COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Programa de Recuperação Final
3ª Etapa – 2010
Disciplina: _____________ Professor (a): Carlos Kalani
Aluno (a):_________________ Ano:2 Turma: 2AD-FG
Valor: 10 pontos
Nota: ___________
Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação.
Faça a lista de exercícios com atenção, ela norteará os seus estudos.
Utilize o livro didático adotado pela escola como fonte de estudo.
Se necessário, procure outras fontes como apoio (livros didáticos, exercícios
além dos propostos, etc.).
Considere a recuperação como uma nova oportunidade de aprendizado.
Leve o seu trabalho a sério e com disciplina. Dessa forma, com certeza obterá
sucesso.
Qualquer dúvida procure o professor responsável pela disciplina.
CONTEÚDO
Unidade de estudo - conceitos e
habilidades.
Romantismo no Brasil
Características e momento
histórico.
Principais autores e características.
RECURSOS PARA
ESTUDO / ATIVIDADE
Onde estudar:
Livro: Português Contexto,
interlocução e sentido.
- Maria Luiza Abaurre;
- Maria Bernadete M. Abaurre; e
- Marcela Pontara.
Realismo e o Naturalismo no Brasil Unidades 1, 2 e 3, todos os capítulos.
Características e momento
histórico.
Principais autores e características. Livro: Gramática em textos
- Leila Lauar Samento
Parnasianismo;
Exercícios e avaliações passados.
Características e momento
Temas apresentados em datashow.
histórico.
Principais autores e características.
Simbolismo.
Características e momento
histórico.
Principais autores e características.
COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Área do conhecimento: Códigos e Linguagens
Disciplina: Literatura
Nº de Questões: 10
Módulo: Recuperação-Final
3ª Etapa
Educador: Carlos Kalani
Valor: 10,0
Nota:
Nome:
Data: __/12/2010
Turma: 2ºAD-FG
Nº
→ BLOCO DE ATIVIDADES / EXERCÍCIOS PROPOSTOS
INSTRUÇÃO: Texto para as questões de 01 a 02.
Senhora
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela.
Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi
proclamada a rainha dos salões.
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e ídolo dos noivos em
disponibilidade.
Era rica e formosa.
Duas opulências, que se realçavam como a flor em vaso de alabastro;
dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante.
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o
firmamento a corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no
meio do deslumbramento que produzira seu fulgor?
(José de Alencar. Senhora. Edição crítica de José Carlos Garbuglio, RJ, LTC, 1979.)
QUESTÃO 01 (VALOR 1,0)
Em seus estudos você percebeu que José de Alencar faz um uso imenso de
símiles (comparações) e metáforas nas descrições das personagens.
Assim elas surgem já idealizadas, desde o momento em que são
apresentadas pelo narrador.
a) TRANSCREVA a primeira metáfora utilizada pelo narrador na
apresentação de Aurélia Camargo.
COPIE a frase, passando-a para a ordem sintática direta.
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b) Essa primeira metáfora se desdobra, nos parágrafos seguintes, em novas
metáforas. Observando esses desdobramentos, INTERPRETE o significado
metafórico da expressão “céu fluminense”.
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QUESTÃO 02 (VALOR 1,0)
O tema central de Senhora é o casamento por dinheiro. Aurélia Camargo,
uma moça pobre, recebe inesperadamente uma grande herança. Passa então
a freqüentar a alta sociedade e é cortejada pó inúmeros pretendentes. A
todos ela despreza. Casa-se, entretanto, com Fernando Seixas, um antigo
namorado que a trocara por uma noiva que lhe daria um bom dote. Esse
casamento realiza-se como uma autêntica transação comercial.
a) Aurélia torna-se a mulher mais admirada da corte. Qual é a primeira
expressão utilizada pelo narrador para sugerir, discretamente, o real
interesse dos pretendentes à mão de Aurélia?
EXPLIQUE sua conclusão.
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b) Quais as duas grandes qualidades de aurélia que a transformam em
estrela, rainha, deusa, musa e ídolo?
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QUESTÃO 03 (VALOR 1,0)
Num texto famoso, criticando a idealização romântica do índio brasileiro,
Monteiro Lobato toma Peri como exemplo:
“Morreu Peri, incomparável idealização dum homem natural como o
sonhava Rousseau, protótipo de tantas perfeições humanas que no romance,
ombro a ombro com altos tipos civilizados, a todos sobreleva em beleza
d’alma e corpo.
Contrapôs-lhe a cruel etnologia dos sertanistas modernos em
selvagem real, feio e brutesco, anguloso e desinteressante, tão incapaz,
muscularmente, de arrancar uma palmeira, como incapaz moralmente, de
amar, Ceci.”
(Urupês. In Uruopês.SP, Brasiliense,1985.)
Que olhar Lobato tem sobre o índio? JUSTIFIQUE sua resposta.
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QUESTÃO 04 (VALOR 1,0)
O Romantismo e o Realismo são grandes correntes estéticoliterárias que se
desenvolveram ao longo do século XIX. O Realismo surgiu na segunda
metade desse século, como oposição ao Romantismo, que se desenvolveu
durante a primeira metade.
Em que consiste tal oposição?
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INSTRUÇÃO: LEIA o poema a seguir e RESPONDA às questões 05 e 06
propostas.
A um poeta
Surge et ambula!
Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afuguentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! são canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
Antero de Quental
Vocabulário:
Surge et ambula! (latim) – “Lenata e anda!”.
Levita - sacerdote, padre.
Rebate – assalto repentino, ataque; aquilo que incita,
Estimula a realização de algo ou provoca uma reação.
QUESTÃO 05 (VALOR 1,0)
IDENTIFIQUE o locutor do poema, utilizando imagens nele presentes nele
presentes para justificar sua resposta.
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QUESTÃO 06 (VALOR 1,0)
A opinião do eu lírico sobre o interlocutor é positiva? Por qual razão?
A fim de comprovar sua resposta, utilize a metáfora e a comparação da
primeira estrofe.
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QUESTÃO 07 (VALOR 1,0)
[...]
Pombinha, impressionada pela transformação da voz dele, levantou o rosto e
viu que as lágrimas lhe desfilavam duas a duas, três a três, pela cara , indo
afogar-se-lhe na moita cerdosa das barbas. E, coisa estranha, ela, que
escrevera tantas cartas naquelas mesmas condições; quem tantas vezes
presenciara o choro rude de outros muitos trabalhadores do cortiço,
sobressaltava-se agora com os desalentados soluços do ferreiro.
Porque, só depois que o sol lhe abençoou o ventre; depois que nas suas
entranhas ela sentiu o primeiro grito de sangue de mulher, teve olhos para
essas violentas misérias dolorosas, a que o s poetas davam o bonito nome de
amor. A sua intelectualidade, tal como seu corpo, desabrochara
inesperadamente, atingindo de súbito, em pleno desenvolvimento, uma
lucidez que a deliciava e surpreendia. Não a comovera tanto a revolução
física. Como que naquele instante o mundo inteiro se despia à sua vista, de
improviso esclarecida, patenteando-lhe todos os segredos da suas paixões.
Agora, encarando as lágrimas do Bruno, ela compreendeu e avaliou a
fraqueza dos homens, a fragilidade desses animais fortes, de músculos
valentes, de patas esmagadoras, mas que se deixam encabrestar e conduzir
humildes pela soberana e delicada mão da fêmea.
[...]
(Aluísio Azevedo, O cortiço.SP, Ática, 1997, pág.128.)
a) Que transformação vivenciada por Pombinha lhe permite interpretar com
“outros olhos” o choro do ferreiro Bruno pela mulher que o abandonara?
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b) Em que sentido essa transformação indica a presença do Realismo
naturalista no texto?
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INSTRUÇÃO: LEIA e RELEIA o seguinte texto, escrito por Raul Pompéia e
em seguida RESPONDA às questões 08 e 09 propostas.
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do ateneu.
Coragem para a luta.”
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia,
num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de
carinho que é o regímen do amor doméstico; diferente do que se encontra
fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício
sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à
impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na
influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-no, entretanto, com
saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje,
sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de
longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. [...]
Eu tinha onze anos.
[...]
(Raul Pompéia. Ateneu, RJ, Francisco Alves, 1976, pág. 21)
QUESTÃO 08 (VALOR 1,0)
Que foco narrativo caracteriza o romance? Compare-o como o foco
narrativo do Cortiço, apresentado na questão de número 7.
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QUESTÃO 09 (VALOR 1,0)
O narrador de O Ateneu é um menino ou um adulto? Por quê?
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QUESTÃO 10 (VALOR 1,0)
LEIA com muita atenção o fragmento a seguir, e responda ao que se pede.
E aqui justiça a nossa dama. A princípio, cedeu sem vontade aos
desejos do marido; mas tais foram as admirações colhidas, e a tal ponto o
uso acomoda a gente às circunstâncias, que ela acabou gostando de ser
vista, muito vista, para recreio e estímulo dos outros. Não a façamos mais
santa do que é, nem menos. Para as despesas da vaidade, bastavam-lhe os
olhos, que eram ridentes, inquietos, convidativos, e só convidativos: podemos
compará-los à lanterna de uma hospedaria em que não houvesse cômodos
para hóspedes. A lanterna fazia parar toda a gente, tal era a lindeza da cor,
e a originalidade dos emblemas; parava, olhava e andava. Para que
escancarar as janelas? Escancarou-as, finalmente; mas a porta, se assim
podemos chamar ao coração, essa estava trancada e retrancada.
(Quincas Borba)
a) Que frase do fragmento alude ironicamente à precisão da descrita
realista?
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b) CITE dois recursos estilísticos tipicamente machadianos encontrados no
fragmento.
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Literatura (Prof. Carlos) - Colégio Imaculado Coração de Maria