CIBER
DEMOCRACIA
Combinando a Democracia Directa com as
Tecnologias de Informação
27 de Fevereiro de 2011 – Henrique Sanchez
Introdução
Vivemos num mundo cada vez mais dominado pela comunicação instantânea. Todos os
dias somos bombardeados por SMS, mensagens instantâneas, mensagens por
BlueTooth, feeds de RSS, podcasts subscritos, mensagens privadas, ‘posts’ em fóruns,
novas mensagens, novos tópicos e por aí fora. O número de smartphones continua a
aumentar também aqui em Portugal [1], assim como o número de ligações à internet [2].
A Ciber Democracia visa, por isso, integrar este novo quotidiano tecnológico com
formas mais directas de democracia. A Democracia Directa, ao contrário da Democracia
Representativa ou Parlamentar, permite aos cidadãos votar nas medidas directamente
em vez de eleger representantes para esse papel.
A forma mais eficiente para permitir aos cidadãos discutir tais medidas activamente
seria através de fóruns na internet (em inglês: message boards, bulletin boards, forums,
fora), os quais através de uma plataforma ciber democrática, permitiriam os cidadãos
ligar-se facilmente através dos seus smartphones, tablets, ou outras tecnologias. Afinal
de contas, se as pessoas têm tempo para actualizar o seu estado do Facebook através do
seu smartphone, provavelmente também terão tempo para algo socialmente benéfico.
Esquema representativo
Ainda que a ideia inicial da Ciber Democracia tenha sido pensada para ser aplicada
directamente em regiões e localidades, pensou-se em primeiro criar o software
necessário e integrá-lo em instituições mais pequenas, à medida que se testa a sua
eficácia, e só depois implementá-lo progressivamente em instituições mais acima da
hierarquia.
Funcionamento
Tal software/plataforma ciber democrática, denominado de e-Kratos, terá de ser criado
para funcionar na esmagadora maioria dos sistemas operativos presentes nos
smartphones, e requer para o seu funcionamento, uma ligação à internet. Seguem-se
agora alguns desenhos conceptuais desse software:
À esquerda: Menu inicial pedido um nome de usuário e respectiva palavra-passe. A ligação
efectuada terá de ser encriptada (por exemplo, através de PGP) de modo a proteger de
possíveis ataques cibernéticos. À direita, menu inicial da aplicação/software, divide-se em 4
categorias e um botão para log-off: A categoria )otícias, a categoria “Rock The Vote”, a
categoria Fóruns, e a categoria Pesquisa.
À esquerda: Depois de clicar na categoria )otícias, é possível visualizar as mais recentes
votações e respectivos resultados, dentro dos Fóruns que os utilizadores decidiram inscreverse, assim como discussões a ter lugar nas últimas horas. Cada fórum criado por uma instituição
teria a habilidade de se tornar privado e apenas permitir aos seus membros a visualização e
votação nas medidas propostas pelos mesmos membros. Teoricamente, também seria possível
criar um fórum para uma família, usando esse fórum para listar sugestões, tarefas e
manutenção. À direita: Após clicar na categoria “Rock The Vote” ou na categoria “Fóruns”, o
utilizador poderia escolher entre visualizar apenas as votações a decorrer numa determinada
sub-categoria, de um fórum previamente subscrito, ou visualizar apenas as discussões numa
determinado sub-categoria subscrito. De notar que os nomes para tais sub-categorias são
pesonalizáveis.
À esquerda: Após clicar na categoria “Rock The Vote” e escolher uma sub-categoria subscrita,
o utilizador pode não só votar na votação, como também observar as opiniões mais bem
classificadas sobre os prós e contras das alternativas propostas, sendo tal classificação
atribuída por cada membro à semelhança de sistemas existentes no YouTube. O utilizador pode
também ‘saltar’ para a próxima votação. À direita: Após votar, o utilizador pode também
observar os resultados dessa votação em tempo real, visualizar mais informações (tais como as
abstenções) e/ou prosseguir para o próximo voto ou voltar para o menu inicial.
À esquerda: Após clicar na categoria “Fóruns” e escolher a sub-categoria, o utilizador pode
navegar pelo fórum de semelhante forma ao que é possível hoje em dia na Internet. À direita:
Após clicar na categoria “Pesquisa”, os utilizadores podem pesquisar novos fóruns onde
inscrever-se, utilizando um motor de busca. Contudo, possivelmente seria prática comum
apenas permitir, por exemplo, os empregados numa empresa participarem no fórum da
empresa.
Espero que tenham ficado esclarecidos sobre a Ciber Democracia neste breve
documento. Outros documentos mais completos, com ideias mais iniciais estão também
acessíveis para visualização no website http://cyberdem.wordpress.com, onde podem
também deixar as vossas sugestões. Afinal, todas as mudanças começam com uma
ideia, ou um post no twitter, dependendo da plataforma que preferirem!
Fontes
[1]http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/venda_de_smartphones_cresce_79_em_
portugal_1091907.html
[2] http://www.computerworld.com.pt/2010/07/27/portugal-e-nono-nas-ligacoes-ainternet/
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