IP/06/382 Bruxelas, 27 de Março de 2006 O Comissário da UE responsável pelo Comércio, Peter Mandelson, efectua uma visita à América Latina, de 27 a 31 de Março de 2006 O Comissário da UE responsável pelo Comércio, Peter Mandelson, chega hoje a Santiago do Chile, no primeiro de uma visita de seis dias à América Latina. O Comissário visitará o Chile, o Brasil e a Argentina. No Chile, encontrar-se-á com a Presidente chilena, Michelle Bachelet. Na Argentina, encontrar-se-á com altos funcionários do governo e participará numa mesa-redonda com empresários argentinos sobre as negociações de um acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul. O Comissário Mandelson terminará o seu périplo no Brasil, onde participará em reuniões em que serão abordadas questões bilaterais e as negociações do Doha Round da OMC. O Comissário encontrar-se-á com o ministro brasileiro do Comércio, Celso Amorim, e visitará uma fábrica de bioetanol situada em Ribeirão Preto. O Comissário Mandelson aproveitará a sua visita para realçar a vitalidade das relações comerciais bilaterais entre a Europa e a América Latina. Peter Mandelson salientará o interesse comum de ambas as regiões no êxito do Doha Round. Reiterará igualmente o empenho da União Europeia no êxito das negociações de um acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul. Um poder económico crescente e um aprofundamento das relações com a UE… Na América Latina, o crescimento económico e o aumento da confiança coexistem com importantes desafios em matéria de pobreza e de desenvolvimento. Enquanto mercado de exportação e fonte de investimentos, a União Europeia constitui um parceiro fundamental para esta região. A União Europeia concluiu um bom acordo de comércio livre com o Chile e mantém fortes relações comerciais bilaterais com todos os países da América Latina. A título de exemplo, durante a última década, o Brasil duplicou as suas exportações de produtos agrícolas para a União Europeia. A UE é o principal mercado de exportação para o Chile, assim como a principal fonte das suas importações, logo após a vizinha Argentina. O Brasil, o Chile e a Argentina são membros do grupo G-20 das economias emergentes. A América Latina pode ser uma das grandes ganhadoras do Doha Round… A América Latina, que conta com alguns dos exportadores de produtos agrícolas mais competitivos de todo o mundo, não deixará de beneficiar com o acesso a novos mercados, a redução das subvenções e a supressão das subvenções à exportação oferecidas pela União Europeia no âmbito das negociações do Doha Round. Como contrapartida, a UE solicitou novas possibilidades de acesso para os investimentos e as exportações de produtos industriais europeus no que respeita aos mercados dos países desenvolvidos e das economias emergentes do G-20, o que inclui os países da América Latina. A União Europeia está a oferecer mais concessões do que outros membros da OMC. Todavia, tal como foi referido, há três semanas, em Londres, pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva, o êxito do Doha Round significa que tanto os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento mais avançados devem estar dispostos a prestar o seu contributo. Mercosul: o primeiro acordo de comércio livre entre duas regiões do mundo Embora as negociações da Agenda de Desenvolvimento de Doha da OMC representem uma prioridade para a UE, esta continua empenhada no êxito das negociações de um acordo de comércio livre com o Mercosul. Esse acordo UE-Mercosul seria o primeiro acordo de comércio livre entre duas regiões do mundo. Ao incentivar o aprofundamento da integração regional entre os próprios países membros do Mercosul, o acordo criaria novas economias de escala e um mercado mais amplo que atraia os investimentos. Para acompanhar a visita do Comissário Mandelson ou obter mais informações sobre as relações entre a União Europeia e a América Latina, visite: http://europa.eu.int/comm/trade. 2