Comunidade Cristã Jesus Para o Mundo ‐ Escola Bíblica Dominical Profª: Marcela Fogagnoli ‐ Os Frutos do Espírito Santo Aula 6: Vivendo uma vida frutífera “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo‐lo conceda.” João 15:16 Atualmente, o grande desafio nas pessoas não é mais aceitar a Jesus como senhor e salvador da vida e sim permanecer nessa em Cristo e dar frutos. O primeiro passo no nosso processo de salvação é o de justificação, depois o de santificação (que deve ser constante em nossa vida). Uma vez justificados, com livre acesso ao Pai através de Cristo, passamos a viver a vida abundante de Deus. Um indicador de que estamos seguindo nesse processo é a frutificação. Damos frutos quando estamos transbordantes da vida e plenitude de Deus em nós. Fomos chamados a dar frutos, ou seja, uma vida cristã plena deve gerar frutos da ação de Deus em nós, do nosso arrependimento e do Espírito Santo em nós. Porém, como num processo biológico de uma planta, para dar fruto é necessário algumas “regras” importantes: disciplinas, perdas (podas) e cuidados. Infelizmente grande parte dos cristãos não conseguem passar por essas regras e etapas e desistem de frutificar e, consequentemente da vida cristã. Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre frutificação para orientar‐nos nesse caminho. Fomos chamados a frutificar • Em João 15: 1‐27, Jesus se apresenta como a Videira Verdadeira e a nós como os ramos: “eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo15:5). Os ramos só frutificam se estiverem ligados à Videira, ou seja, a Cristo. Logo, todo ramo que não dá fruto é cortado e lançado fora; e todo aquele que dá fruto requer um cuidado especial, para que frutifique ainda mais (v.2). • A frutificação é, portanto, a base do crescimento individual e da igreja. Deus espera de nós uma vida frutífera, ele nos salvou com um objetivo maior! Somos ramos • Nessa passagem, Jesus fala sobre dois tipos de ramos: os que produzem frutos e os que não produzem frutos. Ramos cumprem apenas duas finalidades: produzir frutos ou ser queimado. Deus espera frutos de nós. • Os cristãos que não produzem frutos vivem uma vida aquém do que Deus espera. Isso leva à uma constante insatisfação, amargura e autopiedade. Existem vários cristãos sinceros, que amam a Deus, mas que estão presos a uma estrutura e impossibilitados de frutificar. Como na parábola do semeador (Mt 13:1‐8), é como se a semente caísse entre os espinhos e fosse sufocada por eles. É necessário, portanto, se submeter aos cuidados de Deus para que esses “espinhos” sejam removidos para que haja a frutificação. • Outro tipo de cristão que não frutifica é aquele que não “cria raízes”, relacionando‐o à parábola do semeador, é como se sua vida fosse aquele solo rochoso onde a semente não encontra recurso para frutificar. Isso não está relacionado com o tempo de igreja que a pessoa tenha. Infelizmente é possível viver anos no evangelho (ou melhor, na igreja) sem estar enraizado e, pior, sem dar frutos. Uma vida infrutífera: uma vida de perigo • Em Lucas 13:6‐9, Jesus nos ensina sobre uma figueira infrutífera. Talvez estranhemos a atitude talvez hostil do vinhateiro ao mandar que seja cortada. Aquele vinhateiro esperava daquela videira apenas que desse frutos e ela não estava correspondendo a isso. Ela poderia talvez dar uma boa sombra, dar belas folhas, mas não dando fruto não estaria correspondendo o propósito pelo qual foi plantada. Assim é nossa vida com Deus, Ele espera que demos frutos e para isso nos dá recursos, como o Espírito Santo. A fidelidade a Deus deve ser proporcional ao que ele nos concede. Correção: uma nova chance para frutificação • Quando um galho de uma planta “entorta” ou segue em outra direção, o jardineiro ou cultivador dessa planta toma algumas medidas no intuito de “acertá‐la”. Ele pode tosar um galho, amarrar bem firme outro junto ao caule, arrancar folhas velhas, etc. Assim Deus faz conosco: quando deixamos de frutificar Ele nos corrige pra que possamos novamente dar bons e belos frutos. • Hebreus 12:5‐8 fala sobre a correção de Deus aos seus filhos. O objetivo da disciplina de Deus não é provocar dor (Hb 12:11) e sim produzir frutos. Assim como o jardineiro que logo que percebe que a planta já “endireitou” cessa sua correção, assim Deus não alonga nossa disciplina, ela dura o tempo necessário para nos arrependermos. Lembre‐se que pais não disciplinam amigos de seus filhos, filhos de desconhecidos, etc. Pais disciplinam seus filhos. Logo, se Deus nos disciplina é porque somos Seus filhos e porque Ele nos ama a ponto de querer nos ver acertando o alvo, cumprindo o que Ele espera de nós e vivendo uma vida plena. Cristão que está produzindo fruto tem que passar pela poda • Quem cultiva uma planta sabe que para conseguir que ela dê frutos é necessário podá‐la, ou seja, limpar o ramo dos galhos que crescem desordenadamente. Quando o ramo é limpo, ele fica tendencioso a produzir mais frutos. No caso da videira, é por essa razão que o viticultor corta os brotos desnecessários, independentemente de quanto pareçam vigorosos, pois o único propósito da vinha são que os ramos produzam mais frutos. Quatro técnicas no processo de limpeza usadas pelo viticultor: 1. Remove os brotos mortos e prestes a morrer; 2. Garante que o sol chegue aos galhos cheios de frutos; 3. Corta a folhagem luxuriante que impede a produção de frutos; 4. Corta os brotos desnecessários, independente do quanto pareçam viçosos. • Deus como Viticultor segue o mesmo processo em nossa vida: Ele corta partes da nossa vida que roubam a nossa vitalidade e nos impedem de frutificar. O Viticultor procura tanto a quantidade quanto a qualidade. A disciplina é para nos corrigir e nos trazer de volta para o caminho; a poda é para sermos mais produtivos. Deus nos disciplina quando estamos fazendo algo errado; Deus nos poda quando estamos fazendo algo certo. Deus nos disciplina para darmos fruto; ele nos poda para darmos mais frutos. Na disciplina o que precisa ser retirado é o pecado; na poda o que precisa ser retirado é o eu. A disciplina termina quando nos arrependemos do pecado; a poda só termina quando Deus concluir sua obra em nós na glorificação. 
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Aula 6: Vivendo uma vida frutífera