TIBIAL LOCKING NAIL
Técnica Cirúrgica
72.30 - Haste Tibial Intramedular
72.30 - Técnica Cirúrgica
Haste Tibial Intramedular
Tibial Locking Nail
Haste Tibial Intramedular
COLABORADORES:
Dr. Geraldo Motta Filho
MA
TERIAL:
MATERIAL:
Aço inox
NBR ISO 5832-1
Indicações
Para fixação intramedular das fraturas da tíbia.
Esta fixação pode ser estática com o uso dos quatro parafusos
para bloqueio ou fixação dinâmica com o uso parcial dos parafusos.
Vantagens
A Haste Tibial Intramedular, é uma haste bloqueada, que permite o uso de dois parafusos corticais para região
distal e dois parafusos para região proximal. Todos os parafusos são auto-cortantes, com diâmetro de 4,5 mm e
comprimentos diversos.
As hastes com diâmetros de 8, 9, 10 e 11 mm são canuladas, para uso com fio guia.
Para evitar o crescimento ósseo no interior da haste existe um parafuso superior que é posicionado após a colocação da mesma.
O desenvolvimento das hastes bloqueadas tem como objetivo acompanhar e atender os modernos conceitos de
fixação intramedular de fraturas.
Todas as fixações de fraturas de ossos longos, sofrem grande solicitação mecânica, que é minimizada através do
sistema de bloqueio.
A localização dos orifícios distais da Haste Tibial Intramedular pode ser feita através do Guia Externo Distal.
CÓDIGO DAS BANDEJAS: CG.155.1 / CG.156.1
TEMPLA
TE: 9027
TEMPLATE:
2
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Haste Tibial Intramedular
Introdução
O desenvolvimento do Sistema de Hastes Intramedulares Baumer, tem como objetivo atender aos avanços tecnológicos
que permitem a fixação intramedular bloqueada das fraturas da tíbia.
As recomendações deste manual deverão ser utilizadas somente como referência para o manuseio do sistema, o julgamento, avaliação e capacidade do cirurgião deverá definir a melhor forma de tratamento.
Planificação pré-operatória
Radiografias da tíbia contralateral ou transparências, deverão ser utilizadas para avaliação do diâmetro da haste.
O comprimento da haste pode também ser determinado
utilizando-se as radiografias e transparências ou ainda,
medindo-se a distância entre a parte superior da
tuberosidade tibial e o maléolo medial. Características das
fraturas e cominuição, devem ser observadas quando da
escolha do comprimento ideal da haste, prevendo-se a
eventual impacção que possa ocorrer após a dinamização
do sistema.
1. Posicionamento
O paciente deverá ser posicionado em decúbito dorsal na
mesa de fraturas. O quadril deverá ser fletido em torno de
70 graus e o joelho em flexão de 90 graus, de tal forma
que não ocorra impacto e lesão das partes moles e patela,
quando da realização do procedimento cirúrgico. O pé
deverá ser fixado a mesa, de tal forma que se tenha acesso amplo ao tornozelo, o que permitirá o travamento distal.
Pode-se também utilizar um pino de transfixação instalado no calcâneo, que permite a realização de tração e acesso amplo ao terço distal da perna.
A seguir, deve-se avaliar a rotação do membro utilizandose os parâmetros clássicos. A possibilidade de
visualização fluoroscópica de toda a perna ou a utilização
de Raio-X simples, deverá ser possível antes que se inicie o procedimento.
2. Acesso
O acesso cutâneo será realizado medial ao tubérculo tibial,
estendendo-se até o polo inferior da patela. Após a identificação do bordo medial do tendão patelar, prosseguese com o acesso até que se tenha correta visualização da
tuberosidade tibial.
3
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Haste Tibial Intramedular
3. Orifício inicial
3850
O ponto de entrada da fresa está localizado na linha do canal medular do
eixo tibial. Adicionalmente uma inserção proximal levemente voltada para
superfície plana da face tibial antero-superior, poderá ser selecionada.
Utilizando-se a fresa inicial 3850, realiza-se orifício que deverá ter diâmetro
suficiente para acomodar a parte proximal da haste. Para as hastes de Ø 8,0
e 9,0 mm o diâmetro proximal é de 11,0 mm. Para as hastes de Ø 10,0, 11,0,
12,0 e 13,0 mm o diâmetro proximal é de 13,0 mm. O posicionamento do
orifício inicial é de crucial importância para a preservação do joelho e correto
alinhamento da fratura.
FG.9
4. Colocação do fio guia
CH.9
330
Conseguindo-se o acesso ao canal medular, introduz-se o fio guia
FG.9, até um ponto proximal ao foco de fratura, verificando-se sua
posição em AP e Perfil com auxílio de fluoroscopia ou Raio-X simples. Neste momento ajusta-se a redução da fratura, prosseguindose a introdução do fio guia no fragmento distal, em posição central
no canal medular e a uma distância de 10 a 20 mm da articulação do
tornozelo.
OBSER
VAÇÃO:
OBSERV
Opções - fresado e não fresado
A aplicação da haste Locking Nail Tibial, fresado ou não
fresado, depende da necessidade cirúrgica ou preferência
individual do cirurgião. Para aplicação fresada, veja o passo-a-passo desta técnica cirúrgica.
FR.7
5. Fresagem do canal (opcional)
Optando-se pela fresagem, utilize o protetor de pele GS.19 e as fresas flexíveis FR.7 com incrementos de 0,5 mm, utilizando-se o intensificador de imagens ou raio-X simples, para não realizar fresagem excessiva.
Na eventualidade da utilização da fresagem deve-se selecionar uma haste
com diâmetro 1,0 mm menor que a maior fresa utilizada. Ex.: fresa utilizada de 11,0 mm, utilize a haste com diâmetro de 10,0 mm.
OBSER
VAÇÃO: Em rrelação
elação ao comprimento da fr
esagem, fr
ese 5
OBSERV
fresagem,
frese
mm maior que a haste previamente selecionada. Ex.: haste
selecionada de 330 mm, frese até 335 mm.
4
GS.19
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Haste Tibial Intramedular
IP
.7
IP.7
6. Introdução da haste
Selecione previamente o implante que irá utilizar. Acople o mesmo ao guia para
perfuração GS.104. A seguir introduza o impactor IP.85 no orifício do guia para
perfuração GS.104 e rosquei-o no orifício proximal do implante. Introduza a
haste do impactor/extrator IP.7 no orifício do impactor/extrator IP.8. Conecte a
haste do impactor/extrator IP.7 no orifício superior do impactor IP.85.
IP
.8
IP.8
GS.104
IP
.85
IP.85
Certifique que todos os componentes estejam bem apertados,
com auxílio da chave 4434.E, pois se algum instrumento estiver
solto, poderá fraturar durante a introdução da haste.
IP
.84
IP.84
GS.104
Se preferir, acople o implante ao guia de perfuração GS.104, introduza o impactor IP.84
no orifício do guia e o rosqueie no orifício
proximal do implante. Certifique o correto
aperto do conjunto.
A seguir com o auxílio de um martelo ou diapasão, procede-se a introdução
da haste no restante do canal medular com o cuidado necessário para evitar
eventual encarceramento da mesma. O procedimento deverá ser acompanhado através da fluoroscopia ou raio-X simples e a introdução final deverá
ser realizada retirando-se o fio guia para evitar que este se deforme e fique
preso a haste.
A posição distal deverá ser confirmada com imagens em AP e perfil e a parte
proximal da haste não deverá ficar proeminente em relação ao orifício proximal.
5
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GS.104
7. Montagem do Guia Distal
Acople ao guia proximal GS.104 a haste de localização distal lado direito
GS.104.C e a haste de localização distal lado esquerdo GS.104.F, encaixe os
pinos guia e aperte a roldana até a haste ficar totalmente fixa.
GS.104.F
GS.104.C
Encaixe sobre a haste de localização distal lado
direito e o esquerdo o localizador do guia trava
GS.104.B e fixe-o na escala correspondente a haste implantada. Ex.: 330 mm
GS.104.B
GS.100
GS.104.B
8. Furo de localização anterior
Coloque o guia da broca GS.100 no orifício do localizador,
introduza até encostar na cortical anterior da tíbia. Com a
broca BR.25 faça o furo na cortical proximal da tíbia.
Verifique a perfeita
visualização do
orifício da Haste
Intramedular Tibial.
6
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Haste Tibial Intramedular
9. Fixação anterior
Geralmente durante o processo de introdução a haste intramedular
tibial descoloca-se dentro do canal medular da tíbia para o
ladoposterior, anterior, lateral ou medial. Para rosquear o guia
pescador GS.104.G na haste intramedular tibial, o mesmo deve
ser desconectado do cabo “T”.
GS.104.G
GS.104.G
(cabo “T”)
Em seguida, posicione a ponta do pescador em direção ao cabo
“T” e fixe as duas partes.
GS.104.G
(Pescador)
Após montagem do guia pescador, encoste-o no guia localizador
e fixe com a roldana.
7
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10. Travamento distal
Introduz-se o passador de parafusos GS.45.A e a seguir o perfurador inicial GS.45.B no guia proximal. Ponteie o local onde
será introduzido o mesmo. Realiza-se uma incisão de aproximadamente 10 mm estendendo-se até o osso.
Com o perfurador inicial
faça o início do furo na
tíbia para que a broca não
desvie e faça falso trajeto.
GS.45.A
GS.45.B
Retire o perfurador inicial e introduza o guia de broca GS.45.C
no passador de parafusos.
Realiza-se o orifício com a broca 3,2 mm BR.14.32, até que a
segunda cortical seja encontrada. Utiliza-se o medidor ME-13,
para determinação do comprimento adequado do parafuso ou
ainda realizando-se a leitura da graduação da broca.
BR.14.32
GS.45.A
GS.45.C
8
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GS.45.A
11. Colocação do parafuso
CH.40
Com a chave hexagonal CH.40, introduza o parafuso
selecionado previamente, através do guia de parafusos
GS.45.A
Quando a marcação da chave hexagonal coincidir com a
base do guia, o parafuso estará posicionado.
O mesmo procedimento deverá ser repetido para colocação do segundo parafuso.
9
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GS.45.A
12. Travamento proximal
Introduz-se o passador de parafusos GS.45.A e a seguir
o perfurador inicial GS.45.B no guia proximal. Ponteie o
local onde será introduzido o mesmo. Realiza-se uma incisão de aproximadamente 10 mm estendendo-se até o
osso.
Com o perfurador
inicial, faça o início do
furo na tíbia para que
a broca não desvie e
faça falso trajeto.
GS.45.C
GS.45.A
Retire o perfurador inicial e introduza o guia de broca
GS.45.C no passador de parafusos.
Realiza-se o orifício com a broca 3,2 mm BR.14.32, até
que a segunda cortical seja encontrada. Utiliza-se o medidor ME-13, para determinação do comprimento adequado do parafuso ou ainda realizando-se a leitura da graduação da broca.
BR.14.32
Com a chave hexagonal CH.40, introduza o parafuso
proximal selecionado previamente, através do guia
GS.45.A.
10
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O mesmo procedimento deverá ser repetido para colocação do
segundo parafuso proximal.
13. Fechamento da ferida
Antes de proceder o fechamento da ferida operatória, o parafuso superior que oblitera a porção proximal da haste deverá ser
colocado. O objetivo deste parafuso é impedir o crescimento
ósseo para o interior da haste, o que dificultaria em muito sua
eventual retirada.
EX.3.A
14. Remoção da haste
Retire o parafuso superior, os parafusos de travamento
proximal e os parafusos de travamento distal. Rosqueie o
extrator EX.3.A na haste tibial, coloque o impactor/extrator
IP.8 sobre a haste IP.7 e rosqueie no EX.3.A e faça a remoção da haste, através de movimentos leves.
IP
.8
IP.8
IP
.7
IP.7
15. Pós operatório
A carga não deverá ser permitida quando se realiza o travamento estático. Inicia-se quando existirem sinais radiográficos
de início da consolidação da fratura. A dinamização, retirada de parafusos, proximais ou distais, não deverá ser realizada
quando comprometer a estabilidade da fixação. A decisão de quais parafusos deverão ser retirados será baseada na
avaliação de quais parafusos fornecem maior estabilidade ao sistema. Serão retirados os menos críticos para estabilidade. Nos casos em que foi realizado o travamento de forma dinâmica a carga deverá ser parcial prosseguindo na medida
que exista sinais de consolidação óssea. Nas hastes travadas dinamicamente os parafusos só serão retirados quando da
eventual retirada da haste. A imobilização de proteção utilizada pelo paciente deverá ser retirada periodicamente para
mobilização das articulações do joelho e tornozelo e para manutenção do tônus muscular.
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EC REP
Baumer S.A.
Gi. Bi. S.a.s. Di Bisegna Tatiana
Via Rodolfo Lanciani, 26 - 00019 - Tivoli - Roma - Italy
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Rev.2009.03
12
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