78% DOS PROFISSIONAIS DIZEM QUE O DINHEIRO É O MAIS IMPORTANTE PARA SER FELIZ NO TRABALHO Mulheres (84%) consideram-se mais felizes no trabalho do que os homens (75%); regionalmente, os cariocas (85%) sentem-se mais felizes do que os paulistas (71%) 79% estão felizes em relação ao trabalho; apenas 7% consideram-se infelizes. Para 46%, eles são os responsáveis, e não a empresa, pela própria felicidade Estudo realizado pelo Ateliê de Pesquisa Organizacional ouviu quatro grupos de discussão e 200 profissionais de companhias estabelecidas em São Paulo e no Rio Atualmente, o tema felicidade no trabalho é muito discutido no mundo corporativo e uma das prioridades das áreas de Recursos Humanos. Muitas pesquisas têm sido feitas por diversas instituições exatamente para lançar algum entendimento sobre o tema que é bastante abstrato e até cercado de muito romantismo. O assunto é de grande complexidade e invariavelmente é incluído entre os conceitos e melhores práticas de RH, como clima organizacional, engajamento e política de retenção de talentos profissionais. Para tentar desvendar o significado de felicidade no trabalho, o Ateliê de Pesquisa Organizacional (www.ateliedepesquisa.com.br) divulga um estudo sobre o tema. Com abordagens qualitativa (quatro grupos de discussão) e quantitativa (200 entrevistas), gestores e não gestores de companhias estabelecidas em São Paulo e no Rio de Janeiro responderam e indicaram o entendimento e a experiência que possuem da própria felicidade no trabalho. O propósito central do estudo foi conhecer e abordar, de forma dinâmica e profunda, como esses profissionais percebem e caracterizam a condição de felicidade nas empresas em que trabalham. Em síntese (veja mais detalhes da pesquisa, abaixo), o que a pesquisa revela sobre felicidade no trabalho para os profissionais ouvidos? Eles mesmos apontam: é ganhar dinheiro, relacionar-se com pessoas, ter desafios, trabalhar em equipe. É contar com relações seguras e confiáveis entre colegas, ser reconhecido, sentir-se motivado, satisfeito, competente e alegre na empresa, entre outros sentimentos. Outro tema pesquisado, e também relevante, diz respeito à infelicidade no trabalho. Os participantes da pesquisa apontaram várias compreensões: ter disputas internas, sofrer pressões, ambiente tenso, colegas fingidos, adoecimentos, pouco tempo para coisas pessoais, ausência de reconhecimento e líderes inadequados, entre outros fatores. O estudo produziu algumas conclusões. Uma delas indica os fatores individuais bastante presentes na determinação do estado de (in)felicidade dos profissionais, e também a influência dos fatores externos e coletivos, com ênfase, porém, um pouco menor do que se costuma considerar. Outra conclusão provoca uma reflexão sobre a novidade (ou não) do conceito de felicidade no trabalho, uma vez que os próprios profissionais quando a definem usam conceitos como motivação, realização no trabalho, clima e ambiente, que são velhos conhecidos da área de Recursos Humanos. A seguir, os principais resultados e a metodologia do estudo sobre felicidade no trabalho PESQUISA “FELICIDADE NO TRABALHO” – PRINCIPAIS RESULTADOS Felicidade em relação ao trabalho - Para 78%, o dinheiro é um fator que se sobrepõe a todos os outros. - Para 79% dos entrevistados, eles estão felizes ou muito felizes em relação ao trabalho; apenas 7% consideram-se infelizes ou muito infelizes. - Para 46%, eles são os responsáveis e não a empresa pela própria felicidade no trabalho. Mulheres vs. homens - Entre as mulheres, 84% consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho. - Entre os homens, 75% consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho. Paulistas vs. cariocas - Os cariocas (85%) consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho. – Os paulistas (71%) consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho. - O dinheiro tem muito mais peso para os cariocas (84%) do que para os paulistas (73%). Excesso de trabalho - Trabalhar é importante para o crescimento pessoal e profissional, disseram 45% dos entrevistados; 44% disseram que trabalham para sentir-se realizado. - Para 57%, trabalhar mais de 8 horas por dia é motivo de satisfação. Apenas 17% responderam que trabalhar além do horário é motivo de insatisfação. O que deixa feliz no trabalho - Para 49%, relacionar-se com pessoas é uma das situações que deixa feliz no trabalho. Para 41%, trabalhar em equipe é a principal situação. - Para 68%, quando estão felizes no trabalho, sentem-se motivados. - Para 36% (60% deles do Rio de Janeiro), nada os deixa infelizes no trabalho. - Para 48%, a infelicidade no trabalho traz o sentimento de desmotivação. Saúde - A maioria dos entrevistados (63%), não tiveram qualquer problema de saúde nos últimos meses. Mas 37% deles apontaram estar sofrendo de dor de cabeça (43%), cansaço exagerado (25%) e dor de estômago (18%), entre outros adoecimentos. Percepção dos entrevistados (Qualitativa) Os profissionais entrevistados na etapa qualitativa expressaram sua percepção a respeito do tema felicidade e infelicidade, por meio de 80 fotos. Cada participante elegeu entre duas e três imagens que melhor representavam o sentimento de felicidade no trabalho. Depois, cada um explicava suas escolhas e associações. - Imagens de dinheiro e sucesso foram selecionadas em todos os grupos. - Houve total consenso de que as imagens traziam símbolos de felicidade. Metodologia - Entrevistados, por gênero: 40% mulheres e 60% homens. - Faixa etária: 28 e 45 anos. - Tempo de trabalho na empresa: 8 a 25 anos. - Empresas com mais de mil funcionários (65%) e 500 a 1.000 funcionários (35%). - Grau de instrução: 100% com formação superior. - Segmento das empresas: indústria (51%), comércio (31%) e serviços (18%). - Remuneração anual: R$ 50 mil a R$ 150 mil (84%); R$ 150 mil a mais de R$ 300 mil (16%).