Controvérsia no tratamento da instabilidade rotuliana
Controversy in the treatment of rotuliana instability
Controvérsia no tratamento da instabilidade rotuliana
Ana R.J.Ferreira*; Manuel Gutierres§
Aluna do sexto ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto*; Professor
Doutorado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Serviço de Ortopedia do
Hospital de São João§.
Correspondência
Ana Rita João Ferreira
Faculdade de Medicina do Porto
Al. Prof. Hernâni Monteiro 4200 – 319 Porto PORTUGAL
Telefone: 910562302
Email: [email protected]
Serviço de Ortopedia e Traumatologia
Declaração de conflito de interesses: nada a declarar.
2
Resumo
Objectivo: O objectivo desta monografia é definir a abordagem mais adequada para o
tratamento da instabilidade patelofemural, segundo a patologia/paciente.
Fonte dos dados: Utilizando a MEDLINE, procedeu-se à pesquisa de artigos, usando como
query “patellofemural instability AND treatment”. Estes foram seleccionados de acordo com
o título, resumo e disponibilidade do artigo completo. Alguns dados foram retirados do livro
“Patellofemural Pain, Instability, and Arthritis” de Stefano Zaffagnini et al.
Resultados: Foram incluídos 67 artigos.
Síntese dos dados: O tratamento inicial deve ser conservador excepto se ruptura do LMPF,
lesão osteocondral ou outros factores de risco para luxação futura. Neste caso, a reconstrução
ligamentar é indicada. Quando se opta pela abordagem cirúrgica, os resultados com o
procedimento Galeazzi ou Roux-Goldthwait não foram tão favoráveis no adulto, com segundo
episódio de luxação, como a reconstrução do LMPF. No entanto, continuam a ser tratamento
de primeira linha na criança e adolescente. O procedimento Elmeslie-Trillat permanece a
intervenção principal para a luxação rotuliana na presença de rótula alta e/ou TA-GT
excessivo. Já a trocleoplastia de afundamento artroscópica é a melhor resposta à displasia
tróclear de alto grau (tipo B e D), no entanto, deve apenas ser considerada em casos restritos.
Conclusões: A instabilidade rotuliana continua a ser uma área de grande controvérsia. Ainda
assim grandes passos têm sido dados na melhor compreensão e classificação desta patologia.
A reconstrução do LMPF é uma das principais opções no tratamento da instabilidade
rotuliana objectiva. Outras opções como certas trocleoplastias e osteotomias desrotacionais
são reservadas para situações excepcionais.
Palavras-chave: instabilidade patelofemural; Tratamento; Controvérsias.
3
Abstract
Goal: The goal of this article is to define the best approach for the treatment of patellofemural
instability, accordingly to the pathology/patient
Data source: Using MEDLINE, the article research based on the query “patellofemural
instability AND treatment”. These were selected by the title, abstract and availability of
fulltext. Some data were obtained from the book “Patellofemural Pain, Instability, and
Arthritis” by Stefano Zaffagnini et al.
Results: 67 articles were included.
Data synthesis: The initial treatment for patellofemural instability should be nonoperative
except if LMPF rupture, osteocondral lesion or other risk factors for future dislocation are
present. Then a ligament reconstruction is indicated. The results with the Galeazzi or RouxGoldthwait procedure weren’t favourable in the adult, with the second dislocation, as the
LMPF reconstruction. However, still remain in the first line treatment for children and
adolescents. The Elmeslie-Trillat procedure is considered the most important intervention for
the treatment of patellar dislocation with patella alta and/or pathological TT-TG. Artroscopic
deepening throcleoplastia is the best response to trochlear displasia (type B and D), but should
only be considered in very restrict cases.
Conclusion: The patellar instability remains an area of great controversy. Nevertheless, big
steps have been given toward a better understanding and classification of this pathology.
LMPF reconstruction is a main option for the treatment of objective patellar instability. Other
options like certain trochleoplasties and derotacional osteotomies are reserved for exceptional
situations.
Key-words: Patellofemural instability; treatment; Controversy.
4
Índice
1. Introdução…………………………………………..………………………….……….6
2. Anatomia e Biomecânica………………………….…………………………………...6
3. O conceito de instabilidade…………………………………………………………….8
4. História natural…………………………………………………………..……………11
5. Tratamento Conservador……………………………………………………………...12
6. Tratamento cirúrgico………………………………………………………………….13
A. Realinhamento proximal………………………………………………………….14
a. Realinhamento proximal lateral (libertação lateral) ……………………...14
b. Realinhamento proximal medial (ráfia medial; reposição do vasto medial
oblíquo (VMO) e reconstrução do LMPF) ……………………………..15
i. Ráfia medial………………………………………………………15
ii. Reposição do vasto medial oblíquo (VMO) e reconstrução do
LMPF……………………………………………………………..15
B. Realinhamento distal……………………………………………………………...18
a. Partes moles……………………………………………………………….18
i. Procedimento de Galeazzi…………………………………….......18
ii. Procedimento Roux-Goldthwait………………………………..…19
b. Osteotomias……………………………………………………………….19
5
i. Transferência do tubérculo tibial (TTT)………………………..…20
1. Transferência Medial……………………………………...21
2. Transferência distal…………………………………….…21
3. Tenodesis Rotuliana ……………………………………..22
4. Transferência tibial anterior…………………………..…..22
C. Trocleoplastias…………………………………………………………………....23
a. Trocleoplastia de elevação da faceta lateral………………………………23
b. Trocleoplastia de afundamento…………………………………………...23
c. Outras trocleoplastias…………………………………………………..…25
D. Osteotomia rotuliana…………………………………………………………...…25
E. Osteotomia tibial e femural……………………………………………………….25
F. Luxação recorrente………………………………………………………………..26
G. Conclusão…………………………………………………………………………27
H. Referências……………………………………………………………………….28
I. Anexos…………………………………………………………………………….32
6
1. Introdução
A articulação patelofemural é uma das articulações biomecanicamente mais complexas,
possuindo diversos componentes anatómicos como a forma do osso, estruturas
capsuloligamentares e músculos que, isoladamente ou em combinação, podem ser
responsáveis por instabilidade rotuliana. De facto, as patologias patelofemurais constituem
cerca de 20-40% de todos os problemas do joelho. [1] Estudos observacionais estimam que a
incidência da instabilidade patelofemural é de 43 por 100,000. [2]
Cada paciente é singular dada a variedade de padrões de instabilidade. Esta situação tem sido
responsável pelo elevado número de procedimentos cirúrgicos e médicos propostos para a
instabilidade patelofemural, conduzindo a resultados clínicos pouco congruentes. Apesar do
procedimento cirúrgico atuar principalmente nos estabilizadores ativos e passivos da rótula, é
fundamental atingir, durante o ato cirúrgico, um equilíbrio rotuliana dinâmico com uma tração
rotuliana correta durante toda a amplitude do movimento.[1]
O presente trabalho tem como objectivo definir a abordagem de tratamento mais adequada, de
acordo com a patologia/paciente.
2. Anatomia e Biomecânica
A rótula é o osso maior osso sesamóide no corpo humano, que atinge a sua forma adulta por
volta da oitava semana de gestação. [3] A rótula funciona tanto como alavanca e roldana.
Como alavanca, a rótula magnífica a força exercida pelo quadricípete na extensão do joelho.
Como uma roldana, a rótula redireciona a força do quadricípete à medida que sofre tração
rotuliana normal durante a flexão.
7
Apesar da articulação patelofemural fazer parte da articulação do joelho, ela é funcionalmente
distinta da articulação tibiofemural. Os ¾ superiores da superfície posterior da rótula
articulam com o sulco tróclear. O stress mecânico significativo justifica a espessura da
cartilagem articular rotuliana de 4 a 6 mm em adultos jovens saudáveis. O côndilo femural
lateral tem uma dimensão anteroposterior superior em relação ao côndilo medial, reduzindo a
translação lateral da rótula. [4]
O ligamento patelofemural medial (LMPF) é o principal limitador da translação lateral da
rótula (mais de 50% de restrição lateral). Este, associado ao complexo reticular medial,
confere resistência significativa à translação lateral apenas na flexão inicial do joelho. À
medida que o joelho progride na flexão, a geometria tróclear, a congruência patelofemural e
em particular o ângulo de inclinação da parede tróclear lateral providenciam a restrição major
para a luxação lateral.
Wiberg em 1941 [5] classificou radiograficamente a forma da rótula, determinando três tipos
de hipoplasia rotuliana: no tipo I as facetas são côncavas, simétricas e de igual tamanho
(24%); no tipo II a faceta lateral é côncava e maior que a faceta medial (57%); já no tipo III o
tamanho da faceta medial é marcadamente inferior em relação à faceta lateral (19%). O tipo
mais frequente na luxação rotuliana objectiva é o Wiberg II, enquanto que nos casos de
displasia patelofemural de alto grau será o Wiberg III.
Brostrom [6] descreveu o ângulo Q como o ângulo formado pela linha de força exercida pelo
quadricipete e tendão rotuliano quando interceptam o centro da rótula. No entanto, há muita
controvérsia nos valores a considerar normais e como medi-la. [1]
8
3. O conceito de instabilidade
A instabilidade rotuliana é normalmente definida como um movimento anormal da rótula em
relação ao sulco tróclear do fémur. [7] É importante determinar se a sensação de instabilidade
está relacionada com o mecanismo extensor ou secundária a insuficiência ligamentar.[1]
Para a estabilidade da rótula contribuem os estabilizadores activos e os estabilizadores
passivos. As estruturas ósseas (rótula, côndilos) e os tecidos moles (tendões do quadricípede e
rotuliano, retináculos) constituem os estabilizadores passivos. Já o tendão do quadricípede,
vasto medial longo (ângulo de 15 a 18º); vasto medial oblíquo (ângulo de 50 a 55º) e vasto
lateral (ângulo de 7 a 10º) fazem parte dos estabilizadores activos. [1]
A instabilidade patelofemural pode ser consequência de alterações nos tecidos moles,
estruturas ósseas ou ambas. Do grupo das alterações dos tecidos moles fazem parte a displasia
do músculo extensor, hipoplasia do vasto medial, hiperlaxidez geral e alterações retinaculares
e dos ligamentos patelofemural e patelotibial. Por outro lado, a displasia tróclear, displasia
rotuliana, a rótula alta e a deformidade rotacional e axial do membro inferior fazem parte das
alterações ósseas. [1]
Perante a instabilidade patelofemural, com base na classificação de H. Dejour [8], a
abordagem proposta pela escola de Lyon a instabilidade rotuliana pode-se classificar em 3
tipos:
1. A instabilidade rotuliana objetiva: paciente com história de pelo menos uma luxação
rotuliana verdadeira (perda de contacto entre as duas superfícies articulares) e pelo
menos uma alteração anatómica;
9
2. Instabilidade rotuliana potencial: paciente não terá luxação rotuliana verdadeira mas
sofrerá de dor e alterações anatómicas;
3. Sindrome rotuliana doloroso: paciente não terá luxação ou alterações anatómicas mas
terá dor.
Por sua vez, a escola anglo-saxónica propõe o síndrome de hiperpressão lateral (“tilt”); a
luxação aguda da rótula; a subluxação/luxação recidivante e a artrose femuro-rotuliana. [1]
Impõe-se a necessidade de distinção entre os diferentes fatores de instabilidade. Além do fator
fundamental, a displasia tróclear, existem 3 fatores major adicionais e vários secundários.
H. Dejour em 1994 [8, 9] determinou 4 fatores major na instabilidade rotuliana sintomática:
(1) A displasia tróclear; (2) o valor TA-GT >20mm; (3) o tilt rotuliana (> 20º) e a (4) rótula
alta (índice de Canton-Deschamps e Install-Salvati > 1.2).
Displasia tróclear
A mais importante alteração anatómica causadora de sintomatologia é a displasia tróclear. [1]
Dejour mostrou em 2007 que 85% dos doentes com história de luxação rotuliana tinham
evidência de displasia tróclear. A displasia tróclear é definida por um ângulo de sulco maior
que 145º. [10] Do ponto de vista radiológico, a displasia tróclear [8] é definida pelo “crossing
sign” (quando a linha que representa o ponto mais profundo no sulco tróclear cruza o bordo
anterior dos dois côndilos). No caso da displasia tróclear significa que o sulco é liso neste
ponto. O “crossing sign” é encontrado em 96% da população com história de verdadeira
luxação e apenas em 3% dos controlos. A displasia tróclear é expressa quantitativamente pela
altura tróclear, patológica acima dos 3mm ou mais (66%) e pela profundidade tróclear,
patológica a 4mm ou menos. [10]
10
D. Dejour classificou a displasia tróclear em 4 tipos (sistema de classificação mais
reprodutível que o proposto por H. Dejour em 1987). No tipo A, a tróclea é uniformemente
rasa enquanto que no tipo B é plana ou convexa. No tipo C as facetas trócleares são
assimétricas com um côndilo medial hipoplásico. No tipo D as facetas trócleares são
assimétricas com um padrão vertical. [10] Num estudo recente por Lippacher [11] a validade
da classificação de Dejour para a displasia tróclear é reforçada, particularmente na distinção
entre a displasia de alto e baixo grau. A displasia tróclear afeta principalmente a extensão
proximal. [10, 12]
Patela alta
A patela alta repousa proximal à sua normal posição na tróclea e é frequentemente
acompanhada por alterações anatómicas como a displasia tróclear e um tendão de
comprimento excessivo. [1]
O índice de Canton-Deschamps [13] é a razão entre duas distâncias: distância do bordo
inferior da superfície articular da rótula e o ângulo antero-superior do outline da tíbia (AT);
comprimento da superfície articular da rótula (AP). Uma razão (AT/AP) de 0.6 ou menor
indica patela alta e uma razão de 1.2 ou maior indica patela baixa.
O índice Install-Salvati [14] é a razão entre o comprimento do tendão rotuliano (LT) e o
comprimento da superfície articular da rótula (LP). Install determinou que esta razão (LT/LP)
é normalmente 1. Uma razão inferior a 0.8 indica patela baixa. Se maior que 1.2 indica patela
alta.
TA-GT
O alinhamento do aparelho extensor é avaliado pelo TA-GT através de Tomografia
computorizada (TC). Esta é mais fiável do que medida pelo ângulo Q, pois considera a
11
rotação femural assim como a rotação da tuberosidade tibial. O TA-GT compreende a
distância entre duas linhas: a primeira passa pelo ponto mais central na tróclea e a segunda no
centro do tubérculo tibial, sendo patológico quando maior que 20mm. Dado que a medição do
valor TA-GT é mais fiável a nível tendo-cartilagíneo, tem-se notado um crescente interesse no
papel da ressonância magnética nuclear (RMN) neste contexto. [10]
Tilt rotuliana
No grupo de instabilidade rotuliana objectiva, 83% têm tilt rotuliano >20º. [10] Este é medido
através de TC e é definido como o ângulo entre a linha do eixo rotuliano e a linha bicondilar
posterior.
Fatores secundários
Acredita-se que os fatores secundários associados a instabilidade rotuliana recorrente têm um
efeito negativo no outcome do tratamento conservador, mas não são passíveis de serem
modificados. Fazem parte deste grupo: o sexo feminino, recurvatum do joelho, joelho valgo,
laxidez ligamentar local ou generalizada, anteversão femural e história familiar. Acredita-se
que contribuem para a displasia tróclear e instabilidade rotuliana mas não são evidência clara
para o tratamento de pacientes individualmente. [9]
4. História natural
Fithian [15] mostrou que a luxação patelofemural é uma doença que afeta mais mulheres
(54% no primeiro episódio e 70% no segundo episódio) e jovens que praticam desporto
(61%).
12
Perante a primeira luxação, a taxa de recorrência é de apenas 17%. No entanto, se o paciente
tiver uma segunda luxação, a taxa sobe para mais de 50%. [1]
Desde que Colsby e Install [16] em 1976 notaram que 15% dos seus pacientes tinham história
familiar de instabilidade patelofemural, vários artigos têm sido publicados, desde então, que
confirmam esta relação. [17]
Na primeira luxação, ou qualquer episódio de luxação traumática, verifica-se lesão óssea e
cartilagínea. No entanto, este processo patológico não está bem compreendido. Também a
luxação rotuliana recorrente pode predispor o paciente ao desenvolvimento de
osteoarteoartrose patelofemural. [18]
Cada paciente sintomático que se submeta a cirurgia patelofemural deve ser submetido a
avaliação clínica e imagiológica meticulosa. A instabilidade patelofemural pode ser
objetivada por testes específicos como o teste de apreensão, o sinal de engagement, a
mobilização lateral excessiva, ou defeito rotacional da rótula. [19] Se estes exames não são
efectuados pré-operatoriamente, a incidência de falha da cirurgia patelofemural é aumentada.
[1]
5. Tratamento Conservador
A estratégia conservadora inclui fisioterapia, focada no alongamento dos músculos
isqueotibiais e reforço do vasto medial oblíquo, e em taping ou bracing. [20]
Desde que uma metanálise publicada há uma década sugeriu como superior o tratamento
cirúrgico em relação ao conservador, vários estudos comparativos têm sido efetuados. Numa
revisão sistemática, Peskun [21], apesar de reconhecer a fraca qualidade metodológica geral
dos estudos (medida pela escala Newstead-Ottawa), admitiu diferenças significativas no
13
retorno ao trabalho (p<0.001) e retorno ao desporto (p=0.001), a favor do tratamento
cirúrgico. Os resultados deste estudo vieram reforçar ainda mais evidência de superioridade
do tratamento cirúrgico comparado com o tratamento conservador para luxações dos joelhos
através de vários domínios clínicos e funcionais. Smith [22], mostrou que, comparado ao
tratamento cirúrgico, o tratamento conservador na luxação rotuliana está associada a um
menor risco de osteoartrose da articulação patelofemural (p=0.04), mas significativo maior
risco de luxação rotuliana futura (p<0.01).
Stefancin [23] em 2007 concluiu que o tratamento inicial deve ser conservador excepto se
lesão osteocondral, ruptura importante dos estabilizadores rotulianos, subluxação lateral com
correto alinhamento do membro contralateral, segundo episódio de luxação e falha do
tratamento de reabilitação. Por esse motivo, Frosh, em 2011 [24] afirmou que a RMN deve
ser efectuada por rotina após luxação rotuliana, de modo a excluir estes fatores de risco.
6. Tratamento cirúrgico
Tendo por base o trabalho efectuado por Peter C. e colegas [1] podemos dividir a abordagem
cirúrgica em realinhamento proximal e realinhamento distal.
O realinhamento proximal pode dividido em lateral (libertação lateral isolada ou em
associação) e medial (ráfia medial; reposição do vasto medial oblíquo (VMO) e reconstrução
do LMPF). Já o realinhamento distal que consiste na reposição da tuberosidade tibial pode
ser: medial (Elmslie-Trillat); medial + distal e medial + anterior (Fulkerson) [1]
14
A. Realinhamento proximal
a. Realinhamento proximal lateral (libertação lateral):
Só há uma indicação para a libertação lateral isolada: O síndrome de hiperpressão excessiva
lateral numa rótula estável e localização eletiva da dor no retináculo lateral. Latterman [25]
concluiu que a libertação lateral isolada tem um papel pequeno ou nulo no tratamento da
instabilidade rotuliana aguda ou recorrente. Na luxação episódica rotuliana, a libertação
lateral pode ser apenas realizada em combinação com realinhamento proximal. [1]
Hiperlaxidez com hipermotilidade da rótula e osteoartrite patelofemural são contra-indicações
absolutas para a realização de libertação lateral (isolada ou associada).
É necessário ter atenção que um overrelease pode levar a instabilidade rotuliana medial
potencialmente devastadora. [1]
Em 2008, Verdonk [26] não encontrou diferenças significativas entre a libertação lateral
aberta e artroscópica. No entanto, em 2012 Heyworth [27] chamou a atenção para o facto da
técnica artroscópica estar associada a complicações como o aumento paradoxal da
instabilidade rotuliana lateral, dor anterior do joelho persistente, hematoma, entre outras. No
entanto, não há referência na literatura que, devido a estas complicações, se favoreça a técnica
aberta em detrimento da artroscópica.
15
b. Realinhamento proximal medial (ráfia medial; reposição do vasto medial
oblíquo (VMO) e reconstrução do LMPF)
i. Ráfia medial
A ráfia medial é usada nos casos de instabilidade rotuliana potencial e no síndrome rotuliana
doloroso, sendo uma opção em pacientes com patologia patelofemural após falha de período
de 3-6 meses de tratamento conservador. [1] Não há concordância entre autores sobre esta
opção em casos de luxações prévias. Nesta situação, a lesão combinada do retináculo medial
com o LMPF pode apresentar-se em aproximadamente 65% dos casos [28]. A ráfia medial se
não associada à reconstrução do LMPF é insuficiente para tratar esta condição, expondo
portanto o paciente ao risco de recorrência.[1]
A ráfia medial artroscópica, se não associada à libertação lateral, representa uma opção segura
e reprodutível para pacientes com instabilidade patelofemural recorrente e alinhamento
normal. [29, 30] As contra-indicações relativas são: pacientes com displasia tróclear
subjacente grau B ou C visto que a estabilidade não pode ser completamente restaurada e os
resultados clínicos são menos satisfatórios. [31]
ii. Reposição do vasto medial oblíquo (VMO) e reconstrução do
LMPF
Historicamente, os procedimentos cirúrgicos tinham como objetivo estabilizar a rótula contra
as luxações laterais, reposicionando o VMO. Mais recentemente, dada a reconhecida
importância do LMPF na estabilidade rotuliana, a sua reconstrução tornou-se uma área de
crescente interesse.
16
Fithian [32] demonstrou que mesmo na presença de fatores predisponentes, a luxação
rotuliana não ocorre se o LMFP está intacto, conduzindo a um crescente interesse na sua
reconstrução em casos de instabilidade rotuliana objetiva.
Por outro lado, Tennant [33] afirmou que em alguns pacientes, particularmente aqueles com
rótula alta ou displasia tróclear, o LMPF pode estar estruturalmente incapaz de restringir a
rótula. Mesmo com força normal, alguns autores consideram que a falta de constritor ósseo
pode colocar o ligamento em risco, se medições adicionais não são tomadas para aumentar ou
suportar a falha medial nativa. A reconstrução do LMPF nestes casos pode ser necessária.
Apesar da maioria dos autores sugerir que a inserção posterior (femural) do LMPF é a
localização mais frequente de lesão, Elias em 2002 [34] mostrou que este pode estar lesado ao
longo de todo o seu comprimento.
Diversas técnicas têm sido descritas para a reconstrução da LMPF, usando diferentes tipos de
enxertos (autoenxertos, aloenxertos e poliésteres sintéticos). [1] Ellera Gomes foi o primeiro
a reportar uma verdadeira reconstrução do LMPF com um ligamento de poliéster em 1992.
[35] Avikainen et al [36] descreveram um método de reconstrução do LMPF através da
tenodesis do adutor magno. Estes dois estudos obtiveram bons resultados.
Quanto à escolha do tecido para o enxerto ideal, Aredt [37] mostrou que este deve ser similar
em rigidez, mas ter maior força que o LMPF nativo. Atualmente, o tecido mais escolhido para
reconstruir é o tendão do semitendinoso ou do gracilis, tanto aloenxerto como autoenxerto.
A importância do correto posicionamento do enxerto foi reconhecida inicialmente por Palmer
em 1938. [38] Recentemente, Bollier [39] sublinhou o efeito nefasto do mau posicionamento
do enxerto, fornecendo estratégias para identificar a posição anatómica de inserção do LMPF
durante a cirurgia.
17
A reconstrução do LMPF é usada para tratar instabilidade em pacientes com pelo menos duas
luxações rotulianas documentadas, causada por laxidez excessiva dos estabilizadores
retinaculares mediais (principalmente o LMPF) que não responderam ao tratamento
conservador apropriado e agressivo. A reconstrução do LMPF pode ser indicada na presença
de displasia de alto grau ou na cirurgia de revisão. As contra-indicações para a reconstrução
do LMPF são as seguintes: (1) dor patelofemural isolada; (2) tilt e/ou translação excessiva
lateral patelofemural sem história e evidência no exame físico de luxação rotuliana lateral
recorrente; (3) artrose patelofemural.[1]
Da literatura parece[1, 40-42] que a reconstrução do LMPF é um procedimento fiável e
seguro para o tratamento da instabilidade rotuliana, com resultados interessantes. [43] No
entanto, tem sido descrito em vários estudos o risco de fractura rotuliana durante o ato
cirúrgico (durante a preparação dos dois túneis rotulianos ou durante a passagem de um
enxerto por um túnel pequeno para o tamanho do enxerto). [1]
Nomura [44] defendeu a reparação aguda do LMPF logo após a primeira luxação rotuliana,
tendo por base a evidencia através de RMN de lesão do LMPF na maioria dos joelhos. No
entanto, outros estudos mostraram que o mero facto que o LMPF pode ser lesionado durante a
luxação rotuliana inicial não constitui por si só uma indicação cirúrgica. Defesa da reparação
aguda do LMPF não tem demonstrado que de facto melhora o outcome. [1] Num estudo nível
2 efetuado por Camacho [31] foi demonstrado que a reparação de lesões específicas e isoladas
do LMPF resultaram num menor risco de instabilidade recorrente e melhores resultados em
comparação ao tratamento conservador.
A revisão sistemática efetuada por Fisher B [42] chamou a atenção para o facto da
metodologia de estudos anteriores ser pobre, tornando difícil determinar a eficácia deste
procedimento.
18
Mais recentemente, a revisão sistemática efectuada por Frosh [24] mostrou que após a
primeira luxação rotuliana os melhores resultados pós-operatorios foram atingidos quando o
LMPF é reconstruído, com uma taxa de redeslocação de 5% comparado com o tratamento
conservador.
Quando o paciente se apresenta apenas com hiperlaxidez do mecanismo extensor ou lesão
grau I do LMPF pode-se reconstruir o ligamento patelotibial medial (LMPT) usando o terço
medial do tendão rotuliano. LMPT é a restrição secundária à luxação rotuliana lateral; por esta
razão a sua reconstrução pode representar uma solução efetiva para o tratamento de certas
instabilidades rotulianas. De facto, a técnica proposta pode ser menos invasiva com poucas
complicações, mas que permite melhorar a estabilidade rotuliana perto da extensão. [1]
B. Realinhamento distal
Dado que em cada luxação episódica rotuliana os fatores pato-anatómicos não são constantes,
a correção não pode ser efetuada por apenas realinhamento ósseo distal [7] ou por um
procedimento aos tecidos moles (ligamentos e músculos). [10]
Atualmente, as técnicas cirúrgicas mais usadas pela maioria dos cirurgiões para realinhamento
distal são a osteotomia Fulkerson e o procedimento Elmslie-Trillat.
a. Partes moles
i. Procedimento de Galeazi
Em 1992 foi descrito pela primeira vez o procedimento Galeazzi que consiste na tenodesis do
semitendinoso associada a libertação lateral. [1] A porção distal deste tendão era suturada ao
lado medial do retináculo rotuliano e a porção proximal era suturada ao semimebranoso. [45]
19
Dado que muitas técnicas cirúrgicas têm sido propostas para o tratamento da luxação
rotuliana nos adolescentes, Aulisa [46] concluiu que o procedimento Galeazzi modificado por
Baker mostra bons resultados a médio prazo.
ii. Procedimento Roux-Goldthwait
Em 1888, Roux descreveu um procedimento cirúrgico para a luxação recorrente da rótula que
incluía a reparação da aponevrose medial lesada, libertação do vasto lateral e deslocamento
medial do ligamento medial. Posteriormente em 1895, Goldthwait modificou e descreveu o
seu procedimento para a correção cirúrgica desta condição. [47]
Marsh [48] concluiu que esta técnica produz resultados consistentemente excelentes na
população pediátrica no tratamento da instabilidade recorrente.
Em adultos com luxação recorrente, Koskien [49] comparou este procedimento com a
osteotomia Elmeslie-Trillat e concluiu que o último tem melhores resultados no alívio dos
sintomas e dor patelofemural. Sillanpaa comparou o realinhamento distal (grupo RouxGoldthwait) com a reconstrução do LMPF pela tenodesis do adutor magno [50] e concluiu
que a reconstrução do LMPF é um método confiável e parece ter menor risco de osteoartrose
em comparação com o alinhamento distal.
b. Osteotomias;
O realinhamento distal do tubérculo tibial é considerado um procedimento eficaz para corrigir
a tração rotuliana e para descarregar a articulação patelofemural numa população com
aumento do TA-GT. Nietosvaara [17] afirmou que a forma da tróclear deve ser tida em conta
20
na correcção do TA-GT: quanto mais profunda a tróclea, maior o risco de medialização
excessiva, que poderia resultar num hiperpressão na faceta medial da tróclea e,
consequentemente, dor. [10]
i. Transferência do tubérculo tibial (TTT)
Roux em 1888 foi o primeiro a descrever a transferência do tubérculo tibial, cuja técnica foi
modificada posteriormente por outros autores como Elmeslie-Trilat, Maquet e Fulkerson. O
procedimento envolve a reinserção do tendão rotuliano de modo a realinhar o mecanismo
extensor e/ou corrigir a altura rotuliana. Uma incisão antero-medial é preferível à incisão
lateral pois permite efetuar procedimentos adicionais aos tecidos mediais, como por exemplo
a reconstrução do LMPF. [10]
Muitas vezes a TTT, é a alternativa mais benigna para o realinhamento patelofemural,
particularmente quando comparado com a osteotomia do fémur ou da tíbia. Num artigo de
opinião, Jonh P. Fulkerson [1] considerou as seguintes razões como as mais comuns para
realizar o procedimento: (1) alto ângulo Q ou TA-GT; (2) instabilidade medial da rótula
relacionada com uma prévia TTT excessiva; (3) necessidade de modificação do comprimento
rotuliano (patela alta ou baixa); (4) falha articular patelofemural que requer transferência da
tração rotuliana para uma cartilagem mais saudável; (5) em conjunto com a cirurgia de
resurfacing articular; (6) para compensar a displasia tróclear relacionada com a tração lateral
crónica; (7) para compensar a displasia torcional tibial ou femural. [1]
A TTT é muitas vezes dispensável em pacientes com instabilidade da rótula, mas TA-GT
normal.
21
1. Transferência medial
Os princípios da transferência medial são atribuídos a Emslie, tendo sido posteriormente
popularizado por Trillat e Couette. [10]
As indicações do procedimento Emslie-Trillat (ET) variam consoante os autores. Stefano [1]
propôs as seguintes indicações: (1) pacientes jovens (menos de 30 anos com placas de
crescimento fechadas) com instabilidade rotular sintomática; (2) todos os pacientes com
patela alta [51] e com uma distância TA-GT mais de 20 mm medida em TC. Este
procedimento está contra-indicado se o paciente sofrer de dor anterior do joelho ou lesões
condrais grau 3 ou 4.
Portanto, o procedimento ET permanece a intervenção principal para a luxação rotuliana
episódica na presença de patela alta e/ou TA-GT excessivo. Dannawi e seus colegas em 2010
[53] afirmaram o seguinte: “ A técnica de ET é uma boa opção cirúrgica para o tratamento da
instabilidade recorrente da rótula seguida de falha do tratamento conservador. No entanto os
resultados não são favoráveis para pacientes com dor patelofemural sem instabilidade”. [1]
2. Transferência distal
Nesta osteotomia, o tubérculo tibial é separado completamente e produz uma medialização
automática de 4-5 mm. Na patela alta, medida pelo índice de Install-Salvati ou CantonDeschamps, o tubérculo deve ser distalizado apenas a quantidade necessária para corrigir o
índice. Assim, não haverá qualquer risco de patela baixa iatrogénica. [10]
MJ [54] considerou este procedimento benéfico para pacientes que sofram patela alta
dolorosa. No entanto, pode tornar doloroso o ajoelhar.
22
3. Tenodesis Rotuliana
Este é um procedimento adjuvante às cirurgias de transferência do tubérculo tibial distal,
descrito por Neyret [55], e está indicado quando o paciente tem um comprimento rotuliano
maior que 52mm. Esta medida pode ser obtida radiograficamente mas é mais fiável se obtida
por RMN. [12]
4. Transferência tibial anterior
Esta técnica foi inicialmente descrita por Maquet e envolve a transferência medial e anterior
do bloco ósseo tibial usando um enxerto da crista ilíaca. Tem como objetivo a redução do
stress compressivo da articulação patelofemural.
Actualmente, este procedimento raramente é usado, devido à preocupação acerca da necrose
da pele, não cicatrização e síndrome de compartimento que lhe estão associados. [56] Além
disso, os resultados não se mostraram superiores aos da medialização isolada. [57] Assim
sendo, esta técnica não é mais recomendada. [10]
A técnica de Furkerson envolve a anteromedialização através da obliquidade do corte ósseo, e
sem o recurso a enxerto. [12] No tratamento cirúrgico de instabilidade rotuliana pura, a
técnica ET comparada com a osteotomia Fulkerson é menos agressiva, permitindo uma
recuperação pós-operatoria mais rápida. [1]
23
C. Trocleoplastias
Por vezes é obrigatório corrigir o ângulo do sulco tróclear, se existir um alto grau de displasia
(tipo B e D), de forma a obter uma tração rotuliana normal. A forma tróclear pode ser
modificada por dois tipos de trocleoplastias [10]: ou levantando a faceta lateral ou afundando
a tróclea, criando um sulco tróclear novo.
Esta técnica cirúrgica é selecionada de acordo com o tipo documentado de displasia tróclear.
[10]
a. Trocleoplastia de elevação da faceta lateral
Albee foi pioneiro neste procedimento em 1915, no qual a faceta lateral é elevada o suficiente
para restringir a tendência da rótula deslocar.
Esta técnica está indicada em pacientes com tróclea plana, mas sem proeminência tróclear, e
sem outros fatores significativos de instabilidade. É necessário impedir uma proeminência
tróclear exagerada, que pode levar ao impingment durante a flexão. Este procedimento é
eficaz a aumentar a estabilidade, mas pode levar a posterior artrose patelofemural por
aumentar as forças compressivas. [10]
b. Trocleoplastia de afundamento
Este procedimento, descrito pela primeira vez por Masse em 1978, e modificado e
formalizado por Dejour em 1987, foi desenhado para eliminar a proeminência do sulco
tróclear e estabelecer uma profundidade do sulco correta. Este procedimento é tecnicamente
mais complicado. No entanto, tem a vantagem de corrigir o factor causal da deslocação.
24
Durante a técnica deve evitar-se a todo o custo a violação ou dano térmico da cartilagem ou
do osso subcondral. [10]
Segundo D. Dejour [58] esta técnica tem uma indicação muito rara, sendo recomendada
apenas na displasia severa (tipo B e D), em pacientes com luxações permanentes ou habituais
e pacientes com uma tração rotuliana anormal durante a flexão e extensão (movimento
passivo ou ativo). A trocleoplastia não está indicada na artrose patelofemural ou na dor. Um
limite mínimo para indicação cirúrgica ainda não foi determinado. No entanto, uma altura de
5mm é geralmente aceite como limite inferior. [59] Esta técnica cria um novo sulco numa
posição mais anatómica, efectuando um tipo de realinhamento proximal. Isto diminuirá com
eficácia a distância TA-GT. Assim devemos ter cautela quando associado a um realinhamento
distal, o qual é muitas vezes desnecessário. Pode-se combinar este procedimento com cirurgia
dos tecidos moles, como a reconstrução do LMPF. [60]
Blond [61] considerou como indicações para a trocleoplastia artroscópica duas ou mais
luxações rotulianas com um sinal de apreensão persistente dos 0º aos 30º de flexão e displasia
tróclear grau B (ou maior). Os critérios de exclusão foram a presença de defeitos na
cartilagem na tróclea ICRS grau 3 ou 4 com diâmetro de 5mm ou mais.
Comparada com o procedimento aberto, parece haver uma vantagem óbvia não só na
diminuição da dor, como na aceleração da cicatrização dos tecidos moles pós operatória. [62]
Dado que estudos mecânicos têm mostrado que o enfraquecimento das estruturas laterais leva
a um aumento da instabilidade patelofemural, a integridade do complexo tecido mole lateral
patelofemural pelo tratamento artroscópico, é uma vantagem adicional. [1]
25
c. Outras trocleoplastias
Outras trocleoplastias têm também sido usadas [63] mas interferem com a congruência rótulatróclea, o qual finalmente contribui para variados problemas iatrogénicos, incluindo
agravamento das lesões da cartilagem e osteoartrose primária.
A trocleoplastia raramente é efectuada como um procedimento isolado. O corrigir da displasia
tróclear através da trocleoplastia, deve ser acompanhada pela correcção de todos os fatores de
base concomitantes: em conjunto com o tratamento de lesões cartilagíneas potenciais,
preferencialmente com implantação de condrócitos autologos ou em conjunto com a correção
da TA-GT.
D. Osteotomia rotuliana
Morcher descreveu uma osteotomia anterior fixada com suturas transósseas. O procedimento
é tecnicamente complicado, dado ao pequeno tamanho da rótula, à pobre vascularização com
grande proporção de osso cortical, e risco major de necrose e não cicatrização. A osteotomia
rotuliana está indicada na hipoplasia rotuliana de configuração Wiberg III, no qual a rótula é
lisa. Nestes casos, o trocleplastia de afundamento é efectuada em conjunto com a osteotomia.
Dejour [10]considerou que esta indicação é muito teórica e não é um procedimento
recomendado dada a alta taxa de complicações. No entanto, em 2011 Koch [24] obteve bom
outcome clinico em dois pacientes.
E. Osteotomia tibial e femural
Correlações
positivas
entre
a
dor
anterior
do
joelho,
instabilidade
rotuliana,
artrose/condromalacia rotuliana e anteversão femural aumentada têm sido reportados. [64]
26
Num pequeno número de casos, o malalinhamento do membro inferior é responsável pela
instabilidade patelofemural, particularmente torção ou valgo excessivo. Uma deformidade em
valgo aumenta o ângulo Q e cria uma tendência para a luxação da rótula. O valgismo deve ser
considerado anormal se maior que 10º. O problema ocorre no lado femural e é devido à
presença de hipoplasia do côndilo lateral. O padrão pode ser corrigido por uma osteotomia de
adição ou subtração femural.
Osteotomia femural é melhor efetuada a nível intertrocantérico. Já na osteotomia de
desrotação tibial, o local preferido é proximal ao tubérculo tibial. Em deformidades
torcionais, podemos ver uma mistura de padrões de anteversão femural excessiva e torção
extrema excessiva da tíbia. Como o padrão pode ser complicado pela presença da
deformidade em valgo, a cirurgia só deve ser considerada em casos selecionados. A
osteotomia é uma cirurgia major usada para corrigir uma situação que é muitas vezes bem
tolerada.
[10]
Ainda assim, quando os sintomas patelofemurais ou patologia intrínseca patelofemural (dor
anterior do joelho ou instabilidade rotuliana) resultam de um defeito rotacional do esqueleto, a
osteotomia de desrotação pode ser o único tratamento cirúrgico apropriado. A morbilidade
cirúrgica não deve ser subestimada. [1]
F. Luxação recorrente
Em 2008, Petri Sillanpää [50] comparou a reconstrução do LMPF com o realinhamento distal
(usando a técnica de Roux-Goldthwait) para a luxação recorrente. Não encontrou diferenças
significativas entre os dois grupos, excepto um risco maior de osteoartrose no grupo
submetido a realinhamento distal.
27
Em 2011 Ebidem [65] concluiu que a reconstrução do LMPF e do LMPT permite recuperar
com sucesso a função do joelho nos casos de instabilidade rotuliana traumática e recorrente.
Estes resultados vão ao encontro das conclusões de Zhang [66] para a reconstrução do LMPF.
Todos os trabalhos chamam a atenção da necessidade de antecipar uma correcção global das
anomalias anatómicas de modo a obter um melhor outcome. Portanto, tendo por base a
reconstrução do LMPF, devemos associar outros procedimentos: Libertação lateral do
retináculo; realinhamento proximal do aparelho extensor; realinhamento distal do mecanismo
extensor e patelectomia combinada com realinhamento do aparelho extensor. [1] A
palectomia [67] é um tratamento de última linha, que implica uma longa recuperação e
eventual redução da força quadricipital.
A estabilização cirúrgica é por isso recomendada se o paciente deseja reduzir o risco de
futuras luxações. [68]
G. Conclusão
A instabilidade rotuliana continua a ser uma área de grande controvérsia. Ainda assim grandes
passos têm sido dados na melhor compreensão e classificação desta patologia. Apesar de
reconhecermos que alguns estudos usados para a elaboração do presente trabalho são de fraca
qualidade metodológica, em anexo é proposto um algoritmo de tratamento para a
instabilidade partelofemural.
28
H. Referências
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
Stefano Zaffagnini, D.D., Elizabeth A. Arendt (Eds.), Patellofemoral Pain, Instability, and
Arthritis. 1 ed ed. Clinical Presentation, Imaging, and Treatment2010: Springer Heidelberg
Dordrecht London New York.
Smith, T.O., et al., Clinical outcomes of rehabilitation for patients following lateral rotuliana
dislocation: a systematic review. Physiotherapy, 2010. 96(4): p. 269-81.
White, B.J. and O.H. Sherman, Patellofemoral instability. Bull NYU Hosp Jt Dis, 2009. 67(1): p.
22-9.
Chhabra, A., T.K. Subhawong, and J.A. Carrino, A systematised MRI approach to evaluating
the patellofemoral joint. Skeletal Radiol, 2011. 40(4): p. 375-87.
Wiberg, G., Roentgenographicand anatomic studies on the femororotuliana joint. With
special reference to chondromalacia rótulae. Acta Orthop Scand, 1941: p. p. XII:319.
Brattstrom, Shape of the intercondylar groove normally and in recurrent dislocation of the
rótula. A clinical and x-ray anatomical investigation. Acta Orthop Scand, 1964: p. 68(Suppl):1148.
Fithian DC, N.P., Rotuliana instability: the Lyon experience. Tech Knee Surg, 2007: p.
6(2):112–123.
Dejour, H., et al., Factors of rotuliana instability: an anatomic radiographic study. Knee Surg
Sports Traumatol Arthrosc, 1994. 2(1): p. 19-26.
Lustig, S., Rotuliana Instability. European Musculoskeletal Review, 2009: p. 4(2):86-89.
Dejour, D. and B. Le Coultre, Osteotomies in patello-femoral instabilities. Sports Med
Arthrosc, 2007. 15(1): p. 39-46.
Lippacher, S., et al., Observer Agreement on the Dejour Trochlear Dysplasia Classification: A
Comparison of True Lateral Radiographs and Axial Magnetic Resonance Images. Am J Sports
Med, 2012.
Van Huyssteen AL, H.M., Barnett AJ, Wakeley CJ, Eldrige JDJ, Cartilage-bone mismatch in the
dysplastic trochlea. J Bone Joint Surg Br, 2006: p. 88-B:688-69.
Caton J, D.G., Chambat P, Rótula Baixa. Apropos of 128 cases. Rev Chir Orthop Reparatrice
Appar Mot 1982: p. 68:317-325.
Insall J, S.E., Rótula position in the normal knee joint. . Radiology, 1971: p. 101(1):101–104.
Fithian, Epidemiology and natural history of acute rotuliana dislocation. Am J Sports Med,
2004: p. 32(5):1114-1121.
Crosby EB, I.J., Recurrent dislocation of the rótula. Relation of treatment to osteoarthritis. J
Bone Joint Surg Am, 1976: p. 58(1):9-13.
Nietosvaara, Y., et al., Acute rotuliana dislocation in children and adolescents. Surgical
technique. J Bone Joint Surg Am, 2009. 91 Suppl 2 Pt 1: p. 139-45.
Sillanpaa, P.J., et al., Patellofemoral osteoarthritis in patients with operative treatment for
rotuliana dislocation: a magnetic resonance-based analysis. Knee Surg Sports Traumatol
Arthrosc, 2011. 19(2): p. 230-5.
Biedert RM, W.K., Correlation between the Q angle and the rótula position: a clinical and
axial computed tomography evaluation. Arch Orthop Trauma Surg, 2001: p. 121: 346–349.
Colvin, A.C. and R.V. West, Rotuliana instability. J Bone Joint Surg Am, 2008. 90(12): p. 275162.
Peskun, C.J. and D.B. Whelan, Outcomes of operative and nonoperative treatment of
multiligament knee injuries: an evidence-based review. Sports Med Arthrosc, 2011. 19(2): p.
167-73.
Smith, T.O., et al., Operative versus non-operative management of rotuliana dislocation. A
meta-analysis. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc, 2011. 19(6): p. 988-98.
Stefancin, J.J. and R.D. Parker, First-time traumatic rotuliana dislocation: a systematic review.
Clin Orthop Relat Res, 2007. 455: p. 93-101.
29
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
Frosch, S., et al., [The treatment of rotuliana dislocation: a systematic review]. Z Orthop
Unfall, 2011. 149(6): p. 630-45.
Lattermann C, T.J., Bach BR Jr, The role of lateral retinacular release in the treatment of
rotuliana instability. Sports Med Arthrosc Rev, 2007: p. 15(2):57–60.
Verdonk, P., F. Bonte, and R. Verdonk, [Lateral retinacular release]. Orthopade, 2008. 37(9):
p. 884-9.
Heyworth, B.E., et al., Open lateral retinacular closure surgery for treatment of anterolateral
knee pain and disability after arthroscopic lateral retinacular release. Am J Sports Med, 2012.
40(2): p. 376-82.
Tuxoe JI, T.M., Winge S et al, The medial patellofemoral ligament: a dissection study. Knee,
2002: p. 10:138–140.
Miller JR, G.J., Marilyn MP et al, Arthroscopically assisted medial reefing without routine
lateral release for rotuliana instability. Am J Sports Med, 2007: p. 35:622–629.
Nam EK, K.R., Mini-open medial reefing and arthroscopic lateral release for the treatment of
recurrent rotuliana dislocation. Am J Sports Med, 2005: p. 33(2):220–230.
Camanho, G.L., et al., Conservative versus surgical treatment for repair of the medial
patellofemoral ligament in acute dislocations of the rótula. Arthroscopy, 2009. 25(6): p. 6205.
Fithian DC, N.E., Arendt E, Anatomy of rotuliana dislocation. Oper Tech Sports Med, 2001: p.
9:102–111.
Tennant S, W.A., Vedi V, Kinmont C, Gedroyc W, Hunt DM,, Patellofemoral tracking in the
weight-bearing knee: a study of asymptomatic volunteers utilising dynamic magnetic
resonance imaging: a preliminary report. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc, 2001: p. p.
9(3):155-162.
Elias, D.A., L.M. White, and D.C. Fithian, Acute lateral rotuliana dislocation at MR imaging:
injury patterns of medial rotuliana soft-tissue restraints and osteochondral injuries of the
inferomedial rótula. Radiology, 2002. 225(3): p. 736-43.
Ellera Gomes, J.L., Medial patellofemoral ligament reconstruction for recurrent dislocation of
the rótula: a preliminary report. Arthroscopy, 1992. 8(3): p. 335-40.
Avikainen, V.J., R.K. Nikku, and T.K. Seppanen-Lehmonen, Adductor magnus tenodesis for
rotuliana dislocation. Technique and preliminary results. Clin Orthop Relat Res, 1993(297): p.
12-6.
EA, A., Anatomy and biomechanics os the rotuliana ligaments. Tecniche Chirurgiche Ortoped
Traumatol, 2007: p. 5:13-18.
Palmer, I., On the injuries to the ligaments of the knee joint: a clinical study. 1938. Clin Orthop
Relat Res, 2007. 454: p. 17-22; discussion 14.
Bollier, M., et al., Technical failure of medial patellofemoral ligament reconstruction.
Arthroscopy, 2011. 27(8): p. 1153-9.
Smith TO, W.J., Russell N, Outcomes of medial patellofemoral ligament reconstruction for
rotuliana instability: a systematic review. Knee Surg Sports Traumatol Arthroscopy, 2007: p.
15(11):1301-1314.
Smirk C, M.H., The anatomy and reconstruction of the medial patellofemoral ligament. Knee,
2003: p. 10(3): 221-227.
Fisher, B., et al., Medial patellofemoral ligament reconstruction for recurrent rotuliana
dislocation: a systematic review including rehabilitation and return-to-sports efficacy.
Arthroscopy, 2010. 26(10): p. 1384-94.
Nomura E, I.M., Hybrid medial patellofemoral ligament reconstruction using the
semitendinous tendon for recurrent rotuliana dislocation: minimum 3 years’ follow-up.
Arthroscopy 2006: p. 22(7):787-793.
Nomura, E. and M. Inoue, Injured medial patellofemoral ligament in acute rotuliana
dislocation. J Knee Surg, 2004. 17(1): p. 40-6.
30
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
Moyad, T.F. and L. Blakemore, Modified Galeazzi technique for recurrent rotuliana dislocation
in children. Orthopedics, 2006. 29(4): p. 302-4.
Aulisa, A.G., et al., Galeazzi's modified technique for recurrent rótula dislocation in skeletally
immature patients. J Orthop Sci, 2012.
Fondren, F.B., J.L. Goldner, and F.H. Bassett, 3rd, Recurrent dislocation of the rótula treated
by the modified Roux-Goldthwait procedure. A prospective study of forty-seven knees. J Bone
Joint Surg Am, 1985. 67(7): p. 993-1005.
Marsh, J.S., et al., Treatment of recurrent rotuliana instability with a modification of the
Roux-Goldthwait technique. J Pediatr Orthop, 2006. 26(4): p. 461-5.
Koskinen, S.K., et al., Effect of Elmslie-Trillat and Roux-Goldthwait procedures on
patellofemoral relationships and symptoms in patients with rotuliana dislocations. Am J Knee
Surg, 1998. 11(3): p. 167-73.
Sillanpaa, P., et al., Ligament reconstruction versus distal realignment for rotuliana
dislocation. Clin Orthop Relat Res, 2008. 466(6): p. 1475-84.
Upadhyay N, V.S., Seedhom BB, Soames RW, Effect of rotuliana tendon shortening on
tracking of the rótula. Am J Sports Med, 2005: p. 33:1565-1574.
Koeter, S., et al., A modified tibial tubercle osteotomy for rotuliana defeito rotacional: results
at two years. J Bone Joint Surg Br, 2007. 89(2): p. 180-5.
Dannawi, Z., et al., Evaluation of the modified Elmslie-Trillat procedure for patellofemoral
dysfunction. Orthopedics, 2010. 33(1): p. 13.
MJ, A.L.-S. and J.C. Cameron, Functional outcome after tibial tubercle transfer for the painful
rótula alta. Clin Orthop Relat Res, 2002(396): p. 152-62.
Servien, E., T. Ait Si Selmi, and P. Neyret, [Study of the rotuliana apex in objective rotuliana
dislocation]. Rev Chir Orthop Reparatrice Appar Mot, 2003. 89(7): p. 605-12.
Buuck D, F.J., Anteromedialization of the tibial tubercle: a 4- to 12-year follow-up. Op Tech
Sports Med, 2000: p. 8:131-137.
Marcacci, M., et al., Treatment of chronic rotuliana dislocation with a modified Elmslie-Trillat
procedure. Arch Orthop Trauma Surg, 2004. 124(4): p. 250-7.
Dejour, D. and P. Saggin, The sulcus deepening trochleoplasty-the Lyon's procedure. Int
Orthop, 2010. 34(2): p. 311-6.
Beaufils, P., et al., Trochleoplasty in major trochlear dysplasia: current concepts. Sports Med
Arthrosc Rehabil Ther Technol, 2012. 4(1): p. 7.
Nomura, E., M. Inoue, and N. Osada, Anatomical analysis of the medial patellofemoral
ligament of the knee, especially the femoral attachment. Knee Surg Sports Traumatol
Arthrosc, 2005. 13(7): p. 510-5.
Blond, L. and P.B. Schottle, The arthroscopic deepening trochleoplasty. Knee Surg Sports
Traumatol Arthrosc, 2010. 18(4): p. 480-5.
Von Knoch E, B.T., Bürgi ML, Von Knoch M, Bereiter H, Trochleoplasty for recurrent rotuliana
dislocation in association with trochlear dysplasia. J Bone Joint Surg Br, 2006: p. 88B:13311335.
Koeter S, P.D., van Loon CJ, Van KA, Trochlear osteotomy for rotuliana instability: satisfactory
minimum 2-year results in patients with dysplasia of the trochlea. Knee Surg Sports
Traumatol Arthrosc, 2007: p. 15:228-232.
Tamari K, T.P., Briffa K, Validity and reliability of existing and modified clinical methods of
measuring femoral and tibiofibular torsion in healthy subjects: use of different reference axes
may improve reliability. Clin Anat 2005: p. 18:46-55.
Ebied, A.M. and W. El-Kholy, Reconstruction of the medial patello-femoral and patello-tibial
ligaments for treatment of rotuliana instability. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc, 2011.
Zhang, H., et al., [Reconstruction of medial patellofemoral ligament for recurrent rotuliana
dislocation]. Zhongguo Xiu Fu Chong Jian Wai Ke Za Zhi, 2011. 25(8): p. 925-30.
31
67.
68.
West, F.E. and R. Soto-Hall, Recurrent dislocation of the rótula in the adult; end results of
patellectomy with quadricepsplasty. J Bone Joint Surg Am, 1958. 40-A(2): p. 386-93;
discussion 394.
Teitge RA, T.-S.R., Medial patellofemoral ligament reconstruction. Orthopedics, 2004: p.
27(10):1037-1040.
32
I. Anexos
Abordagem do paciente com luxação patelofemural
Primeira luxação
- Lesão osteocondral;
J.
- Ruptura
importante dos estabilizadores rotulianos,
Excluído por
- Subluxação lateral com correto alinhamento do
K. contralateral;
membro
- Segundo episódio de luxação;
L.
- Falha do tratamento de reabilitação;
Tratamento conservador:
- Fisioterapia (alongamento dos músculos
isqueotibiais e reforço do vasto medial oblíquo)
- Taping
- Bracing
Confirmado por RMN
M.Tratamento cirúrgico
33
Tratamento cirúrgico
Rótula Estável
Rótula instável
Síndrome de hiperpressão
excessiva lateral
(*) Contra-indicado se displasia tróclear
NOTA: Se patologia mista, associar procedimentos
Segundo episódio de
luxação
Libertação lateral isolada
Procedimento Galeazzi ou
Crianças e
adolescentes
Adulto
Roux-Goldthwait
Laxidez excessiva
do LMPF
Lesão grau I do LMPF
Patela alta
TA-GT > 20 mm
Reconstrução do
LMPF
Reconstrução do LMPT
Procedimento Elmslie-Trilat (*)
com abaixamento
Procedimento Elmeslie-Trilat (*)
Tendão rotuliano
> 52 mm
Alto grau de
displasia (tipo B e D)
Torção ou valgo
excessivo
Tenodesis rotuliana
Trocleoplastia de
afundamento artroscópica
Corrigir outros factores
de instabilidade
Persiste instabilidade
Osteotomia de adição
ou subtracção femural
NORMAS DE PUBLICAÇÃO
Informações Gerais
A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia é a publicação
científica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT).
A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia publica artigos na
área da Ortopedia, Traumatologia e ciências afins.
A língua oficial da Revista é o português e a publicação dos artigos é
bilingue em português e inglês. Os textos publicados em língua portuguesa
estão em conformidade com as regras do novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa e são convertidos pelo programa Lince (ILTEC ©
2010).
Revisão Editorial
Os artigos submetidos para publicação são avaliados pelo Conselho de
Redacção da Revista que faz uma revisão inicial quanto aos padrões
mínimos de exigência da Revista Portuguesa de Ortopedia e
Traumatologia e ao cumprimento das normas de publicação. O Conselho
de Redacção solicita a apreciação do artigo por Revisores especialistas
externos (“Peer review”). Os Revisores são sempre de instituições
diferentes da instituição original do artigo e é-lhes ocultada a identidade
dos autores e a sua origem.
O artigo poderá ser:
- Aceite para publicação, sem modificações;
- Devolvido aos autores com proposta de modificações;
- Recusado para publicação, sem interesse para a Revista Portuguesa de
Ortopedia e Traumatologia.
No caso de serem propostas modificações, estas devem ser realizadas pelos
autores no prazo de trinta dias.
As provas tipográficas serão enviadas ao(s) autor(es), contendo a indicação
do prazo de revisão, em função das necessidades de publicação da Revista,
que não deve, no entanto, ultrapassar os cinco dias úteis. O desrespeito
pelo prazo desobriga da aceitação da revisão dos autores, sendo a mesma
efectuada exclusivamente pelos serviços da Revista.
Tipos de artigos publicados
Artigos Originais: incluem estudos controlados e randomizados, estudos
de testes diagnósticos e de triagem e outros estudos descritivos e de
intervenção, bem como pesquisa básica com interesse para a Ortopedia e
Traumatologia. O texto deve ter entre 2.000 e 4.000 palavras, excluindo
tabelas e referências. O número de referências não deve exceder 30.
Casos Clínicos: incluem relatos de casos clínicos ou situações singulares,
doenças raras ou nunca descritas, assim como formas inovadoras de
diagnóstico ou tratamento. O texto é composto por uma introdução breve
sobre a importância do assunto e objectivos da apresentação do(s) caso(s);
por um relato resumido do caso; e por comentários que discutem aspectos
relevantes e comparam o relato com outros casos descritos na literatura.
O número de palavras deve ser inferior a 2.000, excluindo referências e
tabelas. O número de referências não deve exceder 15.
Artigos de Revisão: incluem revisões críticas e actualizadas da literatura
em relação a temas de importância clínica. Nesta categoria incluem-se os
estudos de meta-análises. São em geral escritos mediante convite do
Editor, podendo ser propostos pelos autores. Devem limitar-se a 6.000
palavras, excluindo referências e tabelas. As referências bibliográficas
deverão ser actuais e em número mínimo de 30 e máximo de 100.
Artigos de Ensino: incluem temas essencialmente didácticos dedicados
à formação pós-graduada nas áreas de Ortopedia e Traumatologia. São em
geral escritos mediante convite do Editor, podendo ser propostos pelos
autores.
Artigos de Investigação: incluem a apresentação de trabalhos de
investigação básica ou clínica nas áreas de Ortopedia e Traumatologia ou
afins.
Notas Técnicas: incluem a descrição de detalhada de técnicas cirúrgicas
ou de outra natureza relacionada com a área de Ortopedia e Traumatologia.
Artigos Estrangeiros: são escritos a convite por Redactores Estrangeiros
sobre temas da sua área de especialização.
Artigos Especiais: são textos não classificáveis nas categorias acima, que
o Conselho de Redacção julgue de especial interesse para publicação. A
sua revisão admite critérios próprios.
Cartas ao Editor: devem comentar, discutir ou criticar artigos publicados
na Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. O tamanho máximo
é de 1.000 palavras, incluindo no máximo seis referências bibliográficas.
Sempre que possível, uma resposta dos autores será publicada junto com
a carta. O Conselho de Redacção também solicita aos Coordenadores das
Secções e Presidentes das Sociedades afins da SPOT um comentário
crítico a artigos seleccionados que foram publicados na Revista sob a
forma de “Fogo cruzado”.
Instruções aos autores
Orientações gerais
O artigo (incluindo tabelas, ilustrações e referências bibliográficas) deve
estar em conformidade com os requisitos uniformes para artigos
submetidos a revistas biomédicas (“Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”), publicado pelo Comité
Internacional de Editores de Revistas Médicas (ver a última actualização,
de Abril de 2010, disponível em http://www.icmje.org).
Recomenda-se que os autores guardem uma versão do material enviado.
Em ambas as situações de submissão (correio electrónico ou correio
postal), os materiais enviados não serão devolvidos aos autores.
Instruções para submissão online
1. A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia dá preferência à
submissão online de artigos no site da Sociedade Portuguesa de Ortopedia
e Traumatologia.
2. Para submissão online os autores devem aceder ao site www.spot.pt,
seleccionar a área da RPOT e seguir integralmente as instruções
apresentadas.
Instruções para envio por correio electrónico
1. A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia aceita a submissão
de artigos por correio electrónico.
Enviar para: [email protected]
2. Assunto: Escrever o título abreviado do artigo.
3. Corpo da mensagem: Deve conter o título do artigo e o nome do autor
responsável pelos contactos pré-publicação, seguidos de uma declaração
em que os autores asseguram que:
a) o artigo é original;
b) o artigo nunca foi publicado e, caso venha a ser aceite pela Revista
Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, não será publicado noutra
revista;
c) o artigo não foi enviado a outra revista e não o será enquanto em
submissão para publicação na Revista Portuguesa de Ortopedia e
Traumatologia;
d) todos os autores participaram na concepção do trabalho, na análise
e interpretação dos dados e na sua redacção ou revisão crítica;
e) todos os autores leram e aprovaram a versão final;
f) não foram omitidas informações sobre financiamento ou conflito
de interesses entre os autores e companhias ou pessoas que possam
ter interesse no material abordado no artigo;
g) todas as pessoas que deram contribuições substanciais para o artigo,
mas não preencheram os critérios de autoria, são citadas nos
agradecimentos, para o que forneceram autorização por escrito;
Volume 18
• Fascículo II • 2010
213
Normas de Publicação
h) os direitos de autor passam para a Sociedade Portuguesa de
Ortopedia e Traumatologia, caso o artigo venha a ser publicado.
NOTA: Caso o artigo seja aceite para publicação, será solicitado o
envio desta declaração com a assinatura de todos os autores.
4. Arquivos anexados: Anexar arquivos que devem permitir a leitura
pelos programas do Microsoft Office®, contendo respectivamente:
a) Arquivo de texto com página de rosto, resumo em português e
inglês, palavras-chave, keywords, texto, referências bibliográficas e
títulos e legendas das figuras, tabelas e gráficos;
b) Arquivo de tabelas, figuras e gráficos separados. Caso sejam
submetidas figuras ou fotografias cuja resolução não permita uma
impressão adequada, o Conselho de Redacção poderá solicitar o envio
dos originais ou cópias com alta qualidade de impressão;
c) Sugere-se fortemente que os os autores enviem os arquivos de texto,
tabelas, figuras e gráficos em separado. Deve ser criada uma pasta
com o nome abreviado do artigo e nela incluir todos os arquivos
necessários. Para anexar à mensagem envie esta pasta em formato
comprimido (.ZIP ou . RAR).
Instruções para envio por correio postal
1. Enviar para:
Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
SPOT – Rua dos Aventureiros, Lote 3.10.10 – Loja B
Parque das Nações
1990-024 Lisboa - Portugal
2. Incluir uma carta de submissão, assinada por todos os autores,
assegurando que:
a) o artigo é original;
b) o artigo nunca foi publicado e, caso venha a ser aceite pela Revista
Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, não será publicado noutra
revista;
c) o artigo não foi enviado a outra revista e não o será enquanto em
submissão para publicação na Revista Portuguesa de Ortopedia e
Traumatologia;
d) todos os autores participaram na concepção do trabalho, na análise
e interpretação dos dados e na sua redacção ou revisão crítica;
e) todos os autores leram e aprovaram a versão final;
f) não foram omitidas informações sobre financiamento ou conflito
de interesses entre os autores e companhias ou pessoas que possam
ter interesse no material abordado no artigo;
g) todas as pessoas que deram contribuições substanciais para o artigo,
mas não preencheram os critérios de autoria, são citadas nos
agradecimentos, para o que forneceram autorização por escrito;
h) os direitos de autor passam para a Sociedade Portuguesa de
Ortopedia e Traumatologia, caso o artigo venha a ser publicado.
3. O original deve ser enviado numa cópia impressa em folha de papel
branco, tamanho A4 (210x297mm); margens de 25mm; espaço duplo;
fonte Times New Roman, tamanho10 ou 12; páginas numeradas no canto
superior direito, a começar pela página de rosto. Não usar recursos de
formatação, tais como cabeçalhos e rodapés. Utilizar preferencialmente
formato Word, podendo utilizar também PDF, Text, ou RTF.
4. Enviar uma cópia do original em disquete ou CD, que contenha apenas
arquivos relacionados ao artigo.
Orientações para cada secção do material a submeter
Cada secção deve ser iniciada numa nova página, na seguinte ordem:
página de rosto, resumo em português incluindo palavras-chave, resumo
em inglês incluindo keywords, texto, agradecimentos, referências
bibliográficas, tabelas (cada tabela completa, com título e notas de rodapé,
em página separada), gráficos (cada gráfico completo, com título e notas
de rodapé em página separada) e legendas das figuras.
214
Página de rosto
A página de rosto deve conter todas as seguintes informações:
a) Título do artigo, conciso e informativo, evitando abreviaturas;
b) Título na língua inglesa;
c) Título abreviado (para constar no cabeçalho das páginas), com
máximo de 100 caracteres, contando os espaços;
d) Nome de cada um dos autores (o primeiro nome e o último
sobrenome devem obrigatoriamente ser informados por extenso; todos
os demais nomes aparecem como iniciais);
e) Titulação mais importante de cada autor;
f) Nome, endereço postal, telefone, fax e endereço electrónico do autor
responsável pela correspondência;
g) Nome, endereço postal, telefone, fax e endereço electrónico do
autor responsável pelos contactos prévios à publicação;
h) Identificação da instituição ou serviço oficial ao qual o trabalho está
vinculado;
i) Declaração de conflito de interesse (escrever “nada a declarar” ou
declarar claramente quaisquer interesses económicos ou de outra
natureza, que se possam enquadrar nos conflitos de interesse);
j) Identificação da fonte financiadora ou fornecedora de equipamento
e materiais, quando for o caso;
Resumo
O resumo deve ser submetido em duas línguas: português e inglês. O
resumo deve ter no máximo 250 palavras. Todas as informações que
aparecem no resumo devem aparecer também no artigo.
Abaixo do resumo, devem constar três a dez palavras-chave que auxiliarão
a inclusão adequada do resumo nas bases de dados bibliográficas. As
palavras-chave em inglês (keywords) devem preferencialmente estar
incluídas na lista de “Medical Subject Headings”, publicada pela U. S.
National Library of Medicine, do National Institute of Health, e disponível
em http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html
O resumo deve ser estruturado conforme descrito a seguir:
Resumo de artigo original:
Objectivo: Informar por que o estudo foi iniciado e quais foram as
hipóteses iniciais, se houve alguma. Definir precisamente qual foi o
objectivo principal e os objectivos secundários mais relevantes.
Material e Métodos: Informar sobre o desenho do estudo, o contexto ou
local, os pacientes ou materiais e os métodos de trabalho e de obtenção de
resultados.
Resultados: Informar os principais dados, intervalos de confiança e
significado estatístico.
Conclusões: Apresentar apenas conclusões apoiadas pelos dados do estudo
e que contemplem os objectivos, bem como sua aplicação prática.
Resumo de artigo de revisão:
Objectivo: Informar por que a revisão da literatura foi feita, indicando se
foca algum factor em especial, como etiopatogenia, prevenção,
diagnóstico, tratamento ou prognóstico.
Fontes dos dados: Descrever as fontes da pesquisa, definindo as bases de
dados e os anos pesquisados. Informar sucintamente os critérios de
selecção de artigos e os métodos de extracção e avaliação da qualidade das
informações.
Síntese dos dados: Informar os principais resultados da pesquisa, sejam
quantitativos ou qualitativos.
Conclusões: Apresentar as conclusões e suas aplicações clínicas, limitando
generalizações aos domínios da revisão.
Resumo de caso clínico
Objectivo: Informar por que o caso merece ser publicado, com ênfase nas
questões de singularidade ou novas formas de diagnóstico e tratamento.
Descrição: Apresentar sinteticamente as informações básicas do caso, com
ênfase nas mesmas questões singularidade.
Comentários: Conclusões sobre a importância do caso clínico e as
perspectivas de aplicação prática das abordagens inovadoras.
REVISTA PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Normas de Publicação
Texto
O texto dos artigos originais deve conter as seguintes secções, cada uma
com o seu respectivo subtítulo:
a) Introdução: sucinta, citando apenas referências estritamente
pertinentes para mostrar a importância do tema e justificar o trabalho.
No final da introdução, os objectivos do estudo devem ser claramente
descritos.
b) Material e Métodos: descrever a população estudada, a amostra e
os critérios de selecção; definir claramente as variáveis e detalhar a
análise estatística; incluir referências padronizadas sobre os métodos
estatísticos e informação de eventuais programas de computação.
Procedimentos, produtos e equipamentos utilizados devem ser
descritos com detalhes suficientes para permitir a reprodução do
estudo. Deve incluir-se declaração de que todos os procedimentos
tenham sido aprovados pela comissão de ética da instituição a que está
vinculado o trabalho.
c) Resultados: devem ser apresentados de maneira clara, objectiva e
com sequência lógica. As informações contidas em tabelas ou figuras
não devem ser repetidas no texto. Deve-se preferir o uso de gráficos
em vez de tabelas quando existe um número muito grande de dados.
d) Discussão: deve interpretar os resultados e compará-los com os
dados já descritos na literatura, enfatizando os aspectos novos e
importantes do estudo. Devem-se discutir as implicações dos achados
e as suas limitações, bem como a necessidade de pesquisas adicionais.
As conclusões devem ser apresentadas no final da discussão, levando
em consideração os objectivos iniciais do estudo.
O texto dos artigos de revisão não obedece a um esquema rígido de
secções.
O texto dos casos clínicos deve conter as seguintes secções, cada uma com
o seu respectivo subtítulo:
a) Introdução: apresenta de modo sucinto o que se sabe a respeito da
patologia em questão e quais são as práticas actuais de abordagem
diagnóstica e terapêutica.
b) Descrição do(s) caso(s): o caso é apresentado com detalhes
suficientes para o leitor compreender toda a evolução e os seus
factores condicionantes. Quando o artigo descrever mais de um caso,
sugere-se agrupar as informações em tabela.
c) Discussão: apresenta correlações do(s) caso(s) com outros descritos
e a sua importância para a prática clínica.
Agradecimentos
Devem ser breves e objectivos, somente a pessoas ou instituições que
contribuíram significativamente para o estudo, mas que não tenham
preenchido os critérios de autoria. Os integrantes da lista de agradecimento
devem dar a sua autorização por escrito para a divulgação de seus nomes,
uma vez que os leitores podem supor seu endosso às conclusões do estudo.
Referências bibliográficas
As referências bibliográficas devem ser numeradas e ordenadas segundo
a ordem de aparecimento no texto, no qual devem ser identificadas pelos
algarismos árabes respectivos entre parêntesis. Se houver mais de 6
autores, devem ser citados os seis primeiros nomes seguidos de “et al”. Os
títulos de revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no
Índex Medicus,. Uma lista extensa de periódicos, com as suas respectivas
abreviaturas, está disponível através da publicação da NLM “List of Serials
Indexed for Online Users” em http://www.nlm.nih.gov/tsd/journals.
As referências bibliográficas devem estar em conformidade com os
requisitos uniformes para artigos submetidos a revistas biomédicas
(“Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical
Journals”), publicado pelo Comité Internacional de Editores de Revistas
Médicas (estão disponíveis exemplos de referências bibliográficas em:
http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html)
Listam-se em seguida alguns exemplos de referência bibliográfica:
1. Artigo padrão
Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation in
HIV-infected patients. N Engl J Med. 2002;347:284-7.
2. Livro
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical
microbiology. 4th ed. St. Louis: Mosby; 2002.
3. Capítulo de livro
Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in
human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The
genetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93113.
4. Teses e dissertações
Borkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey of
Hispanic Americans [dissertation]. Mount Pleasant (MI): Central
Michigan University; 2002.
5. Trabalho apresentado em congresso ou similar (publicado)
Christensen S, Oppacher F. An analysis of Koza’s computational
effort statistic for genetic programming. In: Foster JA, Lutton E, Miller
J, Ryan C, Tettamanzi AG, editors. Genetic programming. EuroGP
2002: Proceedings of the 5th European Conference on Genetic
Programming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. Berlin: Springer;
2002. p. 182-91.
6. Artigo de revista eletrónica
Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA
acts in an advisory role. Am J Nurs [serial on the internet]. 2002 Jun
[cited 2002 Aug 12];102(6):[about 3 p.]. Available from: http://
www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm.
7 Sítio na Internet
Cancer-Pain.org [homepage on the Internet]. New York: Association
of Cancer Online Resources, Inc.; c2000-01 [updated 2002 May 16;
cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www.cancer-pain.org/.
Artigos aceites para publicação, mas ainda não publicados, podem ser
citados desde que seguidos da indicação “in press”. Observações não
publicadas e comunicações pessoais não podem ser citadas como
referências; se for imprescindível a inclusão de informações dessa
natureza no artigo, elas devem ser seguidas pela observação
“observação não publicada” ou “comunicação pessoal” entre
parênteses no corpo do artigo.
Tabelas
Cada tabela deve ser apresentada em folha separada, numerada na ordem
de aparecimento no texto, e com um título sucinto, porém explicativo.
Todas as notas explicativas devem ser apresentadas em notas de rodapé e
não no título, identificadas pelos seguintes símbolos, nesta sequência:
*,†,‡,§,||,,**,††,‡‡. As tabelas não devem conter linhas verticais ou
horizontais a delimitar as células internas.
Figuras (fotografias, desenhos, gráficos)
Todas as figuras devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto.
As notas explicativas devem ser apresentadas nas legendas. As figuras
reproduzidas de outras fontes já publicadas devem indicar a fonte e ser
acompanhadas por uma carta de permissão de reprodução do detentor dos
direitos de autor. As fotografias não devem permitir a identificação do
paciente ou devem ser acompanhadas de autorização por escrito para
publicação.
As imagens em formato digital devem ser anexadas nos formatos TIFF ou
JPEG, com resolução entre 300 e 600 ppp, dimensão entre 15cm e 20cm
e a cores, para possibilitar uma impressão nítida. As figuras serão
convertidas para o preto-e-branco só para efeitos de edição impressa. Caso
os autores julguem essencial que uma determinada imagem seja colorida,
solicita-se contacto com os editores. As imagens em formato de papel
devem conter no verso uma etiqueta com o seu número, o nome do
primeiro autor e uma seta indicando o lado para cima.
Volume 18
• Fascículo II • 2010
215
Normas de Publicação
Legendas das figuras
Devem ser apresentadas em página própria, devidamente identificadas
com os respectivos números.
Abreviaturas, símbolos e acrónimos
Devem ser evitados, principalmente no título e resumo. O termo completo
expandido deve preceder o primeiro uso de uma abreviatura, símbolo ou
acrónimo.
Unidades de medida
Devem ser usadas as Unidades do Sistema Internacional (SI), podendo
usar-se outras unidades convencionais quando forem de uso comum.
216
REVISTA PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
INSTRUCTIONS FOR AUTHORS
General Information
The Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology is the scientific
publication of the Portuguese Society of Orthopaedics and Traumatology
(SPOT).
The Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology publishes
articles in the area of Orthopaedics, Traumatology and related sciences.
The official language of the journal is Portuguese, with articles presented
bilingually in both Portuguese and English. The texts are published in
Portuguese in accordance with the rules of the new Portuguese Spelling
Agreement and are converted by the software Lince (ILTEC © 2010).
Editorial Review
Articles submitted for publication are first assessed by the Editorial
Committee to ensure that they comply with the minimum standards
required by the journal and with general publishing norms. They are then
subjected to a double-blind peer review process, involving referees from
institutions other than the authors’ affiliation.
The article may be:
- Accepted for publication without modifications;
- Provisionally accepted, subject to alteration;
- Rejected as unsuitable for the Portuguese Journal of Orthopaedics and
Traumatology.
If alterations are suggested, these should be introduced and the article
returned within a period of thirty days.
Proofs will be sent to the author (s), indicating the period allowed for
revision, in accordance with the journal’s publication requirements. This,
however, should not exceed five working days. Failure to comply with the
period established may result in the non-acceptance of the authors’ revised
version, with the necessary revision being carried out by the Journal.
Types of articles published
Original Articles: these include controlled randomised studies, diagnostic
test studies, other descriptive or intervention studies, and basic research
of interest for Orthopaedics and Traumatology. The text should be between
2000 and 4000 words in length, excluding tables and references. The
number of references should not exceed 30.
Clinical Cases: these include accounts of clinical cases or unusual
situations, rare illnesses or ones that have never before been described, and
innovative forms of diagnosis or treatment. The text should consist of: a
brief introduction, indicating the importance of the topic and the author’s
objectives in presenting the case; a summarized account of the case; and
commentaries, discussing relevant aspects and comparing the case with
others described in the literature. The text should be no longer than 2000
words in length, excluding references and tables. The number of references
should not exceed 15.
Reviews: these should be up-to-date critical reviews of the literature upon
subjects of clinical importance, including meta-analytical studies. They
will generally be written upon invitation, although may also be proposed
by authors. They should be no longer than 6000 words, excluding
references and tables. Bibliographic references should be recent and be
between 30 and 100 in number.
Educational Articles: articles on didactic subjects, devoted to
postgraduate training in the area of Orthopaedics and Traumatology. They
will generally be written at the invitation of the Editor, though may also
be proposed by authors.
Research Articles: these include the presentation of research in basic or
clinical areas of Orthopaedics and Traumatology, or similar.
Technical Notes: include a detailed description of surgical techniques or
other related field of Orthopaedics and Traumatology..
Foreign Articles: these are written upon invitation by foreign authors
about subjects within their area of specialization.
Special Articles: these are texts that are not classifiable in any of the above
categories, but which the Editorial Committee judges to be of special
interest for the publication. Special criteria may be applied for the
reviewing of these articles.
Letters to the Editor: these should discuss, criticise or comment upon
articles published in the Portuguese Journal of Orthopaedics and
Traumatology, and should be no longer than 1000 words, including up to
six bibliographic references. Whenever possible, a response from the
authors will be published alongside the letter. The Editorial Committee
may also invite Section Editors and the presidents of other scientific
societies to offer critical commentaries upon selected articles, which will
be published in the Journal in the form of “Crossfire”.
Instructions for authors
General guidelines
The article (including tables, illustrations and bibliographic references)
should comply with the general requirements of articles submitted to
biomedical journals (“Uniform Requirements for Manuscripts Submitted
to Biomedical Journals”) published by the International Committee of
Medical Journal Editors (see latest update from April 2010, available at
http://www.icmje.org).
Authors are advised to keep a copy of material submitted. Materials will
not be returned to authors, irrespective of method of submission (e-mail
or post).
Instructions for online submission
1. The Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology gives
preference to the online submission of articles at the website of the
Portuguese Society of Orthopaedics and Traumatology.
2. For online submission authors should access the site www.spot.pt,
select the area of RPOT and follow the instructions.
Instructions for email submission
1. The Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology accepts the
submission of articles by e-mail. Send to: [email protected]
2. Subject: This should be the abbreviated title of the article.
3. Body of message: This should contain the title of the article and name
of the author responsible for pre-publication contacts, followed by a
declaration guaranteeing that:
a) the article is original;
b) the article has not been previously published and, if accepted by
the Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology, it will not
be published in any other journal;
c) the article has not been sent to any other journal, and will not be
while it is being considered for publication by the Portuguese Journal
of Orthopaedics and Traumatology;
d) all the authors participated in the design of the study, analysis and
interpretation of data, writing up and critical revision;
e) all the authors have read and approved the final version;
f) no information has been omitted as regards financing or any
conflicts of interest that may arise between the authors and companies
or individuals with possible interests in the material covered in the
article;
Volume 18
• Fascículo II • 2010
217
Instructions for authors
g) all the people who made substantial contributions to the article, but
who do not fulfill the criteria of authorship, are listed in the
Acknowledgments, thereby being in a position to supply written
authorization;
h) upon publication of the article, copyright will pass to the
Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology.
NOTE: If the article is accepted for publication, authors will be
required to send this declaration containing all their signatures.
4. Attached files: Attached files should be in a format that may be read
by the programmes of Microsoft Office®. These should contain:
a) Text file with cover page, abstract in Portuguese and English,
keywords, text, bibliographic references, and titles and captions for
figures, tables and graphs;
b) Separated files with tables, figures and graphs. If the resolution of
figures or photographs submitted is not of a quality suitable for
printing, the Editorial Committee may request the originals or better
quality copies.
c) We strongly suggest that authors submit their text files, tables,
charts and graphs in separate files. A folder should be created with an
abbreviated name and all necessary files should be included inside.
Compress (. ZIP or. RAR) and attach this folder to the message.
Instructions for postal submissions
1. Send to:
Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
SPOT – Rua dos Aventureiros, Lote 3.10.10 – Loja B
Parque das Nações
1990-024 Lisboa - Portugal
2. Include cover letter, signed by all authors, guaranteeing that:
a) the article is original;
b) the article has not been previously published and, if accepted by
the Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology, it will not
be published in any other journal;
c) the article has not been sent to any other journal, and will not be
while it is being considered for publication by the Portuguese Journal
of Orthopaedics and Traumatology;
d) all the authors participated in the design of the study, analysis and
interpretation of data, writing up and critical revision;
e) all the authors have read and approved the final version;
f) no information has been omitted as regards financing or any
conflicts of interest that may arise between the authors and companies
or individuals with possible interests in the material covered in the
article;
g) all the people who made substantial contributions to the article, but
who do not fulfill the criteria of authorship, are listed in the
Acknowledgments, thereby being in a position to supply written
authorization;
h) upon publication of the article, copyright will pass to the
Portuguese Journal of Orthopaedics and Traumatology.
3. The original should be sent as a printout on white paper, size A4
(210x297mm); margins of 25mm; double spaced; font Times New Roman,
size 10 or 12; pages numbered in right hand corner, beginning with the
cover page. Formatting resources such as headers or footnotes should not
be used. If possible, the articles should be in Word format, though PDF,
Text, or RTF are also acceptable.
4. A copy of the original text should also be sent on a diskette or CD, which
should contain only files pertaining to the article.
Guidelines for each section of the material submitted
Each section should begin a new page, in the following order: cover page,
abstract in Portuguese including keywords, abstract in English including
keywords, text, acknowledgments, bibliography, tables (each complete
table, with title and footnotes, on a separate sheet), graphs (each complete
graph, with titles and footnotes on a separate sheet) and captions for the
218
figures.
Cover page
The cover page should contain the following information:
a) Title of article, which should be concise and informative and avoid
abbreviations;
b) Title in English;
c) Abbreviated title (to appear at the header of the page) of up to 100
characters, including spaces;
d) Name of each author (first name and last name should be given in
full; all other names may appear as initials);
e) Authors’ (most important) titles;
f) Name, postal address, telephone, fax and e-mail of the author
responsible for correspondence;
g) Name, postal address, telephone, fax and e-mail of the author
responsible for previous contacts with the publication;
h) Affiliation;
i) Declaration of any conflicts of interest (write “nothing to declare”
or clearly declare any economic or other interests that could lead to
conflicts of interest);
j) Identification of finance source or equipment/materials supplier,
where appropriate.
Abstract
The abstract should be submitted in two languages: Portuguese and
English, and should be up to 250 words in length. All information
appearing in the abstract must also appear in the article.
Below the abstract, three to ten keywords should be given that will aid the
inclusion of the abstract in bibliographic databases. Keywords in English
should preferably be included in the list of “Medical Subject Headings”,
published by the U. S. National Library of Medicine, of the National
Institute of Health, and available on http://www.nlm.nih.gov/mesh/
meshhome.html.
The abstract should be structured as follows:
Abstract of original article:
Aim: why the study was launched and the initial hypotheses, if these
existed; precise statement of main aim and most relevant secondary aims.
Material and Methods: design of the study; context or place; patients, or
materials and methods of working and of obtaining results.
Results: main data, reliability intervals and statistical significance. .
Conclusions: this should only include conclusions supported by data from
the study and which are relevant to its aims; practical applications.
Abstract of review:
Aim: why the review was done; factors specially focused upon, such as
etiopathogeny, prevention, diagnosis, treatment or prognosis.
Sources of data: research sources, giving details of databases and years
researched; criteria for the selection of articles and methods of extracting
and assessing information quality.
Summary of data: main results of research, whether quantitative or
qualitative.
Conclusions: conclusions and clinical applications, with generalizations
restricted to the domain of the review.
Summary of clinical case
Aim: reasons why the case deserves to be published, emphasising its
uniqueness or new forms of diagnosis and treatment.
Description: basic information of case presented succinctly, emphasising
the same uniqueness.
Comments: conclusions about the importance of the clinical case and
prospects for practical application of innovative approaches.
REVISTA PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Instructions for authors
Text
The text of original articles should contain the following sections, each
with its respective subtitle:
a) Introduction: succinct, quoting only strictly pertinent references, to
demonstrate the importance of the subject and justify the work; at the
end of the introduction, the aims of the study should be clearly
described.
b) Material and Methods: the population studied, sample and selection
criteria; variables, clearly defined, and statistical analysis;
standardized references to statistical methods and software used;
procedures, products and equipment, described in enough detail to
allow the study to be replicated. There should also be a declaration that
all procedures have been approved by the ethics committee of the
affiliated institution.
c) Results: these should be presented clearly and objectively and in
logical order. The information contained in tables or figures should
not be repeated in the text. The use of graphs is preferred over the use
of tables when a large quantity of data is being used.
d) Discussion: results should be interpreted and compared with data
already described in the literature, with emphasis given to new and
important aspects of the study. The implications and limitations of
findings should be discussed, and reference should be made to further
research that needs to be carried out. Conclusions should be presented
at the end of the discussion section, taking into consideration the
initial aims of the study.
The text of reviews need not obey a rigid schema of sections.
The text of clinical cases should contain the following sections, each with
its own respective subtitle:
a) Introduction: succinct presentation about what is known about the
pathology in question and the present diagnostic and therapeutic
approaches used.
b) Description of case(s): the case should be described in enough
detail to enable the reader to understand the whole development and
causes. When more than one case is described, the information should
be presented in the form of a table.
c) Discussion: presenting correlations with other cases described and
suggesting their importance for clinical practice.
Acknowledgments
These should be brief and objective, and involve only persons or
institutions that have contributed significantly to the study, but which do
not fulfill the criteria of authorship. Those included in the
acknowledgments list should give written consent for their names to be
divulged, since readers may presume that they endorse the conclusions of
the study.
Bibliographical references
Bibliographical references should be numbered in the order in which they
appear in the text, and identified by Arabic numerals given in brackets.
If there are more than 6 authors, the first 6 names should be cited, followed
by “et al”. Titles of journals should be abbreviated in accordance with the
style used in the Index Medicus. An extensive list of periodicals, with their
respective abbreviations, is available in the NLM publication “List of
Serials Indexed for Online Users” at http://www.nlm.nih.gov/tsd/journals
Bibliographic references should comply with the standard requirements for
articles submitted to biomedical journals (“Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”), published by the
International Committee of Medical Journal Editors (examples of
bibliographic references are available on http://www.nlm.nih.gov/bsd/
uniform_requirements.html). Some examples of bibliographic references
are listed below:
1. Standard article
Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation in
HIV-infected patients. N Engl J Med. 2002;347:284-7.
2. Book
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical
microbiology. 4th ed. St. Louis: Mosby; 2002.
3. Chapter from book
Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in
human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The
genetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93113.
4. Theses or dissertations
Borkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey of
Hispanic Americans [dissertation]. Mount Pleasant (MI): Central
Michigan University; 2002.
5. Work presented at a conference or similar (published)
Christensen S, Oppacher F. An analysis of Koza’s computational
effort statistic for genetic programming. In: Foster JA, Lutton E, Miller
J, Ryan C, Tettamanzi AG, editors. Genetic programming. EuroGP
2002: Proceedings of the 5th European Conference on Genetic
Programming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. Berlin: Springer;
2002. p. 182-91.
6. Article in electronic journal
Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA
acts in an advisory role. Am J Nurs [serial on the internet]. 2002 Jun
[cited 2002 Aug 12];102(6):[about 3 p.]. Available from: http://
www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm.
7 Internet site
Cancer-Pain.org [homepage on the Internet]. New York: Association
of Cancer Online Resources, Inc.; c2000-01 [updated 2002 May 16;
cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www.cancer-pain.org/.
Articles accepted for publication but as yet unpublished may be cited
provided that they are followed by the indication “in press”.
Unpublished observations and personal communications may not be
cited as references; if it is essential to include information of that
nature in the article, this should be followed by the observation
“unpublished observation” or “personal communication” in brackets
within the body of the article.
Tables
Each table should be presented on a separate sheet, numbered according
to order of appearance in the text and with a succinct explanatory title. All
explanatory notes should be presented as footnotes and not in the title,
identified with the following symbols in this order: *,†,‡,§,||,,**,††,‡‡.
Tables should not contain vertical or horizontal lines delimiting internal
cells.
Figures (photographs, diagrams, graphs)
All figures should be numbered in the order in which they appear in the
text. Explanatory notes should be presented as captions. Figures
reproduced from other sources should indicate the source and be
accompanied by a letter giving copyright permission. Photographs should
not allow the patient to be identified or should be accompanied by a
written letter of consent for publication.
Digitalised images should be attached in TIFF or JPEG formats, between
300 and 600 dpi, size between 15 cm and 20 cm and colours. The figures
will be converted to black and white only for print edition. If the authors
consider it essential that a particular image is presented in colours, they
are asked to contact the editors.
Images in paper format should be endorsed on the back with their number,
name of the first author and an arrow indicating the top.
Captions of figures
These should be presented on a separate page, and be duly numbered.
Volume 18
• Fascículo II • 2010
219
Instructions for authors
Abbreviations, symbols and acronyms
These should be avoided, particularly in the title and abstract. The
complete term in its full form should precede the first use of an
abbreviation, symbol or acronym.
Units of measurement
The International System of Units (SI) should be used, though other
conventional units in common usage
220
REVISTA PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Download

Controvérsia no tratamento da instabilidade rotuliana Ana R.J.Ferreira