A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Resumo As atuais reflexões sobre as práticas científicas e tecnológicas têm sido motivadas pela constante preocupação com a degradação do meio ambiente. Nas Instituições de Ensino Superior, a inserção da temática ambiental é relativamente recente e implica em transformações na gestão das mesmas, na dinâmica dos campi e nos projetos pedagógicos dos cursos, incorporando a sustentabilidade de forma intrínseca na sua atuação. Desta forma, esse trabalho busca apresentar as principais ações ambientais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) como parte de seu processo de ambientalização e da sua responsabilidade como Instituição frente as problemáticas ambientais. Palavras‐chave: Ambientalização; Sustentabilidade; Universidade Chalissa Beatriz Wachholz PUCRS [email protected] X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.1
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz Introdução Os problemas ambientais estão cada vez mais presentes nas discussões científicas, éticas e políticas de nossa época, sintetizadas em uma questão fundamental: o conflito entre o homem e natureza. A exploração dos recursos naturais pelo homem ameaça hoje a sua própria existência e no decorrer das últimas décadas, a pressão sobre o cenário ambiental global veio a tona, reforçando um apelo comum pelo desenvolvimento sustentável. Muitas reflexões ambientais, sociais, culturais e econômicas se desenvolvem nas Universidades e o avanço do conhecimento científico, da pesquisa, do poder tecnológico emergido nas Universidades, exige novos paradigmas educacionais diante dos novos contextos ambientais. É função da Universidade formar cidadãos críticos, reflexivos, éticos e capacitados para atuarem em uma sociedade cada vez mais exigente (BEHRENS, 1999 apud STACHESKI et al, 2009, p.2), pois para Avalos (1992, apud MOREIRA e KRAMER, 2007, p. 1038) “uma educação de qualidade capacita o indivíduo a se mover da situação de viver restritamente seu cotidiano, para tornar‐se ativo na mudança de seu ambiente. Para isso, é indispensável uma compreensão acurada da realidade em que se insere”. A Universidade não pode ter medo da reforma do pensamento (BUARQUE, 1994,) e a ciência moderna tem de conversar com o incerto, com as dúvidas, com a complexidade e suas inter‐relações. O processo investigativo na Universidade pode contribuir para o processo de fortalecimento de políticas públicas voltadas para as questões socioambientais, onde segundo Ball (2006), “as políticas normalmente não nos dizem o que fazer, elas criam circunstâncias reduzidas sobre o que fazer, necessitando ainda de construção de respostas por outras expectativas”. Este trabalho apresenta resultados parciais da tese de doutoramento do autor que, ainda em andamento, investiga os processos de ambientalização universitária. Os resultados aqui apresentados foram obtidos a partir de pesquisa bibliográfica e participação nos grupos de pesquisa, atividades acadêmicas e projetos da Universidade. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.2
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz Ambientalização Universitária As reflexões sobre as atuais práticas de produção científica e tecnológica têm sido motivadas por uma contínua e preocupante degradação do ambiente. O Relatório‐Síntese da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (Millennium Ecosystem Assessment, 2005), um estudo que teve início em 2001 para avaliar as conseqüências das mudanças nos ecossistemas sobre o bem‐estar humano e estabelecer uma base científica que fundamentasse as ações necessárias para assegurar a conservação e o uso sustentável dos ecossistemas, bem como suas contribuições para o bem‐estar humano, envolveu centenas de cientistas do mundo inteiro, inclusive do Brasil, e trouxe à tona a crítica situação ambiental mundial, mostrando, entre outros resultados, que aproximadamente 60% dos ecossistemas do planeta estão degradados ou sendo utilizados de maneira insustentável. (GOMES, 2005, p.1) Segundo este relatório, a degradação ambiental piorou nos últimos 50 anos e, por maiores que sejam os benefícios alcançados para o bem‐estar humano neste período, seus efeitos podem reverter a condição humana no mesmo período de tempo futuro, fenômeno que pode comprometer os cumprimentos das Metas do Milênio no que se refere à redução da pobreza, da fome e das doenças até 2015. (GOMES, 2005, p.2). No entanto, o próprio documento afirma que a situação é passível de mudança, desde que haja uma transformação necessária de comportamento humano em relação à natureza, que deve ser entendida como um bem comum limitado e, por isso, sua exploração deve ser controlada. Um conjunto eficaz de ações que garantam a gestão sustentável dos ecossistemas, o que exige uma profunda transformação em instituições e governança, em políticas e incentivos econômicos, em fatores sociais e comportamentais, tecnologia, e conhecimento. (UNEP, [s/d]) Nas últimas décadas, tem‐se discutido muito a respeito destas urgentes transformações indispensáveis para a busca de um novo modelo de desenvolvimento, que inclua os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais (BRANDLI et al., 2011, p.23). Contudo, desenvolver um sistema humano mais sustentável exige uma mudança de paradigma “na forma de ensino voltada para uma perspectiva sistêmica, que enfatize a colaboração e a cooperação” (BRANDLI et al., 2011, p.23), onde todos compreendam X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.3
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz como o sistema natural se comporta e respeitem seus limites de interação com o mesmo. Isso é fundamental para a educação dos cidadãos no século atual e para uma visão mais sustentável de um futuro próximo. As instituições de ensino superior (IES) aparecem nesse cenário com um papel importante na mudança de atitudes e pensamentos frente as problemáticas ambientais locais e globais. Elas assumem uma responsabilidade essencial na preparação das futuras gerações para um futuro mais sustentável e devem não somente advertir, mas também propor soluções racionais. Devem tomar a iniciativa e indicar possíveis alternativas, elaborando esquemas coerentes para o futuro (KRAEMER, 2004, p.16) e fazer com que haja maior consciência dos problemas e das soluções através de programas educativos e ações socioambientais, partindo como o primeiro exemplo. Para SANTOS (1998, p.57), nesta condição de globalização em que vivemos, a tarefa de reconstrução de uma verdadeira vida universitária é urgente. Sem dúvida ela vai depender das solicitações da sociedade. Apenas como as vozes que atualmente soam mais alto são as do mercado, cujo discurso é repercutido pela mídia, a confusão que freqüentemente se faz entre “sociedade” e “mercado” ganha ainda mais força nos discursos, cada vez mais críticos e freqüentes, sobre a necessidade e a urgência de um bom relacionamento entre Universidade e sociedade. Para ele, é preciso urgentemente, que a Universidade reveja o seu caminho atual e encoraje a multiplicação de intelectuais independentes e a preservação da possibilidade de que exerçam tal papel de educador. “É uma urgente tarefa de salvação, indispensável para assegurar o futuro independente da Universidade, permitindo‐lhe participar de forma adequada e altaneira da insubstituível tarefa de reconstrução do país e do mundo”. (SANTOS, 1998, p.57). Entende‐se, portanto, que é agora e não num futuro indeterminado que a missão da educação em geral e principalmente da Universidade, precisa ser repensada diante dos novos paradigmas emergentes. Como uma fonte incessante de pesquisa científica e conhecimento, a Universidade precisa, cada vez mais, incorporar as diretrizes da sustentabilidade para que sua produção estabeleça relações concretas com a X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.4
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz comunidade na qual se insere, permitindo que o conhecimento construído em seus espaços possa ultrapassá‐los e multiplicar‐se. No entanto, a construção de uma Universidade sustentável implica em mudanças na sua gestão, na dinâmica do campus e nos projetos pedagógicos dos seus cursos, pois o processo de sensibilização e conscientização da comunidade acadêmica sobre a importância da sustentabilidade ambiental deve ser acompanhado de uma gestão adequada, com total cooperação entre as diversas instâncias e órgãos institucionais e de toda comunidade acadêmica. A esta preocupação com a sustentabilidade quando internalizada no plano das políticas universitárias chamamos “ambientalização” da Universidade. Ambientalizar o ensino significa inserir a dimensão socioambiental onde ela não existe ou está tratada de forma inadequada. Ambientalizar um currículo é iniciar a educação ambiental a partir de um patamar já estabelecido, adaptando processos, conteúdos e práticas aos objetivos e princípios da EA. Para isto, é importante serem definidos referenciais através dos quais serão efetivadas as mudanças curriculares e institucionais necessárias. A ambientalização da Universidade, portanto, precisa ser compreendida em uma perspectiva epistemológica e, sobretudo, antropológica, pois está em constante construção nos diferentes espaços sociais. A busca pela compreensão dos fenômenos e a capacidade de investigação que acompanha cada indivíduo, são fundamentais para refletir sobre os processos educativos existentes. Para Carvalho et al. (2011), entende‐se por ambientalização: o processo de internalização de valores éticos, estéticos e morais em torno do cuidado com o ambiente nas práticas sociais e nas orientações individuais. Estes valores se expressam na sociedade contemporânea em preocupações tais como aquelas com a integridade, a preservação e o uso sustentável dos bens ambientais. Os processos de ambientalização têm uma dimensão educativa importante que reside, sobretudo, na formação ética, estética e moral de sujeitos e instituições ambientalmente orientados. (CARVALHO, et al., 2011). Ainda para Marcomim e Silva (2009) este processo exige um repensar de sentidos, uma vez que o desenvolvimento das IES ainda necessita uma visão de “gestão X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.5
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz aglutinadora para transpor, tanto técnica como operacionalmente, os desafios que se apresentam à concretização desse processo de ‘ambientalizar’”. (MARCOMIM e SILVA, 2009). A Universidade, no entanto, não é somente um espaço importante de produção e disseminação do conhecimento, ela tem um papel primordial, que para Anísio Teixeira (1988) é único e exclusivo, pois mantém uma atmosfera de saber para preparar o homem que a serve e a desenvolve. (TEIXEIRA, 1988). Ela é, portanto, um lugar privilegiado para uma educação voltada às exigências dos tempos atuais e atribui‐se a ela a responsabilidade de educar para um desenvolvimento mais sustentável, seja por seus alunos ou por influência, junto dos órgãos gestores e outros agentes‐chaves implicados no processo. Ela pode, sem dúvida, ser uma grande produtora de uma ideia de sustentabilidade. (KRAEMER, 2004). A Ambientalização da PUCRS A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul é uma entidade privada, sem fins lucrativos e uma das maiores e mais conceituadas instituições de ensino superior do país. Seu Plano estratégico (2011‐2015)1, documento que leva em conta o parâmetro da temporalidade da Instituição, apresenta‐se dividido em cinco partes, sendo estas: cenário da educação superior, diagnóstico estratégico, missão e visão de futuro, opções estratégicas e áreas e objetivos estratégicos. São apresentadas cinco áreas com objetivos estratégicos para cada uma delas, sendo uma, dedicada exclusivamente ao meio ambiente: A Universidade, ao se caracterizar como um lócus privilegiado das atividades de ensino e de produção de conhecimento e partícipe de ações de desenvolvimento do país precisa estar comprometida com a 1
O diagnóstico estratégico é etapa fundamental no processo de planejamento, já que proporciona uma adequada análise dos ambientes externo e interno da Instituição visando identificar que aspectos deverão merecer maior atenção na formulação do plano estratégico para o horizonte 2011‐2015. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.6
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz proteção do meio ambiente. Entendendo ser este um tema imprescindível ao bem‐estar e à qualidade de vida do conjunto da sociedade no qual a Universidade se insere, o seu Plano Diretor, constitui minucioso diagnóstico dos aspectos ambientais do Campus Central da PUCRS. Questões relacionadas aos recursos hídricos, ao uso do solo, à cobertura vegetal, aos resíduos, aos ruídos e vibrações, ao trânsito e ao patrimônio histórico recebem especial atenção em tal plano. Além disso, a adaptação dos prédios no que se refere ao conforto térmico e ao uso eficiente de energia precisa avançar celeremente. A operação e a manutenção da Universidade requerem igualmente a adequação aos critérios de proteção e preservação do meio ambiente, com ações que atendam às boas práticas de conservação ambiental e que se constituam em exemplos para alunos, professores, técnicos administrativos e visitantes. Cada área estratégica conta com um conjunto de objetivos cuja implementação será realizada por meio de projetos específicos, indicativos das linhas de ação mais relevantes a serem desenvolvidas. (Planejamento Estratégico da PUCRS 2011‐2015).2 O objetivo dedicado a área do meio ambiente propõe “implantar o projeto ‘Campus Verde’ por meio do incremento de boas práticas de preservação do meio ambiente em novas obras, em melhorias e serviços”. Contudo, conforme Silva, Não existe gestão acadêmica por um lado, gestão administrativa por outro, e gestão da universidade por outro lado ainda: a universidade é uma só, e para ela atingir um nível de qualidade e de evolução permanente minimamente aceitáveis, a gestão profissional precisa ser considerada e aplicada como um dos fatores‐chave desse processo, capaz de atingir uma integração, em todos os níveis da instituição, para atingir os objetivos da instituição como um todo. (SILVA, 2006, p. 7). Com isso, a temática ambiental no ensino superior não pode constituir território apenas de docentes e pesquisadores, uma vez que a universidade não existe isolada do seu contexto social. Ela diz respeito às diversas comunidades internas e externas das Instituições de Ensino Superior e não só aos docentes e pesquisadores, mas à Reitoria, aos gestores e outros funcionários e aos alunos, que são os alvos destas Instituições. Tratar da inserção da Educação Ambiental neste contexto ultrapassa os limites dos muros 2
Disponível em: www.pucrs.br. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.7
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz da universidade e, junto a isso, faz com que esta assuma sua responsabilidade social e ambiental, na medida do impacto das práticas profissionais dos principais cursos de graduação na sociedade e no meio ambiente. É nessa responsabilidade que ressurge, na universidade, a importância de seus pilares tradicionais: o ensino, a pesquisa e a extensão. A PUCRS vem apresentando uma série de ações práticas sustentáveis que contribuem para que a universidade assuma seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. Nela, o principal espaço de aprimoramento da gestão ambiental é o Instituto do Meio Ambiente (IMA), criado em 1998, que busca a promoção, através do cuidado, da educação e conscientização ambiental, implementar medidas sustentáveis em observância a legislação ambiental, a educação e conscientização da comunidade quanto à necessidade de zelar pelos recursos naturais e pela melhoria da qualidade de vida. O IMA tem como objetivos principais apoiar, incentivar e promover atividades relacionadas com a temática ambiental na universidade e na comunidade em que está inserida, sendo responsável pela implementação da Comissão de Gerenciamento de Resíduos da PUCRS – RECIPUCRS3 e pelo Programa de Coleta Seletiva de Lixo na Universidade. Também é responsável pelo Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza ‐ PRÓ‐MATA, localizado na cidade de São Francisco de Paula/ RS e o Centro interdisciplinar para Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação, Demonstração e Transferência (PDID&T) de tecnologias em petróleo, recursos minerais e armazenamento de carbono, para fins de mitigação de mudanças climáticas e produção de energia ‐ CEPAC4 e o Comitê de Gestão Ambiental (CGA). 3
A Comissão de Gerenciamento de Resíduos da PUCRS ‐ RECIPUCRS ‐ foi criada em junho de 1999 e atualmente o gerenciamento dos resíduos foi incorporado na gestão da universidade onde é realizado por três setores ‐ Prefeitura Universitária, SESMT e Divisão de Obras e uma Unidade ‐ o Hospital Universitário. 4
Constitui uma iniciativa conjunta da PETROBRAS e da PUCRS, através do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e da Faculdade de Química, com participação da Faculdade de Engenharia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e do Programa de Pós‐Graduação de Engenharia e Tecnologia dos Materiais. O CEPAC foi inaugurado em 16 de outubro de 2007 e a estrutura atual compreende 1100 m2 de área construída, contendo laboratórios de pesquisa (caracterização de reservatórios, carbonatação, modelagem numérica, entre outros), e envolve mais de 60 profissionais de diversas áreas, principalmente geólogos, geógrafos, químicos e engenheiros com atividades de pesquisa que visam a análise da potencialidade, risco, capacidade, durabilidade e rentabilidade das atividades de X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.8
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz Gestão Criado em 2010, o CGA tem o objetivo de apoiar à Administração Superior na formulação de políticas e ações voltadas à gestão ambiental de seus campi e incentivar, aprovar e promover atividades relacionadas com a conservação do meio ambiente na Universidade e na comunidade que a envolve, através de procedimentos administrativos, de ensino, pesquisa e extensão. É o responsável pela divulgação da política ambiental; o levantamento do impacto ambiental das ações operacionais e de ensino e pelo alinhamento das atividades educacionais com a política ambiental da universidade, a qual estabelece como princípios norteadores para a busca da sustentabilidade ambiental o contínuo estímulo à educação ambiental, envolvendo a comunidade em geral, a promoção de ambiente acadêmico‐científico favorável para o desenvolvimento e disseminação de tecnologias para a redução dos impactos ambientais, e a contínua melhoria de seus procedimentos técnico‐administrativos para a mitigação e prevenção dos impactos ambientais provenientes das suas ações, em concordância com a legislação ambiental vigente. O CGA, além de se destacar pela produção de indicadores de sustentabilidade, trabalha com dez principais eixos, sendo estes: água: buscando a redução do consumo e o uso sustentável dos recursos hídricos; energia: incentivando a redução do consumo e a eficiência energética; materiais: otimizando o uso de materiais; biodiversidade e uso do solo: aprimorando o uso do solo nos campi, no Centro de Pesquisa e Conservação da Natureza Pró‐Mata5 e provendo a conservação e pesquisa da fauna e flora nos campi; emissões, efluentes e resíduos: buscando a redução do número de emissões poluentes nos campi e a redução e aprimoramento da destinação de efluentes e resíduos6; transporte: armazenamento geológico do CO2 associada ou não à produção de energia (óleo, gás natural e hidrogênio). 5
Área proposta pela Universidade de Tübingen, da Alemanha, com a qual a PUCRS possui um convênio de cooperação desde 1983, recoberta, na sua maior parte, por florestas primárias e secundárias, voltada basicamente para a pesquisa e a conservação da natureza. 6
No que se refere a coleta seletiva de resíduos, o Setor de Segurança e Medicina do Trabalho ‐ SESMT é responsável pela coleta semestral de resíduos de laboratório6, além de fazer a manutenção de Lixeiras para a separação de lixo biológico e perfurocortante em laboratórios de pesquisa e ensino. Em toda a área do campus também há manutenção de lixeiras com coloração distinta para a separação de lixo orgânico e seco e triagem dos resíduos em diferentes classes6, com destinação dos resíduos eletrônicos, químicos, biológico, de serviço de saúde, laboratorial e solventes para empresas licenciadas pela FEPAM X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.9
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz melhorando a sinalização no campus, estimulando a comunidade acadêmica e externa para o uso de transportes menos poluentes e reduzindo as emissões de gás proveniente do uso de veículos da frota da instituição; pesquisa: incentivando a interdisciplinaridade da discussão do tema sustentabilidade, apoiando e promovendo a “ambientalização” curricular na PUCRS no âmbito dos Programas de Pós‐Graduação e incentivando à pesquisa com orientação ambiental que contemple a problemática da sustentabilidade; ensino e extensão: promovendo o acompanhamento efetivo dos Projetos Pedagógicos das Unidades Acadêmicas no que diz respeito a formação para a sustentabilidade, a cidadania ambiental e as ações socioambientais do curso e desenvolvendo campanhas educativas entre os alunos sobre o uso de recursos; requisitos legais: realizando estudo sobre a incidência e o alcance da Lei de Mudanças Climáticas, buscando o fortalecimento das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa; capacitação de professores e técnicos administrativos: estimulando a internalização da preocupação ambiental como parte do plano de desenvolvimento institucional da PUCRS nos cursos de capacitação de novos docentes. O CGA ainda possui três projetos chaves atualmente: o Campus Verde, um projeto estratégico que busca melhorar os projetos futuros dentro dos eixos trabalhados pelo Comitê, além de consolidar os projetos já existentes no campus; as urnas itinerantes de sugestão, que visam buscar sugestões ambientais para melhorias na universidade, sendo uma para acompanhar os eventos realizados na Universidade e a outra para ficar temporariamente nas Unidades Acadêmicas e o Projeto Escola Sustentável, que desde 2011 conta com uma equipe multidisciplinar que visita escolas públicas e privadas, faz um levantamento do que é passível de mudanças e propõem à Instituição estratégias sustentáveis através de oficinas para alunos e professores. Energia No que se refere a energia, a Universidade também vem cumprindo seu papel, uma vez que a preocupação com o uso de energia elétrica nas instituições tem ganhando (Fundação Estadual de Proteção Ambiental). X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.10
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz importância nas ultimas décadas devido ao crescimento dos custos relacionados a este insumo. Neste quesito, a PUCRS possui o Grupo de Eficiência Energética ‐ GEE, criado em 1998, atuante na Faculdade de Engenharia e ligado à Pró Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação. O grupo atua no campo da pesquisa científica com foco nas áreas de gestão de energia, sustentabilidade e eficiência energética e é composto por uma equipe multidisciplinar de professores, profissionais, pesquisadores e alunos de diversos cursos da PUCRS que possuam o interesse comum nestas temáticas. Propondo soluções inovadoras quanto ao uso eficiente de energia e difundindo a importância da aplicação de projetos de eficiência energética, o GEE realiza diagnósticos energéticos (análise das instalações, identificação dos problemas e aplicação de melhorias) e presta suporte técnico‐científico a empresas e entidades de diversos setores do mercado Brasileiro proporcionando, com isso, aprendizado aos acadêmicos sobre sustentabilidade e a importância da conscientização dos envolvidos para obtenção de resultados significativos. O grupo também é responsável pelo Projeto USE ‐ Uso Sustentável da Energia, que através de ações técnicas, educacionais e de comunicação busca reduzir o consumo de energia elétrica da Universidade e, paralelamente, proporcionar conhecimento a comunidade para que todos contribuam para este processo. Ainda na área de Energia, o Centro de Energia Eólica (CE‐EÓLICA) se consolida como uma ação estratégica da PUCRS diante do crescimento das competências nesta área, a partir de atividades específicas realizadas pelo Núcleo Tecnológico de Energia e Meio Ambiente (NUTEMA), cadastrado nos grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 1997. O Centro tem como missão promover o desenvolvimento científico e tecnológico da energia eólica no país, realizando ações integradoras e buscando alianças estratégicas com universidades, instituições de pesquisa e a indústria, além de promover a capacitação e treinamento de profissionais para o mercado de trabalho. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.11
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz Tecnologia Unindo eficiência energética e educação, o Museu de Ciências e Tecnologia (MCT‐
PUCRS) também se torna um espaço importante na formação de uma cultura ambiental. Este espaço tem como principais objetivos disseminar conhecimentos sobre ciência e tecnologia, participar ativamente no processo de educação em todos os níveis e atuar na pesquisa científica sobre biodiversidade, paleontologia, arqueologia e conservação. Com uma grande área de exposição pública permanente (mais de 10 mil m2), onde cerca de setecentos equipamentos interativos estão expostos para visitação diária, o Museu apresenta exposições temáticas de nosso cotidiano, abordando questões atuais da sociedade, com atividades lúdicas e estimulantes, despertando nos visitantes o interesse pelo conhecimento. Nele, uma equipe especializada fornece apoio pedagógico para professores de todos os níveis de ensino, a fim de que a visitação ao Museu seja um momento rico e intenso de aprendizagem e não um simples passeio escolar. Além das exposições, há no acervo permanente do Museu uma casa ecológica para visita guiada com a demonstração de tecnologias de eficácia energética para redução do uso de água e energia. Uma residência completa de 51m², com dormitório, sala de estar, cozinha, escritório, lavanderia e banheiro, para incentivar os visitantes a utilizarem a energia elétrica de forma racional. A criação tem parceria com a Eletrobrás, financiadora de parte deste projeto. Ambientalização curricular A ambientalização curricular também faz parte das ações em sustentabilidade da Universidade. Das 22 unidades acadêmicas da PUCRS, seis (21%) contam com alguma disciplina relacionada à temática ambiental. Dentre as faculdades que disponibilizam disciplinas de cunho ambiental em seu currículo, estão: a Faculdade de Economia com oito disciplinas, a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas com seis, a Faculdade de Engenharia com cinco, a Faculdade de Arquitetura com duas e as Faculdade de Educação e Teologia, ambas com uma disciplina, totalizando 23 disciplinas. Das 22 unidades da PUCRS, sete unidades (24%) contam com alguma pesquisa relacionada à temática X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.12
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz ambiental, além de cursos na área ambiental no eixo Educação a Distância, tendo como exemplos, o Curso de Extensão em Desenvolvimento Sustentável e Políticas Ambientais; o Curso de Extensão em Patrimônio Ambiental e o Curso de Extensão em Eficiência Energética, além de muitos cursos de extensão presenciais, como o Curso de Extensão de Bioarquitetura da Faculdade de Arquitetura (FAU) e o Curso de Extensão “Círculo de Cultura Indígena”, da Faculdade de Teologia. Outros projetos e ações Na busca por conscientizar a população universitária e comunidade, a Farmácia Universitária da PUCRS, vinculada à Faculdade de Farmácia (FFAR) e participante do Programa de Extensão da Farmácia Popular, do Governo Federal, em parceria com a Rede Panvel, participa da campanha pelo uso racional de medicamentos, viabilizando a conscientização pela coleta de medicamentos vencidos ou inutilizados pela comunidade, através de um sistema coletor dentro do seu recinto. No que se refere aos espaços externos do campus, há aproveitamento de resíduos orgânicos, resultado das podas realizadas nos jardins do campus para a utilização nos jardins, evitando o uso de produtos químicos. Ainda nestes espaços, parte da água utilizada para a irrigação as plantas vem de uma cisterna, localizada no TECNOPUC, com capacidade média de 40m3 de água da chuva. A flora do campus também é alvo de projetos de telhados verdes, alternativa melhora o conforto térmico nas edificações e diminui o consumo de energia para condicionamento de ambientes. A Prefeitura Universitária, em parceria com as Faculdades de Engenharia e Arquitetura implantou um telhado vivo no prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas como alternativa para reduzir o aquecimento deste espaço e instigar os estudos desta técnica. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.13
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz Estes são alguns dos principais projetos e ações realizados na Universidade atualmente, contudo, muitas outras pesquisas e ações estão em fase de desenvolvimento e fazem parte deste processo de ambientalização da Instituição, pois a universidade ambientalizada, motivada por um novo modelo que envolve o indivíduo ao entorno em que está inserido, surge como uma necessidade urgente, podendo considerar‐se um elo fundamental para surgimento de novas sociedades que transformem a economia (insustentável) atual em uma economia social e ambientalmente sustentável. Considerações Finais A função de um trabalho com a temática ambiental é auxiliar na formação de cidadãos mais conscientes, capazes de intervir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem‐estar de cada um e da sociedade. Neste contexto, é necessário que, mais do que teorias e conceitos, a Universidade se proponha a trabalhar com atitudes e com (trans)formação de valores. As Instituições de Ensino Superior aperfeiçoam as futuras gerações de cidadãos e possuem conhecimentos de especialidade em todas as áreas de investigação, obtendo, desta forma, um dever consequente de promover a prática de uma ética ambiental na sociedade. Elas são cada vez mais convocadas a desempenhar um papel preponderante no desenvolvimento de uma forma de educação multidisciplinar e eticamente orientada, de forma a encontrar soluções para os problemas ligados a sustentabilidade. É dever delas, portanto, assumir um compromisso em um processo contínuo de informação, educação e mobilização de todas as partes relevantes da sociedade com relação às consequências da degradação ambiental, incluindo o seu impacto sobre o ambiente global e as condições que garantem um mundo mais sustentável e justo. A ambientalização universitária é um processo fundamental no cenário atual para que estas Instituições assumam seu papel diante do cenário socioambiental. A PUCRS tem um papel importante no cenário urbano da cidade, tanto por sua localização, quanto pela relação com o ambiente que ela estabeleceu, tornando‐se um microcosmo da cidade. Seu espaço físico, suas construções e seus milhares de frequentadores geram X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.14
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz impactos ambientais de grande proporção, uma vez que, observada como um grande empreendimento, tem um impacto significativo diante do uso de recursos naturais que utiliza para manter seu funcionamento, como água, energia e transporte, além da geração de resíduos em suas mais complexas formas. Porém, é na tentativa de mitigar este impacto que ela vem se inserindo num cenário mais sustentável, buscando medidas compensatórias através do incentivo a projetos ambientais, mudança na dinâmica do campus, na sua gestão e no currículo de suas Unidades Acadêmicas. Ainda que os passos dados sejam primários em vista do longo caminho que há pela frente, é importante que as Instituições estejam abertas para que as mudanças ocorram de forma significativa. Na PUCRS, além da necessidade de avançar mais nos projetos ambientais já existentes e por em prática os que ainda não saíram do papel, há uma necessidade de avançar em um Programa de Educação Ambiental para alunos, funcionários e professores, para que estes usuários conheçam e se envolvam com as ações e projetos ambientais desenvolvidos no seu campus. A circulação para além de sua unidade acadêmica favoreceria a integração e atuação do usuário no e com o campus, proporcionando, ao mesmo tempo, a reflexão dos alunos sobre a relação da sua futura profissão e as questões ambientais. A pouca tematização da questão ambiental nas disciplinas; a ausência de redução de descartáveis ou outros cuidados ambientais nos restaurantes, a precária preocupação de sustentabilidade na contratação de serviços e compra de materiais, bem como a adaptação por iluminação mais econômica das edificações e espaços externos e a falta de incentivo nos laboratórios de informática por economia na utilização de papel são exemplos de questões relevantes e que mereceriam a atenção de uma política de gestão e educação ambiental, tendo em vista a construção de um espaço educador‐sustentável. Muitas Universidades não realizam atividades em todas estas dimensões, contudo, “apontá‐las pode servir como um estímulo ao debate sobre sua necessidade e sobre as possibilidades de serem incorporadas ao seu cotidiano, para que estejam seriamente comprometidas com a sustentabilidade socioambiental.” (SORRENTINO et al, 2011, p.22). Ambientalizar o currículo, os campi, a gestão e configurar‐se como uma Universidade Sustentável exige (re)pensar muitas ações e planejamentos de forma prática e com X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.15
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A SUSTENTABILIDADE NA UNIVERSIDADE: O DESAFIO DA AMBIENTALIZAÇÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Chalissa Beatriz Wachholz resultados eficazes na redução do consumo de energia, na escolha por materiais tecnológicos apropriados, na reciclagem e descarte de resíduos, nas compras verdes, na escolha por alternativas duráveis com menor impacto ambiental, na promoção do questionamento crítico do consumo (SORRENTINO et al, 2011, p.23) e no incentivo a pesquisa na área de educação ambiental, inserindo disciplinas ambientais no currículo e colocando em prática projetos ambientais que dialoguem com a comunidade acadêmica. Não há mais tempo para pequenos projetos e ações pontuais. É preciso participar na busca por soluções e definição de responsabilidades para o desenvolvimento de um pensamento crítico que permita desafiar as causas das problemáticas ambientais. Com isso, considera‐se importante o esforço e o engajamento da PUCRS na questão ambiental, os quais mantêm o foco no seu processo de ambientalização e a coloca numa posição significativa entre as Universidades brasileiras mais sustentáveis, conforme o Green Metrics, ranking global de sustentabilidade universitária. No entanto, este caminho da ambientalização é longo, exigente e ainda há muito a percorrer e muitas transformações para acontecer dentro dos muros da Universidade, pois não não há mais como seguir educando e pesquisando com os mesmos princípios, esquemas e metodologias com os quais chegamos a situação atual. REFERÊNCIAS BALL, S. Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico‐social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional. Currículo sem fronteiras, v. 6, n.2, PP.10‐32, Jul/Dez 2006. BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1999. BUARQUE, Cristovam. A aventura da universidade. São Paulo: Paz e Terra, 1994. BRANDLI, Luciana Londero; FRANDOLOSO, Marcos Antonio Leite; FRAGA, Kéllen Tolotti, VIEIRA, Letícia Canal; PEREIRA, Luis Adriel; RIGON, Magali Rejane. Indicadores de sustentabilidade ambiental da Universidade de Passo Fundo. Revista CIATEC – UPF, vol.3 (1), p.22‐35, 2011. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.16
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