UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CADERNO DE ENCARGOS
VOLUME I
OBRAS E SERV IÇOS DE ENGENHARIA
O presente CADERNO DE ENCARGOS
(VOLUME I) estabelece as diretrizes básicas para
execução de obras e serviços de engenharia para a
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
ELABORADO POR
DPO -
DIRETORIA DE PROJETOS E OBRAS / UFMS
Prefeitura Universitária
CREA-MS 271
Av. Senador Filinto Muller, n° 1555 - Monte Alegre
CEP: 79.074-460 - Campo Grande-MS
Fone: (067) 787-3311 Ramal 2410 e 2411
FAX: (067) 787-3311 Ramal 2412
CORPO TÉCNICO
- Arquiteto
- Arquiteta
- Arquiteta
- Engenheiro Civil
- Engenheiro Civil
- Engenheiro Civil
- Engenheiro Civil
- Engenheiro Eletricista
- Engenheiro Eletricista
- Desenhista
- Desenhista
- Desenhista
- Desenhista
Carlos Manuel Lopes China
Ligia Velloso Mauricio
Simone Fortes de Oliveira Lima
Fernando Massamori Asato
José Luiz Viegas London
Manoel Roberto Honda
Ricardo Nakao
Aluizio Angelo de Deus
Railda de Freitas de Oliveira Petenatti
Edgar Higa
Evaristo Gonçalves
Joaquim Barreto
Wanderley Campos Dolacio
CORPO ADMINISTRATIVO
- Secretária
- Auxiliar Administrativo
- Auxiliar Administrativo
- Operador de Máquina Copiadora
- Apoio Operacional
Nilce Campos
Carlos Roberto Vieira
Jaime Batista Matos
Antonio Cavalcante da Silva
Neuza Nogueira de Toledo
NOVEMBRO/1997
ÍNDICE
1.0
ITEM01.DOC GENERALIDADES
01 - 1/5 a 5/5
2.0
ITEM02.DOC
CANTEIRO DE OBRAS
02 – 1/2 a 2/2
3.0
ITEM03.DOC
PREPARO DO TERRENO
03 - 1/1
4.0
ITEM4.DOC
TOPOGRAFIA E LOCAÇÃO DA OBRA
04 - 1/1
5.0
ITEM5.DOC
FUNDAÇÕES
05 – 1/4 a 4/4
6.0
ITEM6.DOC
ESTRUTURA
06 - 1/7 a 7/7
7.0
ITEM7.DOC
IMPERMEABILIZAÇÒES
07 - 1/6 a 6/6
8.0
ITEM8.DOC
ALVENARIAS
08 – 1/2 a 2/2
9.0
ITEM9.DOC REVESTIMENTO DE PAREDES
09 - 1/9 a 9/9
10.0
ITEM10.DOC PAVIMENTAÇÕES
10 - 1/7 a 7/7
11.0
ITEM11.DOC SOLEIRAS, RODAPÉS E PEITORÍS
11 - 1/1
12.0
ITEM12.DOC INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
12 - 1/6 a 6/6
13.0
ITEM13.DOC INSTALAÇÕES TELEFÔNICAS
13 - 1/1
14.0
ITEM14.DOC INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS
14 - 1/9 a 9/9
15.0
ITEM15.DOC COBERTURA
15 – 1/4 a 4/4
16.0
ITEM16.DOC ESQUADRIAS E FERRAGENS
16 – 1/4 a 4/4
17.0
ITEM17.DOC VIDROS
17 – 1/2 a 2/2
18.0
ITEM18.DOC PINTURAS
18 - 1/17 a 17/17
19.0
ITEM19.DOC TRATAMENTOS
19 - 1/1
20.0
ITEM20.DOC LIMPEZA
20 - 1/1
21.0
ITEM21.DOC ACESSIBILIDADE DE PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIAS A EDIFICAÇÕES, ESPAÇO, MOBILIÁRIO E
EQUIPAMENTO URBANOS.
21 - 1/3 a 3/3
( PARA ÍNTEGRA DESTA NORMA, CONSULTAR NBR 9050 DA ABNT DE SET.
1994 )
1.0
GENERALIDADES
1.1
Este CADERNO DE ENCARGOS comporá, juntamente com os projetos de
Arquitetura, de Estrutura e de Instalações, e com as descrições, especificações e
memoriais, as informações técnicas para análise, preparo de orçamento e execução de
obras e serviços de engenharia para a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a
qual passa a ser denominada simplesmente UNIVERSIDADE.
1.2
Todas as obras e serviços de engenharia a serem executadas para a UNIVERSIDADE
deverão seguir rigorosamente as prescrições deste CADERNO DE ENCARGOS, onde
aplicáveis, independentemente de omissões nos projetos e memoriais e transcrições no
Contrato de empreitada.
1.3
Entende-se por Memorial Descritivo a descrição sucinta de cada projeto, preparada por
seu (s) autor (es), sendo que a execução dos diversos serviços deverá sempre obedecer
às Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relativas a
cada um dos serviços, bem como às normas e prescrições das Concessionárias de
serviços públicos (ENERSUL, TELEMS, SANESUL), das Prefeituras Municipais e
deste CADERNO DE ENCARGOS.
1.4
A execução de todo e qualquer serviço implica na integral responsabilidade da
EMPREITEIRA por sua segurança, solidez, bom funcionamento, acabamento e
adequação à finalidade para o qual foi projetado, não havendo co-responsabilidade da
UNIVERSIDADE ou de seus prepostos na execução destes serviços.
1.5
Entende-se por “similar” todo material ou serviço que apresente características muito
próximas daqueles indicados nas Especificações, Memorial Descritivo ou Descrição de
Serviços. Caso a EMPREITEIRA pretenda utilizar outras marcas, tipos, modelos,
produtos ou métodos construtivos considerados “similares”, deverá sempre, em tempo
hábil, e antes do início dos serviços, submeter, com justificativa, sua pretensão à
FISCALIZAÇÃO da DIRETORIA DE PROJETOS E OBRAS - PREFEITURA - da
UNIVERSIDADE, a quem caberá, em caráter irrevogável, a apreciação da similaridade
e a autorização para eventuais substituições, cabendo-lhe também a proibição das
alterações pretendidas.
1.6
Sempre que a EMPREITEIRA verificar alguma incompatibilidade entre quaisquer
projetos, deverá imediatamente levar o fato ao conhecimento da FISCALIZAÇÃO.
1.7
Somente com a autorização prévia e expressa da FISCALIZAÇÃO, comprovada a
inexequibilidade de um serviço, poderá ser introduzida modificação em projeto.
1.8
No caso da EMPRETEIRA encontrar dificuldade em interpretar qualquer peça gráfica
dos projetos ou ítem de especificações ou memorial descritivo, deverá recorrer à
FISCALIZAÇÃO, sendo esta a única autorizada a dirimir estas dúvidas.
A EMPREITEIRA, ao apresentar qualquer proposta para execução de obras e serviços
de engenharia para a
UNIVERSIDADE, automaticamente se declara ciente do
1.9
local dos serviços, condições de acesso, precipitações pluviométricas médias,
disponibilidade de materiais de construção e mão de obra na região, condições de
abastecimento de energia elétrica e água, tipo e condições de edificações vizinhas
existentes, tipo de solo, nível de lençol freático, interferências diversas no sub-solo.
1.10
A EMPREITEIRA deverá providenciar às suas expensas, e manter no canteiro durante
toda a execução dos serviços, um “DIÁRIO DE OBRAS”, com folhas numeradas em
ordem crescente, em três vias cada, ficando a 1a. via retida no DIÁRIO DE OBRAS
mantido no canteiro; a 2a. via ficará em posse da FISCALIZAÇÃO e a 3a. via será
encaminhada para a administração da EMPREITEIRA.
O DIÁRIO DE OBRAS é o meio de comunicação entre a FISCALIZAÇÃO e a
EMPREITEIRA, devendo as anotações serem sempre datadas e rubricadas por ambas as
partes.
Em especial, deverão ser anotadas no DIÁRIO DE OBRAS todas as
solicitações da EMPREITEIRA com relação a avaliação de similaridade de materiais ou
métodos construtivos, incompatibilidade entre projetos ou inexequebilidade de serviços,
interpretação de projetos e/ou especificações, ocorrência de chuvas com intensidade
excepcional etc. A FISCALIZAÇÃO anotará no DIÁRIO DE OBRAS a concordância
ou não com as pretensões da EMPREITEIRA, autorizará alterações de projetos ou
especificações, autorizará início de serviços (ou fases de serviços), alertará sobre falhas
ou omissões da EMPREITEIRA, e fará as solicitações que julgar necessárias para o
bom cumprimento dos serviços objetos do Contrato.
1.11
O DIÁRIO DE OBRAS, como descrito acima, tem caráter oficial para ambas as partes Contratada e Contratante - e os fatos nele devidamente registrados serão considerados
pertinentes ao se estabelecerem multas contratuais, rescisão de Contrato, alteração de
prazo contratual, devolução de caução, e na emissão de Certidões ou Atestados
Técnicos de execução das obras ou serviços de engenharia.
1.12
A EMPREITEIRA manterá na obra funcionários em número e especialização
compatíveis com a natureza e o volume dos serviços em execução. Fica a critério da
FISCALIZAÇÃO estabelecer o horário necessário de assistência do Engenheiro da
EMPREITEIRA na obra, podendo mesmo ser exigida a presença do engenheiro em
período integral em determinadas fases da obra.
1.13
A FISCALIZAÇÃO reserva-se o direito de, a seu critério, solicitar o afastamento de
funcionários da EMPREITEIRA ou de suas sub-empreiteiras, que se tornarem
indesejáveis; este afastamento deve ser providenciado no prazo de 48 horas após a
notificação.
1.14
Quando solicitado pela FISCALIZAÇÃO, a EMPREITEIRA deverá fornecer amostras
de materiais em uso ou a serem utilizados nos serviços.
1.15
A FISCALIZAÇÃO poderá recusar e proibir o emprego de materiais ou métodos
construtivos que não satisfaçam às especificações do Contrato, Normas Técnicas e deste
CADERNO DE ENCARGOS.
1.16
A FISCALIZAÇÃO lega-se o direito de suspender ou paralisar todo e qualquer serviço
em andamento que não esteja sendo executado de acordo com as Normas Técnicas
vigentes e prescrições deste CADERNO DE ENCARGOS.
1.17
Os atrasos de cronogramas decorrentes de paralização de serviços por ordem da
FISCALIZAÇÃO, baseada nos motivos do ítem 1.16, não poderão, em hipótese alguma,
justificar atraso no prazo contratual de conclusão de serviços, nem servir de pretexto
para eventual pedido de prorrogação de prazo.
1.18
No caso da EMPREITEIRA sub-empreitar parte dos serviços objeto do Contrato, fica
claro que a UNIVERSIDADE não aceitará divisão de responsabilidades, ficando
somente a signatária do Contrato responsável por todos os serviços; da mesma maneira,
a FISCALIZAÇÃO só se reportará administrativa e civilmente à signatária do
Contrato.
1.19
A EMPREITEIRA se obriga a corrigir quaisquer vícios ou defeitos na execução da
obra, bem como será integralmente responsável pelos danos causados à
UNIVERSIDADE e à terceiros, quando decorrentes de sua negligência, imperícia ou
omissão.
1.20
A não observância de quaisquer dos ítens deste CADERNO DE ENCARGOS
acarretará a imediata suspensão dos pagamentos devidos, até a total regularização da
situação anômala.
1.21
Entende-se por “demolição” o ato de desfazer qualquer serviço existente sem que haja
possibilidade de reaproveitamento dos materiais empregados, resultando entulho.
1.22
Entende-se por “retirada” o ato de desfazer qualquer serviço existente de tal forma que
seja possível o reaproveitamento dos materiais empregados, se atestado pela
FISCALIZAÇÃO que o mesmos estão livres de argamassa, tintas, sujeiras, furos,
cortes, marcas, etc, e não perderam suas características intrínsecas de qualidade (cor,
brilho, resistência, dimensões, propriedades físico-químicas, etc).
1.23
A FISCALIZAÇÃO, desde que entenda que os projetos, Normas Técnicas ou
prescrições deste CADERNO DE ENCARGOS não estejam sendo atendidos, poderá, a
qualquer momento, exigir que seja feita pela EMPREITEIRA a retirada ou demolição
de um serviço executado, o que deve ser iniciado, às expensas da EMPREITEIRA,
dentro do prazo de 48 horas após a Notificação.
1.24
Os Ensaios Tecnológicos, testes e demais provas exigidas por Normas Técnicas ou pela
FISCALIZAÇÃO serão sempre providenciados pela EMPREITEIRA, às suas
expensas, e enviado cópia dos resultados, pareceres e relatórios técnicos e de auditoria à
FISCALIZAÇÃO, para conhecimento.
1.25
Será sempre obrigatória a realização de ensaios tecnológicos do concreto empregado na
obra, executados por firmas conceituadas, e o custo destes ensaios já devem ser
computados na composição de preços unitários; poderão ser exigidos ensaios
tecnológicos de outros materiais ou testes que verifiquem a qualidade dos serviços,
sempre que a FISCALIZAÇÃO tiver dúvidas quanto à sua qualidade e adequação.
1.26
No término dos serviços a EMPREITEIRA deverá apresentar um relatório com as
características dos produtos (marca, tipo, dimensões, capacidades, tolerâncias, etc), ou
materiais especificados no Memorial Descritivo, ou especificações que houverem sido
substituidos por produtos similares.
1.27
Entende-se por “Término de Obra” a conclusão de todos os serviços contratados,
estando a obra interligada às redes existentes de energia elétrica, água, esgoto e águas
pluviais, tendo sido testados e aprovados todos seus equipamentos, aparelhos e
instalações, e havendo ainda sido expedida a “Carta de Habilitação” (Habite-se) pelo
órgão municipal competente, quando solicitado.
1.28
Entendendo a EMPREITEIRA haver concluído todos os serviços contratados, conforme
disposto no ítem 1.27, fará tal comunicação à FISCALIZAÇÃO, por escrito, que
procederá à vistoria final.
1.29
Caso a FISCALIZAÇÃO julgue os serviços concluídos de maneira satisfatória,
expedirá, em nome da UNIVERSIDADE,
o TERMO DE RECEBIMENTO
PROVISÓRIO dos serviços, no prazo máximo de dois dias úteis após o recebimento
da comunicação da EMPREITEIRA. Não haverá, em hipótese alguma, recebimento
“parcial” dos serviços, a menos que esta condição esteja expressa no Contrato.
1.30
Os serviços contratados ficam sob inteira responsabilidade da EMPREITEIRA até que a
FISCALIZAÇÃO conceda o TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO.
Esta
responsabilidade compreende guarda, vigilância, manutenção e limpeza da obra e
instalações, sendo que EMPREITEIRA responde pela integridade da obra e serviços,
pela destruição e danificação de qualquer de seus elementos, seja resultante de atos de
terceiros, caso fortuito, força maior, tempestades, ventanias e fogo, inclusive o celeste,
recomendando-se que contrate as coberturas respectivas adquirindo Apólices do Seguro.
1.31
A UNIVERSIDADE somente poderá fazer uso das edificações e/ou instalações
executadas pela EMPREITEIRA, após haver sido emitido o
‘TERMO DE
RECEBIMENTO PROVISÓRIO”.
1.32
Conforme os preceitos legais vigentes, a EMPREITEIRA responderá pela garantia dos
serviços executados pelo prazo de 5 (cinco) anos a contar da emissão do TERMO DE
RECEBIMENTO PROVISÓRIO (Artigo 1245 do Código Civil Brasileiro).
1.33
Caso a Proposta ou o Contrato estabeleçam especificamente prazos de garantia maiores
que 5 (cinco) anos, este outro prazo será a GARANTIA CONTRATUAL válida.
1.34
A EMPREITEIRA deverá reparar às suas expensas, todo e qualquer serviço que tenha
executado ou sub-empreitado, e que comprovadamente venha a apresentar vício ou
defeito de execução durante o prazo de garantia estupulado nos ítens 1.32 ou 1.33,
mesmo que a denúncia ou notificação sejam expedidas após este prazo.
1.35
O “TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO” passará automaticamente a
“DEFINITIVO” findo o prazo de garantia.
1.36
No caso de fornecimento e instalação de máquinas e equipamentos eletromecânicos
(motores elétricos), moto-bombas, elevadores, centrais de ar condicionado, torres de
resfriamento, câmaras frias, câmaras secas, aparelhos individuais de ar condicionado,
ventiladores, exaustores, aquecedores de água - elétricos, a vapor ou solares - caldeiras,
geradores de vapor, queimadores, fornalhas, instalações centralizadas de oxigênio, ar
comprimido, nitrogênio, óxido nitroso, GLP, gases raros, bebedouros elétricos, etc), a
garantia mínima de responsabilidade da EMPREITEIRA será de 12 (doze) meses após a
expedição do “TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO”, independentemente da
garantia dos fabricantes, desde que não haja mau uso de equipamentos. Excluem-se
desta garantia apenas lâmpadas, reatores, disjuntores, fusíveis, resistências de
chuveiros.
1.37
A EMPREITEIRA deverá fornecer a todos seus funcionários e sub-empreiteiros,
orientando e exigindo o uso, todos os EPI - Equipamentos de Proteção Individual necessários, principalmente capacetes e botinas de segurança (obrigatórios) e luvas de
raspa, óculos de segurança, protetores faciais, cintos de segurança, etc (desejáveis).
2.0
CANTEIRO DE OBRAS
2.1
A firma EMPREITEIRA é inteiramente responsável pela instalação e manutenção do
canteiro de obras durante a execução dos serviços, a menos que o Edital de Licitação
disponha em contrário.
2.2
Quando necessário, a EMPREITEIRA deverá providenciar ruas e acessos provisórios
ao canteiro, com o movimento de terra necessário, e se responsabilizar pela sua
manutenção até o final dos serviços, a menos que o Edital de Licitação disponha em
contrário.
2.3
A instalação do canteiro de obras deverá atender a todas as exigências dos poderes
públicos, sanitários, sindicais, trabalhistas, etc.
2.4
Fazem parte do canteiro de obras, e deverão ser providenciados e mantidos pela
EMPREITEIRA, a menos que o Edital de Licitação disponha em contrário.
2.4.1 Almoxarifado,
Alojamento,
Escritório
para
EMPREITEIRA e Sala para a Fiscalização;
Administração
da
2.4.2 Mapoteca para os projetos da obra, de acordo com o modelo fornecido pela
UFMS;
2.4.3 Tapumes e cercas;
2.4.4 Placas da obra (da EMPREITEIRA e da UNIVERSIDADE);
2.4.5 Maquinaria, equipamentos e ferramentas para a execução dos serviços,
equipamentos de proteção individual e primeiros socorros;
2.4.6 Ligações provisórias de água, energia elétrica, esgoto, telefone, etc.
2.5
O canteiro de obras deverá ser mantido limpo, podendo a qualquer momento a
FISCALIZAÇÃO exigir que o mesmo seja organizado. Os entulhos, lenhas, pregos
usados, etc, devem ser sempre dispostos em lotes e retirados do canteiro
periodicamente.
2.6
A FISCALIZAÇÃO terá sempre acesso facilitado a qualquer ponto do canteiro de
obras, em especial ao escritório onde se encontre o DIÁRIO DE OBRAS e aos locais
onde estejam sendo executados serviços ou guardados materiais a serem aplicados na
obra. Para vistoria de serviços feitos fora do nível do terreno natural (peças estruturais
como lajes, vigas e pilares, coberturas, etc) deverá haver permanentemente uma escada
ou rampa disponível para a FISCALIZAÇÃO em local próximo a estes pontos,
construída de maneira sólida e posicionada de modo seguro. A não observância deste
ítem será interpretada como locação de dificuldades aos trabalhos da FISCALIZAÇÀO
e será causa de multa imposta à EMPREITEIRA, como previsto no Contrato de
Empreitada.
2.7
O serviço de guarda de materiais e equipamentos no canteiro de obras é de
responsabilidade exclusiva da EMPREITEIRA.
2.8
As instalações elétricas provisórias do canteiro de obras serão executadas de forma
segura e com os dispositivos de proteção adequados. As instalações hidráulicas serão
executadas dentro das normas vigentes e a disposição do esgoto não poderá atingir
mananciais existentes.
2.9
O canteiro de obras deverá dispor de equipamentos necessários à prevenção e combate a
incêndios.
2.10
A firma EMPREITEIRA é inteiramente responsável pela total remoção do canteiro de
obras na conclusão dos serviços contratados, de tal forma que não haja vestígios de sua
implantação. Para tanto, devem ser retirados todos os barracões provisórios, tapumes,
cercas, entulhos, instalações provisórias, placas de obra, sobra de materiais,
equipamentos, etc. Deve ser recuperada toda a área urbanizada do terreno que tenha
sido prejudicada pelas atividades no canteiro de obras, com replantio das espécies
vegetais existentes, nivelamento do terreno, reconstrução de redes e canalizações
atingidas, restauração de calçadas, meios-fios, asfalto, muros, coberturas, pinturas, etc,
em outras propriedades da UNIVERSIDADE ou de Terceiros.
3.0
PREPARO DO TERRENO
3.1
O movimento de terra a ser executado obedecerá rigorosamente às cotas e perfis
previstos no projeto.
3.2
Nos cortes, sempre que necessário, será providenciado escoramento provisório para
segurança de operários e prédios vizinhos, e a remoção das escoras acompanhará o
desenvolvimento progressivo do reaterro.
3.3
Os aterros serão executados em camadas, unicamente com terra limpa não orgânica ou
vegetal, isenta de pedras, tocos, raízes, pedaços de madeira e vestígios de fundações.
As camadas não terão altura superior a 20 cm, devendo ser espalhadas e compactadas
energicamente, na umidade adequada.
A superfície que receberá o aterro não poderá ter vestígios de qualquer vegetação,
cortada ou não, e, dependendo da natureza do solo, deverá ser escarificada.
3.4
As “saias” dos taludes serão obrigatoriamente protegidas com plantio de grama,
quando o projeto não especificar outro modo.
3.5
Para movimento de terra igual ou superior a 300 m3 deverão ser utilizados processos
mecânicos, e poderá ser exigido ensaio de compactação de solos (MB-33).
3.6
Quaisquer problemas surgidos com a municipalidade e com terceiros, causados pelo
transporte de terra, são de responsabilidade da firma EMPREITEIRA.
3.7
Quando for necessário o rebaixamento do lençol freático, estes serviços ficarão sob
responsabilidade da EMPREITEIRA, e às suas expensas. Em escavações destinadas a
valas de sapatas ou blocos, o esgotamento poderá ser feito por meio de bombas com
aspiração diretamente de valas.
Poderão ser usadas drenagens subterrâneas horizontais, observando-se declividades e
diâmetros mínimos admissíveis para a rede.
4.0
TOPOGRAFIA E LOCAÇÃO DA OBRA
4.1
Todas as operações de topografia e locação da obra ficarão a cargo e sob a
responsabilidade da EMPREITEIRA, que se utilizará dos elementos de implantação de
locação constantes no projeto.
4.2
Os pontos construtivos, definidos no projeto, serão locados por processos adequados e
empregando equipamentos de precisão, submetidos a prévia aprovação da
FISCALIZAÇÃO.
4.3
Qualquer interferência, ou dúvida, quanto à locação e orientação da obra, deverá ser
consultado à FISCALIZAÇÃO.
5.0
FUNDAÇÕES
5.1
As fundações serão executadas obedecendo a projetos e detalhes específicos fornecidos
pela UNIVERSIDADE, atendendo as NORMAS BRASILEIRAS específicas e as
recomendações deste CADERNO DE ENCARGOS.
5.2
A FISCALIZAÇÃO fornecerá, a pedido da EMPREITEIRA, cópias dos resultados de
sondagens já executadas para consultas.
5.3
Caso a firma EMPREITEIRA necessite de sondagens suplementares, deverá mandá-las
executar às suas expensas, fornecendo cópias dos resultados obtidos à
FISCALIZAÇÃO.
5.4
Qualquer ocorrência que venha a impossibilitar a execução das fundações previstas em
projeto deverá ser imediatamente comunicada à FISCALIZAÇÃO para que seja por ela
estudada alternativa viável.
5.5
No caso de ser a EMPREITEIRA a responsável pelas sondagens, e a sondagem
apresentada se mostrar divergente com o solo encontrado, a responsabilidade técnica e o
ônus financeiro caberão à EMPREITEIRA.
5.6
Em casos especiais, quando houver dúvida a respeito da qualidade ou adequação das
fundações executadas, a FISCALIZAÇÃO poderá exigir prova de carga, medidas de
recalque, etc, que correrão às expensas da EMPREITEIRA e deverão ser feitas por
firmas capacitadas, sendo os resultados encontrados comunicados à FISCALIZAÇÃO.
5.7
Constatada qualquer irregularidade nas fundações executadas, pela EMPREITEIRA ou
sua sub-contratada, a FISCALIZAÇÃO exigirá que a EMPREITEIRA providencie às
suas custas os reforços, alterações ou sub-fundações que julgar convenientes e
necessárias.
5.8
A EMPREITEIRA será a única responsável técnica e financeira pela execução das
fundações, sua adequação às cargas a serem transmitidas ao solo e por danos e prejuízos
que venham a causar, inclusive a terceiros.
5.9
FUNDAÇÕES DIRETAS
5.9.1
As escavações das valas deverão ser executadas tomando-se os cuidados necessários
para se evitar desabamentos ou danos a construções vizinhas. Quando necessário, a
EMPREITEIRA deverá providenciar, às suas expensas, o escoramento das valas;
5.9.2
O fundo da vala deverá ser abundantemente molhado para que se localize possível
ocorrência de raízes, formigueiros, poços mortos ou outro elemento não aflorado;
5.9.3
O fundo da vala deverá estar perfeitamente plano, compactado, insento de entulhos,
pedras, raízes, tocos;
As cavas, após devidamente compactadas, serão regularizadas por um lastro de concreto
magro de 5 cm de espessura e com consumo mínimo de cimento de 150 kg/m3,
devendo a largura do lastro ultrapassar no mínimo 10 cm as laterais da sapata;
5.9.4
5.9.5
O terreno não poderá, em hipótese alguma, servir de forma lateral para sapatas.
Deverão ser executadas formas laterais, e quando em madeira, estas deverão ser
retiradas antes do reaterro;
5.9.6
O reaterro das cavas deverá ser executado com material de boa qualidade, isento de
raízes, pedaços de madeira, etc, e devidamente compactado.
5.10
FUNDAÇÕES POR ESTACAS MOLDADAS “IN LOCO”
5.10.1
Seguir rigorosamente a locação dos eixos das estacas;
5.10.2
Deverão ser anotadas em relatório a ser entregue a FISCALIZAÇÃO as profundidades
atingidas em cada estaca, tipos de solo encontrados, e eventuais anormalidades
ocorridas durante a execução das estacas;
5.10.3
As estacas deverão ser concretadas até um nível de 20 cm acima da cota de arrasamento
especificada em projeto;
5.10.4
O consumo de cimento para o concreto nunca poderá ser inferior a 300 kg/m3;
5.10.5
Deverão ser introduzidos no topo da estaca recém concretada no mínimo 4 ferros com
diâmetro igual ou superior a 3/8”, com comprimento mínimo 1,50 m, sendo que as
suas extremidades deverão estar 40 cm acima da cota de arrastamento.
Proteger a região da estaca de tal maneira que estes ferros não sofram abalos que
prejudiquem sua aderência na interface com o concreto;
5.10.6
Para o preparo das cabeças de estacas moldadas “in loco” o concreto deverá ser
desbastado com uso de ponteira no sentido de baixo para cima, até que seja encontrado
um concreto de boa qualidade. Se necessário, parte da estaca poderá ser reconcretada,
utilizando-se formas, até atingir a cota de arrasamento.
5.11
FUNDAÇÕES POR ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
5.11.1
As estacas deverão ter dimensões e capacidade de carga especificadas no projeto;
5.11.2
Seguir rigorosamente a locação dos eixos de projeto;
5.11.3
Deverão ser anotadas em relatório a ser entregue à FISCALIZAÇÃO as características
de operação do equipamento de cravação empregado, a profundidade e a “nega”
atingida por cada estaca, bem como as eventuais anormalidades ocorridas durante a
cravação;
A FISCALIZAÇÃO poderá, a seu critério, rejeitar estacas que apresentarem defeitos
tais como fissuras, falhas de concretagem, falta de linearidade, etc, impedindo sua
cravação;
5.11.4
5.11.5
A FISCALIZAÇÃO rejeitará as estacas cravadas se forem constatadas quaisquer
anormalidades, tais como: não atingir cota de arrasamento, “nega” imperfeita, estaca
fora de prumo ou alinhamento axial, etc;
5.11.6
O preparo das cabeças das estacas deve ser feito desbastando-se o concreto com
ponteira no sentido de baixo para cima.
5.12
BLOCOS DE COROAMENTO DE ESTACAS
5.12.1
Nas fundações por estacas, os blocos deverão estar apoiados diretamente sobre as
mesmas, com a estaca penetrando 10 cm no bloco;
5.12.2
Antes da concretagem dos blocos, deverá ser efetuada uma limpeza, seguida de lavagem
com água limpa no topo das estacas;
5.12.3
O terreno não poderá em hipótese alguma, servir de forma lateral para os blocos;
5.12.4
O lastro de fundo da vala dos blocos poderá ser de restos de estacas demolidas ou brita,
e deverá ser molhado antes da concretagem;
5.12.5
Todas as formas de madeira deverão ser retiradas dos blocos, antes do reaterro das
valas.
5.13
TUBULÕES A CÉU ABERTO
5.13.1
Locar rigorosamente os eixos dos tubulões;
5.13.2
Respeitar, rigorosamente o prumo das escavações, a seção especificada, o alargamento
da base do fuste e a compactação do fundo da escavação;
5.13.3
Não permitir tráfego de veículos ou de equipamentos que produzam vibrações nas
proximidades da boca do fuste;
5.13.4
O consumo mínimo de cimento para o concreto nunca poderá ser inferior a 300 kg/m3,
podendo ser utilizado pedra de mão, até 30 % do volume do concreto.
5.14
Os comprimentos de estacas ou tubulões indicados nos projetos ou planilha
orçamentária que acompanham a licitação são estimados com base nas sondagens
conhecidas ou execução de fundações, semelhantes em locais próximos. Sua indicação
não exime a EMPREITEIRA da responsabilidade que lhe cabe de executar estes
serviços de modo a atender sua adequação às cargas previstas, pelo mesmo valor global
com o qual compareceu na elaboração da sua planilha orçamentária, mesmo que haja
necessidade de maior comprimento de estacas ou volume de tubulões.
5.15
Da mesma forma, no caso de fundações diretas, os volumes de escavações e reaterros
para sua implantação, volume de concreto, peso de ferro, área de formas etc, foram
estimados com base na cota prevista para a interface fundação-solo.
Se a capacidade de suporte do terreno prevista em projeto só for verificada em
profundidades maiores, a EMPREITEIRA se obriga a executá-las de maneira adequada
e pelo mesmo valor global proposto em sua planilha orçamentária.
5.16
Tipos especiais de fundação (estacas Franki com recuperação de camisa, estacas Franki
tubadas com camisa perdida, tubulões a ar comprimido, estaqueamento tipo raiz, estacas
Mega para recuperação de fundações, paredes diafragma, estacas de perfis metálicos,
estacas barretes, etc), serão executadas conforme as NORMAS TÉCNICAS ou por
consultores especiais por ela indicados.
6.0
ESTRUTURA
6.1
A EMPREITEIRA tem total responsabilidade pela estabilidade da estrutura, que deve
ser executada em obediência aos projetos, detalhes e especificações fornecidas,
atendendo às Normas Técnicas da ABNT e às recomendações deste CADERNO DE
ENCARGOS.
6.2
As furações para passagem de tubulações através de elementos estruturais serão objeto
de estudo por parte da EMPREITEIRA, quando não houver indicação precisa no projeto
estrutural. Neste caso, sempre que possível, locar os furos na região tracionada da peça
estrutural de concreto armado. Havendo dúvida, consultar a FISCALIZAÇÃO.
6.3
Quando o projeto estrutural prever juntas de dilatação, estas deverão ser executadas nas
espessuras especificadas, colocando-se isopor ou material similar para a formação das
juntas. Em hipótese alguma será permitido o uso de madeira, concreto, ou qualquer
outro material que impeça ou dificulte o bom funcionamento da junta.
6.4
Quando as instalações elétricas, hidro-sanitárias, vapor, oxigênio, etc, atravessarem uma
junta de dilatação, deverão ser colocados, mesmo quando não detalhados nos projetos,
dispositivos adequados para que as instalações não sejam danificadas pelos movimentos
da estrutura (juntas de expansão axial, “liras”, tubulações “encamisadas” dentro de
outra de maior diâmetro, etc).
6.5
Quando o projeto estrutural prever as posições de passagens de tubulações, estas não
poderão ser remanejadas sem expresso consentimento da FISCALIZAÇÃO.
6.6
Sempre que não for fornecido o projeto detalhado executivo de formas (escoramentos,
contraventamentos, amarrações, etc), caberá à EMPREITEIRA o estudo da confecção
das formas.
6.7
As formas deverão ser estanques, impedindo a fuga de nata de cimento do concreto.
6.8
As formas deverão reproduzir fielmente as seções, comprimentos e espessuras
determinadas em projeto para as peças estruturais, e para tal devem ser executadas de
maneira a não sofrerem deformações ou deslocamentos durante a colocação de
armadura, lançamento e vibração do concreto. Em nenhuma hipótese, poderá ser
utilizado o terreno como forma lateral da estrutura a ser concretada (blocos, baldrames,
toco de pilar).
6.9
No caso de formas para concreto aparente, a EMPREITEIRA deverá redobrar os
cuidados na execução das formas, as quais deverão sempre ser executadas com madeira
compensada nova revestida com filme plástico, com os reforços convenientes e na
espessura adequada. Não serão aceitas formas que apresentem faces desgastadas,
lascas, furos, etc, que denunciem já haver atingido o maior reaproveitamento possível
para concreto aparente.
As juntas das formas, num mesmo plano, deverão ser feitas dentro de um padrão de
nível e prumo que deixem no concreto aparente marcas que obedeçam a um padrão
estético. Em planos distintos, deverão ser cortadas em chanfro e unidas de maneira a
resultarem cantos vivos no concreto aparente de pilares e faces inferiores de vigas.
6.10
Nas formas de vigas testeiras, platibandas ou lajes em regiões não protegidas de chuvas,
serão colocados sarrafos de madeira de seção trapezoidal para formas pingadeira nas
bordas de concreto.
6.11
As recomendações do ítem 6.8 serão sempre executadas, mesmo que não apareçam em
detalhes de projeto, a não ser que exista orientação expressa da FISCALIZAÇÃO em
sentido contrário.
6.12
Em formas para concreto aparente será sempre obrigatório o uso de um agente
desmoldante apropriado. Não será permitido, em qualquer cicrcunstância, o uso de
óleo queimado ou querozene como desmoldante.
6.13
As formas deverão, antes da concretagem, serem molhadas até a saturação, e limpas de
toda a sujeira (arame recozido, pregos, lascas de madeira, pedaços de ferro, serragem,
barro, etc).
6.14
A FISCALIZAÇÃO não permitirá a concretagem de peças estruturais cujas formas não
estiverem rigorosamente com as dimensões previstas no projeto, bem como
perfeitamente alinhadas, niveladas e em prumo, ou com as contra-flechas mostradas no
projeto, e que não estejam perfeitamente limpas, saturadas com água e estanques.
6.15
A retirada das formas e escoramentos se fará de maneira cuidadosa para não danificar a
superfície do concreto, não causar trincas em peças de baixa idade e não introduzir
esforços não previstos na estrutura.
Assim, as vigas deverão ser desformadas a partir do meio do vão para os extremos, os
balanços serão desformados a partir dos extremos para o engaste, etc.
6.16
As formas só poderão ser retiradas de acordo com os prazos mínimos estabelecidos pela
NB-1/78:
- 03 (três) dias para faces laterais de vigas e formas de pilares;
- 14 (quatorze) dias para as faces inferiores das vigas, mas deixando em espaçamento
conveniente pontaletes bem encunhados;
- 21 (vinte e um) dias para remoção total das faces inferiores das vigas, e desforma de
lajes e escadas.
6.17
Os prazos mínimos para desforma só poderão ser reduzidos com autorização expressa
da FISCALIZAÇÃO, após análise de resultados obtidos em ensaios tecnológicos de
concreto, que deverão ser providenciados pela EMPREITEIRA.
6.18
O aço a ser empregado será o especificado pelo cálculo estrutural e indicado nos
projetos. Qualquer mudança de tipo ou bitola de aço só poderá ser feita com
autorização expressa da FISCALIZAÇÃO .
6.19
O aço deverá ser recebido no canteiro de obras após verificação aparente da sua
qualidade, sendo recusadas todas as barras que se apresentarem oxidadas. As barras
deverão ser separadas por tipos e bitolas, sendo colocadas em estaleiro, sem contato
com o terreno natural, livres de umidade e de ação direta do tempo.
6.20
Sempre que a FISCALIZAÇÃO solicitar, deverão ser providenciados pela
EMPREITEIRA ensaios tecnológicos de aço a ser empregado na obra, enviando cópia
dos resultados obtidos para análise da FISCALIZAÇÃO.
6.21
Antes de colocadas nas formas, as barras de aço deverão ser convenientemente limpas
de qualquer substância prejudicial à aderência, retirando-se as escamas eventualmente
destacadas pela oxidação.
6.22
A execução das armaduras deverá obedecer rigorosamente o projeto estrutural no que se
refere a posição, bitola, recobrimento, dobramento, comprimento, espaçamento.
6.23
As emendas das barras de aço deverão ser feitas com o traspasse previsto em projeto e
nas posições indicadas. Emendas não previstas poderão eventualmente ser feitas, desde
que aprovadas pela FISCALIZAÇÃO. Não serão permitidas emendas por traspasse em
ferros de diâmetro superior a 1”, nem poderão ser feitas estas emendas em peças
lineares de seção inteiramente tracionada (tirantes e pendurais).
6.24
Não será permitido aquecimento de aços encruados (tipo B) para corte e dobramento, e
é recomendável que mesmo os aços doces (tipo A) não sofram aquecimento.
6.25
A armadura será colocada no interior das formas de tal modo que durante o lançamento
e vibração do concreto se mantenha na posição indicada no projeto, permanecendo
inalteradas as distâncias das barras entre si e as faces internas das formas.
6.26
Nas lajes deverá ser feita amarração entre as barras de modo a garantir a forma
geométrica da malha de aço prevista no projeto.
6.27
Todo o cuidado deve ser tomado para manter na posição prevista em projeto os ferros
negativos das lajes, aconselhando-se o uso de distanciadores e espaçadores adequados.
Antes e durante a concretagem, as plataformas de serviço deverão esta dispostas de
modo a não acarretarem o deslocamento das armaduras.
6.28
Nos casos de interrupção longa no lançamento do concreto, formando juntas de
concretagem, as barras de espera (“ferros de arranque”) deverão ser protegidos contra
oxidação com nata de cimento.
Antes da retomada da concretagem estas barras
deverão ser perfeitamente limpas, retirando-se toda a nata de cimento, para se garantir a
aderência com o concreto.
6.29
A EMPREITEIRA dever apresentar soluções adequadas para que se garanta o
recobrimento mínimo exigido pelo projeto estrutural, podendo ser usados pequenos
blocos de concreto (de preferência semi-esféricos), suportes de matéria plástica ou
tarugos de cimento amianto, especialmente destinadas para este fim.
Em nenhuma hipótese será permitido colocar a armadura diretamente sobre a forma ou
levantá-la por ocasião da concretagem.
6.30
O concreto utilizado deverá sempre ser dosado, misturado, transportado, lançado,
adensado e curado de acordo com as Normas Técnicas da ABNT e as recomendações
deste CADERNO DE ENCARGOS, de modo a se obter a resistência mínima prevista
no cálculo estrutural e indicada no projeto.
6.31
O cimento a ser utilizado no preparo do concreto será sempre o CP-320, que atenda às
recomendações da ABNT. Deverá ser armazenado em local protegido, sem umidade, e
conservado em sua embalagem original até a ocasião do seu emprego, sendo utilizados
na ordem cronológica do recebimento.
Quaisquer indícios de deterioração,
endurecimento, etc, que indique perda de características ou início de hidratação,
impedirão o uso do cimento para aglomerante do concreto.
6.32
Os agregados graúdos e miúdos deverão obedecer às especificações da ABNT, isento de
constituintes deletérios em teores proibidos pelas Normas Técnicas. Deverão ser
depositados em plataformas separadas de modo a não se misturarem os agregados de
tipos diferentes ou com outros materiais estranhos.
6.33
As britas não deverão ter formas lamelares, e deverão estar isentas de pó aderente na
ocasião da mistura de concreto, devendo ser lavadas se necessário. Quando não
especificada no projeto, a dimensão máxima característica do agregado será menor que
1/4 da menor distância entre as faces das formas e 1/3 da espessura das lajes,
prevalecendo o menor dos dois valores.
6.34
A água de amassamento do concreto deverá atender às recomendações da ABNT, isenta
de teores prejudiciais de substâncias estranhas.
6.35
No caso em que o cimento, agregados ou água disponíveis não atendam ao definido nos
ítens acima, só poderão ser utilizados se obedecerem às recomendações e limitações
decorrentes de estudo em laboratório de tecnologia de materiais idôneo, após
apresentação de relatório à FISCALIZAÇÃO e posterior autorização.
6.36
Aditivos para concreto só poderão ser utilizados se obedecerem às especificações
nacionais e com o consentimento prévio da FISCALIZAÇÃO. Nestes casos, deve ser
encaminhada à FISCALIZAÇÃO literatura técnica a respeito do produto, bem como a
dosagem modificada do concreto pela sua adição.
6.37
A trabalhabilidade do concreto deverá ser compatível com os processos de lançamento e
adensamento a serem usados, com as formas e dimensões das peças a serem concretadas
e com a distribuição da armação, de modo a se evitar ocorrência de falhas, buracos ou
nichos nas peças concretadas.
6.38
6.39
6.40
De maneira geral será permitida para o concreto a dosagem experimental, que deve ser
feita pelos métodos da ABNT. Será obrigatório o fornecimento da dosagem obtida à
FISCALIZAÇÃO, quer seja o concreto preparado na obra, quer seja usinado.
Em casos especiais, para obras de pequeno volume ou responsabilidade estrutural, a
FISCALIZAÇÀO poderá permitir dosagem não experimental, feita no canteiro por
processo rudimentar, dispensando o controle de resistência mas respeitando-se as
seguintes condições:
- Mínimo de 350 kg de cimento por metro cúbico de concreto;
- A quantidade de água será a mínima compatível com a trabalhabilidade necessária;
- A proporção do agregado miúdo no volume total dos agregados deverá estar entre 30
% e 50 %.
É responsabilidade e obrigação da EMPREITEIRA providenciar o contrôle tecnológico
do concreto, fornecendo cópias dos resultados obtidos à FISCALIZAÇÃO. Estes
ensaios tecnológicos seguirão as prescrições das Normas e Métodos Brasileiros
pertinentes, devendo ser executados por firma idônea, e serão no mínimo os seguintes:
a) Verificação da resistência mecânica
De acordo com os métodos MB-2 e MB-3
b) Verificação da dosagem utilizada
Sempre que houver motivação do traço do concreto ou características de seus
constituintes.
c) Verificação da trabalhabilidade (SLUMP-TEST)
Sempre que forem moldados corpos de prova para verificação da resistência
mecânica.
d) Verificação das características dos constituintes
Sempre que houver alterações dos materiais utilizados na mistura do concreto.
6.41
Especialmente no caso de concreto aparente, para se garantir homogeneidade de cor e
textura, os agregados empregados deverão ter sempre a mesma procedência e
granulometria, e o cimento será sempre da mesma marca, tipo e procedência.
6.42
O amassamento manual do concreto só poderá ser feito com autorização da
FISCALIZAÇÃO, e quando se tratar de pequenos volumes a serem empregados e peças
sem responsabilidade estrutural. Deverá ser feito sobre superfície plana impermeável,
misturando-se primeiramente os agregados e o cimento até a obtenção de coloração
uniforme; a água necessária será adicionada aos poucos, misturando-se até a obtenção
de massa de cor e consistência uniforme. Não poderá ser feito amassamento manual de
concreto, de cada vez, em volume que corresponda a mais de 100 kg de cimento.
6.43
O amassamento mecânico deverá ser contínuo e durar o suficiente para homogeinizar a
mistura de todos os elementos, inclusive de eventuais aditivos, os quais deverão ser
dissolvidos “a priori” na água de amassamento, a menos de orientação contrária do
fabricante do produto.
6.44
Recomenda-se que a ordem de colocação dos componentes do concreto na betoneira
rotativa simples seja a seguinte: brita, água, cimento, areia; na betoneira tipo “autocarregável”, a água obrigatoriamente deverá ser introduzida antes dos agregados e
aglomerantes, deixando-se para o final apenas o acerto na quantidade de água
necessária para conferir ao concreto a trabalhabilidade desejada.
6.45
No caso de concreto pré-misturado aplica-se a EB-136.
6.46
O concreto deverá ser transportado do local de amassamento para o de lançamento de
tal maneira que o meio de transporte não cause desagregação ou segregação de seus
elementos, ou perda sensível de qualquer deles por vazamento ou evaporação.
Preferencialmente o sistema de transportes utilizado deverá permitir o lançamento
direto nas formas, sem depósito intermediário.
6.47
O lançamento do concreto deverá ser iniciado logo após seu amassamento. Não poderá
superar a 1 hora o intervalo entre o fim do amassamento e o lançamento, a não ser que
tenha se verificado o emprego de aditivo retardador de pega.
6.48
Em nenhuma hipótese poderá ser lançado o concreto após o início da pega.
6.49
O lançamento em queda livre não deverá ser feito de altura superior a 2 metros, a menos
que se tomem cuidados especiais para se evitar a desagregação do concreto e a
incrustação de argamassa nas formas e armaduras.
6.50
O adensamento do concreto deverá ser feito durante e imediatamente após o
lançamento. Deverá ser usado equipamento adequado à trabalhabilidade do concreto,
que deverá ser vibrado de maneira contínua. Todos os recantos da forma deverão ser
preenchidos. O tempo do adensamento em cada região da peça concretada deverá ser
tal que não seja mínimo, permitindo falhas, nichos e fendas, nem excessivo, causando a
desagregação do concreto.
6.51
Durante o adensamento deve se evitar que o vibrador entre em contato com a armadura,
para que não se formem vazios ao longo das barras de aço, prejudicando-se sua
aderência ao concreto. Quando se tratar de concreto aparente, o vibrador não poderá
entrar em contato com a forma.
6.52
Quando utilizado vibrador de imersão (tipo agulha), sua retirada da massa de concreto
deve ser feita sempre com o vibrador em funcionamento e de maneira lenta e gradual,
para se evitar falhas de concretagem.
6.53
Para adensamento de concreto de lajes recomenda-se o uso de equipamento adequado,
tipo régua vibratória. Poderá ser admitido o emprego do vibrador de imersão, desde
que cuidados especiais sejam tomados para se evitar desgregação do concreto por tempo
excessivo de imersão da agulha, e diminuição da altura da laje por retirada rápida da
agulha da massa de concreto.
6.54
6.55
O adensamento através de vibradores de forma externos será proibido, devido à
impossibilidade de se manter a armadura sem vibrações.
O adensamento manual só será admitido em casos excepcionais, com autorização da
FISCALIZAÇÃO, e a altura das camadas não poderá exceder 20 cm.
6.56
Sempre que se formar uma junta de concretagem devido à interrupção no lançamento do
concreto, deverão ser tomadas providências para que haja uma ligação suficiente entre o
concreto já endurecido e o concreto novo. Deve-se deixar barras de aço cravadas no
concreto mais velho, e apicoar-se a superfície do concreto mais antigo, tornando-a
irregular. Esta superfície deverá ser completamente limpa e molhada antes de reiniciarse o lançamento. O adensamento do concreto não deverá ser enérgico na região da
junta. Em peças estruturais nas quais se necessite impermeabilidade, o tratamento da
superfície da junta será acrescido de adesivo estrutural adequado.
Quando for possível posicionar-se a junta de concretagem, através de um programa de
lançamento do concreto, as juntas deverão ser localizadas nas regiões de menores
esforços de cisalhamento, em posição normal aos esforços de compressão. No caso de
vigas ou lajes apoiadas em pilares ou parede, a junta de concretagem deverá estar no
plano de ligação do pilar ou parede com a face inferior da laje ou viga.
6.57
A cura do concreto deve ser promovida cuidadosamente, enquanto o concreto não
atingir endurecimento satisfatório. Em especial, nos primeiros sete dias devem ser
tomados os seguintes cuidados:
- Devem ser evitados choques e vibrações que possam prejudicar sua aderência à
armadura ou produzir fissuração na massa.
- Evitar contato com agentes químicos agressivos.
- Evitar a secagem prematura das peças concretadas, mantendo as peças úmidas por
meio de lâmina de água, areia molhada, etc. Peças com pilares e vigas deverão ser
continuamente molhadas nestes sete primeiros dias, o mesmo acontecendo com as
lajes sempre que não houver possibilidade de se manter uma lâmina de água.
6.58
A correção do concreto, quando necessária, deverá ser feita imediatamente após a
desforma e constatada a existência das falhas.
Na correção deverá ser utilizado
concreto de igual resistência a do original, garantindo-se proteção das armaduras e
solidarização do concreto novo com o original. Colas ou aditivos especiais para
correção de falhas maiores serão utilizadas criteriosamente e segundo instruções do
fabricante.
6.59
Correções em concreto aparente deverão garantir ao concreto corrigido aspecto, cor e
textura semelhantes ao que lhe serve de base. O concreto é um material de natureza
heterogênea, e assim deve ser considerado ao se notarem as falhas de concretagem. Os
retoques e correções desnecessários deverão ser evitados, sempre que não
comprometam a resistência da peça e proteção da armadura.
As correções
indispensáveis deverão abranger somente a área afetada.
7.0
IMPERMEABILIZAÇÕES
7.1
GENERALIDADES
7.1.1
Entende-se por impermeabilização de uma superfície a aplicação de materiais
adequados através de processos específicos, assegurando sua proteção contra água de
percolação (que atua sem pressão hidrostática, atuando em coberturas, terraços,
marquises, calhas, etc, em livre escoamento); contra água com pressão (aquela que atua
em piscinas, tanques e reservatórios, exercendo pressão hidrostática sobre
impermeabilização); e contra umidade por capilaridade (quando a água é levada a nível
superior ao nível estático, pela ação de capilaridade de materiais porosos, e que ocorre
nos elementos da construção que estão em contato com bases alagadas ou solo úmido).
7.1.2
Os serviços de impermeabilização terão primorosa execução, deverão sempre ser
executados com mão de obra especializada com uso de materiais de qualidade superior,
obedecendo-se rigorosamente às especificações do fabricante, especificações de projeto,
memorial descritivo e Normas da ABNT. Quando as circuntâncias e as condições
locais forem tais que tornem aconselhável e mudança dos materiais ou sistemas de
impermeabilização especificados, a EMPREITEIRA deverá submeter à apreciação da
FISCALIZAÇÃO as alterações necessárias.
7.1.3
Todas as superfícies a serem impermeabilizadas deverão estar limpas, isentas de poeira,
resíduos de argamassa, madeira, óleo, graxa, etc, e antes do início dos serviços já
deverão estar posicionados os ralos, grelhas, tubulações, etc.
7.1.4
Durante a execução dos serviços de impermeabilização não deverá ser permitido o
trânsito de pessoas estranhas ao serviço no local.
7.1.5
As impermeabilizações podem apresentar-se na forma Rígida (argamassas) ou Flexíveis
(pinturas e mantas). Existem no processo de impermeabilização, tópicos que devem ser
observados e obedecidos, objetivando resultados satisfatórios nas metas a atingir.
- RIGÍDAS
As impermeabilizações rígidas são os concretos que se tornam impermeáveis pela
inclusão de um aditivo, já os revestimentos com argamassas são tratados da mesma
forma.
-
FLEXÍVEIS
PLÁSTICAS OU ELÁSTICAS
São as impermeabilizações feitas com lençois termoplásticos (compostos ou não com
asfalto e elastômeros), lencóis de borracha butílica, membranas de asfalto com
elastômeros e outras combinações de materiais, sempre sem intercalação de tecidos
rígidos ou lâminas metálicas (chumbo, cobre, alumínio, etc).
LAMINARES
São as impermeabilizaçoes executadas com asfalto ou elastômeros, armadas ou
estruturadas pela intercalação de materiais rígidos, como os feltros asfálticos, tecidos de
“nylon”, tecidos de vidro, tecidos de juta e lâminas de alumínio. São também
denominadas pinturas armadas.
7.1.6
A escolha do sistema de impermeabilização mais adequado para uma dada construção é
função de vários fatores (entre outros), como recomendam os bons compêndios e/ou
especialistas nesta questão, os seguintes:
- Forma da estrutura;
- Deformação admissível no dimensionamento da mesma, esbeltez, tipo de exposição,
etc;
- Efeito arquitetônico que se deseja obter;
- Custos.
7.1.7
Objetivando uma escolha técnica, são considerados cinco pontos quantificáveis por
ensaios de laboratórios, particularmente, intemperismo acelerado e/ou, ainda,
experiências e pesquisas próprias para avaliação de um Sistema de Impermeabilização:
1 - IMPERMEABILIDADE DOS MATERIAIS
Traduz a propriedade dos materiais de impermeabização de apresentarem-se
estanques à penetração d’água, vapor, umidade e agentes externos em geral.
2 - ELASTICIADE DOS MATERIAIS
Caracteriza a propriedade dos materiais de impermeabilização de absorverem
deformações provocadas por:
• Esforços térmicos - diferenças de temperatura / umidade.
• Esforços mecânicos - tração / compressão / recalques / cisalhamento.
• Esforços físicos - ação de agentes tais como: água / águas agressivas / ação dos
ventos.
Dependendo das condições de implantação da obra, os esforços variam de
importância e grandeza e/ou ainda, atuam associadamente.
Portanto, a elasticidade do material de impermeabilização, exprime sua capacidade
de se deformar sob tensão, qualquer que seja sua causa e voltar a posição original
quando cessada a mesma.
3 - PROTEÇÃO MECÂNICA E ISOLAMENTO TÉRMICO
Estes dois aspectos são muito importantes no que diz respeito ao desempenho de um
sistema de impermeabilização, particularmente impedindo / retardando:
• Danificação do material impermeabilizante por tráfego: pedestre, veículos, etc;
• Alteração das propriedades intrínsecas do material: migração de plastificantes,
volatização, aumento de absorção capilar;
• Diminuição dos diferenciais térmicos, tanto na estrutura, como nos materiais de
impermeabilização, bem como, aumento do índice de conforto no meio ambiente.
PROTEÇÃO MECÂNICA (EMPREGADA NOS SISTEMAS FLEXÍVEIS)
• Primária
Constituída normalmente de uma argamassa, traço 1:4, de espessura característica
da ordem de 2 cm, com juntas calafetadas com mastique elasto-plástico e/ou
juntas saibro modulada.
• Definitiva
- Constituida normalmente de uma argamassa traço 1:3, na espessura da ordem
de 3 cm, com juntas calafetadas com mastique elástico.
- De acordo com as características da obra, a proteção mecânica pode ser armada
com espessura compatível com as solicitações atuantes.
• Acabamento final
De acordo com o tipo de obra em execução
4 - DURABILIDADE
Caracteriza a propriedade dos Sistemas de Impermeabilização de apresentarem
performances satisfatórias, ou seja, estanqueidade total num intervalo de tempo,
variando de 5 a 10 anos, conforme sistema adotado, tipo e localização da obra, custos
de execução, etc.
Conforme experiência prática na construção civil no Brasil, um Sistema de
Impermeabilização com durabilidade de 20 anos, é considerado de notável
longevidade.
5 - CUSTOS
A qualidade melhor dos diversos materiais de impermeabilização, implicita um
maior custo de serviço.
O custo inicial de uma impermeabilização, mesmo aparentemente mais elevado,
apresenta um valor insignificante no custo geral da obra, oscilando conforme
experiência prática de 1% a 3% do valor da mesma.
7.1.8
Concluídos os serviços de impermeabilização de lajes, calhas, canais, reservatórios,
tanques ou piscinas, deverá ser feito um teste com água num prazo mínimo de 24 (vinte
e quatro) horas; caso haja necessidade de reparos, os mesmos deverão ser
providenciados dentro do maior rigor técnico; concluídos os serviços, deverão ser
impedidos o acesso e trânsito nos locais tratados.
7.1.9
Deverão ser sempre impermeabilizadas as alvenarias e peças estruturais em contato com
o solo, os reservatórios e tanques de água, os canais, as piscinas, os espelhos d’água,
calhas de águas pluviais, cortinas, muros de arrimo, lajes de cobertura não protegidos
por telhado, faces internas de platibandas, jardineiras, os contrapisos executados sobre o
solo ou lajes rebaixadas, independentemente de indicação específica no projeto ou no
memorial descritivo. Outros elementos serão impermeabilizados quando houver
indicação específica.
7.1.10
As superfícies não sujeitas a fissuras, trincas, dilatações, movimentações de origem
térmica e recalques diferenciais, poderão ser impermeabilizadas através de sistema
rígidos.
As superfícies sujeitas a estes fenômenos (calhas de águas pluviais,
reservatórios e tanques elevados, etc) obrigatoriamente deverão ser impermeabilizadas
através do sistemas flexíveis ou laminares, com respectiva proteção mecânica.
7.2
As diretrizes que se seguem para serviços de impermeabilizações serão seguidas sempre
que não houver em projeto ou memorial descritivo indicações sobre outros métodos,
procedimentos ou produtos a serem empregados.
7.3
IMPERMEABILIZAÇÕES DE BALDRAMES DE CONCRETO ARMADO OU
ALVENARIA DE EMBASAMENTO.
7.3.1
A impermeabilização será feita pelo sistema de argamassa rigida, constituída
basicamente por chapisco de aderência e duas camadas de argamassa de cimento e areia
com adição de hidrófugo tipo impermeabilizante de pega normal para argamassas ou
similar, pintada com tinta betuminosa para concreto e alvenaria ou similar, em duas
demãos.
7.3.2
A superfície a ser impermeabilizada deverá estar perfeitamente limpa e seca.
7.3.3
Aplicar chapisco de cimento e areia no traço 1:3 na superfície a ser impermeabilizada.
7.3.4
Seco o chapisco, aplicar argamassa de cimento e areia no traço 1:3 com adição do
hidrófugo na proporção 3 kg de hidrófugo para 50 kg de cimento na espessura mínima
de 1,5 cm.
7.3.5
Seca a argamassa, proceder novamente ao chapisco de cimento e areia e à segunda
camada de argamassa com agente hidrófugo.
7.3.6
Aplicar posteiormente pintura de tinta betuminosa para concreto e alvenaria ou similar
em duas demãos.
7.4
CONTRAPISOS IMPERMEABILIZADOS
7.4.1
Todos os contrapisos em contato direto com o solo ou lajes rebaixadas de banheiros
serão impermeabilizados com concreto, na espessura mínima de 6 cm, dosado com no
mínimo 150 kg de cimento por metro cúbico de concreto, e adição de agente hidrófugo
(Impermeabilizante de pega normal para argamassas, ou similar), na proporção de 2 kg
de hidrófugo por 50 kg de cimento.
7.4.2
Não será permitida utilização de sobras de concreto fora destas especificações para
execução de contrapiso impermeabilizado.
7.5
IMPERMEABILIZAÇÕES
MARQUISES.
7.5.1
Deverão ser tomados cuidados especiais nas concordâncias de impermeabilizações de
lajes com bordas, grelhas, ralos, etc.
7.5.2
7.5.3
Os encontros de superfícies serão boleados ou em meia cana.
Em hipótese alguma será permitida execução de impermeabilização destes elementos
pelo processo de argamassa rígida, devendo ser usado um sistema de impermeabilização
elástica, segundo as especificações do projeto e memorial descritivo fornecido em cada
DE
LAJES
DE
COBERTURA,
TERRAÇOS
E
caso específico, podendo ainda ser necessária a proteção térmica e/ou a proteção
mecânica da impermeabilização.
7.6
IMPERMEABILIZAÇÃO DE PAREDES, CORTINAS E ARRIMOS
7.6.1
As superfícies de paredes, cortinas e arrimos em contato com a terra levarão
inicialmente, após perfeitamente limpas e secas, um chapisco com argamassa de
cimento e areia no traço 1:3, na face em contato com o solo.
7.6.2
Seco e chapisco, será aplicada argamassa de cimento e areia 1:4 com adição de 2 kg de
impermeabilizante de pega normal para argamassas ou similar, para cada 50 kg de
cimento.
7.6.3
Pintura em duas demãos de tinta betuminosa para concreto e alvenaria na superfície
seca, ou tinta asfáltica para concreto e argamassa quando ainda úmida.
7.7
IMPERMEABILIZAÇÕES DE CALHAS DE ÁGUAS PLUVIAIS EXECUTADAS
EM CONCRETO
7.7.1
A camada regularizada terá caimento mínimo de 1,0 %, e deverá ser feita com
argamassa de cimento e areia no traço 1:4 e dosada com hidrófugo recomendado em
projeto e memorial descritivo, impermeabilizante de pega normal para argamassas ou
similar.
7.7.2
Em hipótese alguma será permitida aplicação de impermeabilização pelo processo de
argamassa rígida, devendo preferencialmente usar-se processo a base de elastômeros
sintéticos auto-vulcanizantes.
7.7.3
A menos de indicação expressa em outro sentido, a impermeabilização de calhas de
águas pluviais será feita com o produto manta impermeabilizante à base de asfalto
modificado com polímeros de polipropileno atático ou estireno butadieno estireno,
estruturada com não tecido de filamentos contínuos de poliéster, previamente
estabilizado com espessura de 4 mm. Tendo como acabamento externo a respectiva
proteção mecânica.
A manta impermeabilizante e sua proteção mecânica deverá ser aplicada no fundo da
calha devendo subir em todas as faces laterais da calha, arrematando na superfície
superior da mesma (topos).
7.8
IMPERMEABILIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS DE CONCRETO PARA ÁGUA
7.8.1
O concreto de reservatórios de água devem possuir características impermeáveis, com
aumento do teor de cimento e agregados miúdos, podendo-se adicionar aditivos do tipo
platificante - redutor de água para concreto ou similar, após prévia consulta à
FISCALIZAÇÃO.
Devem ser seguidos os processos de impermeabilização especificados no projeto ou em
memorial Descritivo, para cada caso específico.
7.8.2
7.8.3
Os serviços de impermeabilização só poderão ser iniciados após a instalação de toda
tubulação. Os canos deverão ter roscas em toda a extensão que ficar embutida na
estrutura, e estarem colocados pelo menos 5 cm acima das paredes ou pisos externos
(inclusive os tubos de limpeza). Não se deverá instalar flanges na face interna das
tubulações, de modo a permitir um perfeito arremate da impermeabilização.
7.8.4
Os materiais empregados na impermeabilização dos reservatórios e tanques d’água não
deverão conter agentes que possam comprometer a potabilidade de água contida. Na
ocorrência deste evento, deverá a impermeabilização ser refeita por meio de outro
processo às expensas da EMPREITEIRA.
7.8.5
Os casos omissos em relação às impermeabilizações serão discriminados em projetos e
memoriais específicos, devendo ser executados dentro de boa técnica e a
EMPREITEIRA se responsabilizará pela garantia dos serviços e dos materiais
empregados pelo prazo estipulado.
8.0
ALVENARIAS
8.1
As paredes de alvenaria deverão ser executadas de acordo com as dimensões do projeto;
as espessuras indicadas são para as paredes prontas após os revestimentos. Deverão ser
perfeitamente alinhadas a ter prumo perfeito.
8.2
Os tijolos deverão estar bem cozidos, com boa uniformidade de dimensões e
apresentando resistência adequada. Os blocos de concreto deverão ser bem vibrados,
com traço adequado e dimensões regulares, sem grande dispersão.
8.3
Os tijolos e blocos serão abundantemente molhados na ocasião do emprego, e assentes
formando fiadas niveladas, prumadas e alinhadas, com juntas não maiores que 1,5 cm.
8.4
Os tijolos poderão ser assentes com argamassa mista no traço 1:7 cimento, areia, ou
com argamassa mista 1:2:8 cimento, cal hidratada e areia. A argamassa não poderá ser
mais utilizada, se o tempo entre o preparo e a colocação ultrapassar 2 horas e meia.
Somente se poderá utilizar na argamassa areia peneirada.
8.5
Sobre vigas contínuas, as paredes deverão ser levantas simultaneamente nos diversos
vãos, não sendo permitidas diferenças superiores a 1 metro entre as alturas levantadas
em vãos contínuos.
8.6
Toda a alvenaria de enchimento de vãos de estruturas de concreto armado (inclusive
alvenaria de tijolos aparentes) será obrigatoriamente encunhada.
Para tanto, a
execução da alvenaria em cada andar será suspensa a uma altura de cerca de 8 cm
abaixo da face inferior da viga. O encunhamento será executado com cunhas de
concreto, e somente 8 dias após o término do correspondente pano de alvenaria e
estando levantada na mesma altura a alvenaria do pavimento imediatamente superior.
No caso de alvenaria de tijolos aparentes, cortar os tijolos das duas últimas fiadas no
sentido longitudinal, para permitir o encunhamento com cunhas de concreto,
permanecendo em tijolos aparentes a face exposta da alvenaria.
8.7
Quando se tratar de alvenaria de tijolos aparentes, dimensionar a abertura das juntas de
tal maneira que se obtenha um padrão estético constante; serão permitidos apenas cortes
de ½ tijolo nos extremos laterais dos panos de alvenaria, para se obter juntas de
amarração; no sentido da altura não serão permitidos cortes dos tijolos, exceto para o
encunhamento conforme ítem 8.6. Quando se tratar de alvenaria externa de tijolo
aparente, no encontro da alvenaria com os pilares e vigas deverá ser utilizado um
mastique do tipo elástico de 1 componente à base de poliuretano ou similar para vedar
entrada de umidade pelo lado externo.
8.8
Vergas de concreto armado serão construídas sobre vãos de portas, janelas, guichês ou
outras existentes na alvenaria. As vergas terão comprimento tal que ultrapassem no
mínimo 30 cm cada lado do vão. O consumo de cimento para o concreto será de no
mínimo 300 kg/m3.
8.9
Contravergas com as mesmas características do ítem 8.8 serão usadas sob vãos de
janelas e guichês.
8.10
Nos panos de alvenaria não encunhadas na parte superior (muros, muretas, parapeitos,
platibandas, paredes baixas, divisórias de sanitários, etc), deverá ser feita, no respaldo,
um cinta de concreto armado da largura da parede e altura não inferior a 10 cm,
dimensionada convenientemente, e com no mínimo 300 kg de cimento por metro cúbico
de concreto.
8.11
Para promover aderência entre os tijolos e os pilares, antes de se levantar a alvenaria
serão chapiscadas as faces dos pilares que tiverem ponto de contato. Além disto, os
pilares de concreto deverão ter pontas livres de ferro de aproximadamente 30 cm, para
amarração lateral da alvenaria, em média a cada 50 cm.
8.12
Paredes com comprimento maior que 4,50 m entre as amarrações na estrutura, deverão
ter um pilarete de concreto armado executado no seu terço médio, na largura da parede
(osso) e partindo da viga de apoio da alvenaria até o seu encunhamento; este
procedimento será usado mesmo que o detalhe não seja mostrado na estrutura (exceto
em alvenaria de tijolos aparentes).
8.13
Paredes com altura superior a 3,0 m deverão tem uma verga a meia altura, com duas
barras de ferro de diâmetro mínimo de 1/4”, com concreto dosado com 300 kg de
cimento por metro cúbico, fundida sobre a alvenaria já levantada até a altura adequada,
e indo a verga de extremo ao outro do vão. Este procedimento será usado mesmo que o
detalhes não sejam mostrados na estrutura (exceto em alvenaria de tijolos aparentes).
8.14
Nunca se poderá cortar o tijolo para se atingir a espessura da parede indicada no
projeto.
8.15
Os tacos utilizados para a fixação de batentes, rodapés e caixilhos deverão ser
chumbados na alvenaria em vãos deixados durante a elevação, e usando-se argamassa
de cimento e areia no traço 1:3.
Os tacos deverão ser impermeabilizados tinta
betuminosa para concreto e alvenaria ou similar.
8.16
Alvenarias especiais (de pedra, de blocos de concreto celular, etc), terão especificações
à parte.
8.17
Todas as alvenarias revestidas levarão nos cantos externos cantoneiras de proteção do
tipo metálicas “L” até altura de 2,00 m, quando não houver outro detalhe específico no
projeto.
9.0
REVESTIMENTO DE PAREDES
9.1
O revestimento de uma superfície só poderá ser iniciado após a colocação de to
inda deverão ser molhadas antes da aplicação do revestimento.
9.3
As superfícies de alvenaria e concreto a serem revestidas deverão previamente ser
chapiscadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 (chapisco de aderência).
9.4
Toda areia a ser utilizada nos revestimentos deverá ser devidamente peneirada.
9.5
Poderá ser utilizado produtos químicos substitutos da cal, desde que aprovado
préviamente pela Fiscalização, e com entrega de Laudo Técnico do INMETRO e IPT
original.
9.6
Todos os revestimentos deverão apresentar paramentos perfeitamente nivelados nas
arestas, alinhados e desempenados.
9.7
Havendo necessidade de recomposição parcial de qualquer revestimento, a mesma será
feita de maneira a não apresentar descontinuidade, permanecendo homogêneo o
conjunto.
9.8
Preferencialmente o amassamento da argamassa será mecânico, e os componentes
deverão ser agitados na betoneira e misturados pelo menos por 90 segundos.
9.9
Quando a quantidade de argamassa a manipular não justificar a mescla mecânica, será
permitido o amassamento manual em masseiras planas e impermeáveis, sendo os
materiais misturados a seco até obtenção de coloração uniforme. A mistura será
disposta em forma de coroa, sendo a água adicionada paulatinamente no centro da coroa
formada, evitando-se a perda de água e nata de cimento, e misturando-se até obter uma
consistência adequada, de aspecto homogêneo.
9.10
Serão recusadas todas as argamassas que apresentarem vestígios de endurecimento. É
proibido o reamassamento.
9.11
EMBOÇO
9.11.1
O emboço só poderá ser iniciado após a pega da argamassa do assentamento da
alvenaria e do chapisco de aderência.
9.11.2
Emboço para assentamento de azulejos deverá ser em camada única, regularizada, e
constituída de argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia na proporção 1:2:5, ou
argamassa mista de cal hidratada e areia 1:4, com 130 kg de cimento por m3 (seguir
especificação da planilha orçamentária); espessura entre 1,5 e 1,8 cm.
9.12
REBOCO
9.12.1
O reboco será aplicado após cura completa da argamassa do emboço.
9.12.2
A argamassa do reboco será de areia média ou fina no traço 1:3 ou argamassa mista de
cal em pasta peneirada e areia fina, no traço 1:2:5 com 50 kg de cimento po m3 (seguir
especificação da planilha orçamentária); espessura média de 0,5 cm.
9.12.3
O reboco de cada pano de alvenaria deverá ser executado em uma única vez.
9.13
CHAPISCO DE PENEIRA (para acabamento)
9.13.1
Deverá ser aplicado sobre o emboço curado.
9.13.2
Será feito com aplicação cuidadosa de argamassa de cimento e areia 1:3,
suficientemente úmida, através de peneira de malha adequada, de maneira firme para
garantir boa aderência ao emboço. Sempre que possível fazer ao abrigo do sol para
evitar manchas queimadas no revestimento.
9.14
AZULEJOS
9.14.1
Só será admitido emprego de azulejos de qualidade AAA, extra, com dimensões bem
definidas, esquadro perfeito, mesmo lote de fabricação, sem defeito nas partes
esmaltadas, cor e tonalidade uniformes.
9.14.2
Para aplicação com argamassa, os azulejos deverão ser mergulhados em água limpa no
mínimo 2 horas que antecederem a execução do serviço, e fora de suas embalagens,
salvo outra indicação do fabricante. No caso de uso de cimento colante, os azulejos
serão assentes secos, salvo recomendação em contrário do fabricante da argamassa de
assentamento.
9.14.3
Os azulejos a serem cortados ou furados não deverão apresentar rachaduras ou
emendas, e só poderão ser cortados utilizando-se cortadores especiais, não se
permitindo o corte com torquês.
9.14.4
O revestimento de azulejo será executado obedecendo-se o quadro de acabamentos no
que se refere a tipo de juntas, cores, dimensões, etc.
9.14.5
Antes da colocação dos azulejos com argamassa, as paredes deverão ser molhadas.
9.14.6
O assentamento dos azulejos será feito com argamassa tipo cimento colante para
azulejos, tomando toda a superfície do mesmo.
9.14.7
A colocação será feita com juntas de espessura entre 1,00 mm e 2,00 mm, devendo-se
seguir as indicações descritas em projeto e ou recomendações do fabricante.
9.14.8
Serão trocados todos os azulejos que após a colocação vierem a soar chocho por
percussão, apresentarem gretagem ou outro defeito na parte esmaltada, ou que
mostrarem pouca aderência.
9.14.9
Os cantos externos dos panos de azulejos serão arrematados com cantoneiras tipo “L”
de alumínio.
9.14.10 O rejuntamento dos panos de azulejos só será feito após a conclusão completa do
assentamento, inclusive arremates junto à louças sanitárias, divisórias, pisos e tetos,
para se evitar variação de cores no rejuntamento (devido a idade diferente, sujeiras, etc).
9.14.11 O rejuntamento será feito com argamassa de rejuntamento devendo possuir
características impermeabilizantes e anti-mofo na cor indicada em projeto, sendo
aplicado conforme recomendações do fabricante.
9.14.12 ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO
Também como a placa cerâmica além, das funções técnicas intrínsecas, participa
visualmente do revestimento cerâmico e também recebe como incumbência proteger e
conservar que é função principal do revestimento cerâmico e, embelezar.
As juntas ou espaços vazios tão necessários para absorver parte das tensões, como
vimos anteriormente, não devem e nem podem ficar abertas pois, dessa forma, além de
descaracterizar o revestimento cerâmico, deixaria as placas, a argamassa colante e o
próprio substrato a mercê de outros tipos de ataques como: químicos, mecânicos e
intempéries. Assim, criou-se argamassa de rejuntamento que também, como a placa
cerâmica e a argamassa colante possui vários tipos para a necessidade de cada área,
além é claro da sua propriedade inicial que é deixar a junta ou espaço vazio realizando o
seu trabalho ou seja, equilibrar as tensões das placas cerâmicas. As argamassas de
rejuntamento além de atender o lado técnico interno do revestimento cerâmico e do lado
externo dos ataques existentes, tem também, de atender os aspéctos arquitetônicos e
estéticos.
9.14.13 MÉTODO DE APLICAÇÃO DO REJUNTAMENTO
1. Cura do substrato
Aguardar 3 dias após o assentamento das placas cerâmicas para iniciar o
rejuntamento.
2. Limpeza das juntas
Antes de rejuntar, limpar as juntas com escova de piaçava para que não tenha
interferência na aderência do material.
3. Umidade necessária
Molhar as juntas com broxa para auxiliar na hidratação do cimento e também para
ajudar na aderência. Este procedimento deverá ser realizado, principalmente quando
se trata de azulejo de alta absorção.
4. Preparação do material
Misture o rejuntamento com água nas proporções indicacas na embalagem, obtendose com isso um rejuntamento sem grumos, pastoso e aderente.
5. Tempo de maturação
Para os aditivos iniciarem sua ação, o rejuntamento preparado deverá ficar em
repouso por um tempo de 15 minutos, devendo a seguir ser novamente reamassado.
6. Tempo para uso
O uso do rejuntamento pronto deve ocorrer no máximo de 3 horas após seu preparo.
7. Aplicação do rejuntamento
Aplique o rejuntamento com desempenadeira de aço revestido com borracha. Esta
ferramenta substitui rodo com vantagem no aproveitamento de material e na limpeza.
Os movimentos da desempenadeira são em diagonal em relação às juntas, facilitando
a penetração da pasta.
8. Limpeza
A limpeza deverá ser feita com esponja seca ou levemente umedecida, quando a
superfície da cerâmica estiver totalmente esbranquiçada.
Cuidado: A limpeza não poderá ser feita com excesso de água na esponja, pois
poderá ocorrer a lavagem superficial do pigmento, ocorrendo com isto o
manchamento superficial do rejuntamento.
9. Acabamento
Dar acabamento frisando com haste de madeira ou de plástico com ponta
arredondada, resultando em uma junta abaulada.
9.14.14 RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
1) Tratando-se de cerâmica não esmaltada, rejuntar na cor cinza ou na cor da cerâmica,
devido a facilidade de limpeza, ou de acordo com especificação do projeto.
2) Somente iniciar o rejuntamento após finalizado todo o revestimento cerâmico; ou
seja, não fazer do rejuntamento parcial. Ex.: peitoril, capeamento das paredes das
sacadas, etc.
3) Antes de iniciar o rejuntamento, o revestimento cerâmico deverá estar limpo; para
que não ocorra impregnação de resíduos sobre o rejuntamento.
9.15
BARRAS LISAS E IMPERMEÁVEIS A ÓLEO
9.15.1
Deverão ser executadas até a altura especificada no projeto, de cimento queimado com
desempenadeira de aço, recebendo posteriormente pintura a óleo.
9.16
PASTILHAS DE CERÂMICA ESMALTADAS
9.16.1
O emboço deverá ser constituído de argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia
1:2:5, espessura de 1,5 cm.
9.16.2
As pastilhas serão imersas em água limpa nas 24 horas anteriores à aplicação, a menos
de recomendação diversa do fabricante.
9.16.3
A argamassa de assentamento será cimento branco, cal e areia fina 1:1:3, na espessura
de 0,5 cm, a menos de recomendação diversa do fabricante.
9.16.4
O rejuntamento final será feito com cimento branco e cal hidratada na proporção 3:2, ou
com argamassa de rejuntamento, conforme indicado em projeto.
9.17
EPÓXI
9.17.1
Os revestimentos para pintura tipo epóxi serão executados com argamassa de cimento e
areia no traço de cimento e areia no traço 1:3. A areia terá granulometria controlada.
A argamassa não poderá conter cal hidratada e saibro em nenhuma hipótese.
9.17.2
A superfície deverá ser lixada e o pó resultante eliminado. A superfície não deverá ser
“queimada” com pó de cimento.
A massa e pintura só poderão ser executados 40 (quarenta) dias após a aplicação da
argamassa.
9.17.3
Quanto à aplicação da base e da tinta, seguir rigorosamente as recomendações do
fabricante.
9.18
MÁRMORE E GRANITO
9.18.1
O tipo de pedra, tonalidade, dimensões das placas, etc, são as especificadas no quadro
de acabamentos.
9.18.2
As placas devem ser fixados à alvenaria com grapas de ferro, e argamassa de cimento e
areia 1:3.
9.18.3
A parede e a face interna das placas serão chapiscadas previamente com esta argamassa.
9.19
LAMINADO MELAMÍNICO (Fórmica)
9.19.1
As paredes deverão ser revestidas com argamassa de cimento e areia 1:3 bem
desempenada.
Estando o emboço perfeitamente limpo e seco, aplicar uma demão de líquido selador e
impermeabilizante.
9.19.2
9.19.3
Aplicar uma demão do adesivo específico na chapa a ser colocada e na parede, de
maneira uniforme.
9.19.4
Comprimir a placa contra a parede de maneira firme, até que se verifique a adesão.
9.19.5
Retirar excesso de cola com removedor adequado.
9.19.6
Entre as placas deverão existir juntas de dilatação, com abertura igual à espessura das
chapas melamínicas.
9.20
LAMBRIS
9.20.1
Dimensões e qualidade da madeira serão no quadro de acabamento.
9.20.2
Serão fixados por pregos sem cabeça em tarugamento de pinho embutido na parede,
estando os sarrafos dispostos a distâncias adequadas.
9.21
QUADRO NEGRO DE ARGAMASSA
9.21.1
Após o chapisco prévio, aplicar o emboço com argamassa mista de cimento, cal
hidratada e areia no traço 1:4:8, e reboco de argamassa mista de cimento, cal hidratada e
areia fina no traço 1:4:12, com superfície cuidadosamente desempenada.
9.21.2
Pintura prévia com líquido impermeabilizante lixada e polida com lixa d’água.
9.21.3
Pintura com tinta verde opaca especial, conforme especificações.
9.21.4
A moldura e apara-giz seguirão especificações do projeto.
9.22
REBOCO PAULISTA (Emboço Paulista)
9.22.1
Deverá ser aplicado após a cura do chapisco de aderência.
9.22.2
Será feito com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia peneirada no traço
1:2:6, jogada com colher de maneira firme sobre o chapisco, e cuidadosamente
sarrafeada e alisada com espuma de borracha (esponja de poliéster expandido).
9.22.3
Poderão ser utilizadas argamassas prontas, após envio de literutura técnica à
Fiscalização, para a devida aprovação.
9.22.4
Outros tipos de revestimentos de paredes seguirão detalhes de projetos e recomendações
específicas.
9.23
MÉTODO DE APLICAÇÃO DE ARGAMASSA COLANTE
1. SUBSTRATO
A superfície utilizada como base para aplicação de argamassa colante é o emboço
sarrafeado com acabamento áspero e uma espessura mínima de 20 mm.
O assentamento das placas cerâmicas só deve ocorrer após um período mínimo de
cura da base ou do contrapiso. O assentamento das placas cerâmicas só deve ocorrer
após um período mínimo de cura da base de 7 dias sobre o emboço e de 14 dias sobre
as demais bases.
2. LIMPEZA
BASE
As bases, devem estar isentas de materiais estranhos como pó, óleos, tintas, etc. que
possam impedir a boa aderência da argamassa colante.
PEÇAS CERÂMICAS
Seu tardoz deve estar isento de pó, engobes pulverulentos ou partículas que impeçam
a sua aderência à argamassa colante.
3. PREPARAÇÃO DA ARGAMASSA
Misture a argamassa colante com água nas proporções indicadas nas embalagens;
obtendo-se com isso um argamassa sem grumos, pastosa e aderente.
4. TEMPO DE MATURAÇÃO
Para os aditivos iniciarem sua ação, a argamassa colante preparada deve ficar em
repouso por período de 15 minutos, devendo a seguir ser novamente reamassada.
5. TEMPO PARA USO DA ARGAMASSA COLANTE
O uso de argamassa colante deve ocorrer no máximo em 2 horas e 30 minutos após
seu preparo, sendo proibido após este período a adição de água ou outros produtos.
6. APLICAÇÀO DA ARGAMASSA COLANTE
Não é necessário umedecer a superfície da base para a aplicação da argamassa
colante, porém em locais sujeitos à insolação e/ou ventilação a base deve ser préumedecida; contudo sem ser saturada.
Estender a argamassa colante com lado liso da desempenadeira, formando um
camada uniforme de cerca de 3 mm a 4 mm sobre a base. A seguir, aplicar o lado
denteado da desempenadeira, em ângulo de 60 graus entre a desempenadeira e a
base, formando sulcos e cordões.
7. ÁREAS DAS PLACAS / FORMATO DOS DENTES DA DESEMPENADEIRA
Área S da supefície das
placas cerâmicas
(cm²)
S < 400
Desempenadeira formato dos dentes
(mm)
400 < S < 900
Quadrados 8 x 8 x 8
Quadrados 6 x 6 x 6
900 < S < 1.200
Quadrados 8 x 8 x 8
8. DESGASTES DOS DENTES
Quando os dentes da desempenadeira desgastarem e sua altura diminuir 1 mm, deve
ser substituída por uma nova ou a altura deve ser recomposta.
9. APLICAÇÃO DAS CERÂMICAS
Cada placa deve ser aplicada sobre os cordões de argamassa colante, ligeiramente
fora de posição. Em seguida pressiona-la arrastando-a perpendicularmente aos
cordões até a posição final. Atingida a posição final aplicar vibrações manuais de
grande frequência transmitidas pela pontas dos dedos; procurando obter a maior
acomodação possível.
Para placas cerâmicas com área igual ou superior a 900 cm² e menor que ou igual a
1.200 cm², espalhar e pentear a argamassa colante também no tardoz das placas.
Bata com martelo de borracha para garantir o bom assentamento.
10.TEMPO EM ABERTO
A área de aplicação da argamassa colante deve ser determinada para cada caso e
depende das condições locais de isolação e ventilação. Se estas forem agressivas
podem provocar a formação de película (início da secagem) sobre os cordões da
argamassa colante, reduzindo o tempo em aberto da mesma e falseando a aderência
das placas cerâmicas.
11.TESTE PRÁTICO EM OBRA
Retire uma placa cerâmica imediatamente após sua colocação, observando que o seu
tardoz deve apresentar-se totalmente impregnado de pasta de argamassa colante.
9.24
TIPOS DE JUNTAS
9.24.1 JUNTA DE ASSENTAMENTO
É o espaço necessário entre as placas cerâmicas que compõem o sistema de revestimento
cerâmico.
No assentamento das placas cerâmicas, as juntas (vazios) entre as
mesmas devem, obedecer a largura mínima recomendada pelo fabricante da
cerâmica, e de acordo com a norma NBR – 8214. Isto, para absorver parte das
tensões da placa cerâmica, afastando o risco de flambagem e também para que haja
um perfeito preenchimento do espaço vazio, pelo rejuntamento. Além disso, para
ajustar as diferenças de bitola de uma placa cerâmica para outra.
9.24.2 JUNTA DE MOVIMENTAÇÃO
É o espaço vazio necessário entre panos (painéis) no revestimento cerâmico projetado também,
para aliviar tensões geradas pelo revestimento cerâmico como um todo e, pelo
emboço. De acordo com a norma NBR-8214 é recomendada, a execução de juntas
de movimentação longitudinal e ou transversal em paredes externas com área igual
ou maior que 24 m² ou, sempre que a extensão do lado for maior que 6 m e, em
paredes internas com área igual ou maior que 32 m² ou sempre que a extensão do
lado for maior que 8 m. As juntas de movimentação devem ser aprofundadas até a
superfície do tijolo ou bloco. A largura da junta de movimentação deverá ser entre 8
a 15 mm de acordo com a norma NBR – 8214.
9.24.3 JUNTA DE DESSOLIDARIZAÇÃO
É o espaço vazio necessário, projetado para aliviar as tensões nos pontos de encontro entre:
paredes, tetos, pisos, lajes e colunas. As juntas de dessolidarização, devem ser
aprofundadas até a superfície do tijolo ou bloco, e a largura deverá ser entre 8 a 15
mm.
9.24.4
10.0
JUNTA ESTRUTURAL
É o espaço vazio já existente na estrutura de concreto da construção para acompanhar o
movimento estrutural. Essas juntas, devem ser mantidas na posição onde estiverem,
com a mesma largura em todas as camadas que constituem o revestimento.
PAVIMENTAÇÕES
10.1
Todos os contrapisos deverão obedecer às recomendações dos ítens 7.4.1 e 7.4.2.
10.1.1
Deverá ser observado todo o processo de cura com aplicação de água em todos os tipos
de piso de concreto.
10.2
Após a execução do contrapiso deverá ser executada sua regularização para
assentamento do piso, dentro do período de 48 horas.
10.3
Os pisos deverão ser executados de acordo com os desenhos de projeto, detalhes quanto
à disposição, dimensões, cores, marcas e tipos especificados no memorial descritivo.
10.4
Os pisos só deverão ser iniciados após concluídos os demais revestimentos e executadas
todas as tubulações de energia elétrica, telefonia, água, esgoto, etc, que fiquem
posicionadas sob eles.
10.5
Todos os pisos laváveis deverão ter declividade para o ralo ou porta externa no mínimo
de 0,5 %, permanecendo em nível os rodapés.
10.6
Quando se tratar de pisos constituídos por elementos discretos (ladrilhos, placas,
pastilhas, pedras) não poderá haver ressaltos entre os elementos, devendo ser
perfeitamente plana a superfície.
10.7
PISO DE CONCRETO SARRAFEADO
10.7.1
Dispensa contrapiso, porém exige base bem apiloada e seca.
solo.
10.7.2
As juntas deverão ser do tipo “junta seca”, concretando-se quadros alternados, do tipo
tabuleiro de xadrez, formando quadros nas dimensões indicadas em projeto.
10.7.3
Antes de se completar o fechamento dos quadros, aplicar nas faces laterais pintura
betuminosa, para concreto e alvenaria.
Se necessário, drenar o
10.7.4
As juntas deverão ficar perfeitamente niveladas, sem haver ressaltos entre as placas.
10.7.5
Poderão ser utilizados outros tipos de junta, quando o projeto especificar.
10.7.6
O consumo mínimo de cimento será de 300 kg de cimento por metro cúbico de
concreto, do tipo concreto estrutural. Recomenda-se que para todo o tipo de concreto
deverá ser observado o processo de cura com aplicação de água.
10.8
PISO CIMENTADO LISO
10.8.1
Preferencialmente a camada de revestimento deverá ser lançada sobre o contrapiso
impermeabilizado ainda úmido, para se processar a cura simultânea.
Estando seco o contrapiso, ele deve ter superfície rústica; caso contrário, antes de
estender a argamassa do piso cimentado, deverá ser aplicado um chapisco de cimento e
areia no traço 1:3. Antes de se estender a massa, o contrapiso deve ser energicamente
lavado para se eliminar toda a poeira e outros elementos estranhos.
10.8.2
10.8.3
Obrigatoriamente as superfícies deverão ser divididas em painéis com juntas de
dilatação que atinjam a base. A disposição das placas deve obedecer ao previsto em
projeto.
10.8.4
O acabamento seguirá as especificações do projeto, e poderá ser rústico (desempenado)
ou liso (queimado com desempenadeira metálica).
10.8.5
A argamassa a ser utilizada neste capeamento será de cimento e areia no traço 1:3.
10.9
PISOS DE LADRILHOS CERÂMICOS
10.9.1
Só será admitido emprego de ladrilhos cerâmicos de qualidade tipo A, extra, de
primeira linha.
10.9.2
Observar na especificação do projeto o tipo de P.E.I. (Procelain Enamel Institute),
recomendado para uma determinada circulação, ou seja a resistência à abrasão que o
mesmo deverá observar.
10.9.3
Existem 5 classes de resistência à abrasão a serem observadas; segundo normatização
internacional:
PEI 1 - Tráfego Leve
Banheiros e dormitórios residenciais
PEI 2 -
Tráfego Médio
Interiores residenciais de menor tráfego
PEI 3 -
Tráfego Médio - Intenso
Corredores, entradas, cozinhas residenciais
PEI 4 -
Tráfego Intenso
Lojas, lanchonetes, escolas, hospitais, escritórios
PEI 5 -
10.9.4
Tráfego Super Intenso
Áreas industriais, aeroportos, supermercados, rodoviárias
Para que um ladrilho cerâmico seja considerado de alta qualidade são necessários
vários fatores:
• Argilas, a fábrica deve ser rigorosa com a qualidade e a procedência das argilas que
formam a placa cerâmica;
• Tinta e Impressão, os desenhos e as cores de uma cerâmica são impressos pelo
sistema de SILK-SCREEN. A qualidade da tinta usada e a tecnologia avançada do
equipamento, garantem a riqueza de detalhes do desenho e a uniformidade de
tonalidade em todo o lote;
• Esmalte, a indústria química mundial tem desenvolvido esmaltes de altíssima
qualidade. O fabricante da cerâmica não pode economizar no esmalte, pois isto põe
em risco a durabilidade e a boa aparência da cerâmica, o esmalte usado deve ser,
sempre, de primeira linha. A qualidade do esmalte é que determina o P.E.I
(Porcelain Enamel Institute), da cerâmica.
•
•
•
•
Facilidade de Limpeza;
Expansão mínima por umidade;
Equipamentos de produção
Assistência técnica:
10.9.5
Após a execução do contrapiso deverá ser feita a regularização para assentamento do
piso dentro do período de 48 horas.
10.9.6
O assentamento dos pisos cerâmicos será feito com argamassa do tipo cimento colante
para pisos.
10.9.7
Os ladrilhos também poderão ser assentes, a critério da EMPREITEIRA, utilizando-se
cola pré-fabricada, cimentos colantes, ou outros similares, desde que aprovados
préviamente pela fiscalização.
10.9.8
No caso do uso de cimento colante, desempenar o contrapiso, e após seco e curado,
aplicar a pasta, em camada fina, de 1 mm a 2 mm, com desempenadeira de aço dentada,
formando estrias e sulcos que permitirão o assentamento e nivelamento das peças. Em
seguida, bate-se até nivelar, deixando juntas na largura desejada ou, no mínimo, de 3
mm a 5 mm entre as peças. Neste caso, não há necessidade de molhar a superfície a ser
revestida, nem as peças a serem aplicadas.
10.9.9
O rejuntamento deverá ser executado com argamassa de rejuntamento devendo possuir
características impermeabilizantes e anti-mofo na cor indicada em projeto, sendo
aplicado conforme recomendações do fabricante.
10.10
PISO DE PLACAS VINÍLICAS (Paviflex, Decorflex, Vinamipiso, etc)
10.10.1 O piso deve ser regularizado com argamassa de cimento e areia 1:3, nivelada e
desempenada sem queimar com cimento, na espessura 1,5 cm.
10.10.2 A nata de cimento com cola PVA (traço 1:8) será aplicada no contrapiso regularizado
perfeitamente limpo e seco. A colagem seguirá recomendações do fabricante do piso.
10.10.3 Não é permitido o tráfego antes de 3 horas da conclusão da colagem das placas.
10.11
PISO DE GRANILITE, MARMORITE
10.11.1 O lastro de cimento e areia 1:3 deverá ser perfeitamente regularizado, e com espessura
mínima de 2 cm.
10.11.2 As juntas plásticas para dilatação serão fixadas no lastro regularizado, formando
quadros de 1,20 x 1,20 m.
10.11.3 O capeamento deverá ser executado antes do endurecimento da camada regularizadora,
e terá espessura mínima de 1 cm.
10.11.4 O polimento será feito após a superfície ser estucada, e deverá ser feito mecanicamente.
10.11.5 Logo após o polimento, deverá ser aplicado cera incolor, a fim de proteger o piso.
10.12
PISOS MONOLÍTICOS DE ALTA RESISTÊNCIA
10.12.1 Os pisos de alta resistência, monolíticos (Oxicret, Korodur, etc), seguirão basicamente
as recomendações para os pisos de granilite (ítem 10.11)
10.12.2 Os agregados do capeamento deverão ter alta resistência mecânica à compressão e à
abrasão.
10.12.3 A capa, após estendida, será compactada e desempenada com desempenadeira de aço.
10.12.4 O polimento mecânico será feito 5 dias após a execução da capa.
10.12.5 PISOS CONDUTIVOS DE AGREGADO MONOLÍTICO
Será aplicado nos locais indicados, nas especificações de acabamento, piso condutivo,
constituídos por argamassas de agregados monolíticos rochosos, de alta resistência,
fundido no local ou em placas pré-fabricadas.
Após o picoteamento e limpeza de laje bruta, será colocada a malha de cobre, a qual deverá possuir
condutividade eletrostática, que atenda às exigências da “National Fire Protection Association” para pisos antiestáticos, “NFPA 56” – Padrões para uso de anestésicos inflamáveis. Deverá possuir controle anti-estático com
resistência de 25.000 voltagem de 500 VDC, apresentará alta uniformidade eletrostática de 15.000 Ohms.
A malha deverá estar conectada ao sistema de aterramento do prédio, devendo para isso
serem observados os projetos de instalações.
Quando aplicado em placas condutivas, estas serão assentadas com argamassa traço 1:4
(cimento e areia), impregnada com elemento condutivo.
A empresa responsável pela execução deverá fornecer e aplicar a malha de cobre para
ser conectada ao sistema de aterramento.
10.12.6 PISO MONOLÍTICO PRÉ-MOLDADO
O assentamento das placas pré-moldadas poderá ser feito usando-se os seguintes traços de
argamassa:
- 1:2:7 (cimento, cal em pasta e areia fina);
- 1:3:3 (cimento, areia e saibro macio);
- 1:5 (cimento e areia).
Só serão utilizadas peças perfeitamente aparelhadas com dimensões
corretas, faces visíveis, rigorosamente planas, arestas vivas, e em esquadros
sem fendas ou falhas.
As placas previamente molhadas serão comprimidas e mantidas constantemente limpas.
As juntas serão tomadas com pasta de cimento e adição de corante quando especificado,
e não deverão ser superiores a 1,5 mm.
Nos planos verticais não serão tolerados abaulamentos ou reentrâncias superiores a 10
mm em 4 metros.
10.12.7 PISO MONOLÍTICO FUNDIDO NO LOCAL
As superfícies que irão receber este tipo de revestimento, deverão obedecer às seguintes recomendações:
-
-
Limpeza de poeira e de quaisquer detritos;
Molhadura para reduzir a absorção de água da argamassa de assentamento;
Execução da camada de argamassa no traço 1:3 (cimento e areia) em espessura
condizente com a granulometria do granito empregado e das irregularidades da
parede a revestir;
Capeamento na espessura de 12 a 15 mm com o traço 1:2:5 (cimento e granito
triturado).
As juntas poderão ter lâminas de latão, cobre, vidro ou plástico e deverão ser assentes alinhadas e niveladas sobre a base, formando
painéis com dimensões convenientes, nunca superiores a 2,00 x 2,00 m.
O revestimento deverá ser submetido à cura durante seis dias, no mínimo.
Após o primeiro polimento, as superfícies deverão ser emassadas com mistura de
cimento branco e corante em tonalidade idêntica à do capeamento. O polimento final
será feito com abrasivos de grão mais fino.
10.13
PISO DE PLACAS DE BORRACHA ANTI-DERRAPANTE
10.13.1 A regularização da base será feita com argamassa de cimento e areia no traço 1:3,
perfeitamente nivelada e desempenada sem queimar.
10.13.2 Devem ser seguidas fielmente as recomendações do fabricante das placas para seu
assentamento.
10.14
PISO DE TACOS DE MADEIRA
10.14.1 Os tacos deverão estar secos, possuir estabilidade dimensional, esquadro perfeito e não
apresentar rachaduras e empenamentos.
10.14.2 A base dos tacos deverá levar asfalto, pedrisco e pelo menos três pregos tipo “asa de
mosca”, para melhor aderência.
10.14.3 O assentamento será feito com argamassa de cimento
suficientemente úmida.
e areia no traço 1:4
10.14.4 Deverão ser feitos o destocamento, lixamento, calafetação e aplicação de sinteko.
10.15 Outros tipos de pisos (cacos de mármore, de tábuas, granito, mármore, etc), seguirão as
recomendações especiais que acompanharem o projeto.
10.16
PISOS DE CONCRETO PARA QUADRAS POLIESPORTIVAS DESCOBERTAS
10.16.1 O piso da quadra será em concreto, com placas de dimensões aproximadas 2,00 x 3,00
m, espessura de 8 cm, com declividade de 0,25 % (vinte e cinco décimos por cento) a
partir do eixo longitudinal da quadra, com caimento para as laterais.
10.16.2 As formas de madeira das placas serão ripas de peroba, pinho, cedrinho ou canafístula,
com espessura de 2,5 cm, e 8 cm de altura. As ripas deverão obrigatoriamente ser
pintadas com tinta betuminosa para concreto e alvenaria, a fim de evitar absorção de
água de amassamento do concreto.
As ripas que formarão os quadros de 2,00 x 3,00 m serão apoiadas diretamente no solo,
e sustentadas através de barras de aço 3/8” de 30 cm de comprimento (cravadas no
solo) e distantes, uma da outra, no máximo 1,50 m, e em lados alternados da ripa de
madeira, mantendo-a firme.
As formas deverão ser montadas de modo que, após a concretagem da quadra, as juntas
fiquem perfeitamente alinhadas, sem interrupção. As emendas deverão ser feitas sem
superposição ou recobrimento. Uma vez assentadas, as formas deverão suportar, sem
deformação, a pressão exercida pelo concreto lançado.
Observar que entre o piso da quadra e o terreno natural circundante haverá um
“ressalto” de no máximo 3 cm de altura, conforme projeto, portanto as formas deverão
ser montadas com 3 cm dentro do terreno, e 5 cm para fora.
10.16.3 O concreto do piso da quadra será executado num dos dois traços alternativos abaixo,
conforme a areia esteja seca ou úmida:
TRAÇO DE CONCRETO PARA QUADRAS ESPORTIVAS
MATERIAIS
CIMENTO
AREIA
PEDRISCO
BRITA N. 1
ÁGUA
TRAÇO (AREIA SECA)
TRAÇO (AREIA ÚMIDA)
Para 1 saco de Para 1 m³ de Para 1 saco de Para 1 m³
cimento (50 kg)
concreto
cimento (50 kg) de concreto
1 saco
350 kg
1 saco
350 kg
0,063 m³
0,440 m³
0,081 m³
0,570 m³
0,069 m³
0,485 m³
0,069 m³
0,485 m³
0,057 m³
0,400 m³
0,057 m³
0,400 m³
29,5 l
206 l
26 l
182 l
OBSERVAÇÕES
Fator A/C = 0,59
A% = 9,5 %
Areia úmida = 4%
O piso será armado com aço CA-60, 4.2 mm, em ferros corridos, formando malha
quadrada de 15 cm de lado, sem interrupções entre as placas, podendo ser usada tela
soldada ou similar. Seguir detalhe de projeto.
Considerando-se a quadra como um tabuleiro de xadrez, teríamos, por analogia, placas
“brancas” e “pretas”. Na primeira etapa, deverão ser concretadas todas as placas da
mesma cor (“brancas” ou “pretas”). Estas, depois de endurecidas, servirão de formas
para as demais placas.
Com este processo de concretagem alternada, as placas
concretadas em primeiro lugar já terão sofrido o processo inicial de retração na ocasião
da concretagem das placas resistentes. Consequentemente as juntas de concretagem
vão resultar da retratação das placas concretadas na segunda fase, o que acarreta uma
abertura de dimensões mínimas, quase imperceptível. O concreto deverá ser lançado
logo após seu preparo, e nunca além de 30 minutos após a mistura. Proibe-se aplicação
de concreto remisturado. A concretagem de cada placa só poderá ser interrompida nas
juntas.
O concreto poderá ser espalhado em cada placa com enxada, “apertando-o” contra o
solo, e até atingir a espessura desejada de 8 cm.
10.16.4 Convenientemente adensada, a superfície receberá uma primeira regularização com
desempenadeira ou régua de madeira.
Após 30 a 45 minutos, desaparecida a água da superfície de concreto, e antes que o
concreto endureça demasiadamente, faz-se um alisamento energético da superfície, com
desempenadeira de aço, podendo-se, após esta operação, passar-se um feltro na
superfície.
O acabamento das placas, portando deve ser dado no próprio concreto, sendo proibido o
emprego de argamassa para o acabamento, sob qualquer hipótese.
Portanto, em caso de qualquer dano à superfície das placas ainda não endurecidas
(devido a ocorrência de chuvas, trânsito de pessoas ou animais ou qualquer outro
motivo), a placa danificada deverá ser removida e fundida outra em seu lugar.
É proibida a correção de defeitos com argamassa, fazendo-se um cimentado sobre a
base de concreto.
Terminado o acabamento das placas alternadas, três dias depois retiram-se todas às
formas cuidadosamente, e procede-se da mesma maneira na concretagem das placas
restantes, que confinarão com as primeiras.
Observar que deverão ser fundidos no concreto do piso os canos de encaixe das hastes
da rede de voleibol e das traves de futebol de salão.
10.16.5 A proteção do concreto fresco deverá ser feita cobrindo-se as placas recém-concretadas
com lona, plástico ou outro material adequado para a cura das primeiras horas,
evitando-se sua danificação pela chuva ou outros agentes estranhos. Antes da cura
total não deve ser permitido tráfego ou colocação de objetos sobre as placas.
10.16.6 A partir de 8 horas após o acabamento das placas, quando o concreto já estiver
endurecido, retira-se a cobertura provisória da superfície, que deverá ser mantida úmida
por 7 (sete) dias consecutivos pelo menos, mediante irrigação periódica. Recomendase deixar, durante este período, uma camada de areia úmida sobre as placas.
11.0
SOLEIRAS, RODAPÉS E PEITORÍS
11.1
SOLEIRAS
11.1.1
Em ambientes contíguos e de mesmo nível de piso, será adotado o seguinte critério para
as soleiras internas: se os pisos dos dois ambientes forem de mesma natureza, a soleira
também o será; se forem de naturezas distintas, a soleira será do mesmo material do
piso do ambiente que a contém, ou conforme especificação em projeto.
11.1.2
Quando não houver soleira entre dois ambientes cujos pisos forem de natureza distinta,
a linha divisória entre os dois pisos deverá estar exatamente na linha de projeção da
porta, encontrando-se a mesma fechada.
11.1.3
As soleiras de portas externas deverão ter inclinação para o lado de fora,
obrigatoriamente.
11.2
RODAPÉS
11.2.1
Os rodapés de cimentado serão executados com argamassa de cimento e areia 1:3.
11.2.2
Rodapés de madeira poderão ser fixados com parafusos e buchas de nylon espaçados 50
cm diretamente na alvenaria se for de tijolos maciços, ou fixados com pregos sem
cabeça em tacos de madeira trapezoidais previamente chumbados na alvenaria de tijolos
furados.
11.2.3
Rodapés de pisos monolíticos deverão concordar estar no mesmo alinhamento do
revestimento.
11.2.4
Rodapés de ambientes revestidos com pisos vinílicos não poderão ser executados com
placas curvadas do piso. Deverão ser de peças específicas especiais para rodapés,
assentadas conforme recomendação do fabricante, ou de madeira (seguir especificação
do projeto).
11.3
PEITORÍS
11.3.1
Os peitoris de elementos discretos serão assentados com argamassa de cimento e areia
no traço 1:4.
11.3.2
Peitoris externos deverão ter obrigatoriamente caimento para o lado de fora.
11.3.3
Quando não houver peitoril sob janela cujos perfis metálicos não exercerem a função de
peitoril, a argamassa de revestimento da alvenaria deverá ter caimento para o lado
externo, obrigatoriamente.
12.0
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
12.1
RECOMENDAÇÕES GERAIS
12.1.1
A execução dos serviços obedecerá rigorosamente ao projeto, especificações e detalhes
respectivos, bem como às Normas Técnicas da ABNT-NBR 5410 - Instalações Elétricas
de Baixa Tensão e outras pertinentes, Concessionária de Energia e às recomendações
deste CADERNO DE ENCARGOS.
12.1.2
Qualquer modificação necessária ou pretendida na execução ou especificações, só
poderá ser feita com prévia autorização por escrito da fiscalização da obra.
12.1.3
A execução das instalações deverá ser feita por profissionais habilitados dentro da
melhor técnica, para que preencham as condições de utilização, eficiência e
durabilidade.
12.1.4
As instalações elétricas só serão aceitas quando entregues em perfeitas condições de
funcionamento e ligadas à rede da Concessionária de Energia ou da UFMS, conforme o
caso.
12.1.5
Instalações especiais seguirão projetos detalhados e normas apropriadas (instalação de
pára-raios, cabines de transformação e medição, redes aéreas de alta tensão, iluminação
externa, iluminação específica).
12.1.6
O projeto de instalações elétricas bem como o Memorial Descritivo têm prevalência ao
Caderno de Encargos.
12.2
CAIXAS E QUADROS
12.2.1
As caixas de derivação que ficarem dentro de peças estruturais deverão ser cheias de
serragem molhada e rigidamente ligadas às formas, antes da concretagem.
12.2.2
As caixas embutidas deverão facear o revestimento das alvenarias e deverão estar
perfeitamente niveladas e aprumadas. Durante a execução do revestimento as caixas
deverão ser vedadas para evitar a entrada de argamassa.
12.2.3
Só serão abertos os olhais das caixas metálicas e quadros onde forem introduzidos
eletrodutos. Os furos adicionais necessários deverão ser executados com “serra copo”
ou limatão para que a bucha possa cobrir totalmente o furo.
12.2.4
Salvo indicação contrária em projeto, a altura das caixas em relação ao piso acabado
será de 30 cm para as caixas de passagem e tomadas baixas; 120 cm para interruptores e
tomadas médias; 225 cm para chuveiros. Estas medidas serão consideradas na parte
inferior das caixas.
12.2.5
A posição das caixas estampadas será sempre na horizontal quando se tratar de
instalação de tomadas e na vertical quando se tratar de interruptores.
12.2.6
Nas caixas estampadas que ficarem colocadas em paredes externas ou sujeitas a
umidade (em banheiros, laboratórios, cozinhas, etc) a chegada dos eletrodutos só poderá
ser feita pelo olhal superior ou pelos laterais, nunca pela borda inferior.
12.2.7
Em linhas subterrâneas os condutores obrigatoriamente passarão dentro de eletrodutos
adequados, sem que ocorram esforços de tração ou torção que prejudiquem a capa
isolante. Na interligação com linhas aéreas ou internas, deverá haver proteções
adequadas, sendo que os aparelhos de manobra do circuito não deverão ser dispostos na
parte subterrânea da instalação.
12.2.8
Os quadros de distribuição de luz e força serão confeccionados em chapa metálica,
protegidos com tratamento anti-ferrugem, pintura em esmalte sintético de secagem em
estufa ou pintura eletrostática e terão porta com chave. Deverão abrigar com folga
todos os disjuntores e chaves previstos em projeto.
12.2.9
As chaves seccionadoras devem ser instaladas de tal modo que o peso das lâminas não
tenda a ligar a corrente; estando a chave desligada deverão permanecer sem corrente as
lâminas e os fusíveis.
12.2.10 Todos os disjuntores terão indicação do circuito a que pertence, de modo que a qualquer
momento possa ser identificado. Esta identificação será feita por plaquetas metálicas
ou acrílicas aparafusadas ou coladas no espelho do quadro.
12.2.11 O fechamento do quadro (ligação dos disjuntores) deverá ser feito obedecendo a
distribuição de fases indicada em projeto.
12.2.12 Todos os condutores deverão ser identificados através de anilhas plásticas com o
número do circuito, junto aos disjuntores. As anilhas deverão ser colocadas quando
estiver sendo passado a fiação.
12.2.13 Em cada quadro elétrico deverá ser fixada externamente, na parte superior da porta,
uma plaqueta de acrílico de 75 x 35 mm, fundo preto, letras brancas, com a
denominação do quadro.
12.3
ELETRODUTOS
12.3.1
Os eletrodutos serão nas bitolas e materiais especificados no projeto e instalados de
modo a constituírem uma rede contínua de caixa a caixa, na qual os condutores possam
a qualquer tempo ser enfiados e desenfiados sem prejuízos para seu isolamento.
12.3.2
Só poderão ser executados na obra curvas em eletrodutos de diâmetro de 1/2” e de
modo que sua seção não seja reduzida nem danificada sua pintura, no caso de
eletrodutos metálicos. As curvas de diâmetro igual ou superior a 3/4” não poderão ser
feitas na obra, devendo ser pré-fabricadas e da mesma marca que os eletrodutos.
12.3.3
Eletrodutos embutidos na laje serão colocados após a conclusão da ferragem, sendo
fixados no mínimo a cada 1,5 m. A entrada dos eletrodutos nas caixas deverá ser pela
lateral das mesmas. Para laje maciça serão utilizadas caixas de fundo móvel simples e
para laje pré-moldada serão ultilizadas caixa de fundo móvel duplo.
12.3.4
Antes da concretagem as tubulações embutidas na estrutura deverão estar rigidamente
fixadas às ferragens e serão tomadas precauções para impedir entrada de nata de
cimento ou concreto no interior das mesmas.
12.3.5
Não poderão ser executados rasgos ou furos não previstos na estrutura para a passagem
de tubulações.
Caso haja necessidade, em função de alteração de projeto, a
FISCALIZAÇÃO da obra deverá autorizar.
12.3.6
Eletrodutos subterrâneos serão obrigatoriamente de PVC rígido pesado, salvo
especificação em contrário no projeto.
12.3.7
As ligações de eletrodutos às caixas de derivação e quadros de distribuição serão feitas
por intermédio de arruelas e buchas rosqueadas e fortemente apertadas.
12.3.8
A rede de eletrodutos deverá ser chumbada na parede com argamassa de cimento e areia
1:4.
12.3.9
As emendas dos eletrodutos serão feitas por luvas rosqueadas do mesmo material e
marca dos eletrodutos, devendo aproximá-los até que se toquem.
No caso de
eletrodutos metálicos, deverão ser eliminadas as rebarbas que possam prejudicar os
condutores.
12.3.10 Na fixação de eletrodutos não embutidos, os suportes adequados serão colocados a
distância tal que mantenham a rede rígida e indeformável.
12.3.11 Os eletrodutos subterrâneos deverão ter um caimento para as caixas de passagem de no
mínimo 1%, de tal forma que impeça o acúmulo de água no seu interior. Toda
tubulação subterrânea deverá ter uma profundidade mínima de 50 cm, medidos da parte
superior do eletroduto. A tubulação subterrânea só poderá ser coberta depois da
liberação do fiscal.
12.3.12 Em juntas de dilatação a tubulação deverá ser executada conforme detalhe anexo.
Observar que o eletroduto de maior bitola deverá ser colocado na primeira parte a ser
concretada e deverá ter um diâmetro que permita fácil deslizamento do eletroduto de
menor diâmetro quando a junta de dilatação trabalhar. Prever uma perfeita vedação
dos eletrodutos quando da execução da concretagem para impedir a entrada de nata de
concreto. O eletroduto de menor diâmetro deverá estender-se até a caixa de onde parte
o eletroduto de maior seção.
12.4
CONDUTORES
12.4.1
A instalação dos condutores só será efetuada após estar completamente terminada a rede
de eletrodutos, concluído o acabamento do piso e ter sido feita a limpeza e secagem das
tubulações com bucha de tecido.
12.4.2
Para facilitar a enfiação, os condutores poderão ser lubrificados com vaselina ou pó
industrial, recusando-se outros lubrificantes.
12.4.3
Qualquer emenda dos condutores só poderá ser feita dentro das caixas, não sendo
permitidas emendas dentro de eletrodutos.
As emendas serão envoltas em fita de
borracha até atingir a espessura do isolamento do condutor e recobertas com fita
isolante.
12.4.4
Para os condutores de seção 6 mm² ou maiores, as emendas e ligações só poderão ser
feitas através de conectores de pressão.
12.4.5
Os condutores não colocados dentro de eletrodutos serão presos a isoladores espaçados
no máximo 1,50 m e a distância entre os condutores será superior a 6 cm. A altura
mínima em relação ao piso será 2,20 m, salvo descidas a interruptores e tomadas de
corrente. A amarração dos condutores aos isoladores será feita com fios isolados e com
diâmetro compatível com as dimensões do isolador e seção do condutor. As derivações
serão distantes dos isoladores no máximo 15 cm. Nas travessias de paredes, pisos e
tetos, os condutores serão protegidos por um conduto que apresente suficiente rigidez
mecânica.
12.4.6
Nas distribuições aéreas exteriores os condutores terão isolamento a prova de tempo e
serão presos a isoladores apropriados distantes no máximo 20 m entre si. As emendas
serão isoladas por fita isolante a prova de tempo. Os condutores ficarão a uma altura
mínima de 4 metros em relação ao piso, guardando entre si distância mínima de 15 cm.
No caso de travessias sobre passagem de veículos, a altura mínima deverá ser de 5,5 m.
As derivações só poderão ser executadas a uma distância máxima de 20 cm dos
isoladores. Na ligação de uma linha aérea exteriror à instalação interna do prédio, os
condutores deverão ser dispostos em forma de pingadeira.
12.4.7
Os cabos dos ramais alimentadores não devem ter emendas, sendo em um só lance a
partir do quadro de distribuição geral até os demais quadros, devendo ser deixada uma
folga (em torno de um metro) na primeira e na última caixa de passagem.
12.4.8
Todos os condutores de seção 6 mm² e superiores deverão ser constituídos por cabos,
não sendo permitido utilização de fio.
12.4.9
Os condutores empregados nas instalações subterrâneas externas as edificações terão
isolamento para 0,6 /1KV, exceto os condutores neutro e terra que poderão ser para
750V.
Os condutores para instalação interna as edificações terão isolamento para 750V.
12.4.10 Os condutores deverão formar trechos contínuos de faixa a caixa, as emendas e
derivações deverão ficar colocadas dentro das caixas, e ser cobertas com fita até
adquirir o nível de isolamento original.
12.4.11 Todos os condutores até seção 4 mm² inclusive, deverão obedecer a padronização de
cores, conforme tabela a seguir. Tal padronização será exigida pela fiscalização para
aceitação das instalações da obra, salvo indicação contrária.
COR
vermelha
azul claro
verde
branco
CONDUTOR
fase
neutro
terra
retorno
SEÇÃO MÍNIMA
2,5 mm²
2,5 mm²
2,5 mm²
2,5 mm²
12.4.12 Os cabos dos ramais alimentadores não devem ter emendas, sendo em um só lance,
devendo ser deixado uma folga (em torno de um metro) na última caixa de passagem.
12.5
INTERRUPTOES E TOMADAS
12.5.1
As fixações dos interruptores, tomadas, campainhas, etc, nas caixas estampadas, serão
feitas somente através de parafusos metálicos zincados.
12.5.2
A fixação dos espelhos de tomadas, interruptores, espelhos cegos, etc, será sempre feita
com parafusos de latão cromados.
12.5.3
Todas as tomadas instaladas em 220 volts deverão possuir indicação da tensão, através
de etiquetas auto-adesivas de dimensões mínimas 3 x 6 cm, com inscrições em preto e
fundo amarelo fixadas na parede acima da tomada.
12.5.4
Os interruptores e disjuntores deverão desligar sempre o fio fase e nunca o neutro.
12.5.5
As tomadas em 127 V com terra deverão ser ligadas de forma que a localização de fase,
neutro e terra em sua parte frontal seja:
NEUTRO
FASE
TERRA
12.5.6
Os interruptores e tomadas adjacentes às portas deverão ser intalados no máximo a 20
cm da face interna do vão e nas alturas indicadas no projeto.
12.5.7
As tomadas de piso deverão possuir tampa e sobretampa em latão polido com excelente
acabamento, montadas em caixa de alumínio fundido, dotadas de parafusos e anel de
regulagem para nivelação da tampa no piso e juntas vedadoras de borracha.
No local onde será instalada a tomada, o piso deverá ser recortado de forma a permitir o
perfeito nivelamento da tampa bem como a caixinha de alumínio deve ser assentada
numa altura que favoreça este nivelamento.
Não serão aceitas sob qualquer hipótese quaisquer tomadas que não atendam as
características citadas.
12.6
PARA RAIOS
As instalações do sistema de proteção contra descargas atmosféricas serão executadas
de acordo com o projeto, memorial descritivo e a norma NBR-5419 - Proteção de
estruturas contra descargas atmosféricas.
12.7
ATERRAMENTO
12.7.1
O aterramento de pára-raios, cabines de força e subestações será executado conforme
projeto, exigindo-se que a resistência nunca ultrapasse 10 ohms, aumentando-se para
isso o número de hastes de terra além do previsto em projeto, se necessário,
comunicando o fato à FISCALIZAÇÃO. Não será aceito tratamento químico do solo
para diminuir a resistência de terra.
12.8
TESTES
A contratada deverá efetuar medição da resistência de terra na presença do fiscal da
DPO/UFMS.
13.0
INSTALAÇÕES TELEFÔNICAS
13.1
A execução da instalação de telefones obedecerá rigorosamente aos projetos,
especificações e detalhes respectivos, bem como às Normas Técnicas da ABNT e da
Concessionária de Telecomunicações.
13.2
Havendo necessidade de qualquer alteração, esta só poderá ser executada após
autorização por escrito da FISCALIZAÇÃO da obra.
13.3
A execução das instalações deverá ser feita por profissionais habilitados, para que estas
preencham as condições de utilização, eficiência e durabilidade.
13.4
Deverão ser observados todos os ítens deste CADERNO DE ENCARGOS que se
referem às tubulações de instalações elétricas (ítem 12.3).
13.5
Todos os fios e cabos deverão ser fechados nos quadros através de blocos de ligação
interna BLI, sendo devidamente identificados.
13.6
O projeto de instalações telefônicas bem como o memorial descritivo têm prevalência
ao Caderno de Encargos.
14.0
INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS
14.1
A execução das instalações hidro-sanitárias obedecerá fielmente aos projetos, memorial
descritivo e detalhes fornecidos, às recomendações e prescrições dos fabricantes para os
diversos materiais, bem como às Normas Técnicas da ABNT, da SANESUL, do
CORPO DE BOMBEIROS e às recomendações deste CADERNO DE ENCARGOS.
14.2
Havendo necessidade de qualquer alteração, esta só poderá ser executada após
aprovação da FISCALIZAÇÃO, e a EMPREITEIRA deverá apresentar, no final dos
trabalhos, relatório e/ou desenho atualizado das instalações, conforme ítem 1.26 do
CADERNO DE ENCARGOS.
14.3
Os serviços deverão ser executados por profissionais habilitados e empregando-se
equipamentos e ferramentas adequadas para garantir segurança e perfeição do trabalho.
14.4
INSTALAÇÃO DAS TUBULAÇÕES EM GERAL
14.4.1
As extremidades das tubulações em geral são vedadas com plugs ou tampões, que só
serão removidos na ocasião da ligação definitiva dos equipamentos sanitários.
14.4.2
Todas as instalações hidráulicas serão submetidas à provas e ensaios realizados na
presença da FISCALIZAÇÃO sendo que as de água serão submetidas a uma pressão
hidrostática no mínimo igual a 2 vezes a pressão normal de serviço, não devendo
ocorrer a menor perda de pressão num período de pelo menos 12 horas. As redes de
esgoto serão submetidas às provas de fumaça e alcatrão.
14.4.3
Não serão admitidas tubulações de chumbo, a não ser em casos excepcionais, a juizo da
FISCALIZAÇÃO ou em casos especiais previstos no projeto.
14.4.4
Buchas, bainhas ou caixas deverão ser deixadas na estrutura, por ocasião da
concretagem, para a passagem de tubulações nos elementos estruturais.
14.4.5
Tubulações embutidas em alvenaria, até o diâmetro 1.1/2” inclusive, serão fixadas pelo
enchimento total do vazio restante dos rasgos, com argamassa de cimento e areia no
traço 1:4.
Quando o diâmetro da tubulação for superior a 1.1/2”, além da argamassa de
enchimento deverão haver grapas de ferro redondo, fino, envolvendo a tubulação, em
número e espaçamento adequados para manter inalterada sua posição.
14.4.6
As tubulações aparentes deverão ser inteiramente pintadas em cores que as identifiquem
(ABNT ou DIN) e serão fixadas por meio de braçadeiras adequadas. Possuindo
distancias compatíveis com os diametros.
14.4.7
O fundo de vala deverá ser bem apiloado antes do assentamento da tubulação enterrada,
que deverá ser assentada sobre um berço de concreto simples, magro, com espessura
média de 5 cm. O berço de concreto só poderá ser dispensado com autorização da
FISCALIZAÇÃO, caso entenda que o terreno é suficientemente firme e estável. As
tubulações de aço galvanizado enterradas receberão obrigatoriamente pintura do tipo
tinta betuminosa para concreto e alvenaria ou asfalto quente.
14.4.8
Os tubos do tipo ponta e bolsa serão assentados sempre de jusante para montante. As
bolsas devem ficar voltadas para o lado mais alto.
14.4.9
O preenchimento da vala de tubulação será feito com arenito, em camadas de 20 cm de
altura, molhadas e apiloadas com cuidado.
14.4.10 O corte de tubulação de aço ou PVC será feito em seção reta, e só será rosqueado o
comprimento que ficar dentro da conexão.
14.4.11 A junta deve garantir perfeita estanqueidade à passagem de sólidos, líquidos ou gases.
- A ligação de cano de aço galvanizado com cano de chumbo deve ser feita através de
unho de cobre ou latão, com rosca na extremidade de aço galvanizado e solda na
extremidade do cano de chumbo.
- As juntas de canalizações de manilhas de barro vidrado, cimento amianto ou ferro
fundido com canalizações de manilha de barro vidrado ou cimento-amianto, serão
feitas com corda alcatroada e asfalto preparado.
- As juntas de tubos de concreto serão executadas com argamassa de cimento e areia
1:3.
- A junta de canalização de ferro fundido em rede rígido será feita com estopa ou
cordalcatroada e chumbo derretido rebatido posteriormente.
-
A junta de canalização de ferro fundido tipo HL, será do tipo elástico, usando-se os anéis adequados
fornecidos pelo fabricante dos tubos.
-
Na junção de canalização de PVC rígido com canalização de ferro fundido ou
cimento- amianto, serão usados adaptadores adequados fornecidos pelos fabricantes
de tubos de PVC.
Na ligação de tubulação de PVC rígido com metais em geral, serão utilizadas
conexões com bucha de latão rosqueada fundida na peça (tipo R,B).
Os tubos de PVC marrom, para água fria, do tipo soldáveis, serão colados com o
adesivo plástico apropriado, após limpas as extremidades com a solução limpadora
específica.
Os tubos de PVC tipo esgoto (para esgoto primário, secundário, águas pluviais, etc)
serão unidos com cola (adesivo plástico, após solução limpadora) ou anés de
borracha, no caso de conexões elásticas.
As juntas de canalizações de aço galvanizado serão feitas com estopa e tinta zarcão.
As juntas de canalizações de PVC rígido rosqueáveis serão feitas com aplicação de
fita “VEDA-ROSCA”.
As juntas de canalização de cobre serão feitas com conexões apropriadas de latão ou
cobre, contendo solda no canal interno, sendo a soldagem feita por calor, após
lixamento aplicação da pasta conforme recomendação do fabricante.
-
-
-
-
14.4.12 Quando a EMPREITEIRA tiver dúvidas sobre a qualidade e resistência do terreno,
julgando que o mesmo não permite a estabilidade e a estanqueidade da rede, deverá
comunicar o fato à Fiscalização, para estudo de mudança de traçado, especificações de
materiais ou proteção adequada.
14.5
ÁGUAS PLUVIAIS
14.5.1
A rede de águas pluviais nunca deverá ser ligada à rede de esgotos.
14.5.2
Quando não houver especificações, as calhas, rufos, rincões e colares de ligação calha condutores, serão executados em chapa galvanizada n. 24, protegida com duas demãos
de agente anti-ferruginoso à base de betume. Para sua fixação ao madeiramento serão
empregados pregos de latão, com cabeças recobertas com solda de estanho.
14.5.3
As telhas de beiral deverão ter recobrimento mínimo de 8 cm sobre a calha, de modo a
evitar infiltração por retorno de água.
14.5.4
O serviço de colocação de calhas deverá anteceder ao da colocação provisória de telhas,
e deverá estar concluído antes dos arremates finais da cobertura, ocasião em que serão
exigidos os testes para verificação de declividades corretas e de perfeita estanqueidade
nas emendas.
14.5.5
As emendas nos elementos de chapa metálica serão executadas por rebitagem e
soldagem, devendo as superfícies de soldagem serem previamente limpas e estarem
isentas de graxas. Nas calhas de PVC rígido, a emenda se fará por encaixes e soldagem
de acordo com indicações do fabricante, usando-se neste caso as peças especiais
adequadas, tais como cantos e terminais, descidas e junções.
14.5.6
Deverão ser previstas juntas de dilatação nas calhas a cada 20,00 m no máximo (quando
em chapas de aço galvanizado), ou de 10,00 m no máximo, quando em chapas de cobre.
A junta será feita com separação completa de lances de calha e com sobreposição (na
junção dos lances), executada com chapa do mesmo material da calha ou com placa de
chumbo de modo a evitar infiltração na referida junção.
14.5.7
Os condutores deverão ser executados, sempre que possível, numa só prumda.
Havendo necessidade de desvios na prumada, o trecho de desvio deverá ter peça para
inspeção. Deverá ser observada a declividade mínima de 5% em trechos não verticais,
a menos de indicação contrária em projeto.
14.5.8
Os condutores, quando executados em tubos de PVC rigídos Série R, serão do tipo
ponta e bolsa, com anel de borracha, não sendo permitido o emprego de tubo de PVC
rígido, quando o condutor for aparente.
14.5.9
Todos os condutores terão em sua extremidade inferior curva 87° 30' reforçada para pé
de coluna (inclusive os condutores de PVC rígido), para despejo livre das águas pluviais
ou para ligação do condutor à rede coletora subterrânea, a menos de indicação contrária
em projeto.
14.5.10 As canaletas serão executadas em concreto simples de 300 kg de cimento/m3 de
concreto, com junta de diltação a cada metro de comprimetno, acabamento liso, e com
declividade mínima de 0,5%.
14.5.11 Nos trechos onde houver trânsito de pessoas ou veículos sobre canaletas, deverá ser
prevista a colocação de grelhas de ferro fundido ou perfilado de aço.
14.5.12 Quando o terreno apresentar condições que permitam às águas pluviais livres provocar
erosão, deverão ser previstas medidas adequadas, tendo em vista solução racional e
econômica, tais como:
- Valeteamento para afastamento de enxurrada.
- Plantação de grama para estabilização de taludes.
- Drenagem, etc.
14.5.13 A rede coletora poderá ser executada em tubos de cerâmica vidrada, ferro fundido,
concreto simples ou armado, observados as normas e especificações referentes ao
emprego de tubulações em instalações hidro-sanitárias.
14.5.14 O espaçamento entre caixas de inspeção ou poços de visita não deverá ser superior a
20,00 m.
14.5.15 A não ser em casos excepcionais, a juízo da FISCALIZAÇÃO, não será permitida a
ligação direta de águas pluviais a galerias públicas.
14.5.16 O encaminhamento das águas pluviais a sarjetas públicas será feito, no trecho do
passeio público, em canalização de ferro fundido de diâmetro 4”, construída sob o
mesmo e arrematada na guia por intermédio de gárgulas de ferro fundido.
14.5.17 A ligação acima descrita deverá ser antecedida por caixa de distribuição, executada em
alvenaria de tijolos revestida com argamassa de cimento e areia 1:3, localizada junto ao
alinhamento da via pública.
14.6
ÁGUA FRIA
14.6.1
As canalizações de água fria não poderão passar dentro de fossas, sumidouros e caixas
de inspeção, nem assentes em valetas que contenham tubulações de esgoto.
14.6.2
O diâmetro mínimo para tubulações, mesmo para sub-ramais, será de 3/4”.
14.6.3
A ligação da instalação predial de água à rede pública, será executada pela SANESUL,
por solicitação da EMPREITEIRA, mediante pagamento por parte desta de todas as
despesas decorrentes desta ligação.
14.6.4
O cavalete, assim como o trecho que o liga ao reservatório, será executado com tubo de
aço galvanizado de diâmetro mínimo de 1”.
14.6.5
Nenhum prédio será abastecido diretamente pela rede pública, sendo o suprimento
regularizado, sempre por meio de reservatórios.
14.6.6
As tampas de inspeção dos reservatórios deverão ser bem vedadas e construídas de
maneira a evitar contaminação da água reservada.
14.6.7
Todo reservatório deverá dispor de canalizações de extravasor e de limpeza. A saída
do extravasor deverá ser protegida com uma tela de cobre, a fim de evitar a entrada de
insetos e pequenos roedores.
14.6.8
Os reservatórios de água deverão ter as dimensões indicadas em projeto, com paredes
lisas e perfeitamente estanques, impermeabilizadas segundo as normas específicas do
projeto ou memorial.
14.6.9
Quando necessária à instalação elevatória, esta deverá conter os seguintes acessórios:
Na sucção:
- Crivo
- Válvula de retenção
- Registro de comando (gaveta amarelo)
- Reduções excêntricas
No recalque:
- Reduções excêntricas
- Válvula de retenção
- Juntas elásticas de acoplamento
- Registros de comando (gaveta, amarelos)
14.6.10 As curvas de sucção e recalque serão de raio longo.
14.6.11 A descarga da tubulação de recalque no reservatório superior deverá ser livre.
14.6.12 A pressão de serviço mínima no topo das colunas será de 0,5 m.c.a.
14.6.13 A tubulação do barrilete não se apoiará diretamente sobre a laje do forro, mas sim sobre
pequenos pilares com altura de 30 cm e colocadas a cada 3,0 m, a menos de indicação
contrária em projeto.
14.7
ÁGUA QUENTE
14.7.1
A alimentação do aquecedor não poderá ser feita por ligação direta à rede pública.
Dar-se-á preferência à alimentação por reservatório superior de distribuição de água
fria.
14.7.2
Em instalações de água quente, somente poderão ser utilizadas tubulações e conexões
de cobre e registros do tipo de pressão, de bronze, com vedação de metal contra metal.
Deverá utilizar-se juntas de expansão conforme projeto.
14.7.3
As tubulações de água quente embutidas serão isoladas termicamente com argamassa de
nata de cal e amianto em pó, na espessura conveniente.
14.7.4
As tubulações de água quente não embutidas deverão ser isoladas com calhas de lã de
vidro ou lã de rocha, com espessura de 2”, envolvidas por lâminas de alumínio
corrugado e papel Kraft, presas por braçadeiras de chapa galvanizada.
Antes de serem isoladas, as tubulações de água quente deverão ser lentamente cheias de
água para total expulsão do ar.
14.7.5
14.7.6
As canalizações de água quente deverão sempre ser protegidas, especialmente na
existência de outras canalizações contíguas (água fria, eletricidade, gases, etc).
14.7.7
As canalizações de água quente não deverão ter ligações diretas com canalizações de
esgotos sanitários e, quando enterradas, deverão ser devidamente protegidas contra
eventual infiltração de água, não podendo passar dentro de fossas, poços absorventes,
poços de visitas e caixas de inspeção.
14.7.8
Dever-se-á prever, na instalação de água quente, registro de passagem no início de cada
coluna de distribuição e, em cada ramal, no trecho compreendido entre a respectiva
derivação e o primeiro sub-ramal.
14.8
ESGOTO
14.8.1
As redes de esgoto não deverão ser assentes sobre reservatórios de água, depósitos de
gelo, locais alimentícios, ou dutos de ar condicionado.
14.8.2
As redes de esgoto deverão ser executadas com declividade uniforme entre caixas de
inspeção consecutivas, não formando depressões que permitam formação de depósitos
no interior das canalizações.
14.8.3
Todos os aparelhos deverão ser instalados de modo a permitir fácil limpeza e remoção,
bem como evitar a possibilidade de contaminação de água potável.
14.8.4
Todas as mudanças de direção na tubulação de esgoto deverão estar previstas com
dispositivos de inspeção.
14.8.5
As caixas sifonadas terão grelhas do tipo parafusável à caixilhos chumbados sobre as
caixas, acabamento cromado, e poderão ser de chapa de cobre, ferro fundido, cerâmica
vidrada ou PVC. O emprego da cada tipo deverá ser especificado em projeto.
14.8.6
A instalação de caixas sifonadas e de sifões sanitários se fará de maneira a observar:
- Nivelamento e prumo perfeitos;
- Estanqueidade perfeita nas ligações aparelho-sifão e sifão-ramal de descarga ou de
esgoto.
14.8.7
Os ramais de descarga poderão ser executados em tubos de aço galvanizado, de ferro
fundido ou de PVC. A indicação de material a ser usado deverá estar especificada em
projeto.
14.8.8
Os tubos de queda deverão ser verticais e, se possível, com uma única prumada.
Havendo necessidade de mudança de prumada, usar-se-ão conexões de raio longo.
14.8.09 Deverá ser prevista inspeção com visita - tubo radial - na extremidade inferior do tubo
de queda.
14.8.10 Todo tubo de queda deverá prolongar-se, verticalmente, até acima da cobertura,
constituíndo-se um ventilador primário.
14.8.11 Os tubos de queda, poderão ser executados em ferro fundido ou PVC rígido.
14.8.12 A canalização de ventilação deverá ser instalada de forma que:
- Não tenha acesso a ela qualquer despejo de esgoto;
- Qualquer líquido que nela ingresse possa escoar por gravidade, até o tubo de queda,
ramal
de descarga ou deconector em que o ventilador tenha origem.
14.8.13 O trecho de ventilador primário que fica acima da cobertura do edifício deverá medir,
no mínimo:
- 0,30 m no caso de telhado ou de simples laje de cobertura;
- 2,00 m nos casos de laje utilizada para outros fins, além de cobertura.
14.8.14 A extremidade aberta de um tubo ventilador situado a menos de 4,00 m de distância de
qualquer janela, mezamino ou porta, deverá elevar-se, pelo menos 1,00 m acima da
respectiva verga superior.
14.8.15 A ligação de um tubo ventilador a uma canalização horizontal deverá ser feita, sempre
que possível, acima do eixo da tubulação, elevando-se o tubo ventilador verticalmente,
ou com o desvio máximo de 45G da vertical, até 0,15 m acima do nível máximo da água
no mais alto dos aparelhos servidos, antes de desenvolver-se horizontalmente ou de
ligar-se a outro tubo ventilador.
14.8.16 A ventilação poderá ser executada em tubos de fibrocimento, de ferro fundido ou PVC
rígido.
14.8.17 Os sub-coletores poderão ser executados com tubos de cerâmica vidrada ou de ferro
fundido. Quando não houver especificação no projeto, serão executados em PVC.
14.8.18 As caixas de inspeção deverão atender à dimensões constantes do projeto e ao material
especificado.
Serão sempre impermeabilizadas internamente pelo sistema de
argamassa rígida, argamassa de cimento e areia 1:3 com adição de hidrófugo tipo
mastique elástico de 1 componente a base de poliuretano ou impermeabilizante para
concreto e argamassas após chapisco da superfície, e pintura com duas demãos de tinta
betuminosa para concreto e alvenaria.
No fundo deverá ser moldada meia-seção do condutor que aí passa, na mesma
declividade que o coletor, para não se formarem depósitos no fundo da caixa.
A tampa deve permitir fácil remoção e permitir perfeita vedação. No caso da caixa ser
executada em área edificada, a tampa deverá estar no nível do piso acabado e será
revestida com o mesmo material do piso. As juntas serão vedadas com filete de asfalto.
14.8.19 As caixas de gordura serão internamente impermeabilizadas com sistema de argamassa
rígida. O fecho hídrico será, no mínimo, de 5 cm, e a declividade do fundo será de
10%.
14.8.20 As fossas sépticas deverão ter afastamento mínimo de 20,00 m de qualquer manancial.
O fundo do sumidouro deverá sempre ficar, no mínimo, 1 metro acima do lençol
freático; caso o volume previsto em projeto, para o sumidouro, exija maior
profundidade, será executado outro sumidouro, interligado à mesma fossa séptica,
através de uma caixa de distribuição situada entre a fossa séptica e os sumidouros.
14.9
INCÊNDIO
14.9.1
As caixas de incêndio deverão atender às especificações da ABNT e do Corpo de
Bombeiros, serem pintadas de vermelho e possuirem, bem visível, a inscrição
“INCÊNDIO”, no visor de vidro.
14.9.2
As tubulações para rede de adução poderão ser de aço galvanizado ou de ferro fundido.
Nos casos não especificados será de aço galvanizado.
14.9.3
Os registros de comando de paragem à saída dos reservatórios ou no comando de
instalações de recalque, serão do tipo de gaveta, de bronze.
14.9.4
As válvulas de retenção serão do tipo horizontal, fabricadas em bronze.
14.9.5
Os registros para hidrantes serão do tipo globo (de pressão) com saída lateral inclinada,
boca na direção do volante, munido de união de engate rápido, de tipo aprovado pelo
Corpo de Bombeiros (engate Storz).
14.9.6
O registro de recalque será instalado no passeio em local próximo à entrada do prédio e
terá o diâmetro de 2.1/2”.
Será do tipo de tampão globo, dotado de adaptador de
engate rápido. Será colocado em caixa de alvenaria embutida no passeio, com tampo
de ferro fundido, identificável pela expressão “INCÊNDIO”. A boca do registro não
deverá situar-se a uma profundidade maior que 0,15 m da borda da caixa.
14.9.7
Os abrigos para mangueira serão em chapa de aço n. 16, moldura ajustável à parede
onde se encaixa. A tampa deverá ter ventilação adequada e visor de inspeção com a
inscrição “INCÊNDIO”.
Serão providos de suporte apropriado para abrigar a
mangueira e esguicho.
14.9.8
Os extintores a ser empregados deverão ter inscrito no corpo, a expressão
“APROVADO PELA ABNT”.
14.9.9
Os extintores de incêndio do tipo cilindro deverão ser entregues com carga nova, data
marcada para a recarga nova, data marcada para a recarga e informações sobre seu uso
no combate ao fogo.
14.9.10 O tipo de extintor a ser utilizado deverá ser adequado à característica do incêndio a ser
combatido.
15.0
COBERTURA
15.1
Os telhados são construções destinadas a proteger os edifícios da ação das intempéries,
constituindo também um remate de sensível importância estética.
15.1.1
Os telhados serão executados de acordo com o projeto e seus detalhes, respeitando-se as
características dos materiais especificados, recomendações dos fabricantes de telhas
quanto a caixamentos, recobrimentos, vãos, beirais, elementos de fixação.
15.1.2
Elementos componentes - O telhado compõe-se da cobertura, da armação e dos
condutores de águas pluviais. A cobertura é verdadeiramente o elemento de proteção,
servindo a armação de apoio e os condutores para o afastamento conveniente das águas
pluviais.
15.1.3
Forma dos telhados - Os telhados são constituídos por uma ou mais superfícies que
podem ser planas, curvas ou mistas.
As superfícies planas são as mais comuns, encontrando-se as curvas nos telhados
cônicos, nas cúpulas e em alguns edifícios industriais e as mistas em certas construções
pitorescas.
Essas superfícies são denominadas águas e conforme o seu número, temos os telhados
de uma água, vulgarmente conhecidos por alpendres, os de duas, de três, de quatro e
mais águas.
15.2
ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA COBERTURAS
15.2.1
As estruturas de madeiras para os telhados devem atender as recomendações da NB-11
(ABNT).
15.2.2
A madeira utilizada para a estrutura do telhado deverá ser peroba rosa, peroba do campo
ou massaranduba, sem nós, brocas ou outros defeitos que possam comprometer sua
resistência; na ocasião do uso devem estar bem secas e não apresentar empenamento ou
distorções, nem ataques de carunchos e cupim.
15.2.3
As terças só poderão ser emendadas sobre apoios.
15.2.4
As superfícies das conexões e emendas deverão ser tão simples quanto possível, com
contorno definido e perfeito ajuste das faces em contato.
15.2.5
As ligações da linha da tesoura com as asnas e o pendural devem levar estribos ou
braçadeiras de ferro aparafusados, podendo ainda serem executadas com tacos de
peroba (espessura 2,5 cm) com cavilha de ipê ou cabreúva de 2,0 cm.
15.2.6
Quando necessário emendas na linha da tesoura, serão executadas com talas de chapa de
madeira ou metal, fixadas com parafusos de ferro com diâmetro mínimo de 1/2”, ou
cavilhas de ipê ou cabreúva de 3/4”, no mínimo.
15.2.7
Todos os cortes, furos, escavações e ranhuras objetivando ligações entre as peças de
madeira serão feitos com máquinas e ferramentas apropriadas.
15.2.8
Não poderá haver tala única solidarizando as duas peças sujeitas a flambagem nas
tesouras duplas.
15.2.9
IMPORTANTE: verificar imunização de madeiras de estrutura de telhados no ítem
“TRATAMENTOS” deste CADERNO DE ENCARGOS.
15.3
ESTRUTURAS DE AÇO PARA COBERTURAS
15.3.1
As estruturas de aço obedecerão as recomendações da NB-14 (ABNT), e devem seguir
o projeto quanto aos perfis, emendas, contraventamentos, aparelhos de apoio, etc.
15.3.2
Todas as peças deverão ser levadas ao canteiro da obra já protegidas com demão de
tinta anticorrosiva, aplicada após cuidadosa remoção de todos os pontos de ferrugem,
lixadas e esmerillhadas as soldas.
15.3.3
Na ocasião do posicionamento das peças estruturais em suas posições definitivas,
devem ser tomadas precauções para que as peças não sejam submetidas a esforços não
previstos no seu dimensionamento.
15.3.4
A pintura final da estrutura metálica só será feita após a conclusão da montagem de
todos os seus elementos.
15.4
ESTRUTURAS DE CONCRETO PARA COBERTURAS
15.4.1
As estruturas de concreto armado para coberturas obedecerão a NB-1 e às
recomendações deste CADERNO DE ENCARGOS que forem pertinentes, nos itens 6
(ESTRUTURA).
15.5
COBERTURAS DE FIBROCIMENTO
15.5.1
As coberturas de fibrocimento deverão ser executadas com todos os acessórios
recomendados pelo fabricante (pingadeiras, tampões, placas de contraventamento, etc),
independente de omissão no projeto.
15.5.2
No caso de dúvida entre os detalhes do projeto e recomendações do fabricante de telhas,
prevalecerão as condições mais rígidas, a critério da FISCALIZAÇÃO.
15.5.3
Deverão ser tomadas todas as precauções para o transporte e estocagem das telhas,
seguindo-se rigorosamente as recomendações dos fabricantes.
15.5.4
A colocação de telhas de fibrocimento deverá seguir rigorosamente as instruções do
fabricante, contidas nos manuais técnicos, no que diz respeito ao sentido de colocação
em relação aos ventos dominantes, sobreposição de telhas, cumeeiras e outros
acessórios, caimentos mínimos, vãos livres, balanços permitidos, fixação das peças com
elementos de fixação adequados, cortes das peças, etc. Serão recusadas todas as peças
que se apresentem defeituosas (trincadas, fletidas, etc).
15.5.5
15.5.6
Os furos executados na cobertura para passagem de tubulações, aspiradores, etc,
deverão ser acabados com saias em chapa de ferro galvanizado n. 24, com gola de no
mínimo 10 cm.
Todas as peças metálicas de fixação deverão ser galvanizadas, e parafusos, arruelas de
chumbo e outras peças que exijam furação deverão receber massa de vedação em
quantidade suficiente para provocar extravasão.
15.5.7
Não serão admitidos furos executados a prego ou punção.
Todos os furos para
recepção de parafusos deverão ser executados nas cristas de ondulações com o emprego
de brocas adequadas.
15.5.8
O trânsito de pessoas sobre a cobertura deverá ser feito sobre tábuas colocadas no
sentido transversal às ondulações.
15.5.9
Os telhados deverão sempre ser entregues limpos de restos e entulhos e perfeitamente
varridos. Os acessórios metálicos deverão ao final serem pintados com demão de
zarcão.
15.6
COBERTURAS DE ALUMÍNIO
15.6.1
O dimensionamento das telhas será decorrência do vão a vencer, procurando-se,
sempre, alcançar esse resultado, com uma única peça, de modo a evitar-se a existência
de junta transversal.
15.6.2
O recobrimento longitudinal será de uma onda e meia, ficando a parte superior desse
recobrimento na direção predominante do vento.
15.6.3
A colocação das chapas será feita dos beirais para as cumeeiras, sendo o sentido da
montagem contrário ao dos ventos dominantes.
15.6.4
Deve-se utilizar, de preferência, elementos de fixação de alumínio. Quando se utilizar
elementos de fixação de aço, estes serão galvanizados, obedecendo aos MB-25-1/90 a
MB-25-IV/90 NBR 7397 a 7400 da ABNT.
15.6.5
É expressamente proibido o emprego de elementos de fixação de cobre ou de liga de
cobre.
15.6.6
Telhas de alumínio, quando estocadas ao tempo, deverão ser empilhadas com caimento
mínimo de 3%. Na cobertura, não poderão ter contato com peças metálicas, sendo
isoladas com fitas adesivas plásticas, neoprene ou similares.
15.7
COBERTURA DE AÇO GALVANIZADO OU FOSFATIZADO
15.7.1
As peças de cobertura serão resinadas em chapa de aço galvanizado.
15.7.2
Para evitar emendas, haverá preferência pelo emprego de peças com o comprimento do
vão.
15.7.3
As telhas de aço são fabricadas a partir de bobinas de aço zincado da CSN
(revestimento tipo B250g/m²) obedecendo especificação da NBR 7008-ZC da ABNT e
segundo normas da ASTM e DIN.
15.7.4
O sistema de pré-pintura nas telhas de aço será pelo processo “COIL-COATING”
KROMA, que assegura proteção anti-corrosiva e cor uniforme. Neste sistema, as
bobinas de aço zincado, são limpas com desengranxante alcalino, escovas abrasivas e
jatos de água quente. Em seguida, a fosfatização, que protege a pintura contra o
empolamento e, posteriormente, a passivação, cujo objetivo é transformar a superfície
da chapa em não metálica. A partir daí, a chapa é pintada com primer epóxi em ambas
as faces e, finalmente, a pintura, onde a chapa receberá a proteção definitiva.
15.7.5
As telhas metálicas autoportantes apresentam-se sob dois aspectos: arqueada ou plana.
São fabricadas a partir de bobinas de aço de alta resistência (ZAR-230) com
revestimento de zinco tipo D (410 gr/m²) que atuando como uma barreira isolante,
protege o aço do ambiente corrosivo. Produzida em linha contínua conforme a norma
ABNT-EB-649/79.
15.8
COBERTURAS COM TELHAS DE BARRO
15.8.1
As coberturas com telhas de barro serão feitas com telhas bem queimadas e sem
empenas, com caimento adequado, emboçadas com argamassa mista de cimento, cal
hidratada e areia 1:4:12 nas cumeeiras e espigões. No caso de telhas tipo capa-e-canal
(romana, paulista, colonial) deve-se emboçar com a mesma argamassa a primeira fiada
superior e as quatro inferiores.
15.8.2
Os caimentos nos telhados são medidos por porcentagem de rampa, isto é, a relação
entre as distâncias vertical e horizontal expressa em porcentagem.
Deverá ser
observado o mínimo caimento com que devem ser utilizadas as coberturas com telhas
de barro.
16.0
ESQUADRIAS E FERRAGENS
16.1
As esquadrias deverão obedecer as indicações do projeto arquitetônico, detalhes e
memorial descritivo, quanto à localização e execução.
16.2
As esquadrias ou armários de madeira ou metálicos que preencherem vãos estruturais
(de concreto, entre pilares consecutivos ou entre vigas superpostas) só deverão ser
executadas após tiradas as medidas dos vãos na obra, permitindo perfeito encaixe da
esquadria no vão. Para tanto, serão permitidas pequenas variações nas dimensões de
esquarias previstas no projeto de arquitetura, desde que mantidos o padrão arquitetônico
e a modulação da esquaria.
16.3
ESQUADRIAS DE MADEIRA
16.3.1
Toda madeira empregada na execução de esquadrias deverá estar seca e isenta de nós,
empenamentos, rachaduras. É probido o uso de pinho, podendo ser empregado cedro,
ipê, cabreúva, sucupira, peroba do campo, imbuia, jacarandá, mogno.
16.3.2
Não deverão ser empregadas madeiras excessivamente resinosas, como o mogno, para
execução de lambris em áreas externas. Neste caso deverá ser usado branquilho ou
madeira similar.
16.3.3
Os batentes, salvo indicações em contrário do projeto, deverão ser de peroba
aparelhada, com espessura de 4,5 cm e largura igual a da parede acabada, rebaixo 2 mm
maior que a espessura da folha da porta.
16.3.4
Os parafusos a serem empregados nos batentes terão as cabeças embutidas e escondidas
por tarugos da mesma madeira, de modo que a superfície tenha continuidade após
lixamento.
16.3.5
Os batentes serão fixados por parafusos de madeira em tacos de peroba
impermeabilizados, previamente chumbados na alvenaria com argamassa de cimento e
areia 1:3, conforme item 8.15 deste CADERNO DE ENCARGOS, havendo, no mínimo
3 tacos para cada montante do batente. Não serão aceitas fixações de batentes a
alvenaria através de prego, podendo-se porém aceitar esta fixação (caso não existem os
tacos de madeira na alvenaria), através de peças metálicas (grapas apropriadas ou peças
executadas “in loco” com ferro redondo), distanciados no máximo 40 cm entre si.
16.3.6
As pernas dos batentes de portas internas de banheiros não deverão alcançar o piso,
ficando à altura do rodapé impermeável, para se evitar o contato de águas de lavagem.
As folhas das portas deverão ficar no mínimo a 15 cm de altura do piso acabado.
16.3.7
Após colocadas os batentes em suas posições, proteger os montantes com talas de
madeira fixadas com pregos finos, a fim de evitar danos causados por trânsito de
carrinhos de mão, ou girica.
16.3.8
Os batentes com acabamentos de pintura a óleo deverão ser previamente protegidos
com uma demão de óleo de linhaça.
16.3.9
Os batentes com acabamento encerado ou envernizado deverão ser protegidos contra
danos decorrentes de batidas, ação de ácidos usados para limpeza de pisos, gesso liso,
massa corrida, tintas e qualquer outro agente que possa causar manchas.
16.3.10 As guarnições, salvo indicação em contrário no projeto, serão de cedro, aparelhadas,
quando os batentes forem pintados. Caso o acabamento das esquadrias seja encerado
ou envernizado, as guarnições deverão ser da mesma madeira empregada nas
esquadrias.
16.3.11 As guarnições serão fixadas aos batentes ao longo da junta destes com a parede, através
de pregos sem cabeça.
16.3.12 As folhas das portas serão em compensado revestido ou almofadadas, conforme
indicação em projeto. De maneira geral, as folhas de portas externas e em áreas
sujeitas a umidade deverão ser maciças (almofadadas).
16.3.13 As folhas das portas compensadas terão espessura de 3,5 cm, no mínimo, sendo
folheadas nas faces com a madeira especificada e encabeçadas com a madeira de
acabamento, devendo haver furos para ventilação adequada nos encabeçamentos das
partes superiores e inferior da folha. A cola do compensado deve ser de boa qualidade
e o tempo de prensagem da folha suficiente para garantir boa aderência.
16.3.14 Todas as esquadrias de madeira deverão sofrer um completo tratamento fungicida
contra o ataque de micoorganismos, apresentando resistência à ação da umidade e
colagem à prova d’água.
16.3.15 As folhas das portas que receberão revestimento com laminado melamínico, conforme
projeto, terão todas suas faces revestidas com o referido laminado, observando-se todas
as notas deste ítem com relação a portas.
16.3.16 No caso de portas com acabamento encerado ou envernizado, será feita no
encabeçamento a colagem da lâmina do compensado especificado para a folha, após a
colocação da folha no batente, para um perfeito acabamento.
16.3.17 Os visores existentes nas portas deverão ter acabamento adequado, com encabeçamento,
rebaixo e guarnição de madeira para fixação do vidro.
16.3.18 A colocação das ferragens será feita com máximo esmero, não se permitindo furos e
cortes excessivos ou fora do local apropriado, sendo exigido perfeito funcionamento de
todas as ferragens, e porta sem “efeito de mola”.
16.3.19 Os armários serão executados conforme detalhes de projeto, sendo entregues prontos,
com guarnições, puxadores, pintura, fórmica, prateleiras, etc; havendo qualquer dúvida
na interpretação dos detalhes, a FISCALIZAÇÃO deverá ser consultada.
16.4
ESQUADRIAS DE AÇO
16.4.1
Todos os trabalhos de serralheria deverão ser executados com precisão de cortes,
ajustes, soldas e fixações.
Os pontos de solda deverão ser esmerilhados para perfeito acabamento. Os rebites
deverão ter cabeça batida, e os parafusos colocados em ranhuras nas peças metálicas
que não permitam ficar as cabeças salientes.
16.4.2
16.4.3
O material empregado deverá ser de boa qualidade, sem defeitos de laminação e
fabricação.
16.4.4
Todas as junções por superposições feitas com pontos de solda, parafusos ou rebites,
terão pontos de fixação nas extremidades, e ao longo da junta em pontos espaçados no
máximo 10 cm.
16.4.5
Serão usados parafusos de latão amarelo para fixação de peças desmontáveis que se
destinem a pintura, e parafusos de latão niquelado ou cromado quando fixarem peça
com este acabamento.
16.4.6
A fixação dos caixilhos será feita com grapas de ferro em “cauda de andorinha”
parafusadas com parafusos de ferro ou soldadas nos caixilhos, espaçadas em torno de
50 cm e havendo, no mínimo, duas grapas em cada lado.
As grapas são chumbadas na alvenaria com argamassa de cimento e areia no traço 1:3.
Para fixação em peças de concreto poderão ser utilizados parafusos e buchas de nylon
nas dimensões apropriadas.
16.4.7
Os rebaixos ou encaixes para dobradiças, fechaduras, trincos, etc, deverão ter a forma
das ferragens, não sendo toleradas folgas.
16.4.8
Em peças de grande dimensões expostas ao tempo, a EMPREITEIRA deverá prever
juntas de dilatação. No caso de grades, gradis, portões, e outras peças pesadas, a
EMPREITEIRA deverá prever mão francesa, travessa ou tirante que garanta a rigidez
da peça.
16.4.9
As esquadrias de ferro deverão ser cuidadosamente lixadas para a retirada de todos os
pontos de ferrugem, e levarão uma pintura anti-ferruginosa, duas demãos, que atinja
todas as suas partes, antes da colocação. Nos pontos de solda, além de esmerilhados,
deverá ser aplicado massa rápida, do tipo automotivo.
16.4.10 Todos os caixilhos com peças móveis ou peças fixas com ventilação permanente serão
devidamente protegidos contra infiltração de águas pluviais, devendo os requadros
externos ser obrigatoriamente executados com ferro “T” e completados com perfil “L”
formando conjunto tipo “cadeirinha”.
16.4.11 Todos os contornos das esquadrias metálicas (perfís) deverão ter suas faces preenchidas
com argamassa de areia, cimento e pedrisco, antes do assentamento.
16.5
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO
16.5.1
A fim de evitar vibrações, atritos e ruídos, não será permitido o contato direto entre as
peças móveis, o qual se fará através de peças de “nylon” (roldanas, encostos, freios,
escovas, proteções, patins, etc).
16.5.2
Nas esquadrias de alumínio não será permitido contato direto entre os elementos de
cobre e metais pesados com o alumínio. Far-se-á este isolamento por meio de pintura
de cromato de zinco, borracha clorada, plástico, betume asfáltico, metalização a zinco
ou qualquer outro processo satisfatório.
16.5.3
Os parafusos para ligação entre alumínio e aço serão de aço zincado, latão ou latão
cromado. As emendas “parafusos ou rebites” deverão apresentar ajustamento perfeito,
sem folgas, rebarbas ou diferenças de nível.
16.5.4
As vedações entre peças de alumínio ou entre estas e os revestimentos, poderão ser
feitas com massa plástica específica ou guarnições de Neoprene.
16.5.5
A película de óxido artificial (anodização) conterá acetato de níquel (em casos especiais
serão exigidos testes em amostras, para verificação do recobrimento mínimo de 15
micra). A anodização deverá ser preferivelmente de acabamento fosco.
16.5.6
Por ocasião do transporte, manuseio e estocagem das esquadrias na obra, deverão as
mesmas ser protegidas com papel crepe. Deverá ser tomado o máximo cuidado para
não serem feridas as superfícies (anodizadas ou não), especialmente na fase de
montagem das esquadrias.
16.5.7
As esquadrias de alumínio serão fixadas a contra marcos de alumínio ou chumbadores
de aço previamente fixados na alvenaria e isolados do contato direto com o alumínio.
16.5.8
Recomenda-se que os caixilhos de alumínio sejam colocados após a conclusão dos
serviços de predreiro. Após a colocação, os caixilhos deverão ser protegidos com
aplicação provisória de vaselina industrial, óleo ou tinta filme, os quais serão removidos
no final da obra.
16.6
FERRAGENS
16.6.1
As ferragens a serem utilizadas serão as especificadas em projeto e memorial descritivo.
Qualquer modificação só poderá ser feita com autorização da FISCALIZAÇÃO, após
examinada a pretensão da EMPREITEIRA dentro do conceito de similaridade (item 1.5
do CADERNO DE ENCARGOS).
16.6.2
As ferragens para esquadrias deverão ser precisas no seu funcionamento e ajuste.
16.6.3
Quando não especificado no projeto, as ferragens serão de latão com acabamento
cromado.
17.0
VIDROS
17.1
VIDRO - É um material inorgânico, transparente ou translúcido, formado pela solução
sólida de silicatos dos quais um pelo menos é Silicato Alcalino.
De acordo com a
composição temos diferentes tipos de vidros, todos eles no entanto, são simbolicamente
representados pela fórmula:
N2 O
m Si O2 +
*
MO
* Elemento vitrificante (introduzido sob a forma de areia Si O2)
N (Elemento fundente) sódio ou potássio
M (Elemento estabilizante) cálcio, chumbo, boro, etc.
17.2
O serviço de envidraçamento obedecerá os detalhes do projeto de arquitetura e as
disposições deste CADERNO DE ENCARGOS.
17.3
Os vidros não deverão apresentar bolhas, lentes, ranhuras, ondulações ou outros defeitos
de fabricação.
17.4
As placas de vidro não deverão apresentar defeitos de corte (beiradas lascadas, pontos
salientes, cantos quebrados, corte em bisel) e nem apresentar folga excessiva com
relação ao requadro de encaixe. O corte dos vidros tipo “canelado” e “tijolinho”
deverá tanto quanto possível, acompanhar as ranhuras dos mesmos.
17.5
Para o assentamento das chapas de vidro será empregada massa de vidraceiro dupla ou
gachetes de borracha duplos, conforme indicação do projeto arquitetônico.
Essa
técnica será sempre usada, mesmo quando a fixação do vidro for com baguete de metal
ou de madeira.
17.6
A massa de vidraceiro deverá ser composta de gesso crê e óleo de linhaça, sem
excessiva diluição em água-ráz, sendo suficientemente trabalhável para moldagem de
chanfros necessários; poderá levar pigmento, quando necessário.
17.7
Quando a massa de vidraceiro vier a apresentar rachaduras e pouca aderência, a placa
de vidro deverá ser retirada totalmente, sendo recolocada com nova massa.
17.8
Antes da colocação dos vidros nos rebaixos dos caixilhos, estes serão bem limpos e
lixados; os vidros serão assentes entre as duas demãos finais da pintura de acabamento
dos caixilhos.
17.9
Não serão empregados vidros simples, a não ser em casos excepcionais.
17.10
A espessura dos vidros lisos obedecerá ao seguinte critério:
- Vidros duplos de 3 mm, para vãos de luz de envidraçamento até 1,00 m2, desde
que a menor dimensão não ultrapasse 0,80 m.
- Vidros duplos de 4 mm, para vãos de luz de envidraçamento até 2,50 m2, desde
que a menor dimensão não ultrapasse 1,20 m.
- Vidros triplos de 5 ou 6 mm, para vãos de luz até 3,00 m2, desde que a menor
dimensão não ultrapasse 1,40 m.
- Em áreas sujeitas a vibração ou exposição a ventos fortes dominantes, a espessura
deverá ser estudada em conjunto com a FISCALIZAÇÃO, se não estiver definida
em projeto.
17.11
As chapas de vidro devem ser apoiadas em material que não lhes danifiquem os bordos,
com uma inclinação em torno de 6% em relação a vertical. As pilhas devem ser
cobertas para evitar infiltração de poeira entre chapas.
18.0
PINTURAS
18.1
Com o nome genérico de tintas e vernizes, compreende-se qualquer material de
revestimento, de consistência líquida ou pastosa, apto a cobrir, proteger e colorir a
superfície de um objeto.
18.2
Classificação segundo o uso:
- brilhantes ou opacos;
- transparentes ou não;
- coloridos ou incolores;
- resistência a agentes agressivos.
18.3
Funções das tintas:
- proteger;
- embelezar;
- sinalização;
- identificação;
- propaganda.
18.4
Qualidade das tintas
Indicamos a seguir as características das tintas, através das quais o usuário pode avaliar
a sua qualidade.
18.4.1
Estabilidade
Ao se abrir uma lata de tinta pela primeira vez, esta não deve apresentar excesso de
sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos ou formação de
nata, tal que não possa tornar-se homogênea através de simples agitação manual. A
tinta não deve apresentar odor pútrido nem exalar vapores tóxicos.
18.4.2
Facilidade de aplicação
A tinta deve espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou o pincel deslizem
suavemente sobre a superfície, devendo as marcas desses acessórios desaparecer logo
após a aplicação da tinta, resultando uma película uniforme.
18.4.3
Rendimento e cobertura
O rendimento da tinta refere-se ao volume de tinta necessário para pintar uma
determinada área (m² / litro). A cobertura significa a capacidade da tinta em cobrir
totalmente a superfície. Essas duas propriedades estão diretamente relacionadas ao
tipo, à qualidade e à quantidade de resinas e pigmentos utilizados na formulação da
tinta. É justamente aqui, na variação desses elementos, que se encontram as maiores
diferenças de qualidade entre as tintas disponíveis no mercado.
18.4.4
Durabilidade
Refere-se à resistência da tinta à ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc). A
tinta mais durável demora mais para sofrer alterações na sua película, para calcinar,
perder sua boa aparência, assim como suas propriedades de proteção. A durabilidade
também depende diretamente do tipo, da qualidade e da quantidade de resinas e
pigmentos utilizados na formulação da tinta. A maneira de medir previamente a
durabilidade de uma tinta é através de testes de intemperismo acelerado, o que só pode
ser feito em laboratórios.
18.4.5
Lavabilidade
As tintas devem ser laváveis, resistindo à ação de agentes químicos comuns em uso
doméstico, tais como detergentes, água sanitária e outros.
18.5
Todas as superfícies a serem pintadas deverão estar limpas, secas, livres de substâncias
oleosas, graxas, poeiras, partículas e agregados soltos.
18.6
Um bom trabalho de pintura começa sempre pela correta preparação da superfície. Por
isso, alguns cuidados devem ser rigorosamente observados:
18.6.1
A superfície deve estar firme (coesa), limpa, seca, sem poeira, gordura, sabão ou mofo.
18.6.2
Partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando-se ou escovando-se a
superfície.
18.6.3
Profundas imperfeições da parede devem ser corrigidas com reboco.
18.6.4
As imperfeições rasas da superfície devem ser corrigidas com Massa Acrílica (em
reboco externo) ou com Massa Corrida (em reboco interno).
18.6.5
Manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com água e detergente.
18.6.6
Partes mofadas devem ser lavadas com uma solução 1:1 de água e água sanitária. Em
seguida, enxaguar a superfície.
18.6.7
Deve-se eliminar qualquer espécie de brilho, usando-se uma lixa de grana adequada.
18.6.8
Pintura sobre reboco
Antes de iniciar a pintura sobre um reboco novo, aguarde até que o mesmo esteja seco e
curado, o que demora cerca de 30 dias. Se a tinta for aplicada sobre o reboco mal
curado, provávelmente a pintura descascará, porque a impermeabilidade da tinta
dificultará a saída da umidade e as trocas gasosas necessárias à carbonação (cura) do
reboco, sem a qual este tende a esfarelar-se sob a película da tinta, causando o
descascamento.
Rebocos frascos (pouco cimento) apresentam supefícies pouco coesas, fato que pode ser
verificado ao esfregar-se a mão sobre o reboco, constatando-se a existência de
partículas soltas (grãos de areia). Neste caso, recomenda-se aplicar uma demão de
Fundo Preparador de Paredes. Este produto aumenta a coesão da superfície, fixando as
partículas soltas.
18.6.9
Pintura sobre madeira
Na primeira pintura sobre madeira recomenda-se:
a. Lixar para eliminar as farpas.
b. Aplicar uma demão de Fundo Branco Fosco, com diluição de até 30% de
Diluente, dependendo da absorção da superfície.
c. Corrigir as imperfeições com Massa a Óleo.
d. Após a secagem, lixar novamente, eliminar o pó e aplicar o acabamento.
Na repintura sobre madeira o procedimento é semelhante ao da primeira pintura,
dispensando-se a aplicação de Fundo Branco Fosco.
Para o envernizamento da madeira é suficiente lixar a superfície. Em superfícies
internas recomenda-se aplicar uma demão de Selador para Madeira.
18.6.10 Pintura sobre ferro
Na primeira pintura sobre ferro recomenda-se:
a. Superfícies novas, sem indício de ferrugem: aplicar uma demão de Fundo Óxido de
Ferro e dar o acabamento.
b. Superfícies enferrujadas:
1. Remover totalmente a ferrugem, usando lixa ou escova de aço.
2. Aplicar uma demão de Zarcão Universal e dar o acabamento.
Na repintura, elimina-se a ferrugem e aplica-se Zarcão Universal apenas nas partes em
que a superfície metálica ficou exposta. Após a secagem, lixar levemente para nivelar e
aplicar o acabamento.
18.6.11 Recomendações Gerais
a. Antes de pintar qualquer superfície, certifique-se de que ela esteja preparada da
acordo com as recomendações dadas e que a tinta escolhida seja apropriada ao tipo
de superfície.
b. Nunca aplique massa corrida em supefícies externas. Use Massa Acrílica nestas
superfícies.
c. Nunca utilize o cal como fundo para uma pintura, nem aplique tinta diretamente
sobre paredes caiadas. Antes, deve-se raspar/escovar toda a superfície, eliminandose a cal tanto quanto possível. Depois, recomenda-se aplicar uma demão de Fundo
Preparador de Paredes diluído com Diluente na proporção 1:1.
d. Em superfícies externas utilize sempre verniz ou esmalte brilhantes. Estes produtos
são mais resistentes do que os foscos.
e. Não utilize massa corrida diluída com água, aplicando-a com rolo, como se fosse
uma tinta de fundo.
f. Pinturas em superfícies externas devem ser evitadas em dias chuvosos ou quando
houver condensação de vapor de água na superfície a ser pintada. Ou ainda quando
da ocorrência de ventos fortes, que possam transportar poeira ou partículas em
suspensão no ar.
18.7
Deverão ser protegidas contra salpicos de tintas e vernizes as peças que não levarão
pintura (vidros, pisos, ferragens, louças sanitárias, etc). Quando atingidos, deverão ser
limpos com removedor adequado, antes que seque a tinta.
18.8
18.9
Nas esquadrias em geral, deverão ser removidos ou protegidos com papel colante os
espelhos, fechos, rosetas, puxadores, freios de nylon, etc, antes do início dos serviços
de pintura.
Se as cores não estiveram definidas no projeto, caberá à FISCALIZAÇÃO decidir sobre
as mesmas. Deverão prevalecer, de um modo geral, as cores e tonalidades claras.
18.10
Cada demão de massa ou tinta só poderá ser aplicada quando a precedente estiver
perfeitamente seca; o número mínimo de demãos é fixado no projeto, mas deverão
sempre serem aplicadas tantas demãos quantas forem necessárias para atender o item
18.11.
18.11
A superfície pintada deverá apresentar, depois de pronta, uniformidade de textura,
tontalidade e brilho.
18.12
Só poderão ser aplicadas massas, ceras, tintas e vernizes de primeira linha de
fabricação, permanecendo o produto em sua embalagem original até a ocasião do
emprego, estocado em local ventilado e ao abrigo do sol. Sobre toda e qualquer
recomendação, inclusive as deste CADERNO DE ENCARGOS, prevalecerão as
determinações específicas do fabricante sobre preparação das superfícies e aplicação
das pinturas desde que definidas na embalagem dos produtos.
18.13
Assinalamos nos ítens abaixo os problemas mais comuns em pinturas na construção
civil, indicando como identificar, prevenir ou corrigir tais problemas:
18.13.1 EFLORESCÊNCIA
São manchas esbranquiçadas que surgem na superfície pintada. Isto acontece quando a
tinta foi aplicada sobre reboco úmido. A secagem do reboco dá-se pela eliminação de
água sob a forma de vapor, que arrasta o hidróxido de cálcio do interior para a
superfície pintada, onde se deposita, causando a mancha.
A eflorescência pode acontecer também em superfície de cimento-amianto, concreto,
tijolo, etc. Para evitar esse inconveniente, basta que se tenha o cuidado de aguardar a
secagem da superfície, eliminar eventuais infiltrações, aplicar uma demão de Fundo
Preparador de Paredes diluído com Diluente na proporção de 1:1 e repintar.
18.13.2 DESAGREGAMENTO
Caracteriza-se pela destruição da pintura, que se esfarela, destacando-se da superfície,
juntamente com partes do reboco. Este problema ocorre quanda a tinta foi aplicada
antes que o reboco estivesse curado. Portanto, antes de pintar um reboco novo, deve-se
aguardar cerca de 30 dias para que o mesmo esteja curado.
Para corrigir o desagregamento deve-se raspar a partes soltas; corrir as imperfeições
profundas com reboco; aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes diluído com
Diluente na proporção de 1:1 e repintar.
18.13.3 SAPONIFICAÇÃO
Manifesta-se pelo aparecimento de manchas na superfície pintada (frequentemente
provoca descascamento ou destruição da tinta PVA) ou pelo retardamento indefinido da
secagem de tintas à base de resinas alquídicas (esmaltes e tinta a óleo). Neste caso, a
superfície apresenta-se sempre pegajosa, podendo até escorrer óleo.
A saponificação é causada pela alcalinidade natural da cal e do cimento que compõem o
reboco. Essa alcalinidade, na presença de certo grau de umidade, reage com a acidez
característica de alguns tipos de resina, acarretando a saponificação. Para evitar esse
problema, repetimos: antes de pintar o reboco, aguarde até que o mesmo esteja seco e
curado, o que demora cerca de 30 dias. Para corrigir a saponificação em tintas látex
recomenda-se raspar, escovar ou lixar a superfície, eliminando as partes soltas ou mal
aderidas. Isto feito, aplica-se uma demão de Fundo Preparador de Paredes, diluído com
Diluente na proporção 1:1. Em seguida, aplicar duas demãos de Fundo Preparador de
Paredes, diluído com Diluente na proporção 1:1. Em seguida repintar.
A correção da saponificação em pintura alquídica (esmalte sintético, tinta a óleo) é feita
conforme segue: remover totalmente a tinta mediante lavagem com solventes, raspando
e lixando. Às vezes, pela dificuldade em remover esse tipo de tinta, costuma-se aquecer
a pintura com um maçarico até que esta estoure, raspando-se em seguida, ainda quente
(este procedimento somente é aconselhável quando executado por profissionais
experientes). Em seguida, aplicar duas demãos de Fundo Preparador de Paredes,
diluído com Diluente na proporção 1:1, e repintar.
18.13.4 MANCHAS CAUSADAS POR PINGOS DE CHUVA
Tais manchas ocorrem quando se trata de pingos isolados, em paredes recém-pintadas.
Os pingos isolados, ao molhar a pintura, trazem à superfície os materiais solúveis da
tinta, surgido as manchas. Entretanto, se cair realmente uma chuva e não apenas
pingos isolados, não haverá manchas. Para eliminá-las, basta lavar a superfície com
água, sem esfregar.
18.13.5 FISSURAS
Fissuras ou trincas estreitas, rasas e sem continuidade, entre outras causas, podem ser
provocadas por tempo insuficiente de hidratação da cal antes da aplicação do reboco ou
camada muito grossa da Massa Fina. Para corrigir, recomenda-se:
1. Raspar / escovar a superfície, eliminando as partes soltas, poeira, manchas de
gordura, sabão ou mofo;
2. Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes diluído com Diluente na
proporção 1:1;
3. Aplicar duas demãos de impermeabilizante acrílico resistente e flexível para lajes e
paredes, que acompanha as dilatações e contrações da superfície, com diluição de
cerca de 10% de água, e repintar.
18.13.6 TRINCAS DE ESTRUTURA
De modo geral são causadas por movimentos da estrutura. Para corrigir, recomenda-se
abrir a trinca com ferramenta específica para este fim ou esmerilhadeira elétrica,
resultando numa abertura com perfil em “V”; escovar / eliminar a poeira; aplicar uma
demão de Fundo Preparador de Paredes diluído com 50% de Diluente; aplicar
Selatrinca; repassar Selatrinca cerca de 24 horas depois da primeira aplicação. Sobre a
trinca já vedada, aplicar uma demão de impermeabilizante acrílico flexível para lajes e
paredes diluído com cerca de 10% de água. Aguardar a secagem inicial e estender uma
tela de nylon de aproximadamente 20 cm de largura, fixando-a com uma nova demão de
impermeabilizante acrílico flexível para lajes e paredes igualmente diluído.
18.13.7 DESCASCAMENTO
O descascamento da tinta pode acontecer quando a pintura for executada sobre caiação,
sem que se tenha preparado a superfície. A aderência da cal sobre a superfície não é
boa, constituindo camada pulverulenta. Portanto, qualquer tinta aplicada sobre caiação
está sujeita a descascar-se rapidamente. Para que isto não ocorra, antes de pintar sobre
caiação elimine as partes soltas ou mal aderidas, raspando ou escovando a superficie.
Depois, aplique uma demão de Fundo Preparador de Paredes diluído com Diluente na
proporção 1:1. O descascamento da tinta também pode ocorrer quando, na primeira
pintura sobre o reboco, a primeira demão não foi bem diluída, ou havia excesso de
poeira na superfície. Neste caso, lembramos que, quando se desejar aplicar a tinta
diretamente sobre o reboco, a primeira demão deve ser bem diluída (uma parte de água
para cada parte de tinta).
Para corrigir o descascamento, recomenda-se raspar ou escovar a superfície até a
remoção total das partes soltas ou mal aderidas. Em seguida, deve-se aplicar uma
demão de Fundo Preparador de Paredes, diluído com Diluente na proporção 1:1, e
repintar.
18.13.8 BOLHAS
Em paredes externas, geralmente são causadas pelo uso de Massa Corrida PVA, produto
indicado apenas para superfícies internas. Neste caso, a Massa Corrida deve ser
removida, aplicando-se em seguida uma demão de Fundo Preparador de Paredes,
diluído com Diluente na proporção 1:1. Depois, corrigir as imperfeições com Massa
Acrílica e repintar.
Em paredes internas, podem ocorrer quando, após o lixamento da Massa Corrida, a
poeira não foi eliminada ou quando a tinta não foi devidamente diluída. O uso de
Massa Corrida muito fraca (com pouca resina) também pode provocar bolhas. A
correção deve ser feita com remoção (raspagem) das partes afetadas.
Isto feito,
recomenda-se aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes, diluído com
Diluente, corrigir as imperfeições com Massa Corrida e repintar.
Mais um caso de formação de bolhas acontece quando a nova tinta aplicada umedece a
película de tinta anterior (de qualidade inferior), causando a sua dilatação. Para
corrigir, recomenda-se raspar as partes afetadas, aplicar uma demão de Fundo
Preparador de Paredes diluído com Diluente, corrigir as imperfeições com Massa
Corrida e repintar.
18.13.9 MANCHAS AMARELADAS EM PAREDES E TETOS
Podem ser provocadas pela gordura, óleo ou fumaça de cigarro (nicotina). Antes de
repintar ambientes atacados por tais manchas, recomenda-se lavar a superfície com uma
solução de água com 10% de amoníaco ou com detergente à base dessa substância.
Este procedimento, quando desejado, pode ser substituído pela aplicação de uma demão
de Fundo Preparador de Paredes diluído com Diluente na proporção 1:1.
18.13.10 DEFEITOS EM PINTURA SOBRE MADEIRA
Os problemas mais comuns em pinturas alquídicas (esmaltes, tinta a óleo) são:
retardamento indefinido da secagem, manchas, trincas e má aderência.
18.13.11 MANCHAS E RETARDAMENTO NA SECAGEM
Podem ocorrer quando a repintura foi feita sobre madeira com resíduos de soda
cáustica, que foi utilizada na remoção da pintura anterior.
Para previnir este
problema, antes de repintar, deve-se eliminar por completo qualquer resíduo de soda
cáustica (ou semelhante), lavando-se a superfície com bastante água. Aguarde a
secagem e repinte. Se o problema já existir, remova a pintura e siga as mesmas
instruções acima.
Os defeitos em questão também podem ser causados pela migração de ácidos
orgânicos ou resinas naturais, características de certos tipos de madeira. Por serem
raros e de difícil solução, recomendamos consultar a Fiscalização.
18.13.12 TRINCAS E MÁ ADERÊNCIA
Geralmente ocorrem quando se utiliza Massa Corrida PVA para corrigir imperfeições
da madeira, principalmente em portas. Como já dissemos, tais imperfeições devem
ser corrigidas com Massa a Óleo.
Para correção, remova a Massa Corrida e aplique uma demão de tinta PVA-Látex
Branco Fosco diluído com até 30% de Diluente. Depois, corrija as imperfeições com
Massa a Óleo, lixe, elimine o pó e pinte novamente.
18.14
PINTURA A BASE DE LATEX (PVA - ACETATO DE POLIVINILA)
Situa-se entre as melhores tintas plásticas, principalmente se baseados no PVA.
Chama-se látex a qualquer suspensão de borracha ou elastômero em veículo
apropriado.
São recomendadas para paredes novas, recém construídas, porque
resistem bem à umidade.
18.14.1
Devem ser aplicadas no mínimo em duas mãos, sempre sobre superfícies limpas e
secas.
18.14.2
Deverá ser aplicado inicialmente um líquido selador em uma demão, para evitar
demasiada aborção do latex pelo reboco poroso.
18.14.3
Os retoques podem ser feitos com facilidade, não deixando defeitos, desde que feitos
com a mesma tinta aplicada, produzida na mesma época.
18.15
PINTURA ACRÍLICA TEXTURIZADA (GRAFFIATO)
Revestimento sintético à base de dispersão de resina acrílica, pigmentos inorgânicos
de grande estabilidade e aditivos especiais podendo ser aplicado, com o uso de
desempenadeira de aço ou acrílico, em alvenaria com massa fina desempenada,
cimento-amianto ou superfícies de concreto, em áreas internas ou externas.
Possui elevada durabilidade por ser impermeável, resistente a abrasão e de grande
aderência.
18.16
TINTAS FOSCAS A BASE DE CAL
Tintas a Cal - são as tintas mais econômicas, e de qualidade inferior. Dão à
superfície uma aparência fosca, lisa.
São de fácil aplicação e deixam a parede
respirar. Sua utilização só com anuência da fiscalização.
18.16.1
Aplicação: Só devem ser utilizadas em alvenaria, demorando cerca de 24 horas para
secar.
18.16.2
A aguada ou “leite de cal” obtido pela peneiração da pasta de cal extinta deverá ser
aplicada em espessura fina para evitar-se a esfoilação. Na primeira demão de caiação
deverá ser adicionada ao “leite de cal” pequena quantidade de óleo de linha para
“selar” a superfície.
18.16.3
TIPOS DE PINTURA A CAL
1. Queimação - aumenta a aderência de tinta. É feita com cal e água, na proporção
de 400 kg de cal para cada m³ de pasta. Não leva cola.
2. Cal e corante - é feita na proporção de 300 kg de cal para cada m³ de pasta, com o
corante na quantidade desejada, e cola (cola 1:5 em relação ao volume de água).
3. Cal, cola e gesso - é uma caição melhorada com gesso crê.
18.16.4
Serão exigidas no mínimo 3 demãos, aplicadas alternadamente em direções cruzadas.
A última demão de caiação nos forros deverá ser aplicada em sentido perpendicular ao
vão de luz da janela.
18.17
PINTURA HIDRÓFUGA COM TINTA À BASE DE CIMENTO BRANCO
18.17.1
Quando a superfície (concreto, tijolo, argamassa, cimento-amianto, etc) apresentarem
porosidade excessiva, receberão, antes da pintura hidrófuga, uma demão de aparelho
de tinta diluída em água, na proporção 1:1,5.
18.17.2
As superfícies de absorção normal serão pintadas sem aplicação de aparelho de tinta, mas estando
limpas e úmidas (a umidade é necessária para se evitar desigualdade de absorção).
18.17.3
A pintura hidrófuga deverá ser aplicada no mínimo em duas demãos.
18.17.4
Tintas de Cimento Branco: São as chamadas tintas em pó preparadas em fábrica, são
melhores que as tintas a cal e secam mais rapidamente.
18.17.5
Aplicação: Tem boa aderência às alvenarias, porém essa aderência já é pequena na
madeira.
18.18
TINTA A ÓLEO (TINTA RESINOSA)
Consiste essencialmente de um óleo secante. As tintas a óleo podem ser usadas em
interiores e exteriores. São principalmente recomendadas para madeiras e metais.
18.18.1
As tintas a óleo para interiores devem ser foscas e semi foscas; para exteriores,
brilhantes. Serão sempre aplicadas no mínimo em duas demãos, sendo a superfície
lixada e espanada entre estas aplicações.
18.18.2
A tinta a óleo deve ser aplicada na superfície previamente tratada com “Primer”
apropriado, e em superfície porosa, devido sua baixa resistência e aderência. Podem
ser usadas em madeira ou metal.
18.18.3
Não serão admitidos retoques em pinturas a óleo, pois sua pigmentação altera-se sob
ação dos raios solares; e só poderão ser lavadas após 3 semanas, com água e sabão
neutro, sendo proibidos detergentes.
18.19
TINTAS ESMALTES (TINTA RESINOSA)
Situam-se a meio caminho entre as tintas a óleo e os vernizes. São as tintas a óleo,
que depois vitrificam como os vernizes, dando o brilho particular.
Os esmaltes a óleo são obtidos pelo aquecimento de tintas a óleo misturadas com breu.
18.19.1
As tintas a base de esmalte serão sempre brilhantes, e aplicadas no mínimo em duas
demãos, sendo as superfícies lixadas e espanadas entre estas aplicações.
18.19.2
Quando aplicada em superfície metálica, deverá haver uma base de “primer”
apropriada. Em madeira, deverá antes ser feita correção das irregularidade, com
massa.
18.19.3
Devem ser evitados os retoques. A superfície poderá ser lavada após uma semana,
podendo ser usado detergente.
18.20
TINTAS VERNIZES (TINTA RESINOSA)
Um verniz consiste essencialmente de óleo secante, secantes, resinas e thinner.
Óleo
- Produz a película de cobertura
Resina
- Dá o lustro, adesão e resistência
Thinner
- Diminui a viscosidade, permitindo a fácil pintura. As tintas vernizes são
recomendadas só para madeiras.
18.20.1
TIPOS BÁSICOS DE VERNIZES
a) Vernizes a óleo
São mais resistentes, sendo apropriados para exteriores. (O óleo de linhaça é o
mais usado).
b) Vernizes a álcool
São mais finos e apropriados para interiores
c) Vernizes a essências
Demoram a secar porém dão mais brilho. Apropriado para móveis. (A essência
mais comum é a aguarrás.
d) Vernizes sintéticos
Foram criados para substituir as resinas naturais. Só devem ser usados em
interiores.
18.20.2
VERNIZ POLIURETÂNICO
E mais bonito, durável e resistente. É essencialmente recomendado para exteriores e
construções à beira-mar. Tem secagem rápida, dureza, flexibilidade e resistência às
intempéries.
18.20.3
VERNIZES DE URÉIA-FORMOL
18.20.4
São especialmente indicados para assoalhos, tendo em vista sua notável resistência a
abrasão.
Deverão ser transparentes e usados na sua viscosidade original.
18.20.5
Não podem ser aplicados sobre superfícies tratadas com “primer”.
18.20.6
Os materiais a serem envernizados devem sofrer seleção e receber acabamento
esmerado, já que o verniz dá realce às características naturais do material pintado.
18.20.7
Peças de madeira sujeitas à ação do tempo só poderão ser envernizadas com verniz à
base de poliuretano (verniz marítimo ou de barco).
18.20.8
Verniz para concreto aparente deverá ser a base de poliuretano em áreas externas, e
poliuretano aromático em áreas internas. O verniz deverá ser aplicado no concreto
após lixamento e limpeza da superfície com solução de ácido muriático diluído em
água na proporção 1:8, após meia hora, lavar abundamente com água pura e esperar
secar bem para aplicar o verniz.
18.21
TINTAS LACAS (TINTA RESINOSA)
As lacas sintéticas (chamadas tintas industriais) consistem de um filme para material
plástico (nitrocelulose, PVA, acrílicos), de um solvente ou mistura de solventes.
18.22
TINTAS METÁLICAS
São soluções, geralmente oleosas, de pó de metal. São bastante conhecidos o dourado,
o prateado, o bronzeado, etc.
As tintas feitas com pó de zinco ou óxido de zinco são altamente eficientes como anticorrosivas.
18.23
TINTAS ANTI-OXIDANTES
Entre muitos outros tipos de tintas empregados para proteger contra ferrugem, a mais
conhecida é o zarcão.
18.24
PINTURA A BASE DE GRAFITE OU ALUMÍNIO
18.24.1
São aplicadas em esquadrias ou estruturas metálicas, após um tratamento prévio da
superfície.
18.24.2
O tratamento prévio das superfícies metálicas consite em sua limpeza enérgica com
escova de aço, eliminando-se pontos de ferrugem, e posteriormente com lixa de
esmeril molhada em querosene. Depois de secas, levarão uma demão de tinta anticorrosiva à base de zarcão, pó de zinco ou epóxi-betume.
18.24.3
A aplicação desta tinta será feita no mínimo em duas demãos, e iniciada no mínimo 24
horas após a conclusão do tratamento anti-corrosivo.
18.25
TINTAS DE BORRACHAS
São tintas normalmente impermeáveis e que isolam eletricamente. São indicadas para
ambientes onde haja grande concentração de umidade.
18.26
SILICONE
18.26.1
O líquido silicônico (resina de quartzo) é um repelente de umidade aplicável sobre
qualquer pintura interna ou externa (latex, óleo, esmalte, caiação, etc) ou sobre
superfícies sem acabamentos (tijolos, blocos a vista, cerâmica, cimento-amianto,
concreto aparente, etc), mantendo limpas as superfícies.
18.26.2
A superfície deve estar perfeitamente seca na ocasião da aplicação do silicone, sendo
proibido seu uso em tempo úmido.
18.26.3
O líquido deve ser aplicado em duas demãos, com rolo ou pulverizador.
18.26.4
Devido a sua impermeabilidade, as futuras pinturas e retoques não encontram boa
aderência, devendo ser retirada a película de silicone, com raspagem rigorosa no caso
de repintura.
18.27
RESINA ACRÍLICA CONCENTRADA
18.27.1
A exemplo do silicone é um repelente de umidade deixando uma película
impermeabilizante de alto brilho, podendo ser aplicada em telhados, tijolos à vista,
pisos (ardósia, pedra mineira, pedra goiana, granilite, pisos cimentados) e em concreto
aparente.
A resina acrílica concentrada, impermeabilizante, quando utilizada sobre concreto
aparente deverá ser utilizado um selador acrílico em preparação para aplicação de
resina acrílica.
18.27.2
18.27.3
A resina acrílica quando aplicada em tijolos à vista, é muito importante que o rejunte
esteja criteriosamente seco.
18.27.4
Observar as notas dos ítens 18.26.2, 18.26.3 e 18.26.4.
18.28
CERA
18.28.1
Deve ser limpa a superfície da madeira com pano seco, e aplicar uma demão de gomalaca.
18.28.2
Passar cera de primeira qualidade, incolor, a base de silicone, em camada fina.
18.28.3
Após seca a cera, passar flanela seca e limpa até início de brilho discreto.
18.28.4
Repetir a operação no mínimo mais 2 vezes, até que se obtenha a absorção da cera
pela madeira, com brilho discreto.
18.29
TINTAS ASFÁLTICAS
São tintas que impermeabilizam. Normalmente pretas ou muito escuras.
18.30
PINTURA A BASE DE EPOXY
São tintas com resinas epoxy, de alta resistência à abrasão. Normalmente brilhantes.
As resinas epoxy são polímeros de cadeia linear terminadas nas extremidades com um
grupo epoxy. Normalmente possuem grupo de oxidrilas secundários, disposto a
intervalos regulares ao longo da cadeia.
São produzidas a partir da Epicloridrina e do Bisfenol A, que são as duas matériasprimas essenciais para a produção de resinas epoxy.
18.30.1
Os sistema epoxy podem ser utilizados na pintura das superfícies de alvenaria por
diversos motivos, entre os quais destacamos:
18.30.2
Decoração
As superfícies de concreto ou de reboco geralmente não apresentam um aspecto
agradável à vista, tanto pela cor acinzentada quanto pelo acabamento.
Por isso, quando se deseja melhorar esta propriedade procede-se a uma pintura destas
superfícies. Uma das tintas possíveis de serem usadas é à base de resinas epoxy
catalisadas, que apresentam como vantagens uma resistência superior a alcalinidade, à
umidade, além de uma maior dureza e facilidade de limpeza.
Esta pintura, com fins decorativos, é mais aconselhada para interiores. Em exteriores,
as tintas epoxy tem a propriedade de calcinar, mudando a cor e perdendo o brilho sem
entretanto perderem suas propriedades protetoras.
18.30.3
Impermeabilização
Para garantir a integridade, por um longo período, de estruturas de concreto, um dos
fatores preponderantes é a impermeabilização, pois havendo penetração de água com
gases para o interior da estrutura, ocorrerá a carbonatação do concreto e a corrosão do
ferro com todas suas malévolas consequências.
Isso é da maior importância quando as estruturas estão em regiões litorâneas ou em
áreas industriais, onde a salinidade e/ou poluição afetam violentamente as estruturas.
18.30.4
Resistência Química
Em virtude do concreto e do reboco serem constituídos de materiais altamente
reativos, torna-se indispensável protegê-los, sempre que tenham de entrar em contato
com outros materiais que possam com eles reagir; principalmente materiais de
natureza ácida, como é o caso dos ambientes ou regiões industriais. Nestes casos o
uso de sistemas epoxy é altamente recomendável.
18.30.5
O preparo das superfícies é muito importante para uma boa performance do sistema de
pintura que está sendo utilizado. No caso dos sitemas epoxy, o bom preparo do
substrato é de importância primordial. Vejamos a seguir os procedimentos em alguns
tipos de superfícies:
18.30.6
Parede de Concreto / Cimentados e Cimento-Amianto.
1.
Escovar, eliminar óleos, graxas e sujeiras com detergentes e solventes e limpar a
poeira antes de iniciar a pintura.
18.30.7
18.30.8
2.
processo ideal é a utilização de um jato leve de areia ou de carboneto de silício,
facilmente usado em paredes. O carboneto é mais duro que o concreto e não se
esfarela.
3.
Empregando areia, esta deve ser de rio, lavada e isenta de cloro.
4.
As superfícies de alvenaria não podem ter cal em sua composição, além de serem
bem coesas.
5.
A parede deve ser preparada com massa cimento/areia, na proporção de 1 parte de
cimento para 3 partes de areia fina e peneirada, com tempo de cura de no mínimo
30 dias e isenta de umidade. Não usar cal. Em caso de cimento queimado e
pintura de pisos, lavar com solução de ácido muriático, sendo 1 parte de ácido
para 9 partes de água. Enxaguar com água potável em abundância para eliminar
os resíduos de acidez e deixar secar bem, antes de iniciar a pintura. Nunca
aplicar epoxy sobre argamassa tipo: Vedacit, Reboquit, Cal e superfícies arenosas.
6.
Aplicar Fundo Branco Epxy Catalisável, 1 demão antes e após a aplicação da
Massa.
7.
Como acabamento final, aplicar 2 a 3 demãos de Esmalte Epoxy Catalisável, na
cor especificada.
Tijolos e Azulejos
1.
Retirar a poeira com escova e fazer limpeza rigorosa com detergentes e solventes,
eliminando sujeiras, óleos, graxas, etc.
2.
Corrigir imperfeições com a Massa Catalisável, em camadas finas.
3.
Como acabamento final, aplicar 2 a 3 demãos de Esmalte Epoxy Catalisável na
cor especificada.
4.
Nem todos os tipos de tijolos e azulejos podem receber a tinta epoyx, alguns
necessitam de tinta de fundo para aderência.
5.
Azulejos, ou outros corpos cerâmicos vitrificados, só devem ser pintados em áreas
como cozinhas, corredores, lavanderias, salões, etc; azulejos vitrificados em
piscinas, ou outros ambientes com umidade elevada, não oferecem boa base para
pintura.
Pisos de Concreto e Cimentados
No caso de pisos, para uma melhor aderência do sistema epxy é recomendável a
aplicação de uma solução a 10% de ácido muriático, deixar agir por trinta minutos e a
seguir lavar com água em abundância Após a secagem poderá ser aplicado o sistema
epoxy.
18.30.9
Superfícies de Ferro e Aço
Para a pintura com qualquer sistema, é recomendável a limpeza com solventes e a
seguir o jateamento com areia de acordo com uma das seguintes normas:
A) JATEAMENTO AO METAL BRANCO
SSPC-SP-5-63 - Norma Sueca (SIS-055900-Sa-3)
Compreende a remoção de toda ferrugem visível, carepa de laminação, tintas velhas e
todo tipo de contaminante, deixando a superfície com uma cor branco-acinzentada e
aparência metálica uniforme.
Este é o mais perfeito processo de limpeza por jateamento com abrasivos e é
empregado onde se torne necessário o máximo desempenho dos revestimentos
protetores, devido a condições excepcionalmente severas, como por exemplo: imersão
permanente em água ou em líquidos químicos; ou ainda a permanência constante em
ambientes altamente agressivos, tais como: Usinas de Açucar, Refinarias de Petróleo,
Estações de Tratamento de Água, Usinas de Reciclagem de Lixo e Indústrias
Químicas em geral.
B) JATEAMENTO AO METAL QUASE BRANCO
SSPC-SP-10-63-T - NORMA SUECA (SIS-055900-Sa 2 1/2)
Assemelha-se á especificação anterior, em que pelo menos 95% da superfície deve
estar isenta de todo e qualquer material estranho visível ou de todo e qualquer resíduo.
É utilizado quando o revestimento protetor será exposto sob condições de umidade
elevada, na orla marítima, ou em atmosferas moderamente agressivas.
1.
Eliminar totalmente a ferrugem, graxas ou outros contaminantes. Quando
apresentar muitos focos de ferrugem, recomenda-se aplicar DESOXIDANTE.
2.
Aplicar Fundo Misto Epxy catalisável, 1 demão antes e após a aplicação da
Massa.
3.
Como acabamento final, aplicar 2 a 3 demãos de ESMALTE EPOXY
CATALISÁVEL na cor especificada.
18.30.10 Superfícies Metálicas Não Ferrosas
(alumínio, galvanizados, bronze, cádmio, etc.)
Nestes casos, não é necessário jateamento. É suficiente uma limpeza cuidadosa com
detergente e solventes para eliminar óleos, graxas, desmoldantes, etc.
Pode ser usada a limpeza com jato de vapor super aquecido ou desoxidação química.
Entretanto, antes de aplicar o sistema epxy escolhido a superfície deverá ser pintada
com uma demão de Fundo Cromato de Zinco Epoxy Catalisável.
1.
Eliminar totalmente a oxidação, ferrugem, graxas ou outros contaminantes.
2.
Desengordurar com DILUENTE PARA EPOXY ou água raz.
3.
Aplicar Fundo Cromato de Zinco Epxy Catalisável, 1 demão antes e após a
aplicação da Massa.
4.
Como acabamento final, aplicar 2 a 3 demãos de ESMALTE EPOXY
CATALISÁVEL na cor especificada.
18.30.11 Superfícies de Madeira
Em superfícies de madeira deve-se ter o cuidado de pintá-las somente quando bem
secas e isentas de contaminantes.
Não é aconselhável pintar-se madeiras verdes, isto é, cortadas recentemente, pois em
geral se contraem, trincam e empenam prejudicando a pintura e a sua proteção.
1.
Lixar a superfície e eliminar todo o pó.
2.
Aplicar Fundo Branco Epoxy Catalisável, 1 demão antes e após a aplicação da
massa.
3.
Como acabamento final, aplicar 2 a 3 demãos e ESMALTE
CATALISÁVEL especificada.
EPOXY
18.30.12 Fibra de Vidro
1. Aplicar 1 demão de Primer Poliuretano Catalisável, na proporção 2:1 em volume
com Catalisador para Primer Poliuretano.
2. Se necessário, aplicar MASSA CATALISÁVEL, em camadas finas.
3. Aplicar 2 demãos de FUNDO
intervalo de 12 a 48 horas.
BRANCO
EPOXY
CATALISÁVEL, com
4. Como acabamento final, aplicar 2 a 3 demãos de ESMALTE
CATALISÁVEL na cor especificada, com intervalo de 12 a 24 horas.
EPOXY
5. Na repintura de fibra de vidro, lixar com lixa d’água 180 ou 240 e seguir o
sistema de pintura indicado.
6. No lixamento entre as demãos, aguardar 12 horas.
eliminar toda a poeira residual.
Utilizar lixa 240 ou 320 e
18.30.13 Superfícies Mofadas
O mofo normalmente surge em ambientes quentes e úmidos, com pouca incidência de
sol, fraca ventilação, geralmente em áreas com muita vegetação.
O mofo cresce em todas as superfícies, como: concreto, reboco, madeira, etc.
Estas superfícies, mesmo se pouco contaminadas, deverão ser cuidadosamente limpas,
destruindo completamente todas as colônias de mofo.
Esta eliminação pode ser efetuada tratando a superfície com uma solução de água
sanitária 1:1 em água potável.
Deixar agir por 30 minutos e enxaguar abundantemente com água potável. Deixar
secar completamente antes de iniciar a pintura.
18.31
MARCAÇÃO DE QUADRAS POLIESPORTIVAS EXTERNAS (PISO DE
CONCRETO)
18.31.1
A demarcação das quadras deverá obedecer as dimensões e cores especificadas no
projeto, devendo, obrigatoriamente, usar-se tinta apropriada à finalidade, à base de
borracha clorada, após aplicação do Fundo de Concreto. Caso a EMPREITEIRA
optar por outro produto que considere similar, o mesmo deverá ser submetido à
aprovação da FISCALIZAÇÃO.
18.31.2
Qualquer que seja o produto a ser aplicado, antes da pintura das faixas o concreto
deverá ser perfeitamente limpo, retirando-se óleos, graxas, materiais pulverulentos
etc, e seguir-se rigorosamente as recomendações do fabricante das tintas.
18.31.3
As linhas dermacatórias deverão obedecer exatamente os comprimentos, raios, largura
e cores constantes do projeto.
Recomenda-se, antes da pintura, fazer-se a marcação das linhas com material
facilmente removível.
Para limitar-se a largura das linhas, sugere-se o uso de fita adesiva crepe larga, colada
no piso.
18.31.4
Após a pintura das faixas, não deve haver trânsito sobre as quadras por 7 dias
consecutivos, tempo necessário à “cura” da tinta.
18.32
MASSAS CORRIDAS
As massas corridas servem para dar à superfície a aparência lisa ou rugosidade
desejada. Em muitos casos fazem também as vezes de seladores.
18.32.1
TIPOS DE MASSAS
a) Massas de Látex - PVA
b) Massas de Óleo.
18.32.2
As massas corridas à base de PVA não devem ser usadas em exteriores, a não ser
quando totalmente ao abrigo da umidade e sol: recomenda-se, também, aplicar uma
tinta de fundo fosca, antes de passar a massa corrida, para haver maior aderência.
Em certos casos (crepi, plastex, travertino) a massa é aplicada e depois tratada à
escovão, espátula, pincel, etc, de modo a formar desenhos. Mas sempre é
recomendável que a camada seja fina.
A Aplicação da massa corrida deve ser feita com desempenadeira de aço ou espátula,
devendo deixar a superfície completamente plana e lisa.
18.32.3
18.32.4
Após o primeiro emassamento, a superfície será lixada e repassada tantas vezes
quantas forem necessárias para que a cobertura seja perfeita.
18.32.5
Em superfície de madeira, caso não seja especificado em projeto ou memorial
descritivo, a massa corrida será aplicada nos trechos onde houver necessidade de
correções.
19.0
TRATAMENTOS
19.1
IMUNIZAÇÃO DE ESTRUTURAS DE MADEIRA PARA COBERTURA
19.1.1
Todas as estruturas de madeira para cobertura deverão
independentemente de omissão de indicação específica no projeto.
19.1.2
As peças de madeira beneficiadas deverão estar secas na ocasião da imunização.
19.1.3
A imunização fungicida-inseticida deverá ser feita com o produto imunizante e
impermeabilizante para madeiras ou similar, que permita, após sua secagem, aplicação
de tintas ou vernizes sobre a madeira.
19.1.4
O produto deverá ser aplicado sem qualquer diluição em água, usando-se broxa.
19.1.5
Serão aplicadas no mínimo 3 demãos fartas, cada qual após a anterior haver sido
totalmente absorvida pela madeira.
19.1.6
Após a imunização com o imunizante e impermeabilizante, as estruturas de madeira
deverão ainda ser protegidas:
ser
imunizadas,
a) nas partes aparentes: com duas demãos fartas de óleo de linhaça ou tinta
impermeabilizante adequada (seguir indicação do projeto);
b) nas partes não aparentes: com duas demãos fartas de tinta betuminosa, ou similar
(emulsão de asfaltato).
19.2
Outros tratamentos de superfícies, ambientes, instalações, etc, serão objeto de
considerações e especificações objetivas e definidas em projeto e memorial (tratamento
térmico, tratamento acústico, tratamento contra propagação de fogo, barreira de vapor
em canalizações de fluidos aquecidos, etc).
19.3
LEGISLAÇÃO SOBRE MADEIRAS
A lei 4797 de 20.10.65 DOU 22.10.65 torna obrigatório o uso de madeira preservada em
serviços de utilidade pública em todo o Território Nacional. Sendo regulamentada
pelo Decreto n° 58016 de 18.03.66 DOU 22.03.66.
A Portaria Interministerial n° 292 de 28.04.89 do IBAMA – DOU 02.05.89,
regulamenta as atividades de preservação de madeiras em todo o País.
OBS: O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), antigo IBDF, é o órgão fiscalizador das atividades das indústrias de
preservativos de madeiras e das empresas produtoras de madeira preservada, incluindo
o comércio de seus produtos.
20.0
LIMPEZA
20.1
LIMPEZA DE PISOS
20.1.1
Pisos de materiais cerâmicos e cimentados:
- retirar as incrustações com espátula e palha de aço;
- aplicar ácido muriático diluído em água na proporção 1:6, esfregando com broxa ou
vassoura piaçava;
- lavar com água pura em abundância.
20.1.2
Pisos vinílicos:
- serão limpos exclusivamente com pano úmido e, se necessário, usando-se sabão
neutro.
É proibido uso de ácidos, detergentes e removedores de qualquer espécie.
Aplicar no final uma demão de cera incolor e dar polimento.
- seguir sempre as recomendações do fabricante quanto à limpeza.
20.1.3
Pisos de granilite, monolíticos de alta resistência, cacos de mármores e placas de
mármore:
- remover as incrustações com espátula e palha de aço;
- aplicar à broxa solução de ácido muriático diluído em água na proporção 1:8;
- lavar com água em abundância;
- aplicação de cera incolor em uma demão, com polimento final.
20.1.4
Pisos de madeira:
- devem ser entregues com sinteko, em perfeito estado, ou de acordo com
especificação de projeto.
20.2
LIMPEZA DE AZULEJOS
- salpicos de argamassa e tintas devem ser removidos com palha de aço fina;
- conclui-se a limpeza com água em abundância.
20.3
LIMPEZA DE VIDROS
- será feita com esponja de aço, removedor e água
20.4
LIMPEZA DE LOUÇAS E METAIS SANITÁRIOS
- os aparelhos sanitários devem ser limpos com esponja de aço, sabão e água, não
podendo ser aplicadas soluções ácidas.
- os metais sanitários devem ser limpos com removedor adequado.
20.5
LIMPEZA DE FERRAGENS DE ESQUADRIAS
- será feita com removedor adequado, e posteriormente será dado brilho com flanela
seca.
21.0
ACESSIBILIDADE DE PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS A
EDIFICAÇÕES, ESPAÇO, MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO URBANOS
21.1
OBJETIVO
21.1.1
Esta Norma fixa os padrões e critérios que visam a propiciar às pessoas portadoras de
deficiências condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma a edificações,
espaço, mobiliário e equipamento urbanos.
21.1.2
Esta Norma, atendendo aos preceitos de desenho universal, aplica-se tanto a novos
projetos quanto a adequações de edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos,
em caráter provisório ou permanente.
21.1.3
A abrangência desta Norma inclui as edificações:
- de uso público, mesmo que de propriedade privada, como, por exemplo, as
destinadas à educação, saúde, cultura, culto, esporte, lazer, serviços, comércio,
indústria, hospedagem, trabalho, reunião, etc.
- de uso multifamiliar, nas áreas comuns de circulação.
21.1.4
No decorrer desta Norma são apresentadas situações que podem servir como exemplo
de condição ideal e que devem ser consideradas em novos projetos ou adequações de
edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos em uso, respeitadas as devidas
limitações. As soluções ou tecnologias alternativas que comprovadamente atendam ao
definido em 21.3.1 podem ser utilizadas em lugar dos exemplos dados.
21.2
DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
NOTA:
A observância do estabelecido nesta Norma não desobriga o cumprimento de outras
disposições na Legislação Federal, Estadual e Municipal.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
-
Legislação Nacional de Trânsito
-
NBR 7192 - Projeto, fabricação e instalação de elevadores - Procedimento
-
NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios - Procedimento
-
NBR 9283 - Mobiliário urbano - Classificação
-
NBR 9284 - Equipamento urbano - Classificação
21.3
DEFINIÇÕES
Para efeito desta Norma são adotadas as definições de 21.3.1 a 21.3.7
21.3.1
Acessibilidade
Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia de
alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaço, mobiliário
e equipamento urbanos.
21.3.2
Barreira arquitetônica ambiental
Impedimento da acessibilidade, natural ou resultante de implantações arquitetônicas ou
urbanísticas.
21.3.3
Deficiência ambulatória
1. Deficiência ambulatória total
Deficiência que obriga a pessoa a utilizar, temporária ou permanentemente,
cadeira de rodas.
2. Deficiência ambulatória parcial
Deficiência que faz a pessoa se movimentar com dificuldade ou insegurança, usando ou não aparelhos
ortopédicos ou próteses.
21.3.4
Deficiência Sensorial
1. Deficiência sensorial visual
Deficiência total ou parcial da visão que possa causar insegurança ou desorientação à pessoa.
2. Deficiência sensorial auditiva
Deficiência total ou parcial da audição que possa causar insegurança ou
desorientação à pessoa.
21.3.5
Desenho Universal
Aquele que visa a atender à maior gama de variações possíveis das características
antropométricas e sensoriais da população.
21.3.6
Equipamento Urbano
1. Todos os bens públicos e privados, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da
cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados.
2.
São exemplos de equipamento urbano (citados na NBR 9284): ginásio de esportes, clubes, escolas, praças,
parques, auditórios, estacionamentos e outros.
21.3.7
1.
Mobiliário Urbano
Todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária
ou não, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados.
2. São exemplos de mobiliário urbano (citados na NBR 9283): telefones públicos,
caixas de correio, bancas de jornal, semáforos e outros.
NOTA:
Para íntegra desta norma, consultar NBR 9050 da A.B.N.T de Set. 1994.
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Caderno de Encargos UFMS