São Paulo, 18 de fevereiro de 2011 Corpo de atletas profissionais é como uma ‘máquina sem descanso’ Treinador e professor de Educação Física da FMU analisa os processos de treinamento e recuperação de profissionais do Esporte São inúmeros os exemplos conhecidos: atleta em recuperação, após grave lesão ou contusão, mal vê a hora de retornar ao campo, quadra, tatame ou ao seu ambiente esportivo. Seu corpo é uma máquina incansavelmente condicionada para trabalhar e o tempo parado certamente vai “prejudicar a produção”. Para tanto, acelera o tratamento de todas as formas possíveis até alcançar a condição mínima adequada para voltar a treinar. São compromissos com clubes e patrocinadores, contratos milionários, mas, acima de tudo, a vontade de brilhar e vencer novamente. Para o treinador e professor João Crisóstomo Marcondes Bojikian, do departamento de Educação Física do Complexo Educacional FMU, atletas renomados não são, necessariamente, profissionais difíceis de orientar e “manter na linha”, mesmo quando estão frustrados por estarem, momentaneamente, fora de seu habitat natural em razão da recuperação. Mestre em Educação Física, ele avalia que as variáveis que cercam os atletas, por outro lado, podem ser um empecilho para o retorno seguro. “Acredito que o sucesso de um atleta não deve ser creditado apenas a ele, mas também à sua comissão técnica de apoio: técnicos, preparadores físicos, fisiologistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, diretores, agentes, etc. É difícil conciliar necessidades, disponibilidades, capacitações e interesses quando tantos profissionais estão envolvidos na busca do sucesso dentro e fora das praças esportivas. Isso se torna ainda mais complicado quando um atleta troca tantas vezes de clube e, portanto, de assessoria”, comenta. O professor, que é coordenador do curso de Pós-Graduação em Vôlei da FMU, define que os grandes atletas da atualidade são consequência de genótipos transformados em fenótipos graças a muito treino e sacrifícios. “Se, por um lado, são ‘abençoados’ por possuírem cargas genéticas que os fizeram talentos excepcionais em suas modalidades, por outro são possuidores de uma determinação que faz com que persigam altas performances, suportando cargas de treinamentos de grandes magnitudes”, diz. Obviamente, uma “máquina” muito utilizada, tanto em volume quanto em intensidade, corre mais riscos de desgastes do que aquelas pouco usadas, por não possuírem tanta qualidade, exemplifica Bojikian. “O corpo do atleta de alto nível é preparado para exercitar-se nos seus limites extremos, expondo-se, portando, a lesões”, completa. O professor da FMU tece alguns comentários sobre o jogador Ronaldo Nazário de Lima, que anunciou, nesta semana, sua aposentadoria do futebol. Para ele, as lesões nos joelhos que o atleta sofreu, ao longo dos últimos anos, podem ter ocorrido porque os tendões não suportaram as tensões provocadas pela musculatura das pernas de um atleta possuidor de uma explosão muscular tão acentuada. “Não acredito que o ganho de força tenha sido a principal causa das lesões, mas sim a falta de reciprocidade da sua estrutura tendinosa”, analisa Bojikian, que já foi técnico de vôlei de diversas equipes, incluindo a Seleção Paulista Juvenil feminina, por cinco anos. Bojikian explica que um trabalho de ganho de força muscular, quando realizado dentro dos Princípios da Teoria Geral do Treinamento Desportivo, não deve prejudicar um atleta, mas justamente o contrário. “Se realizado dentro da especificidade da modalidade do praticante, atendendo bem as funções de agonismos e antagonismos dos músculos, possibilitará a aceleração e desaceleração dos movimentos dentro das exigências das amplitudes compatíveis com as funções deles. O treinamento da força muscular, por via de regra, torna o atleta não só melhor preparado para competir, mas também mais protegido contra lesões”, finaliza. O Complexo Educacional FMU, que reúne as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Faculdades Integradas de São Paulo (FISP) e Faculdades Integradas Alcântara Machado e Faculdade de Artes Alcântara Machado (FIAM FAAM), é referência na qualidade de ensino e empregabilidade de seus alunos há mais de 40 anos. Atualmente, a instituição oferece mais de 80 cursos de Graduação, 50 opções de Pós-graduação (Especialização e MBA), 40 cursos de Extensão e Mestrado em Direito. Possui estrutura moderna, campi de fácil acesso e professores mestres e doutores, que oferecem aos estudantes um ensino diferenciado e inovador.