29 (2003 apud KUNSCH, 2006, p. 33): Ao longo da história, a prática das Relações Públicas passou por grandes transformações. De uma função meramente técnica, é hoje entendida como uma função estratégica indispensável para que as organizações contemporâneas se posicionem institucionalmente e administrem com eficácia seus relacionamentos com os stakeholders. No mesmo contexto, Grunig (2005, p. 68) também afirma que uma das tendências das RP é que essas ―estão no processo de adquirir uma função gerencial que difere substancialmente da função atual de técnico da comunicação‖, e que ―para que um programa de relações públicas seja eficaz, é necessário que um profissional o gerencie estrategicamente‖30. Mais que isso, deve-se ter em mente que o RP é o administrador do posicionamento da empresa e de sua imagem, inclusive perante o mercado, o que pode determinar questões comerciais e financeiras. Isso se dá porque é o RP quem apresenta qual será o impacto das decisões perante os públicos com os quais a empresa se relaciona. Por outro lado, em ambientes como os das micro, pequenas e médias empresas — que em 2006 representavam 98,3% das empresas brasileiras — ainda hoje este papel estratégico das relações públicas precisa ser reforçado. 29 KUNSCH, Margarida M. K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 2. ed. São Paulo: Summus, 2003. 417 p. 30 Id., 2009, p. 22. 27 Nesses cenários, não raro o profissional se apresenta como alguém que age muito mais de forma técnica do que estratégica. No entanto, Sérgio Andrelucci Junior31 (2006, p. 121-131) defende que, independentemente de como a comunicação esteja alocada na organização, as competências que o profissional deve ter para o bom desempenho das RP são as mesmas. Para o autor, O profissional que se deseja, hoje, dentro de uma organização, seja ela pequena, média ou grande, deverá ter o perfil empreendedor e estar pronto para enfrentar um mercado em constante transformação e novos desafios. (...) O profissional de relações públicas da atualidade é o gestor dos processos de comunicação da organização, trabalha com as práticas modernas da Administração e, principalmente, com as ferramentas de planejamento. Sendo assim, no decorrer deste trabalho, o perfil acadêmico-profissional de relações públicas considerado será um formato cuja aplicação servirá para todo e qualquer tipo e tamanho de organização. Por ocasião, no item a seguir, serão trabalhados mais aspectos referentes à função estratégica da atividade nas organizações. 2.3. Aplicabilidade nas organizações Kunsch (2003, p. 95) descreve sucintamente as funções de relações públicas enquanto atividade profissional nas empresas. Para ela, as três principais funções das RP nas empresas são: identificar e pensar estratégias de relacionamento para com seus públicos; coordenar programas de comunicação com estes; e prever e gerenciar conflitos e crises com os mesmos. Adicionalmente, a autora reitera que a atividade de relações públicas faz parte do sistema organizacional, constituindo-se assim num subsistema, que, por sua vez, ―exerce funções essenciais e específicas, apoiando e auxiliando os demais subsistemas, sobretudo nos processos de gestão comunicativa e nos relacionamentos das organizações com seu universo de públicos‖32. Ou seja, trata-se de uma área que não pode ser considerada isoladamente e não pode prescindir da interação com outras áreas. Relações públicas é um ―subsis31 JUNIOR, Sérgio J. A. A atuação do profissional de relações públicas em pequenas e médias empresas. Organicom, São Paulo: Gestcorp/ECA/USP, ano 3, n. 5. p. 121-131, 2006. 32 Ibid., p. 99. 28 tema administrativo de apoio‖ (GRUNIG; HUNT33 apud KUNSCH, 2003, p. 99) e tem como foco fortalecer o aspecto institucional das organizações por meio de estratégias e ferramentas de comunicação. Utilizando-se de tais conceitos, as RP enquanto função nas organizações podem ser vistas por quatro modos sob a ótica da autora. Simplificadamente, eles se apresentam em: Função administrativa: Função das relações públicas que gerencia e que aproxima o relacionamento da instituição com seus públicos, fomentando a credibilidade e agindo no sentido de prever e administrar crises; Função estratégica: Função que trata da imagem institucional das organizações. Assessora os dirigentes, identificando possíveis problemas relacionados à comunicação, e tenta prever como os públicos reagirão às decisões tomadas pela corporação; Função mediadora: Função de mediar o relacionamento da empresa com seus públicos, no sentido de permitir a troca de ideias e de opiniões. Tenta garantir que a comunicação seja simétrica, ou seja, que os públicos não sejam apenas informados, mas também ouvidos; Função política: Função de administrar conflitos e relações de poder no interior da organização e entender como isso se reflete na imagem institucional. No âmbito exterior, gerenciar situações e crises oriundas de certos comportamentos da organização. Nesse contexto, nos aprofundaremos mais na função estratégica das relações públicas. A intenção é mostrar como o RP age como gestor da comunicação no ambiente da cúpula diretiva da organização, bem como de que forma sua formação acadêmica deve contemplar mais conceitos referentes à administração e gestão para que se desempenhem Relações Públicas Excelentes34. 33 GRUNIG, James E.; HUNT, Todd. Managing public relations. Nova York: Holt, Rinehart & Winston, 1984. 34 James e Larissa Grunig (apud KUNSCH, 1997, p. 112) colocam que Relações Públicas Excelentes são aquelas definidas pelo modelo simétrico de duas mãos, que, por sua vez, trata-se do modelo que se baseia no entendimento. Ou seja, o modelo busca mais que a persuasão e a manipulação do público por meio de informações, busca conciliação, entendimento dos pontos de vista do público e vice-versa. 29 2.3.1. Função estratégica Segundo Grunig (2009, p. 22), em pesquisa realizada, constatou-se que as organizações que não tratam as relações públicas como uma função estratégica, ou seja, onde o RP não faz parte da equipe que toma efetivamente as decisões, os planos de comunicação são menos eficazes, além de não haver um plano de precaução para que crises e problemas com os públicos sejam evitados. Ou seja, a não inclusão do RP na estratégia do negócio onera a empresa, já que, no segundo momento, será necessário despender mais tempo e dinheiro numa questão que poderia ter sido evitada. Grunig35 corrobora: ―as relações públicas economizam recursos financeiros que teriam que ser gastos em litígios com a comunidade ou com o Estado ou na capacitação daqueles que optam por deixar a organização‖. Kunsch (2006, p. 30-61) também trata dessa questão. Para a autora, ―mediante sua função estratégica, elas [as relações públicas] abrem canais de comunicação entre a organização e públicos, em busca de confiança mútua, construindo a credibilidade e valorizando a dimensão social da organização‖. E completa: Como função estratégica, as Relações Públicas devem, com base na pesquisa e no planejamento, encontrar as melhores estratégias comunicacionais para prever e enfrentar as reações dos públicos e da opinião pública em relação às organizações, dentro da dinâmica social. Lidam com comportamentos, atitudes e conflitos, valendo-se de técnicas e instrumentos de comunicação adequados para promover relacionamentos efetivos. Administram percepções para poder encontrar saídas estratégicas institucionalmente positivas. Como função estratégica, ainda do ponto de vista de Kunsch, o relaçõespúblicas deve utilizar pensamentos e teorias de planejamento e gerenciamento oriundas do campo da administração. Isso porque lidará o tempo todo com responsabilidades que resultam na tomada de decisão. Pensando nisso, no capítulo a seguir serão exploradas mais características que devem compor o perfil do profissional de RP, dada sua posição gerencial e sua inserção num contexto de estratégia, administração e gestão dos relacionamentos. 35 Id., 2005, p. 75. 30 3. Profissional de Relações Públicas Seguindo o arcabouço teórico que comprova as relações públicas como atividade estratégica e administrativa, cabe agora tentar entender quais as funções que abarcam o cotidiano do profissional de RP, bem como qual deve ser o seu perfil para que tais atividades sejam bem desempenhadas. Na literatura, muitos já expressaram seu entendimento quanto à formação acadêmico-profissional dos RP, mas recentemente, a fim de ouvir também o ponto de vista mercadológico, Paulo Nassar36 (2010), em contribuição à Comissão de Especialistas37, realizou uma pesquisa com 60 organizações profissionais do mundo todo, para explorar quais as funções exercidas pelos profissionais de comunicação corporativa no dia a dia das grandes empresas. Entre outras dúvidas, procurou-se a solução de perguntas como: onde trabalha o profissional de relações públicas? Em seu cotidiano, o que faz esse profissional? Como resultado, foram obtidas não apenas as diversas funções atribuídas ao relações-públicas, como também algumas competências que este profissional deve desenvolver em seus aspectos profissional, acadêmico e pessoal, cujos principais pontos estão colocados a seguir. 3.1. Perfil 3.1.1. Atribuições profissionais Foram muitas as entidades profissionais ouvidas na pesquisa de Nassar38 e, para cada uma delas, há determinados tipos de atribuições nos quais os RPs atuam. Para os ingleses, por exemplo — um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do campo das relações públicas na Europa —, dentre outras habilidades, este profissional necessita compreender: 36 NASSAR, Paulo. O profissional de Relações Públicas no ambiente corporativo global: Uma contribuição para a Comissão de Especialistas em formação superior de relações públicas. São Paulo: Aberje, 2010. 37 A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), por meio da Portaria número 595, de 24 de maio de 2010, designou os professores especialistas Margarida Maria Krohling Kunsch, Cláudia Peixoto de Moura, Esnél José Fagundes, Márcio Simeone Henriques, Maria Aparecida Viviani Ferraz, Paulo Roberto Nassar de Oliveira, Ricardo Ferreira Freitas para constituírem comissão de especialistas em formação superior de relações públicas com vistas a subsidiar a revisão das diretrizes curriculares nacionais para o curso de bacharelado em Relações Públicas, em um período de 150 dias, a partir da instauração dos trabalhos da Comissão, o que ocorreu em 28 de julho de 2010, em Brasília, na Sesu/MEC. 38 NASSAR, 2010, passim. 31 A análise do ambiente organizacional nas dimensões do passado, presente e futuro (tendências) e as necessidades — planejamento, coordenação, ação, controle e aconselhamento — da gestão relacional e comunicacional da empresa ou instituição frente às demandas da sociedade e das redes de públicos, entre eles os empregados, a comunidade, a imprensa, os acionistas, as organizações não governamentais, os investidores e os governos. Também por organizações europeias, foram citadas outras funções que o RP deve desempenhar, como: efetuar planos estratégicos ligados às estratégias de negócio das organizações, gerir crises e a reputação da empresa, coordenar a responsabilidade social e a comunicação financeira e estar alinhado com o marketing da organização. Além da administração dos canais on-line, treinamento e consultoria para formação estratégica, habilidade de liderança, métodos de pesquisa e mensuração de resultados e orçamento e alocação de recursos. Isto é, partindo de uma percepção geral, na Europa o RP deve exercer funções que: Se expressam em uma extensa gama de atividades e papéis que envolvem itens como assuntos públicos e lobbying, comunicação digital e redes sociais e especialidades como a comunicação interna, estratégia de comunicação, branding e comunicação de marketing, gestão de crises, gestão da reputação organizacional, gestão da sustentabilidade, relacionamento com a mídia, gestão de eventos. O mesmo autor da pesquisa, Paulo Nassar (2007a), em seu artigo ―Relações Públicas na cesta básica‖, ao qual foi feita referência no início deste trabalho, também coloca mais algumas funções que compreendem a atividade profissional das RP nas organizações. Para ele, Informar com qualidade e esclarecer com profundidade aquilo que é difundido; abrir canais de comunicação entre as organizações e a sociedade; deixar claro quem tem interesse na difusão e discussão de questões públicas, entre outras, são algumas habilidades dos relações-públicas modernos. O autor ainda ressalta que, no Brasil, as atividades do campo das relações públicas acompanham o ambiente internacional e, no contexto das organizações, po- 32 dem ser expressas também como comunicação empresarial, corporativa e organizacional. 3.1.2. Atribuições acadêmicas Margarida Kunsch (1997, p. 82-89), em pesquisa realizada com profissionais da área de comunicação, coloca alguns resultados acerca das atribuições acadêmicas que o profissional de RP deve ter. Dentre elas, é dito que os profissionais devem ser ―multifacetados‖ e que ―o profissional tem que se valer dos ensinamentos das teorias de gerenciamento ou Administração‖. Isso porque o conceito de comunicação está mais abrangente e exige que a equipe que cuida dos assuntos corporativos tenha visão sistêmica, isto é, entenda de todos os aspectos da comunicação. Além disso, Kunsch39 diz que as RP precisam se renovar e delimitar melhor seu espaço de atuação para que não passem a ser meras coadjuvantes das outras áreas da comunicação, como a publicidade, o jornalismo e o marketing. A respeito dessa última, Kunsch40 diz que: A área de relações públicas não conseguiu enxergar as mudanças do mercado, deixando de assumir sua posição por incompetência e ausência de visão de futuro. (...) Não soube posicionar-se como valor econômico, isto é, como contribuidora para o lucro das empresas. E a área de marketing, por exemplo, ocupou esse vazio. Isso ocorre porque, para muitos dos entrevistados ouvidos na pesquisa, ―há um flagrante divórcio entre a escola e a realidade profissional. As necessidades mudaram. O profissional de relações públicas precisa ter uma forte base nas áreas de administração e marketing‖. Além disso, a preparação profissional deve qualificar melhor o aluno, dando ênfase na comunicação como um todo, não apenas em relações públicas. Da mesma forma, na entrevista comandada por Paulo Nassar (2010), anteriormente citada, algumas das principais entidades relacionadas à profissão opinam a respeito da formação do futuro profissional. 39 40 Ibid., p. 83-87. Ibid., p. 84. 33 O Conselho Profissional da atividade na Argentina ressalta a necessidade de o RP ―entender não apenas do seu próprio negócio, mas também do mundo em que vive, identificar tendências, saber medir resultados, ser flexível e capaz de negociar‖, e frisa que, hoje, há profissionais desempenhando tais atividades, cuja formação acadêmica é oriunda das mais diversas áreas. Já para Don Winslow Stacks, professor de relações públicas da Escola de Comunicação da Universidade de Miami, membro da AWPS e do Institute for Public Relations (IPR), ―os que trabalham com atividades relacionais e comunicacionais devem entender de economia e ciência política, porque as organizações funcionam principalmente condicionadas ao que acontece na política e na economia‖. Complementando com o comentário de uma associação espanhola, O profissional de RP deve, antes de ser comunicador, ser um estrategista e, para isso, ter capacidade de liderar equipes multidisciplinares e se capacitar além da própria profissão (de preferência em gestão, finanças, direito e jornalismo).41 No Brasil, a multiplicidade de pessoas oriundas de outras áreas que lidam com funções de relações públicas também é bastante evidente. A pesquisa de Nassar para a Comissão fornece valores de pesquisas elaboradas no universo corporativo, nos anos de 2007, 2008 e 2009, relacionadas a este aspecto. As principais conclusões estão colocadas a seguir: 1. Realizada em 2007 pelo DatAberje, a pesquisa teve como amostra 164 empresas classificadas entre as 1.000 Maiores Empresas do Brasil, de acordo com levantamento da revista Exame (edição de 2007). A amostra contemplou também nove bancos, que estão entre os maiores do País. Juntas, essas empresas faturavam aproximadamente 33,7% do PIB brasileiro, na época. Constatou-se que: - jornalistas ocupavam 34,1% do espaço profissional dedicado à atividade de gerenciamento da comunicação interna; - relações-públicas seguiam com 32%; - profissionais de marketing com 15%; 41 NASSAR, 2010, passim. 34 - administradores com 13%; - publicitários com cerca de 10%; - oriundos da área de Ciências Humanas com 18%; - formados na área de Ciências Exatas com cerca de 4%; e - outras áreas dividiam o restante da amostra. 2. No ano de 2008, o jornal Valor Econômico, em parceria com a Aberje, repetiu pesquisa semelhante, dentro do universo das mil maiores empresas brasileiras, com amostra de 282 empresas. Nela: - jornalistas representavam 29,4%; - relações-públicas representavam 12,8%; e - o restante da amostra dividia-se entre publicitários, administradores, profissionais de marketing, formações em ciências humanas e exatas. 3. No ano de 2009, foi realizada, no mês de agosto, pesquisa Valor/Aberje, tendo como referência o mesmo universo e amostra de 300 empresas. Os resultados são semelhantes às pesquisas anteriores. 4. Ainda em 2009, o Instituto FSB Pesquisa publicou o Mapa da Comunicação Brasileira, na qual foram entrevistados executivos de 80 das 500 maiores empresas brasileiras e de 20 dos cem principais órgãos públicos brasileiros. No Mapa, a área de formação dos gestores da comunicação empresarial se dividia em: - 28,6% por jornalistas; - 19% administradores; - 14,3% publicitários; - 8,8% relações-públicas; - 5,2% profissionais de marketing; e - 23% profissionais oriundos de outras formações. Enquanto nos 20 órgãos públicos pesquisados, a divisão profissional da área de comunicação era de: - 75% jornalistas; 35 - 5% publicitários; - 5% relações-públicas; - 5% profissionais de marketing; e - 10% por profissionais de outras formações. Tais resultados indicam que, para cumprir todos os aspectos das funções que são conferidas ao profissional de RP no contexto da comunicação organizacional — que de modo concatenado, significa a gestão e administração de todos os processos da comunicação e suas ferramentas, passando inclusive, pelos recursos humanos —, o relações-públicas necessita de formação ampla, que englobe habilidades desenvolvidas em diversas áreas do conhecimento. Conforme diz o autor da pesquisa, ―como reforço a uma formação que deve atender atividades tão abrangentes, é aconselhado que se tenha conhecimentos em comunicação, marketing e política‖. Além disso, em muitos materiais sobre comunicação e RP, é possível encontrar citações que afirmem que o profissional deve ser plural, ter conhecimento de todos os aspectos e negócios da empresa e possuir visão multidisciplinar. Ou seja, é necessário conferir especial atenção ao foco no pensamento sistêmico e ao famoso ―saber de tudo um pouco‖, ambos exigidos pelas organizações e desenvolvidos na formação de caráter mais administrativo. Exemplo disso é o comentário de Eraldo Carneiro, executivo de comunicação da Petrobras, em pesquisa igualmente comandada por Paulo Nassar para o jornal Valor Econômico42. Ele diz: Infelizmente, os cursos de comunicação ainda formam poucos profissionais para atuar em empresas. A Petrobras contrata profissionais juniores e investe para capacitá-los a atuar multidisciplinarmente. Qualquer jornalista, hoje, precisa entender de finanças. O funcionário de publicidade precisa entender de sustentabilidade. Acho que é importante ter profissionais de outras áreas, mas também é preciso pensar em diversificar a experiência e formação dos profissionais de comunicação. 42 JAGGI, Marlene. Desafio é falar com as ONGs. Valor Econômico. São Paulo, p. 18-29, nov. 2010. Suplemento Revista Valor Setorial - Comunicação Corporativa. 36 Marco Simões, da Coca-Cola, completa reiterando que sua formação em administração, além de jornalismo, o ajudou muito a ter uma equipe multidisciplinar e a entender a necessidade dessa diversificação. Declara que o ponto de vista da administração lhe permitiu também a atuação em diversas áreas, o que auxilia no momento de se capacitar para falar com os vários stakeholders da organização. Finalmente, como já colocado, o relações-públicas deve executar tarefas estratégicas, cuja função é a gestão da comunicação como um todo e, por isso, muitos dos principais autores lhe atribuem o papel de administrador da comunicação. Para que tais funções sejam bem desempenhadas, são requeridos alguns aspectos adicionais em sua formação, também trazidos à luz nas pesquisas desenvolvidas por Nassar e expostos no item abaixo. 3.1.3. Aspectos pessoais Além da formação acadêmico-profissional para o desempenho das relações públicas excelentes nas empresas, a pesquisa de Nassar (2010) para a Comissão de Especialistas também levantou características que devem estar presentes nesses profissionais. Uma associação do Quênia destaca o ―comportamento profissional, íntegro e amigável o tempo todo [do relações-públicas], devendo ainda capacitar os gerentes de uma organização a liderar equipes‖. Para especialistas como Maria P. Russell, professora de relações públicas e diretora da Newhouse School of Public Communications, da Universidade de Syracuse, a lista de habilidades que os profissionais da área devem dominar incluem também negociação, resolução de conflitos, facilitação, liderança, pensamento crítico e visão internacional. Para trabalhar e se adaptar ao ambiente corporativo, o profissional de relações públicas deve saber que irá lidar com os mais diversos públicos — dentro e fora do âmbito da empresa — e que será um formador de opinião, auxiliando ou fazendo parte da cúpula na tomada de decisões. Em países como a Irlanda e a Inglaterra, o RP deve saber planejar, ter qualidades pessoais como autoconfiança, atenção aos detalhes, habilidade para trabalhar sob pressão, liderança e realização e orientação voltada para resultados. Além de 37 saber escrever e falar bem (preferencialmente em mais de uma língua) e ser criativo — habilidades citadas por diversas entidades de vários países. De acordo com Cândido Teobaldo de Andrade (2005, p. 166-167), o Standard Public Relations Handbook enumerou algumas competências para o bom desenvolvimento da atividade, dentre as quais se encontram liderança, coragem moral, honestidade e maturidade intelectual, interesse humano, inspirar confiança, estabilidade emocional, espírito criador, vivacidade de espírito, bom senso e boa cultura geral. Em suma, o RP deve ser um profissional completo, que serve não apenas para as questões técnicas da área, mas que também sabe aconselhar e se posicionar perante o board da organização. 38 4. Administração Como fundamento da atividade de relações públicas, já citada pelos autores pioneiros em suas obras, este capítulo trará alguns conceitos da administração. Não nos aprofundaremos aqui em teorias e estudos aplicados da área, sendo exposto apenas o suficiente para que se entenda como este campo do conhecimento possui relação com RP, bem como de que forma a gestão da comunicação e do relacionamento com os públicos fazem interface com a mesma. 4.1. A atividade de administrar No que se refere à fundamentação da atividade administrativa, de acordo com a obra de Silva (2008, p. 6), a administração deve existir sempre que haja pessoas trabalhando juntas em uma empresa, por isso, pode ser aplicada a qualquer tipo ou tamanho de organização. Por natureza, seus princípios são dinâmicos, generalizados, relativos, inexatos e universais. Ou seja, a natureza da administração é flexível, não permitindo que seus princípios sejam rigorosos e absolutos, pois lidam com pessoas, as quais têm comportamentos imprevisíveis. Administrar é procurar estabelecer a ordem nas situações e pode ser aplicado a qualquer situação no ambiente das organizações. Para Harold Koontz43 (apud SILVA, 2008, p. 8), os princípios citados ajudam a empresa a aumentar sua eficácia, consolidar o conhecimento e favorecer a pesquisa no campo da administração, generalizar comportamentos e alcançar metas sociais, melhorando a qualidade e o padrão de vida das pessoas. Segundo George Terry 44 (apud SILVA, 2008, p. 8), é também por meio desses princípios que se alcança uma performance eficiente na empresa, evitando erros e predizendo resultados. Concomitantemente, na obra de Gareth Morgan45 (2006, p. 28-31) é possível encontrar os princípios da Teoria Clássica da Administração, por meio dos quais se deu origem ao conhecido ―organograma empresarial‖. Nele, apresenta-se a hierarquia, composta pelas figuras de liderança, que agem em favor do controle das situações. 43 KOONTZ, Harold; O’DONNELL, Cyrill. Principles of Management. Nova York: McGraw-Hill, 1972. TERRY, George. Principles of Management. Homewood: Richard Irwin, 1953. 45 MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2006. 421 p. 44 39 Neste ambiente, a figura do administrador e do campo da administração é responsável pelo planejamento, organização, direção e controle de tudo o que se desenvolve dentro do ambiente organizacional, a fim de que sejam alcançados os resultados esperados, conforme coloca Silva (2008, p. 9-11). Tais funções são desempenhadas por pessoas que têm diferentes cargos dentro da empresa e, por isso, os administradores são divididos em três categorias: os de alta administração, média administração e de administração operacional (supervisão ou chefia) — sendo que todos são considerados níveis gerenciais, uma vez que a realização de suas atividades está ligada a outras pessoas. Isto é, eles chefiam, gerenciando algo ou alguém, de modo estratégico ou operacional. Tomando como base a fundamentação exposta, e unindo ao que se sabe até o momento sobre a atividade de relações públicas, pode-se entender que a gerência de comunicação está inserida na média administração — também conhecida como gerência de departamento ou de setor. Para Silva 46, A administração de nível médio determina os produtos ou serviços que serão providos ao mercado, decidindo o público-alvo a ser alcançado e as estratégias gerais e políticas de operações. Além disso, a administração de nível médio (gerência) é responsável pela direção e pela coordenação das atividades dos administradores de primeiro nível e outras pessoas não gerentes, como serventes, recepcionistas e assistentes administrativos. A média administração se encarrega, ainda, de implementar tarefas administrativas, coordenar e solucionar conflitos. Posto que conflitos ocorrem, em geral, entre a organização e seus públicos de interesse, pode-se atribuir perfeitamente o relações-públicas à média administração. 4.2. Conceituação da área Antes de prosseguirmos, cabe aqui um esclarecimento. Qual é a diferença entre administração e gestão? O que faz uma pessoa ter a posição de administrador, não de gestor e vice-versa? E mais que isso, qual é a diferença entre gerir e liderar? 46 Ibid., p. 13-14. 40 Ainda que existam diversas correntes de pensamentos no que tange a esse assunto, Ferreira, Pereira e Reis47 (2006, p. 6) colocam que, basicamente, ambos têm o mesmo significado, que seria o de manter, de gerir algo. Além disso, em determinadas línguas, como o francês e o inglês, ―administrar‖ costuma remeter mais a algo que é público, enquanto ―gerir‖ está associado àquilo que é privado. Já no Brasil, ―gerir‖ se aplica melhor ao ambiente empresarial, ainda que, quando alguém se denomina ―administrador‖, em geral, é administrador de uma área dentro da organização. Para os referidos autores48, Na prática organizacional, todo indivíduo que desempenha uma posição gerencial, exerce as funções típicas do administrador, independentemente da sua formação técnica e profissional em qualquer área do conhecimento (engenharia, direito, economia, agronomia, medicina, informática etc.). Este esclarecimento nos mostra que, independentemente da denominação, as atribuições e responsabilidades mantêm-se as mesmas. Por isso, neste trabalho os termos ―gerir‖ e ―administrar‖ serão utilizados como sinônimos: ambos para expressar a posição do relações-públicas no contexto de gerenciamento da comunicação. Outra questão que também cabe aqui para a conceituação da atividade é: qual é a diferença entre o líder e o gerente? Um gerente é, necessariamente, um líder? Quais são as suas posições? Na opinião de Hersey, Blanchard e Johnson49 (apud SILVA, 2008, p. 22-25), há diferenças cruciais entre ambas as posições e talvez a principal delas seja que a liderança é algo um pouco mais abrangente que o gerenciamento, ainda que este segundo seja mais importante para o ambiente corporativo. Isto é, enquanto o gerente busca atingir os objetivos organizacionais estabelecidos pela alta direção, um líder pode influenciar algo ou alguém, nem sempre em prol desses mesmos objetivos. Além disso, um gerente não necessariamente é um líder, mas comprovou-se que os gerentes mais eficazes são aqueles que também detêm o poder da liderança. 47 FERREIRA, Ademir; PEREIRA, Maria; REIS, Ana Carla. Gestão empresarial: De Taylor aos nossos dias. Cengage Learning Editores: 2006. 256 p. 48 Ibid., p. 6-7. 49 HERSEY, Paul; BLANCHARD, Kenneth; JOHNSON, Dewey. Management of organizations behavior. 7. ed. Nova Jersey: Prentice Hall, 1996. 41 Warren Bennis50 (apud SILVA, 2008, p. 23-24), um conceituado estudioso da área da liderança, coloca as seguintes diferenças primárias entre as titulações de gerir e liderar (Tabela 1): Gerentes Líderes 1 Administram as atividades Inovam suas realizações 2 Dão suporte e condições às pessoas Desenvolvem as pessoas 3 Confiam nos controles Inspiram confiança 4 Têm perspectiva de curto prazo Têm perspectiva de longo prazo 5 Aceitam o status quo Desafiam o status quo 6 Perguntam como e quando Perguntam o quê e por quê 7 Centram-se nos sistemas e estruturas Centram-se nas pessoas Tabela 1 – Diferentes modos de agir entre gerentes e líderes Nesse contexto, o profissional de RP, que já é visto como gerente — uma vez que busca atingir os objetivos da organização —, deve também exercer o papel de líder. Isso porque, dado que este último foca sua atuação nos comportamentos das pessoas, o relações-públicas atuará junto aos públicos da empresa, sendo a ponte que fará a convergência entre os objetivos preestabelecidos e tais comportamentos organizacionais. 4.3. Características exigidas ao profissional da administração 4.3.1. Habilidades De acordo com Robert L. Katz51 (apud SILVA, 2008, p. 13), são três as habilidades básicas necessárias ao profissional de administração para que desenvolva satisfatoriamente suas atividades. São elas: as habilidades técnicas, humanas e conceituais, que, em outras palavras, se expressam pelos conhecimentos técnicos da profissão, a liderança e o tratamento para com as pessoas (que também pode ser entendido como comunicação) e a visão sistêmica da organização, respectivamente. Além disso, dependendo do nível em que a pessoa estiver na administração, há maior ou menor incidência de cada tipo de habilidade. Isto é, quanto mais no topo 50 51 BENNIS, Warren. On becoming a leader. Reading: Addison Wesley, 1989. KATZ, Robert L. Skills of an effective administrator. Harvard Business Review, set. 1974. 42 da hierarquia o administrador se encontra, mais deve desenvolver suas habilidades conceituais e menos as técnicas — o que acontece de forma contrária com os cargos localizados na base da pirâmide. Já no caso da média administração, faixa na qual estão inseridos os profissionais de RP, é possível encontrar um cenário equilibrado. Ou seja, os administradores cujos títulos encontram-se nessa faixa precisam de menor habilidade conceitual se comparados à alta administração, mas maior se comparados aos cargos operacionais. Neste nível, equilibra-se a necessidade de habilidades técnicas, conceituais e humanas. Don Hellriegel e John W. Slocum Jr.52 (apud SILVA, 2008, p. 14) trazem à luz, ainda, outras duas características fundamentais ao bom administrador: a comunicação e o pensamento crítico. Analisando esses tópicos adicionais por meio do ponto de vista da gerência de comunicação, tais características tornam-se ainda mais essenciais. Isso acontece porque, conforme já colocado, o RP deve saber se comunicar muito bem perante todos e ter pensamento crítico para predizer as reações do público perante a alta administração (aspectos tratados no item 3 deste trabalho). 4.3.2. Competências Além de saber planejar, organizar, direcionar e controlar processos administrativos, outras características se fazem cruciais para o alcance do êxito nas atividades administrativas, as quais serão desenvolvidas neste tópico. Ruas53 (2001 apud VASCONCELLOS; BRAGA54, 2001, p. 6-7), afirma que: O conceito de competência perpassa pelos verbos saber (conhecimento), saber-fazer (habilidades), mas vai muito além disso, pois envolve o saber ser/ agir (atitudes). A competência surge a partir da aplicação do saber num contexto específico, delimitado por uma cultura institucional, por relações de trabalho singulares, condições temporárias e recursos reduzidos. 52 HELLRIEGEL, Don; SLOCUM Jr., John W. Management. 7. ed. Cincinnati: South-Western, 1996. RUAS, Roberto. Desenvolvimento de competências gerenciais e contribuição da aprendizagem organizacional. In: FLEURY, Maria Tereza; OLIVEIRA JÚNIOR, Moacir de Miranda (Orgs). Gestão estratégica do conhecimento: Integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001. p. 242-269. 54 VASCONCELLOS, Maria C.; BRAGA, Juliana. Análise das competências profissionais dos gestores como suporte à gestão de pessoas nas organizações. Disponível em: http://www.unipel.edu.br/periodicos/index.php/get/article/viewFile/130/124. Acesso em: 03 mai. 2011. 53 43 Da mesma forma, o saber agir aparece na fala de Fleury e Fleury55 (2001, p. 21 apud VASCONCELLOS; BRAGA, p. 6-7). Para os autores, competência traduz-se em ―um saber ágil responsável e reconhecido, que implica saber mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e social ao indivíduo, com ênfase na ação e no resultado‖. E Vanderlei Souza56 (2001, p. 27) acrescenta: ―A competência vista como estoque de recurso disponível na organização, e a forma como são mobilizados na organização com o mercado são, na essência, as variáveis que constituem o conceito de competência organizacional‖. Nesse contexto, de acordo com a obra de Silva (2008, p. 17), algumas competências pessoais para o sucesso são: liderança, auto-objetividade, pensamento analítico, flexibilidade comportamental, boa comunicação escrita e verbal, criar boa impressão, resistir ao estresse mesmo em condições que o favoreçam e saber produzir em situações adversas. Em suma, o autor57 declara: Todo o objeto das habilidades e competências administrativas se apoia na aprendizagem, definida como qualquer mudança de comportamento como resultado da experiência. Com efeito, a aprendizagem é também uma habilidade que substancialmente afeta o crescimento e o desenvolvimento pessoal e profissional de uma pessoa. Talvez seja a habilidade mais importante e a mais difícil de ser desenvolvida por um administrador. E, finalmente, Plunkett e Attner58 (apud SILVA, 2008, p. 24) enumeram 11 características que devem estar presentes na personalidade e no desempenho das atividades do gerente do futuro, a saber: 1. Procurar a mudança; 2. Observar as realidades externas; 3. Promover um estilo de treinamento, ajudando funcionários a visualizarem novas maneiras de fazer as coisas; 4. Eliminar o medo dos funcionários de enfrentar desafios; 55 FLEURY, Afonso; FLEURY, Maria Tereza Leme. Estratégias empresariais e formação de competências: Um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira. São Paulo: Atlas, 2001. 56 SOUZA, Vanderlei L. de. A carreira gerencial com base nas competências individuais. 108 p. Dissertação (Mestrado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: Out. 2001. 57 SOUZA, op. cit., p. 17-18. 58 PLUNKETT, Warren; ATTNER, Raymond. Management. 6a. Ed. Cincinnati: South-Western,1997. 44 5. Criar especialização, desenvolvendo treinamentos e aprendizagem em todos os níveis da organização; 6. Ter visão de onde focar seu trabalho; 7. Negociar para resolver problemas; 8. Valorizar a diferença das pessoas e suas diferentes forças de trabalho; 9. Desenvolver a administração participativa, fazendo com que todos contribuam para a tomada de decisão; 10. Desenvolver o poder das equipes delegando ou criando equipes de projetos, a fim de aproveitar as potencialidades de cada pessoa e combiná-las; 11. Ser obcecado pela qualidade dirigida ao cliente. 4.4. O que é desenvolvido na posição gerencial Segundo Henry Mintzberg59 (1939 apud SILVA, 2008, p. 15), os papéis do administrador podem ser agrupados em três: os interpessoais, os informacionais e os decisoriais, sendo cada um destes compostos por outras três ou quatro subfunções. O primeiro grupo, dos papéis interpessoais, são os que remetem ao relacionamento e à interação com as outras pessoas. Ou seja, o papel de chefe, de líder e de ligação (aquele que se relaciona com pessoas de fora da organização). Este grupo remete a atividades como cerimoniais, funções políticas e sociais, interação com subordinados e relacionamento com contatos externos importantes; está associado à alta direção ou board das empresas. Já os papéis informacionais são os que fazem referência à troca de informações, sendo compostos por três personagens: o monitor, que garante que as informações relevantes estão sendo passadas; o disseminador, que faz a ponte, levando as informações aos destinatários adequados; e o interlocutor, que passa informações importantes em nome da empresa (cujo entendimento também pode estar relacionado à função de porta-voz). Este grupo tem como atividades: o estabelecimento de contatos internos e externos, despacho de informações com propósito informativo e reuniões de diretoria. Pode-se perceber que é nele que está situado o profissional de comunicação e relações públicas, que, por sua vez, atua como administrador informacional, recebendo 59 MINTZBERG, Henry. The nature of managerial work. Nova York: Harper Collins, 1973. 45 e disseminando informações e monitorando a imagem corporativa perante os públicos. O terceiro grupo são os decisoriais, responsáveis pela tomada de decisão da empresa. Nele, há quatro subfunções, a saber: o empreendedor, que procura oportunidades para a empresa; o solucionador de conflitos internos ou externos; o alocador de recursos; e o negociador, aquele que opera acordos e contratos. Suas atividades são a implementação e revisão das estratégias, reuniões para solução de crises, atividades que envolvam orçamento e programação de trabalho dos subordinados e atividades de negociação, respectivamente. Ainda que cada tipo de administrador esteja alocado de determinada maneira, segundo a lógica de Mintzberg, o profissional deve saber qual é o seu papel na organização sem deixar de lado a visão sistêmica. Deve entender que seu trabalho faz parte de um todo, o qual é composto por múltiplas partes e inerente à sobrevivência da organização. 4.5. O relações-públicas na posição de administrador Dada a conceituação e o entendimento de que as relações públicas são uma função de média administração, de papel informacional, voltemos a enfocar a interface das RP junto ao campo da administração. Kunsch (1997, p. 80-120) explora o papel de administrador estratégico do profissional de RP, aquele que regerá a comunicação estratégica da organização. Em sua visão: Administrar estrategicamente a comunicação significa pensar na comunicação excelente e eficaz, a partir de uma análise ambiental e uma auditoria social, regida pela flexibilidade, pela percepção e por uma avaliação mensurável dos resultados, que devem beneficiar não só a organização, mas também seus públicos. Isso significa que o relações-públicas, enquanto gestor da comunicação, deve saber equilibrar interesses do público e da organização, favorecendo o relacionamento entre ambos e mensurando-o por meio de diagnósticos e pesquisas. Além disso, a posição de gestor ou administrador compreende um título o qual exigirá plenos conhecimentos não apenas da comunicação social, mas também do ambiente interno e externo do qual se está falando. 46 Posto no organograma corporativo, para Porto Simões (1995, p. 226), o RP será: O executivo das atividades referentes ao ―discurso‖ da organização e a assessoria quanto à ―ação‖ organizacional. Por executivo, entendese aquele que gerencia pessoas, capital e materiais, visando a consecução de objetivos (...). Nesse papel, possui um espaço próprio dentro das fronteiras da organização, contíguo ao das lideranças organizacionais, e seu cargo, no organograma funcional, liga-se diretamente ao de maior poder na escala hierárquica. Isto se deve ao fato de o profissional estar investido de autoridade para propor modificações de políticas e para avalizar a implementação de programas cuja finalidade seja a de criar, manter ou alterar relações de influência. O título de administrador da comunicação agrega ainda outras questões relacionadas ao próprio cargo gerencial. Simões60 fala das diversas ocupações do profissional de RP no posto de gestor, por meio de um plano de carreira organizacional modelo, conforme exposto a seguir. Na visão do autor, o plano de carreira parte do auxiliar (cargo comumente ocupado pelo estagiário), passando pelo assistente (recém-formado), gerente e assessor até chegar ao posto de diretor ou consultor — que, por sua vez, também é uma pessoa com muita experiência, mas que não necessariamente ocupa o último posto na hierarquia; ele pode apenas assessorar a empresa quando solicitado. Pensando nisso, são feitos alguns recortes na obra de Simões, focando apenas os altos escalões corporativos, ou seja, aqueles nos quais o RP tem cargos de confiança e já age junto à cúpula: Para Simões61, o gerente é: Cargo bem definido, sobretudo nas grandes empresas. Seu ocupante administra recursos para a consecução de objetivos contidos no plano de Relações Públicas. No entanto, ainda pouco participa das decisões da diretoria contra as quais não há, habitualmente, apelação possível. 60 61 Ibid., p. 227-228. Ibid., p. 227-228. 47 O assessor (SIMÕES, 1995, p. 227), Cargo restrito às grandes organizações, cuja função é permanentemente dar pareceres às pessoas investidas de poder, sobre a conduta social da instituição. É raro permanecer exclusivamente com as tarefas de conselheiro. Normalmente implementa também os programas, exercendo de fato as funções de um gerente. E, finalmente, o diretor62: Os profissionais que atingem este cargo são os que desenham as estratégias e políticas de relacionamento da organização. A área que dirigem é abrangente, pois compreende subdivisões e outros profissionais que operacionalizam os planos. (...) Esse transcurso de tempo provê o profissional de um agudo sentido histórico dos problemas, orientando-o e ampliando-lhe a percepção, para que possa prognosticar em base firme, com boas chances de sugerir as melhores alternativas. O que se pode compreender dessa exposição é que já no nível gerencial — o terceiro na hierarquia —, ainda que de modo tímido, o relações-públicas atua na tomada de decisões. Portanto, desde o início de suas atividades, o profissional deve estar preparado para posicionar-se a qualquer momento. Assim, quando for solicitada, a pessoa já estará à vontade para se colocar frente à direção, transmitindo segurança e confiança. Concluindo, Andrade (2005, p. 165-166) afirma que uma das funções do relações-públicas junto à alta administração é a de alertá-la sobre possíveis erros e saber dizer qual é a melhor maneira de evitá-los. Além disso, o profissional deve mostrar seu trabalho e, com isso, ganhar a confiança não apenas da alta direção, mas também de toda a média, que servirá de apoio para que a comunicação chegue à cúpula. Ainda que seja uma atividade essencialmente próxima à presidência, o RP não deve estar lá apenas por deliberação da empresa, mas porque mostrou que ali é o seu lugar. 62 Ibid., p. 228. 48 5. A formação ideal do relações-públicas como gestor da comunicação Com base no que foi colocado até o momento e, dadas as características e habilidades que o profissional de RP e administração devem ter para atuar no ambiente organizacional — segundo o ponto de vista de profissionais acadêmicos e mercadológicos da área da comunicação —, este capítulo explorará como tais competências devem estar presentes no currículo de formação do relações-públicas, a fim de otimizar a atuação do profissional formado e prepará-lo para a performance excelente de suas atividades no contexto das corporações. 5.1. Competências e habilidades necessárias Além da capacitação técnica em relações públicas, abaixo se encontra o resultado de uma breve compilação das características citadas neste trabalho por profissionais do meio acadêmico-profissional. São elas: Perfil crítico e analítico Saber analisar o ambiente interno e externo da organização, além de seu passado, presente e futuro. Munido dessas informações, em adição a pesquisas e diagnósticos, o gestor de comunicação saberá definir quais as melhores práticas e decisões a serem tomadas junto ao seu público, tendo em vista que se sabe, já de antemão, como este reagirá às diversas atitudes da organização. Saber pensar e planejar estrategicamente É condição sine qua non ao administrador da comunicação saber desenhar planos estratégicos, com metas, objetivos e mensuração de resultados bem definidos, sempre ligados às estratégias de negócio das organizações. As estratégias traçadas devem estar alinhadas ao marketing e à organização como um todo, sendo por meio dela que ações serão tomadas e que o relacionamento com os stakeholders será estruturado. Pensar e agir estrategicamente é atuar no sentido de ajudar a organização a atingir seus objetivos, levando a filosofia corporativa a seus públicos e, consequentemente, fazendo com que a organização reconheça a comunicação como investimento. Liderança 49 Característica considerada fundamental por muitas pessoas e entidades citadas ao longo deste trabalho. Cabe ao gestor da comunicação a função de coordenador e diretor das ações de comunicação que estão sendo tomadas e que, idealmente, fazem parte de um planejamento estratégico previamente elaborado. Posteriormente, essas ações ditarão o monitoramento da imagem da empresa e, para tanto, o acompanhamento de perto se faz essencial. Além disso, cabe ao gestor da comunicação, em seu papel de líder, desenvolver a administração participativa, fazendo com que todos contribuam na tomada de decisão. Ele deve, ainda, aproveitar as potencialidades de cada integrante de sua equipe, delegando ou criando equipes menores de projetos, a partir da combinação de suas múltiplas características. Perfil flexível e negociador O relações-públicas, enquanto administrador, deve exercer a função de facilitador, permitindo e incentivando o relacionamento organização-públicos. Para isso, flexibilidade e poder de negociação são fundamentais. É preciso saber ouvir opiniões e trabalhar em grupo, a fim de que se estabeleçam relações de mão dupla, isto é, que se saiba equilibrar os interesses dos públicos interno e externo com os da organização. As referidas características, quando presentes no RP, ajudam ainda no estabelecimento de contatos e relações de influência, como no caso da prática do lobby e no relacionamento com as instâncias políticas. Entender de recursos humanos Dentre as características necessárias ao profissional de RP citadas ao longo deste trabalho, a habilidade em lidar com os recursos humanos foi amplamente levantada, pelo fato de que RH é uma das interfaces com as quais a comunicação mantém forte relação. Nesse aspecto, é necessário que o gestor da comunicação tenha conhecimento de algumas técnicas de treinamento e consultoria para formação estratégica, além de outras para capacitação de todos os níveis da empresa. No caso da alta direção, por exemplo, a ideia é que saibam melhor como organizar e liderar equipes. Outra função de RH é ajudar funcionários a visualizarem novas maneiras de exercer suas atividades, encorajando-os a enfrentar desafios. Trata-se de um recur- 50 so de comunicação interna que, se bem utilizado, configura-se em uma das principais ferramentas motivadoras para o público interno corporativo. Estabilidade emocional Conforme pesquisa realizada pela revista Exame63, o RP é o segundo profissional com maior nível de estresse. Isso se dá porque, em seu dia a dia, precisa se antecipar aos acontecimentos para garantir a imagem da empresa para a qual trabalha. Por isso, o relações-públicas deve trabalhar sua estabilidade emocional, que será colocada à prova. Em outras palavras, o RP estará grande parte do tempo sob pressão, mas deve evitar que isso interfira em sua produtividade, conseguindo solucionar problemas e crises com a maior serenidade possível. Objetividade Dado que a gestão da comunicação é uma função estratégica, o profissional que ocupa esse cargo deve ser objetivo, em especial porque lida diretamente com a alta administração — um público exigente, de tempo e acesso restritos. O RP precisa mostrar que sabe pensar e agir estrategicamente, sendo objetivo no sentido de manter seu foco nos resultados e na mensuração destes. Para se apresentar ao board, o relações-públicas deve saber expressar essa objetividade, otimizando o tempo e focando nas partes principais de seu plano estratégico. Estar atualizado, colocar-se à frente, posição de vanguarda Cabe ao profissional de relações públicas não apenas entender do negócio em que a empresa está inserida, mas ter boa cultura geral e atualizar-se com relação ao mundo em que vive, identificando tendências de mercado e na área de comunicação. Com isso, será possível propor mudanças e inovações nos procedimentos atuais, antecipando-se às tendências de mercado. Organização O gestor de comunicação ideal deve saber administrar seu tempo e se organizar para que consiga lidar com diversas áreas e projetos ao mesmo tempo. Isto é, o profissional trabalhará com questões relacionadas à responsabilidade social, canais on-line, comunicação interna, branding, eventos, comunicação financeira, processos 63 ABRANTES, Talita; LUZ, Amanda. As profissões mais estressantes em 2011. Portal Exame.com, 27 abr. 2011. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-profissoes-maisestressantes-em-2011?p=3#link>. Acesso em: 14 mai. 2011. 51 administrativos, entre outros, e deve conseguir manter-se informado sobre o andamento de todos esses. Bom senso No papel de administrador informacional, segundo a classificação de Henry Mintzberg (1939 apud SILVA, 2008, p. 15), o RP deve ter bom senso para filtrar e selecionar quais informações serão disseminadas para os públicos da empresa. Aqui, cabe levar em conta que a empresa deve ser transparente, mas também tem a necessidade de preservar seu bom relacionamento e sua imagem corporativa. Posicionamento exemplar Em função de lidar com públicos muito diferenciados, que vão da alta administração às posições mais baixas da hierarquia organizacional — além de públicos externos como comunidade, governo, assessoria, terceiro setor etc. —, o gestor da comunicação deve ter um posicionamento exemplar. Isto é, deve ser claro em suas ideias, além de criativo, inovador e autoconfiante. O RP deve saber posicionar-se com firmeza, inspirando confiança e criando uma boa impressão ao espectador. Dessa forma, ele representa a imagem de uma comunicação bem estruturada, com parâmetros e objetivos organizacionais bem definidos. Conduta cordial Outro aspecto exemplar que deve competir ao profissional que administra os relacionamentos da empresa é o seu comportamento. Este deve servir como referência aos demais empregados, sendo profissional, íntegro, amigável, honesto e maduro. O relações-públicas deve tratar a todos da mesma forma e admitir postura cordial, que permita abertura para que — principalmente os funcionários de nível hierárquico mais baixo — sintam-se à vontade para compartilhar ideias. Estar aberto a novas opiniões O RP, por seu contato constante com pessoas e públicos, deve estar sempre disposto a ouvir e aprender coisas novas. Isso proporcionará desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional ao gestor de comunicação, que saberá melhor como lidar com diferenciados tipos de stakeholders. Visão sistêmica O profissional gerente dos relacionamentos deve ser plural. Isto é, deve tentar ampliar ao máximo sua visão nos campos da empresa, o que significa conhecer o 52 ambiente nacional e internacional em que a empresa está inserida, desenvolver visão sistêmica da organização, de onde seu trabalho se situa e em qual aspecto focá-lo, considerando seu contexto. Ter formação multidisciplinar Finalmente, o gerenciador da comunicação organizacional deve se valer não apenas dos aprendizados de relações públicas, mas de diversas outras áreas do conhecimento, como: teorias de gerenciamento, administração, marketing e comunicação como um todo. Além disso, deve conhecer aspectos de economia e ciência política, uma vez que as organizações funcionam, principalmente, condicionadas ao que acontece nessas áreas (NASSAR, 2010). 5.2. Como desenvolvê-las no currículo Dadas as competências necessárias ao profissional de relações públicas para o desempenho de suas atividades no ambiente corporativo — estando essas de acordo com a interpretação do arcabouço teórico colocado nos capítulos 2 a 4 desta monografia —, cabe agora o estudo e entendimento de que maneira tais características podem ser desenvolvidas na formação do aluno de RP. Isto é, uma vez compreendidas as qualidades necessárias à performance excelente da profissão no ambiente corporativo, cabe agora conseguir adequá-las ao currículo da ECA-USP. De acordo com a Comissão de Especialistas64 (2010), o curso de relações públicas deve ter forte interface com várias áreas do conhecimento, além de atualizarse permanentemente. Por isso: Esses dois fatores sugerem que não se devam limitar as concepções de relações públicas a estreitas fronteiras de conhecimentos específicos desta atividade. Os cursos devem ser concebidos segundo princípios dinâmicos e flexíveis, de modo a incorporar as inovações e avanços teóricos e práticos e inserir constantemente os temas e preocupações contemporâneos. Considerando isso, o documento entende que a formação do aluno de RP deve contemplar diversas atividades e interfaces que o levem à interação com outras áreas do conhecimento, devendo ser crítica, humanística, ética e multidisciplinar. 64 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Comissão de Especialistas. Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Relações Públicas: Relatório da Comissão de Especialistas Instituída pelo Ministério da Educação (Portaria 595/2010, de 24 de maio de 2010). Brasília: 2010. 18 p. 53 Para tanto, alguns modos de garantir tais aspectos na grade do aluno se dão por meio de: participação em atividades extracurriculares (cursos, oficinas, eventos, congressos, seminários); trabalhos de campo; formação de equipes; estudo de casos e resolução de situações-problema; e estímulo à participação em projetos de iniciação científica, a fóruns acadêmicos de debate e à integração entre alunos e exalunos — no sentido de fomentar ideias e monitorar o êxito de entrada do profissional no mercado. Ainda para a Comissão (2010, p. 13), da mesma forma, cabe à Universidade fornecer a estrutura necessária para que as atividades citadas se desenvolvam. Ou seja, prover espaços, equipamentos, pessoal e programas específicos para pesquisa (laboratórios), além de encorajar o apontamento e surgimento de empresas juniores. Já com relação ao currículo em si, dizem-se necessárias para desenvolver as competências essenciais ao RP: a participação em disciplinas optativas (a serem selecionadas a critério do aluno) e em estágios obrigatórios supervisionados, com efetivos mecanismos de orientação e avaliação. Cabe, ainda, a colocação da relevância do envolvimento em organizações atléticas, centros acadêmicos, projetos voluntários, grupos de estudo e outras atividades que também ajudem o aluno a se desenvolver em aspectos pessoais e relacionados à socialização. Estas seriam maneiras de estimular o aluno e as referidas características necessárias ao profissional de relações-públicas no mercado de trabalho, em complemento às práticas já realizadas hoje. Isto é, seriam ações para inovar ou fomentar ainda mais a participação em ideias e projetos já estabelecidos, de forma a desenvolver ao máximo tais competências e formar um profissional apto a exercer, de modo exemplar, as relações públicas e a gestão da comunicação no contexto organizacional. 54 6. Aplicação no curso de relações públicas da ECA-USP 6.1. Competências desenvolvidas A partir das competências consideradas necessárias ao profissional, este tópico avaliará como essas qualidades são trabalhadas no currículo de formação acadêmica do curso de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, segundo a formatação da turma de 2011, período noturno65 (o programa completo encontra-se no Anexo 1). O foco da análise será entender quais aspectos devem ser mais trabalhados ou reforçados, bem como quais deles já são suficientemente abordados no currículo atual. Cabe reforçar que o que se está avaliando aqui são as competências necessárias ao profissional, sem entrar no mérito de estrutura do currículo, reforma curricular, currículo mínimo e de que modo as disciplinas estão distribuídas na grade 66. 6.1.1. Primeiro período CCA0218 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral I Objetivos: O curso, através de procedimentos da Análise do Discurso (AD), pretende: a) capacitar o aluno para analisar e produzir textos em língua portuguesa (grifos nossos), em suas diferentes normas e níveis; b) permitir a formação da consciência crítica acerca do papel da linguagem verbal na formação do comunicador, levando-se em conta as mediações; c) possibilitar a reflexão crítica sobre os usos da linguagem verbal pelos meios de comunicação, incluindo os aspectos de recepção. Ao final do processo o aluno deverá estar apto a elaborar outras propostas com relação ao uso que os meios de comunicação fazem da linguagem verbal. Esse resultado embasa as disciplinas sequentes: CCA-219 e CCA-220. 65 SISTEMA JUPITER WEB. Seção Alunos. Disponível em: http://www.usp.br. Acesso em: 15 mai. 2011. 66 Cf. KUNSCH, Margarida. Propostas pedagógicas para o curso de relações públicas: Análises e perspectivas. In: PERUZZO, Cicília; SILVA, Robson (Orgs.). Retrato do ensino em comunicação no Brasil. São Paulo: Intercom, Taubaté: Unitau, 2003. p. 45-62. 55 CCA0258 - Fundamentos de Sociologia Geral e da Comunicação Objetivos: A disciplina visa introduzir o aluno nas grandes matrizes teóricas que servem de referência aos estudos de Comunicação. CCA0269 - Antropologia Cultural Objetivos: Natureza da disciplina Antropológica (sic), seu objeto e objetivos, estudo, recursos de análise antropológica na formação e evolução da cultura, seu significado e variedades de formas de manifestações da natureza humana. CRP0385 - Teorias das Organizações Aplicadas à Comunicação Objetivos: Possibilitar aos alunos compreender o processo e o pensamento administrativo de modo a aplicá-lo no exercício de suas funções no segmento de Relações Públicas. CRP0391 - Teoria e História das Relações Públicas Objetivos: - apresentar a teoria e os conceitos fundamentais do processo de Relações Públicas, como função estratégica para a formação do conceito institucional das organizações; - conhecer e estudar os principais conceitos sobre os agrupamentos humanos (multidão, massa e público) e verificar como eles são classificados e encontrados nos relacionamentos mantidos entre as organizações e seus públicos; - aprender a identificar, categorizar e analisar as informações organizacionais para conhecer as necessidades comunicacionais dos diferentes públicos das organizações; - identificar e analisar as diferentes possibilidades de desenvolver programas de Relações Públicas, em diferentes níveis da organização e da sociedade como um todo. 56 Considerações acerca do primeiro período: O primeiro período do curso introduz o aluno na Universidade, apresentando-o aos primeiros conceitos técnicos e humanísticos. Para isso, se faz uso de disciplinas mais abrangentes, que consideram a origem da sociedade e a evolução da cultura até que se alcance a configuração contemporânea do curso e da sociedade. Neste período são abordadas, ainda, questões como a produção de textos e o conhecimento da língua portuguesa, além de aspectos relacionados ao pensamento administrativo. 6.1.2. Segundo período CCA0219 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral II Objetivos: O curso visa a possibilitar que os alunos reconheçam, analisem e produzam textos marcados pela lógica da articulação argumentativa/persuasiva. CCA0255 - Teoria da Comunicação Objetivos: Analisar o desenvolvimento progressivo de formulações teóricas sobre a comunicação de massa, associando-as com os avanços tecnológicos das principais mídias contemporâneas que interagem no mercado de produtos culturais. CRP0387 - Comunicação Organizacional Objetivos: Estudar a comunicação como um setor integrado à estrutura organizacional e o seu funcionamento nas organizações em geral. CRP0388 - Identidade Corporativa e Cultura Organizacional Objetivos: Analisar, a partir das várias teorias administrativas, o processo de socialização organizacional, o desempenho humano nas organizações, visando estratégias de projetos, programas e atividades de Relações Públicas nas empresas. 57 CRP0443 - Técnicas e Instrumentos de Comunicação Dirigida em Relações Públicas Objetivos: Ao término da disciplina os estudantes deverão apresentar condições de reconhecimento e de utilização de instrumental teórico-prático para a composição do cenário de ação em Relações Públicas, em especial na parte do desenvolvimento de habilidades, como continuidade ao conteúdo teórico apresentado, que inicia o processo de reflexão sobre os aspectos cognitivos da ação de Relações Públicas. Considerações acerca do segundo período: Este segundo período já traz matérias mais específicas de relações públicas, no entanto, ainda apresenta questões relacionadas à comunicação como um todo. Traz também mais uma matéria sobre linguagem, aprofundando-se no desenvolvimento da clareza e da boa expressão escrita e falada do aluno. Destaque para a disciplina de Identidade Corporativa e Cultura Organizacional, recentemente inserida na grade, a qual mostra aspectos que dizem respeito aos recursos humanos, relacionando-os a conceitos da administração — o que estimula a multidisciplinaridade, característica necessária ao profissional corporativo e que deve estar presente em sua formação. Assim, pode-se dizer que o primeiro ano como um todo serve de apresentação do curso e introdução do aluno ao pensamento crítico e humanístico que a Universidade tem como objetivo oferecer. 6.1.3. Terceiro período CCA0220 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral III Objetivos: O curso busca levar ao reconhecimento, análise e produção de textos marcados pela lógica da articulação argumentativa/persuasiva. CCA0280 - Filosofia da Comunicação Objetivos: A partir da utilização do pensamento racional, discutir a comunicação como objeto de conhecimento. Nesse sentido, o curso pretende integrar uma visão crítica 58 tanto dos fatos quanto das teorias que tratam do fenômeno da comunicação, tendo como referencial a estrutura e o processo social contemporâneo. CRP0396 - Planejamento de Relações Públicas Objetivos: - Possibilitar ao aluno uma visão sistemática de planejamento, planejamento estratégico e planejamento de Relações Públicas, proporcionando-lhes conhecimentos teóricos e práticos que lhes possibilitem traçar e executar planos, programas específicos da área de Relações Públicas e da Comunicação Organizacional/Corporativa. CRP0442 - Estratégias de Relacionamento com a Mídia Objetivos: Desenvolver, juntamente com a classe, as teorias e as técnicas de criação e de manutenção das relações com a mídia e seus componentes, instrumentalizando e dando aos alunos a possibilidade de atuar e gerenciar nos diversos processos de veiculação de informações institucionais e no gerenciamento de situações ligadas à mediação entre organizações/instituições e mídia. MAE0116 - Noções de Estatística Objetivos: Fornecer as ideias básicas da metodologia estatística. Considerações acerca do terceiro período: Este período oferece a terceira disciplina relativa ao desenvolvimento do aluno em sua escrita e entendimento da língua portuguesa, enquanto o introduz numa das ferramentas cruciais à comunicação organizacional: o planejamento estratégico. O semestre ocupa-se, ainda, de matérias que trabalham o pensamento crítico e analítico — como Filosofia da Comunicação e Noções de Estatística, respectivamente — também características fundamentais ao RP que atuará no ambiente empresarial. 59 6.1.4. Quarto período CCA0278 - Psicologia da Comunicação Objetivos: Oferecer ao aluno as condições de aprendizagem necessárias para que elabore uma síntese temática sobre a natureza social em sua relação com a comunicação (Psicologia da Comunicação) e seja capaz de aplicar os conceitos relacionados a esta inter-relação às práticas profissionais decorrentes de sua profissão de comunicador, tendo em vista não apenas o processo de produção e gerenciamento da informação, mas também os processos de recepção dos bens simbólicos. CRP0398 - Marketing Objetivos: - Expor conceitos, princípios e procedimentos do Marketing em face da realidade profissional. - Situar a Comunicação Social (Relações Públicas e Propaganda) como instrumento de Marketing. CRP0428 - Comunicação Digital e as Novas Mídias Objetivos: Proporcionar um conhecimento teórico, histórico e filosófico da emergência da comunicação digital nas últimas décadas do século XX e a implicação dessa transformação midiática na cultura, na sociedade e nas empresas. Proporcionar um treinamento prático das novas formas de comunicação digital através de atividades individuais e grupais em laboratórios computacionais. Desenvolver a capacidade crítica e reflexiva acerca das formas emergentes da comunicação digital, favorecendo a elaboração de textos, hipertextos e projetos teóricos sobre temas contemporâneos da cibercultura. Estimular a criação e aplicação da comunicação digital na comunicação empresarial e institucional, permeadas por um pensamento evolutivo, crítico, teórico e reflexivo. CRP0429 - Relações Públicas Comunitárias e Terceiro Setor Objetivos: 60 - Proporcionar o acesso ao conhecimento produzido na Universidade, tornando-se um elemento multiplicador de ações sociais mediante exame da realidade, participação e gestão em programas dirigidos a pessoas, grupos ou instituições do Terceiro Setor. - Permitir aos alunos uma visão abrangente do papel das Relações Públicas no âmbito da administração pública no contexto da sociedade contemporânea. CRP0450 - Comunicação Visual nas Organizações Objetivos: Introdução sobre os inúmeros usos da mensagem visual no ambiente organizacional, com ênfase na apresentação e análise da mensagem visual no universo da produção gráfica e da programação visual, no contexto de relações públicas e de comunicação organizacional. Considerações acerca do quarto período: O quarto período trabalha bastante o aspecto visual da comunicação, fazendo uso de matérias como Comunicação Digital e as Novas Mídias e Comunicação Visual nas Organizações, para desenvolver a criatividade e a capacidade de inovar do RP. Além disso, o planejamento introduzido no semestre anterior passa a ser mais praticado, com matérias como Marketing e Relações Públicas no Terceiro Setor. Em suma, o segundo ano do curso, composto pelo terceiro e quarto semestres, possui uma grande gama de assuntos abrangidos e pode-se dizer que é fundamental para que o aluno de Relações Públicas tenha noção de quais atividades terá que desempenhar em sua profissão. 6.1.5. Quinto período CCA0277 – Teoria e Método de Pesquisa em Comunicação Objetivos: - Propiciar um conhecimento básico da relação Teoria/Pesquisa no campo da Comunicação, bem como um domínio das metodologias aí desenvolvidas. - Perceber a pesquisa como instrumento de produção de conhecimento e de intervenção na sociedade, particularmente nos campos da Comunicação e da Cultura. - Demonstrar o caráter formador e ao mesmo tempo instrumental da pesquisa 61 para o trabalho do profissional da comunicação. - Desenvolver um projeto de pesquisa empírica nas suas fases de elaboração e execução e relatório final. - Oferecer subsídios para discussão da questão epistemológica. CRP0389 - Teoria da Opinião Pública Objetivos: Analisar o surgimento do conceito de opinião pública, refletir sobre o seu desenvolvimento e o seu significado social na época moderna, procurar novas interpretações e teorias inéditas para compreender suas novas tendências na sociedade contemporânea. Depois de apresentar uma breve análise histórica sobre o significado filosófico do ―opinar‖, o curso se deterá no estudo do significado sociológico e político da opinião pública moderna. A partir do estudo dos processos de formação midiáticos, analisar-se-ão as principais teorias e as mais importantes visões surgidas na sociedade de massa. Na parte final, o curso buscará problematizar, por meio do estudo das principais teorias da comunicação, a função da opinião pública na época contemporânea, marcada pela superação das formas comunicativas de massa e pela difusão de formas digitais-interativas e simultâneas de trocas de informações. CRP0419 - Produção de Periódicos Institucionais no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições Objetivos: Propiciar ao aluno de Relações Públicas e de Comunicação Organizacional a oportunidade de explorar, avaliar e conhecer a história, a evolução da teoria e das práticas relacionadas à seleção, interpretação, avaliação, edição e distribuição da informação aplicadas à produção de periódicos institucionais, no contexto das mídias, do novo social, das empresas e instituições. CRP0444 - Ciência Política Objetivos: 62 - O curso oferece referenciais ao estudante de Relações Públicas sobre o funcionamento do sistema político nacional. - Recursos para que o futuro profissional de Relações Públicas possa interagir eficazmente com e nas instituições políticas (Poder Executivo e Legislativo). - O curso faculta também uma visão crítica sobre o campo político, garantindo ao estudante a possibilidade de discussão e pesquisa acerca de seus agentes. Considerações acerca do quinto período: Este período trabalha bastante a visão crítica e analítica do aluno e sua característica de estar aberto a novas opiniões. Isso é feito por meio de disciplinas relativas à pesquisa, política e opinião pública, nas quais se enfoca a relevância da informação e da opinião no contexto da organização e da sociedade. 6.1.6. Sexto período CRP0305 - Empreendedorismo e Assessoria de Relações Públicas Objetivos: Apresentar a dinâmica de uma assessoria de Relações Públicas, seja ela interna ou externa. Oferecer condições para que o aluno possa compreender os mecanismos de administração de uma assessoria de Relações Públicas. CRP0394 - Pesquisa de Opinião Pública Objetivos: - Introduzir os alunos ao conhecimento da Pesquisa Científica, a fim de obterem respostas a problemas referentes à sua área de atuação. CRP0415 - Produção Audiovisual no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições Objetivos: Propiciar aos alunos de Relações Públicas conhecimentos teóricos da linguagem audiovisual e de seus usos nas empresas e instituições, com o objetivo de prepará-los principalmente para o relacionamento com os clientes internos que demandam os produtos audiovisuais dentro das organizações. Prepara-os, também, para o 63 relacionamento com os fornecedores especializados desses serviços durante as etapas de propostas e aprovação, planejamento, execução e aprovação. CRP0417 - Ética e Legislação em Comunicação Social e Relações Públicas Objetivos: Dar aos alunos o conhecimento necessário das estruturas jurídicas que regimentam as atividades da sua profissão e a conduta dos profissionais no exercício das suas atribuições. Considerações acerca do sexto período: O sexto semestre é bastante diversificado, ocupando-se de variadas áreas da atividade das Relações Públicas. Agrega ferramentas como o audiovisual, a pesquisa de opinião e o empreendedorismo no campo da assessoria de imprensa. No entanto, a grade do semestre mescla o conhecimento técnico com a disciplina de Ética, que permite otimizar a capacidade crítica e humanística do aluno. Essa junção de diferentes aspectos do conhecimento em comunicação está presente no terceiro ano como um todo, pois foca-se na pesquisa de opinião e na formação crítica do aluno sem abandonar o caráter humano de sua formação. 6.1.7. Sétimo período CRP0430 - Relações Públicas Internacionais Objetivos: - Estudar o papel das Relações Públicas Internacionais no contexto da globalização e sua prática aplicada a diferentes contextos geográficos e culturais. - Refletir sobre a cultura nacional e a cultura organizacional como variáveis essenciais para entender a gestão dos negócios em diferentes países e nações. - Comparar as práticas de Relações Públicas entre diferentes países aplicando os princípios específicos da Teoria Global de Relações Públicas. - Analisar a importância dos grupos de ativistas e das agências reguladoras como atores importantes no trabalho globalizado. 64 - Realizar estudos práticos sobre a gestão da comunicação em organizações globalizadas e verificar quais são as características que fazem a diferença nos relacionamentos corporativo e reputacional. CRP0441 - Comunicação Pública Objetivos: - Analisar o papel da comunicação governamental nas relações entre o Estado e a sociedade, mediadas pelos meios de comunicação com a opinião pública. - Permitir aos alunos uma visão abrangente do papel das Relações Públicas no âmbito da administração pública no contexto da sociedade contemporânea. CRP0445 - Gestão Estratégica de Projetos de Relações Públicas Objetivos: • Introduzir os principais conceitos e abordagens sobre gestão estratégica. • Apresentar a metodologia para o desenvolvimento e implementação do planejamento empresarial em nível estratégico. • Demonstrar como se desenvolve o processo de elaboração de um plano estratégico de comunicação organizacional e um projeto global de Relações Públicas para as organizações. • Oferecer aos alunos conteúdo teórico-prático para a elaboração do projeto experimental. Considerações acerca do sétimo período: Sendo parte do último ano do curso, o sétimo semestre começa a preparação do aluno para a sua saída da Universidade. Assim, todas as matérias — ainda que de modos diferentes — focam no planejamento estratégico, atividade fundamental ao profissional de relações públicas, tanto para aplicação no mercado, quanto para utilização no projeto experimental. 6.1.8. Oitavo período CRP0330 - Projeto Experimental de Relações Públicas Objetivos: - Revisar os princípios e teorias de Relações Públicas e entender como eles estão relacionados com a prática da comunicação nas empresas reais. 65 - Aprender a identificar, categorizar e analisar a informação necessária e os comportamentos de comunicação dos públicos que possam trazer consequências negativas à organização. - Compreender como estratégicas e táticas usadas em Relações Públicas estão relacionadas com a missão, objetivos e metas da organização cliente. - Desenvolver pesquisas científicas junto aos públicos estratégicos da organização para conhecer seus comportamentos e opiniões. - Familiarizar-se com os tipos de avaliação que devem ser utilizados para controlar o processo de planejamento e execução de atividades. CRP0440 - Trabalho de Conclusão de Curso Objetivos: Aprimorar a formação escolar e a capacitação profissional através da aplicação e integração dos conhecimentos teóricos e/ou práticos. Considerações acerca do oitavo período: No último semestre, o aluno coloca em prática tudo aquilo que aprendeu durante o curso, por meio de um trabalho de planejamento estratégico (em grupo) e outro sobre um assunto à sua escolha (individual), a fim de colaborar com o desenvolvimento dos estudos no campo das Relações Públicas. O trabalho de planejamento desenvolve no profissional a característica de trabalhar em grupo, enquanto sua monografia incentiva sua clareza na linguagem e objetividade dentro de parâmetros e prazos preestabelecidos. 6.2. Competências contempladas na grade da ECA A partir da análise feita, é possível identificar, finalmente, quais características são abarcadas pelas disciplinas do curso de RP da ECA-USP, conforme a grade de 2011, disponível no site Júpiter Web. A saber: Perfil crítico e analítico Disciplinas que têm o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Filosofia da Comunicação, Ciência Política, Ética e Legislação em Comunicação Social e Relações Públicas, Comunicação Digital e as Novas Mídias, Noções de 66 Estatística, Teoria e Método de Pesquisa em Comunicação e Pesquisa de Opinião Pública. No caso das quatro primeiras, são disciplinas que visam trabalhar o lado crítico do profissional, fazendo-o repensar a sociedade e analisar com outros olhos o sistema em que está inserido. Já nas três últimas matérias, evidencia-se o lado analítico do profissional, desenvolvido pelo enfoque de pesquisa conferido às disciplinas. Saber pensar e planejar estrategicamente Disciplinas que têm o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Planejamento de Relações Públicas, Marketing, Gestão Estratégica de Projetos de Relações Públicas, Empreendedorismo e Assessoria de Relações Públicas, Relações Públicas Internacionais, Comunicação Pública e Relações Públicas Comunitárias e Terceiro Setor. Entende-se que é possível desenvolver o pensamento e olhar estratégicos nessas disciplinas, pois elas levam o aluno a elaborar um plano que ajude a organização a alcançar determinado fim. Nelas, é preciso planejar e desenvolver ações de comunicação, avaliando o contexto, pensando quais as possíveis reações geradas por meio dessas ações e como mensurar o plano elaborado, considerando a situação criada. Entender de Recursos Humanos Disciplinas que têm o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Fundamentos de Sociologia Geral e da Comunicação, Antropologia Cultural, Psicologia da Comunicação e Identidade Corporativa e Cultura Organizacional. Pode-se dizer que essas matérias desenvolvem aspectos relacionados ao entendimento de como lidar com os recursos humanos da organização, uma vez que, em seus objetivos declarados no programa da disciplina, estão a compreensão da natureza humana e social e como isso se aplica no campo das comunicações e das organizações. Dessa forma, trata-se de como estabelecer melhores relacionamentos com os públicos da empresa por meio do entendimento inicial de como as relações humanas se dão. No entanto, é necessário que se tenham mais aulas e conteúdos que enfoquem os públicos — com especial atenção ao público interno. Mais questões que 67 abarquem como lidar, como se aproximar e como entender o pensamento dos funcionários hoje em dia, dados os parâmetros da sociedade atual. Posicionamento exemplar Disciplinas que têm o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral I, Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral II, Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral III. Tais matérias abrangem essa competência, uma vez que conferem organização e clareza à linguagem e ao modo de se expressar do aluno. Isto é, por meio de suas atividades, leva o futuro profissional a ler, absorver, compreender e, então, se expressar, fazendo com que haja um processo linguístico de entendimento e absorção de signos e significados. Além disso, em função de a matéria se dar em três módulos, cada um abrange um tipo de discurso. Dentre estes, encontra-se a argumentação, essencial ao RP nas organizações, conforme colocado ao longo deste trabalho. Estar aberto a novas opiniões Disciplina que tem o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Teoria da Opinião Pública. De acordo com o objetivo exposto no Júpiter Web para o curso desta matéria, ela auxilia o aluno no entendimento de como e por quais canais a opinião pública se manifesta, dados os últimos avanços midiáticos. Em função de a disciplina abarcar, também, conceitos da pesquisa de opinião, leva o aluno a considerar pontos de vista alheios ao dele sobre determinado assunto. Vale ressaltar que o curso de comunicação como um todo, em função do contato com diversos tipos de pessoas e pensamentos, expande o modo de pensar e abre a mentalidade do graduando para a aceitação e discussão de novas opiniões. Visão sistêmica Disciplinas que têm o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Teorias das Organizações Aplicadas à Comunicação, Planejamento de Relações Públicas, Marketing e Gestão Estratégica de Projetos de Relações Públicas. Tais disciplinas oferecem, dentro de suas propostas, uma visão sistêmica da comunicação nas organizações. Isto é, proporcionam a visão macro que o aluno deve ter ao se formar no curso da ECA. 68 Para que as atividades do RP sejam bem desempenhadas, é necessário que o aluno aprenda a analisar o contexto e entenda onde está inserido. É interessante que se saiba qual é a dinâmica daquele ambiente e quais são os seus atores, para a perfeita análise no momento da tomada de decisão. Essas práticas durante o curso fazem com que o gestor da comunicação desenvolva mais competências relacionadas à visão do macroambiente, sendo capaz de antecipar-se a problemas e identificar soluções nos contextos interno e externo de relacionamentos das corporações. Ter formação multidisciplinar Disciplinas que têm o desenvolvimento desta competência dentre seus objetivos: Marketing, Ciência Política, Teorias das Organizações Aplicadas à Comunicação e Ética e Legislação em Comunicação Social e Relações Públicas. As disciplinas citadas englobam, cada uma, um diferente aspecto que complementa a atuação do profissional de relações públicas nas organizações. Elas se constituem em mais uma forma de desenvolver a visão sistêmica, além de da visão humanística do aluno (que lhe permite lidar melhor com seu pessoal), fomentando seu desempenho excelente na gestão da comunicação organizacional. 6.2.1. Demais competências e disciplinas No item anterior, nem todas as competências foram contempladas, da mesma forma que nem todas as disciplinas o foram. Isso acontece em função de duas razões principais: 1. Determinadas competências são características à formação pessoal e criação familiar não sendo desenvolvidas majoritariamente por meio de disciplinas. São elas: Liderança; Perfil flexível e negociador; Estabilidade emocional; Estar atualizado, colocar-se à frente, posição de vanguarda; Organização; Bom senso; Posicionamento exemplar; Conduta cordial. 2. As demais matérias do curso, não citadas no tópico anterior, são disciplinas com caráter técnico. São elas: Teoria e História das Relações Públicas, Teoria da Comunicação, Comunicação Organizacional, Técnicas e Instrumentos de Comunicação Dirigida em Relações Públicas, Estratégias de Relacionamento com a Mídia, Comunicação Visual nas Organizações, Produção de Pe- 69 riódicos Institucionais no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições e Produção Audiovisual no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições. Porém, isso não quer dizer que tais matérias também não ajudem no desenvolvimento de competências fundamentais ao profissional de RP nas organizações, nem que as competências não abarcadas pelas disciplinas não sejam desenvolvidas durante o período de graduação do aluno. Isto é, aspectos como datas, prazos, regras, regulamentos, além do relacionamento com diversos tipos de pessoas (entre alunos, professores e funcionários da faculdade), fazem com que o aluno desenvolva sua organização, bom senso, clareza, cordialidade, perfil flexível e negociador e esteja aberto a novas opiniões. Já com relação às demais características, que não são desenvolvidas pelo relacionamento diário e pelas regras preestabelecidas, podem ser proporcionadas pelo envolvimento em outras atividades, como cursos, palestras, congressos e estágios. São características relacionadas à liderança, manter-se sempre atualizado e aprender conteúdos novos, ter bom senso e desenvolver sua estabilidade emocional. Finalmente, quanto às duas disciplinas não citadas até o momento — Trabalho de Conclusão de Curso e Projeto Experimental de Relações Públicas —, são aquelas que contemplam todas as competências. Assim, por se tratarem de dois projetos que devem ser desenvolvidos ao final do curso, o aluno precisa munir-se de todas as competências citadas para realizálos com excelência, utilizando conceitos dados ao longo dos anos de formação e conciliando com características pessoais agregadas. 6.2.1.1. Tabela resumo Visão sistêmica Ter formação multidisciplinar Estar aberto a novas opiniões Conduta cordial Posicionamento exemplar Bom senso Organização Estar atualizado, colocar-se à frente, posição de vanguarda Objetividade Estabilidade emocional Entender de recursos humanos Perfil flexível e negociador Liderança Saber pensar e planejar estrategicamente Perfil crítico e analítico Relação Disciplinas ensinadas pelo currículo de 2011 da ECA x Competências necessárias abarcadas. X X 1º. Período X CCA0218 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral I CCA0258 - Fundamentos de Sociologia Geral e da Comunicação CCA0269 - Antropologia Cultural X X CRP0385 - Teorias das Organizações Aplicadas à Comunicação CRP0391 - Teoria e História das Relações Públicas 2º. Período X CCA0219 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral II CCA0255 - Teoria da Comunicação CRP0387 - Comunicação Organizacional CRP0388 - Identidade Corporativa e Cultura Organizacional X CRP0443 - Técnicas e Instrumentos de Comunicação Dirigida em Relações Públicas (Continua) Ter formação multidisciplinar Visão sistêmica Estar aberto a novas opiniões Conduta cordial Posicionamento exemplar Bom senso Organização Estar atualizado, colocar-se à frente, posição de vanguarda Objetividade Estabilidade emocional Entender de recursos humanos Perfil flexível e negociador Liderança Saber pensar e planejar estrategicamente Perfil crítico e analítico 71 3º. Período X CCA0220 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral III CRP0442 - Estratégias de Relacionamento com a Mídia CCA0280 - Filosofia da Comunicação X X CRP0396 - Planejamento de Relações Públicas MAE0116 - Noções de Estatística 4º. Período X X CCA0278 - Psicologia da Comunicação CRP0398 - Marketing CRP0428 - Comunicação Digital e as Novas Mídias CRP0429 - Relações Públicas Comunitárias e Terceiro Setor CRP0450 - Comunicação Visual nas Organizações 5º. Período CCA0277 - Teoria e Método de Pesquisa em Comunicação CRP0389 - Teoria da Opinião Pública X X X X X X X X (Continuação) Ter formação multidisciplinar Visão sistêmica Estar aberto a novas opiniões Conduta cordial Posicionamento exemplar Bom senso Organização Estar atualizado, colocar-se à frente, posição de vanguarda Objetividade Estabilidade emocional Entender de recursos humanos Perfil flexível e negociador Liderança Saber pensar e planejar estrategicamente Perfil crítico e analítico 72 CRP0419 - Produção de Periódicos Institucionais no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições CRP0444 - Ciência Política 6º. Período CRP0305 - Empreendedorismo e Assessoria de Relações Públicas X CRP0394 - Pesquisa de Opinião Pública X X X X CRP0415 - Produção Audiovisual no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições CRP0417 - Ética e Legislação em Comunicação Social e Relações Públicas X X 7º. Período CRP0430 - Relações Públicas Internacionais X CRP0441 - Comunicação Pública X CRP0445 - Gestão Estratégica de Projetos de Relações Públicas X X 8º. Período CRP0330 - Projeto Experimental de Relações Públicas X X X X X X X X X X X X X X X CRP0440 - Trabalho de Conclusão de Curso X X X X X X X X X X X X X X X (Conclusão) Tabela 2 – Competências necessárias ao profissional de Relações Públicas abarcadas pelo currículo da ECA-USP - Grade 2011. 6.3. Matérias optativas Ao que se sabe, as matérias optativas — sejam elas eletivas ou livres — são disciplinas oferecidas cuja intenção é mesclar ou complementar o currículo da grade do aluno com o ensino de outros cursos, atuando como uma forma de incentivar a multidisciplinaridade. No entanto, a ausência de um regulamento que estabeleça os critérios e prioridades de seleção para a premiação destas faz com que sua finalidade e efetividade sejam questionadas. São muitas as tentativas de interpretações para justificar o merecimento de disciplinas optativas. A cada ano, ouve-se um novo critério supostamente adotado pelo sistema Júpiter Web: da quantidade de créditos cursados à média ponderada. Recentemente, a fim de dar mais consistência a este trabalho, busquei saber junto à secretaria do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo (CRP), se existe algum regulamento ou documento com regras que trate deste conteúdo. Fui informada de que não há e que não se sabe ao certo qual é o real critério de seleção que o sistema Júpiter utiliza. Fui informada, ainda, que tempos atrás dizia-se que o Júpiter premiava com matérias optativas aqueles alunos cujo andamento do curso estivesse mais avançado, sendo uma forma de estímulo à formação dos veteranos. No entanto, também de acordo com a secretaria do CRP, mais recentemente o critério parece ter mudado e a média ponderada do aluno tem prevalecido no momento de seleção. Ou seja, alunos cuja média ponderada está mais alta têm seu currículo favorável à elegibilidade de cursar disciplinas optativas. Prova disso é que discentes dos primeiros anos chegam à secretaria querendo selecionar algumas das muitas optativas nas quais estão matriculados, enquanto alunos dos últimos anos — a fim de concluírem sua graduação — abrem mão da disciplina que realmente desejam em troca de qualquer outra que esteja disponível, somente para o cumprimento de créditos. Sendo assim, é possível afirmar que ainda que os formandos sintam alguma necessidade ou falha de conteúdo durante o curso e tentem reverter esse quadro por meio do curso de disciplinas optativas, essa multidisciplinaridade torna-se inviável. 74 E digo isso com conhecimento da causa. Nos três últimos semestres do meu curso (sétimo, oitavo e nono períodos), tentei disciplinas optativas de Administração e Marketing na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, sem sucesso. Não consegui nem pelo Júpiter Web, nem por retificação (que se trata do período pós-matrícula, no qual é possível remanejar disciplinas optativas), nem por requerimento na própria FEA, ainda que minha média ponderada sempre estivesse entre 8,1 e 8,2, desde o início do curso. 75 7. Conclusão: sugestões para uma formação mais abrangente Chegando ao final deste trabalho, algumas conclusões e sugestões podem ser submetidas à avaliação. Em geral, o que se percebe por meio do material apresentado é que a maioria das características necessárias ao profissional de RP para sua atuação nas organizações já está sendo trabalhada pelo atual currículo da ECA. No entanto, a visão sistêmica e a formação multidisciplinar poderiam ser reforçadas, em especial pela maior interface do campo das Relações Públicas com o da Administração e Gestão, considerando o objetivo final do curso de RP da ECA-USP, que é formar gestores da comunicação nas empresas. Conforme colocado em documento elaborado pela Comissão de Especialistas (2010, p. 11), a maior inserção de conceitos da área administrativa no currículo de formação do aluno de RP não deve ―obscurecer a vinculação fundamental das relações públicas com os conhecimentos da área da comunicação‖, mas há de se reconhecer que é uma interação de extrema relevância à atuação do profissional de relações públicas e, por isso, deve estar mais presente em seu currículo de graduação. Partindo desse pressuposto, julgo oportunas algumas sugestões para a formatação de um currículo mais abrangente, que complemente a atual grade da Escola, além de favorecer o desenvolvimento da visão sistêmica e multidisciplinar do graduando: Conceitos de administração e gestão não deveriam estar presentes apenas no primeiro, segundo e sexto períodos — com as disciplinas de Teorias das Organizações Aplicadas à Comunicação, Identidade Corporativa e Cultura Organizacional e Empreendedorismo e Assessoria de Relações Públicas, respectivamente —, mas em interfaces com disciplinas durante todo o curso. Justificativa: Logo no início do curso, junto a milhares de outras informações sobre sua dinâmica na Universidade, o aluno da ECA recebe uma carga muito grande de informações sobre o curso de RP (o que é, para que serve e onde atua), mas não é apresentado ao ambiente organizacional e às suas funcionalidades. Sendo assim, defendo a importância da inserção e/ou otimização de disciplinas que apresentem melhor a profissão de relações públicas ao aluno recém-chegado. 76 Um bom exemplo é o caso da nova disciplina optativa inserida na grade do curso de jornalismo da ECA. Criou-se a disciplina ―Fundamentos do Jornalismo‖, voltada para alunos do primeiro ano e cujo objetivo é passar os referenciais teóricos do jornalismo. A meu ver, se aplicadas ao curso de relações públicas, disciplinas assim poderiam concatenar conceitos de RP e de Administração (em matérias separadas, obviamente), a fim de auxiliar no entendimento da profissão — o que eventualmente pode melhorar o desempenho do aluno durante o curso, por sua clareza conceitual —, desenvolvendo sua visão sistêmica e sua formação de caráter multidisciplinar. Com relação ao currículo que cursei em 2007, a disciplina de Pensamento Econômico Contemporâneo ainda constava na grade do curso, se comparado à grade de 2011. A meu ver, essa matéria não deveria deixar de fazer parte da grade curricular. Justificativa: Seguindo a lógica da declaração de Nassar (2010), de que a empresa age de acordo com o que acontece na política e na economia, entendo que o RP deve conhecer um pouco dessa área e, por este motivo, a disciplina ainda deveria estar presente na grade da ECA, mas utilizando-se de outro enfoque. Durante as aulas da matéria citada, foram passados muitos conceitos de microeconomia que, apesar de facilmente aplicáveis em vários aspectos da vida em sociedade, não são tão focados em comunicação. Isto é, caso se tenha uma disciplina de economia na grade, entendo que ela deva estar mais voltada ao modo como a economia e seus aspectos interferem nas questões de mercado, e como estas, por sua vez, interferem na atuação dos relações-públicas. A meu ver, dessa forma a matéria despertaria maior interesse nos alunos, considerando que estaria mais relacionada ao seu contexto, além de também desenvolver o olhar sistêmico e multidisciplinar em interface com a área econômica. Ao estudar o currículo da ECA, foi possível perceber que não há nenhuma matéria relacionada à comunicação interna. Essa área das relações públicas deveria ser mais bem trabalhada, considerando sua importância e caráter humanístico nas empresas. Justificativa: A grade é composta por matérias que tratam dos mais diversos aspectos da comunicação, dos eventos à assessoria, mas sente-se a ausência de 77 uma disciplina cujo enfoque seja a comunicação interna. Dessa forma, essa área é apresentada ao aluno como um assunto que permeia os outros, sendo menos abordada em função da falta de uma matéria específica. Seria interessante aumentar o contato com as ferramentas técnicas da área de relações públicas, mas mantendo o foco no pensamento crítico, na humanização e no planejamento estratégico que o curso da ECA confere. Justificativa: A meu ver, as áreas que competem à atividade das relações públicas, como eventos, assessoria de imprensa, comunicação interna, comunicação institucional, pesquisa etc., devem ser firmemente trabalhadas e com enfoque prático, para que o aluno se forme sabendo exatamente como idealizar, elaborar e produzir toda e qualquer ferramenta de comunicação. Em outras palavras, o ideal é que o aluno saiba exatamente, ao término de seu curso, quando e como estruturar um press release, um jornal mural, fazer mailing, clipping, entre outros. Não penso que sua formação deva ser técnica, mas sim que o aluno da ECA seja excepcional, isto é, que conclua o curso tendo conhecimento de todos os aspectos de sua profissão. É preciso agir no sentido da criação de uma disciplina optativa que trate da sustentabilidade nas organizações, dado que este é um assunto muito relevante para as empresas hoje. Adicionalmente, outras matérias que também poderiam ser oferecidas ao graduando seriam temas como Storytelling, Governança Corporativa e Relações com Investidores, áreas nas quais o RP também está apto a atuar. Justificativa: Sendo a ECA uma escola que serve como referência às demais que também oferecem o curso de relações públicas, seu curso deve estar sempre em posição de vanguarda. O fato de a ECA ter inserido em sua grade uma disciplina optativa de Memória Institucional e Responsabilidade Histórica já demonstra sua preocupação e alinhamento às necessidades do mercado. No entanto, seria de grande valia se a Escola de Comunicações e Artes conseguisse criar mais disciplinas optativas com os temas sugeridos. 78 Ainda com relação às disciplinas optativas, seria interessante que houvesse um critério explícito quanto à premiação destas e que o acesso às disciplinas em outras unidades fosse facilitado. Justificativa: As disciplinas optativas são uma ferramenta essencial para que se trabalhe a multidisciplinaridade no currículo do graduando. Por isso, é necessário que haja clareza nos critérios seguidos pelo sistema Júpiter Web, além de que se favoreça e estimule o curso de optativas em outras unidades. Por exemplo, no caso que coloquei no item 6.3, uma vez que se sabe que a administração é um campo fundamental à formação do RP, poderiam ser reservadas algumas vagas no curso da FEA com oferecimento especial aos alunos da ECA, incentivando o intercâmbio de alunos entre unidades. Uma última sugestão seria incorporar cursos de língua espanhola ou inglesa como disciplinas optativas (seguindo o ambiente internacional, que já o faz), a fim de ampliar a abrangência linguística do aluno de relações públicas. Justificativa: A finalidade seria não apenas aumentar a acessibilidade a textos e conteúdos em outras línguas, mas também desenvolver competências para o mercado, considerando que o domínio de tais idiomas é essencial à performance do profissional de relações públicas. Caso a criação de disciplinas optativas não seja possível, uma alternativa seria estimular os alunos da ECA por meio de acordos e convênios com cursos particulares de línguas como os que já existem em algumas unidades da USP (FEA, FFLCH e Poli), para a bonificação de descontos. Cabe ainda nessa conclusão, a chamada para um ponto de atenção aos docentes que compõem a grade do curso de relações públicas. Tendo completado o curso e analisando suas descrições no sistema Júpiter Web, vejo que é possível encontrar divergências, o que indica que determinados conteúdos não estão sendo seguidos em classe conforme suas pretensões indicadas em seus respectivos objetivos. Penso que não é o caso apontar quais disciplinas estão seguindo à risca o que está sendo proposto e quais não estão; mas faço referência a este aspecto como um ponto de atenção para que, no futuro, o roteiro de matérias disponível no Júpiter 79 Web possa servir mais e melhor como uma ferramenta de avaliação e mensuração de conteúdos dados durante o curso. Finalmente, por meio das sugestões mencionadas, é possível concluir que, de fato, o curso de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo necessita de maior interface com o campo da Administração, para que lance ao mercado profissionais relações-públicas com formação mais abrangente, visão sistêmica e multidisciplinar — requisitos fundamentais para o Gestor da Comunicação e dos Relacionamentos nas organizações. Gostaria ainda de deixar claro que este trabalho expressa as minhas impressões e opiniões sobre o curso de Relações Públicas, sendo motivado pelas necessidades que senti quando saí da ECA em direção ao mercado. Neste sentido, vale ainda dizer que, uma vez que se trata de uma análise do currículo muito subjetiva — já que a grade é vista sob o meu ponto de vista e o meu contexto —, seria interessante que fosse desenvolvida uma pesquisa com os alunos quanto à necessidade de mais conceitos de administração no curso de RP da ECA. Seria uma forma mais imparcial e empírica de sentir se os demais discentes sentem a mesma necessidade que eu. Assim, este trabalho tem a única intenção de fomentar a discussão do assunto. Não é sua pretensão fazer com que o campo das Relações Públicas abandone sua base comunicacional para adquirir base administrativa; ou mesmo que a atividade de RP perca seu caráter humanístico para tornar-se uma profissão meramente técnica. Pelo contrário, considero essencial seu lado humano, que permite aos profissionais de RP unirem empresa e público por meio de uma comunicação humanizada, fazendo com que as empresas deixem de ser um ambiente frio para ganharem aspecto mais familiar — especialmente no que tange ao público interno. Faço das palavras da professora Margarida Kunsch (2003, p. 46) as minhas: ―defendemos que a formação do profissional de relações públicas tem de ter uma carga razoável de disciplinas da área de Administração‖ e, por isso, produzi em cima deste tema. Sei que o ensino superior brasileiro está num momento favorável de mudança e de reavaliação de seu conteúdo e espero ter contribuído com esse contexto. 80 Não me cabe o papel de determinar o que está certo ou errado na grade de disciplinas. Minha monografia é resultado de impressões que julgo que devam ser levadas em conta, dado o momento de reestruturação do curso e considerando que o que está em jogo é a formação de gerações futuras de comunicadores e relaçõespúblicas, assim como eu. Na conclusão desta monografia, gostaria que ela servisse como instrumento para a colocação de mais ideias e a sinto como forma de retorno à sociedade, por tudo o que foi investido em mim a para concessão de meus quatro anos e meio de estudo. 81 8. Referências1 ABRANTES, Talita; LUZ, Amanda. As profissões mais estressantes em 2011. Portal Exame.com, 27 abr. 2011. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-profissoes-mais-estressantes-em2011?p=3#link>. Acesso em: 14 mai. 2011. ANDRADE, Cândido T. Para entender relações públicas. 4. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 178 p. DUPAS, Gilberto. Atores e poderes na nova ordem global: Assimetrias, instabilidades e imperativos de legitimação. São Paulo: Editora Unesp, 2005. 319 p. ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES. Curso de jornalismo tem nova optativa. Disponível em: <http://www3.eca.usp.br/node/1339>. Acesso em: 01 jun. 2011. FARO, J. S. A experiência da autonomia curricular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. In: KUNSCH, M. M. K. (Org.). O ensino de comunicação: Análises, tendências e perspectivas. São Paulo: Abecom: ECA-USP, 1992. p. 187-197. FERREIRA, Ademir; PEREIRA, Maria; REIS, Ana Carla. Gestão empresarial: De Taylor aos nossos dias. Cengage Learning Editores: 2006. 256 p. FRANÇA, Fábio. Conceituação lógica de públicos em relações públicas. Disponível em: <http://www2.metodista.br/agenciarp/ffranca.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2011. GRUNIG, James. A função das relações públicas na administração e sua contribuição para a efetividade organizacional e societal. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, p. 67-92, 2005. GRUNIG, James; FERRARI, Maria A.; FRANÇA, Fábio. Relações públicas: Teoria, contexto e relacionamentos. São Paulo: Difusão Editora, 2009. 272 p. 1 De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sistema autor-data. NBR 6023. 82 JAGGI, Marlene. Desafio é falar com as ONGs. Valor Econômico, São Paulo, p. 1829, nov. 2010. Suplemento Revista Valor Setorial - Comunicação Corporativa. JUNIOR, Sérgio. J. A. A atuação do profissional de relações públicas em pequenas e médias empresas. Organicom, São Paulo: Gestcorp/ECA/USP, ano 3, n. 5, p. 121-131, 2006. KUNSCH, Margarida M. K. Gestão das relações públicas na contemporaneidade e a sua institucionalização profissional e acadêmica no Brasil. Organicom, São Paulo: Gestcorp/ECA/USP, ano 3, n. 5. p. 30-61, 2006. KUNSCH, Margarida M. K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 2. ed. São Paulo: Summus, 2003. 417 p. KUNSCH, Margarida M. K. Propostas pedagógicas para o curso de relações públicas: Análises e perspectivas. In: PERUZZO, Cicília; SILVA, Robson (Orgs.). Retrato do ensino em comunicação no Brasil. São Paulo: Intercom, Taubaté: Unitau, 2003. p. 45-62. KUNSCH, Margarida M. K. Relações públicas e modernidade: Novos paradigmas na comunicação organizacional. 3. ed. São Paulo: Summus, 1997. 156 p. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Comissão de Especialistas. Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Relações Públicas: Relatório da Comissão de Especialistas Instituída pelo Ministério da Educação (Portaria 595/2010, de 24 de maio de 2010). Brasília: 2010. 18 p. MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 2006. 421 p. MOURA, Cláudia P. O curso de comunicação social no Brasil: Do currículo mínimo às novas diretrizes curriculares. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. 344 p. MOURA, Cláudia P. In: O que é comunicação organizacional? Vol. 1. São Paulo: Aberje, 2008. DVD. NASSAR, Paulo. Aberje 40 anos: uma história da comunicação organizacional brasileira. Organicom, São Paulo: Gestcorp/ECA/USP, ano 4, n. 54. p. 31-43, 2007b. 83 NASSAR, Paulo. A mensagem como centro da rede de relacionamentos. In: FELICE, Massimo Di. (Org.). Do público para as redes: A comunicação digital e as novas formas de participação social. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008. p. 191-201. NASSAR, Paulo. Miopia Pura. Disponível em: <http://www.aberje.com.br>. Acesso em: 01 jun. 2011. NASSAR, Paulo. O profissional de Relações Públicas no ambiente corporativo global: Uma contribuição para a Comissão de Especialistas em formação superior de relações públicas. São Paulo: Aberje, 2010. NASSAR, Paulo. O que é comunicação organizacional? Vol. 1. São Paulo: Aberje, 2008. DVD. NASSAR, Paulo. Relações Públicas na cesta básica. Abril, 2007a. Disponível em: <http://www.terra.com.br>. Acesso em: 13 abr. 2010. NASSAR, Paulo. Viva a Mestiçagem. Meio & Mensagem. São Paulo, 08 nov. 2004. Especial Comunicação Corporativa. 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Da gênese do jornalismo empresarial e das relações públicas à comunicação organizacional no Brasil. In: KUNSCH, M. M. K. (Org.) Comunicação organizacional: Histórico, fundamentos e processos. Vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2009. cap. 1. p. 7-28. VASCONCELLOS, Maria C.; BRAGA, Juliana. Análise das competências profissionais dos gestores como suporte à gestão de pessoas nas organizações. Disponível em: <http://www.unipel.edu.br/periodicos/index.php/get/article/viewFile/130/124>. Acesso em: 03 mai. 2011. 85 9. Anexos Grade Curricular do Curso de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas da ECA-USP Fonte: Sistema Júpiter Web ---------------------------1º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0218 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral I Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2006 Objetivos O curso, através de procedimentos da Análise do Discurso (AD), pretende: a) capacitar o aluno para analisar e produzir textos em língua portuguesa, em suas diferentes normas e níveis; b) permitir a formação da consciência crítica acerca do papel da linguagem verbal na formação do comunicador, levando-se em conta as mediações; c) possibilitar a reflexão crítica sobre os usos da linguagem verbal pelos meios de comunicação, incluindo os aspectos de recepção. Ao final do processo o aluno deverá estar apto a elaborar outras propostas com relação ao uso que os meios de comunicação fazem da linguagem verbal. Esse resultado embasa as disciplinas seqüentes: CCA-219 e CCA-220. Docente(s) Responsável(eis) 2139781 - Maria Cristina Palma Mungioli 2099978 - Roseli Aparecida Figaro Paulino Programa Resumido Possibilitar a reflexão crítica sobre os usos da linguagem verbal pelos meios de comunicação, incluindo os aspectos de recepção. Ao final do processo o aluno deverá estar apto a elaborar outras propostas com relação ao uso que os meios de comunicação fazem da linguagem verbal. Esse resultado embasa as disciplinas seqüentes: CCA-219 e CCA-220. Programa PROGRAMA 1. O papel da linguagem verbal na comunicação. 2. A especificidade da comunicação verbal: o pólo da recepção 3. Níveis de abstração: sistema, norma e fala. 4. Linguagem: pensamento, conhecimento e cultura 5. Conhecimento, informação e tecnologia 6. A Língua Portuguesa: gramáticas e estilos. 7. A linguagem verbal nos meios de comunicação: construção de identidades 86 8. Palavra e discurso no campo da comunicação 9. As normas lingüísticas: variedades geográficas e socioculturais. 10. A gramática e o estilo das variadas normas, incluindo a norma padrão e sua correção gramatical. 11. A norma e os fatores de unificação lingüística na comunidade: escola, meios de comunicação e literatura. 12. A "norma culta" e o conceito de erro na língua portuguesa. Critérios para a conceituação de "erro" lingüístico. O "purismo". Adequação e inadequação. 13. A representação escrita das estruturas faladas. 14. A linguagem verbal na mídia: estudo de caso. 15. A monografia: normas de apresentação de originais da A.B.N.T. Avaliação Método Aulas teóricas sistematizadoras. Leituras programadas: discussão em torno dos textos. Painéis. Seminários. Pesquisa de campo. Discussão da adequação dos textos escritos à gramática da norma padrão. Critério Cada aluno terá durante o semestre, as seguintes avaliações: 1. pelos textos escritos em norma padrão, de acordo com as normas da ABNT; 2. pela pesquisa de campo e o relatório escrito dessa pesquisa, de acordo com as normas vigentes; 3. pela participação em aula. Norma de Recuperação Prova escrita a ser realizada na primeira semana do semestre letivo posterior (de acordo com cronograma do CCA). Bibliografia ABDALA Jr., Benjamin (org.) Margens da cultura. Mestiçagem & outras misturas. São Paulo: Boitempo, 2004. p. 9 a 20. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. Normas para a Referência Bibliográfica. BACCEGA, Maria Aparecida. Conhecimento, informação e tecnologia. Comunicação & Educação n.11. São Paulo, CCA-ECA-USP; Moderna, jan/abr de 1998. p.7-16. BLIKSTEIN, Izidoro. Kaspar Hauser ou a fabricação da realidade. São Paulo: Cultrix, 1990. p.11 a 64 COSTA, Maria Teresa P. da. O programa Gil Gomes: a justiça em ondas médias. Campinas, EdUnicamp, 1992. p. 91-119 MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2001. p.71-83. MOTTER, Maria Lourdes. Ficção e História. Imprensa e construção da realidade. São Paulo: Arte&CiênciaVillipress, 2001. p. 65 a 81. NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE DOCUMETNOS CIENTÍFICOS. Teses, dissertações, monografia e trabalhos acadêmicos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná. Sistema de Bibliotecas, 2002. ORLANDI, Eni P. Terra à vista. Discurso do confronto: velho e novo mundo. São Paulo: Cortez, 1990. p. 13 a 17 e de 25 a 37. PAULIUKONIS, M. A. L.et alii. Jornal televisivo: estratégias argumentativas na construção da credibilidade. In: CARNEIRO, Agostinho Dias. O discurso da mídia. Rio, Oficina do Autor, 1996. p. 81-98 PRETI, Dino. Sociolingüística: os níveis de fala (um estudo sociolingüístico do diálogo na Literatura Brasileira).8ed. São Paulo: Edusp, 1997. p. 11 a 71. SCHAFF, A. Linguagem e conhecimento. Coimbra: Almedina, 1974, p.247-268 SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a Mídia? São Paulo: Loyola, 2002. p. 11 a 43 TARALLO, Fernando. A pesquisa sociolingüística. São Paulo: Ática, 1985, p.17-32. Bibliografia complementar: 87 BRANDÃO, Helena Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. Campinas, EdUNICAMP, 1991. COSERIU, Eugenio. Teoria da linguagem e lingüística geral. Rio de Janeiro/São Paulo: Presença/Edusp, 1979. SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix, 1973. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0258 - Fundamentos de Sociologia Geral e da Comunicação Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1996 Objetivos A disciplina visa introduzir o aluno nas grandes matrizes teóricas que servem de referência aos estudos de Comunicação. Docente(s) Responsável(eis) 57716 - Celso Frederico Programa Resumido A disciplina visa introduzir o aluno nas grandes matrizes teóricas que servem de referência aos estudos de Comunicação. Programa 1. A modernidade: a sociologia como autoconsciência da sociedade industrial. II - A Sociologia Positivista: 1. Durkheim e o objeto da sociologia 2. O método funcionalista 3. A integração social 4. Objetividade e subjetividade: o papel do imaginário social na sociologia positivista. III - O Materialismo Histórico: 1. As três fontes do marxismo 2. O método dialético 3. A contradição social 4. Objetividade e subjetividade: o papel do imaginário social no marxismo. IV - Funcionalismo e Marxismo: Estudos Sociológicos da Comunicação. Avaliação Método Aulas teóricas (de tipo formal e expositivo) sobre textos fundamentais, e analisados pelo aluno sob a assistência do professor. Critério Os alunos serão avaliados através de duas provas escritas, realizadas durante o semestre, e um exame a ser realizado no final do curso. Norma de Recuperação Terão direito à recuperação os alunos que, de acordo com o regulamento, tiveram média três e setenta por cento de frequência nas aulas. Bibliografia DURKHEIM, E. As Regras do Método Sociológico, Companhia Editora Nacional, 1966. DURKHEIM, E. Coleção Grandes Cientistas Sociais, Ed. Ática, 1978. DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. Ed. Melhoramentos, 1973. LOWY, M. Método Dialético e Teoria Política. Ed. Paz e Terra, 1975. MARX, K. O Capital. Ed. Civilização Brasileira, 1968, vol. I. MARX, K. Contribuição para a Crítica da Economia Política. Ed. Estampa. 1974. MARX, K. e ENGELS, F. Cartas Filosóficas e Outros Escritos. Ed. Grijalbo, 1977. MORAGAS, M. de (Ed.). Sociologia de la Comunicación. Ed. Gustavo Gili, 1985, 4 vol. 88 Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0269 - Antropologia Cultural Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1992 Objetivos Natureza da disciplina Antropologica, seu objeto e objetivos, estudo, recursos de análise antropológica na formação e evolução da cultura, seu significado e variedades de formas de manifestações da natureza humana. Docente(s) Responsável(eis) 1980607 - Ricardo Alexino Ferreira 39622 - Solange Martins Couceiro de Lima Programa Resumido 11. Objetivos: Natureza da disciplina Antropológica, seu objeto e objetivos, estudo, recursos de análise antropológica na formação e evolução da cultura, seu significado e variedades de formas de manifestações da natureza humana. Programa 12. Conteúdo: I. Antropologia: histórico e formação 1. Objeto e objetivos 2. O quadro das disciplinas antropológicas 3. Metodologia de pesquisa em antropologia. II. O conceito Antropológico de Cultura 1. Hominização e humanização 2. Instrumentalidade da Cultura 3. O conceito de cultura nas sociedades complexas 4. Cultura popular e cultura de massa. III. Raça, Etnia e Identidade 1. A problemática da diversidade humana 2. Etnicidade, identidade e Meios de Comunicação IV. Antropologia Visual 1. Metodologia Antropológica em Antropologia Visual 2. A fotografia como técnica de pesquisa antropológica: trabalho de campo. Avaliação Método 14. Atividades discentes: Os alunos deverão realizar prova e trabalho final. Critério 17. Critérios de avaliação de aprendizagem: A nota será a média obtida nas atividades relacionadas no item 14. Norma de Recuperação A prova escrita a ser realizada na primeira semana do semestre letivo posterior de acordo com cronograma do CCA. Bibliografia 19. Bibliografia Básica: AUGE, Marc. O sentido dos Outros. Rio de Janeiro. Vozes, 1999. CARDOSO, Ruth (org.). A Aventura Antropológica. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986. DA MATA, Roberto. Relativizando: uma introdução a Antropologia Social. Rio de Janeiro. Vozes, 1981. GEERTZ, Cliford. Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, Jorge Zahar editores, 1978. GEERTZ, Cliford. Nova Luz sobre a Antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar editores, 2001. HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro, DP& 1998. MAGNANI, José G. C. Na Metrópole. São Paulo. Edusp. Fapesp. 1996. MUNANGA, Kabengele (org.) Estratégias e Políticas de Combate a Discriminação Racial. São Paulo. Edusp e Estação Ciência. 1996. SCHWARCZ, Lilia M. e QUEIROZ, Renato. Raça e Diversidade. São Paulo. Edusp e Estação Ciência, 1996. VELHO, Gilberto. Projeto e Metamorfose. Antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro. Jorge Zahar editores. 1999. 89 Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0385 - Teorias das Organizações Aplicadas à Comunicação Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2008 Objetivos Possibilitar aos alunos compreender o processo e o pensamento administrativo de modo a aplicá-lo no exercício de suas funções no segmento de Relações Públicas. Programa Resumido Possibilitar aos alunos compreender o processo e o pensamento administrativo de modo a aplicá-lo no exercício de suas funções no segmento de Relações Públicas. Programa 1. Cenário para o surgimento do Pensamento Administrativo 2. Administração Científica de Taylor e Administração Clássica de Fayol. 3. Burocracia, Weber e Escola de Relações Humanas. 4. Abordagens Sistêmica e Contingêncial. 5. Administração Participativa e Empreendedora. 6. Conceitos básicos: Organização e Administração, Processos Administrativos e Áreas Funcionais, O papel dos Gerentes, Ética, Tendências das Organizações, Globalização, Competitividade, Produtividade e Qualidade. 7. Teoria Comportamental (Teoria das Decisões/Liderança e Motivação). 8. Teoria do Desenvolvimento Organizacional. 9. Escola de Administração Japonesa 10. Aprendizagem Organizacional. 11. Uma visão transversal da Teoria Geral da Administração: A evolução dos conceitos relacionados ao Homem. Organização e Meio Ambiente. Sustentabilidade. Avaliação Método Aulas Expositivas. Pesquisa em livros, revistas, jornais, filmes e discussão dos textos sugeridos. Critério Seminários (2 pontos), relatórios e resenhas (2 pontos), prova escrita (6 pontos). Norma de Recuperação Aulas e provas. Bibliografia CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Edição Compacta. Rio de Janeiro: Campus, 2000. DRUCKER, P. Sociedade Pós Capitalista. São Paulo: Pioneira, 1994. FERREIRA, Ademir Antonio. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1997. KWASNICKA, E. L. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2002. LODI, João Bosco. História da Administração. São Paulo: Pioneira, 1993. MAXIMIANO, A. C. A Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2002. _______________ Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2000. MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2002. MOTTA, F.C.P. & VASCONCELOS, I. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. NASSAR, Paulo.Tudo é Comunicação. São Paulo: Lazuli, 2003. SILVA, O. R. Teorias da Administração. São Paulo:Thomson Learning, 2001. TRAGTENBERG, Maurício. Administração, Poder e Ideologia. São Paulo: Moraes, 1980. 90 Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0391 - Teoria e História das Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos • Apresentar a teoria e os conceitos fundamentais do processo de Relações Públicas, como função estratégica para a formação do conceito institucional das organizações; • Conhecer e estudar os principais conceitos sobre os agrupamentos humanos (multidão, massa e público) e verificar como eles são classificados e encontrados nos relacionamentos mantidos entre as organizações e seus públicos; • Aprender a identificar, categorizar e analisar as informações organizacionais para conhecer as necessidades comunicacionais dos diferentes públicos das organizações; • Identificar e analisar as diferentes possibilidades de desenvolver programas de Relações Públicas, em diferentes níveis da organização e da sociedade como um todo. Docente(s) Responsável(eis) 1366021 - Maria Aparecida Ferrari Programa Resumido Relações Públicas é uma atividade de relacionamentos. É uma filosofia porque reconhece a necessidade da manutenção de um equilíbrio entre os objetivos do interesse público e o privado, e é processo porque utiliza a mediação como estratégia para estabelecer um diálogo entre os públicos e a organização. Tem visão global da simetria da relação e a capacidade de planejar, definir e fazer a gestão das diretrizes da relação, ultrapassando o caráter midiático e operacional. Enfoca a elaboração das diretrizes e políticas de comunicação em uma organização. Interpreta os princípios éticos e os valores da instituição, além de sua declaração de missão e os transformam em diretrizes permanentes de relacionamento e de comunicação com os públicos com os quais se envolve. Programa Unidade I – A natureza de Relações Públicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. Pressupostos teóricos e evolução conceitual; Definição conceitual e operacional; Funções da atividade; Objetivos e finalidades da atividade de Relações Públicas; O papel das entidades da categoria na prática das Relações Públicas; Diferenças entre Relações Públicas/Marketing/Jornalismo/Publicidade. Unidade II – Origens e contexto histórico 1. Contexto histórico de Relações Públicas nos Estados Unidos; 2. Contexto histórico de Relações Públicas no Brasil e América Latina; 3. A evolução de Relações Públicas após a segunda guerra mundial e o contexto sócio-político-econômico; Unidade III – Estrutura contemporânea de Relações Públicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. Agrupamentos humanos: multidão, massa e público; Tipologias de públicos; Os quatro modelos de prática de Relações Públicas, segundo Grunig e Hunt; Papéis desempenhados pelos profissionais de Relações Públicas; Teoria Geral de Relações Públicas; Excelência em Comunicação; 91 Avaliação Método • Aulas expositivas; • Leituras programadas; • Palestras e seminários com profissionais. Critério • Duas provas de desenvolvimento, referentes ao conteúdo do semestre; • Apresentação escrita de fichamento de textos programados; • Freqüência e participação em classe. Norma de Recuperação Prova e Trabalho até uma semana antes do início do próximo semestre letivo. Bibliografia Andrade, Cândido Teobaldo de Souza. Para entender Relações Públicas. 3a. edição, São Paulo, Loyola, 1983. ________ . Psicosociologia das Relações Públicas. Rio de Janeiro, Vozes, 1975. Grunig, J. E., Ferrari, M. A. E França, F. Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamentos. São Caetano do Sul, Difusão, 2009. França, Fábio. Públicos. Como identificá-los em uma nova visão estratégica. São Caetano do Sul, Ed. Difusão, 2004. Grunig, James E. Gerando Comunicação Excelente. Revista da Aberje, 2000, p. 21 – 24. _____________ . A função das relações públicas na administração e sua contribuição para a efetividade social e organizacional. Revista Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo, UMESP, Ano 24, no. 39, 2003, p. 67 – 92. Kunsch, Margarida M. K. Relações Públicas e Modernidade. São Paulo, Summus, 1997. __________________ . (org.) Relações Públicas – história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. São Paulo, Ed. Saraiva, 2009. Simões, Roberto Porto. Relações Públicas: função política. 3a. ed. São Paulo, Summus, 1995. Bibliografia complementar: Grunig, James E. e Hunt, Todd. Managing Public Relations. New Jersey, EUA, Holt, Rinehart and Winston, 1984. Kunsch, Margarida M. K. (org.). Obtendo resultados em Relações Públicas. 2ª. Edição, São Paulo, Pioneira, 2006. Bibliografia estrangeira: Baskin, Otis e Aronoff, Craig. Public Relations: the profession and the practice. 3a. edição, EUA, WCB Editores, 1992. Black, Sam. Casos de Relaciones Públicas Internacionales. Barcelona, Ediciones Gestión 2000, 1993. Cutlip, Center & Broom. Effective Public Relations. 7ª edição, EUA, Prentice-Hall, 1999. Grunig, James E. (org.). Excellence in Public Relations and Communication Management. New Jersey, Lawrence Erlbaum, 1992. Heath, Robert L. Strategic Issues Management. London, Sage, 1997. _________________ . Management of Corporate Communication. New Jersey, Lawrence Erlbaum, 1994. Newson, Doug e outros. This is PR - the realities of Public Relations. 4a. edição, Belmont, EUA, 1989. 2º. Período 92 Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0219 - Língua Portuguesa-Redação e Expressão Oral II Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2006 Objetivos O curso visa a possibilitar que os alunos reconheçam, analisem e produzam textos marcados pela lógica da articulação argumentativa/persuasiva. Docente(s) Responsável(eis) 2139781 - Maria Cristina Palma Mungioli Programa Resumido 11. Objetivos: O curso visa: 1. Ampliar os conceitos abordados e as práticas efetivas no 1º semestre; 2. conscientizar o aluno quanto às possibilidades de adequação da linguagem verbal aos meios de comunicação; 3. permitir a realização de produtos verbais destinados aos meios de comunicação, levando em conta as pesquisas do semestre anterior, assim como a leitura de textos literários. Programa 12. Conteúdo: 1. Língua e cultura nos meios de comunicação. 2. Linguagem e estilo nos meios de comunicação. 3. Modos de produção de texto. 4. A produção de texto para os meios de comunicação. 5. A linguagem e os estereótipos nos produtos textuais da mídia. 6. O signo ideológico na produção e na recepção dos discursos. 7. O texto ficcional contemporâneo. 8. O texto ficcional: gêneros e modalidades. 9. O roteiro literário: estrutura e composição. 10. Normas de apresentação de originais. Avaliação Método Avaliação continuada. O aluno é observado em cada atividade desenvolvida em aula seja pela leitura dos textos recomendados, pelo grau de atenção e interesse demonstrados, pela contribuição oral, pela produção de exercícios escritos, pelas atividades de orientação. Participando da exposição dialogada, discussão, seminários e produção textual estruturada em etapas, sob a forma de laboratório, durante todo o semestre, o aluno é avaliado por um processo que se conclui com o trabalho monográfico e a produção audiovisual, ao final do semestre. Critério Participação do aluno nas discussões e atividades de sala de aula, seminários, relatórios, e trabalho escrito que deve ser apresentado ao final da disciplina como produção dramatizada ou em dispositivo audiovisual, podendo também ser aplicada prova escrita, concomitantemente ou em substituição a relatório. Norma de Recuperação NORMA DE RECUPERAÇÃO: Prova escrita a ser elaborada com base no conteúdo desenvolvido (incluindo teoria e prática) no semestre. Bibliografia BACCEGA, Artes. São BACCEGA, CÂNDIDO, M.A. & CITELLI, A.O. Retórica da manipulação: os sem-terra nos jornais. Comunicações e Paulo: ECA-USP, 1989. M.A. Palavra e Discurso: história e literatura. São Paulo, Ática, 1995 Antonio et alii. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1968. 93 BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BOSI, Ecléa. Opinião e estereótipo. Contexto, nº 02. São Paulo, Hucitec, mar.1977. __________ O tempo vivo da memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. COMPARATO, Doc. Da criação ao roteiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. DAVINO, G. Roteiro de filme de ficção - um estudo de caso: A hora da estrela. Dissertação de mestrado. São Paulo: ECA-USP, 1993. __________ . Roteiro, elemento oculto no filme. Filme, a cristalização do roteiro. Tese de doutorado. São Paulo: ECA-USP, 2000. LIPPMANN, W. Estereótipos. In: STEINBERG, Ch. (org.). Meios de Comunicação de Massa. São Paulo: Cultrix, 1977. MÁRQUEZ, Gabriel Garcia et alii. Gabriel Garcia Márquez conta como contar um conto. Niterói: Casa Jorge Editorial, 1995. MORIN, E. Cultura de massas no século XX, vol.1: Neurose. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1977. MOTTER, M. L. O carteiro e o poeta: a força da poesia. Comunicação & Educação nº 08.São Paulo: ECAUSP-Moderna, 2000. ______________. Telenovela e campanha eleitoral: Porto dos Milagres. In: BARROS FILHO, C. Comunicação na polis. Petrópolis, Vozes, 2002. ______________. Ficção e Realidade: a construção do cotidiano na telenovela. São Paulo: Alexa Cultural, 2003. PALLOTINI, R. Dramaturgia de televisão. São Paulo: Moderna, 1998. VALE, E. Técnicas del guión para cine e televisión. Barcelona: Editorial Gedisa, 1982. SCHAFF, A. Ensayos sobre filosofia del lenguage. Barcelona: Ariel, 1973. Obs.: No decorrer do curso serão indicadas outras leituras. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0255 - Teoria da Comunicação Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 2 Carga Horária Total: 120 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1995 Objetivos Analisar o desenvolvimento progressivo de formulações teóricas sobre a comunicação de massa, associandoas com os avanços tecnológicos das principais mídias contemporânes que interagem no mercado de produtos culturais. Docente(s) Responsável(eis) 155938 - Anderson Vinícius Romanini 91591 - Waldenyr Caldas Programa Resumido 11. Objetivos: Analisar o desenvolvimento progressivo de formulações teóricas sobre a comunicação de massa, associando-as com os avanços tecnológicos das principais médias contemporâneas que interagem no mercado de produtos culturais. Programa 12. Conteúdo: 1. Teoria da Retórica de Aristóteles - Paradiomas Básicos da Comunicação. 2. Teorias da Sociedade de Massa e Evolução das Mídia. 3. Teorias das Diferenças Individuais e dos Relacionamentos Sociais. 4. Teoria de Laswell e Modelo Geral de Comunicação. Teorias Críticas e Escola de Frankfurt. 5. Dialética do Iluminismo e Indústria Cultural. 6. Grupo dos Progressistas e Teorias Polêmicas de Mcluhan. 7. Teorias Estruturalistas: Sinais e Signos. 8. Hipótese da Agenda Setting e Novas Teorias de Comunicação. 9. Influência da Economia de Mercado e Teoria da Informação. 10. Comunicação no Brasil - Custos e Benefícios. Avaliação 94 Método Aulas expositivas com bibliografia específica, seminários, palestras e discussões abertas. Critério Provas escritas, avaliação de trabalhos individuais e/ou em grupo. Norma de Recuperação Prova sobre a matéria completa em data fixada na primeira semana do semestre letivo posterior. Bibliografia 19. Bibliografia Básica: ADORNO et all - Teoria da Cultura de Massa. Introdução e Comentários (org.. Luiz Costa Lima). Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1990. BAUDRILLARD, Jean - A Sociedade de Consumo. Rio de Janeiro: Editora Elfos, 1995. COHN, Gabriel - Comunicação e Indústria Cultural. São Paulo: Companhia Editora Nacional, Editora USP, 1971. DeFLEUR, Melvin & ROKEACH, Sandra B. - Teorias da Comunicação de Massa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993. LAGE, Beatriz Helena Gelas - Teorias da Comunicação: Paradigmas Básicas. In Comunicação, Marketing e Cultura (org. Tupã G. Correa), São Paulo: ECA/USP, 1999. LITTLEJOHN, Stephen - Fundamentos Teóricos da Comunicação Humana. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. MATOS, Olgária - Escola de Frankfurt - Luzes e Sombras do Iluminismo. São Paulo: Editora Moderna, 1995. McLUHAN, Marshall - Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. São Paulo: Editora Cultrix, 1969. MORIN, Edgard - Cultura de Massas do Século XX - Neurose (I). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977. SWINGEWOOD, Alan - O Mito da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 1978. WOLF, Mauro - Teorias da Comunicação. 4 ed. Lisboa: Editorial Presença, 1995. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0387 - Comunicação Organizacional Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos - Estudar a comunicação como um setor integrado à estrutura organizacional e o seu funcionamento nas organizações em geral. Docente(s) Responsável(eis) 51860 - Margarida Maria Krohling Kunsch Programa Resumido Estudar a comunicação como um setor integrado à estrutura organizacional e o seu funcionamento nas organizações em geral. Programa 1. Comunicação organizacional: surgimento, evolução, conceitos e práticas. 2. Comunicação organizacional no Brasil: histórico, correntes teóricas e perspectivas. 3. O sistema de comunicação nas organizações: processos, níveis de análises, barreiras, fluxos, redes e meios. 4. Comunicação organizacional integrada e o composto da comunicação nas organizações. 5. Comunicação administrativa e os processos de gestão participativa 7. Comunicação interna: conceitos, importância, estratégias e mídias. 8.Comunicação institucional e identidade coorporativa: conceitos, abrangência e instrumentos. 9. Comunicação mercadológica ou comunicação de marketing: conceitos, abrangência e instrumentos. 10. Comunicação Digital e as mídias institucionais. 11. As dimensões humana, instrumental e estratégica da comunicação nas organizações. 12. A “Escola de Montreal” – uma teoria comunicacional das organizações. 95 Avaliação Método prova e trabalhos práticos programados Critério Norma de Recuperação trabalhos e provas Bibliografia ADLER, Ronald B. e RODMAN,George. Comunicação humana. 7ª ed. Rio de Janeiro:LTC Editora, 2000. ADLER, Ronald B. e TOWNE, Neil. Comunicação interpessoal. 9a. edição. Rio de Janeiro:LTC Editora, 1999. ARGENTI, Paul A. Comunicação empresarial. 4ª.ed. Rio de Janeiro: 2006 BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial: teoria e pesquisa. Barueri: Manole, 2003. _____________Comunicação empresarial no Brasil:uma leitura crítica. São Paulo:All Print Editora, 2005. _____________ Comunicação Empresarial: políticas e estratégias. São Paulo: Editora Saraiva, 2009. CAHEN, Roger. Tudo que seus gurus não lhe contaram sobre comunicação empresarial. São Paulo: Best Seller, 1990. CORRADO, Frank M. A força da comunicação: quem não se comunica... São Paulo: Makron, Books, 1994. COSTA, Joan. Imagen corporativa en el siglo XXI. Buenos Aires: La Crujia, 2001 ___________. La comunicación en acción. Barcelona: Paidós, 1999 _____________Comunicación corporativa y revolución de los servicios. Madrid: Ed. de las Ciencias Sociales, 1995. FERNANDES COLLADO, Carlos (org.). La comunicación en las organizaciones. 2ª. ed. México: Ed. Trillas, 2003 FIGUEIREDO, Rubens e NASSAR, Paulo. O que é comunicação empresarial. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1995. GOMES, Nelson e NASSAR, Paulo. A comunicação da pequena empresa. São Paulo: Globo 1997. GRACIOSO, Francisco. Propaganda institucional: nova arma estratégica da empresa. São Paulo: Atlas, 1995. JABLIN, Frederic M. e PUTNAM, Linda L. (orgs.). The new handbook of organizational communication: advances in theory, research, and methods. Thousand Oaks: Sage Publications, 2001. KOTLER, Philip. Administração de marketing, Edição do milênio. São Paulo: Makron Books, 2000. ______________. Marketing para as organizações que não visam lucro. Tradução de H. de Barros, São Paulo: Atlas, 1978. KREEPS, Gary L. Organizational comunication. 2nd. ed. NY&London, Longman, 1990. KUNSCH, Margarida M; Krohling (org.), Obtendo resultados com relações públicas. 2a. ed. revista e atualizada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006 __________. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4a. ed. – revista, ampliada e atualizada. São Paulo: Summus, 2003. __________. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional.São Paulo: Summus, 1997. __________. Universidade e comunicação na edificação da sociedade. São Paulo: Ed. Loyola, 1992. ____________Planejamento e gestão estratégica das relações públicas comunitárias. In: KUNSCH,. M.M.K. e KUNSCH, W.L. (orgs.). Relações públicas comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007. p. 293-309. _____________(org)Gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008 ______________ (org.) Comunicação organizacional: histórico, fundamentos e processos. (Volume 1). São Paulo: Editora Saraiva, 2009 ______________ (org.) Comunicação organizacional: histórico, fundamentos e processos. (Volume 2). São Paulo: Editora Saraiva, 2009 OLIVEIRA, Ivone e PAULA, Maria Aparecida de. O que é comunicação estratégica nas organizações? São Paulo: Paulus, 2007 __________________ SOARES, Ana Thereza Nogueira (orgs.) Interfaces e tendências no contexto das organizações. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008 LUPETTI, Marcelia. Gestão estratégica da comunicação mercadológica. São Paulo:Thomson Learning, 2007 MARCHIORI, Marlene. (org).Faces da cultura e da comunicação organizacional.São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2006. ___________________Cultura e comunicação organizacional: um olhar estratégico sobre a organização. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2006. MARÍN, Antonio Lucas. La comunicación en la empresa y en las organizaciones. Barcelona: Bosch Casa Editorial, 1997. MORGAN, Gareth. Imagens de organização. São Paulo: Atlas, 1996. MÚNERA URIBE, Pablo A. e Sánchez Zuluaga, Uriel H. Comunicación empresarial: una mirada corporativa. Medellín: Asociación Iberoamericana de Comunicación Estratégica, 2003. 96 NASSAR, Paulo (org). Comunicação interna: a força das empresas. São Paulo: Aberje, volume 1 (2003), volume 2 (2005), volume 3 (2006) e volume 4 (2009). _______________ (org.). Comunicação empresarial: estratégia de organizações vencedoras. . São Paulo: Aberje, volume 1 (2005) volume 2 (2006). __________________. Tudo é Comunicação. São Paulo: Lazuli Editora, 2006. NEVES, Roberto de Castro. Comunicação empresarial integrada: como gerenciar imagem, questões públicas, comunicação simbólica, crises empresariais. Rio de Janeiro: Mauad, 2000. OGDEN, James R. Communicão integrada de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002 PIÑUEL RAIGADA, José L. Teoria de la comunicación y gestión de las organizaciones. Madrid, Síntesis, 1997. POYARES, Walter. Imagem pública: glória para uns, ruína para outros. São Paulo: Globo, 1998. PINHO, J. B. Comunicação nas organizações. Viçosa: Ed.UFV, 2006. REBEIL CORRELLA, M. Antonieta e RUIZ SANDOVAL, Celia (coords.). El poder de la comunicación en las organizaciones. 2ª.reimpressão. México: Plaza y Valés Editores / Universidad Iberoamericana, 2000. SCHULER, Maria (coord.); SACCHET, Rosana de Oliveira Freitas; MACHADO, Deonir;. VOLKMANN, Pedro Armando (colaboradores). Comunicação Estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. TORQUATO DO REGO, Francisco Gaudêncio.Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ____________. Tratado de comunicação organizacional e marketing político. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. SEITEL, Frasier P. Teoría y práctica de las relaciones públicas. 8ª edición. Madrid: Pearson Educación, 2002. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0388 - Identidade Corporativa e Cultura Organizacional Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2008 Objetivos Analisar a partir das várias teorias administrativas o processo de socialização organizacional, o desempenho humano nas organizações visando estratégias de projetos, programas e atividades de Relações Públicas nas empresas. Programa Resumido Proporcionar ao aluno uma visão clara do comportamento humano e profissional nas organizações, enfatizando a comunicação interpessoal, o papel das pessoas nas organizações e sua inserção na cultura organizacional, abordando o conceito de conflitos, as mudanças contingênciais e a transformação organizacional. Programa 1. O Trabalho e as Pessoas, 2. Socialização, Grupos e Organizações, 3. O Processo de Socialização Organizacional, 4. A Natureza e o Escopo do Comportamento Organizacional, 5. Liderança, Poder e Comportamento Organizacional 6. Avaliação do Desempenho Humano, 7. Sobre a Identidade do Poder nas Relações do Trabalho, 8. O Desvendar da Cultura de uma Organização - Uma discussão Metodológica, 9. Gestão de Conflitos Organizacionais e uma Discussão sobre Cultura Organizacional, 10. Mudança e Transformação Organizacional. Avaliação Método Aulas Expositivas, Filmes, Debates e Discussão dos textos sugeridos. Critério Participação em sala (2ptos), Apresentação de Seminário (2ptos) e Prova Escrita (6ptos) 97 Norma de Recuperação Aulas e provas Bibliografia CHANLAT, J.F. (Coord) O Indivíduo na Organização: Dimensões Esquecidas, V.III. São Paulo: Atlas, 1996. CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: O Novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. DAVIS, K. & NEWSTROM, J.W. O Comportamento Humano no Trabalho, V.I. São Paulo: Thomson Learning, 2002. DUBRIN, A.J. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Thomson, 2003. FLEURY, M.T.L. & Fischer R.M. Cultura e Poder nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1996. FREITAS, M.E. Cultura Organizacional: Formação, Tipologias e Impacto. São Paulo: Makron Books, 1991. FREITAS, S.G. Contribuições Metodológicas para uma Administração de Relações Humanas. Monografia de Mestrado. ECA/USP, São Paulo, 1980. MAXIMIANO, A. C.A .Teoria Geral de Administração. São Paulo: Atlas, 2002. MORGAN, G. Imagens da Organização. São Paulo: ATLAS, 2000. TURNER, J. H. Sociologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Makron Books, 1999. THÉVENET, M. Cultura na Empresa: Auditoria, e Mudança. Portugal: Monitor,1990 VÁRIOS AUTORES.As Pessoas na Organização. São Paulo: Gente, 2002 Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0443 - Técnicas e Instrumentos de Comunicação Dirigida em Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos Ao término da disciplina os estudantes deverão apresentar condições de reconhecimento e de utilização de instrumental teórico-prático para a composição do cenário de ação em relações públicas, em especial na parte do desenvolvimento de habilidades, como continuidade ao conteúdo teórico apresentado, que inicia o processo de reflexão sobre os aspectos cognitivos da ação de relações públicas. Docente(s) Responsável(eis) 3207037 - Luiz Alberto Beserra de Farias Programa Resumido O conjunto de disciplinas oferecidas na grade do curso de relações públicas tem o norte de formar conceitualmente o aluno, dando-lhe condições de criar uma visão ampla sobre a atividade de relações públicas. Nesta disciplina, contudo, privilegia-se o fazer como decorrência das disciplinas que a antecedem e a sucedem, permitindo a conversão do desenvolvimento cognitivo à etapa das habilidades e das atitudes, necessárias à plena formação profissional. Programa 1. Técnicas e instrumentos de comunicação dirigida em relações públicas: panorama geral 2. Linguagem e meios de comunicação 3. Comunicação dirigida: técnicas e instrumentos impressos (escritos) a. publicações/periódicos: jornais, boletins, revistas, newsletters b. comunicação administrativa c. mala direta d. murais e. mailing list f. livro-memória g. balanço social 98 4. Comunicação dirigida: técnicas e instrumentos orais a. eventos (públicos interno e externo) - seminários, fórum, mesa-redonda, simpósio, debate, painel, conferência, palestra, jornada, assembléia, congresso, convenção, visitação (open house e house warming) b. gerenciamento de cerimonial e de protocolo c. ombudsman/ouvidoria e Sistemas Integrados de Atendimento 5. Comunicação dirigida: técnicas e instrumentos audiovisuais a. identidade visual, comunicação visual e sinalização b. vídeo e propaganda institucional c. radiojornal institucional d. exposições 6. Comunicação dirigida: técnicas e instrumentos digitais a. intranet b. internet c. videoconferência 7. Comunição dirigida: técnicas e instrumentos de relacionamento com públicos estratégicos a. patrocínio e apoio cultural/esportivo b. público Interno: poderes e lideranças c. relacionamento com a imprensa d. relacionamento com Poderes Públicos e. sinergia com a comunidade Avaliação Método Aulas expositvo-dialogadas Textos complementares Apresentação de casos Realização de Evento - Encontro de Relações Públicas Palestras Critério Provas Trabalhos em grupo Norma de Recuperação Prova individual Bibliografia BUENO, W. da C. Comunicação empresarial - teoria e pesquisa. Barueri: Manole, 2003. CESCA, C. G. G. Organização de eventos - manual para planejamento e execução. 2a. ed. São Paulo: Summus, 1997. CESCA, C. G. G. & CESCA, W. Estratégias empresariais diante do novo consumidor. São Paulo: Summus, 2000. FARIAS, L. A. B. de. "Relacionamento nas organizações". In Communicare Revista de Pesquisa. Vol. 1. No. 1. FERREIRA, W. "Comunicação dirigida: instrumento de relações públicas". In KUNSCH, M. M. K. (org.) Obtendo resultados com relações públicas. São Paulo: Pìoneira, 2006. FORTES, W. G. Relações Públicas - processo, funções, tecnologia e estratégias. São Paulo: Summus, 2003. GIACAGLIA, M. C. Eventos – como criar, estruturar e captar recursos. São Paulo: Thomson, 2007. GIACAGLIA, M. C. Organização de eventos – teoria e prática. São Paulo: Thomson, 2003. GRACIOSO, F. Propaganda institucional - nova arma estratégica da empresa. São Paulo: Atlas, 1995. KUNSCH, M. M. K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. Edição revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Summus, 2003. MORGAN, G. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996. NASSAR, P. Relaçoes públicas na construçao da responsabilida histórica e no resgate da memória Institucional. S. C. do Sul: Difusão, 2007. PINHO, J. B. Publicidade e vendas na internet. São Paulo: Summus, 2000. TORQUATO, G. Tratado de Comunicação Organizacional e política. São Paulo: Thomson, 2002. 3º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes 99 Disciplina: CCA0220 - Língua Portuguesa - Redação e Expressão Oral III Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1989 Objetivos O Curso busca levar ao reconhecimento, análise e produção de textos marcados pela lógica da articulação argumentativa/persuasiva. Docente(s) Responsável(eis) 90029 - Adilson Odair Citelli 792432 - Irene de Araujo Machado Programa Resumido 1. Levar o aluno a perceber que escrever bem implica dominar os mútiplos recurso lingüísticos que permitem atingir certos resultados pretendidos pelo enunciador; 2. mostrar que a lógica da argumentação não se restringe à frase, mas incorpora-a no plano do discurso; 3. evidenciar como se constrói a variável persuasiva do discurso; 4. permitir que o aluno analise e produza discursos argumentativos/persuasivos, tendo em vista os meios de comunicação. Programa 1. Discurso e texto: dimensões verbais nos meios de comunicação. 2. Estratégias de produção textual: (inter) (intra) discursividade/textualidade. 3. O texto e a questão do ponto de vista narrativo. 4. Retórica e argumentação: a construção da lógica do convencimento. 5. A norma padrão e seu efeito enquanto recurso argumentativo. 6. Isotopia e organização da lógica textual. 7. Persuasão: variações técnicas e funcionalidade estilística. 8. Persuasão e tonalidades ideológicas. 9. A competência discursiva: preceitos, conceitos e preconceitos. 10. Fugindo à normatização retórica. Avaliação Método O curso está estruturado a partir de: aulas expositivas feitas pelo docente; grupos de discussão formados por alunos e voltados à discussão/sistematização/apresentação de textos previamente recomendados;seminários. Critério Os alunos serão avaliados a partir dos seguintes procedimentos: atividades em grupo, das quais constam relatórios e textos analíticos;monografia individual feita no término do curso. Norma de Recuperação Prova escrita a ser realizada na primeira semana do semestre posterior ao do curso realizado. Bibliografia ARISTÓTELES. Arte Retórica. Rio de Janeiro, Ouro, s/d ou edição da Difel. BRECHT, Bertold. "Cinco maneiras de dizer a verdade" in: Revista Civilização Brasiliense, Rio de Janeiro, 1966, no.5 pp.259-273. CHAUÍ, Marilena. "O discurso competente" in: Cultura e Democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo, 1982. CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. São Paulo, Ática, 2000. CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo, Scipione, 1994 e 1997. ECO, Umberto. A estrutura ausente. São Paulo, Perspectiva, 1974. KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e linguagem. São Paulo, Cortez, 1984. KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção do sentido. São Paulo. Contexto, 1998. PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso. Uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas, Ed. Unicamp, 1988. PENELMAN, Chaim e OLBRECHETS-Tyteca, Lyn. Tratado de argumentação: a nova retórica. São Paulo, Martins Fontes, 1996. 100 ORLANDI, Ehi. A linguagem e seu funcionamento. São Paulo, Brasiliense, 1983. SANT'ANNA, Affonson Romano de. Paródia, Paráfrase & Cia. São Paulo, Ática, 1985. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0280 - Filosofia da Comunicação Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2005 Objetivos A partir da utilização do pensamento racional , discutir a comunicação como objeto de conhecimento, nesse sentido o curso pretende integrar uma visão crítica tanto dos fatos quanto das teorias que tratam do fenômeno da comunicação, tendo como referencial a estrutura e o processo social contemporâneo. Docente(s) Responsável(eis) 155938 - Anderson Vinícius Romanini Programa Resumido Fornecer uma visão introdutória e global das principais idéias do pensamento filosófico, propostas desde a época clássica grega, passando pelos pesquisadores da Industria Cultural da Escola de Frankfurt, até nos estudos da cultura contemporânea com ênfase nas correntes de comunicação que deram origem ao pensamento da sociedade moderna. Programa 01. Reflexão sobre Filosofia da Comunicação. 02. Época Clássica Grega e Recursos de Comunicação. 03. Cristianismo e Filosofia - Da Teologia ao Nascimento da Ciência Moderna. 04. Idéias Filosóficas e a Dialética do Iluminismo. 05. Pensamento Racional: Descartes, Hegel, Kant, Nietzsche. 06. Século de Ouro da Filosofia Alemã - Escola de Frankfurt. 07. Industria Cultural ou Comunicação de Massa: Adorno e Horkheimer. 08. Estrutura e Processo Social - A Ética da Comunicação. 09. Contribuições para a Comunicação: Walter Benjamin, Edgar Morin, Jean Baudrillard, Marshall Mcluhan. 10. A Comunicação dos Media e o Futuro da Filosofia da Comunicação. Avaliação Método O curso será desenvolvido em aulas expositivas teóricas, práticas (vídeos, leituras etc.), debates e seminários (interpretações de textos). Critério A avaliação do aluno se dará pela média de quatro notas: duas provas, obrigatórias um trabalho em grupo (apresentação oral e escrita) e uma de participação aos exercícios e propostas de textos interpretativos. Norma de Recuperação Os alunos em recuperação deverão se submeter a uma prova escrita, em data anterior ao início das aulas, definida pelo docente responsável. Bibliografia BAUDRILLARD, Jean. A Sociedade de Consumo. São Paulo: Elfos, 1995. BERLO, David. O Processo da Comunicação. 7ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991, 296 p. DUROZOI, Gérard & ROUSSEL, André. Dicionário de Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Papirus, 1997. FEATHERSTONE, Mike. O Desmanche da Cultura. São Paulo: Sesc - Studio Nobel, 1997, 239 p. 101 LAGE, Beatriz Helena Gelas. Filosofia, Comunicação e Enigmas do Conhecimento. Revista de Comunicações & Artes, São Paulo: ECA/USP, número 32, 1997, pp. 5-17. MAGEE, Bryan. História da Filosofia. São Paulo: Edições Loyola, 1999. McLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação de Massa como Extensões do Homem. São Paulo: Editora Cultrix, 1969. MATOS, Olgária. A Escola de Frankfurt. Luzes e Sombras do Iluminismo. 3ª ed. São Paulo, 1993. MORIN, Edgar. Cultura de Massa no Século XX. O Espirito do Tempo. 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999. SWINGEWOOD, Alan. O Mito da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Interciência, 1978. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0396 - Planejamento de Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos - Possibilitar ao aluno uma visão sistemática de planejamento, planejamento estratégico e planejamento de Relações Públicas, proporcionando-lhes conhecimentos teóricos e práticos que lhes possibilitem traçar e executar planos, programas específicos da área de Relações Públicas e da Comunicação Organizacional/Corporativa. Docente(s) Responsável(eis) 51860 - Margarida Maria Krohling Kunsch Programa Resumido Trata-se de uma disciplina fundamental para formação do profissional de Relações Públicas. O conteúdo programático contempla aspectos conceituais e práticos de planejamento de Relações Públicas. A parte de eventos é destacada, pois permitirá aos alunos uma experimentação desde a proposição de um plano até a sua execução. O curso permitirá aos alunos uma visão abrangente do planejamento enquanto processo e os planos, projetos e programas como instrumentos e materialização do planejamento Programa 1.Planejamento: conceituação e abrangência 2.Planejamento estratégico: conceitos e evolução 3.Planejamento de relações públicas: função básica, tipos e etapas do processo 4.Planejamento de Relações Públicas comunitárias 5.Pesquisa e auditorias em relações públicas e comunicação organizacional 6.Alternativas do ato de planejar e as contribuições da teoria apreciativa 7.Administração orçamentária no planejamento de relações públicas 8.Planos, projetos e programas específicos de relações públicas/ comunicação institucional 9.Técnicas de planejamento e de execução de projetos e programas específicos de relações públicas: - Comunicação interna - Eventos especiais - Lançamento de produtos - Memória institucional - Inauguração - Concursos e prêmios - Prevenção e gerenciamento de crises corporativas - Relacionamento com investidores - comunicação para mercados financeiros - Produções e patrocínios culturais - Planejamento de relações públicas comunitárias - projetos e ações sociais - Datas comemorativas 102 - Central de atendimento e defesa do consumidor - Técnicas de apresentação oral e escrita de projetos 10.Planejamento de campanhas institucionais 11.Avaliação em relações públicas: conceitos e dimensões. 12.Técnicas de mensuração dos programas de comunicação institucional. Avaliação Método Aulas expositvas Orientação dirigida para atividades práticas Estudo de casos Critério " Prova individual " Leituras programadas " Trabalhos práticos Norma de Recuperação trabalhos e provas Bibliografia ALBUQUERQUE, Adão Eunes. Planejamento das relações públicas. Porto Alegre: Acadêmica, 1983. BLANCO, Lorenzo A. El planeamiento: práctica de relaciones públicas. Buenos Aires: Ugerman Editor, 2000. CARVALHO, Horácio Martins. Introdução à teoria do planejamento. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1979. EVANGELISTA, Marcos Fernando. Planejamento de relações públicas. Rio de Janeiro: EDIOURO, 1983. ILLESCAS, Washington. Como planear las relaciones públicas. Buenos Aires: Ediciones Macchi, 1995. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4. ed (revista, ampliada e atualizada). São Paulo: Summus: 2003. _________ (org.). Obtendo resultados com relações públicas. 2. ed. revista e atualizada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. ___________________. Auditoria da comunicação organizacional. In: DUARTE, Jorge e BARROS, Antônio (orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. p. 236-252. ____________________ (org.) Gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas. São Caetano do Sul: Difusão Editora:2008 KUNSCH, Margarida M. Krohling; KUNSCH, Waldemar Luiz (orgs.). Relações públicas comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007. LIBAERT, Thierry. El plan de comunicación: como definir y organizar la estrategia de comunicación. México: Limusa, 2006 LÜCK, Heloísa. Metodología de projetos: uma ferramenta de planejamento e gestão. Petrópolis: Vozes, 2003 LUPPETI, Marcelia. Planejamento de comunicação: São Paulo: Futura, 2000. _________________Administração em publicidade: a verdadeira alma do negócio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006 MATILLA, Kathy.Conceptos fundamentales em la planificación estratégica de las relaciones públicas. Barcelona: Editorial UOC, 2009 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 17.ed. revista e ampliada.São Paulo: Atlas,2002. PERI, Paul Capriotti. Planificación estratégica de la imagen corporativa. 1a. ed. Barcelona: Editorial Ariel, 1999. TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2000. 103 TAVARES, Mauricio. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009 VALLERIANO, Dalton L. Gerenciamento estratégico e administração por projetos. São Paulo: Makron Books, 2001. WILSON, Laurie J. Strategic program: planning for effective public relations campaigns. Third Edition. Dubuque: Kendall/ Hunt Publishing Company, 2000. XIFRA, Jordi. Teoría y estructura de las relaciones públicas. Madri: Mc Graw Hill, 2003. ___________. Planificación estratégica de las relaciones públicas. Barcelona: Paidós, 2005. Bibliografia complementar ANSOFF, H. Igor; MACDONNEL, Edward. Implantando a administração estratégica. 2a. ed. São Paulo: Atlas, 1993. ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de planejamento estratégico com a utilização de planilhas Excel. São Paulo: Atlas, 2001. ACKOFF, Russel. Planejamento empresarial. Rio de Janeiro: LTC, 1978. ARGENTI, Paul.Comunicação empresarial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006 BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras Editora, 2000. BORDENAVE, Juan; CARVALHO, Horácio Martins. Comunicação e planejamento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. CAMPOMAR, Marcos Cortez e IKEDA, Ana Akemi. O planejamento de marketing e a confecção de planos: dos conceitos a um novo modelo. São Paulo: Saraiva,2006 COOPERRIDER, David L. e WHITNEY, Diana .Investigação apreciativa: uma abordagem positiva para gestão de mudanças. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006 COOPERRIDER, David L., WHITNEY,Diana e STAVROS, Jacqueline M. Manual da investigação apreciativa. Rio de janeiro: Qualitmark, 2008 DUARTE, Jorge e BARROS, Antonio Teixeira (orgs). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005 GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos dos campos culturais, social, político, religioso e governamental. Petrópolis: Vozes, 1994. _________. Planejamento como prática educativa. 11. ed. São Paulo: Loyola, 2000. HAMEL, Gary; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro. São Paulo: Campus, 1995. HEIJDEN, Kees van der. Cenários: a arte da conversação estratégica. Porto Alegre: Bookman,2004 HUDSON, Mike. Administrando organizações do terceiro setor: o desafio de administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999. MINTZBERG, Henry. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman,2004. MORRISEY, George L. Pensamiento estratégico: planeación a largo plazo; planeación táctica. 3 v. México: Prentice-Hall, 1996. NEVES, Roberto de Castro. Comunicação empresarial integrada: como gerenciar imagem, questões públicas, comunicação simbólica, crises empresariais. Rio de Janeiro: Mauad, 2000. PORTER, Michael. Vantagem competitiva. São Paulo: Campus, 1989. RANDOLPH, Robert. A administração do planejamento: como tornar realidade uma idéia. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1977. 104 SILVEIRA, Júnior, Aldery. Planejamento estratégico como instrumento de mudança organizacional. Brasília: Editora UnB, 1996. TAVARES, Mauro Calista. Planejamento estratégico: a opção entre sucesso e fracasso empresarial – Gestão e estratégia. São Paulo: Global, 1991. VALENÇA,Antonio Carlos.Mediação: método de investigação apreciativa da ação-teoria e prática de consultoria reflexiva. Recife: Bagaço, 2007 VARONA, Federico. La auditoría de la comunicación organizacional desde una perspectiva académica estadounidense. Revista Diálogos de la comunicación. Lima: Felafacs, n. 39, p. 53-64, jun.1994. ________________La intervención apreciativa: una manera nueva, provocadora y efectiva para construir las organizaciones del siglo XXI. Barranquilla: Ediciones Uninorte, 2009. VASCONCELOS Filho, Paulo de. Planejamento e controle empresarial: uma abordagem sistêmica. Rio de Janeiro: LTC, 1983. _________. Planejamento empresarial: teoria e prática: leituras selecionadas. Rio de Janeiro: LTC, 1982. Júpiter - Sistema de Graduação Instituto de Matemática e Estatística Estatística Disciplina: MAE0116 - Noções de Estatística Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2003 Objetivos Fornecer as idéias básicas da metodologia estatística. Programa Resumido Amostras, representação de dados amostrais, medidas descritivas de uma amostra. Distribuições binomial e normal. Inferência: estimação e teste de hipóteses. Distribuição de quiquadrado, testes de independência e adaptação. Regressão e correlação. Programa Amostras, representação de dados amostrais, medidas descritivas de uma amostra. Distribuições binomial e normal. Inferência: estimação e teste de hipóteses. Distribuição de quiquadrado, testes de independência e adaptação. Regressão e correlação. Avaliação Método Aulas e exercícios Critério Média ponderada de provas e exercícios. Norma de Recuperação Usuais. Bibliografia 1. D.A.Botter, G.A.Paula, J.G. Leite, L.K. Cordani, NOÇÕES DE ESTATÍSTICA - COM APOIO COMPUTACIONAL. Versão preliminar - agosto de 1996. São Paulo, IMEUSP, 201p. 2. P.A. Morettin, W.O. Bussab, ESTATÍSTICA BÁSICA. 5ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2002, 520p. 105 3. G.E. Noether, INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA: UMA ABORDAGEM NÃO-PARAMÉTRICA. 2ed. Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1983. 258p. 4. M.N. Magalhães e A.C. Pedroso de Lima, NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. 4ed. EDUSP, São Paulo, 2002. 392p. 5. J.F. Soares, .A L. Siqueira, INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA MÉDICA. 1ed. Departamento de Estatística, UFMG, Estatística Aplicada - Biociências, 1999. 6. W.Mendenhall, J.E. Reinmuth, STATISTICS FOR MANAGEMENT AND ECONOMICS. 3rd edition, North Scituate, Duxburry Press, Massachussets, c1978. 789p. 7. R.J. Wonnacott, T.H. Wonnaccot, INTRODUCTORY STATISTICS. 5ed., John Wiley (Wiley Series), c1990. 8. T.H. Wonnacott, R.J. Wonnacott, INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA. Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 1980. 4º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0278 - Psicologia da Comunicação Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 2 Carga Horária Total: 120 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2006 Objetivos Oferecer aos alunos as condições de aprendizagem necessárias para que elabore uma síntese temática sobre a natureza social em sua relação com a comunicação (Psicologia da Comunicação) e seja capaz de aplicar os conceitos relacionados a esta inter-relação às práticas profissionais decorrentes de sua profissão de comunicador, tendo em vista não apenas o processo de produção e gerenciamento da informação, mas também os processos de recepção dos bens simbólicos. Docente(s) Responsável(eis) 91184 - Ismar de Oliveira Soares 1980607 - Ricardo Alexino Ferreira Programa Resumido Oferecer aos alunos as condições de aprendizagem necessárias para que elaborem uma síntese temática sobre a natureza da psicologia social em sua relação com a comunicação (Psicologia da Comunicação) e sejam capaz de aplicar os conceitos relacionados a esta inter-relação às práticas profissionais decorrentes de sua profissão de comunicador, tendo em vista não apenas o processo de produção e gerenciamento da informação, mas também os processos de recepção dos bens simbólicos. Programa 1 - Reflexões acerca das matrizes do pensamento psicológico. 2 - Psicologia Social e o Homem Contemporâneo: a questão da Identidade num mundo em transformação. 3 - A natureza da Psicologia da Comunicação. 4 - Comunicação e desenvolvimento cognitivo: as múltiplas inteligências e seus estímulos. 5 - Comunicação e desenvolvimento emocional. 6 - As condições psicológicas da formação do juízo moral. 7 - Comunicação, desenvolvimento humano e liderança. 8 - Psicologia e Meios de Comunicação: papéis e atuação dos meios. 9 - Psicologia e Meios de Comunicação: formação dos estereótipos e sua apreensão pelos indivíduos. 106 10 - Os meios de comunicação como atores sociais. 11 - Psicologia da Comunicação nos espaços grupais: a psicologia nas Relações Públicas. 12 - Psicologia da Comunicação e Publicidade. 13 - Psicologia da Comunicação nos espaços massivos: psicologia das massas. 14- Psicologia da Comunicação nos espaços massivos: Nacionalismo e fundamentalismos. 15 - Psicologia da recepção dos produtos televisivos. Avaliação Método A avaliação dos alunos leverá em conta os seguintesprocedimentos: A) Presença nas aulas. B) Entrega, na aula respectiva, das súmulas dos textos solicitados para cada sub-tema do programa. C) Participação em Seminários. D) Elaboração de um Projeto de Pesquisa no campo da Psicologia da Comunicação. Critério A avaliação terá como critérios a participação do aluno no desenvolvimento do programa e o grau de pertinência e coerência de sua produção acadêmica voltada à elaboração de sínteses de conhecimento a respeito dos temas propostos no programa. Norma de Recuperação O aluno que necessitar terá assistência individual para recuperação de conteúdos e, ao final, será submetido a prova escrita sobre todo o programa. Bibliografia ALMEIDA, Cleide. "Pós-moderno: um mundo de imagens e sem memória", in ECCOS, Uninove, SP (1), p. 25-34. ANDERSON . W. Truett. "O Cérebro multitudinal", in O Futuro do EU, SP, Cultrix, 1997, p. 71-80. BABIN, Pierre. "A natureza da inteligência emocional", in Novos Modos de comprEender, SP, Paulinas, 1990: 23-116. BARROS FILHO, Clovis. "A subjetividade na recepção: o receptor entre o mongolismo e o autismo", in Etica na Comunicação, SP. Moderna, 1995, p. 123-163. BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Tradução de Artur Morão. Rio de Janeiro: Editora Elfos, 1995. BAUDRILLARD, Jean. Simulacro e Simulações. Lisboa: Relógio D'Água, 1991. Guareschi, P.A. (org.) Comunicação & Controle Social. Vozes: Petrópolis, 1991 BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação, SP, Atlas, 1993. BIAGGIO, Angela M. Brasil, "A teoria da aprendizagem social", in Psicologia do Desenvolvimento, Petrópolis, Vozes, 2002: 121-139. CALAZANS, Flávio. Propaganda subliminar multimídia. São Paulo: Summus, 1992 CASTORIADIS, Dornelius. A instituição Imaginária da Sociedade, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1882. CASTRO, Eliana Moura. Psicanálise e Linguagem, SP. Ática, 1986. CIAMPA, Antonio da Costa. "Identidade", in Psicologia Social, o Homem em Movimento, SP, Brasiliense, 1987:58-75. CUBIDES, Humberto, Viviendo a toda, jóvenes, territórios cuulturales y nuevas sensibilidades, Bogotá, Siglo del Hombre, 2000, 3-21. DELEUZE, Gilles.Diferença e Repetição.Trad L.Orlandi, Roberto Machado.Rio de FERRÉS, Joan. Televisão subliminar: socializando através de comunicações despercebidas. Trad. Ernani Rosa e Beatriz Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998. FIGUEIREDO, Luís Cláudio & SANTI, Pedro Ribeiro. "Os projetos de Psicologia como Ciência Independente", in Psicologia. SP, Educ, 2000: 48-88. FREUD, Sigmund. Psicologia das Massas. Rio de Janpeiro. Imago, 1970. GIBERTI, Elza. "Hijos Del Rock", in CUBIDES, Humberto, Viviendo a toda, jóvenes, territórios cuulturales y nuevas sensibilidades, Bogotá, Siglo del Hombre, 2000, 173-193. GOLEMAN, Daniel. "A natureza da inteligência emocional", in Inteligência Emocional, RJ, Ed. Objetiva, 1995: 43-58. GREENFIELD, p. Marks. 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ZOJA, Luigi & WILLIANS, Donald, Manhã de Setembro, SP. Axis Mundi, 2002, p. 181-187. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0398 - Marketing Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1995 Objetivos - Expor conceitos, princípios e procedimentos do Marketing face à realidade profissional. - Situar a Comunicação Social (Relações Públicas e Propaganda) como instrumento de Marketing. Programa Resumido - Expor conceitos, princípios e procedimentos do Marketing face à realidade profissional. - Situar a Comunicação Social (Relações Públicas e Propaganda) como instrumento de Marketing. Programa 1. Evolução do conceito de Marketing: do marketing das nações ao marketing das organizações; 2. Mitos da Globalização de Mercados; 3. Marketing estratégico e marketing operacional; 4. Da concepção do produto à fidelização do consumidor: assessorias de imprensa, SAC'S, Ombudsman; 5. Modalidades de Marketing I: empresarial, institucional, de serviços; 6. Modalidades de Marketing II: marketing cultural e marketing social; 7. Modalidades de Marketing III: Benchmarketing e Endomarketing, Telemarketing, Marketing de Rede, Marketing Direto e Marketing Promocional; 8. Modalidades de Marketing IV: Marketing Governamental, Político e Eleitoral; 9. Modalidades de Marketing V: Esportivo, religioso, educacional, hospitalar, turístico; 10. Pesquisa de Mercado. Avaliação Método 108 exercícios periódicos / presença aulas / prova / seminários Critério Norma de Recuperação poderá haver recuperação dentro dos critérios estabelecidos plo CRP/ECA/USP Bibliografia BOONE, L. e KURTZ, D.L. Marketing contemporâneo. 8ª ed. São Paulo, Livros Técnicos e Científicos, 1998. KOTLER, P; JATURISPITAK, S. e MAESINCIE, S. O marketing das nações. São Paulo, Futura, 1997. MARTINS, J.R. e BLECHER, N. O império das marcas. 2ª ed. São Paulo, Negócio Editora, 1997 THUROW, L.C. O futuro do capitalismo. 2ª ed. São Paulo, Rocco, 1997. VAZ, G. N. Marketing institucional. São Paulo, Pioneira, 1995. Bibliografia Complementar Artigos das Revistas: Marketing, Meio e Mensagem, Exame, Dinheiro, Revista da Escola de Administração da FEA-USP, Revista ESPM. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0428 - Comunicação Digital e as Novas Mídias Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2001 Objetivos Proporcionar um conhecimento teórico, histórico e filosófico da emergencia da comunicação digital nas ultimas décadas do século XX e a implicação desta transformação mediática na cultura, na sociedade e nas empresas. Propoecionar um treinamento prático das novas formas de comunicação digital através de atividades e grupais em laboratórios computacionais. Devolver a capacidade crítica e reflexiva acerca das formas emergentes da comunicação digital, favorecendo a elaboração de textos, hipertextos, e projetos teóricos acerca de temas contemporâneos da cibercultura. Estimular a criação e aplicação da comunicação digital na comunicação empresarial e institucional permeadas por um pensamento evoltivo, crítico, teórico e reflexivo. Programa Resumido Programa 1. Suportes da informa¡Ño e cria¡Ño intelectual: o anal¤gico, o digital e as formas emergentes de autoria 2. Desenvolvimento hist¤rico da comunica¡Ño digital fundamentos da tecnologia da informa¡Ño 3. O Presencial, o Virtual e o Imagin?rio as novas formas do estar no mundo e as subjetividades no ciberespa¡o 4. Cibercultura e as sociedades em gesta¡Ño: as novas formas de forma¡Ño, percep¡Ño e a¡Ño comunit?rias 5. Ferramentas digitais e estruturas cognitivas Pensamento complexo e os sistemas computacionais °rvores do conhecimento e rizomas 109 6. Realidade virtual baseada em texto: hist¤rico dos domÃnios de multiusu?rios, o autor e as novas formas da autoria coletiva 7. Verosimilitude na era p¤s-fotografica mutabilidade e manipula¡Ño da imagem digital 8. TelevisÑo, video e impressÑo de realidade imersÑo em universos imagÃsticos 9. O dinheiro como informa¡Ño eletrŸnica e a informa¡Ño como valor emergente 10. Produ¡Ño cultural e direito de autor no ambiente eletrŸnico A muta¡Ño de valores e paradigmas diante da propriedade imaterial 11. Organismos sociais no espa¡o eletrŸnico a nova realidade das empresas no universo virtual 12. O P¤s-Humano: prospectiva da interface homem-m?quina as pr¤teses tecnologicas na evolu¡Ño da especie Avaliação Método - Aulas expositivas Estudos de casos e semin?rios Aulas interativas em laborat¤rios computacionais Treinamento em laborat¤rios computacionais Critério - Provas e Semin?rios - Participa¡Ño em sÃtios e grupos de discussÑo on-line - Atividades criativas em laborat¤rios computacionais Norma de Recuperação - Aulas e provas - Projetos reelaborados Bibliografia Peri¤dicos Behaviour & Information Technology An International Journal on the Human Aspects of Computing Editor: T. F. M. Stewart Systems Concept Limited, London The Information Society - An International Journal Editor: Bob Kling Center for Social Informatics, Indiana University Bloomington, Indiana Theory, Culture & Society Editor: Mike Featherstone Theory, Culture & Society Centre, Faculty of Humanities, Nottingham Trent University, Nottingham, UK Leonardo Journal of the Internacional Society of Arts, Sciences & Technology MIT Press, Cambridge, USA Livros J. David Boulter Turing's Man - Western Culture in the Computer Age The University of North Carolina Press Chapel Hill, North Carolina, USA, 1984 110 Guy Cook The Discourse of Advertising Routledge, London & New York, 1992 Peter F. Drucker Managing the Non-profit Organization Harper Collins Publishers, New York, 1990 Derrick de Kerkhove A Pele da Cultura Rel¤gio D'°gua Editores, Lisboa, 1997 George Landow & Paul Delany The Digital Word: Text-Based Computing in the Humanities The MIT Press, Cambridge, USA & London, England, 1993 Tracy Laquey Internet Companion Addison-Wesley Publishing Co., New York et all. 1994 Drew Leder The Absent Body The University of Chicago Press, Chicago & London, 1990 Paul Levinson The Soft Edge - a natural history and future of the information revolution Routledge, London & New York, 1997 Pierre Levy A InteligÕncia Coletiva - por uma antropologia do ciberespa¡o Edi¡ies Loyola, SÑo Paulo, 1998 Juan Antonio Lle¤, ed. El Arte en las Redes Coedi¡Ño Anaya Multimdia & Sociedad General de Autores de Espa"a, 1997 Peter Ludlow, ed High Noon on the Electronic Frontier - Conceptual Issues on Cyberspace The MIT Press, Cambridge, USA, 1996 Marshall McLuhan Understanding Media McGraw Hill, Toronto, 1964 Armand Mattelart Advertising International, the privatization of public space Routledge, London & New York, 1991 Arlindo Machado Maquina e Imagin?rio Edusp, SÑo Paulo, 1993 William Mitchel The Reconfigured Eye, Visual Truth in the Post-Photographic Era The MIT Press, Cambridge, USA & London, England, 1994 Margaret Morse Virtualities - Televison, Media Art & Cyberculture Indiana University Press, Bloomington and Indianapolis, 1998 Theodore Roszak The Cult of Information University of California Press, Berkeley, 1994 Ron Scollon & Suzanne Wong Scollon Intercultural Communication Blackwell, Oxford, England & Cambridge, USA, 1994 Joseph Tabbi & Michael Wutz Reading Matters - Narratives in the New Media Ecology 111 Cornell University Press, Ithaca & London, 1997 Roy Tennnat, John Ober, Anne G. Lipow Crossing the Internet Threshold, an instructional handbook Library Solutions Press, San Carlos, California, 1994 Nigel Woodhead Hypertext & Hipermedia, Theory and Applications Sigma Press & Addison-Wesley Publishing Co., New York et all. 1991 SÃtios Computacionais 1. Motores de busca http://www.infind.com http://www.metacrawler.com http://www.copernico.com Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0429 - Relações Públicas Comunitárias e Terceiro Setor Créditos Aula: 2 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 30 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2007 Objetivos - Proporcionar o acesso ao conhecimento produzido na Universidade, tornando-se um elemento multiplicador de ações sociais mediante exame de realidade, participação e gestão em programas dirigidos a pessoas, grupos ou instituições do Terceiro Setor. - Permitir aos alunos uma visão abrangente do papel das Relações Públicas no âmbito da administração pública no contexto da sociedade contemporânea. Docente(s) Responsável(eis) 1218637 - Mariângela Furlan Haswani Programa Resumido Esta disciplina visa possibilitar ao seu ingresso no âmbito do Terceiro Setor, visto como um campo propício para a prática profissional de Relações Públicas, com vistas a à profissionalização do setor, destacando-se questões diretamente relacionadas a um processo de mudança: aumento na demanda de serviços sociais, parcerias entre os poderes públicos e a iniciativa privada, incremento na responsabilidade social empresarial e maior consciência da sociedade no sentido de reequilibrar as fortes desigualdades existentes. Programa 1. Cidadania, globalização e organização 2. Movimentos sociais 3. Relações Públicas comunitárias: conceitos e abrangência 4. Terceiro setor: identidade, natureza, tipologia, papel e tendência 5. O Terceiro Setor e as ONGs no Brasil 6. Relações Públicas no Terceiro Setor 7. Marketing Social, Marketing Societal e filantropia empresarial 8. Relações Públicas e Responsabilidade Social 112 9. Balanço Social 10. As mediações das Relações Públicas e as parcerias entre o público e o privado. Avaliação Método Natureza, tipologias, papéis, estratégicos e medidas de avaliação de iniciativas caracterízadas como Terceiro Setor, bem como sua distinção de outras atividades destinadas a modificar o comportamento de públicos (marketing social), dar visibilidade à marca ou responder à demanda de consumidores (marketing societal). Função social da filantropia empresarial. Critério Os alunos deverão ter acesso ou, preferentemente, atuar em ong's instituições do 3o. setor ou filantrópicas, para que possam relatar suas experiências e aplicar os conhecimentos trabalhados em classe. A nota final resultará de pontuação obtida em leituras, participação, trabalho final escrito e seminário. Norma de Recuperação A recuperação constará de prova escrita, versando sobre toda a matéria ministrada no semestre. Bibliografia Básica: CAMARGO, Mariângela Franco de et al. Gestão do terceiro setor no Brasil. São Paulo, Futura, 2001. CÉSAR, Regina Célia Escudero. Relações públicas comunitárias. Comunicação & Sociedade. São Bernardo do Campo, Póscom-Umesp, n. 15, p. 145-164, 2o. sem. 1987. CÉSAR, Regina Célia Escudero. As relações públicas frente ao desenvolvimento comunitário. Comunicação & Sociedade. São Bernardo do Campo, Póscom-Umesp, n. 32, p. 69-88, 2o. sem. 1999. IOSCHPE, Evelyn Berg (org). 3º setor: desenvolvimento social sustentado. .2ª ed. São Paulo: az e Terra, 2000 FERNANDES, Rubem César. Privado, porém público: o terceiro setor na América Latina. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994. INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades. São Paulo: Peirópolis, 2002. KUNSCH, Margarida. M. Krohling. Relações públicas e responsabilidade social. In: Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4a. ed. - revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Summus, 2003. [Item 5 do cap. III - Relações públicas nas organizações]. ____________. Relações públicas comunitárias: um desafio. Comunicação & Sociedade. São Bernardo do Campo, Póscom-Umesp, n. 11, p. 131-150, 1o. sem. 1984. ____________. Propostas alternativas de relações públicas. Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo: Intercom, n. 57, p. 48-58, 2o. sem. 1987. MERCADO GLOBAL. São Paulo: Rede Globo, n. 107, a. XX, v. II, p. 67-69, jun. 2000. ____________.Margarida e Waldemar (org). Relações Públicas comunitárias numa perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007. MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, Cesar. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Comunicação nos movimentos populares. Petrópolis: Vozes, 1998. SINA, Amália; SOUZA, Paulo de. Marketing social: uma oportunidade para atuar e contribuir socialmente no terceiro setor. São Paulo: Crescente Editorial, 1999. TINOCO, João E. Prudêncio. Balanço social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade publica das organizações. São Paulo: Atlas, 2001. Complementar CHANLAT, Jean-François. Ciências sociais e management: reconciliando o econômico e o social. São Paulo: Atlas, 1999. COELHO, Simone de Castro Tavares. Terceiro setor: um estudo comparado entre Brasil e Estados Unidos. São Paulo: Senac, 2000. GRAU, Nuria Cunill. Repensando o público através da sociedade: novas formas de gestão pública e representação social. Rio de Janeiro: Revan, 1998. INSTITUTO ETHOS. Guia de elaboração de relatório e balanço anual de responsabilidade social empresarial - 2001. São Paulo: Instituto Ethos, jun. 2001. ____________. Indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial - 2001. São Paulo: Instituto Ethos, jun. 2001. ____________. Como as empresas podem implementar programas de voluntariado. São Paulo: Instituto Ethos, abr. 2001. LEITE, Flávia Bastos. O papel de relações públicas na administração da comunicação em empresas atuantes no terceiro setor: fundamentos e conceitos básicos. São Paulo, 2000. TCC - ECA-USP. PAOLI, Maria Célia. Empresas e responsabilidade social: os enredamentos da cidadania no Brasil. In: PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Relações públicas no modo de produção capitalista. São Paulo: Summus, 1986. 113 SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 373-418. SZAZI, Eduardo. Terceiro setor - regulação no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2003. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0450 - Comunicação Visual nas Organizações Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2008 Objetivos Introdução sobre os inúmeros usos da mensagem visual no ambiente organizacional, com ênfase na apresentação e analise da mensagem visual no universo da produção gráfica e da programação visual, no contexto de relações públicas e de comunicação organizacional. Programa Resumido Visão geral dos conceitos e técnicas de programação visual e a produção gráfica aplicada à comunicação organizacional e às relações públicas. Programa 1. As artes gráficas e as técnicas de programação visual no contexto da comunicação organizacional e relações públicas: principais demandas e produtos 2. Apresentação de exemplos de produção organizacional no campo da comunicação visual das organizações. 3. As artes gráficas e sua integração com o projeto editorial e com a programação visual. 4. Introdução à Teoria da cor: aplicações na indústria gráfica, na programação visual e no meio digital 5. Papel: tipos, formatos, gramaturas e aplicações gráficas. Outros suportes para a impressão: plástico, PVC, EVA, metalizados, entre outros. 6. Elementos básicos de tipografia. 7. O projeto gráfico: introdução à diagramação de periódicos organizacionais 8. Softwares gráficos aplicados às artes gráficas e a programação visual. 9. Pré-impressão, impressão e acabamento 10. Finalização e seus formatos 11. Trabalhos práticos Avaliação Método Aulas expositivas e trabalhos práticos. Critério Provas e trabalho fina Norma de Recuperação Novo trabalho e prova. Bibliografia ARHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Pioneira, 1984. BAER, Lorenzo. Produção gráfica. São Paulo: Senac, 1995. BIRREN, Faber. The elements of color system of Johannes Itten. New York: Van Nostrand Reinhold, 1970. CARRAMILLO Neto, Mário. Produção Gráfica II. Papel, tinta, impressão e acabamento. São Paulo, Global, 1997. CAUDURO, João Carlos. Design e ambiente. São Paulo:FAU-USP, 1978. ____________________. Contato imediato com produção gráfica. São Paulo:Global, 1997. CRAIG, James. Produção Gráfica. São Paulo: Mosaico/ Edusp, 1980. LIVINGSTONG, Alan and Isabella. Graphic Design and Designers. London:The Thames & Hudson. World 114 of art, 200. MERTINS, Nelson. A imagem digital na editoração: manipulação, conversão e fechamento de arquivos. São Paulo: Senac, 2003. MORIOKA Adams. Logo: Design Workbook. Gloucester: Rockport Publishers, 2006. ZELANSKI, Paul and PAT FISHER Mary. Color. Madri: H.Blume, 2001. 5º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Comunicações e Artes Disciplina: CCA0277 - Teoria e Método de Pesquisa em Comunicação Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1994 Objetivos 1. Propiciar um conhecimento básico da relação Teoria/Pesquisa no campo da Comunicação, bem como um domínio das metodologias aí desenvolvidas. 2. Perceber a pesquisa como instrumento de produção de conhecimento e de intervenção na sociedade, particularmente nos campos da Comunicação e da Cultura. 3. Demostrar o caráter formador e ao mesmo tempo instrumental da pesquisa para o trabalho do profissional da comunicação. 4. Desenvolver um projeto de pesquisa empírica nas suas fases de elaboração e execução e relatório final. 5.Oferecer subsídios para discussão da questão epistemológica. Docente(s) Responsável(eis) 923570 - Lucilene Cury 2087662 - Maria Immacolata Vassallo de Lopes Programa Resumido O conhecimento científico - As ciências da comunicação - Projetos de Pesquisa em Comunicação. Programa 1. Comunicação: teoria e pesquisa. 2. Pesquisa de Comunicação no Brasil: história e tendências. 3. O campo metodológico da pesquisa: estrutura e processo. a) Os níveis da pesquisa: epistemológico, teórico, metódico e técnico. b) As fases da pesquisa: definição do objeto, observação, descrição, interpretação, conclusões e bibliografia. Avaliação Método - Aulas expositivas Leituras e relatórios de textos Orientação de projetos de pesquisa Elaboração e execução de projeto de pesquisa empírica 115 Critério 1. Participação em classe 2. Proposição e elaboração de um projeto de pesquisa 3. Execução e avaliação do projeto de pesquisa Norma de Recuperação Reelaboração individual de projeto de pesquisa Bibliografia ABRAMO, Perseu. Pesquisa em Ciências Sociais. In: HIRANO, Sedi (org). Pesquisa Social. Projeto e Planejamento. São Paulo: T.A. Queiroz, 1979. p.21-88. BELL, Judith. Como realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva, 1997. LOPES, Maria Immacolata V. Pesquisa em Comunicação. 5ª ed. São Paulo: Loyola, 2001. 148p. Texto Base MATTELART, Armand e MATTELART, Michéle. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 1999. MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. Portugal. Publicações Europa - América, s.d. MOURA, Maria Lúcia Seidl de e outros. Manual de Elaboração de Projetos de Pesquisa. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1998. OROZCO GOMEZ, Guillermo. La Investigación em Comunicación Desde la Perspectiva Qualitativa. México: IMDEC, 1997. POPPER, Karl. Em busca de um Mundo Melhor. 3ª ed. Lisboa: Editorial Fragmentos, 1992. SOUSA SANTOS, Boaventura. Um Discurso sobre as ciências. 8ª ed. Porto: Edições Afrontamento, 1996. TEXTOS ESPECÍFICOS À TEMÁTICA DO PROJETO DE PESQUISA DOS ALUNOS: será feita pesquisa bibliogrática. THIOLLENT, MICHEL. Crítica Metodológica, Investigação Social e Enquete Operária. São Paulo: Polis, 1980. - Capítulo 2: A falsa neutralidade das enquetes sociológicas. p.41-78. - Capítulo 3: O processo de entrevista. p.70-100. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0389 - Teoria da Opinião Pública Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2007 Objetivos Analisar o surgimento do conceito de opinião pública, refletir sobre o seu desenvolvimento e o seu significado social na época moderna, procurar novas interpretações e teorias inéditas para compreender as suas novas tendências na sociedade contemporânea. Depois de apresentar uma breve analise histórica sobre o significado filosófico do “opinar” o curso se deterá no estudo do significado sociológico e político da opinião publica moderna. A partir do estudo dos processos de formação midiáticos analisar-se-á as principais teorias e as mais importantes visões surgidas na sociedade de massa. Na parte final o curso buscará problematizar, através do estudo das principais teorias da comunicação a função da opinião publica na época contemporânea, marcada pela superação das formas comunicativas de massa e pela difusão de formas digitais-interativas e simultâneas de trocas de informações. Docente(s) Responsável(eis) 2155560 - Massimo di Felice 116 Programa Resumido Analisar o surgimento do conceito de opinião pública, refletir sobre o seu desenvolvimento e o seu significado social na época moderna, procurar novas interpretações e teorias inéditas para compreender as suas novas tendências na sociedade contemporânea. Depois de apresentar uma breve analise histórica sobre o significado filosófico do “opinar” o curso se deterá no estudo do significado sociológico e político da opinião publica moderna. A partir do estudo dos processos de formação midiáticos analisar-se-á as principais teorias e as mais importantes visões surgidas na sociedade de massa. Na parte final o curso buscará problematizar, através do estudo das principais teorias da comunicação a função da opinião publica na época contemporânea, marcada pela superação das formas comunicativas de massa e pela difusão de formas digitais-interativas e simultâneas de trocas de informações. Programa Tópico I – A Opinião contra a “verdade” - O “logos” e o “arché”: os sofistas e a verdade como opinião Socrate e a maieutica A doxa e a opinião como mentira A metafísica contra a opinião Galileo e a tecnologia como “imagem de mundo” Lutero, o texto, a hermenêutica e a subjetividade Tópico II – O Surgimento da sociedade civil e a origem da opinião publica moderna - A razão iluminista e o surgimento do indivíduo moderno A lei da opinião de John Locke O governo funda-se sobre a opinião: David Hume e James Madison J. J. Rousseau e a opinião pública A sociedade civil e a origem da razão sociológica Tópico III – As teorias críticas - O marxismo e a opinião publica Gramsci e a esfera publica A opinião como alienação (Adorno, Marcuse e a Escola de Frankfurt) Habermas e a teoria critica P. Bourdieu: a opinião publica não existe Tópico IV – Opinião pública e média - Irving Crespi e o processo tridimensional da opinião pública Niklas Luhmann: a opinião publica como redução da complexidade Elisabeth Noelle Neumann: A espiral do silencio O processo de “opinion –building” Agenda setting O modelo semiótico-testual Tópico V – A época das imagens de mundo - A A A A A morte de Deus: Nietzesche, niilismo e emancipação crise das ciências exatas crise das grandes narrativas crise do colonialismo como a crise do ocidente sociedade transparente e as multiplicações de vozes Tópico VI – Da “opinião” pública para o “sentir” público - A sociedade em rede Fazer-se sentir: uma idade estética Reality show e post-politica Greenpeace, Neo-zapatismo e pensamento fraco Festas Reave, exotopias e prazeres trans-orgnaicos New Age e místicas sem religião 117 Avaliação Método - Trabalho de Aproveitamento / Prova / seminário Critério trabalho: peso 3 / prova: peso 2 / seminário: peso 1 Norma de Recuperação - Através de leitura e análise de texto e provas. Bibliografia Bibliografia: Abruzzese A., O esplendor da tv, 2006, Studio Nobel, S. Paulo Atkinson, J., Lutero y el nacimineto del protestantismo, 1971, Alianza editorial, Madrid Bey, H. T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária. São Paulo: Conrad, 2002. Briggs, A. e Burker, P. Uma história social da mídia: De Gutenberg à Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. Castells, M. A sociedade em rede. (A era da informação: economia, sociedade e cultura, vol.I). São Paulo: Paz e Terra, 1999. Ciaui M., Convite á filosofia 1995, São Paulo, Editora Ática. Di Felice, M.Votán zapata: a marcha indígena e a sublevação temporária. São Paulo: Xamã, 2002. ______________. “As armas comunicantes: o papel da comunicação nos novos movimentos revolucionários – o caso zapatista”. In: Vozes cidadãs: aspectos teóricos e análises de experiências de comunicação popular e sindical na América Latina. São Paulo: Angellara, 2004. __________. “Prefácio: Sociabilidades transorgânicas e sentires além do humano”. In: PERNIOLA, M. O Sex Appeal do Inorgânico. São Paulo: Studio Nobel, 2005, pp. 11-19. _____________. A revolução invencível. São Paulo: Boitempo, 1998. ______________. O digital nativo. Intercom, 2005 Donne, Marcella Delle. La societá civile e l´origine della ragione sociológica. Roma: Edizione Lavoro, 1993. Geymonat L., Galileo Galilei, 1986, Ediciones Península, Barcelona Grossi, G. L´opinione pubblica. Roma: Editori Laterza, 2004. Guthrie, W.K.C., Os sofistas, 1995, ed, Paulus, S. Paulo Habermas, J. Storia e critica dell´opinione pubblica. Roma: Editori Laterza, 2001. Lévy, P. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na Era da Informática. São Paulo: Editora 34, 1993. _______. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. Noelle-Neumann, E. La spirale del silenzio: per una teoria dell´opinione pubblica. Roma: Meltemi, 2002. Price, V. L´opinione pubblica. Bologna: Il Mulino, 2004 Vernant J.P., As origens do pensamento grego, ed.Bertrand, RJ, 1996 (cap. IV) __________ Mito e pensamentos entre os gregos, ed.paz e Terra, RJ, 1998 VATTIMO, G. A sociedade transparente. Lisboa: Edições 70, 1989. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0419 - Produção de Periódicos Institucionais no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos Propiciar ao aluno de Relações Públicas e de Comunicação Organizacional a oportunidade de explorar, avaliar e conhecer a história, a evolução da teoria e das práticas relacionadas à seleção, interpretação, avaliação, edição e distribuição da informação aplicadas à produção de periódicos institucionais, no contexto das mídias, do novo social, das empresas e instituições. 118 Docente(s) Responsável(eis) 2183089 - Paulo Roberto Nassar de Oliveira Programa Resumido Na atualidade, a seleção, interpretação e a opinião sobre a informação monitorada - no contexto das inovações de mídia, do novo social e dos impactos sociais, econômicos, ambientais e tecnológicos, entre outros, produzidos pelas empresas e instituições contemporâneas – transformaram, as políticas, planejamentos, e as formas de produção e a distribuição das mídias tradicionais, entre elas os periódicos institucionais. Programa 1.Sociedade industrial e informação 2.Informação: do commodity à informação com valor 3.Dos públicos para as redes (Sociedade em rede): mídias inovadoras e o novo social 4.Reposicionamento das mídias tradicionais no âmbito do novo social 5.Temas da sociedade de risco: competência, legalidade e legitimidade 6.Mídias quentes e mídias frias: understanding media 7.Publicações e as redes de públicos organizacionais. 8.Comunicação Institucional e Comunicação Mercadológica 9.Categorias para organizar as informações: mensagens organizacionais 10.Grupos de publicações: jornais, revistas e boletins 11.Jornais: questões técnicas, éticas e estéticas e convergências 12.Revistas: questões técnicas, éticas e estéticas e convergências 13.Boletins: questões técnicas, éticas e estéticas e convergências Avaliação Método Aulas expositivas, encontros com especialistas, pesquisas em acervos de publicações, atividades práticas. Critério Prova (3 pontos) Seminários (3 pontos), resenhas (2 ponto), trabalho final (2 pontos). Norma de Recuperação Prova ou trabalho a ser realizadoa na época de férias ou até uma semana antes de começar o próximo período letivo. Bibliografia CASALEGNO, Federico (org.). Memória cotidiana. Porto Alegre: Sulina, 2006 CARAMELA, Elaine...[et al.] Mídias: multiplicação e convergências. São Paulo:Senac,2009. CARDOSO, Gustavo. A mídia na sociedade em rede. Rio de Janeiro: FGV, 2007. CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet:reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. COIMBRA, Oswaldo. O texto da Reportagem Impressa: Um curso sobre a sua estrutura. São Paulo: Ática, 2002. ERBOLATO, Mário L. Técnicas de Codificação em Jornalismo: redação, captação e edição no jornal diário. São Paulo: Ática, 2002. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs:capitalismo e esquizofrenia, vol.1. São Paulo: Edit.34, 1995. DINES, Alberto & MALIN, Mauro (org.). Jornalismo Brasileiro no Caminho das Transformações. Brasília: Banco do Brasil, 1996. DUARTE, Fábio; QUANDT, Carlos e SOUZA, Queila. O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008. GOMES, Nelson e NASSAR, Paulo. A Comunicação da Pequena Empresa. São Paulo: Editora Globo, 2002. GUEDES CAPUTO, Stela. Sobre entrevistas. Petrópolis: Vozes, 2006. GUIMARÃES, Luciano. A Cor como Informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Anna Blume, 2000. LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística - Rio de Janeiro: Editora Record, 2001. ____________. Ideologia e Técnica da Notícia. Petrópolis: Vozes, 1979 LIMA, André Motta. Datos e Fatos: 365 dias de história para alegria dos pauteiros. Rio de Janeiro: Casa do Vídeo, 2002. LIPOVESTSKY, Gilles. Metamorfoses da cultura liberal: ética, mídia, empresa. Porto Alegre:Sulina, 2004. MANUAIS DE ESTILO E REDAÇÃO - Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, O Globo e Editora Abril. MARTINS, Eduardo. Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo. São Paulo: O Estado de S.Paulo, 1997. MORAES, Denis. Sociedade mediatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006. MORAIS, Fernando. Chatô, o rei do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1994 NASSAR, PAULO (Coord.). Comunicação Interna: A Força das Empresas. São Paulo: Aberje Editorial, 119 2003. ________________. Comunicação e Organizações Brasileiras nos anos 1970. [dissertação de Mestrado]. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 2001. ________________. Tudo é Comunicação. São Paulo: Lazuli, 2003. NASSAR, PAULO & ZANUSO, Claudia Cezaro. Como alcançar excelência em Comunicação Interna. São Paulo: I Congresso Nacional de Comunicação e RH (ABRH e ABERJE), 2003. NASSAR, Paulo e FIGUEIREDO, Rubens. O que é Comunicação Empresarial. São Paulo: Brasiliense, 2003. NASSAR, Paulo; RIBEIRO, Renato Janine;GUTTILLA, Rodolfo Witzig. A Comunicação Organizacional frente ao seu tempo:missão, visão e valores ABERJE. São Paulo: ABERJE Editorial, 2007. NASSAR, Paulo. A mensagem como centro da rede de relacionamentos. In: Di FELICE, Massimo. Do Público para as redes: A comunicação digital e as novas formas de participação social. São Caetano do Sul:Difusão, 2008. NOBLAT, Ricardo - A arte de fazer um jornal diário - Editora Contexto, São Paulo, 2002 PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. A apuração da notícia: métodos de apuração na imprensa. Petrópolis: Vozes, 2006. _________________________. Guia para a edição jornalística. Petrópolis: Vozes, 2006. Santaella, Lucia. Meios, mídias, mediações e cognição. In:CARAMELA, Elaine...[et al.] Mídias: multiplicação e convergências. São Paulo:Senac,2009. 21 - Bibliografia complementar e referencial ABREU, Alzira Alves de & LATTMAN-WELTMAN & Fernando e KORNIS, Mônica Almeida - Mídia e política no Brasil: jornalismo e ficção. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. ABREU, Alzira Alves de, LATTMAN-WELTMAN, Fernando e ROCHA, Dora. Eles mudaram a imprensa depoimentos ao CPDOC, Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2003 ARBEX JR., José. Showrnalismo - A notícia como espetáculo. São Paulo: Editora Casa Amarela, 2001 BARROS FILHO,Clóvis. Ética na Comunicação. São Paulo: Moderna, 1995. BERTRAND, Claude-Jean. O arsenal da democracia - sistemas de responsabilização da mídia. Bauru: Editora da Universidade do Sagrado Coração, 2002. BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. BUCCI, Eugenio. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. CALDAS, Álvaro (org.). Deu no jornal - o jornalismo impresso na era da Internet. Rio de Janeiro: Editora PUC/Edições Loyola, 2002. CALDAS, Suely. Jornalismo econômico. São Paulo: Editora Contexto, 2003. CAPOTE, Truman. A sangue Frio. São Paulo:Companhia das Letras, 2003. CASTRO, Ruy. O anjo pornográfico. São Paulo: Companhia das Letras,1992. CARVALHO, Luiz Maklouf. Cobras criadas: a história de David Nasser e O Cruzeiro. São Paulo: Editora Senac, 2001. CASTELLS, Manuel A galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. CARTA, Mino. O castelo de âmbar. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000. CONTI, Mario Sergio. Notícias do Planalto - a imprensa e Fernando Collor. São Paulo: Companhia das Letras,1999. DANTAS, Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora Senac, 1998. DINES, Alberto. O papel do jornal. São Paulo:Summus Editorial, 2001 DINES, Alberto & FERNANDES JR., Florestan & SALOMÃO, Nelma. Histórias do poder - 100 anos de política no Brasil (3 vol.). São Paulo: Editora 34, 2000 DIZARD, Wilson. A nova mídia: comunicação de massa na era da informação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000 DUARTE, Jorge (org.). Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia, São Paulo: Editora Atlas, 2002. FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. São Paulo: Editora Contexto, São Paulo, 2003 HERSEY, John. Hiroshima. 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Jornalismo na Internet: planejamento e produção da informação on-line. São Paulo: Summus, 2003. PIZA, Daniel. Jornalismo cultural. São Paulo: Editora Contexto, 2003. REMNICK, David. Dentro da Floresta. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. SCALZO, Marília. Jornalismo de revistas. São Paulo: Editora Contexto, 2003. 120 TALESE, Gay. O reino e o poder: uma história do New York Times, São Paulo: Companhia das Letras,2000. ___________. Fama e Anonimato. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. WOLFE, Tom. A Fogueira das Vaidades (Prefácio Paulo Francis) - Rio de Janeiro: Rocco, 1988. ___________. Radical Chique e o Novo Jornalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. MANUAIS: Jornal impresso: da forma ao discurso: (laboratório) / SEPAC - Serviço à Pastoral da Comunicação - São Paulo: Paulinas, 2003. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0444 - Ciência Política Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2004 Objetivos 1 - O curso oferece referenciais ao estudante de relações públicas sobre o funcionamento do sistema político nacional. 2 - Recursos para que o futuro profissional de relações públicas possa interagir eficazmente com e nas instituições políticas (Poder Executivo e Legislativo). 3 - O curso faculta também uma visão critica sobre o campo político, garantindo ao estudante a possibilidade de discussão e pesquisa sobre seus agentes. Programa Resumido A ação do profissional de Relações públicas junto às instituições pertencentes aos poderes executivo, legislativo, é cada vez mais necessária e requisitada. Cabe ao curso de Relações Públicas oferecer referênciais teóricos de natureza jurídica e política com este escopo. Programa 1. Espaço público e Agenda Pública 2. Espaço Público e Opinião Pública 3. Espaço Público e Cultura política 4. Partidos políticos e sistema partidário 5. Sistemas Eleitorais 6. Elementos constitutivos do Estado 7. Poderes e relações entre os poderes 8. Política e Consumo: Comportamento eleitoral 9. Pragmática e Marketing político 10. Ética e campanha eleitoral Avaliação Método Aula Expositiva Critério Prova escrita, prova oral, e entrega de trabalhos Norma de Recuperação Entrega de trabalho, e argüição oral ou escrita (a critério do aluno) Bibliografia ALBOUY, S., Marketing et communication politique, Paris, L'harmattan, 1994 ALBUQUERQUE, A., Sports políticos: americanização da propaganda politica brasileira? Textos de Cultura e Comunicação, Salvador, (39): 113-129, dezembro de 1998 ALONSO, A. M., Campañas electorales y medios de comunicación. In Politica y nueva comunicatión; el impacto de los medios en la vida politica. Madrid, Fundesco, 1989 BARROS FILHO, C., Comunicação na Polis, Petrópolis, Vozes, 2002. 121 ________________, Ética na Comunicação, São Paulo, Summus, 2003 BOURDIEU, P., La representation politique: élements pour une théori du champ politioque. In Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 36/37, 1981 _______________, Questions de sociologie, Paris, Minuit, 1984 _______________, Propos sur le champ politique, Lyon, Press Universitaires de Lyon, 2000. BRAUD, Ph., Elire un président... ou honorer les dieux. In Pouvoirs, n. 14, 1980 __________, L'émotion en politique, Paris, PFNSP, 1996 __________, Le suffrage universel contre la démocratie, Paris, PUF, 1980 CHAMPAGNE, P., Faire l'opinion, Paris, Minuit, 1990 CERRONI, U., Teoria do partido politico, São Paulo, Ciências Humanas, 1982 DE FORMEL, M., Legitimité et actes de lengage, in Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 46, 1983 GAXIE, D., Les profissionels de la politique, Paris, PUF, 1973 ________, Le cens cahé, Paris, Seuil, 1978 ________ & LEHINGUE, P., Enjeux municipaux, La constituition des enjeux politiques dans une élection municipale, PUF, 1984 GOLDMAN, M. e SANT'ANNA, R., Elementos para uma análise antropológica do voto. In: PALMEIRA, M. e GOLDMAN, M. (Org.), Politics, media and modern democracy: na international study os innovations in electoral campaigning and their consequences, Wesport/London, Preager, 1996. HARRIS, R. J., A cognitive psycology of mass comunication, New Jersey, Lawrence Erlbaum, 1994 JAMIESON, K.H. & KAMPBELL, R.K., The interplay of influence: news, advertising, politics and the mass media, Nelmont, Wadsworth, 1992 LAGROYE, J., Sociologie politique, Paris, PFNSP, 1993 OFFERLÉ, M., Les partis politiques, Paris, PUF, 1987 SACKS, H., The usubility of conversational data for doinf sociology. In SUDNOW, C. (ed.) Studies in social interaction, New Yourk, Free Press, 1972 SCHUMPETER, J., Capitalisme, socialisme et démocratie, Paris, Payot, 1972 SODRÉ, M., A máquina de Narciso, Rio de Janeiro, Achiamé, 1984 TOURAINE, A., O que é democracia?, Petrópolis, Vozes, 1996 6º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0305 - Empreendedorismo e Assessoria de Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos Apresentar a dinâmica de uma assessoria de Relações Públicas seja ela interna ou externa. Oferecer condições para que o aluno possa compreender os mecanismos de administração de uma assessoria de Relações Públicas. Docente(s) Responsável(eis) 2183089 - Paulo Roberto Nassar de Oliveira Programa Resumido Empreendedorismo. Empreendedorismo corporativo ou intra-empreededorismo. Elementos fundamentais de assessoria e consultoria de Relações Públicas. Bases para a constituição de uma empresa de Relações Públicas e de Comunicação Integrada. Estruturas das empresas de Relações Públicas e Comunicação Integrada. Terceirização de serviços. Consultoria e Assessoria externa de Relações Públicas. Programa 01. Empreendedorismo. Intra-empreendedorismo ou empreendedorismo corporativo. 02. Empreendedorismo e inovações. 03. Desenvolvimento do plano de negócio. 04. Terceirização e prestação de serviços. 122 05. 06. 07. 08. 09. Assessoria e consultoria em relações públicas. Prestação de serviços de comunicação: perfil e estrutura, funções e principais atividades. Prospecção e atendimento ao cliente. Elaboração de propostas. Ética na prestação de serviços de assessoria e consultoria em relações públicas. Avaliação Método Aulas expositivas, seminários, estudos de caso. Critério Prova individual. Trabalho em grupo - constituição de uma agência para o Projeto Experimental. Atividades em classe. Norma de Recuperação Prova individual. Bibliografia DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideáis e negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. GIOSA, Lívio Antonio. Terceirização: uma abordagem estratégica. 5.ed. São Paulo: Pioneira, 1997. HISRICH, Robert; PETERS, Michael. Empreendedorismo. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2004 REBOUÇAS, Djalma de Pinho. Manual de Consultoria Empresarial. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. SARKAR, Soumodip. O empreendedor inovador. Rio de Janeiro: Campus/ Elsevier, 2008. FARAH et. al. (org.) Empreendedorismo estratégico. São Paulo: Cengage Learning, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALBEROLA, Amanda Silva. Por dentro das grandes agências de Comunicação: um perfil de grandes assessorias de imprensa e seus profissionais. ANDRADE, C. T. S. Curso de relações públicas. São Paulo: Pioneira, 2002. BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial :teoria e pesquisa. Barueri SP: Manole, 2003. DUARTE, Jorge (Organizador). Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. São Paulo: Atlas, 2002. CAMPBEL, Joseph. O herói de mil faces. 9ª ed. São Paulo: Cultrix/ Pensamento, 2004. CROCCO, Luciano; GUTTMAN, Erik. Consultoria Empresarial. São Paulo: Saraiva, 2005. DOLABELA,Fernando. O segredo de Luisa: uma idéia, uma paixão, um plano de negócios. 2ª ed. São Paulo: Editora de Cultura. 2006. ECHEVERRIA, Rafael. Confiança, viga mestra da empresa de futuro. Reflexão, ano 3, nº 7. São Paulo: Instituto Ethos, 2002. KUNSCH, Margarida K. Os grupos de mídia no Brasil e as mediações das assessorias de comunicação, relações públicas e imprensa. São Paulo: Fapesp/USP, 1999. MARCONDES, Reynaldo C.; BERNARDES, Cyro. Criando empresas para o sucesso: empreendedorismo na prática. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004. MOREIRA, Daniel Augusto; QUEIROZ, Ana Carolina S. (coord.) Inovação organizacional e tecnológica. São Paulo: Thomson Learning, 2007. SEIFFERT, Peter Quadros. Empreendendo novos negócios em corporações: estratégias, processos e melhores práticas. São Paulo: Atlas, 2005. UPDEGRAFF, Robert R. Óbvio Adams - A história de um empresário de sucesso. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1996. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0394 - Pesquisa de Opinião Pública Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/1994 123 Objetivos - Introduzir os alunos no conhecimento da Pesquisa Científica, a fim de obter respostas a problemas referentes a sua área de atuação. Docente(s) Responsável(eis) 2155560 - Massimo di Felice Programa Resumido - Introduzir os alunos no conhecimento da Pesquisa Científica, a fim de obter respostas a problemas referentes a sua área de atuação. Programa 1. Filosofia da Ciência. Pensamento Ingênuo e Pensamento Racional. O mito, o rito, a passagem para o pensamento grego racional. 2. A lógica formal e material. Teoria do Conhecimento. Método Científico. Pesquisa científica. 3. A pesquisa Social. Pesquisa Científica na área de Relações Públicas. Tipos de Pesquisa: exploratórias, descritivas e explicativas. Métodos quantitativos e métodos qualitativos. 4. Etapas da Pesquisa. Formulação do Problema. Problemas científicos: características. 5. Regras para adequada formulação do problema. 6. Variáveis. Identificação de variáveis. Classificação das variáveis: níveis de mensuração. Definição operacional. 7. Formulação de hipóteses. Tipos de hipóteses: segundo o número e a relação entre as variáveis. Relações simétricas, assimétricas e recíprocas. 8. Amostragem: conceitos básicos: universo, população. Variação no tamanho das amostras e reflexos no custo. 9. Técnica de coleta de dados. Classificação dos instrumentos de coleta. Entrevista, Questionário, Formulário, Conteúdo e redação das perguntas. 10. Pré-teste. Tabulação dos dados obtidos. Análise. Verificação das hipóteses. Considerações gerais, Conclusão. Linguagem Científica:relatório Avaliação Método - Provas/trabalhos teóricos/participação / aproveitamento Critério prova peso 3 / trabalho peso 3 / participação e aproveitamento peso 4 Norma de Recuperação aulas e provas Bibliografia CENAFOR - Centro Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal. Técnica de Pesquisa Survey, 1980. FERRARI, Trujillo Alfonso. Metodologia da Pesquisa Científica. São Paulo, McGraw Hill, 1982. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo, Ed. Atlas, 1994. ___________________. Como elaborar projetos de Pesquisa. São Paulo, Ed. Atlas, 1994. HEGENBERG, Leonidas. Introdução à Filosofia da Ciência. São Paulo, Ed. Herder, 1982. _________________. Explicações Científicas. São Paulo, Ed. Herder.EDUSP, 1969. LAKATOS, E. Maria e all. Metodologia Científica. São Paulo, Ed. Atlas, 1989. LAMBERT e BRITTAN. Introdução à Filosofia da Ciência. São Paulo, Ed. Cultrix, 1972. RICHARDSON, Robert J.. Pesquisa Social. Métodos e Técnicas. São Paulo, Ed. Atlas, 1989. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0415 - Produção Audiovisual no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral 124 Ativação: 01/01/2011 Objetivos Propiciar aos alunos de Relações Públicas conhecimentos teóricos da linguagem audiovisual e de seus usos nas empresas e instituições. Como o objetivo de prepará-los principalmente para o relacionamento com os clientes internos que demandam os produtos audiovisuais dentro das organizações. Além de prepará-los também para o relacionamento com os fornecedores especializados desses serviços durante as etapas de propostas e aprovação dessas, planejamento , execução e aprovação. Docente(s) Responsável(eis) 2183089 - Paulo Roberto Nassar de Oliveira Programa Resumido Apresentação dos conhecimentos teóricos básicos da linguagem audiovisual e de seus usos nas empresas e instituições. Com o objetivo de preparar os alunos para o relacionamento com os clientes internos que demandam os produtos audiovisuais dentro das organizações. Além de prepará-los também para o relacionamento com os fornecedores especializados desses serviços durante as etapas de propostas e aprovação dessas, planejamento , execução e aprovação. Programa 1. A linguagem do vídeo 2. A comunicação audiovisual 3. As etapas de produção: o pedido e a sua relação com o programa de Relações Públicas, a criação do roteiro, o tema, o planejamento, a produção, a edição e a aprovação. 4. Conhecimentos básicos dos recursos de produção (câmera, monitor, bateria, iluminação, som e edição) 5. Tipologias dos vídeos organizacionais. Avaliação Método Aulas Expositivas. Pesquisa em livros, vídeos, filmes revistas, jornais e discussão dos vídeos, filmes e textos sugeridos. Critério Seminários (2 pontos), relatórios e resenhas (2 pontos), prova escrita (6 pontos). Norma de Recuperação Não há recuperação, pois o aluno é avaliado durante todo o processo desenvolvido em aulas. Bibliografia COMPARATO, DOC. Da criação ao roteiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1995. MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 2003. McLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 1996. McLUHAN, Marshall. McLuhan por McLuhan:conferências e entrevistas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. NASSAR, PAULO. Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações. São Caetano do Sul: Difusão, 2007. REY, Marcos. O roteirista profissional. São Paulo: Ática, 2003. SERVA, Leão. Babel: A mídia antes do dilúvio e nos últimos tempos. São Paulo: Mandarim, 1997.WATTS, Harris. Direção de Câmera. São Paulo: Summus, 1999. WATTS, Harris. On Câmera. São Paulo: Summus, 1990. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0417 - Ética e Legislação em Comunicação Social e Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 60 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2001 Objetivos 125 Dar aos alunos o conhecimento necessário das estruturas jurídicas que regimentam as atividades da sua profissão, e a conduta dos profissionais no exercício das suas atribuições Programa Resumido Programa 1. Elementos que formam a sustentação jurídica de um Estado democrático. Direito Natural e Direito Positivo. 2. As fontes do Direito Positivo. Classificação do Direito. 3. A Constituição da República 4. Os direitos de manifestação. 5. Fato, Ato e negócio jurídico 6. Moral e Sociedade como origem das normas. 7. Ética e Ética profissional. 8. Normas jurídicas que dão sustentação às atividades de comunicação no Brasil. As leis que regulamentam as diferentes profissões. O Código de Defesa do Consumidor. 9. Conhecimento detalhado da Lei 5.377 e seus correspondentes decretos que regulamentam a profissão de Relações Públicas. 10. As modificações pleiteadas pelo Parlamento Nacional de Relações Públicas. 11. O Código de Ética da Profissão de Relações Públicas. 12. Deveres fundamentais do Profissional de Relações Públicas Avaliação Método - Aulas teóricas expositivas acompanhadas de transparências para melhor acompanhamento e entendimento. - Aulas para exame e reflexão de problemas práticos expostos pelo professor ou apresentados pelos alunos. Critério - 01 prova de aproveitamento, peso 5 - 05 atividades em aulas, individuais ou grupais, peso 1 (um) cada. Norma de Recuperação provas e trabalhos): Conforme critérios estabelecidos pelo CRP/ECA/USP, mas sempre referidos aos conteúdos oferecidos pela disciplina Bibliografia FISCHER, D. O. Direito de Comunicar. São Paulo, Brasiliense, 1989. HABERMAS, Jurgem. Mudança estrutural da esfera pública. Rio de Janeiro, Ed. Tempo Brasileiro, 1982. __________________Participação Política. In: Cardoso, F. H. & Estevan Martins, Política e Sociedade. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1982. Legislação Et Resoluções de Relações Públicas. 5ª Edição. Rio de Janeiro. Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas - CONRERP 1ª Região. KOSOVSKI, Ester (org). Ética na comunicação. Rio de Janeiro, 1995 MARANHÃO FILHO, Luiz. Legislação e comunicação. São Paulo, Ltr, 1995. MASAGAO, Mário. Curso de Direito Administrativo. 5ª Edição. São Paulo. Revista dos Tribunais, 1977. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro, 7ª Edição. São Paulo, Revista dos Tribunais, 1979. MONTORO, André Franco. Introdução à Ciência do Direito. São Paulo, Martins, 1968. PERUZZO, C. M. K. e KUNSCH, M. K. Transformação da comunicação: ética e técnicas. Victoria, Ufes/Intercom, 1995. PINHO, Ruy Rebello & NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Instituições de Direito Público e Privado, 7ª Edição. São Paulo, Atlas, 1991. REALE, Miguel. Lições preliminares do Direito. São Paulo, EDUSP e José Bushatsky, 1973. SANTOS, R. Vadem-mecum da comunicação. São Paulo, Ed. Trabalhistas, 1991. Código de ëtica do profissional de Relações Públicas Código de Defesa do Consumidor Constituição da República Federativa do Brasil 7º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes 126 Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0430 - Relações Públicas Internacionais Créditos Aula: 2 Créditos Trabalho: 0 Carga Horária Total: 30 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos 1.Estudar o papel das Relações Públicas Internacionais no contexto da globalização e sua prática aplicada a diferentes contextos geográficos e culturais; 2. Refletir sobre a cultura nacional e cultura organizacional como variáveis essenciais para entender a gestão dos negócios em diferentes países e nações; 3. Comparar as práticas de Relações Públicas entre diferentes países aplicando os princípios específicos da Teoria Global de Relações Públicas; 4. Analisar a importância dos grupos de ativistas e das agências reguladoras como atores importantes no trabalho globalizado; 5. Realizar, estudos práticos sobre a gestão da comunicação em organizações globalizadas e verificar quais são as características que fazem a diferença nos relacionamentos corporativos e reputacional. Docente(s) Responsável(eis) 1366021 - Maria Aparecida Ferrari Programa Resumido As Relações Públicas Internacionais são uma especialidade das relações públicas e tratam de estabelecer estratégias de comunicação adequadas a realidades locais e regionais. Debate a globalização como fenômeno que influi na gestão empresarial e comunicacional das organizações. Analisa os contextos econômicos, políticos, sociais e culturais para a identificação de características e modelos de gestão, de poder, de comunicação nas organizações vistas como sistemas vivos. Trata dos estudos comparativos da comunicação em diferentes contextos organizacionais e suas interfaces com a estrutura e a gestão do negócio. Programa 01. Globalização, Mundialização e Comunicação; 02. Abrangência, objetivos e finalidades das Relações Públicas Internacionais; 03. O cenário sobre a globalização e a internacionalização das empresas e a inserção do Brasil no processo de globalização; 04. Cultura nacional e cultura organizacional; 05. Relacionamentos compartilhados; 06. Grupos de Ativistas e Agências Reguladoras; 07. Negociação; 08. Gestão à Brasileira; 09. Gestão intercultural e a questão da diversidade; 10. A gestão intercultural e políticas de expatriados. Avaliação Método Exposições dialogadas em bibliografia indicada; Seminários temáticos baseados em pesquisa bibliográfica; Estudos de caso; Palestras; Leitura de textos complementares e análise crítica. Critério Avaliação Individual = 5,0 Trabalho em grupo = 5,0 Seminário em grupo = 5,0 Apresentação individual = 5,0 Norma de Recuperação trabalhos e provas no período de férias. Bibliografia 127 Bibliografia Obrigatória: Barbosa, Lívia (org.). Cultura e Diferença nas organizações. São Paulo. Atlas, 2009. Chanlat, Jean-François (coord.) O indivíduo na organização. Vol. I, São Paulo, Atlas, 1993. Ferrari, Maria Aparecida. A prática das Relações Públicas internacionais na sociedade contemporânea. Anuário da UNESCO/Metodista. Programa de Pós-graduação, Universidade Metodista de São Paulo, ano 6, no.12, 2009. Finuras, Paulo. Gestão intercultural. 2ª. Ed. Lisboa, Ed. Silabo, 2007. Fleury, Alfonso e Fleury, Maria Tereza L (coord.) Internacionalização e os países emergentes. São Paulo, Atlas, 2007. Grunig, J. E., Ferrari, M. A. E França, F. Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamentos. São Caetano do Sul, Difusão, 2009. Lewicki, R. L., Saunders, D. M. E Minton, J. W. Fundamentos da negociação. 2ª. Ed. Porto Alegre, Bookman, 2001. Motta, Fernando P. & Caldas, Miguel P. Cultura Organizacional e Cultura Brasileira. São Paulo, Atlas, 1997 Tanure, Betânia. Gestão à Brasileira. 2ª. edição. São Paulo, Atlas, 2005. Tanure, Betânia e Ghosal, Sumantra. Estratégia e Gestão Empresarial. Rio de Janeiro, Ed. Campus, 2004. Warnier, Jean-Pierre. A mundialização da cultura. Bauru, EDUSC, 2000. Bibliografia Complementar: Barber, José p. e Darder, Fidel L. Dirección de Empresas. Madrid, Pearson, Prentice Hall, 2004. Canclini, Nestor G. La globalización imaginada. Buenos Aires, Paidós, 1999. Domingues, José Maurício e Maneiro, Maria José (orgs.). América latina Hoje – conceitos e interpretações. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 2006. Guiddens, Anthony. O mundo na era da modernidade. 4ª. Edição, Lisboa, Editora Presença, 2002. Guiddens, Anthony. Modernidade e Identidade. São Paulo, Editora Zahar, 2002. Sriramesh, Krishnamurthy & Vercic, Dejan. The Global Public Relations Handbook I. Mahwah, Lawrence Erlbaum, 2003. Sriramesh, Krishnamurthy & Vercic, Dejan. The Global Public Relations Handbook II. New York, Routledge, 2009. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0441 - Comunicação Pública Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 1 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2008 Objetivos 128 - Analisar o papel da comunicação governamental nas relações entre o Estado e a sociedade, mediadas pelos meios de comunicação com a opinião pública. - Permitir aos alunos uma visão abrangente do papel das Relações Públicas no âmbito da administração pública no contexto da sociedade contemporânea. Docente(s) Responsável(eis) 1218637 - Mariângela Furlan Haswani Programa Resumido Esta disciplina é de suma importância para a formação do futuro profissional de Relações Públicas, pois visa capacitá-lo para atuar na administração pública no âmbito federal, estadual e municipal. Trata-se de um segmento que tem demandado uma grande procura por pessoal qualificado. Programa 1. Relações Públicas Governamentais: origens, histórico e processos 2. Administração pública e as esferas federal, estadual e municipal 3. Comuni9cação pública e sociedade civil 4. Marketing político e marketing público: co0nceitos e abrangência 5. Relações Públicas governamentais, democracia, opinião pública e sociedade 6. Lobby e relações governamentais 7. Relações Públicas Governamentais no Brasil 8. A comunicação governamental e internet: governo eletrônico, serviços eletrônicos e cidadania 9. Planejamento da comunicação governamental: políticas e estratégias 10. Campanhas públicas e parcerias entre o público e o privado Avaliação Método Aulas expositivas Estudos dirigidos Análise de cases Critério Prova individual Trabalhos práticos Norma de Recuperação Prova e trabalhos Bibliografia ALVES, M. M. Sábados azuis - 75 histórias de um Brasil que dá certo. 2a. ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Ed., 2000. ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Administração de Relações Públicas no governo. São Paulo: Loyola, 1982. ARAGÃO, Murilo de. Grupos de Pressão no Congresso Nacional: Como a sociedade pode defender licitamente seus direitos no poder legislativo, Sào Paulo, Maltese, 1994 BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2004. BRANDÃO, Elisabete P. El desafio de Lãs relaciones publicas em Brasil. Congresso Iberoamericano de Comunicacion y Relaciones Públicas, 7 , Alicante, Espanha, out. 2000. Anais GALBRAITH, John Kenneth. Anatomia do poder. 2 ed. São Paulo: Pioneira,1986 IIZURRIETA, R. ,PERINA, ARTERTON, C. Estratégias de comunicación para gobiernos. Buenos Aires:: La Crujia, 2002. GRANDI, Roberto. La Comunicazione Pullica: teorie, casi, profili normativi. Roma: Carocci, 2ed. 2002 JOIA, L. A. Governo eletrônico: em busca de uma conceituação. Disponível em http://www.ebape.fgv.br/e.government/asp/dsp_oquee.asp Acesso em 20/08/2002. KAPLAN, A . e LASSWELL, H. Poder e sociedade. Brasília: Universidade de Brasília, 1979. KOTLER, P., HAIDER , D. H. e REIN, I. Marketing público. São Paulo: Makron, 1995. KRAEMER, K. L. e DEDRICK, J. Computing and public organizations.. Journal of Public Administration Research and Theory. 7, 1:89-112, 1997. KUNSCH, M. M. K. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus, 1997. LENK, K. e TRAUNMÜLLER, R. Broadening the concept of eletronic government. In Designing E-Government, 129 Prins J. E. J. (ed.), Kluwer Law International, 2001. LODI, J. B. Lobby e grupos de pressão. São Paulo: Pioneira, 1986. LOPES, M. Relações Públicas Governamentais e a era Lula. Revista Comunicação Empresarial, Aberje, 1o. trimestre de 2003. Pp. 20-29. MATOS, H. Comunicação política e dimensão mercadológica no espaço público. Revista Líbero, ano 1, no. 2, 1998. _________. Comunicação pública, democracia e cidadania. Revista Líbero, ano 2, no. 3/4, 1999. _________. Comunicação pública e comunicação global. Revista Líbero, ano 3, no. 6, 2000. NOVELLI, A. L. Relações Públicas Governamentais: ação para a cidadania. Site do Conferp, março de 2003 (www.conferp.org.br OLIVEIRA, F. Ciência e tecnologia na comunicação social de instituições governamentais. São Paulo: ECAUSP, 1998. Tese de doutorado. OSBORNE, D e GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está transformando o setor público. 7a ed. Brasília: MH Comunicações, 1995. PERRI,. E-governance. Do digital aids make a difference in policy making? In: Designing E-government. Prins J.E.J. (ed.) Kluwer Law International. Pp. 7-27, 2001. POYARES, W. Imagem pública: glória para uns, ruína para outros. São Paulo: Globo, 1998. ROLANDO, Stefano (org). Teoria e tecniche della comunicazione pubblica: dallo Stato sovraordinato allá sussidarietà. Milão: ETASLAB, 2ed., 2003. TORQUATO , Gaudêncio. Marketing e comunicação na administração pública. Disponível em www.polistar.com/brasil/adm.publica/publica/htm. Acesso em 2000. _____________________. Marketing político e governamental. 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Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0445 - Gestão Estratégica de Projetos de Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 2 Carga Horária Total: 120 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2011 Objetivos • Introduzir os principais conceitos e abordagens sobre gestão estratégica. • Apresentar a metodologia para o desenvolvimento e implementação do planejamento empresarial em nível estratégico. • Demonstrar como se desenvolve o processo de elaboração de um plano estratégico de comunicação organizacional e um projeto global de Relações Públicas para as organizações. • Oferecer aos alunos conteúdo teórico-prático para a elaboração do projeto experimental. Docente(s) Responsável(eis) 1784661 - Valéria de Siqueira Castro Lopes Programa Resumido A disciplina apresenta os processos de desenvolvimento e implementação do planejamento estratégico e discute as diferentes visões existentes no campo da Administração a respeito do processo de formulação e implementação da estratégia empresarial. Este conhecimento é fundamental à formação de profissionais de relações públicas capazes de contribuir com o alcance dos objetivos de negócio da organização a qual estiverem vinculados. Programa 1. Planejamento estratégico, pensamento estratégico e gestão estratégica. 2. Metodologias do planejamento estratégico. 4. Processo do planejamento estratégico: a) Missão, visão e valores: diretrizes organizacionais. 130 b) Análise estratégica: análise dos ambientes externo, competitivo e interno. c) Formulação e implementação da estratégia. d) Elaboração dos planos tático e operacional. 5. Planos, projetos e programas de Relações Públicas: conceituação e estruturação. 6. Plano estratégico de Relações Públicas e Comunicação Organizacional para o setor corporativo, organizações governamentais e do terceiro setor. 7. Etapas de elaboração de um plano estratégico de Relações Públicas e Comunicação Organizacional: a) Briefing b) Mapeamento e estudos dos públicos c) Análise estratégica e benchmarking d) Pesquisas e auditorias em Relações Públicas e comunicação organizacional e) Diagnóstico f) Programas de ação g) Avaliação e mensuração de resultados em Relações Públicas Avaliação Método Aulas expositivas, seminários, estudo de casos. Critério Prova individual. Atividades em classe. Trabalho em grupo – elaboração da primeira etapa do Projeto Experimental. Norma de Recuperação Prova individual. Bibliografia COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica: da empresa que temos para empresa que queremos. 2ª. Ed.São Paulo: Saraiva, 2007. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4. ed. (revista ampliada e atualizada). São Paulo: Summus, 2003. MINTZBERG, Henry. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Trad. de Maria Adelaida e Carpigiani. Porto Alegre: Bookman, 2004. HEIJDEN, Kess van der. Planejamento de cenários: a arte da conversação estratégica. Trad. de Carlos A. Silveira Netto Soares e Nivaldo Montingelli Jr. Porto Alegre: Bookman, 2004. Bibliografia Complementar ANSOFF, H. Igor; MACDONNEL, Edward. Implantando a administração estratégica. 2a. ed. São Paulo: Atlas, 1993. BERENSCHOT et al. Modelos de Gestão. São Paulo: Prentice Hall, 2003. BRODY, E. W. & STONE, Gerald C. Public Relations Research. New York: Greenwood Press, 1989 BROOM, Glen M.; DOZIER, David M. Using research in Public Relations: applications to program management. New Jersey: Prentice Hall,1990, cap. 2, pp. 21-47. COSTA, Ana Paula Paulino. BSC: conceitos e guia de implementação. São Paulo: Atlas. CUTLIP, Scott M.; CENTER, Allen H.; BROOM, Glem M. Effective Public Relations. 6th edition. New Jersey: Prentice Hall, 1985. DI SERIO, Luiz Carlos; VASCONCELLOS, Marcos Augusto de. Estratégia e competitividade empresarial. São Paulo: Saraiva, 2009. FRANÇA, Fábio. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2004. GALERANI, Gilceana S. Moreira. Avaliação em Comunicação Organizacional. Brasília, DF: Embrapa, Assessoria de Comunicação Social, 2006. HUDSON, Mike. Administrando organizações do terceiro setor: o desafio de administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999. KAPLAN, Robert S.; Norton, David. Organização orientada para a estratégica: como as empresas que adotam o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2000. ––––––. Alinhamento: usando o balanced scorecard para criar sinergias corporativas. Rio de janeiro: Elsevier, 2006. KUNSCH, M.M.K. Planejamento e gestão estratégica das relações públicas comunitárias. In: KUNSCH, M.M.K. (org). Obtendo resultados com relações públicas. 2.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. ––––––– (org). Gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas. In: KUNSCH, M.M.K. e KUNSCH, W.L. (orgs.). Relações públicas comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007. LIKER, Jeffrey; MEIER, David. O modelo Toyota. Porto Alegre: Bookman, 2007. LUEKE, Richard. Estratégia. Harvard Business Essentials. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. MINTZBERG, Henry; AHLSSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000. 131 _________. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Trad. de Maria Adelaida e Carpigiani. Porto Alegre: Bookman, 2004. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São Paulo: Atlas, 2002. ________. Administração Estratégica. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. PORTER, Michael; MONTGOMERY, Cynthia (org.). Estratégia: a busca da vantagem competitiva. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Campus.1998. PORTER, Michel. Vantagem competitiva. São Paulo: Campus, 1989. TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2000. WILSON, Laurie. Strategic Communications planning, 2003. 8º. Período Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0330 - Projeto Experimental de Relações Públicas Créditos Aula: 4 Créditos Trabalho: 7 Carga Horária Total: 270 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2006 Objetivos 1.Revisar os princípios e teorias de Relações Públicas e entender como eles estão relacionados com a prática da comunicação nas empresas reais; 2.Aprender a identificar, categorizar e analisar a informação necessária e os comportamentos de comunicação dos públicos que possam a ter conseqüências negativas à organização; 3.Compreender como estratégicas e táticas usadas em Relações Públicas estão relacionadas com a missão, objetivos e metas da organização cliente; 4.Desenvolver pesquisas científicas junto aos públicos estratégicos da organização para conhecer seus comportamentos e opiniões; 5.Familiarizar-se com os tipos de avaliação que devem ser utilizados para controlar o processo de planejamento e execução de atividades. Docente(s) Responsável(eis) 1366021 - Maria Aparecida Ferrari Programa Resumido A atividade de Relações Públicas depende, em grande parte, da formação acadêmica oferecida no curso superior e da educação continuada que o profissional deve manter atualizada durante sua trajetória no mercado de trabalho. Portanto o projeto experimental de Relações Públicas, desenvolvido durante o último ano do curso superior deve proporcionar ao aluno a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos teóricos e de desenvolver programas de ação adequados para cada situação. A realização de um trabalho de longo prazo numa organização real irá permitir ao aluno vivenciar e familiarizar-se com a vida organizacional, assim como será possível identificar e analisar situações e sugerir programas de Relações Públicas com o objetivo de ajudar a organização a manter relacionamentos simétricos com seus públicos. Programa 1.Revisão da Teoria de Excelência em Relações Públicas; 2.Levantamento dos dados demográficos da organização cliente; 3.Análise estratégica: ambiente externo e interno; 4.Pesquisa institucional com diferentes públicos da organização; 5.Diagnóstico e propostas de ação de Relações Públicas; 6.Planejamento, orçamento e aprovação de atividades de Relações Públicas; 7.Controle e avaliação das atividades implementadas. Avaliação Método 132 apresent. escrita e oral do projeto visando conteúdo, criatividade, desempenho durante o sem., apresent. oral e viabilidade de aplicação do projeto p/ cliente. Critério Apresentação do projeto, no final do semestre, para uma banca examinadora composta de professores do curso e convidados externos. Norma de Recuperação Não há recuperação. Bibliografia Bibliografia Básica: França, Fábio. Públicos: como identificá-los. São Caetano do Sul, Yendis, 2004. Freitas, Sidinéia e França, Fábio. Manual da qualidade em projetos experimentais de comunicação. São Paulo, Pioneira, 1997. Kunsch, Margarida M. K. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. 2ª. edição. São Paulo, Summus, 2003. Mattar, Fauze N. Pesquisa de Marketing. São Paulo, Atlas, 1996. Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 11 ª edição, São Paulo, Atlas, 1995. Samara, Beatriz S. e Barros, José Carlos de. Pesquisa de Marketing. 2a. edição, São Paulo, Makrom Books, 1997. Bibliografia Complementar: Cutlip, Center & Broom. Effective Public Relations. 8ª edição, EUA, Prentice-Hall, 1999. Grunig, James E. e Hunt, Todd. Managing Public Relations. New Jersey, EUA, Holt, Rinehart and Winston, 1984. ________________ . Public Relations Techniques. New Your, Harcourt Brace, 1994. Grunig, James E. (org.) Excellence in Public Relations and Communication Management. New Jersey, Lawrence Erlbaum, 1992. Júpiter - Sistema de Graduação Escola de Comunicações e Artes Relac.públicas,propaganda e Turismo Disciplina: CRP0440 - Trabalho de Conclusão de Curso Créditos Aula: 2 Créditos Trabalho: 2 Carga Horária Total: 90 h Tipo: Semestral Ativação: 01/01/2004 Objetivos Aprimorar a formação escolar e a capacitação profissional, através da aplicação e integração dos conhecimentos teóricos e/ou práticos. Programa Resumido - Aprimorar a formação escolar e a capacitação profissional, através da aplicação e integração dos conhecimentos teóricos e/ou práticos. Programa 133 - Estudo aprofundado sobre tema vinculado ao conteúdo de, no mínimo, duas disciplinas do curso em que o aluno está se graduando. - Cada trabalho de Conclusão de Curso terá um conteúdo de curso específico em função da escolha individual do tema pelo aluno e seu orientador Avaliação Método Segundo resolução 1/92 de 10/02/82 Critério Segundo resolução 1/92 de 10/02/82 Norma de Recuperação Não oferece recuperação Bibliografia pertinentes ao tema