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REVISTA DA TV DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015
Longe do estereótipo do “macho alfa”, uma turma de galãs não tem medo de mostrar sensibi
O triunfo do
E
NATALIA CASTRO
les são fofos, frágeis, sensíveis, daquele tipo que dá
vontade de pegar
no colo. Com um
jeito de “gente como a gente”, uma
turma de novos galãs da TV chama a
atenção exatamente por sua normalidade, complexidade e
até defeitos. E não menos assédio. Os
exemplos estão espalhados pelas novelas:
Chay Suede em “Babilônia”, Maurício Destri em “I love Paraisópolis”, Rafael Vitti em
“Malhação” e Jayme Matarazzo na recém-terminada “Sete vidas” são provas de
que aquela antiga figura do galã Hollywoodiano, forte, invencível, vem disputando
uma queda de braço - difícil - com os personagens mais frágeis.
“Acho que é uma evolução natural,
uma aceitação, o início de um desprendimento, de não querer enquadrar todo mundo. Nós, latino-americanos
sempre fomos muito massacrados.
Nossa cabeça sempre foi induzida a
pensar de uma certa maneira, ver qualidade só num determinado tipo”, analisa Chay, de 23 anos, dono de uma
legião de fãs e com mais de um milhão
de seguidores no Twitter: “Tudo o que
eu faço vira trending topics (a lista de
temas mais comentados na rede social)”, diverte-se.
Ainda assim, ele, que estourou como o
José Alfredo na primeira fase de “Império”, defende o perfil clássico desse
herói, aquele cara forte e másculo.
“Não acho que o galã convencional
morreu e nem deve. Acho importantíssimo até para que se existam os outros tipos distintos - compara, citando
suas referências: “O James Dean, o
Alain Delon, o Marcello Mastroianni. E
o Marlon Brando sempre foi um galã
fora da curva, diferente de todos. Ele
tinha uma coisa feminina, sensibilidade. Não é novidade que as mulheres
gostam de homens diferentes”.
Para o ator, o Rafael da novela das 21h
vem “muito, muito fora da curva, mas
que cumpre a função de alguma maneira”: “Ele tem poucas características de galã, mas foi aceito dessa maneira torta. É a confirmação de que
um espaço se abriu”.
Um dos autores de “Babilônia” ao lado
de Gilberto Braga e João Ximenes Braga, Ricardo Linhares concorda que Rafael “é bem resolvido e seguro de si,
embora não tenha os traços óbvios de
masculinidade”.
“Ele é sensível e romântico, ao mesmo
tempo é um jovem contemporâneo,
com tatuagens, que anda de moto. O
sucesso dele se deve a uma soma de
características: ele respeita a namorada, é amoroso com as mães, não é
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“É UMA EVOLUÇÃO
NATURAL, UMA
ACEITAÇÃO, UM
DESPRENDIMENTO
DE NÃO QUERER
ENQUADRAR
TODO MUNDO”
Chay Suede
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uma turma de galãs não tem medo de mostrar sensibilidade