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DIVULGAÇÃO GIROFLEX-FORMA
tecnologia e serviço
horas, daí a importância de bons assentos para a
adoção de posturas corretas. Entre outras características, eles devem oferecer recursos mínimos para proporcionar o máximo bem-estar, conforto e segurança,
permitindo ao usuário apoiar as costas no encosto e
os pés no chão, com ou sem auxílio de um suporte
de pé. Quanto mais horas por dia a pessoa passa
sentada em seu posto de trabalho, mais confortável
e ajustável deve ser sua cadeira. A melhor cadeira é
aquela adequada para as funções desenvolvidas por
seu usuário e que se ajusta ao seu biótipo. “É aquela que se adapta ao corpo de quem a utiliza, e não
o contrário”, afirma a fisioterapeuta e ergonomista
Symone Antunes Miguez, consultora de ergonomia de
uma indústria nacional de cadeiras de escritório.
Antigamente, o assento era considerado um símbolo de status ou poder e somente o chefe era identificado pela cadeira mais alta. Esse ponto de vista
hierárquico praticamente não existe mais. De acordo
com Cláudia Andrade, do escritório de arquitetura
Andrade Azevedo, especializado em planejamento e
A melhor cadeira é aquela adequada às funções
DIVULGAÇÃO GLOBAL MOBILINEA
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projetodesign maio 12
projeto de ambientes corporativos, hoje a tendência
de uma cadeira operacional é atender a maior parte
dos níveis hierárquicos de uma empresa. As novas
demandas dos escritórios valorizam mais o trabalho
colaborativo, realizado por equipes multidisciplinares
que se deslocam por vários ambientes no escritório.
Portanto, não há mais sentido para a indústria criar
famílias de cadeiras baseadas em hierarquia, e
sim em seu propósito. “Cada vez mais as organizações têm procurado comprar cadeiras que
sejam certificadas pela ABNT, principalmente
quando o assento tem função
operacional e será usado no mínimo oito horas por dia”, comenta
Symone.
No entanto, seja por questões financeiras ou por falta
de critérios ergonômicos
do projetista para considerar
quem será o usuário da cadeira e
a atividade a que ela é destinada,
a realidade dentro das empresas brasileiras ainda não
mudou o suficiente. “As
pessoas demonstram
desconhecimento e
costumam dizer com muita frequência que ‘é só uma
cadeira’, numa tentativa de banalizar o produto e reduzir seu custo”, afirma a ergonomista. A experiência
de Cláudia aponta para essa mesma realidade. Ela
relata que em boa parte das vezes os funcionários
de nível executivo, que ficam a maior parte do tempo
fora de suas estações de trabalho, ainda são os que
costumam ter as melhores cadeiras, com dimensões
generosas e todas as regulagens. “Enquanto isso,
o pessoal operacional, que permanece sentado por
longos períodos, costuma ter cadeiras desconfortáveis e muitas vezes impróprias para o exercício de
suas funções”, ela completa. Como não existem normas brasileiras que determinem o modelo para cada
uso, cabe ao especificador conhecer as atividades
exercidas pelo usuário e seu nível de deslocamento
para poder fazer a escolha adequada.
Qualidade e especificação
De acordo com Muzi, as boas empresas do setor
possuem maquinário de nível tecnológico similar ao
encontrado fora do país e oferecem ótimos produtos,
que atendem não só normas nacionais, mas também
internacionais. No entanto, a indústria ainda tem dificuldade para desenvolver insumos e matérias-primas
de ponta, o que acaba levando muitas fabricantes a
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A melhor cadeira é aquela adequada às funções