Visita tecnica dos alunos do curso de engenharia de produção a usina hidreletrica
RONDON II -Pimenta Bueno –RO
No dia 27 de junho de 2015 os acadêmicos do curso de engenharia de produção da
Universidade Federal de Rondônia (UNIR), acompanhados pelos professores Tatiane
Aparecida de Lazari e Juander Antônio de Oliveira Souza, realizaram uma visita técnica
a UHE (Usina Hidrelétrica) Rondon II. Empresa essa pertencente ao Grupo Eletrogoés.
Na oportunidade o grupo de 12 alunos pode vivenciar na prática conhecimentos
adquiridos em sala de aula através da disciplina de Eletricidade Aplicada a Engenharia.
A visita foi coordenada por Gefeson, Diretor Operacional e Vagner, supervisor de
operação, o qual explanaram sobre assuntos referentes a UHE Rondon II, a matriz
energética brasileira e sua principal dificuldade.
A usina entrou em operação no dia 31 de março de 2011 acessando a Subestação de
Pimenta Bueno da Eletrobrás Distribuição Rondônia interligando-se ao SIN - Sistema
Interligado Nacional.
Em junho de 1993, foi celebrado o Contrato de Concessão nº 006/93 entre a empresa
Eletrogóes S.A. e a União, o qual regulava a concessão para exploração do
aproveitamento de energia hidráulica nas proximidades da antiga Vila Barão de
Melgaço, no Rio Comemoração, município de Pimenta Bueno. A Eletrobrás
Distribuição Rondônia é responsável pela compra e distribuição de toda a energia
produzida pela UHE Rondon II. Sua potência instalada é de 73,5 MW e sua transmissão
é realizada através de corrente alternada devido a sua maior facilidade de acesso por
subestações na energia transmitida, o que pode atender varias cidades por onde a linha
passar, e sua transmissão sofre uma perda 2,5% em media chegando ao subestação da
Eletrobrás a 138KV. A área inundada da usina 73 km² e a energia produzida hoje pela
empresa representam 15 % da energia consumida no estado de Rondônia.
Atualmente 95% do Brasil é abastecido por meio do Sistema Interligado Nacional
(SIN). As poucas exceções estão localizadas na Amazônia, Rondônia, Acre e Pará, onde
há comunidades isoladas geograficamente, abastecidas por geração térmica a óleo
diesel, nos chamados sistemas isolados. O SIN é composto principalmente pela rede
básica de transmissão que interliga uma vasta parcela do território nacional por meio de
quase 100 mil quilômetros de rede elétricas aos quais conectam redes secundarias de
transmissão e redes de distribuição, que levam a eletricidade ao consumidor. A rede
básica estão conectadas as unidade geradoras que produzem energia elétrica .
O processo de comando e de alocação da energia necessário para suprir a demanda
nacional é feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em Brasília. A
usina Rondon II possui esse contrato com a ONS, e conforme a solicitação desse órgão
a empresa é obrigada a oferecer a quantidade de energia até chegar a sua capacidade
instalada que é de 73,5 MW. Atualmente a hidrelétrica está trabalhando a 40 MW,
porém, a pedido do NOS, deverá fornecer até o limite de sua potência instalada,
segundo o Sr Vagner esses pedidos tem sido constantes, resultado da crise vivenciada
pelo setor em todo o país.
Um problema enfrentado pela produção e o consumo de energia elétrica é o
armazenamento. A energia precisa ser imediatamente consumida por que não tem como
ser armazenada e só é possível armazenar os elementos usados na geração como água,
óleos combustíveis, carvão, gás natural, uranio enriquecidos e combustíveis fosseis. Por
isso a UHE Rondon II tem uma grande preocupação com o meio ambiente e acredita
que a única maneira de não ter a sua produção afetada é promovendo a conscientização
da população para que preserve os rios e o meio ambiente de uma forma geral.
A UHE utiliza a água que fica guardada em seu reservatório e que é consumida ao
decorrer do ano. A usina possui um canal de 4 km que liga o reservatório a tomada
d´água onde existe a queda natural para dar o potencial hídrico necessário para a
geração de energia da usina.
Canal da usina Rondon II
Reservatório da Usina Rondon II
É muito importante para a instalação de uma hidrelétrica a participação de quedas de
uma bacia, técnica essa que otimiza o aproveitamento do curso d’agua. Esse fator foi
primordial para a escolha da localização usina, pois a região é privilegiada
naturalmente. A instalação escolhida para a UHE é a de “fio d’água” com pequeno
reservatório, o que demostra a responsabilidade ambiental da usina, pois esse sistema
apresenta um baixo impacto ambiental.
Visando o aumento do consumo de energia nacional e também uma grande oferta de
florestas energéticas na proximidade da usina, o Grupo Eletrogóes está construindo
mais um empreendimento que é uma usina termoelétrica, a UTE Rondon II, e terá
capacidade instalada de geração de 24 MW.
Árvores removidas para a construção do lago (reservatório), sobras das serrarias
(cavacos), em um raio de 15 km de distancia das dependências da termoelétrica e uma
floresta de eucalipto, plantada e manejada adequadamente pela empresa, serão as fontes
de biomassa para a usina termoelétrica a curto e longo prazo. A previsão é que a
termoelétrica entre em funcionamento no segundo semestre de 2015.
De acordo com Gefeson, Diretor Operacional da UHE Rondon II, “a cada 1% de
crescimento populacional no país é necessário colocar 5000 MW de energia elétrica no
mercado. O grande desafio para as engenharias é a cada dia reduzir as perdas de
transmissão até a chegada ao consumidor final. Estudos e aperfeiçoamentos em
logísticas é fundamental”.
Texto de Cristina Santos, acadêmica do Curso de Engenharia de Produção –
Unir – Cacoal –RO.
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