ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E
II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
ISSN 2176-7033
28 a 30 de novembro de 2013
UFS–Itabaiana/SE, Brasil.
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA UFS:
DISCUTINDO A DIVERSIDADE E FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Carlos Alberto Vasconcelos (UFS)1
Bruno dos Santos Andrade (UFS)2
INTRODUZINDO A QUESTÃO
A Constituição de 1988 trouxe importantes mudanças políticas para a sociedade brasileira,
especialmente rumo à democratização. No campo da educação, houve avanços significativos, dentre
eles a garantia da gestão democrática no ensino público (Art. 206; IV), oportunizando a prática
democrática no cotidiano escolar.
Nos últimos anos, em cumprimento à LDB a maioria das instituições escolares elaboraram
suas propostas pedagógicas dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas diferentes
modalidades.
Entendemos que toda proposta pedagógica é também política, em razão disto, ela tem o
mesmo significado de Projeto Político-Pedagógico, enquanto que currículo é um termo clássico
utilizado para designar os conteúdos, matérias que compõem um curso nas diversas áreas do
conhecimento. Os componentes do currículo são aqueles que respondem as questões: O que
ensinar? (conteúdos); Para que ensinar? (os objetivos pretendidos em relação aos conteúdos);
Quando ensinar? (Organização seqüencial e temporal dos conteúdos) e Como ensinar? (metodologia
utilizada para atingir os objetivos).
Outro aspecto a ser observado na construção ou reformulação dos Projetos PolíticoPedagógicos diz respeito à legislação em vigor sobre a Inclusão de Pessoas com Necessidades
Especiais, a cultura Afro Brasileira e Africana, a cultura Indígena, aos conteúdos curriculares
relacionados aos estudos sobre o nosso Estado, ao Ensino Fundamental de nove anos, a Educação
Infantil, a Educação Profissional, a Educação de Jovens e Adultos, a oferta de estágio obrigatório ou
não. Enfim, é necessário observar a legislação pertinente aos cursos e modalidades que a instituição
de ensino oferta.
Com este juízo o Projeto Pedagógico (PP) é o documento que orienta os docentes no
planejamento das suas disciplinas, de modo a concretizar a política educacional da instituição. Neste
1Prof. do Depto de Educação do Campus Prof. Alberto Carvalho/UFS [email protected]
2Mestrando do Núcleo de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
[email protected]
NPGECIMA/UFS
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texto optou-se por definir e denominar o documento/estudo como Projeto Pedagógico, entendendo
que o aspecto político encontra-se expresso no ato pedagógico enquanto fazer educativo.
O Projeto Pedagógico dos cursos de graduação deve ser elaborado observando as diretrizes
do Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), além das
especificidades próprias de cada curso, da comunidade escolar e da região, dando uma visão de
totalidade, que represente, de fato, a instituição, sem perder de vista a articulação e a relação de
complementaridade entre esses documentos, essenciais e indispensáveis, como apoio e diretrizes ao
processo ensino e aprendizagem.
Com este entendimento, busca-se analisar a proposta curricular do curso de licenciatura
em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Sergipe, na modalidade presencial apontando o
espaço pedagógico de suas disciplinas incluso nas suas matrizes curriculares que estão direcionadas,
em caso específico, para o ensino de ciências, bem como sobre a diversidade, contribuindo para a
formação do indivíduo, em caso especial do professor, em uma sociedade múltipla, intercultural e
globalizada.
Nesta ótica algumas indagações são pertinentes para conduzir-nos a reflexões: Que
indagações o trato pedagógico da diversidade traz para o currículo? Como a questão da diversidade
tem sido pensada nos diferentes espaços sociais, principalmente, nas universidades? Como podemos
lidar pedagogicamente com a diversidade? Ao realizar-se esta discussão, a nossa primeira tarefa
poderá ser o questionamento sobre a presença ou não dessas indagações na nossa prática docente,
nos projetos pedagógicos e nas propostas educacionais e como o currículo vem lidando com essas
questões.
No tocante à diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a construção
histórica, cultural e social das diferenças. A construção das diferenças ultrapassa as características
biológicas, observáveis a olho nu. As diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais ao
longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher ao meio
social e no contexto das relações de poder. Sendo assim, mesmo os aspectos tipicamente
observáveis, que aprendemos a ver como diferentes desde o nosso nascimento, só passaram a ser
percebidos dessa forma, porque nós, seres humanos e sujeitos sociais, no contexto da cultura, assim
os nomeamos e identificamos.
Então, mapear o trato que já é dado à diversidade pode ser um ponto de partida para
novos equacionamentos da relação entre diversidade e currículo. A primeira constatação talvez seja
que, de fato, não é tarefa fácil para nós, educadores e educadoras, trabalharmos pedagogicamente
com a diversidade. Mas não será essa afirmativa uma contradição? Como a educação escolar pode se
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manter distante da diversidade sendo que a mesma se faz presente no cotidiano escolar por meio da
presença de professores/as e alunos/as dos mais diferentes pertencimentos étnico-raciais, idades e
culturas?
Diante desta contextualização, o presente texto apresenta como fonte principal de análise
a Resolução nº 188/2009/CONEPE (Conselho da Pesquisa, do Ensino e da Extensão) que aprova
alterações no projeto pedagógico dos Cursos de Graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura) e a
Resolução nº 50/2011/CONEPE que aprova alterações no Projeto Pedagógico dos cursos de
graduação em Ciências Biológicas, licenciatura e bacharelado, amplia o número de vagas do curso de
Graduação em Ciências Biológicas, licenciatura e dá outras providências.
Este texto integra, a priori, parte de uma pesquisa maior desenvolvida na UAB/UFS,
buscando identificar e analisar diversos enfoques na formação de professores dos cursos da
UAB/UFS. Priorizamos para este, o enfoque sobre diversidade e o pedagógico, previsto no referido
curso a partir da legislação e de seus componentes curriculares.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: DISCUTINDO CONCEITOS E CURRÍCULO
O termo projeto indica plano, intento; vem de projetar que significa lançar-se, precipitarse. Neste sentido, o projeto é redação preliminar das intenções da escola. Conforme LIBÂNEO,
OLIVEIRA & TOSCHI (2003, p. 345), “é um documento que reflete as intenções, os objetivos, as
aspirações e os ideais da equipe escolar, tendo em vista um processo de escolarização que atenda a
todos os alunos”.
Vejamos também o que pensa Gadotti sobre projeto:
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um
período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função de promessa
que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto
educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As
promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus
atores e autores [...] (GADOTTI, 1994, p. 579).
O termo político relaciona-se ao sentido de exercer a política de cuidardo que é público, ter
habilidade no trato das relações humanas, bem governar. Politizar nas instituições de ensino é
inculcar nos alunos e demais membros que aconstitui a consciência dos direitos e deveres dos
cidadãos.
Segundo Aristóteles, “o homem é um ser político”, portanto,todas as suas ações se dão de
forma intencional e nas relações sociais. A educação sendo uma construção humana e ocorrendo nas
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relações sociais de forma intencional, passa a ser um ato político. A educação engendra desde sua
gênese uma contradição histórica em sua práxis, com interesses antagônicos construídos e
desenvolvidos nas relações sociais do meio onde a escola está inserida. A administração escolar, nela
incluída o ato de planejar as ações educacionais, pode ser feita de forma centralizada e autoritária,
como participativa e democrática, includente ou excludente. Quando a mesma assume a forma
participativa e includente, permite uma maior eficiência social e educacional.
Para tanto, segundo (DIAS, 2003, p.1),
[...] necessitamos de um instrumento de planejamento que permita a participação
de todos os atores de forma democrática, para isso surge o Projeto PolíticoPedagógico, que quando elaborado e executado de forma participativa, tem se
mostrado um importante instrumento de inclusão social e de gestão democrática
da escola pública.
A relevância deste tema se dá, por ser o Projeto Político-Pedagógico o documento base dos
trabalhos escolares, cujo elemento primordial é o currículo. Ele precisa ser conhecido, discutido,
reformulado, sempre em consonância com as políticas públicas educacionais vigentes, o período
histórico vivido, as manifestações culturais presentes na comunidade, e principalmente os
conhecimentos científicos historicamente produzidos pela humanidade, sem perder de vista a
análise crítica da realidade que se manifesta a nível micro na instituição escolar, mas que é reflexo da
realidade globalizada.
No tocante ao currículo, elemento pedagógico indissociável ao PPP, ainda ressalta-se que
as discussões se fazem mais do que nunca necessárias. Que formação estamos proporcionando aos
nossos alunos, que conteúdos a escola trabalha e qual a sua real função na sociedade atual? Como
tem sido elaboradas as propostas curriculares dos cursos superiores, em especial os de Ciências
Biológicas da UFS?
O currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Currículo
implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um
referencial teórico que o sustente.
Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos
meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente
produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos
que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o
currículo propriamente dito.
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Nesta ótica, o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar. Então, deve ser
dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e
aos interesses dos alunos. Daí, a necessidade de se promover, nas instituições escolares, uma
reflexão aprofundada sobre o processo de produção do conhecimento escolar e o que se ensina nas
universidades, uma vez que ele é, ao mesmo tempo, processo e produto.
Discutindo a correlação do currículo com a concepção de PPP, reforça-se que é um
instrumento balizador para o fazer pedagógico, concebido coletivamente, orientado, em caso
específico, para determinado Curso de Graduação. É o documento definidor dos princípios
orientadores que expressam o sentido do processo de formação de profissionais de nível superior.
Consiste numa proposta de formação profissional caracterizada como um conjunto de ações e
estratégias que expressam as diretrizes políticas, pedagógicas e técnicas de um Curso de Graduação
(ForGRAD, 1999).
NA CONCEPÇÃO DE FUSARI (1998) E VEIGA (1998) TAMBÉM ASSUMEM A EXPRESSÃO PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO.
Os adjetivos político e pedagógico a ele acrescentados garantem de um lado a não
neutralidade dessa documentação e de outro o compromisso com o pedagógico,
isto é, ‘com a pedagogia como ciência da e para a educação’. Em outras palavras,
ciência que orienta a prática profissional dos docentes (FUSARI, 1998, p. 102).
É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de
sociedade. [...] Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as
características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade (VEIGA, 1998, p. 13).
Saviani (1984, p.85), esclarece que “[...] corre-se o risco de se identificar educação com
política, a prática pedagógica com a prática política, dissolvendo-se, em consequência, a
especificidade do fenômeno educativo”. Então se entende que tanto a ação pedagógica como a ação
política são práticas distintas que devem ser entendidas no seu sentido histórico, ou seja, como
manifestações da prática social.
Nesta perspectiva, acredita-se que a terminologia Projeto Pedagógico expressa que “A
função política da educação se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática
especificamente pedagógica” (SAVIANI, 1984, p. 93). Logo, quando se utiliza o termo pedagógico nele
está expresso o caráter político da ação, pois nenhuma ação é neutra.
Ainda acrescenta-se o que Vasconcellos (2007, p.20), aponta sobre as denominações do
documento,"É evidente que não queremos cair num nominalismo (achar que o uso do nome já é
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garantia de alguma coisa) ou sectarismo (achar que a denominação que usamos é a única correta);
mas é importante deixar o alerta: nem tudo quer dizer a mesma coisa; é preciso examinar os
pressupostos!”.
DISCORRENDO SOBRE O PROJETO PEDAGÓGICO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: A
DIVERSIDADE E O ENFOQUE PEDAGÓGICO
Situando o currículo como a parte operacional do projeto pedagógico e estando
diretamente relacionado ao trabalho do professor, uma vez que se pretende superar a
fragmentação, a inflexibilidade das disciplinas, é indispensável um olhar mais extenso do processo
educacional e as características psicopedagógicas que acompanham a aprendizagem e a aquisição de
conhecimentos.
Desta forma, o currículo adotado deve superar as propostas reprodutivistas, “integrando o
enfoque prático e de processo ao foque de reconceituação e teoria crítica do currículo” (EYNG,
2002,p.60).
Com esta concepção uma proposta pedagógica deve se orientar nos seguintes pressupostos
reflexivos-aplicativos: proposta pedagógica deve pautar-se e expressar uma visão sistêmica; o
aprendiz e a aprendizagem são protagonistas do processo onde o aprendiz é tanto portador como
criador da cultura; a construção da proposta deve ser contextualizada permitindo que novos
significados sejam construídos a partir de experiências básicas existentes; a autonomia e o
desenvolvimento de níveis elevados de consciência no exercício da cidadania são valores essenciais
do processo; o respeito à diversidade e ao pluralismo se constituem, tanto fins como meios na
efetivação da proposta pedagógica; os integrantes da equipe do centro educativo são atores e
autores, que se constituem agentes da inovação; a inovação se concretiza no movimento que integra
ação-ação reflexiva-ação crítica; aplicação e análise crítica de novas tecnologias e linguagens no
planejamento, gestão e inovação nos projetos educativos.
Na análise da concepção da proposta pedagógica apresentada por Eyng e que ainda pode
ser aplicada ao Projeto Pedagógico estudado, constata-se que é necessária uma mudança de atitude
por parte de alguns professores, que carregam uma ideia errônea do projeto pedagógico como um
instrumento elaborado por uma equipe técnica, a portas fechadas, e imposto como lei. A
participação de todos, em sua elaboração, implantação e execução é fator essencial para a inovação.
Ou seja, coletivo, participativo.
A ruptura com o passado, no sentido da construção do futuro reafirmando os acertos e
corrigindo e ajustando os equívocos do passado. O planejamento do futuro como um processo de
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transformação e mudança, deve orientar a gestão da inovação que se faz necessária na gestão das
IES, para que elas cumpram seu papel na sociedade atual.
Cabe ao conjunto dos colaboradores na IES ter clareza da intenção educativa, dos
pressupostos que norteiam a ação e participar efetivamente do projeto pedagógico, nas suas fases
de concepção, implementação e avaliação.
O projeto deve partir, portanto, do conhecimento que se tem da realidade presente para
uma visão de futuro com uma perspectiva multicultural e interdisciplinar. No entanto, cabe destacar
que as decisões tomadas no processo de planejamento da mudança são naturalmente geradoras de
conflitos. Tal questão é definida por Gadotti (1994, p.579) que indica:
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro.Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um
período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa
que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo
pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas
tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.
Neste contexto é imprescindível “quebrar um estado confortável para arriscar-se,
atravessar um período de instabilidade” buscando o aperfeiçoamento do processo formativo. É
importante identificar as ações que devem ser tomadas na esfera de gestão, para que se possa
analisar as reais condições de construção do novo e estabelecer um equilíbrio na transição do
presente para o futuro.
Com base na proposta pedagógica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas,
elencamos alguns pontos a partir da resolução n.188/2009/CONEPE que convergem para os pontos
abordados, principalmente com ênfase na diversidade e o pedagógico.
No Art. 1º III consta – estimular o acolhimento e o trato da diversidade;
No Art. 2º, diz que o curso de Ciências Biológicas (Licenciatura) formará um profissional
com o seguinte perfil:
II detentor de adequada fundamentação teórica como base para uma ação competente,
que inclua o conhecimento profundo da diversidade dos seres vivos, bem como uma organização (...)
p. 2 e XI compreensão e respeito à diversidade e ao pluralismo cultural.
No Art. 3º relativo às competências que o biólogo deve ter na sociedade, reza: k) orientar
escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados com a democracia, com o
respeito à diversidade étnica e cultural, às culturas autóctones e a biodiversidade.
Reforça-se o trato pedagógico no Art. 3º V – quando trata das competências referentes ao
domínio do conhecimento pedagógico. Especificamente no item, c) manejar diferentes estratégias de
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comunicação dos conteúdos, sabendo eleger os mais adequados, considerando a diversidade dos
alunos, os objetivos das atividades propostas e as características dos próprios conteúdos.
A partir do exposto, verifica-se que na grade curricular do Curso de Ciências Biológicas há
considerável número de disciplinas optativas, mais que o dobro em relação às obrigatórias, como
mostra o (Gráfico1) que denota o enfoque pedagógico do referido curso. Isso revela que os
acadêmicos do Curso têm uma gama de disciplinas a dispor para formação complementar a sua
grade curricular estabelecida, contribuindo para sua formação e exercício do magistério.
Gráfico 1: Dados referentes a quantidade de disciplinas do Curso
Disciplinas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
160
140
120
100
Total
80
Enfoque Pedagógico
60
Enfoque na Diversidade
40
20
0
Obrigatórias
Optativas
Fonte: Resolução nº 188/2009/CONEPE
O número de disciplinas com enfoque pedagógico (direcionadas ao processo ensinoaprendizagem), obrigatórias e optativas é maior em comparação com as de enfoque na diversidade.
Algo interessante é que no total de disciplinas, bem como as com foco na diversidade, as optativas
tem um maior número como ilustra os dados mencionados anteriormente.
Período
2º
3º
4º
5º
Quadro 1: Dados referentes as disciplinas do Curso
Disciplinas Obrigatórias do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Enfoque Pedagógico
Enfoque na Diversidade
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
Didática Esp. Ens. de Ciênc. e Biologia I
Didática Esp. Ens. de Ciênc. e Biologia II
Didática Esp. Ens. de Ciênc. e Biol. III, Instrumentação Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
para o Ensino de Ciências, Estágio Supervisionado no
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Ensino de Ciências I.
6º
7º
8º
Introdução à Pesquisa em Educação, Estágio
Supervisionado no Ensino de Ciências II.
Prát. de Pesq. em Ens. Ciênc. e Biol. I, Instrumentação
para o Ensino de Biologia, Estágio Supervisionado no
Ensino de Biologia I, Estágio Supervisionado em Educação
Ambiental.
Enfoques CTS no Ensino de Ciências e Biologia, Prát. Estudos Culturais da Biologia e
Pesq. em Ens. de Ciênc. e Biol. II, Estágio Supervisionado Educação, Etnobiologia.
no Ensino de Biologia II.
Fonte: Resolução nº 188/2009/CONEPE
A partir das informações contidas no (Quadro 1), percebe-se que o foco nas disciplinas é o
Ensino, perpassando por diversos campos, tais como a aprendizagem e seus entraves, a pesquisa na
área educacional, questões científicas e suas inter-relações com a sociedade e o ambiente e a prática
de ensino. Outro fato relevante é que estão bem distribuídas ao longo de todo o curso, mesmo que
em alguns períodos haja um número pequeno de disciplinas, como nos quatro primeiros períodos.
As disciplinas com enfoque na Diversidade, abrangem aspectos culturais de uma forma
geral e inclusivos, como observa-se no (Quadro 1). Tais aspectos configuram uma relevância na
formação do profissional docente, uma vez que o âmbito escolar é composto pela diversidade de cor,
religião, sexualidade, crenças, valores, etc.
Nesse sentido, Gomes (2007, p. 18) assinala:
Como a educação escolar pode se manter distante da diversidade sendo que a
mesma se faz presente no cotidiano escolar por meio da presença de
professores/as e alunos/as dos mais diferentes pertencimentos étnico-raciais,
idades e culturas? Esse desafio é enfrentado por todos nós que atuamos no campo
da educação, sobretudo, o escolar. Ele atravessa todos os níveis de ensino desde a
educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) até a
educação superior incluindo a EJA, a Educação Profissional e a Educação Especial.
Nesta concepção, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFS, especificamente
do Campus de São Cristóvão, apresenta em seu ementário disciplinas obrigatórias relacionadas à
diversidade e também optativas, como ilustra os dados seguintes. Salientando que, mesmo não
estando explícita nos currículos dos diversos cursos, desde a educação básica a educação superior, a
diversidade pode ser trabalhada pelos professores em todas as disciplinas e níveis.
Quadro 2: Dados referentes as disciplinas optativas do Curso.
Disciplinas Optativas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Com enfoque pedagógico
Fundamentos Biológicos da Educação, Tópicos
Especiais de Ensino de Ciências e Biologia I, II e III,
Com enfoque na Diversidade
Bioantropologia, Sexualidade Humana, Tópicos
Especiais em Etnobiologia I, II e III
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Tópicos Especiais de Ensino e Pesquisa I, II e III
Fonte: Resolução nº 188/2009/CONEPE
As disciplinas relacionadas à Diversidade abordam temáticas direcionadas, entre outros
temas à sexualidade e evolução dos seres vivos, inclusive do homem. Incorporam aspectos
relevantes envolvendo o homem e sua relação com a diversidade biológica, levando em consideração
os aspectos históricos e socioculturais inerentes a essa relação.
A esse respeito Gomes (2007, p. 20) corrobora ao afirmar que:
[...]ao refletirmos sobre a presença dos seres humanos no contexto da diversidade
biológica, devemos entender dois aspectos importantes: a) o ser humano enquanto
parte da diversidade biológica não pode ser entendido fora do contexto da
diversidade cultural; b) toda a discussão a que hoje assistimos sobre a preservação,
conservação e uso sustentável da biodiversidade não diz respeito somente ao uso
que o homem faz do ambiente externo, mas, sobretudo, da relação deste como um
dos componentes dessa diversidade.
Por isso, é mister que a escola contribua para a formação do indivíduo, como cidadão
inserido em uma diversidade biocultural, desempenhado papel fundamental na construção de
relações sociais, baseadas na solidariedade, na justiça social, no respeito ao meio ambiente e a
própria vida.
Sabemos ser tais questões, um esforço para os cursos de formação de professores, um
norte em construção, mas a luta pela conquista da autonomia instituições de ensino, de seus
conteúdos e de sua prática pedagógica crítica, requer a participação e o compromisso de educadores
preocupados com o exercício da cidadania para todos e da valorização das pessoas, a partir da
tolerância e da convivência fraterna com a diversidade em todos os sentidos (RODRIGUES et al, 2012)
Completando no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas compreende conteúdos,
atividades e práticas que permitem uma base consistente para a formação do professor capaz de
atender ao perfil descrito em parágrafos anteriores. Com este propósito diversas competências e
habilidades devem ser desenvolvidas para concretização do papel do professor e do biólogo na
sociedade: competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade
democrática; competências referentes à compreensão do papel social da escola; ser capaz de
desenvolver competências referentes ao domínio dos conteúdos a serem socializados, de seus
significados em diferentes contextos e de sua articulação interdisciplinar; desenvolver competências
referentes ao domínio do conhecimento pedagógico; desenvolver competências referentes ao
conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática
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pedagógica; ser capaz de desenvolver competências referentes ao gerenciamento do próprio
desenvolvimento profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Discutir currículo, elemento indissociável do projeto político pedagógico, envolve entre
outras questões, a de repensar a educação na atualidade, priorizando suas necessidades visando
atender a sociedade contemporânea, seja para uma formação acadêmica/intelectual, seja para o
trabalho ou, melhor, dirigindo à uma formação integral.
É de suma importância a construção do currículo dos cursos de ensino superior de forma
plural, atendendo as aspirações da comunidade local e interesses do corpo docente e discente.
Acreditamos que a cultura não pode ser transmitida de forma acabada, mas sim como um espaço
que está em construção permanente. O currículo tem sido visto como um documento neutro e
intocável, o qual pode ser aplicado a qualquer tempo e classe social. Esse conceito precisa ser
modificado para que o ensino superior possa contribuir com a formação integral do cidadão,
preparando-o para o mercado de trabalho em uma “sociedade multicultural”.
O projeto pedagógico (PP) é um documento cuja construção se dá em processo, de modo
dinâmico, isto é, não tem um fim, um momento que se dê por acabado. Se isto vier a ocorrer significa
que o PP cumpriu mera determinação burocrática, sem aplicabilidade. Este documento deve ser
retomado periodicamente pelo colegiado dos cursos, coordenadores, conselhos e docentes do curso,
para atualizá-lo registrando a história do curso, seus avanços e dificuldades, suas experiências
positivas, os resultados da aplicação de projetos de extensão e pesquisa, das semanas do curso e
outros eventos, etc.
Recorrendo a Gadotti (apud Veiga, 2001, p. 18), que afirma que “todo projeto supõe
ruptura com o presente e promessas para o futuro, ou seja, busca dar visão do que se espera do
futuro”. Projetar, portanto significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, na
instabilidade para se chegar à outra estabilidade possível e melhor que a atual, a partir do
compromisso e empenho dos elementos envolvidos.
Na verdade, a elaboração do projeto pedagógico nas instituições de educação superior é
uma iniciativa relativamente recente na história da educação brasileira, pois surge aliada ao
movimento de mudanças na educação iniciado em meados da década de 1980 com o declínio da
ditadura militar e prolongado nos anos de 1990, até a sua legalização por meio da (LDBEN), n°
9394/96. Porém, se tornou documento obrigatório para todas as instituições, fazendo parte,
inclusive, dos elementos considerados nas avaliações internas e externas, na medida em que
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organiza e possibilita a melhoria da qualidade do trabalho pedagógico. Para tanto, sua elaboração
deve considerar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), observando o Parecer n. 776/97 e o Edital
do referido Parecer, que estabelecem que essas Diretrizes devem: “a) se constituir em orientações
para a elaboração dos currículos; b) ser respeitadas por todas as IES; e c) assegurar a flexibilidade e a
qualidade da formação oferecida aos estudantes”.
Além dos aspectos legais, é preciso considerar determinados elementos, por exemplo, a
análise dos conflitos internos e externos; a neutralização das relações corporativas e autoritárias; o
rompimento da burocracia excessiva que permeia a prática escolar; a reformulação da divisão do
trabalho com o objetivo de romper com o modelo fragmentado das tarefas; valorizar e ampliar o
processo de participação favorecendo a responsabilidade compartilhada e direcionada a resultados
de interesse da maioria; definir o referencial e pressupostos teóricos, dentre outros.
A luta política pelo direito à diversidade: a inserção da diversidade nos currículos implica
compreender as causas políticas, econômicas e sociais de fenômenos como etnocentrismo, racismo,
sexismo, homofobia e xenofobia. Falar da diversidade e diferença implica posicionar-se contra
processos de colonização e dominação. É entender como algumas diferenças foram naturalizadas e
interiorizadas, sendo tratadas de forma desigual e discriminatória. É incorporar no currículo, nos
livros didáticos, no plano de aula, nos PP os saberes produzidos pelas diversas áreas e ciências
articulados pelos movimentos sociais e pela comunidade.
A diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas
experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são também diversos em suas formas de
perceber o mundo. Seres humanos apresentam, ainda, diversidade biológica. Algumas dessas
diversidades provocam impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das
pessoas (as comumente chamadas de ‘portadoras de necessidades especiais’). Como toda forma de
diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda óbvia, por um currículo que atenda a essa
universalidade.
Desta feita, o Projeto Pedagógico do curso analisado, especificamente a partir de sua
Resolução 188/2009, trata no Art. 3º II das competências referentes ao comprometimento com os
valores inspiradores da sociedade democrática: reconhecer e respeitar a diversidade manifestada por
seus alunos, em seus aspectos sociais, culturais e físicos, detectando e combatendo todas as formas
de discriminação.
Em fim, a partir da análise dos documentos como o Projeto Pedagógico, as Resoluções e as
ementas do curso de Ciências Biológicas da UFS, constata-se que há elementos suficientes, como a
distribuição de disciplinas voltadas para as questões discutidas ao longo do texto, que propiciarão a
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discussão e implementação de forma mais explicita, reflexiva, coletiva e objetiva, correspondendo às
necessidades universais de cultura e biodiversidade de nossa sociedade, a partir da prática
pedagógica.
REFERÊNCIAS
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elaborado a partir da Oficina de Trabalho de Curitiba, realizada no período de 15 a 17 de setembro
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no Projeto Pedagógico dos cursos de graduação em Ciências Biológicas, licenciatura e bacharelado,
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amplia o número de vagas do curso de Graduação em Ciências Biológicas, licenciatura e dá outras
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______. Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.
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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA UFS