VISITA MULTIPROFISSIONAL NA UTI: UMA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO EM UM HOSPITAL ESCOLA Mendonça SCB, Dutra AMCR, Marinho PML, Lobo IMF, Euzébio DM Hospital Universitário de Sergipe. E-mail: [email protected] Introdução. O aperfeiçoamento da comunicação interprofissional é objeto prioritário dentre as ações para a segurança do paciente nos serviços de saúde, e constitui uma das seis metas definidas pelo Ministério da Saúde/ANVISA(1-3). Estabelecer uma visita multiprofissional a pacientes em cuidados intensivos é uma ação preconizada para melhorar a qualidade da assistência e garantir a segurança do paciente, reduzindo eventos adversos à saúde. Justificativa. Atender a legislação nacional, acima referida, em segurança do paciente. Objetivo. Caracterizar a participação multiprofissional em visitas semanais na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método. Estudo descritivo, para avaliar a participação multiprofissional em visitas regulares semanais instituídas a partir de outubro de 2014, na UTI do Hospital Universitário de Sergipe como estratégia para melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde. A visita multiprofissional foi uma ação implementada pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) da instituição. A participação das diferentes categorias profissionais foi mensurada proporcionalmente, distribuídas comparativamente em quatro trimestres (outubro-dezembro/2014; janeiro-março/2015; abril-junho/2015; julho-setembro/2015). Foram consideradas as categorias profissionais: enfermeiro, médico, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, farmacêutico, psicólogo, odontólogo, técnico de enfermagem, residentes, estudantes e membros do NSP. Resultados. No período de outubro a dezembro de 2014 e janeiro a setembro de 2015 foram realizadas 41 visitas com a participação global de 668 profissionais. Em média, 16 profissionais participaram de cada visita, mantendo-se estável nos quatro trimestres (15, 17, 17 e 16 participantes em média). Dentre as 12 categorias profissionais participantes da estratégia de comunicação as que mais frequentaram foram os residentes (44,8%), membros do NSP (18,3%) e fisioterapeutas (7,8%); as menos frequentes foram psicólogo (0,1%), odontólogo (0,6%) e técnico de enfermagem (0,7%). Participaram ainda os estudantes (7,2%), médicos (6,6%), enfermeiros (4,6%), farmacêuticos (4,5%), fonoaudiólogos (3,4%) e nutricionistas (1,3%). A comparação trimestral por categoria mostrou aumento na participação de médico (0,8; 0,9; 1,2; 1,3) e estudantes (0,7; 1,3; 0,8; 1,8). A participação das categorias farmacêutico (0,8; 0,7; 0,8; 0,7), membros do NSP (3,4; 3,1; 3,3; 2,3) e residentes (5,1; 8,3; 7,8; 7,7) manteve-se estável. Houve redução na participação de nutricionista (0,4; 0,2; 0,3; 0), fonoaudiólogo (0,6; 0,8; 0,7; 0,3), enfermeiro (1,4; 0,4; 0,6; 0,8) e fisioterapeuta (1,6; 1,5; 1,1; 1). Psicólogo, odontólogo e técnico de enfermagem tiveram participação discreta nos trimestres estudados. Conclusão. A média de participantes por visita manteve-se estável nos quarto trimestres estudados permitindo inferir que a estratégia está consolidada. A distribuição dos participantes por categoria profissional elevou-se para médicos e estudantes; manteve-se estável em farmacêutico, membros do NSP e residentes; e reduziu-se para nutricionista, fonoaudiólogo, enfermeiro e fisioterapeuta. A perspectiva futura é de averiguar o impacto das visitas multiprofissionais na melhoria efetiva da comunicação entre os profissionais e seus consequentes benefícios assistenciais para a segurança do paciente. Palavras-chave: Segurança do Paciente; Gestão de Segurança; Comunicação Interdisciplinar; Equipe de Assistência ao Paciente. Referências: 1. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília, 2013. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução da Diretoria Colegiada nº36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília, DF, 2014.